Spelling suggestions: "subject:"neoplasias dde constata"" "subject:"neoplasias dee constata""
121 |
Estudo de fase I com vacina celular autóloga imunomodulaa para tratamento de câncer de próstata localmente avançado ou metastáticoBerger, Milton January 2005 (has links)
Resumo não disponível
|
122 |
Relação entre os critérios diagnósticos histológicos e a expressão imuno-histoquímica da P53 no carcinoma prostáticoCoelho, Guilherme Portela January 2005 (has links)
Introdução e Objetivo: o gene TP53 é o alvo isoladamente mais comum de mutação em tumores humanos. Está envolvido no bloqueio do ciclo celular, reparo ao DNA, diferenciação celular e apoptose, em resposta ao dano genético. O exame de imuno-histoquímica (IHQ) pode detectar o acúmulo da proteína p53 no núcleo celular, indicando mutação. Esta mutação tem sido associada a comportamento agressivo nos carcinomas prostáticos. O conhecimento das características histológicas deste carcinoma permite o estabelecimento de critérios diagnósticos anatomopatológicos e de graduações histológicas que visam a um melhor atendimento dos pacientes com a doença. O estudo da relação entre os achados de biologia molecular e as características histológicas desta neoplasia leva a um maior conhecimento de mecanismos que produzem as alterações morfológicas teciduais, auxiliando na identificação de novas variáveis promissoras na determinação do comportamento biológico da doença. Material e Método: foram examinadas amostras de 101 exames de biópsias por agulha da próstata, de setenta pacientes com carcinoma, através de lâminas coradas pelo HE, selecionados de 500 exames consecutivos. Obtiveram-se novos cortes dos mesmos blocos de parafina, sendo estes corados pela técnica de IHQ, utilizando o anticorpo monoclonal DO7 para p53, em 69 dos pacientes. Foram anotados, para estudo de associação, os achados morfológicos de carcinoma, o padrão da coloração IHQ para p53, a presença de invasão de nervos (IN) pelas colorações HE e de IHQ para proteína S100 e algumas características clínico-laboratoriais dos pacientes com carcinoma prostático. Resultados: dentre as formas de aferir a positividade IHQ da p53, a imunorreatividade em grupamento foi o padrão que melhor se correlacionou com os achados clínico-patológicos examinados: PSA sérico, escore de Gleason, quantidade de tumor na amostra (p<0,01) e presença de invasão de nervo. Dentre os critérios diagnósticos estudados, houve associação estatisticamente significativa da imunorreatividade em grupamento para p53 com as presenças de micronódulos de colágeno e mais de um nucléolo proeminente no mesmo núcleo de célula neoplásica. Quanto à IN, apenas quando a mesma foi identificada com a técnica de IHQ (proteína S100), houve associação estatisticamente significativa. Conclusão: o padrão de imunorreatividade em grupamento mostra-se superior aos demais quando comparado aos achados anatomopatológicos com valor preditivo em biópsias e com o valor do PSA sérico. A associação estatisticamente significativa entre a imunorreatividade em grupamento para p53 e a presença de IN detectada com a utilização da proteína S100 contrasta com a ausência de significância quando a IN é identificada na histologia convencional (HE). Estes achados recomendam novos estudos para verificar a utilidade da determinação IHQ da IN no prognóstico da doença e para identificar o mecanismo molecular de invasão de nervos de pequeno tamanho que não são facilmente identificados no HE. A presença da associação da positividade IHQ para p53 com micronódulos de colágeno igualmente recomenda novos estudos clínicos e moleculares para esclarecimento da relação deste achado histológico com o comportamento biológico do carcinoma prostático.
|
123 |
Avaliação da variabilidade interobservador no diagnóstico histopatológico em biópsias de próstataSchumacher, Rita de Cássia Alves January 2006 (has links)
Introdução e objetivos: a punção-biópsia de próstata é a principal forma de diagnóstico do câncer de próstata. A introdução da dosagem sérica do PSA e os programas de rastreamento do câncer de próstata levaram à detecção de neoplasias subclínicas e de pequenas dimensões. A utilização da revisão cega de cortes histológicos no controle de qualidade dos exames permite a reavaliação, fornece a variabilidade interobservadores e possibilita a detecção de exames discrepantes, falsos negativos e positivos. Na próstata tal prática é justificável pela freqüência de diagnósticos de incerteza e de neoplasias de pequenas dimensões, que tornam a interpretação do exame mais difícil e subjetiva. O objetivo deste estudo é avaliar a variabilidade interobservador em biópsias de próstata. Material e métodos: dois patologistas revisaram separadamente 489 exames de biópsias de próstata. Os patologistas desconheciam o diagnóstico original e informações clínicas como valor do PSA, idade e toque retal,obtidos dos prontuários clínicos. A variabilidade interobservador foi quantificada através do índice Kappa. Resultados: foram revisadas biópsias provenientes de 191 pacientes. A média de idade foi de 65,5 anos e a média do PSA de 14,26 ng/ml (mediana=8,4 ng/ml). A concordância geral entre o diagnóstico original e o final (pós-revisão) foi de 94,3% e o índice kappa foi de 0,86 (com intervalo de confiança de 95% entre 0,8 e 0,91). O índice kappa entre os revisores foi de 0,83. A concordância entre os grupos de diagnóstico foi de 94,6% (kappa 0,85) para os exames benignos; 100% (k 0,99) nos adenocarcinomas; 76,5% (k 0,67) nas ASAPs – proliferações de pequenos ácinos atípicos e 50% (k 0,3) nas NIPs – neoplasias intraepiteliais prostáticas de alto grau. Conclusões: Este estudo mostrou a alta concordância interobservador nos diagnósticos benignos e adenocarcinomas. As maiores variações ocorreram nas lesões pré-malignas (NIP) e nos diagnósticos duvidosos, expressas por uma menor concordância interobservador e baixo índice kappa. A revisão cega de biópsias de próstata pode ser útil e deve ser recomendada nos caso duvidosos, onde há uma forte suspeita de neoplasia, uma vez que o diagnóstico de neoplasias pequenas e lesões pré-neoplásicas é de difícil interpretação e pode estar relacionada a uma maior variabilidade interobservador. / Introduction: prostate needle biopsy is the standard procedure for the diagnosis of prostate cancer. The introduction of PSA screening and other screening methods has allowed for the detection of