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La constitución relacional de la subjetividad: vínculo, psicoanálisis y triangulaciónMantilla Lagos, Carla 12 November 2013 (has links)
El presente estudio busca defender una tesis anti-cartesiana sobre la
naturaleza de la subjetividad que propone que ésta se constituye en los intercambios afectivos con otros seres humanos y en el contexto de un mundo compartido. Partimos construyendo una plataforma conceptual que soporte dicha afirmación, a la cual llamaremos modelo externalista-intersubjetivista de lo mental y que resume algunos aportes del segundo Wittgenstein y de los filósofos anglosajones Donald Davidson y Marcia Cavell. Desde ahí intentamos recoger ciertas conceptualizaciones y evidencia del psicoanálisis contemporáneo y de la psicología del desarrollo con el fin de dar sustento a tres afirmaciones que componen nuestra tesis central: 1. el psicoanálisis como modelo de la mente y del desarrollo puede ser compatible con la visión externalista-intersubjetivista de lo mental, 2. se puede describir una línea de desarrollo de la triangulación, es decir, de la articulación del conocimiento de la
propia mente, de las otras mentes y del mundo, que se inicia de una forma implícita, pre-reflexiva y pre-verbal y evoluciona hacia lo reflexivo, verbal y
explícito, y 3. el vínculo de apego tiene una influencia central en la
implementación de las capacidades subjetivas para el conocimiento de la propia mente, de las demás mentes y para la libre exploración del mundo mental y físico. / This study aims to defend an anti-Cartesian thesis about the nature of
subjectivity: that it is constituted in the affective exchanges with other human beings and in the context of a shared world. We start elaborating an externalistintersubjectivist conceptual platform that summarizes some contributions of the later Wittgenstein and some ideas of Anglo-Saxon philosophers Donald Davidson and Marcia Cavell. Then, we collect certain conceptualizations and evidence from contemporary psychoanalysis and developmental psychology in
order to support three statements that make up our main thesis: 1.
psychoanalysis as a model of the mind and development can be compatible with externalist-intersubjective vision of the mental life, 2. it is possible to build up a line of development of triangulation (the articulated knowledge of one’s mind, other minds and world)that starts with implicit, pre-reflective and preverbal modes and evolves into reflective, verbal and explicit ones, and 3. attachment bond has a central influence in the implementation of subjective capacities for knowledge of one’s mind, other minds and the free exploration of
the mental and physical realms.
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Desenvolvimento e morfologia da flor em espécies da tribo Dipterygeae (Leguminosae, Papilionoideae) / Floral development and morphology in species of Dipterygeae (Papilionoideae - Leguminosae)Leite, Viviane Gonçalves 26 July 2012 (has links)
Espécies da tribo Dipterygeae apresentam morfologia floral interessante, em especial o cálice, bem diferente dos demais membros de Papilionoideae. Representantes desta tribo exibem cálice assimétrico, constituído por duas sépalas adaxiais muito grandes e livres, e três sépalas unidas na base, com lobos abaxiais em forma de pequenos dentes. Assim, este trabalho visa a elucidar a origem deste tipo de cálice, por meio do estudo do desenvolvimento floral dos três gêneros da tribo, representados pelas espécies Dipteryx alata Vogel, Pterodon pubescens (Benth.) Benth. e Taralea oppositifolia Aubl.. Pretende-se também fornecer dados de desenvolvimento floral com valores taxonômico e evolutivo potenciais para o grupo. Botões florais e flores foram dissecados e preparados para análises de superfície em microscopia eletrônica de varredura e anatômica em microscopia de luz. As flores das espécies estão organizadas em inflorescências racemosas indeterminadas, são perfeitas e zigomorfas. A sequencia de surgimento dos verticilos florais é semelhante nas três espécies: bractéolas, sépalas, pétalas, carpelo + primeiros primórdios de estames antessépalos, e estames antepétalos. Dois primórdios de bractéolas são iniciados assincronicamente em D. alata e simultaneamente em P. pubescens e T. oppositifolia; estas bractéolas recobrem o meristema floral; a iniciação dos cinco primórdios de sépalas é unidirecional modificada em D. alata, helicoidal em P. pubescens e sequencial/sequencial modificada em T. oppositifolia; a iniciação dos cinco primórdios de pétalas é simultânea; o primórdio carpelar surge concomitante à iniciação dos primeiros primórdios de estames antessépalos; a iniciação dos estames antessépalos é em ordem unidirecional tendendo para verticilada; os cinco estames antepétalos surgem por último. A fenda carpelar surge do lado adaxial, sendo orientada para a direita ou para a esquerda, no lado oposto ao de iniciação do estame antepétalo