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As mulheres indígenas nos relatos jesuíticos da província do Paraguai (1609-1768)Mendes, Isackson Luiz Cavilha January 2013 (has links)
Na Província Jesuítica do Paraguai, entre os anos de 1609 e 1768, os jesuítas fundaram as reduções de índios com o objetivo de civilizar e converter ao cristianismo os gentios. Nesse processo de redução houve a necessidade de deslocar as mulheres de suas atividades tradicionais. A partir das prescrições de gênero ocidentais foram conferidos às mulheres indígenas espaços restritos de atuação com a finalidade de diminuir o seu prestígio junto aos grupos ameríndios. Apesar da tentativa dos padres de impor uma rotina, circunscrevendo as mulheres ao espaço doméstico e/ou de confinamento, houve apropriações e resistências a este ordenamento sugerido. O trânsito intenso das mulheres, na construção criativa dos espaços de sociabilidade, faz delas agentes de mediação muito além do papel idealizado pelos jesuítas, restrito à maternidade e ao lar. Neste trabalho analiso o protagonismo feminino a partir dos relatos jesuíticos evidenciando um cotidiano mais matizado do que as narrativas inacianas supõem. / In the Jesuit Province of Paraguay, between the years 1609 and 1768, the Jesuits founded the reductions of Indians in order to civilize and convert the heathen to Christianity. This reduction process was necessary to move women from their traditional activities. From the Western genre prescriptions were granted to indigenous women restricted spaces of operation in order to reduce its prestige among the Amerindian groups. Despite the attempts of priests to impose a routine circumscribing women's domestic and / or confinement of space, resistance and appropriation was suggested this order. The heavy traffic of women in the creative construction of spaces of sociability makes them agents of mediation beyond the role envisioned by the Jesuits, confined to motherhood and home. In this paper I analyze the female protagonist from the Jesuit reports showing a more nuanced everyday narratives assume that the Ignatian.
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Indígena-Mulher-Mãe-Universitária o estar-sendo estudante na UFRGSBrito, Patrícia Oliveira January 2016 (has links)
A presente pesquisa parte da disposição de compreender as presenças das mulheres indígenas – especialmente as pertencentes aos povos Kaingang e Guarani – que foram aprovadas em processo seletivo específico e diferenciado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul a partir de 2008, ano em que a instituição aderiu à Política de Ações Afirmativas, tão reivindicada pelos movimentos sociais, negro e indígena, e também por seus aliados dentro e fora da comunidade acadêmica. Dentro de uma proposta ético-metodológica colaborativa sensível e que considere a complexidade dos fenômenos e a vivência cotidiana, a construção deste trabalho se baseia principalmente na escuta das narrativas dessas mulheres, que se constituíram em rodas de conversa e diálogos – os quais podem ser encontrados em todo o conteúdo do texto, mas, especialmente no último capítulo. Igualmente, considero a convivência nos inúmeros espaços acadêmicos, formais e informais, bem como as visitas às aldeias. A fim de contextualizar o processo da presença indígena nas universidades em tempos de democratização do acesso ao ensino superior, o corpo desta pesquisa se dedica transversalmente a uma abordagem do tema universidade: processo de cotas para indígenas no contexto brasileiro, se aprofundando na realidade UFRGS. Apresenta ainda, por meio de dados quantitativos, reflexões acerca dos movimentos desses estudantes na relação com a universidade, bem como suas origens, cursos e os desafios que se põem a partir deste encontro. Na UFRGS são evidentes as incompreensões acerca dessas pessoas, que veem o acesso e a conclusão do ensino superior como estratégia para atender à necessidade de profissionais que atuem em setores importantes de suas comunidades, bem como para o fortalecimento do movimento indígena como um todo. Aí também se verifica ações e posturas, institucionalizadas ou não, que nos dão pistas de que a presença de estudantes indígenas é também desejada por pessoas que compõem a comunidade acadêmica. E as mulheres, por que elas? A presença de mulheres indígenas no ensino superior vem ganhando proporções