subclinical and minimal carcinomas of the prostate. The blind review of histological sections for the quality control of exams permits reassessment, provides interobserver variability and allows the detection of discrepant exam results, false negatives and false positives. This practice is justified in case of the prostate, due to the frequently uncertain diagnoses and due to the presence of focal carcinoma, which render the interpretation of exam results more difficult and less objective. The aim of this study is to assess the interobserver variability in prostate biopsies carried out at a teaching hospital. Materials and Methods: two pathologists individually reviewed 489 prostate biopsies. Both pathologists were blinded to the original diagnosis and to clinical data such as PSA levels, age, and digital rectal examination status. Interobserver variability was measured using the kappa coefficient. Results: a total of 489 biopsies of 191 patients were reviewed. Mean patient age was 65.5 years, and PSA levels averaged 14.26 ng/ml (median:8,4ng/ml). Overall agreement between the original and final diagnoses was 94.3% with a kappa of 0.86 (95%CI between 0.8 and 0.91). The interobserver kappa value was 0.83. Agreement among diagnostic groups was 94.6% (kappa = 0.85) for benign exams; 100% (kappa = 0.99) for adenocarcinomas; 76.5% (kappa = 0.67) for atypical small acinar proliferations (ASAP) and 50% (kappa = 0.3) for high-grade prostatic intraepithelial neoplasias (HGPIN). Conclusions: The blind review of prostate biopsies can be useful and is recommended in uncertain cases highly suspicious of malignancy, since the diagnosis of minimal carcinoma and preneoplastic lesions is difficult and is related to a larger interobserver variability.
|
124 |
Polimorfismo V89L do gene 5 α-redutase tipo II (SRD5A2) e a associação com o risco de câncer de próstata :Amorin, Bruna January 2010 (has links)
Introdução: A pesquisa por marcadores genéticos de susceptibilidade a doenças geralmente focam um gene baseado nas propriedades e vias metabólicas de seus produtos protéicos, assim, genes envolvidos na biossíntese de andrógenos podem identificar possíveis alterações na carcinogênese prostática. Diferenças étnicas em polimorfismos apresentam um papel no metabolismo de hormônios e podem acometer diferentes raças no risco de desenvolver câncer de próstata. A 5 alfaredutase (SRD5A2) é a enzima responsável por catalisar irreversivelmente a conversão da testosterona no principal androgênio prostático, dihidrotestosterona (DHT). Vários polimorfismos associados ao gene SRD5A2 tem sido estudados e relatados quanto à possível associação com o aumento do risco/susceptibilidade do CaP, entre eles, o polimorfismo V89L. Objetivos: Avaliação da associação do polimorfismo V89L do gene SRD5A2 com o risco de câncer de próstata em uma amostra da população do Rio Grande do Sul; avaliação da frequência deste polimorfismo em uma amostra de indivíduos com câncer de próstata e em um grupo controle e correlação da frequência do polimorfismo com os níveis séricos de testosterona total e livre, bem como o PSA. Métodos: Foram coletadas amostras de sangue de 169 casos com câncer de próstata e 177 controles. Os genótipos do polimorfismo V/V, V/L e L/L foram comparados entre casos e controles. Resultados: O genótipo V/V foi significativamente mais frequente nos controles em comparação com os casos, entretanto não encontramos associação entre os genótipos do polimorfismo V89L e o risco de desenvolver o câncer de próstata, porém ao analisarmos somente os indivíduos com idade inferior a 65 anos, verificamos que o genótipo V/V quando comparado com o genótipo V/L e quando comprado com o genótipo (L/L+V/L) apresenta um fator protetor (OR: 0,338; IC: 0,134-0,858; p=0,022 e OR:0,046; IC: 0,166-0,990; p=0,047, respectivamente). Verificamos também que o genótipo V/L quando comparado com o genótipo (V/V+L/L) proporciona um risco para o desenvolvimento de câncer de próstata (OR:1,651; IC: 1,043-2,613; p=0,032). Conclusões: Nosso estudo sugere que entre indivíduos com menos de 65 anos de idade, o genótipo V/L do polimorfismo V89L pode desempenhar um significativo risco de desenvolver CaP e que o genótipo V/V está associado com um fator protetor para o câncer de próstata. / Background: The search for genetic markers of susceptibility to diseases often focus on a gene based on the properties of metabolic pathways and their protein products, thus, genes involved in biosynthesis of androgens can identify possible changes in prostate carcinogenesis. Ethnic differences in polymorphisms have a role in hormone metabolism and may affect different races in the risk of developing prostate cancer. The 5 alpha-reductase (SRD5A2) is the enzyme responsible for irreversibly catalyzing the conversion of testosterone into the main prostatic androgen, DHT. Several polymorphisms associated with the SRD5A2 gene has been studied and reported on the possible association with increased risk or susceptibility of PCa among them, the V89L polymorphism. Objectives: Assessment of association of the V89L polymorphism of SRD5A2 gene with prostate cancer risk in a population sample from Rio Grande do Sul, evaluate the frequency of this polymorphism in a sample of individuals with prostate cancer and a control group and the frequency correlation polymorphism on serum levels of total and free testosterone and PSA. Methods: Blood samples were collected for 169 prostate cancer cases and 177 controls. The genotypes (V/V, V/L and L/L) were compared among cases and controls. Results: The genotype V/V was significantly more frequent in controls compared with cases, however we found no association between the V89L polymorphism genotypes and the risk of developing prostate cancer, but when we analyzed only those individuals under the age of 65 years, we found that the genotype V/V compared with V/L and when purchased with genotype (L/L+V/L) has a protective factor (OR: 0.338 CI:0.134-0.858, p = 0.022 and OR: 0.046; CI: 0.166-0.990,p=0,047, respectively). We also found that genotype V/L compared with genotype (V/V+L/L) gives a risk for developing prostate cancer (OR:1.651; CI:1.043-2.613, p=0.032). Conclusion: Our study suggests that among people under 65 years of age, the genotype V/L may play a significant risk of developing CaP and genotype V/V is associated with a protective factor for prostate cancer.