adaxial. O androceu é assimétrico. Os filetes fundem-se devido ao meristema intercalar, mas não completamente, formando uma bainha aberta ao redor do carpelo. O carpelo é central com estigma truncado em D. alata, capitado em P. pubescens e puntiforme em T. oppositifolia. O tipo de cálice é elucidado nos estádios intermediários do desenvolvimento floral: a sépala abaxial e as laterais não se alongam, fundem-se, resultando em três lobos diminutos; já as adaxiais se alargam muito e alongam, permanecendo livres. O crescimento avantajado das sépalas adaxiais decorre do aumento do número de camadas e volume das células epidérmicas e subepidérmicas marginais. As flores possuem um apêndice em suas bractéolas, sépalas abaxiais e laterais, pétalas e anteras, onde se localiza um canal secretor. Em T. oppositifolia estes apêndices não ocorrem nas bractéolas e anteras. Além de canais, cavidades secretoras estão presentes no mesofilo das bractéolas, nas margens das sépalas e no apêndice das anteras. As alas exibem esculturas do tipo lamelado em D. alata e T. oppositifolia e lunado em P. pubescens. A presença de um canal secretor no apêndice dos órgãos florais constitui uma provável sinapomorfia para Dipterygeae. Caracteres com valor diagnóstico para as espécies são: (1) iniciação dos primórdios de bractéolas, (2) iniciação dos primórdios de sépalas, (3) proeminência do apêndice da antera, (4) tipo de escultura presente nas alas, (5) formato do estigma, (6) comprimento do estipe, (7) pilosidade do ovário, (8) curvatura do estilete, (9) posição da nervura central e (10) tipo de fruto. / Representatives of the tribe Dipterygeae exhibit interesting floral features, in special considering the calyx, which is quite different from that exhibited by other papilionoids. The calyx is asymmetric, constituted by two adaxial very large free sepals, and three abaxial unite sepals with teeth-like lobes. Thus, this work aims to to elucidate the developmental vias of this type of calyx, by studying the floral development and morphology of three genera of the tribe, represented by Dipteryx alata Vogel, Pterodon pubescens (Benth.) Benth. and Taralea oppositifolia Aubl. Also, we intend to provide other data on floral development with taxonomic and evolutionary values. Buds and flowers were dissected and prepared for surface and anatomical analyses, under scanning electron and light microscopy, respectively. The flowers of all species are arranged in indeterminate racemes, are zygomorphic and perfect. The initiation of floral whorls is similar in the three species: bracteoles, sepals, petals, carpel + antesepalous stamens, and antepetalous stamens. The floral apex initiates two bracteoles asynchronously in D. alata and simultaneously in P. pubescens and T. oppositifolia; these bracteoles cover the floral apex; the order of initiation of five sepal is modified unidirectional in D. alata, helical in P. pubescens and sequential or modified sequential in T. oppositifolia; the five petals initiate in a simultaneous order; the initiation of the carpel is concomitant to that of the antesepalous abaxial stamens; antesepalous stamens initiates in tendencies towards whorled order, and the five antepetalous stamens arise later. A central carpel with truncate stigma occurs in D. alata, capitate stigma in P. pubescens and punctiform stigma in T. oppositifolia. The carpel cleft of all species arises in the adaxial side and is positioned to the right or the left opposite to the antepetalous adaxial stamen primordium. The androecium is asymmetric. The filaments fuse due to intercalary meristematic activity, but not completely, forming an open sheath around the carpel. The different type of calyx is elucidate by observing the intermediary stages of floral development: the abaxial and lateral sepals do not elongate, fuse, resulting in a united structure with three lower lobes, while the adaxial sepals enlarge and elongate, remaining free. The great growth of adaxial sepals results of the increasing in the number of layers and volume of marginal epidermal and subepidermal cells. Bracteoles, abaxial and lateral sepals, petals and anthers are appendiculate. In T. oppositifolia these appendices do not occur in bracteoles and anthers. One secretory canal is observed within each appendix. Besides secretory canals, secretory cavities are found in the mesophyll of bracteoles, in the sepal margins and in the anther appendices. The wings show sculptures of lamellate type in D. alata and T. oppositifolia and of lunate type in P. pubescens. The presence of secretory canal in the floral appendices can be considered a synapomorphy for the tribe Dipterygeae. Diagnostic characters for the species are: (1) order of bracteole initiation, (2) order of sepal initiation, (3) anther appendix salience, (4) pattern of wing sculpture, (5) stigma shape, (6) stipe length, (7) ovary hairiness, (8) style bend, (6) position of the central rib, and (7) type of fruit.
