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Ecologia alimentar e comportamento de forrageamento de Ameivula aff. ocellifera (Squamata: Teiidae) em ?rea de caatinga do nordeste do Brasil

Sales, Raul Fernandes Dantas de 27 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:37:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RaulFDS_DISSERT.pdf: 3514530 bytes, checksum: 5a7cb4478b93d4050ccdf9c56e02ddbb (MD5) Previous issue date: 2013-03-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / This study investigated the influence of intrinsic and extrinsic factors on the feeding ecology and foraging behavior of the whiptail lizard Ameivula aff. ocellifera, a new species widely distributed in the Brazilian Caatinga, and that is in process of description. In attendance to the objectives, the Dissertation was structured in two chapters, which correspond to scientific articles, one already published and the other to be submitted for publication. In Chapter 1 were analyzed the general diet composition, the relationship between lizard size and prey size, and the occurrence of sexual and ontogenetic differences in the diet. Chapter 2 contemplates a seasonal analysis of diet composition during two rainy seasons interspersed with a dry season, and the quantitative analysis of foraging behavior during two distinct periods. The diet composition was determined through stomach analysis of lizards (N = 111) collected monthly by active search, between September 2008 and August 2010, in the Esta??o Ecol?gica do Serid? (ESEC Serid?), state of Rio Grande do Norte. Foraging behavior was investigated during a rainy and a dry month of 2012 also in ESEC Serid?, by determining percent of time moving (PTM), number of movements per minute (MPM) and prey capture rate by the lizards (N = 28) during foraging. The main prey category in the diet of Ameivula aff. ocellifera was Insect larvae, followed by Orthoptera, Coleoptera and Araneae. Termites (Isoptera) were important only in numeric terms, having negligible volumetric contribution (<2%) and low frequency of occurrence, an uncommon feature among whiptail lizards. Males and females did not differ neither in diet composition nor in foraging behavior. Adults and juveniles ingested similar prey types, but differed in prey size. Maximum and minimum prey sizes were positively correlated with lizard body size, suggesting that in this population individuals experience an ontogenetic change in diet, eating larger prey items while growing, and at the same time excluding smaller ones. The diet showed significant seasonal differences; during the two rainy seasons (2009 and 2010), the predominant prey in diet were Insect larvae, Coleoptera and Orthoptera, while in the dry season the predominant prey were Insect larvae, Hemiptera, Araneae and Orthoptera. The degree of mobility of consumed prey during the rainy seasons was lower, mainly due to a greater consumption of larvae (highly sedentary prey) during these periods. Population niche breadth was higher in the dry season, confirming the theoretical prediction that when food is scarce, the diets tend to be more generalized. Considering the entire sample, Ameivula aff. ocellifera showed 61,0 ? 15,0% PTM, 2,03 ? 0,30 MPM, and captured 0,13 ? 0,14 per minute. Foraging mode was similar to that found for other whiptail lizards regarding PTM, but MPM was relatively superior. Seasonal differences were verified for PTM, which was significantly higher in the rainy season (66,4 ? 12,1) than in the dry season (51,5 ? 15,6). It is possible that this difference represents a behavioral adjustment in response to seasonal variation in the abundance and types of prey available in the environment in each season / Este estudo investigou a influ?ncia de fatores intr?nsecos e extr?nsecos sobre a ecologia alimentar e o comportamento de forrageamento do lagarto cauda-de-chicote (whiptail) Ameivula aff. ocellifera, uma esp?cie nova com ampla distribui??o na Caatinga, e que est? em fase de descri??o. Em atendimento aos objetivos, a Disserta??o foi estruturada na forma de dois cap?tulos, os quais correspondem a artigos cient?ficos, um j? publicado e o outro a ser submetido ? publica??o. No Cap?tulo 1 s?o analisadas a composi??o geral da dieta, a rela??o entre o tamanho corporal dos lagartos e o tamanho das presas consumidas, e a ocorr?ncia de diferen?as sexuais e ontogen?ticas na dieta. O Cap?tulo 2 contempla a composi??o da dieta em termos sazonais, durante duas esta??es chuvosas intercaladas por uma esta??o seca, e an?lise quantitativa do comportamento de forrageamento durante dois per?odos distintos. A composi??o da dieta foi identificada atrav?s da an?lise do conte?do estomacal de lagartos (N = 111) coletados mensalmente por busca ativa entre setembro de 2008 e agosto de 2010, na Esta??o Ecol?gica do Serid? (ESEC Serid?), estado do Rio Grande do Norte. O comportamento de forrageamento foi investigado durante um m?s chuvoso e um m?s seco do ano de 2012 tamb?m na ESEC Serid?, avaliando-se a porcentagem do tempo gasta em movimento (PTM), o n?mero de movimentos por minuto (MPM) e taxa de captura de presas pelos lagartos (N = 28) durante o forrageamento. A principal categoria de presa na dieta de Ameivula aff. ocellifera foi Larvas de insetos, seguido por Orthoptera, Coleoptera e Araneae. T?rmitas (Isoptera) foram importantes somente em n?mero, com contribui??o volum?trica desprez?vel (<2%) e baixa frequ?ncia de ocorr?ncia, um tra?o incomum entre os lagartos whiptails. Machos e f?meas n?o diferiram nem na composi??o da dieta nem no comportamento de forrageamento. Adultos e juvenis se alimentaram de categorias de presa similares, mas diferiram no tamanho das presas. Os tamanhos m?ximo e m?nimo das presas foram positivamente correlacionados com o tamanho dos lagartos, sugerindo que na popula??o estudada os indiv?duos sofrem uma mudan?a ontogen?tica na dieta, consumindo itens alimentares maiores ? medida que crescem, e ao mesmo tempo excluindo presas menores. A dieta apresentou diferen?as sazonais significativas; durante as duas esta??es chuvosas (2009 e 2010), as presas predominantes na dieta foram Larvas de inseto, Coleoptera e Orthoptera, enquanto na esta??o seca as presas predominantes foram Larvas de inseto, Hemiptera, Araneae e Orthoptera. O grau de mobilidade das presas consumidas durante as esta??es chuvosas foi menor, principalmente devido ao maior consumo de larvas (presas altamente sedent?rias) durante esses per?odos. A largura de nicho da popula??o foi maior na x esta??o seca, confirmando a predi??o te?rica de que quando o alimento ? escasso, as dietas tendem a ser mais generalizadas. Considerando a amostra total, Ameivula aff. ocellifera apresentou 61,0 ? 15,0% PTM, 2,03 ? 0,30 MPM, e capturou 0,13 ? 0,14 presas por minuto. O modo de forrageamento foi similar ao encontrado para outros lagartos whiptails quanto a PTM, mas MPM foi relativamente superior. Diferen?as sazonais foram verificadas quanto a PTM, que foi significativamente maior na esta??o chuvosa (66,4 ? 12,1) que na esta??o seca (51,5 ? 15,6). ? poss?vel que essa diferen?a represente um ajuste comportamental em resposta ? varia??o sazonal na abund?ncia e tipos de presas dispon?veis no ambiente nas diferentes esta??es