|
125 |
Contribuição da expressão de c-kit na aquisição de quimiorresistência ao docetaxel no câncer de próstata / Contribution of expression of c-KIT in the aquisition of chemoresistance to docetaxel in prostate cancerAzevedo, Marcelo Quintanilha January 2013 (has links)
Introdução: após os tumores de pele não - melanoma o câncer de próstata é o tumor maligno mais comumente diagnosticado e a segunda causa de morte relacionada ao câncer na população masculina. A maioria dos pacientes que morrem por câncer de próstata possuem metástases ósseas e esta doença é pouco responsiva ao tratamento quimioterápico. O microambiente ósseo, através de uma interação bidirecional com as células cancerígenas prostáticas provoca, nessas células, alterações fenotípicas. Uma dessas alterações é a expressão das células cancerígenas metastáticas anteriormente c-KIT negativas de receptores c- KIT. Hipotetizamos, aqui, que essas alterações poderiam contribuir para a quimiorresistência desses tumores. Objetivo: avaliar a hipótese de que a expressão de c-KIT pelas células de câncer de próstata contribui para a reduzida sensibilidade dessa neoplasia ao agente quimioterápico Docetaxel. Métodos: estudo experimental, utilizando células PC3, derivadas de metástases de câncer de próstata humano andrógeno-independente e C42b derivadas de metástases ósseas de câncer de próstata de coluna lombar de ratos atímicos . Ambas linhagens celulares c-KIT negativas foram tratadas em meio celular adequado e, sempre que atingiram a confluência de 90 %, foram isoladas para experimento ou expansão celular. Com o objetivo de mimetizar a expressão de c-KIT in vitro, parte das células foram submetidas a transfecção celular estável de c-KIT. Para isso foi utilizada uma formulação para transfecção de ácidos nucleicos em células eucarióticas (LIPOFECTAMINE 2000, Invitrogen) e, após isso, foi realizada a seleção de clones transfectantes estáveis. Os grupos foram divididos em c-KIT positivo, com ou sem o tratamento de SCF e c- KIT negativo com ou sem o tratamento de SCF, submetidos a doses crescentes do quimioterápico Docetaxel. Resultados: utilizando-se o índice da metade da concentração de inibição máxima (IC50), foi observado que nos experimentos com tratamento com Docetaxel por 2 dias os IC50 dos grupos C42b c-KIT e PC3 c-KIT, na presença ou não do ligante SCF, foram bastante superiores aos IC50 dos grupos C42b e PC3 que não sofreram a transfecção estável do c-KIT, na presença ou não do ligante SCF (p<0,001 grupoxdose). Nos experimentos com tratamento de Docetaxel por 3 dias, não foi observada diferença com significância estatística dos IC50 entre os grupos das células C42b transfectadas ou não com c-KIT e PC3 transfectadas ou não com c-KIT, na presença ou não do ligante SCF, principalmente quando foram usadas doses de Docetaxel mais próximas aos IC50 encontrados nos experimentos precedentes (tratamento com Docetaxel por 2 dias, doses inferiores a 10 nM de Docetaxel). Na tentativa de entender o aumento da quimiorresistência ao tratamento do Docetaxel por 3 dias aos grupos sem a transfecção de c-KIT, realizou-se o tempo de duplicação celular (TD) nos grupos C42b e PC3, o qual também não demonstrou diferença entre os grupos (PC3 EV TD = 40 horas, PC3 c-KIT TD 32 horas, C42b EV TD = 12 horas, C42b c-KIT TD = 14 horas). Conclusões: o presente estudo não demonstrou aumento da quimiorresistência das células C42b e PC3 ao quimioterápico Docetaxel quando transfectadas com c-KIT. / Introduction: after non-melanoma skin tumors, prostate cancer is the most commonly diagnosed malignant tumor and the second greatest cancer-related cause of death among men. Most patients who die of prostate cancer have bone metastases. This disease does not respond well to chemotherapy. The bone microenvironment, through a bidirectional interaction with prostatic cancerous cells, causes phenotypic alterations in these cells. One of these alterations is the expression of previously c-KIT negative metastatic cancerous cells of c-KIT receptors. Here we hypothesize that these alterations might contribute to the chemoresistance of such tumors. Objective: evaluating the hypothesis that the c-KIT expression by prostate cancer cells contributes to the reduced sensibility of this neoplasia to chemotherapeutic agent Docetaxel. Methods: experimental study, using PC3 cells derived from metastases of androgen-independent human prostate cancer and C42b cells derived from prostate cancer bone metastases from the lumbar spine of athymic mice. Both c-KIT negative cell lines were treated in the proper cellular medium and isolated for experiment or cellular expansion whenever they reached 90% confluence. Aiming at mimicking the c-KIT expression in vitro, part of the cells was submitted to stable c-KIT cell transfection. In order to do so, we used a formulation for the transfection of nucleic acids into eukaryotic cells (LIPOFECTAMINE 2000, Invitrogen). Following, the selection of stable transfectant clones was made. The groups were divided into c-KIT positive, with or without SCF treatment, and c-KIT negative, with or without SCF treatment, receiving increasing doses of the chemotherapeutic agent Docetaxel. Results: using the half maximal inhibitory concentration index (IC50), we observed that