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Desenvolvimento estrutural da hipófise e ontogenia das células adeno-hipofisárias do dourado Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) Teleostei, Characiformes. / Structural development of the pituitary gland and ontogeny of adenohypophyseal cells from dourado Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) Teleostei, Characiformes.Jesus, Lázaro Wender Oliveira de 19 August 2011 (has links)
Neste estudo foi verificado que a hipófise de S. brasiliensis era composta por dois tecidos, a neuro hipófise (NH) e a adeno-hipófise (AH). Nesta última, foram distinguidos sete tipos celulares. Na RPD foram detectadas as células adrenocorticotrópicas e prolactínicas, na PPD as células gonadotrópicas, somatotrópicas e tireotrópicas, e na PI, as células melanotrópicas e somatolactínicas. Foi evidenciada única célula gonadotrópica, produtora de LH e FSH. O primórdio da hipófise foi detectado 12 horas após a eclosão (hpe), a NH com 72 hpe e o início da formação do pedúnculo com 300 hpe. Nos juvenis (600 hpe), a hipófise apresentou uma morfologia semelhante àquela observada nos adultos. As células prolactínicas foram detectadas com 12 hpe, juntamente com as células adrenocorticotrópicas e melanotrópicas, seguidas das somatotrópicas e somatolactínicas, com 36 hpe. Por outro lado, nas larvas e juvenis foram detectadas duas populações distintas de células gonadotrópicas, as células produtoras de FSH foram detectadas com 600 hpe, enquanto as produtoras de LH com 120 hpe. / This study showed that the pituitary gland of S. brasiliensis was formed by two tissues, neurohypophysis and adenohypophysis. In the latter, seven cell types were distinguished. In RPD, prolactin and adrenocorticotropic cells were present. In PPD, gonadotropic, somatotrope and thyrotropic cells were detected, and in PI, somatolactin and melanotropic cells were found. Interestingly, was detected a single gonadotropic cell responsible for producing both gonadotropins. The primordium of the pituitary gland was detected 12 hours after hatching (hah), the neurohypophysis was detected 72 hah and formation of the stalk 300 hah. In juveniles, 600 hah, the pituitary showed a similar morphology to that observed in adults of this species. Prolactin cells were detected 12 hah together with adrenocorticotropic and melanotropic cells, followed by somatotropic and somatolactin cells 36 hah. Unlike adults, larvae and juveniles have shown two distinct populations of gonadotropic cells. FSH-producing cells were detected 600 hah, while LH-producing cells were detected 120 hah.
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ONTOGENIA INICIAL E CONSUMO DE VITELO EM EMBRIÕES DE BETTA SPLENDENSDuarte, Shaytner Campos 13 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-13 / Among the ornamental species, the Betta splendens deserve highlights, because of its great
commercial interest. The process of ontogeny can be described as the development of the
embryo at the time of fertilization, trough embryonic development stage to the hatching or
later stages. The study of the embryogenesis of a species is of great importance and is a useful
tool in study of the growth of species in their natural environment. This work aimed to
describe the initial ontogeny in embryos of specimen B. splendens. It was possible to observe
that as time marches on embryogenesis, there was a decrease in the height of the yolk and in
its length, mainly in the final third of the embryonic period. The volume of yolk available to
the embryo decreased during embryonic development, from 0.19912 mm3 average value of
the HPF 12.5 to 0.10262 mm3 moments after the eruption that began with 34.0 HPF. It was
possible to observe that the newly-hatched larvae had a residual volume of yolk of 0.01935
mm3 ± 0005, where was still possible to observe drops of oil. The newly hatching larvae
observed in this study did not use exogenous food source. The embryo of B. splendens has
stages of embryo development comparable to that observed in other species of teleosts.
Consumption of yolk is more prominent in the final third of embryonic development, after
15.0 hours post-fertilization, in the period near the hatch and the period immediately after
hatching. Through this work we observed and recorded the main stages of the development of
the Siamese fighting fish B. splendens, and also verify the rate of consumption of yolk during
the stages of embryogenesis until the larvae hatch and the newly-hatched, contributing thus to
a better understanding of the biology of the species. / Dentre as espécies ornamentais o Betta splendens é uma das que merece destaque, devido ao
grande interesse comercial. O processo de ontogenia pode ser descrito como o
desenvolvimento do embrião do momento da fecundação, passando pela fase de
desenvolvimento embrionário, até a eclosão ou fases posteriores. O estudo da embriogênese
de uma espécie é de grande importância, sendo uma ferramenta útil no estudo do crescimento
de espécies em seu ambiente natural. O presente trabalho teve por objetivo descrever a
ontogenia inicial em embriões da espécie B. splendens. Foi possível observar que com o
passar do tempo embrionário, houve uma diminuição na altura do vitelo e posteriormente no
comprimento do vitelo principalmente no terço final do período embrionário. Os volumes de
vitelo disponíveis para o embrião diminuíram durante o desenvolvimento embrionário,
passando de 0,19912 mm3 média do valor às 12,5 HPF, para 0,10262 mm3 momentos após a
eclosão que se iniciou com 34,0 HPF. Foi possível observar que as larvas recém-eclodidas
continham um volume residual de vitelo de 0,01935mm3 ± 0,005 e nesse resíduo ainda foi
possível observar gotas de óleo. As larvas recém eclodidas observadas no presente estudo não
utilizaram alimentos de fonte exógena. O embrião de B. splendens tem fases de
desenvolvimento embrionário comparáveis ao observado em outras espécies de teleósteos. O
consumo de vitelo é mais acentuado no terço final do desenvolvimento embrionário, após as
15,0 horas-pós-fecundação, no período próximo à eclosão e no período logo pós-eclosão.