crescentes. Na UFRGS, essa realidade se apresenta com a matrícula, entre alunos indígenas, de mais 50% desse público. Esse dado revela que, além de ser algo novo dentro das próprias comunidades indígenas, onde é o homem que culturalmente sai de casa, as mulheres indígenas, diferente das não indígenas, são as que em maior número acessam a universidade. São mulheres que em geral apresentam na sua forma social e cultural a vivência do casamento e da maternidade em idades que coincidem com a experiência do ensino médio e superior, sendo a convivência com suas crianças uma característica que as identifica. Assim, não podendo ignorar tais fatos, este estudo se dedica a compreender como ocorre a permanência dessas estudantes, indígenas e mães, na UFRGS, considerando como são suas vidas na comunidade, suas relações com filhos e grupo familiar e que aspectos tornariam suas vidas melhores nesta Universidade. Dessa maneira, busco colaborar para que esta instituição possa aprimorar a política e construir estratégias institucionais para acolher as demandas que daí surgem. / El presente estudio parte de la disposición de compreender la presencia de las mujeres indígenas, pertenencientes a los pueblos Kaingang y Guarani, que ingresaron a la Universidad Federal do Rio Grande do Sul, mediante procesos selectivos específicos y diferenciados, desde 2008, año en que esta instituición se adhirió a la política de Acciones Afirmativas tan reivindicada por los movimientos sociales, negros, indígenas y aliados dentro y fuera de la comunidad de la universidad. Desde una propuesta ético -metodológica colaborativa sensible, que considera la complejidad de los fenómenos y la vivencia cotidiana, la construción del trabajo se centró principalmente en la escucha de las narrativas de esas mujeres que si constituyeron en “círculos de conversación”, y diálogos que se pueden encontrar en todo el texto, pero, especialmente en el último capítulo. De la misma manera, considero la convivencia en los muchos espacios académicos, formales e informales, así como las visitas a las aldeas. Para contextualización del proceso de la presencia indígena en las universidades en tiempos de democratización de la enseñanza universitaria, el cuerpo de esta investigación realiza un abordaje sobre la temática: universidad, proceso de cuotas para indígenas, en la realidad de Brasil, haciendo énfasis en el caso de la UFRGS. Presenta además, por medio de datos cuantitativos, reflexiones referentes al movimiento de estos estudiantes en relación a la Universidad, así como sus orígenes, cursos que están desarrollando y los desafíos que se proponen desde este encuentro. En la UFRGS son claras las incomprensiones sobre estas personas, que identifican en el ingreso y finalización de la educación superior, una estrategia para alcanzar las necesidades profesionales y actuar en sectores importantes en sus comunidades, así como para el fortalecimiento de la lucha indígena como un todo. Allí también se verifican acciones y posiciones, institucionalizadas o no, que nos ofrecen indicaciónes de que ésta también es una presencia deseada por personas que componen la comunidad académica. Pero, ¿Y las mujeres?, ¿por qué ellas? La presencia de las mujeres indígenas en la enseñanza superior viene ganando proporciones crecientes. En la UFRGS esta realidad se muestra con el hecho de que más del 50% del total de los matriculados indígenas, son mujeres. Este dato muestra que, además de ser algo nuevo dentro de las comunidades indígenas, donde son los hombres los que culturalmente salen de casa, las mujeres indígenas distintamente de las no indígena, son las que más van a la universidad. Son mujeres que en general presentan en su forma social y cultural la vivencia del casamiento y de la maternidad en edades que coinciden con la enseñanza media y superior, siendo la convivencia con sus hijos una característica que las identifica. Así, sin poder ignorar estos hechos, tal estudio se dedica a comprender cómo se dá la permanencia de estas estudiantes, indígenas, madres en la UFRGS, considerando cómo es su vida en la comunidad, la relación con sus hijos y su grupo familiar y qué aspectos de esta universidad podrían mejorar sus vidas. De esa maneras, busco colaborar para que esta institución pueda cualificar su política y construir estrategias institucionales para acoger las demandas que de allí surgen.