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Hist?ria de vida de til?pias e influ?ncias para pesca e estado tr?fico de em lagos e reservat?rios tropicais

Cardoso, Maria Marcolina Lima 29 August 2016 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-03-21T12:33:33Z No. of bitstreams: 1 MariaMarcolinaLimaCardoso_TESE.pdf: 4947714 bytes, checksum: 3464b07f78b2483eb6cf9b4a98b5c09f (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-03-23T13:05:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MariaMarcolinaLimaCardoso_TESE.pdf: 4947714 bytes, checksum: 3464b07f78b2483eb6cf9b4a98b5c09f (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-23T13:05:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaMarcolinaLimaCardoso_TESE.pdf: 4947714 bytes, checksum: 3464b07f78b2483eb6cf9b4a98b5c09f (MD5) Previous issue date: 2016-08-29 / O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / O tamanho corporal dos indiv?duos de uma esp?cie afeta o potencial competitivo, as taxas de consumo e as respostas em face a mortalidade e disponibilidade dos recursos. Al?m disso, a mudan?a de dieta com o aumento de tamanho do corpo tem importantes consequ?ncias para a mudan?a do papel exercido nas teias alimentares. Entender como as popula??es e comunidades s?o estruturadas em rela??o ao tamanho pode auxiliar nas pr?ticas de manejo para controle de esp?cies introduzidas, aumento da produ??o de esp?cies importantes para o com?rcio e reintrodu??o ou recupera??o de popula??es nativas. Entretanto, apenas recentemente as varia??es intraespec?ficas t?m sido levadas em considera??o nos estudos de competi??o e preda??o. Nesta tese, temos como objetivo entender os efeitos da preda??o tamanho seletiva e competi??o intraespec?fica por recursos sobre as varia??es na estrutura de tamanho de popula??es de peixes on?voros tropicais, como a til?pia-do-Nilo. No primeiro cap?tulo, apresentamos resultados emp?ricos que demonstram o papel da mortalidade tamanho-seletiva por um predador nativo sobre a mudan?a de estrutura de tamanho da til?pia-do-Nilo em corpos aqu?ticos do Nordeste brasileiro. A preda??o tamanho-seletiva sobre alevinos e juvenis aumenta o tamanho m?ximo e m?dio das til?pias, ao reduzir a competi??o intraespec?fica entre juvenis de til?pia. Na aus?ncia de mortalidade tamanho-seletiva (aus?ncia do pisc?voro), as popula??es de til?pias s?o caracterizadas por alta biomassa de juvenis e adultos de pequeno tamanho corporal. O segundo cap?tulo apresenta os efeitos diferenciados de consumidores, como as til?pias, que possuem mudan?a ontogen?tica de nicho (planct?voros quando juvenis e filtradores on?voros quando adultos), sobre a din?mica dos recursos (zoopl?ncton e fitopl?ncton) sob baixa e alta concentra??o de nutrientes para o fitopl?ncton. Os resultados deste trabalho demonstram que a onivoria por til?pias adultas tem um papel estabilizador sobre o pl?ncton em contraste ao efeito dos juvenis planct?voros. No terceiro cap?tulo, utilizamos um modelo que descreve os padr?es de crescimento, reprodu??o e uso energ?tico da til?pia ao longo da vida de acordo com a disponibilidade do recurso. Neste cap?tulo, encontramos uma alta variabilidade nas taxas de crescimento e reprodu??o da til?pia e a ado??o de diferentes estrat?gias de vida nos lagos tropicais, como poss?vel resposta a disponibilidade de alimento. Finalmente, no ?ltimo cap?tulo, n?s exploramos os efeitos da disponibilidade de alimento per capita sobre a din?mica e estrutura em tamanho das popula??es de til?pia ao variar a capacidade suporte dos recursos e as taxas de mortalidade por preda??o e por pesca. Nossos resultados demonstram que a preda??o sobre juvenis tem um papel de facilitador sobre a pesca, ou seja, a preda??o aumenta a biomassa de grandes adultos, alvo da pesca. O nanismo em til?pias ? favorecido pela pesca, na aus?ncia de preda??o, e aumento da biomassa do recurso para adultos de til?pias (eutrofiza??o). Nosso modelo corrobora os resultados emp?ricos encontrados no cap?tulo primeiro da tese e, n?o somente reflete a hist?ria de vida da til?pia, mas tamb?m indica os processos importantes na din?mica populacional, se tornando uma ferramenta ?til para o manejo da esp?cie. / The individual body size affects the competitive potential, consumption rates and responses in the face of mortality and resource availability. Also, changing diet with increasing body size has important consequences for the role played in food webs. Understanding how populations and communities are structured about size helps in management practices to control introduced species, increase the production of species commercial importance, and reintroduction or recovery of native populations. However, only recently intraspecific variations have been taken into account in competition and predation studies. In this thesis, we aim to understand the effects of size-selective predation and intraspecific competition by resources on variations in the size-structure of populations of tropical omnivorous fish, such as Nile tilapia. In the first chapter, we present empirical results that demonstrate the role of size-selective mortality by a native predator on the change in size structure of Nile tilapia in man-made lakes of Northeast Brazil. Size-selective predation on fingerlings and juveniles increases the maximum and average size of tilapias in a population by reducing intraspecific competition among tilapia juveniles. In the absence of size-selective mortality (absence of piscivorous), tilapia populations are characterized by high biomass of juveniles and adults of small body size. The second chapter presents the differentiated effects of consumers, such as tilapias, which undergo ontogenetic niche shift (planktivores when juveniles and omnivorous when adults), on the dynamics of the resources (zooplankton and phytoplankton) under a low and high concentration of nutrients for the phytoplankton. The results of this work demonstrate that the omnivore tilapia has a stabilizing role on plankton in contrast to the effect of planktivorous juveniles. In the third chapter, we use a model that describes the patterns of growth, reproduction and energetic use of tilapia throughout life according to the availability of the resource. In this chapter, we found a high variability in tilapia growth and reproduction rates and the adoption of different life-history strategies in tropical lakes, as a possible response to food availability. Finally, in the last chapter, we explored the effects of per capita food availability on the dynamics and size-structure of tilapia populations by varying resource carrying capacity and rates of mortality from predation and fishing. Our results demonstrate that predation on juveniles has a facilitating role on fishing, that is, predation increases the biomass of large adults, the target of fisheries. Dwarfism in tilapias is favored by fishing and increased biomass of the resource for tilapia adults (eutrophication), in the absence of predation. Our model corroborates the empirical results found in the first chapter of the thesis and not only reflects the life-history of the tilapia but also indicates essential processes in the population dynamics, becoming a useful tool for the species management.