Através do presente trabalho foi possível observar e registrar os estágios principais do
desenvolvimento do peixe de briga siamês B. splendens, e também verificar a taxa de
consumo de vitelo durante as fases da embriogênese até o momento da eclosão e das larvas
recém-eclodidas, contribuindo dessa forma para um melhor conhecimento da biologia da
espécie.
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Caracterização da diferenciação celular durante a morfogênese da hipófise em Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000). / Characterization of cell differentiation during morphogenesis in the pituitary gland Astyanax altiparanae (GARUTTI & BRITSKI, 2000).Branco, Giovana Souza 02 February 2016 (has links)
Após a reprodução de Astyanax altiparanae, foram obtidas larvas e juvenis da espécie, os quais foram coletados desde a eclosão até 120 dias após a eclosão (dpe). Por meio de métodos histoquímicos e imuno-histoquímica foram detectadas a neuro (NH) e adeno-hipófise (AH). Nas 3 regiões da AH, rostral (RPD) e proximal (PPD) pars distalis, e pars intermedia (PI), foram encontrados 8 tipos celulares produtores de hormônios, sendo, na RPD, as células produtoras de ACTH e PRL; na PPD, GTH (FSH e LH), GH e TSH; e na PI, MSH e SL. As prolactínicas foram as primeiras células identificadas com 1 dpe no início da formação da glândula. A NH foi diferenciada com 3 dpe junto com as células produtoras de ACTH, MSH, TSH e FSH. A identificação das células produtoras de LH, SL e GH ocorreu com 5 dpe. Com 20 dpe houve um grande aumento da hipófise e o aparecimento do pedúnculo. Com 60 dpe a hipófise apresentou-se semelhante à observada nos adultos. Os resultados desta pesquisa colaboram para o conhecimento do eixo hipotálamo-hipófise-gônada em teleósteos sul-americanos. / After reproduction of A. altiparanae, was made larvae and juveniles of this specie, were collected from zero to 120 days post hatching (dph). By histochemical and immunohistochemical techniques were detected neuro (NH) and adenohypophysis (AH). In 3 regions of AH, rostral (RPD), proximal (PPD) pars distalis and in pars intermedia (PI), eight producing hormones cell types are distinguished, being, in the RPD, ACTH and PRL producing cells; in PPD, GTH (FSH and LH), GH and TSH; and in the PI, MSH and SL. The first cells identified were prolactins at 1dph, in the beginning of the formation of the gland. NH differentiated at 3dph along with identification of ACTH, MSH, TSH and FSH producing cells. The identification of LH, SL and GH producing cells was possible at 5dph. At 20dph, there was a large increase in the pituitary, and it was observed the presence of the pituitary stalk. At 60 dph the pituitary showed a similar morphology to that observed in adults. The results of this research collaborate to knowledge of the hypothalamic-pituitary-gonadal axis in South American teleosts.
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Ontogenia e dimorfismo sexual nas espécies de guaribas vermelhos, gênero Alouatta lacépède, 1799 (Primates, Atelidae) / Ontogeny and sexual dimorphism in red howler monkeys, genus Alouatta lacépède 1799 (Primates, Atelidae)AVELAR, Áderson Araújo January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O dimorfismo sexual nas espécies de guaribas é bem conhecido em animais adultos. Sabe-se que em todas as espécies do gênero Alouatta os machos são consideravelmente maiores e mais pesados que as fêmeas. Entretanto, o dimorfismo sexual não é homogêneo em todas as espécies de guaribas, e A. seniculus é considerada a espécie mais dimórfica do gênero. Além disso, muito pouco se sabe a respeito da ontogenia do dimorfismo sexual nestas espécies. O propósito deste trabalho foi avaliar a ontogenia do dimorfismo sexual em cinco espécies de guaribas intimamente relacionadas: Alouatta seniculus, A. juara, A. macconnelli, A. puruensis e A. nigerrima, e estabelecer um método para a identificação de classes etárias mais precisas nestes animais. Foram mensuradas 25 variáveis cranianas e três do osso hióide de 329 espécimes, e foi examinada a coloração da pelagem de 192 indivíduos de todas as idades, para análises com enfoque ontogenético. Teste t de Student foi aplicado para a verificação de dimorfismo sexual nas classes etárias, e Análise da Função Discriminante (AFD) foi empregada para se observar a significância dos agrupamentos etários em relação às variáveis craniométricas. ANOVA, seguida do Teste de Tukey para comparação múltipla entre médias, foram aplicados para a verificação de crescimento das medidas cranianas dos adultos de A. macconnelli. O reconhecimento de cinco classes etárias entre os adultos foi feito através da avaliação do desgaste oclusal e do grau de fechamento das suturas cranianas. Embora reconhecíveis pelas características de desgaste oclusal e soldadura das