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Indígena-Mulher-Mãe-Universitária o estar-sendo estudante na UFRGSBrito, Patrícia Oliveira January 2016 (has links)
A presente pesquisa parte da disposição de compreender as presenças das mulheres indígenas – especialmente as pertencentes aos povos Kaingang e Guarani – que foram aprovadas em processo seletivo específico e diferenciado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul a partir de 2008, ano em que a instituição aderiu à Política de Ações Afirmativas, tão reivindicada pelos movimentos sociais, negro e indígena, e também por seus aliados dentro e fora da comunidade acadêmica. Dentro de uma proposta ético-metodológica colaborativa sensível e que considere a complexidade dos fenômenos e a vivência cotidiana, a construção deste trabalho se baseia principalmente na escuta das narrativas dessas mulheres, que se constituíram em rodas de conversa e diálogos – os quais podem ser encontrados em todo o conteúdo do texto, mas, especialmente no último capítulo. Igualmente, considero a convivência nos inúmeros espaços acadêmicos, formais e informais, bem como as visitas às aldeias. A fim de contextualizar o processo da presença indígena nas universidades em tempos de democratização do acesso ao ensino superior, o corpo desta pesquisa se dedica transversalmente a uma abordagem do tema universidade: processo de cotas para indígenas no contexto brasileiro, se aprofundando na realidade UFRGS. Apresenta ainda, por meio de dados quantitativos, reflexões acerca dos movimentos desses estudantes na relação com a universidade, bem como suas origens, cursos e os desafios que se põem a partir deste encontro. Na UFRGS são evidentes as incompreensões acerca dessas pessoas, que veem o acesso e a conclusão do ensino superior como estratégia para atender à necessidade de profissionais que atuem em setores importantes de suas comunidades, bem como para o fortalecimento do movimento indígena como um todo. Aí também se verifica ações e posturas, institucionalizadas ou não, que nos dão pistas de que a presença de estudantes indígenas é também desejada por pessoas que compõem a comunidade acadêmica. E as mulheres, por que elas? A presença de mulheres indígenas no ensino superior vem ganhando proporções crescentes. Na UFRGS, essa realidade se apresenta com a matrícula, entre alunos indígenas, de mais 50% desse público. Esse dado revela que, além de ser algo novo dentro das próprias comunidades indígenas, onde é o homem que culturalmente sai de casa, as mulheres indígenas, diferente das não indígenas, são as que em maior número acessam a universidade. São mulheres que em geral apresentam na sua forma social e cultural a vivência do casamento e da maternidade em idades que coincidem com a experiência do ensino médio e superior, sendo a convivência com suas crianças uma característica que as identifica. Assim, não podendo ignorar tais fatos, este estudo se dedica a compreender como ocorre a permanência dessas estudantes, indígenas e mães, na UFRGS, considerando como são suas vidas na comunidade, suas relações com filhos e grupo familiar e que aspectos tornariam suas vidas melhores nesta Universidade. Dessa maneira, busco colaborar para que esta instituição possa aprimorar a política e construir estratégias institucionais para acolher as demandas que daí surgem. / El presente estudio parte de la disposición de compreender la presencia de las mujeres indígenas, pertenencientes a los pueblos Kaingang y Guarani, que ingresaron a la Universidad Federal do Rio Grande do Sul, mediante procesos selectivos específicos y diferenciados, desde 2008, año en que esta instituición se adhirió a la política de Acciones Afirmativas tan reivindicada por los movimientos sociales, negros, indígenas y aliados dentro y fuera de la comunidad de la universidad. Desde una propuesta ético -metodológica colaborativa sensible, que considera la complejidad de los fenómenos y la vivencia cotidiana, la construción del trabajo se centró principalmente en la escucha de las narrativas de esas mujeres que si constituyeron en “círculos de conversación”, y diálogos que se pueden encontrar en todo el texto, pero, especialmente en el último capítulo. De la misma manera, considero la convivencia en los muchos espacios académicos, formales e informales, así como las visitas a las aldeas. Para contextualización del proceso de la presencia indígena en las universidades en tiempos de democratización de la enseñanza universitaria, el cuerpo de esta investigación realiza un abordaje sobre la temática: universidad, proceso de cuotas para indígenas, en la realidad de Brasil, haciendo énfasis en el caso de la UFRGS. Presenta además, por medio de datos cuantitativos, reflexiones referentes al movimiento de estos estudiantes en relación a la Universidad, así como sus orígenes, cursos que están desarrollando y los desafíos que se proponen desde este encuentro. En la UFRGS son claras las incomprensiones sobre estas personas, que identifican en el ingreso y finalización de la educación superior, una estrategia para alcanzar las necesidades profesionales y actuar en sectores importantes en sus comunidades, así como para el fortalecimiento de la lucha indígena como un todo. Allí también se verifican acciones y posiciones, institucionalizadas o no, que nos ofrecen indicaciónes de que ésta también es una presencia deseada por personas que componen la comunidad académica. Pero, ¿Y