in the experiments treated with Docetaxel for 2 days, the IC50 values of the groups C42b c-KIT and PC3 c-KIT, in the presence or absence of the ligand SCF, were very superior to the IC50 values of the groups C42b and PC3 that had not undergone the stable c-KIT transfection, in the presence or absence of the ligand SCF (p<0.001 groupxdose). In experiments treated with Docetaxel for 3 days, we did not observe any statistically significant difference of IC50 values between the groups of C42b cells transfected or not transfected with c-KIT and PC3 cells transfected or not transfected with c-KIT, in the presence or absence of the ligand SCF, especially when using doses of Docetaxel that were more similar to the IC50 values found in previous experiments (treatment with Docetaxel for 2 days, doses below 10 nM of Docetaxel). In an attempt to understand the increased chemoresistance to the treatment with Docetaxel for 3 days in the groups without c-KIT transfection, we performed the cell doubling time (DT) in the groups C42b and PC3, which also showed no difference between groups (PC3 EV DT = 40 hours, PC3 c-KIT DT = 32 hours, C42b EV DT = 12 hours, C42b c-KIT DT = 14 hours). Conclusions: the present study showed no increased chemoresistance of C42b and PC3 cells to the chemotherapeutic agent Docetaxel when they are transfected with c-KIT.
|
126 |
Influência da experiência prévia em robótica e cirurgia minimamente invasiva na curva inicial da prostatectomia radical laparoscópica / The impact of the experience in robotic assisted laparoscopic prostatectomy and in upper tract laparoscopic surgery in the learning curve of laparoscopic radical prostatectomyJosé Anastacio Dias Neto 21 July 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Este estudo analisou o impacto da experiência em prostatectomia radical robótica na curva inicial da prostatectomia laparoscópica através dos resultados perioperatórios e funcionais e oncológicos precoces de 110 pacientes com câncer de próstata. PACIENTES E MÉTODOS: 110 pacientes, selecionados aleatoriamente, foram submetidos a PRL por dois cirurgiões com experiência prévia em cirurgia minimamente invasiva e PRR, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Os dados foram coletados prospectivamente. Foi utilizada abordagem transperitoneal simulando a técnica robótica. RESULTADOS: Houve uma redução significativa no tempo operatório que diminuiu até o caso 40, quando atingiu um platô. O volume de sangramento mediano foi 250ml (variação 50-1000ml). Nenhum paciente foi transfundido. As complicações foram distribuídas uniformemente ao longo da casuística. A taxa de margens positivas foi de 28,2% (pT2: 20%, pT3: 43,6%), e não apresentou tendência a redução. 61,3% das margens foram apicais. A taxa de continência foi de 88% e atingiu um platô próximo a 95% após 75 casos. CONCLUSÃO: Esse estudo mostra que existem múltiplas curvas no processo de aprendizado da PRL. A curva mais curta foi para tempo operatório. A curva para margens cirúrgicas não foi completada e necessita de intervenção para melhora dos resultados principalmente relacionados a margem apical. A transição entre as técnicas de prostatectomia pode ser considerada segura baseada nas baixas taxas de complicações, ausência de complicações graves ou transfusões sanguíneas / INTRODUCTION: This study analyzed the impact of the experience with Robotic-Assisted Laparoscopic Prostatectomy (RALP) on the initial experience with Laparoscopic Radical Prostatectomy (LRP) by examining perioperative results and early outcomes of 110 patients. LRPs were performed by two robotic fellowship trained surgeons with daily practice in RALP. PATIENTS and METHODS: 110 LRP was used to treat aleatory selected patients. The patients were divided into 4 groups for prospective analyses. A transperitoneal approach that simulates the RALP technique was used. RESULTS: The median operative time was 163 minutes (110 - 240), and this time significantly decreased through case 40, when the time plateaued (p = 0.0007). The median blood loss was 250 ml. No patients required blood transfusion. There were no life-threatening complications or deaths. Minor complications were uniformly distributed along the serie (P= 0,6401). The overall positive surgical margins (PSM) rate was 28.2% (20% in pT2 and 43.6% in pT3). PSM was in the prostate apex in 61.3% of cases. At the 12-month follow-up, 88% of men were continent (0-1 pad). CONCLUSION: The present study shows that there are multiple learning curves for LRP. The shallowest learning curve was seen for the operative time. Surgeons transitioning between the RALP and LRP techniques were considered competent based on the low perioperative complication rate, absence of major complications, and lack of blood transfusions. This study shows that a learning curve still exists and that there are factors that must be considered by surgeons transitioning between the two techniques
|
127 |
Estabelecimento de linhagens tumorais para estudos in vitro e in vivo de carcinoma urotelial da bexiga e adenocarcinoma de próstata / Establishment of tumor cell lines from prostate adenocarcinoma and bladder urothelial carcinoma, for in vitro and in vivo studiesCamila Belfort Piantino 14 August 2009 (has links)