suturas, não foi possível a distinção das classes etárias de adultos através de variáveis cranianas. Em todas as AFDs aplicadas aos conjuntos de adultos, as equações resultantes não demonstraram significância estatística. Nenhuma classe etária anterior à idade adulta apresentou dimorfismo sexual nas dimensões cranianas, e características sexualmente dimórficas só foram percebidas a partir da idade AD1. A espécie com maior grau de dimorfismo sexual foi A. macconnelli, e as características sexualmente dimórficas do crânio aparecem de forma mais precoce nesta espécie. Em comparação com A. macconnelli, A. nigerrima possui um número consideravelmente menor de variáveis sexualmente dimórficas na fase adulta. Isso pode sugerir diferenças no comportamento social desta espécie, já que o dimorfismo sexual é influenciado em grande parte pela competição entre os machos pelo acesso aos recursos e à cópula. A variável com maior índice de dimorfismo sexual foi o comprimento do canino, que nas fêmeas equivale a cerca de 60% do comprimento do canino dos machos. O dimorfismo sexual é intenso nas variáveis da região da face e do aparato mastigatório, enquanto que nas estruturas associadas ao neurocrânio essa diferença praticamente não existe, o que mostra que as pressões por dimensões maiores nos machos não afetam a região neural do crânio. Em A. macconnelli, há evidências de crescimento em dimensões cranianas depois de alcançada a fase adulta. Esse fato foi observado em sete variáveis das fêmeas e cinco variáveis dos machos. Isso pode ter conseqüências em estudos sistemáticos e populacionais que, por exemplo, utilizem amostras com crânios de diferentes classes de adultos. As diferenças ontogenéticas na coloração da pelagem são muito sutis, e normalmente estão relacionadas a processos de despigmentação em campos cromatogênicos específicos, apesar de haver muita variação do padrão mais freqüente. Essas variações têm, na maioria dos casos, origem individual. As alterações ontogenéticas na forma do crânio são mais intensas nos machos que nas fêmeas, e dão ao crânio dos machos um aspecto proporcionalmente mais estreito no sentido láterolateral, e mais achatado em sua altura. Os problemas de amostragem existentes foram agravados pelo procedimento de estratificação das amostras em classes sexuais e etárias, havendo prejuízo nas análises de várias classes etárias. / Sexual dimorphism in red howlers is relatively well documented for adult
specimens and in all species of the genus Alouatta adult males are larger than females.
However, sexual dimorphism among these species is not homogeneous and A. seniculus
is considered the more dimorphic species. Moreover, sexual dimorphism among non
adult ages is poorly known. The aim of this work is to evaluate the ontogeny of sexual
dimorphism in five closely related species of howler monkeys: Alouatta seniculus, A.
juara, A. macconnelli, A. puruensis, and A. nigerrima, and establish a method for
identification of more accurate age classes in these taxa. A total of 28 cranial and
hyoidean dimensions were extracted from 329 crania, and pelage color of 192 skins was
examined. Sexual dimorphism in each age class was verified using Student’s t Test, and
Discriminant Function Analysis (DFA) was employed to verify the consistence of the
age groups. Analysis of Variance (ANOVA), followed by Tukey’s pairwise
comparisons test, was applied to analyze growth in some adult cranial dimensions in A.
macconnelli. Five adult age classes were recognized through the evaluation of oclusal
wear and cranial suture closure; however, these classes were not recognized by cranial
dimensions only. Non adult age classes did not exhibit sexually dimorphic
measurements on cranium, and sexually dimorphic characters appeared at the first adult
age class. A. macconnelli was the more dimorphic species, and sexually dimorphic
characters arose earlier in this species. In contrast, A. nigerrima exhibited a smaller
number of sexual dimorphic characters, suggesting that differences in behavior of this
species play an important role on dimorphism development. Among all cranial
dimensions, the canine length was the most sexually dimorphic. In females, this
dimension ranged about 60% of that in males. The sexual dimorphism was not evident
in the neurocranium. In A. macconnelli, seven cranial dimensions in females and five in
males exhibited variation among the adult age classes. Ontogenetic differences in pelage
color were very subtle and refer to bleaching of chromatic fields in different degrees.
Ontogenetic modifications on the cranium are more intense in males than females,
leading to a narrower and more flattened cranium in adult specimens of the former.
Some age classes could not be tested for some species due to the inadequate number of
specimens in the collections analyzed.