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Evolução da variação cambial e do floema secundário em Bignonieae (Bignoniaceae) / Evolution of the cambial variant and the secondary phloem in Bignonieae (Bignoniaceae)

Marcelo Rodrigo Pace 17 September 2009 (has links)
Lianas de Bignoniaceae são reconhecidas por apresentarem uma variação cambial em seus caules, que promove a formação de cunhas de floema que interrompem o xilema. Uma grande diversidade de formas anatômicas foram descritas para esta variação, assim como o floema resultante dela também foi descrito como sendo distinto do floema normal presente concomitantemente nestes caules. Entretanto, nada se sabe sobre a origem, evolução e diversificação das características anatômicas neste grupo. Por essa razão, o presente estudo teve como objetivo uma análise anatômica dos caules de Bignonieae num contexto filogenético, com o intuito de lançar hipóteses para a evolução da diversidade anatômica na tribo. Para tanto, foi realizada uma análise anatômica caulinar de 54 espécies de Bignonieae, representantes dos 21 gêneros atualmente reconhecidos. Nossos resultados apontam que, não obstante a grande diversidade anatômica presente nos caules de Bignonieae, todas compartilham estágios comuns de desenvolvimento, seguidos de adições terminais que promoveram o aumento da complexidade em seus caules. Além disso, vimos que as diferenças entre o floema normal e o variante tem aumentado ao longo da evolução e está presente em todos os tipos celulares do floema. Vimos ainda que o floema secundário em Bignonieae evolui em direções opostas em diferentes linhagens da tribo, evidenciando que a evolução do floema não segue uma única direção, mas várias. Por fim, este estudo demonstra que análises anatômicas dentro de um contexto filogenético são primordiais por permitirem um maior entendimento dos processos que promoveram a evolução e diversificação dos grupos. / Lianas in Bignoniaceae are well known for presenting a cambial variant in their stems, which develops into phloem wedges that deep furrows the xylem. An enormous diversity of anatomical forms were described as resulting from this cambial variant, as well as the phloem produced by the cambial variant was described as being distinct from the regular phloem concurrently present in these stems. However, nothing is known about the origin, evolution, and diversification of the anatomical traits in this group. Therefore, the present study aimed to provide an anatomical analysis of the stems of Bignonieae (Bignoniaceae) within a phylogenetic framework, in order to address questions on the evolution of anatomical diversity in this tribe. For that reason, here we analyzed the stems of 54 species of Bignonieae, representative of the 21 genera currently known for the tribe. Our results show that, despite the great anatomical diversity present in the stems of Bignonieae, all of them share common developmental stages, which are then followed by subsequent terminal additions that are though to have promoted an augment in the complexity of these stems. Furthermore, our results indicate that the differences found between regular and variant phloem is increasing along time and is present in all cell types of the phloem. Moreover, we found that the secondary phloem in Bignonieae is evolving in opposite directions in distinct lineages of the tribe, evidencing that the evolution of the phloem is not constraint to a single line of specialization. In conclusion, this study demonstrates the importance of anatomical analyses within a phylogenetic framework, allowing for the detection of the processes that have been involved in the evolution and diversification of plant groups.
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Morfologia, desenvolvimento e aspectos da flor em espécies de Urticaceae Juss / Morphology, development and aspects of the flower in Urticaceae Juss. species

Giseli Donizete Pedersoli 08 December 2017 (has links)
A maioria dos representantes de Urticaceae, a família da urtiga, exibe flores díclinas, muito pequenas e discretas, que variam em número de peças florais, principalmente em relação ao perianto e androceu (perda ou união de órgãos). Gineceu pseudomonômero, ou seja, iniciação de dois ou raramente três carpelos no meristema floral, mas com apenas um carpelo contendo óvulo, é descrito para a família. Outra característica interessante com registro para a família é a presença de pistilódio nas flores estaminadas. O objetivo deste trabalho é estudar comparativamente a morfologia da flor em desenvolvimento de espécies de diferentes tribos de Urticaceae, a fim de compreender: (1) as vias que levam à grande redução floral exibida pelo grupo, (2) se o desenvolvimento pode explicar a formação do gineceu com ovário unilocular, uniovulado, provavelmente pseudomonômero, e (3) a estrutura do pistilódio nas flores estaminadas e sua função na anemofilia. Para tal, foram selecionadas 10 espécies pertencentes a cinco tribos da família Urticaceae, com exceção da tribo Forsskaoleeae. Ainda, para o estudo comparativo do pistilódio foram amostradas duas espécies de Cannabaceae (Celtis iguanaea e Trema micrantha) e uma de Moraceae (Morus nigra). Botões florais e flores foram coletados de pelo menos dois indivíduos de cada espécie e processados para exames de superfície, anatômico e de vascularização em micro-CT. Em todas as espécies estudadas, com exceção da flor pistilada de Phenax sonneratii, há a iniciação de órgãos de apenas um verticilo do perianto; a variação na meria do perianto (2-5) resulta de ausência de órgãos desde o início do desenvolvimento. A diclinia decorre de ausência de estames desde o início do desenvolvimento na flor pistilada, com exceção de Pilea cadierei (aborto de estames), e de aborto do pistilo nos estádios intermediários do desenvolvimento na flor estaminada, com exceção de Cecropia pachystachya e Coussapoa microcarpa. O gineceu pseudomonômero é atestado pela iniciação de um primórdio carpelar que se divide em dois em Cecropia pachystachya, Coussapoa microcarpa, Laportea aestuans, Myriocarpa stipitata, Pourouma cecropiifolia, Urera baccifera e Urtica dioica; em Boehmeria cylindrica, Phenax sonneratii e Pilea cadierei não ocorre essa divisão do primórdio carpelar. Os estudos de vascularização revelaram que em todas as espécies apenas um traço vascular entra no gineceu, ramifica-se em dois logo na porção basal, sendo que um entra no óvulo e o outro segue para o estilete e estigma; exceção a isso ocorre em Myriocarpa stipitata e Urtica dioica, em que entram dois traços vasculares, um se ramifica em dois, sendo que um entra no óvulo e o outro segue para o estilete e estigma, e o outro segue direto para o estilete e estigma. Essa segunda condição seria o esperado para gineceu