las mujeres?, ¿por qué ellas? La presencia de las mujeres indígenas en la enseñanza superior viene ganando proporciones crecientes. En la UFRGS esta realidad se muestra con el hecho de que más del 50% del total de los matriculados indígenas, son mujeres. Este dato muestra que, además de ser algo nuevo dentro de las comunidades indígenas, donde son los hombres los que culturalmente salen de casa, las mujeres indígenas distintamente de las no indígena, son las que más van a la universidad. Son mujeres que en general presentan en su forma social y cultural la vivencia del casamiento y de la maternidad en edades que coinciden con la enseñanza media y superior, siendo la convivencia con sus hijos una característica que las identifica. Así, sin poder ignorar estos hechos, tal estudio se dedica a comprender cómo se dá la permanencia de estas estudiantes, indígenas, madres en la UFRGS, considerando cómo es su vida en la comunidad, la relación con sus hijos y su grupo familiar y qué aspectos de esta universidad podrían mejorar sus vidas. De esa maneras, busco colaborar para que esta institución pueda cualificar su política y construir estrategias institucionales para acoger las demandas que de allí surgen.
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As mulheres indígenas nos relatos jesuíticos da província do Paraguai (1609-1768)Mendes, Isackson Luiz Cavilha January 2013 (has links)
Na Província Jesuítica do Paraguai, entre os anos de 1609 e 1768, os jesuítas fundaram as reduções de índios com o objetivo de civilizar e converter ao cristianismo os gentios. Nesse processo de redução houve a necessidade de deslocar as mulheres de suas atividades tradicionais. A partir das prescrições de gênero ocidentais foram conferidos às mulheres indígenas espaços restritos de atuação com a finalidade de diminuir o seu prestígio junto aos grupos ameríndios. Apesar da tentativa dos padres de impor uma rotina, circunscrevendo as mulheres ao espaço doméstico e/ou de confinamento, houve apropriações e resistências a este ordenamento sugerido. O trânsito intenso das mulheres, na construção criativa dos espaços de sociabilidade, faz delas agentes de mediação muito além do papel idealizado pelos jesuítas, restrito à maternidade e ao lar. Neste trabalho analiso o protagonismo feminino a partir dos relatos jesuíticos evidenciando um cotidiano mais matizado do que as narrativas inacianas supõem. / In the Jesuit Province of Paraguay, between the years 1609 and 1768, the Jesuits founded the reductions of Indians in order to civilize and convert the heathen to Christianity. This reduction process was necessary to move women from their traditional activities. From the Western genre prescriptions were granted to indigenous women restricted spaces of operation in order to reduce its prestige among the Amerindian groups. Despite the attempts of priests to impose a routine circumscribing women's domestic and / or confinement of space, resistance and appropriation was suggested this order. The heavy traffic of women in the creative construction of spaces of sociability makes them agents of mediation beyond the role envisioned by the Jesuits, confined to motherhood and home. In this paper I analyze the female protagonist from the Jesuit reports showing a more nuanced everyday narratives assume that the Ignatian.
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As mulheres indígenas nos relatos jesuíticos da província do Paraguai (1609-1768)Mendes, Isackson Luiz Cavilha January 2013 (has links)
Na Província Jesuítica do Paraguai, entre os anos de 1609 e 1768, os jesuítas fundaram as reduções de índios com o objetivo de civilizar e converter ao cristianismo os gentios. Nesse processo de redução houve a necessidade de deslocar as mulheres de suas atividades tradicionais. A partir das prescrições de gênero ocidentais foram conferidos às mulheres indígenas espaços restritos de atuação com a finalidade de diminuir o seu prestígio junto aos grupos ameríndios. Apesar da tentativa dos padres de impor uma rotina, circunscrevendo as mulheres ao espaço doméstico e/ou de confinamento, houve apropriações e resistências a este ordenamento sugerido. O trânsito intenso das mulheres, na construção criativa dos espaços de sociabilidade, faz delas agentes de mediação muito além do papel idealizado pelos jesuítas, restrito à maternidade e ao lar. Neste trabalho analiso o protagonismo feminino a partir dos relatos jesuíticos evidenciando um cotidiano mais matizado do que as narrativas inacianas supõem. / In the Jesuit Province of Paraguay, between the years 1609 and 1768, the Jesuits founded the reductions of Indians in order to civilize and convert the heathen to Christianity. This reduction process was necessary to move women from their traditional activities. From the Western genre prescriptions were granted to indigenous women restricted spaces of operation in order to reduce its prestige among the Amerindian groups. Despite the attempts of priests to impose a routine circumscribing women's domestic and / or confinement of space, resistance and appropriation was suggested this order. The heavy traffic of women in the creative construction of spaces of sociability makes them agents of mediation beyond the role envisioned by the Jesuits, confined to motherhood and home. In this paper I analyze the female protagonist from the Jesuit reports showing a more nuanced everyday narratives assume that the Ignatian.