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Respostas à deficiência hídrica relacionadas à ontogenia foliar em Guzmania monostachia (Bromeliaceae): variações do potencial hídrico e expressão de diferentes padrões do Metabolismo Ácido das Crassuláceas (CAM). / Responses to water deficiency related to foliar ontogeny in Guzmania monostachia (Bromeliaceae): water potencial variations and different patterns in the Crassulacean Acid Metabolism (CAM) expressionMancilha, Dioceni 05 December 2017 (has links)
O metabolismo ácido das crassuláceas (CAM) representa uma importante via de assimilação de carbono fotossintético, caracterizado pela fixação do CO2 atmosférico durante o período da noite, por meio da enzima fosfoenolpiruvato carboxilase (PEPC) e pelo acúmulo noturno de ácidos orgânicos. Nesse tipo de fotossíntese, os estômatos permanecem fechados durante a maior parte do dia e, consequentemente, propicia uma maior eficiência no uso da água quando comparado com plantas C3. Essa adaptação ecofisiológica permite às espécies CAM suportar alterações frequentes na disponibilidade de água no meio ambiente. Guzmania monostachia é uma bromélia epífita com tanque que apresenta a capacidade de alterar seu metabolismo fotossintético, passando de C3 a CAM, em resposta a condições ambientais estressantes, constituindo-se, portanto, num interessante modelo de estudo sobre plasticidade fisiológica. Algumas pesquisas anteriores do nosso laboratório mostraram que diferentes regiões foliares de G. monostachia podem desempenhar funções distintas em resposta à escassez hídrica. Foi visto que a expressão do CAM ocorreu com intensidades diferentes ao longo do comprimento foliar, sendo mais pronunciada na região apical. Um possível direcionamento da água da região basal para apical foi hipotetizado ocorrer, de forma que mesmo em situações de curta restrição hídrica (7 dias), a quantidade de água nos tecidos da porção apical permaneceu praticamente constante. Levando em consideração esses resultados prévios, a presente pesquisa teve como objetivo principal caracterizar o padrão de expressão do CAM nas folhas de diferentes estágios ontogenéticos (folhas jovens, intermediárias e maduras), bem como em suas porções, relacionando com as possíveis variações no estado hídrico durante a imposição da restrição no fornecimento de água por um período de até oito dias. E investigar se as variações do potencial hídrico foliar seriam decorrentes de alterações no acúmulo de ácidos orgânicos e/ou açúcares solúveis nas diferentes porções foliares e nas folhas em diferentes estágios do desenvolvimento. Para tanto, plantas de G. monostachia tiveram a rega suspensa durante oito dias e, posteriormente, elas foram reidratadas por dois dias consecutivos. As coletas foram realizadas nas seguintes condições experimentais: 1) sem suspensão de rega, ou seja, as plantas foram mantidas bem hidratadas (controle), 2) com suspenção de rega por 1, 4 e 8 dias e 3) com retorno à rega após o período de seca (2 dias de reidratação). Amostras de folhas em diferentes fases de desenvolvimento (jovens, intermediárias e adultas) foram divididas em três porções ápice, mediana e base para determinação do potencial hídrico, conteúdo relativo de água e abertura do poro estomático, além dos ensaios da atividade enzimática da PEPC, quantificação de açúcares solúveis e do acúmulo noturno de ácido málico. Os resultados demonstraram que as regiões apical e mediana de todas as folhas pertencentes aos diferentes estágios de desenvolvimento da roseta expressaram o CAM, quando submetidas a uma situação de restrição hídrica por no mínimo quatro dias. A porção apical foi a que apresentou os parâmetros indicativos desse metabolismo de forma mais intensa. Além disso, com a imposição à seca, a transição entre o metabolismo C3 para o CAM clássico parece ocorrer até o quarto dia de suspenção de rega, com abertura dos estômatos predominantemente no período da noite e, ao estender o período de escassez hídrica para oito dias, foi possível observar a transição para o CAM do tipo idling, isto é, com fechamento estomático diuturnamente. Observou-se também, uma redução gradual do potencial hídrico ao longo do período de exposição à seca, principalmente no ápice de folhas de diferentes estágios ontogenéticos. Além disso, o ápice das folhas de todos os grupos ontogenéticos e, em especial, as folhas jovens (incluindo as porções mediana e basal) foram os que não apresentaram redução do conteúdo hídrico durante o tratamento de seca por oito dias. Entretanto, a partição de açúcares solúveis foi alterada, de forma que a porção da basal, a qual inicialmente mantinha as maiores quantidades de carboidratos, apresentou reduções significativas no conteúdo de frutose e glicose com o prolongamento da seca para 8 dias. Já a porção apical, teve um comportamento inverso. Esses resultados sugerem que o tratamento de déficit hídrico pode desencadear um ajuste osmótico tanto nos diferentes grupos foliares da roseta quanto no limbo foliar, direcionando, preferencialmente, o transporte da água às folhas jovens e ao ápice das folhas de diferentes idades. Com a retomada da rega, após um período de déficit hídrico de oito dias, notou-se que apenas dois dias de rega normalizada foram suficientes para que o conteúdo hídrico fosse totalmente recuperado. No entanto, a partição de açúcares solúveis entre as folhas da roseta, não apresentou