pseudomonômero. Pistilódios estão presentes nas flores estaminadas de Boehmeria cylindrica, Myriocarpa stipitata, Laportea aestuans, Urera baccifera e Urtica dioica (Urticaceae), Celtis iguanaea e Trema micrantha (Cannabaceae), e Morus nigra (Moraceae), e rudimentos carpelares nas de Phenax sonneratii e Pilea cadierei (Urticaceae);. O pistilódio, juntamente com as sépalas e os estames, formam um aparato que atua no mecanismo de liberação explosiva de pólen a ser transportado pelo vento. Este aparato é considerado aqui como uma sinorganização floral, sem que haja união verdadeira de tecidos, que deve otimizar a anemofilia, de modo que o pólen alcance distâncias maiores, evitando autopolinização e garantindo maior variabilidade genética para essas espécies / Most species of Urticaceae, the nettle family, exhibit very small and inconspicuous diclinous flowers, which vary in number of organs, mainly in relation to the perianth and androecium (loss or union of organs). Pseudomonomerous gynoecium, that is, initiation of two or rarely three carpels in the floral meristem, but with only one carpel containing ovule, is described for the family. Another noteworthy characteristic reported for the family is the presence of a pistillodium in staminate flowers. The objective of this work was to study the morphology of the developing flower of different species of Urticaceae in order to better understand: (1) the vias that lead to a great floral reduction exhibited by the group, (2) if the development may explain the formation of a pseudomonomerous gynoecium, and (3) the pistillodium structure in staminate flowers and its function in the anemophily. For this, 10 species belonging to five tribes of the family were selected, except the Forsskaoleeae tribe. In addition, flowers of two Cannabaceae species (Celtis iguanaea and Trema micrantha) and one Moraceae species (Morus nigra) were sampled. Buds and flowers were collected and prepared for examination under scanning electron microscopy and light microscopy. Vascularization was also studied by means of a micro-CT. In all studied species, except for the pistillate flower of Phenax sonneratii, organs of only one whorl of the perianth initiate; the variation in the merosity of the perianth (2-5) results from absence of organs from the beginning of development. The dicliny results of the absence of stamens from the beginning of development in pistillate flower, except for Pilea cadierei (stamen abortion), and pistil abortion occurs in the intermediate stages of development in the staminate flower, with the exception of Cecropia pachystachya and Coussapoa microcarpa. The pseudomonomerous gynoecium is characterized by the initiation of a carpel primordium that divided into two in Cecropia pachystachya, Coussapoa microcarpa, Laportea aestuans, Myriocarpa stipitata, Pourouma cecropiifolia, Urera baccifera and Urtica dioica; in Boehmeria cylindrica, Phenax sonneratii and Pilea cadierei apparently does not occur a division of the carpel primordium. Vascularization studies showed that in all species a vascular bundle enters the gynoecium, branching in two soon in the basal portion, one goes to the ovule and the other goes to the style and stigma; exceptions are Myriocarpa stipitata and Urtica dioica, in which two vascular bundles enter the pistil: one branches in two, one enters the ovule and the other goes to the style and stigma, and the other goes straight to the style and stigma. This second condition would be expected for a pseudomonomerous gynoecium. Pistillodium are present in the staminate flowers of Boehmeria cylindrica, Myriocarpa stipitata, Laportea aestuans, Urera baccifera and Urtica dioica (Urticaceae), Celtis iguanaea and Trema micrantha (Cannabaceae); and Morus nigra (Moraceae). rudimentary carpels were observed in Phenax sonneratii and Pilea cadierei (Urticaceae); The pistillodium, together with the sepals and stamens, forms an apparatus that acts on the mechanism of explosive release of pollen to be carried by the wind. This apparatus is here considered as a floral synorganization, without a true union between tissues, that should optimize the anemophily, so that the pollen can reache greater distances, avoiding selfpollination and guaranteeing greater genetic variability for these species
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Distribuição, biomassas e ecologia de Macrouridae (Teleostei, Gadiformes) no talude continental do sul do Brasil, com ênfase em Coelorinchus marinii hubbs 1934 e Malacocephalus occidentalis Goode & Bean 1885

Fischer, Luciano Gomes January 2012 (has links)
Tese(doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós–Graduação em Oceanografia Biológica, Instituto de Oceanografia, 2012. / Submitted by Cristiane Gomides (cristiane_gomides@hotmail.com) on 2013-10-11T16:45:36Z No. of bitstreams: 1 Luciano.pdf: 10791164 bytes, checksum: abbbf3e63dd24039e4b6f6fb89af6147 (MD5) / Approved for entry into archive by Sabrina Andrade (sabrinabeatriz@ibest.com.br) on 2013-10-17T17:51:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Luciano.pdf: 10791164 bytes, checksum: abbbf3e63dd24039e4b6f6fb89af6147 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-17T17:51:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luciano.pdf: 10791164 bytes, checksum: abbbf3e63dd24039e4b6f6fb89af6147 (MD5) Previous issue date: 2012 / Os peixes da família Macrouridae apresentaram uma das maiores biomassas entre os peixes demersais em cruzeiros de pesquisa no Sudeste-Sul do Brasil entre 300-600m. Embora não sejam alvo da pesca no Brasil, estão entre os principais itens no descarte da pesca de arrasto no talude, sofrendo impacto similar às espécies-alvo. Dados de dois cruzeiros sazonais de arrasto de fundo foram utilizados para analisar a distribuição, abundância, densidade, composição de comprimentos e estimativas de biomassas para sete espécies de Macrouridae do talude superior do Sudeste-Sul do Brasil: Coelorinchus marinii, Malacocephalus occidentalis, M. laevis, Lucigadus ori, Hymenocephalus billsam, Ventrifossa macropogon e V. mucocephalus. A biomassa total foi estimada em 5,5 e 8,3 kt, respectivamente, no inverno-primavera e verão-outono, das quais C. marinii e M. occidentalis compuseram 98%. Amostras mensais da pesca comercial foram adicionalmente usadas para analisar a ecologia trófica das quatro espécies mais abundantes no talude superior do Sul do Brasil. Foram analisadas a composição da dieta, as mudanças ontogenéticas, as variações sazonais, a sobreposição alimentar intra e interespecífica, a fauna parasitária e aspectos da morfologia funcional relacionada à alimentação. C.marinii consumiu presas pequenas da infauna, epifauna, plâncton, nécton e carcaças, aproveitando presas em manchas ou agregações. M.occidentalis