Introdução: Um dos principais obstáculos para compreensão dos eventos biológicos envolvidos no câncer é a falta de modelos adequados para o estudo in vitro em especial em relação ao câncer de próstata (CaP) e ao câncer de bexiga (CaB). Há um número limitado de linhagens celulares de CaP e de CaB sendo a maioria proveniente de tumores invasivos e metastáticos. Sabe-se ainda, que existem diferenças étnicas entre as populações quanto ao comportamento de neoplasias. Desta forma, a pesquisa baseada em linhagens de uma população homogênea seria fonte de resultados limitados, não contemplando a diversidade que sabidamente ocorre entre os diferentes grupos. Além desse aspecto, as linhagens celulares comerciais são na sua maioria adquiridas na Coleção Americana de Culturas de Tecido (ATCC, do inglês American Tissue Cell Culture) que apesar de serem bem padronizadas, requerem processos de importação com aumento do custo e demandas burocráticas que dificultam a pesquisa. Portanto, consideramos vital para a compreensão dos fenômenos relacionados à carcinogênese, assim como estudos de resistência a drogas, quimioprevenção e novas estratégias terapêuticas, o desenvolvimento de linhagens tumorais derivadas de tumores primários que acometem a nossa população, peculiarmente miscigenada. No presente trabalho, fragmentos de carcinoma urotelial da bexiga e de adenocarcinoma da próstata foram obtidos durante cirurgia para remoção de tumores primários de pacientes tratados e acompanhados na Divisão de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e no Hospital Sírio Libanês. As linhagens estabelecidas a partir destes fragmentos foram caracterizadas através da análise da cinética de crescimento, análises imunocitoquímicas e anormalidades cromossômicas incluindo cariótipo e hibridização in situ por fluorescência (FISH). Além disso, as linhagens obtidas foram submetidas a estudos de quimiossensibilidade com o uso dos compostos curcumin e Prima-1. Avaliamos ainda, a tumorigenicidade de nossas linhagens em camundongos atímicos. Os resultados deste trabalho demonstram o desenvolvimento de três linhagens de CaB e três linhagens de CaP sendo as mesmas não tumorigênicas em camundongos atímicos. Além disso, demonstramos que o curcumin na concentração de 50 M induziu morte celular em todas as linhagens estudadas, sendo seu efeito mais evidente nas linhagens de CaP. Por fim, Prima-1 reduziu a viabilidade celular independente do status de p53 nas linhagens de CaB / Introduction: One of the main obstacles for understanding biological events involved in cancer is the lack of appropriated models for in vitro studies especially for prostate cancer (PC) and bladder cancer (BC). There are a limited number of PC and BC cell lines being the majority originated from metastatic and invasive tumors. Also it is well known that there are ethnic differences between populations concerning the behavior of tumors. In such a way, the research based on cell lines derived from a homogenous population should be source of limited results, not contemplating the diversity known to occur among different groups. In addition the commercial cell lines are generally acquired at American Tissue Cell Culture (ATCC) that although wellestablished requires importation processes with cost increase and bureaucratic demands that difficult the research. Therefore we consider vital to the comprehension of the carcinogenesis phenomena, as well as drug resistance studies, chemoprevention and new therapeutic strategies, the development of tumor lineages derived from primary tumors that assail our miscigenated population. At the present work, fragments of bladder urothelial carcinoma and prostate adenocarcinoma were obtained by surgical resection of primary tumors from patients treated and followed in the Division of Urology of the Clinical Hospital of the São Paulo University (FMUSP) and Syrian Lebanese Hospital. The cell lines established from these fragments were characterized through growth kinetic, immunocytochemistry and chromosome abnormalities including karyotyping and Fluorescence in situ hybridization (FISH). Moreover, the cell lines were submitted to chemosensitivity studies using curcumin and Prima-1 and analyzed regarding their tumorigenicity in athymic mice. The results of this work show the development of three BC and three PC cell lines that were not tumorigenic in athymic mice. Curcumin at 50 M concentration induced cell death in all studied lineages, being more effective in PC cell lines. Finally, PRIMA-1 reduced the cellular viability independent of the p53 status in BC cell lines
|
128 |
Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado / Effect of early pelvic-floor biofeedback training on continence after radical prostatectomy: a prospective, controlled and randomized trialLucia Helena Storer Ribeiro 22 March 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Incontinência urinária (IU) é uma complicação comum após prostatectomia radical. Apesar da recuperação da continência ser adquirida pela maioria dos pacientes, esta pode demorar de um a dois anos. Neste trabalho, estudou-se o efeito da reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback (RAPB) precoce sobre a gravidade e duração da IU até 12 meses após a prostatectomia radical retropúbica (PRR). MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado comparando a RAPB precoce, aos cuidados usuais. A amostra incluiu 73 homens entre 47 e 76 anos, que elegeram a PRR para o tratamento de câncer de próstata localizado e que poderiam cumprir a agenda do programa ambulatorial. Os pacientes foram randomizados em grupo de tratamento (n=36) e grupo controle (n=37). Após a retirada do catéter, os pacientes do grupo de tratamento receberam RAPB uma vez por semana enquanto estavam incontinentes por no máximo 12 semanas e praticaram exercícios domiciliares. Pacientes do grupo controle receberam instruções usuais para contraírem os músculos do assoalho pélvico. Ambos os grupos foram avaliados antes da cirurgia e um, três, seis e 12 meses após a PRR. A força muscular do assoalho pélvico (FMAP) foi avaliada pela escala de Oxford. Os sintomas de incontinência foram medidos pelo domínio de incontinência do Questionário da Sociedade Internacional de Continência para homens (ICSmaleSF). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi medido pelo Questionário de Impacto da Incontinência (IIQ-7). Continência urinária foi definida como o uso de uma proteção ou menos por dia. A incontinência foi graduada pelo teste de fraldas de 24h em leve (perdas menores que 20g), moderada (perdas entre 21 e 74g) e grave (perdas maiores que 75g). RESULTADOS: A avaliação pré-operatória não mostrou diferenças de idade, diabetes, índice de massa corpórea, peso da próstata, FMAP ou sintomas miccionais entre os grupos. Após 12 meses de cirurgia, 25 (96.2%) dos pacientes do grupo de tratamento e 20 (75.0%) pacientes do grupo controle estavam continentes (p=0.028). A redução do risco absoluto foi 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) e o risco relativo de recuperação da continência foi 1.28 (95% CI: 1.021.69). O número necessário para tratar foi 5 (95% CI: 2.628.6). O percentual de incontinência grave foi maior no grupo controle em um mês (p=0.015), três meses (p=0.038), seis meses (p=0.012) e 12 meses (p=0.021). Os sintomas de incontinência diminuíram significativamente no grupo de tratamento em um mês (p=0.011), três meses (p=0.002) e 12 meses (p=0.04), mas não em seis meses (p=0.063). A FMAP foi maior após o tratamento em um mês (p=0.043), três meses (p<0.001), seis meses (p=0.021) e 12 meses (p=0.035). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi significativamente melhor no grupo de tratamento no primeiro mês (p=0.025). CONCLUSÕES: A reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback precoce diminuiu a gravidade e duração da incontinência urinária após prostatectomia radical retropúbica / INTRODUCTION: Urinary incontinence (UI) is a common complication after radical prostatectomy. Although recovery of continence is achieved by most patients, it can take one to two years. This study tested the effectiveness of pelvic floor biofeedback training (PFBT) on the severity and duration of UI up to 12 months following radical retropubic prostatectomy (RRP). METHODS: This study was a prospective, controlled, randomized trial comparing early postoperative PFBT to usual care. The sample included 73 men between 47 and 76 years old who elected RRP for treatment of clinically localized prostate cancer and could comply with the ambulatory treatment schedule. Patients were randomized into a treatment group (n=36) and a control group (n=37). After catheter removal, patients in the treatment group received PFBT once a week for as long as they were incontinent for a maximum of 12 weeks and practiced exercises at home. Patients in the control group received the usual instructions to contract the pelvic floor muscles. Both groups were evaluated before surgery and one, three, six and 12 months after RRP. Pelvic floor muscle strength (PFMS) was evaluated by the Oxford Scale. Incontinence symptoms were measured by the incontinence part of the International Continence Society Male Short Form Questionnaire (ICSmaleSF). The impact of incontinence on quality of life was measured by the Incontinence Impact Questionnaire (IIQ-7). Urinary continence was defined as the use of one or less pad per day. Incontinence was graduated by the 24h pad test in mild (less than 20g), moderate (between 21 and 74g) and severe (more than 75g). RESULTS: The preoperative assessment did not show differences in age, diabetes, body mass index, prostate weight, PFMS or voiding symptoms between the groups. At 12 months postoperatively, 25 (96.2%) patients in the treatment group and 20 (75.0%) in the control group were continent (p=0.028). The absolute risk reduction was 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) and the relative risk of recovering continence was 1.28 (95% CI: 1.021.69). The number needed to treat was 5 (95% CI: 2.628.6). The percentage of severe incontinence was stronger for the control group at one month (p=0.015), three months (p=0.038), six months (p=0.012) and 12 months (p=0.021). Incontinence symptoms significantly decreased in the treatment group at one month (p=0.011), three months (p=0.002) and 12 months (p=0.04), but not at six months (p=0.063). PFMS was stronger after PFBT at one month (p=0.043), three months (p<0.001), six months (p=0.021) and 12 months (p=0.035). The impact of UI on quality of life was significantly improved for the treated group in the first month (p=0.025). CONCLUSIONS: Early pelvic floor biofeedback training decreased the severity and duration of urinary incontinence after radical retropubic prostatectomy