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Seguindo sementes: circuitos e trajetos do artesanato Sateré-Mawé entre cidade e aldeia / Following seeds: circuits and paths of the Sateré-Mawé craftwork between city and villageAna Luísa Sertã Almada Mauro 09 December 2015 (has links)
A presença sateré-mawé na cidade de Manaus (Amazonas, Brasil) se faz particularmente visível pelas comunidades e associações que começam a surgir na cidade na década de 1990, a partir de ocupações que contaram com forte protagonismo feminino. O artesanato elaborado com sementes passou a ser uma das principais estratégias das mulheres sateré-mawé no espaço urbano, em oposição ao trabalho nas chamadas casas de família. Essas sementes, usadas na produção de colares e pulseiras, tem caminhos próprios, que desestabilizam fronteiras entre área urbana, área de floresta, cidade e aldeia. Os caminhos das sementes mobilizam uma ampla circulação de pessoas, saberes, narrativas e coisas, formando um circuito específico. As práticas de plantio, coleta, trocas de sementes e outras formas de aquisição, bem como sua transformação em objetos que circulam em diferentes locais e contextos, propõem uma inversão entre agente e paciente: de objetos passivos da ação humana, as sementes se elevam a agentes mediadores de relações, mediando também modos particulares de vivenciar o espaço urbano. / The sateré-mawé presence in the city of Manaus (Amazonas, Brazil) is made particularly apparent by the communities and associations that started to appear in the city in the 1990s, from occupations which involved strong female leadership. The craftwork made with seeds has become one of the main life strategies of sateré-mawé women in the urban area, as opposed to the work in so-called \"family homes\". These seeds, used in the production of necklaces and bracelets, have their own paths, which destabilize boundaries between urban area, forest area, town and village. The paths of seeds mobilize a broad circulation of persons, knowledges, stories and things, forming a specific circuit. Planting practices, seed collection, seed exchanges and other forms of acquisition, as well as the transformation of seeds into objects that circulate in different locations and contexts, point to a reversal between agent and patient: from passive objects of human action, the seeds become mediator agents of human relationships, while also mediating particular ways to experience the urban space.
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Viver entre dois mundos: uma análise das práticas dsicursivas das mulheres indígenas da cidade de Boa Vista-RR sobre o direito de ser índia urbanaLeila Maria Camargo 16 December 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho trata de um estudo das práticas discursivas das mulheres indígenas pertencentes à Organização dos Índios na Cidade de Boa Vista Roraima (ODIC). Busca-se analisar o modo de produção de sentidos que se referem à questão das identidades de grupos indígenas, especialmente aqueles vivendo em cidades amazônicas e regiões de fronteiras, como é o caso dos índios urbanos de Boa Vista. Tratou-se de examinar a questão a partir das mudanças e dos efeitos da globalização, que reposicionaram determinados sujeitos no discurso os quais hoje procuram transformar-se em sujeitos de direitos e da própria história. Utilizou-se como aporte teórico o viés analítico da Análise Crítica do Discurso, com base na Teoria Social do Discurso de Fairclough, na busca de compreender os processos discursivos sobre identidade indígena na cidade, com base nos enunciados de mulheres indígenas, que estão presentes no movimento em luta por seu espaço de direitos no meio urbano. Nele tratou-se de examinar o sentido destes discursos dentro das transformações provocadas pela globalização, que colocou também as identidades sociais e culturais dentro de uma perspectiva de fluxos, movimentos e trânsito por um lado e, por outro, com a onda da democratização que retirou determinadas desigualdades e assimetrias de direitos, obrigações e prestígios linguísticos de grupos e pessoas, vem permitindo que grupos e minorias antes assujeitadas em formações discursivas hegemônicas, se apropriem do discurso e empreendam lutas de projetos identitários, reconstruindo-se a partir das práticas discursivas. / This work aims to study the discursive practices of indigenous women belonging to the Organization of Indians in the city of Boa vista, Roraima (ODIC). It seeks to analyse the way these women produce the meanings that refer to the question of the