apresentou certa seleção por presas maiores e de coluna d’água, além de caranguejos e carcaças. As duas espécies apresentaram mudanças ontogenéticas e variações sazonais na composição da dieta, ocasionando mudanças nos padrões de sobreposição, mas em geral houve uma baixa sobreposição alimentar. As distintas morfologias funcionais encontradas refletiram em diferenças na dieta e nas estratégias de alimentação das espécies. Para C.marinii e M.occidentalis foram contruídos mapas com densidades, áreas de desova, índice alimentar, proporções de sexos e de imaturos/maturos, que foram relacionadas aos processos oceanográficos, fornecendo uma visão sobre as estratégias de vida e processos que regulam os padrões de distribuição e abundância. Ambas as espécies apresentaram variação sazonal na extensão e localização das áreas de desova. A maioria das fêmeas de C.marinii estavam maturas (90%), sugerindo que assentam ao fundo simultaneamente à maturação e que os juvenis são pelágicos, enquanto M.occidentalis apresentou muitos juvenis e poucas fêmeas maturas, assentando ao fundo bem antes da maturação. São identificados e descritos três processos responsáveis pelos padrões de distribuição e abundância encontrados nestas espécies. Sugere-se que áreas encontradas com elevadas biomassas de Macrouridae (carniceiros) sejam causadas por zonas de ocorrência semipermanente de processos de mesoescala (e.g. vórtices). Esses processos aumentam a produtividade e possibilitam elevadas biomassas de organismos de vida-curta encontradas em camadas superiores, e por outro lado, aumentam a concentração, mortalidade e disponibilidade de carcaças desses organismos, favorecendo predadores carniceiros. Esses processos podem ser responsáveis por inconsistências nas biomassas de magafauna e macrofauna encontradas em alguns estudos, onde biomassas de megafauna foram da mesma ordem de grandeza ou maiores que as de macrofauna, contradizendo o princípio Eltoniano. / Macrourids are among the most abundant and diverse demersal fishes in all deep oceans, including the Southwestern Brazilian continental slope. Although not targeted by Brazilian fisheries, they suffer impact similar than the target species, being among the most discarded fishes by deep bottom trawling. Trophic Ecology: Data from research surveys and commercial fishing were used to analyze the trophic ecology of four species inhabiting the upper slope of southern Brazil: Coelorinchus marinii, Malacocephalus occidentalis, M. laevis and Lucigadus ori. For the two abundant ones, ontogenetic changes, seasonal variations, intra- and interspecific dietary overlap, parasite fauna and aspects of functional morphology are also described. C.marinii had an extremely diverse diet, preying infauna, epifauna, plankton, necton and carcasses. M.occidentalis fed on larger and nektonic prey, but also included crabs and carcasses in the diet. Both species showed ontogenetic shifts and seasonal variations in diet composition, both leading to changes in intra- and interspecific diet overlap patterns. Species showed quite distinct feeding anatomy and proportions of body with mouth size, reflecting on feeding strategies. There was little interspecific food overlap. In most cases when the diet was more similar there was a spatial segregation. The coexistence of these species appears to be facilitated by the development of different functional morphologies and feeding strategies. A considerable portion of the diet of these species is due to the consumption of carcasses of pelagic and mesopelagic organisms, and even insects, bypassing the benthic trophic web. Conservative (minimum) estimates of the mean weight of carcasses in diet ranged from 3 to 20%, increasing with the size of the predators and towards deeper waters. C.marinii showed a lower consumption of carcasses and a high proportion of mesopelagic fishes and cephalopods, however, the analysis of the feeding morphology and prey size leads to believe that most of these two groups of prey were consumed as carcasses. This source of food bypass the detritus food chains and connect the concentrations of macrourids to fluctuations in the abundance of epi and mesopelagic organisms and to oceanographic processes that increase their concentration and mortality (e.g. mesoscale anticyclonic eddies). Distribution, Biomass and Oceanography: Data from two seasonal bottom trawl surveys were used to provide information on distribution, abundances, densities, sizecomposition and biomass estimates for seven species: Coelorinchus marinii, Malacocephalus occidentalis, M. laevis, Lucigadus ori, Hymenocephalus billsam, Ventrifossa macropogon and V. mucocephalus. The total biomass was estimated in 5.5 and 8.3 kt respectively in winter-spring and summer-autumn. C.marinii and M.occidentalis comprised 98% of the biomass. For these two abundant species, surface maps were made with spawning areas, feeding index, sex and immature/mature ratios, and were related to oceanographic processes, providing insights on strategies and important processes regulating distribution and abundance patterns. Both species showed a marked seasonal variation in the extent and location of spawning areas. Most C.marinii females were mature (90%), suggesting an early maturation during pelagic phase and acquiring demersal habit just prior the onset of maturation, while M.occidentalis showed few matures females and settle to bottom well before maturity. Temperature rather than depth seems to be the main factor regulating the batimetric distribution of both species. We describe three processes responsible for distribution and abundance patterns found in these species. Differentpatterns of spatial segregation were found in both species, related with depth, sex and maturity. It is suggested that areas with high biomass Macrouridae (scavengers) are induced by zones of occurrence semi-permanent mesoscale processes (e.g. eddies). These processes increase productivity and enable large biomass of short-lived organisms found in the upper layers, and also increase the concentration, mortality and availability of carcasses, favoring scavenger predators. These processes may be responsible for inconsistencies in biomass of megafauna and macrofauna found in some studies, where biomass of megafauna was of the same order of magnitude or larger than macrofauna, contradicting the Eltonian principle. It is suggested that future studies attempt to relate mesoscale processes with the biomass of potential short-lived prey in surface waters and higher biomass of scavengers. This work highlights the importance of the study of ocean dynamics, combining biological and oceanographic observations, trying to understand the role of mesoscale physical processes on the distribution and abundance patterns of species.