|
129 |
Identificação do perfil de expressão dos splicings alternativos dos genes das hialuronidases em adenocarcinoma de próstata / Study of genetic polymorphism in children: searching for susceptibility genes and haplotypesVanessa Karen de Sá 02 October 2008 (has links)
Ácido Hialurônico (HA) é um componente da matriz extracelular, responsável pela hidratação e manutenção do equilíbrio osmótico tecidual. Concentrações de HA estão elevadas em vários tipos de cânceres, incluindo próstata. Hialuronidases (HAases), são uma família de enzimas relacionadas com a propagação de infecções bacterianas, toxinas de venenos e progressão tumoral. A quebra do HA em pequenos fragmentos (3-25 dissacarídeos) promovidos pela ação das HAases tipo Hyal1, Hyal2 e Hyal3, está relacionada à promoção do câncer através da indução da angiogênese e estímulo a proliferação através de ativação da via tirosina quinase. Algumas isoformas de HAases, descritas como produto de splicing alternativo, possuem atividade enzimática diversificada. A heterogeneidade de expressão das HAases foi identificada em alguns tipos de câncer e pode ser correlacionada com o comportamento diferenciado dos tumores. Para este trabalho estudamos amostras de 55 pacientes submetidos a prostatectomia radical por carcinoma de próstata (CP) . A média de idade foi 66 anos e o tempo médio de seguimento 73,7 meses. Os pacientes foram divididos em dois grupos para análise dos resultados: 1- Escore de Gleason (EG) >=7 (30) e EG <=6 (25). 2- Comportamento tumoral (recidiva-19, e não recidiva-36), considerando o nível sérico de Antígeno Específico da Próstata (PSA) 0,2 ng/mL. O grupo controle foi representado por 11 pacientes com hiperplasia prostática benigna, submetidos à ressecção retropúbica. As HYAL foram identificadas por PCR, com uso de primers específicos para as variantes 1, 2, 3, 4 e 5 e wt da HYAL1, wt da HYAL2, e wt e variantes 1, 2 e 3 da HYAL3. As HYAL mais freqüentemente expressas pelo CP foram HYAL2-wt (65,4%), HYAL1-v1 (63,3%) e HYAL3-wt (47,2%). Em tecidos prostáticos benignos, a HYAL3-v1 foi expressa em 90,9% dos casos, estando presente em 36% dos tumores com EG baixo, e não expressa em tumores com EG alto (p=<0,001). Nos tumores sem recidiva HYAL1-v3 foi expressa em 30,5% dos casos versus 5,2% em casos que recorreram (p=0,041). HYAL3 v2, foi expressa por 33,3% dos tumores que não recorreram e não expressa em tumores que recorreram (p=0,002). Concluímos que a expressão de HYAL1-v3, HYAL3-v1 e HYAL3-v2 está relacionada a tumores mais diferenciados e com menores taxas de recidiva, podendo ser utilizadas como marcadores na prática clínica identificando candidatos a terapias mais conservadoras. / Hyaluronic acid (HA) is a component of the extracellular matrix that hydrates and maintains the osmotic balance of tissues. HA concentration is elevated in several cancers including prostate. Hyaluronidases (HAases) are a family of enzymes related to the spread of bacterial infections, toxins of venoms and probably cancer progression. Small fragments of HA are generated by HAase Hyal1, Hyal2 and Hyal3, stimulating endothelial proliferation and activating mitogen-activated protein kinase pathway. Several isoforms of HAases have been described as a product of alternative splicing, and are responsible for differences in the enzyme activity. The heterogeneity of HAses expression has been identified in tumors and could be related to the differences in their biological behavior. Fifty-five patients submitted to radical prostatectomy for prostate cancer (PC) were the subject of this study. The mean age was 66 years old and the mean follow-up was 73,7 months. Patients were divided into two groups for the analyses: 1- High Gleason score (GE) >=7 (30) and low Gleason score <=6 (25). 2- Tumor behavior; recurrence - 19 and nonrecurrence - 36. Biochemical recurrence was considered when PSA was higher than 0.2 ng/mL. The control was represented by 11 patients submitted to retropubic prostate resection for benign prostatic hyperplasia. The alternative splicing forms of HYAL were identified by PCR, and the primer sequences identified variants 1, 2, 3, 4, 5 e wt of HYAL1, wt of HYAL2, wt and variants 1, 2 and 3 of HYAL3. The HYAL more frequently expressed by PC was HYAL2-wt (65.4%), HYAL1-v1 (63.3%) and HYAL3-wt (47.2%). In benign prostate tissue the main expressed HAase was HYAL3-v1 in 90.9%, being present in 36% of low Gleason score tumors and not expressed by tumors with high Gleason score (p=<0.001). For tumors that not recurred there was expression of HYAL1-v3 in 30.5% of the cases vs. 5.2% in cases that recurred (p=0.041). The same difference was noted regarding the expression of HYAL3-v2, that was expressed by 33.3% of tumors that not recurred and not expressed by tumors that recurred (p=0.002). We conclude that there is a profile of HAase related to low Gleason score and non-recurrent PC that is characterized by expression of HYAL1-v3, HYAL3-v1 and HYAL3-v2 that could be used in clinical practice to choose a better treatment.