um padrão semelhante ao controle (plantas bem hidratadas). O metabolismo fotossintético também não foi revertido de CAM para C3, sugerindo ser necessário um período maior de reabastecimento de água no tanque / Crassulacean acid metabolism (CAM) is a photosynthetic CO2 fixation pathway that evolved in some plants. It is characterized by the fixation of atmospheric CO2 during the night, by the enzyme phosphoenolpyruvate carboxylase (PEPC) and nocturnal organic acid accumulation. In a plant using CAM, the water use efficiency is maximized because the stomata remain closed during daytime and open at night when the relative humidity of the air is higher. Guzmania monostachia, an epiphytic bromeliad, is an interesting plant model because it presents the ability to change its photosynthetic metabolism, from C3 to CAM, in response to stressful environmental conditions. Previously studies demonstrated that different leaf regions of G. monostachia performed distinct functions in response to water stress. In addition, CAM expression was more pronounced in the apical region. Even in situations of water restriction for 7 days, the amount of water in the tissues of the apical portion remained almost constant. Then, the present study hypothesized that the water may be transported from the base to the apex. The present study aimed at characterize the CAM expression pattern in leaf blade and among different foliar groups (younger, intermediate and older leaves), relating them to variations in water status during suspension irrigation for a period of up to eight days. In addition, the present study investigated if the possible variations of the water leaf potential would be due to changes in the accumulation of organic acids and/or soluble sugars in different leaf portions at different foliar ontogenetic groups. Three experimental conditions were carried out: 1) well-watered condition (control), 2) under suspension irrigation (for 1, 4 and 8 days) and 3) rewatered treatment, after drought period (watered daily for two days). Leaf samples of different foliar groups (younger, intermediate and older) were divided into three portions (apex, middle and base) for determination of water potential, relative water content, stomatal aperture, PEPC activity, quantification of soluble sugars and nocturnal malate accumulation. Results indicated that apical and middle portions of all the leaves belonging to different foliar groups of the rosette expressed CAM when watering was suspended for at least four days. The apical portion displayed the most intense parameters indicative of CAM expression. In addition, with drought imposition, the transition from C3 metabolism to classic CAM appears to occur up to the fourth day of irrigation suspension, with stomatal aperture during nighttime. When extending the period of water shortage for eight days, the establishment of a typical CAM-idling pathway, with stomatal closure during day and night, was verified It was also observed a gradual reduction of water potential, during the period of exposure to drought, mainly at the apical of leaves of different foliar groups. At the apex of all foliar ontogenetic groups, and especially the younger leaves (including the middle and basal portions) were those that did not present reduction of water content during the drought treatment for eight days. However, the partition of soluble sugars was altered, so that the basal portion, which initially maintained the highest carbohydrate levels, showed significant reductions in the fructose and glucose content with prolongation of the drought for 8 days. The apical portion had the opposite behavior. These results suggest that drought treatment can trigger an osmotic adjustment both in the different leaf ontogenetic groups of the rosette and of the leaf blade. In this way, the water transport preferably favors the younger leaves and the apical of the different leaf developmental stages. After a period of water deficit, the plants were rehydrated (for two days) and the water content was fully recovered. However, the partition of soluble sugars along the rosette leaves did not present a pattern similar to that observed before of the beginning of the hydration interruption. The photosynthetic metabolism was also not reversed from the CAM to C3, suggesting that a longer tank replenishment period is necessary
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Abundância, distribuição e caraterização morfológica de larvas de Atherinella brasiliensis (Atherinopsidae,Atheriniformes) no estuário do rio Jaguaribe,Pernambuco, BrasilFRANÇA, Elton José de 28 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study presents information about Atherinella brasiliensis larvae from the Jaguaribe river estuary, located in the northern coast of the state of Pernambuco, northeastern Brazil. Its objective was to characterize the abundance and distribution of larvae, along with a description of their external morphology and morphometric data. Ichthyoplankton samples were taken monthly, from April 2001 to April 2002, through surface towing of a 500μm conical-cylindrical plankton net, at six different sampling stations. Temperature and salinity average values ranged, respectively, from a minimum of 17.44 and 27.26ºC in January and June, to a maximum of 37.73 and 29.90oC in December and April. A total density of 258.04 larvae.10m-3 was recorded