identities of indigenous groups, especially those living in Amazonian cities and border regions, as it is the case of urban Indians of Boa Vista. It was examining the issue from the changes and the effects of globalization, which repositioned certain subjects in the speech which now seek to become a subject of rights and of history itself. It was used as theoretical basis the analytical bias of the Critical Discourse Analyses, based on Fairclough Discourse Social Theory, seeking to understand the discursive processes about the Indian Identity in the city, based on statements of indigenous women, who are presented in the movement in its struggle for space in urban environment. In this study it was examined the meaning of these discourses within the transformations caused by globalization. Ii is also raised the social and cultural identities within a perspective of flows, traffic and movement in one hand and, in the other hand, with the democratization movement that withdrew certain inequalities and asymmetries of the rights, duties and linguistic prestige of groups and individuals, which has been enabling groups and minorities, before subjected in hegemonic discursive formations, to appropriate the discourse and undertake projects of identity struggles, rebuilding itself from discursive practices.
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Mulheres indígenas da \'Çxhab Wala Kiwe\': relações étnico-racial, gênero e sexualidade nos Andes colombianos / Indigenous womens of the Çxhab Wala Kiwe: relations of race and ethnic, gender and sexuality on the colombian AndesBotero, Waldor Federico Arias 16 June 2016 (has links)
Este trabalho busca compreender as ações das mulheres indígenas Nasa da Asociación de Cabildos Indígenas del Norte del Cauca ACIN, que visam melhorar as condições e situações de vida das mulheres nos territórios de resguardo Çxhab Wala Kiwe. A partir da análise de relatos de mulheres que são líderes locais, dos documentos escritos produzidos pela própria organização e relatos etnográficos, tentamos descrever a maneira como surgiu o Programa Mujer da ACIN, como as mulheres vem enfrentando os desafios para tentar eliminar a violência contra elas (em particular a violência sexual), e a maneira como estabelecem relações com organizações de mulheres externas ao mundo indígena. Na análise, o processo de subjetivação das mulheres se choca com o contexto de guerra da região do norte do Cauca. É demonstrado como as mulheres através da história da organização indígena foram consolidando ferramentas e formas de organização no interior do mundo indígena não só para promover a visibilidade do trabalho das mulheres nas comunidades, como para exigir o fim da violência contra as mulheres e seus direitos particulares, promovendo a formação para a participação ativa nas ações coletivas da comunidade. Essas atividades são desenvolvidas a partir da posição comunitariamente assumida de não participação no conflito armado. Apesar disso, o estudo também mostra como a guerra termina por afetar essas comunidades. / This text aims to describe the actions which nasa indigenous women - they are part of the Asociación de Cabildo Indigenas del Norte del Cauca ACIN - does to improving situations and conditions of life of women in the reservation territories of the Çxhab Wala Kiwe. The analysis is based on different materials as follows: life story of women leaders, official documents produced by the organization, the literature review, and ethnographic account made during field work. With these materials, the text describes how Programa Mujer of ACIN emerged, facing the challenges of trying to eliminate the violence against women (in particular sexual violence). The description also shows the way these women establish relationships with other organizations outside the indigenous world through the program. In the analysis womans subjectivation processes come up with the context of war of north of Cauca. The description shows how women through the history of the indigenous organization has been consolidating tools and forms of organization within the indigenous world to promote the visibility of womens work demanding an end to the violence against women and particularly their rights. In this sense, one issue emphasized by them is the promotion and training for active participation in collective actions of the community. Despite the fact that these communities state their position of nonparticipation in the armed conflict, the analysis shows how war has an impact in these communities and these activities.