|
130 |
Avaliação patológica de pacientes com único fragmento comprometido à biopsia prostática e sua correlação com câncer de próstata de baixo risco / Pathological evaluation in a single positive core at prostate biopsy and correlation with low risk prostate cancerRicardo Kupka da Silva 11 November 2016 (has links)
Introdução: Biopsia de próstata com único fragmento comprometido geralmente associa-se a um câncer de próstata (CaP) pequeno e de baixo risco. O objetivo é avaliar e comparar os achados patológicos dos pacientes com único versus múltiplos fragmentos comprometidos à biopsia que foram submetidos a prostatectomia radical (PR) e correlacioná-los com CaP de baixo risco. Material e Métodos: Foram avaliados 249 pacientes com único fragmento comprometido à biopsia (grupo 1) e 250 pacientes com múltiplos fragmentos (grupo 2) que foram submetidos a PR. Os grupos foram pareados de acordo com idade, peso da próstata, níveis de antígeno prostático específico (PSA) e estadio clínico. Foram avaliadas a concordância do escore de Gleason (EG), margem cirúrgica positiva (MCP), extensão extraprostática (EEP) e invasão de vesículas seminais (IVS). Também foram avaliadas a influência do número de fragmentos biopsiados e do peso prostático. Resultados: EG da biopsia foi idêntico ao EG pós-PR em 55% no grupo 1 e 45% no grupo 2 (p = 0,028). Biopsias com 12 ou mais fragmentos mostraram maior concordância em ambos os grupos quando comparadas aos com menos de 12 fragmentos (p = 0,01 no grupo 1). Subgraduação foi a discrepância mais comum no EG (35% no grupo 1 e 50% no grupo 2), com uma proporção maior no grupo 1 quando menos de 12 fragmentos foram biopsiados (p = 0,007). O grupo 1 apresentou menores taxas de MCP (20,9% vs 37,6%, p < 0,001), de EEP (10% vs 26%, p < 0,001) e IVS (6% vs 13,2%, p = 0,006). As taxas de MCP, EEP e IVS aumentaram com o aumento de EG em ambos os grupos. No grupo 1, biopsias com menos de 12 fragmentos obtiveram maiores taxas de MCP em relação as com 12 ou mais fragmentos (37% vs. 16%, p < 0,001), e esta diferença não ocorreu no grupo 2 (p = 0,69). No grupo 1, pacientes com EG >= 8 tiveram 3,5 vezes mais chance de estar associado com MCP quando comparados àqueles com EG <= 6 (p = 0,03). No grupo 1, EEP e IVS não tiveram diferenças de acordo com o EG (p = 0,273 e p = 0,95, respectivamente). Entretanto, o grupo 2 teve maior proporção de EEP com EG=7 quando comparado ao EG <= 6 (OR = 3,1, p < 0,001) e maior proporção de IVS no EG=7 quando comparado ao EG <= 6 (OR = 3,1, p < 0,004). No grupo 1, 67,3% dos tumores não palpáveis tornaram-se tumores de maior risco (pT2c-pT3). Analisando apenas tumores não palpáveis no grupo 1 com EG <= 6 à biopsia (156 pacientes), notamos que 106 (67,9% de cT1) progrediram para pT2c-pT3. Conclusão: Pacientes com CaP com um fragmento comprometido à biopsia, embora apresentem achados patológicos favoráveis em relação ao grupo com múltiplos fragmentos positivos, ainda têm taxas consideráveis de supergraduação do EG, pT2c-pT3, MCP, EEP e IVS. Estes achados são mais evidentes em biopsias com alto EG e menos de 12 fragmentos. Os resultados sugerem que pacientes com único fragmento comprometido à biopsia não devam, categoricamente, serem classificados sempre como portadores de CaP de baixo risco / Introduction: Single positive core at prostate biopsy is usually associated with small and low risk prostate cancer (PCa). The aim is to evaluate and compare the pathological findings in single versus multiple positive cores patients who underwent radical prostatectomy (RP) and correlates them with low risk PCa. Material and Methods: We evaluated 249 single core patients (Group 1) and 250 with multiple cores (Group 2) who underwent RP. The groups were matched according to age, prostate weight, PSA and clinical stage. We evaluated the Gleason score (GS) concordance, positive surgical margin (PSM), extraprostatic extension (EPE) and seminal vesicle invasion (SVI) between the groups. We also evaluated the influence of the number of fragments sampled and the prostate weight. Results: GS biopsy was identical to RP GS in 55% in group 1 and 45% in group 2 (p = 0,028). Biopsies with 12 or more cores showed higher concordance in both groups than less than 12 cores (p = 0,01 in group 1). Undergrading was the most common GS discrepancy (35% in group 1 and 50% in group 2), with a higher proportion in group 1 when less than 12 fragments were sampled (p = 0,007). Group 1 had lower PSM rate (20,9% vs 37,6%, p < 0,001), less EPE (10% vs 26%, p < 0,001) and SVI (6% vs 13,2%, p = 0,006). PSM, EPE and SVI rates increased with increasing GS in both groups. In group 1, biopsies with less than 12 cores have higher PSM rates than 12 or more cores (37% vs 16%, p < 0,001), and we found no difference in group 2 (p = 0,69). In group 1, a patient with GS >= 8 was 3,5 times more likely associated with PSM than GS <= 6 (p = 0,03). In Group 1, EPE and SVI did not have any difference according the GS (p = 0,273 and p = 0,95, respectively). However, group 2 have higher rate of EPE in GS 7 than among GS <= 6 (OR = 3,1, p < 0,001) and higher rate of SVI in GS 7 than among GS <= 6 (OR = 3,1, p < 0,004). In group 1, a total of 67,3% with nonpalpable tumors became greater risk tumors (pT2c-pT3). Analyzing only nonpalpable tumors in group 1 with a GS <= 6 at biopsy (156 patients), we noted that 106 (67,9% of cT1) progressed to pT2c-pT3. Conclusion: Single core PCa, although they have favorable pathological features than the multiple positive cores PCa, still have considerable rates of overgraduated GS, pT2c-pT3, PSM, EPE and SVI. These findings are even more evident in biopsies with high GS and less than 12 fragments. The results suggest that single core patients should not categorically be classified always as having a low risk PCa
|
Page generated in 0.0863 seconds