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Estimativa de tempo em humanos: ontogênese e variação circadiana. / Time estimation in humans: ontogenesis and circadian variation.

Mario André Leocadio Miguel 06 December 2012 (has links)
Fatores como a idade, o sono e a habilidade de direcionar a atenção ao tempo contribuem para a estimativa subjetiva da passagem do tempo. Buscamos descrever a modulação diária na produção de intervalo de tempo em função do envelhecimento e as associações entre os perfis temporais deste desempenho, o ritmo de temperatura periférica e ciclo vigília/sono dos indivíduos. Encontramos: (1) a prevalência de Jet-lag social para a amostra de jovens adultos; (2) um distinto arranjo na organização temporal interna em função da idade; (3) apenas o grupo de adultos aposentados apresentou associação com o ritmo diário de temperatura do punho, sugerindo que a influência homeostática sobre este comportamento é mais pronunciada para o grupo de adultos jovens. / Factors such as age, sleep and the ability to engage attention to time contribute to the subjective measure of the time flow. We aimed to describe the daily modulation in the production of time as a function of aging and to determine associations between temporal profiles of this behavior and the circadian rhythm of peripheral temperature and sleep/wake cycle. Our findings: (1) the prevalence of social Jet-lag in young adults; (2) a distinct arrangement in the internal temporal organization for each group; (3) the results for retired adults is in line with a prominent influence of the circadian drive, reflecting on changes in the speed of the system that keeps track of time throughout the day.
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Facilitation and competition in coastal dunes: meta-analysis of determinants of plant interactions / Facilitação e competição em planícies costeiras: meta-análise de fatores determinantes de interações entre plantas

Luanne Caires da Cruz Souza 23 July 2018 (has links)
Plants established next to other plants may have their performance positively or negatively affected by their neighbors, which characterizes interactions of facilitation and competiton, respectively. Facilitation and competition, however, may occur simultaneously and understanding which one predominates in pairwise interactions under different ecological contexts is important to comprehend the structure of plant communities. According to the stress-gradient hypothesis (SGH), facilitation is expected to prevail in more severe environments, but the outcome of interactions may change depending on features of interacting individuals, such as life form and ontogenetic stages. As harsh conditions and high diversity of plant life-forms are characteristic of coastal dunes, the amount of studies about plant interactions has been rapidly increasing in these ecosystems, with apparent divergent conclusions. However, until now, there is not a systematic and quantitative synthesis about the factors affecting the net outcome of facilitation and competition in these ecosystems. We conducted a meta-analysis to investigate the effects of environmental stress and the simultaneous influence of plant life form and ontogenetic stage on the outcome of facilitation and competition in coastal dunes around the world. We used four performance measures to estimate the outcome of interactions: abundance, survival, growth, and reproduction. Contrary to what was expected by SGH, we found that negative impacts of neighbors on plant reproduction increase towards more arid conditions, but this effect was not observed for other performance measures. Our results also indicate that woody neighbors facilitate the survival of woody seedlings and the reproduction of herbs, while herbaceous neighbors facilitate the growth of other herbaceous plants. Overall, the outcome of plant interactions in coastal dunes depends on the performance variable measured and on both environmental conditions and plant features, indicating an interaction between these factors. Such interaction and different mechanisms underlying facilitation and competition should be more investigated in the future. The global scale of our meta-analysis supports generalization of important processes of succession and conservation in coastal dunes. Benefits of woody neighbors to the survival of woody seedlings corroborate the concept of successional feedbacks in the beach-inland physiognomic gradient, and our results reinforce the use of nurse plants in coastal dunes as a valuable tool to restoration of these endangered ecoystems / Plantas estabelecidas nas proximidades de outras plantas podem ter sua performance afetada positiva ou negativamente por seus vizinhos, caracterizando, respectivamente, interações de facilitação e competição. Considerando que ambas as interações podem ocorrer de forma simultânea, compreender o predomínio de cada uma delas em diferentes contextos ecológicos é fundamental para o entendimento da estrutura de comunidades vegetais. De acordo com a hipótese do gradiente de estresse (HGE), a facilitação tende a predominar em ambientes mais severos, mas o balanço das interações depende ainda das características dos indivíduos envolvidos, como forma de vida e estágio ontogenético. Como condições ambientais severas e alta diversidade de formas de vida vegetais são características de planícies costeiras, o número de estudos investigando interações entre plantas tem aumentado rapidamente nesses ambientes, com conclusões aparentemente divergentes. No entanto, ainda não há uma síntese sistemática e quantitativa dos fatores que afetam o balanço entre facilitação e competição nesses ecossistemas. Nós realizamos uma meta-análise em escala global para investigar os efeitos do estresse ambiental e a influência simultânea da forma de vida e do estágio ontogenético das plantas sobre o balanço entre facilitação e competição em planícies costeiras. Utilizamos quatro variáveis de performance para estimar o balanço de interações: abundância, sobrevivência, crescimento e reprodução. Ao contrário do predito pela HGE, encontramos que impactos negativos de plantas vizinhas sobre a reprodução de outras plantas aumentam com a aridez do ambiente, mas que esse efeito não é observado para outras variáveis de performance. Nossos resultados também mostram que vizinhos lenhosos facilitam a sobrevivência de plântulas lenhosas e a reprodução de plantas herbáceas, enquanto vizinhos herbáceos facilitam o crescimento de outras herbáceas. De modo geral, o balanço das interações depende da variável de performance medida e tanto de condições ambientais quanto de características das plantas, indicando que esses fatores interagem. Tal interação e os diferentes mecanismos subjacentes à facilitação e à competição devem ser melhor investigados no futuro. A maior sobrevivência de plântulas lenhosas na presença de vizinhos lenhosos corrobora a ideia de retroalimentação positiva no processo sucessional que caracteriza o gradiente fisionômico da praia ao interior. Nossos resultados também reforçam o potencial do uso de plantas-berçários como ferramenta para restauração de planícies costeiras degradadas