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Ocorrência do câncer do colo do útero em mulheres indígenas da Amazônia ParaenseMOTA, Rosemary Pereira da 15 December 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-12-15 / O presente estudo analisou a ocorrência de câncer do colo do útero em mulheres indígenas da Amazônia paraense, no período de 2005 a 2012, destacando o interesse pelas populações indígenas afetadas por doenças da modernidade considerando as dificuldades e a importância de estudar os problemas de saúde destas populações influenciada pelos contatos interétnicos e os processos de mudança sociocultural e ambiental. Foi realizada uma pesquisa quantitativa com base no modelo exploratório estatístico para dar sustentação a análise qualitativa que caracterizou a pesquisa. Foram utilizados dados da Casa de Saúde Indígena de Belém -distrito de Icoaraci (CASAI), prontuários e guias de referência e contra referência. Foram analisadas a incidência e as variações do câncer cervical, bem como tipos de tratamento recebidos, encaminhamentos, além de motivos de alta em quatorze mulheres indígenas, ocorridos neste período, caracterizando assim a sua ocorrência. / The present study examined the occurrence of cancer of the cervix in Indian women of the Amazon Para, in the period 2005-2012, highlighting the interest in indigenous populations affected by diseases of modernity considering the difficulties and the importance of studying the health problems of these populations influenced by inter-ethnic contacts and processes of socio-cultural and environmental change. A quantitative research based on statistical exploratory model was carried out to give support to qualitative analysis that characterized the research. We used data from the House of Indigenous Health, Bethlehem district Icoaraci ( CASAI ) , records and reference and counter-reference guides . The incidence and changes in cervical cancer, and types of treatment received, referrals were analyzed, in addition to high grounds in fourteen indigenous women, occurring at this period, characterizing their prevalence.
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Mulheres indígenas da \'Çxhab Wala Kiwe\': relações étnico-racial, gênero e sexualidade nos Andes colombianos / Indigenous womens of the Çxhab Wala Kiwe: relations of race and ethnic, gender and sexuality on the colombian AndesWaldor Federico Arias Botero 16 June 2016 (has links)
Este trabalho busca compreender as ações das mulheres indígenas Nasa da Asociación de Cabildos Indígenas del Norte del Cauca ACIN, que visam melhorar as condições e situações de vida das mulheres nos territórios de resguardo Çxhab Wala Kiwe. A partir da análise de relatos de mulheres que são líderes locais, dos documentos escritos produzidos pela própria organização e relatos etnográficos, tentamos descrever a maneira como surgiu o Programa Mujer da ACIN, como as mulheres vem enfrentando os desafios para tentar eliminar a violência contra elas (em particular a violência sexual), e a maneira como estabelecem relações com organizações de mulheres externas ao mundo indígena. Na análise, o processo de subjetivação das mulheres se choca com o contexto de guerra da região do norte do Cauca. É demonstrado como as mulheres através da história da organização indígena foram consolidando ferramentas e formas de organização no interior do mundo indígena não só para promover a visibilidade do trabalho das mulheres nas comunidades, como para exigir o fim da violência contra as mulheres e seus direitos particulares, promovendo a formação para a participação ativa nas ações coletivas da comunidade. Essas atividades são desenvolvidas a partir da posição comunitariamente assumida de não participação no conflito armado. Apesar disso, o estudo também mostra como a guerra termina por afetar essas comunidades. / This text aims to describe the actions which nasa indigenous women - they are part of the Asociación de Cabildo Indigenas del Norte del Cauca ACIN - does to improving situations and conditions of life of women in the reservation territories of the Çxhab Wala Kiwe. The analysis is based on different materials as follows: life story of women leaders, official documents produced by the organization, the literature review, and ethnographic account made during field work. With these materials, the text describes how Programa Mujer of ACIN emerged, facing the challenges of trying to eliminate the violence against women (in particular sexual violence). The description also shows the way these women establish relationships with other organizations outside the indigenous world through the program. In the analysis womans subjectivation processes come up with the context of war of north of Cauca. The description shows how women through the history of the indigenous organization has been consolidating tools and forms of organization within the indigenous world to promote the visibility of womens work demanding an end to the violence against women and particularly their rights. In this sense, one issue emphasized by them is the promotion and training for active participation in collective actions of the community. Despite the fact that these communities state their position of nonparticipation in the armed conflict, the analysis shows how war has an impact in these communities and these activities.
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