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Efeito do nitrogênio sobre o desenvolvimento foliar e sua consequência na estrutura da copa em Senna alata (L.) Roxb. (Leguminosae) / Effect of nitrogen of leaf development and its consequences in the canopy vertical structure in Senna alata (L.) Roxb. (Leguminosae)

Mauro Alexandre Marabesi 13 October 2011 (has links)
O tempo de vida e o desenvolvimento foliar sempre foram questões que intrigaram a humanidade, para além da questão científica, há um interesse até mesmo estético, uma vez que as folhas senescentes do hemisfério Norte e algumas do hemisfério Sul mudam sua coloração de verde para vermelho ou para um amarelo vistoso. Do ponto de vista científico o tempo de vida foliar está associado à produtividade das plantas, bem como às características estruturais das folhas. No entanto, a maioria dos trabalhos enfoca apenas a folha individualmente e não aborda o ponto que o tempo de vida foliar é, na verdade, um produto das taxas de nascimento e de mortalidade que ocorrem no nível da copa. Este é provavelmente o fator que faz com que haja um grande contraste na literatura sobre o tempo de vida foliar. Do ponto de vista ecológico analisam-se apenas as consequências do tempo de vida foliar, sem levar em consideração os mecanismos fisiológicos responsáveis pela mortalidade. Os trabalhos fisiológicos, por outro lado, enfocam em causas da mortalidade - o aumento na quantidade de hexoses e/ou mudanças nos reguladores de crescimento - sem levar em consideração as conseqüências do tempo de vida foliar. Este trabalho visa integrar estas duas visões. Como o nitrogênio é um dos minerais que possuem um efeito profundo no tempo de vida foliar, este foi usado como ferramenta para modificar o tempo de vida foliar de plantas de Senna alata, uma planta pioneira da família Leguminosae, que apresenta crescimento rápido. Foram realizados dois experimentos. No primeiro foi definida a melhor fonte de nitrogênio para o desenvolvimento da planta usando concentrações iguais de NO3, NH4 e NH4NO3. E no segundo experimento foi estudado o efeito de diferentes concentrações da melhor fonte. Em ambos os casos, a expansão, a biomassa, a fotossíntese (somente no segundo experimento) e teores e composição de carboidratos não estruturais, foram acompanhados para cada folha da planta. No primeiro experimento observou-se que ocorreu um aumento na taxa de mortalidade sem efeito na taxa de iniciação foliar, este fato levou a uma diminuição na longevidade das folhas, o que diminuiu o número de folhas na copa, mas não alterou a estrutura vertical da copa. A quantidade de hexoses na fase de senescência parece estar envolvida com o aumento na taxa de mortalidade através do mecanismo sensor de açúcares e como atuou diminuindo o tempo de senescência das folhas, levou a uma mudança no desenvolvimento foliar. No segundo experimento não houve diferença na mortalidade, mas um aumento na iniciação foliar, assim, conforme a concentração de nitrogênio aumentou, a longevidade das folhas tendeu a aumentar e o número de folhas na copa aumentou, mudando a estrutura vertical desta. Como obervado no primeiro experimento, a baixa concentração de hexoses durante a fase de maturidade pareceu ser o mecanismo que impediu a senescência foliar e que, portanto, modificou o desenvolvimento foliar por aumentar a sua fase de maturidade / Leaf life and development have always been intriguing aspects of nature. Even beyond the scientific scope, the aesthetics of such natural processes, illustrated in many different cases, such as when senescent northern hemisphere leaves (as well as some leaves found in the southern hemisphere) change colors from Green to re dor bright yellow. From a scientific standpoint, leaf life span is related to the plants&prime; productivity, as well as the structural characteristics of the leave themselves. Unfortunately, most current academic studies focus specifically on leaves, neglecting the fact that leaf life span is intimately related to birth and mortality rates at the canopy. This is possibly the greatest issue surrounding academic controversies and discussions regarding leaf life span. From na ecologic perspective, only the consequences deriving from leaf life are analyzed, while all mortality-related physiological mechanisms are not considered. Physiological studies, on the other hand, focus on causes of mortality - increased amount of hexoses and/or changes in growth regulators - but fail to consider the consequences of leaf life span. This article attempts to integrate both standpoints. As one of the minerals with greatest effect on leaf life span, nitrogen Will be used as a way to alter leaf life span during the experiments. In the first experiment we Will establish the most adequate nitrogen source, using the same NO3, NH4 and NH4NO3 concentrations. In the second experiment, we Will assess the effect of different concentrations in such nitrogen source. The first experiment indicated na increase in the mortality rate with no impact over the leaf initiation process, which decreased leaf life span and the amount of leaves in the canopy, but did not change the canopy vertical structure. The amount of hexoses in the senescence phase is responsible for the mortality rate increase and, by shortening the leaves&prime; senescence process, ultimately changed the leaves&prime; development. The second experiment did not indicate changes in the mortality rate, but prompted the leaf initiation process. Therefore, as the nitrogen concentratio increased, so did the leaves&prime; life span and the amount of leaves in the canopy, altering its vertical structure. During the maturity phase, the low hexose concentration seemed to be the mecanism responsible for hidering the leaf senescence process and, therefore, modified the leaves&prime; development by the increasing the maturity phase.
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Estudo da ontogênese dos ritmos biológicos em neonatos humanos e ratos. / Study of the ontogenesis of biological rhythms in newborns humans and rats.

Clarissa Bueno 04 August 2011 (has links)
Fatores ambientais podem modificar o desenvolvimento dos ritmos biológicos em neonatos, como já demonstrado em ratos. Neste contexto insere-se o estudo de recém-nascidos pré-termo mantidos em unidades de cuidado neonatal. Descrevemos neste trabalho a evolução da ritmicidade no ciclo vigília/sono, atividade/repouso, temperatura do punho e alimentação na fase neonatal. Paralelamente, caracterizamos o desenvolvimento dos ritmos biológicos em ratos mantidos sob luz constante durante a lactação e a atuação da melatonina e do exercício físico nessa evolução. Em um estudo longitudinal utilizando actímetros e termistores com memória, identificamos precocemente ritmo circadiano na temperatura do punho, enquanto na atividade motora há predomínio de ritmos ultradianos, bem como no ciclo vigília/sono e no comportamento alimentar, padrão este que se modifica logo após a alta hospitalar. Em ratos sob o paradigma de luz constante, oferecemos melatonina e uma roda durante a lactação e após o desmame, encontrando modificações na emergência do ritmo circadiano em ambos os grupos. / Environmental factors can change the development of biological rhythms in neonates, as has already been demonstrated in rats. In this context is the study of preterm newborns maintained in neonatal care units. We describe in the present work the evolution of rhythmicity in sleep/wake cycle, activity/rest, wrist temperature and feeding behavior along the neonatal phase. Simultaneously, we characterize the development of biological rhythms in rats maintained under constant light during lactation and the action of melatonin and physical exercise in this evolution. Through a longitudinal study using actimeters and thermistors with memory we identified precociously a circadian rhythm in wrist temperature, while in motor activity we found a dominant ultradian rhythm, as well as, in sleep/wake cycle and feeding behavior, with changes in this pattern just after hospital discharge. In rats reared under constant light, we offered melatonin and a wheel during lactation and after weaning, finding differences in the emergency of the circadian rhythm for both groups.
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Estrutura populacional de Astronium graveolens Jacq. (Anacardiaceae) em uma floresta estacional semidecídua no sudeste do Brasil / Population structure of Astronium graveolens Jacq. (Anacardiaceae) in a tropical seasonal semideciduous forest in southeastern of Brazil

Franci, Luciana de Campos, 1985- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Fernando Roberto Martins / Texto da introdução e conclusão estão em português / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-20T10:48:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Franci_LucianadeCampos_M.pdf: 1688205 bytes, checksum: 274a01211cff8646d710c1161da60dea (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Investigamos nesse estudo a estrutura populacional da espécie arbórea emergente Astronium graveolens Jacq. (Anacardiaceae) em uma Floresta Estacional Semidecídua no Sudeste do Brasil. Astronium graveolens é uma espécie anemocórica de ampla distribuição na Mata Atlântica. Nossos objetivos principais foram: (1) investigar quais as adaptações quanto a arquitetura e morfologia da espécie para melhor interceptação de luz; (2) compreender as relações biomecânicas da espécie; (3) investigar as demandas conflitantes enfrentadas em cada estádio ontogenético na história de vida de A. graveolens relacionadas à sazonalidade de chuvas; (4) investigar os padrões de distribuição espacial de cada estádio ontogenético; (5) investigar se os fatores abióticos explicam as densidades de cada estádio ontogenético em cada parcela e (6) se os indivíduos de cada estádio ontogenético co-ocorrem com frequência maior que o esperado ao acaso com determinada espécie da comunidade. Realizamos a coleta de dados em um fragmento de Floresta Estacional Semidecídua localiza no município de Campinas, SP. Utilizamos 100 parcelas aleatórias de 10 x 10 m nas quais amostramos todos os indivíduos de A. graveolens. Medimos o diâmetro à altura do solo e altura total de todos os indivíduos. Dos indivíduos com até 1,5 metros medimos o comprimento da raque das folhas e contamos o número de folhas. Dos indivíduos com até 5 metros, contamos o número de ramificações. Identificamos todos os indivíduos arbóreos de todas as espécies com perímetro à altura do peito maior que 15 cm. Definimos os estádios ontogenéticos (plântula, infante, juvenil I, juvenil II, imaturo e adulto) utilizando marcadores macromorfológicos. A relação alométrica entre diâmetro e altura diferiu dos modelo teóricos isométrico, similaridade elásticas e similaridade de estresse. A espécie apresenta estratégias contra a seca, e sua arquitetura e características morfológicas sugerem que a luz pode ser um filtro importante na história de vida dos indivíduos. Para A. graveolens crescer rápido em altura e atingir o dossel parece ser a chave para a sobrevivência. Os indivíduos dos estádios infante, juvenil I e adulto apresentaram padrão agregado em pequena escala, enquanto os demais estádios, juvenil II e imaturo, apresentaram distribuição aleatória. A densidade dos estádios ontogenético não foi influenciada por fatores ambientais. A similaridade de densidade das parcelas diminuiu com a distância, o que indica que processos estocásticos podem atuar como fatores importantes na população. As co-ocorrências negativas se mostraram mais frequentes que as positivas e houve mudança nas freqüências de co-ocorrências ao longo da ontogenia. Aparentemente para A. graveolens processos estocásticos e determinísticos podem ser importantes para a população no local estudado / Abstract: We investigated the population structure of the emergent tree species Astronium graveolens Jacq. (Anacardiaceae) in a Tropical Seasonal Semideciduous Forest, southeastern of Brazil. Astronium graveolens is an anemochorous species widely distributed in Atlantic Forest. Our main goals was: (1) to investigate which architectural and morphological characters of A. graveolens are adapted to better light interception; (2) to investigate the biomechanical relationship of the species ; (3) to investigate the trade-offs face by each ontogenetic stage in the life-history related to rain seasonality; (4) to investigate the patterns of spatial distribution of each ontogenetic stage; (5) to investigate whether the abiotic factors explain the density of each ontogenetic stage in each plot and (6) whether individuals of each ontogenetic stage co-occur with frequency greater than expected by chance with a given specie. We collected the data in a fragment of Seasonal Semideciduous Forest in Campinas, SP, municipality. We used 100 plots randomly arranged with 10 x 10 m each. We measured diameter at ground level and total height of each individual. From the individuals up to 1.5 m we measured leaf length and counted the number of leaves. From the individuals up to 5 m we counted the number of branches. We indentified every individual of each species in each plot with circumference at breast height higher than 15 cm. We indentified five ontogenetic stages (infant, juvenile I, juvenile II, immature and adult) using macromorphological characters. Allometric relationships differed from all the theoretical models of geometric, elastic similarity and stress similarity. The species have strategies against drought, and its architecture and morphological characteristics suggest that light may be an important filter in A. graveolens life-history. Astronium graveolens is a species that must grow quickly in height to reach the canopy, and it is the key for surviving. Individual of the stages infant, juvenile I and adult had aggregated pattern, while juvenile II and immature were randomly distributed. The density of the stages in each plot was not influenced by abiotic factors. Similarity of density of each plot decreased with distance, suggesting that stochastic processes are important factors in the population. The negative co-occurrences were more frequent than positive ones and the frequencies changed through the ontogeny. Apparently, this population of A. graveolens suffers influences of stochastic and deterministic processes / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia

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