throughout the study period, 94.23% of which were in the preflexion stage. Higher larvae densities were recorded in October, January and March, and lower in September. Among stations, higher densities were recorded in the upper reaches of the estuary, which presented low and quiet waters. A. brasiliensis larvae hatch with an average standard length (SL) of 1.4mm. In the preflexion stage, the body is envolved by a finfold, beginning just behind the head, and four dendritic chromatophores are present on top of the head. The flexion stage begins with a SL of 3.8mm, dorsal and anal fins present pterigyophores and the mouth is terminal, but somewhat upward orientated. With 4.7mm SL, the larva is at the end of the flexion stage and beginning of postflexion. In the postflexion stage, an ossification of dorsal and anal fin rays is evident, as well as the pelvic buds and darkening of lateral pigmentation. With approximately 12.0mm SL, all fins are formed, and the second dorsal one is the last to be formed, being located posterior to the anal. The juvenile stage begins at approximately 15mmSL. In this stage, A. brasiliensis present the anal fin located at the body midpoint, and the posterior end of pectorals surpasses the pelvic fin origin, which is located at an equal distance from the pectoral and anal fins’ origins. Scales are clearly visible at the dorso-lateral region, behind the head. The results indicate most of the species life cycle takes place in the estuary, it presents multiple spawning, and initial recruitment occurs in January and March. The morphological features herein described allow the identification of its larvae, together with an adequate differentiation from hemiramphids and other atheriniform species. / O presente trabalho apresenta informações sobre larvas de Atherinella brasiliensis, no estuário do rio Jaguaribe, localizado no litoral norte do estado de Pernambuco. O mesmo teve como objetivo, caracterizar a abundância e distribuição de larvas desta espécie, bem como, caracterizar o seu desenvolvimento inicial, através da descrição de sua morfologia externa e aspectos morfométricos. Foram realizadas coletas mensais de ictioplâncton, no período de abril de 2001 a abril de 2002, através de arrastos horizontais na superfície, com rede de plâncton cônico-cilíndrica, de malha de 500 μm, em seis diferentes estações de amostragem. Os valores médios de salinidade e temperatura registrados foram menores nos meses de janeiro e junho, com 17,44 e 27,26 ºC, e os maiores nos meses de dezembro e abril, com 37,73 e 29,90ºC, respectivamente. Uma densidade total de 258,04 larvas.10m-3 foi registrada para todo o período, sendo 94,23% delas representadas pelo estágio de pré-flexão. As maiores ocorrências de larvas foram registradas nos meses de outubro, janeiro e março, e a menor em setembro. Dentre as estações, as maiores densidades foram registradas na porção superior do estuário, a qual apresentou águas calmas e rasas. Larvas de A. brasiliensis eclodem com comprimento padrão (CP) médio de 1,4mm. No estágio de pré-flexão, a larva apresenta o corpo revestido por membrana embrionária, que se inicia logo atrás da cabeça e a larva apresenta quatro cromatóforos dendríticos sobre a cabeça. O estágio de flexão inicia-se com CP de aproximadamente 3,8mm, as nadadeiras dorsal e anal já evidenciam a presença de pterigióforos e a bocaassume uma posição terminal, sendo esta ligeiramente inclinada para cima. Com CP médio de 4,7mm, a larva encontra-se no estágio final da flexão e início da pós-flexão. No estágio de pós-flexão, apresenta uma maior ossificação dos raios das nadadeiras dorsal e anal, já apresentando também o botão da nadadeira pélvica e um adensamento da pigmentação lateral. Com aproximadamente 12,0mm de CP, a larva apresenta todas as nadadeiras formadas, sendo a primeira nadadeira dorsal a última a passar pelo processo de ossificação, estando localizada em posição posterior à anal. O estágio juvenil tem inicio com CP de aproximadamente 15mm. Nesta fase, A. brasiliensis apresenta a nadadeira anal localizada na porção mediana do corpo e a margem posterior das peitorais ultrapassa a origem das pélvicas, sendo estas últimas localizadas no ponto médio entre as origens das nadadeiras peitoral e anal. Na região dorso-lateral, próximo à cabeça, é possível visualizar escamas. Os resultados indicam que a espécie tem boa parte do seu ciclo de vida ocorrendo no estuário e que a mesma apresenta desova do tipo parcelada. O seu principal período de recrutamento ocorre nos meses de janeiro a março e as características morfológicas aqui descritas permitem uma adequada identificação de suas larvas, bem como sua diferenciação daquelas da família Hemiramphidae e de outras espécies de Atheriniformes.
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Ontogenia do peixe de quatro olhos Anableps anableps: adaptações ósseas e oculares para a visão simultânea aérea e aquáticaPEREZ, Louise Neiva 30 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A evolução e desenvolvimento dos olhos tem intrigado cientistas por séculos. Além da perda parcial ou completa dos olhos, poucos vertebrados apresentam uma modificação substancial na morfologia do olho. Um exemplo é o peixe de quatro olhos (Anableps anableps). Esta espécie pode ser encontrada desde o Golfo de Paria na Venezuela até o Delta do Parnaíba no Brasil, apresenta fecundação interna e se reproduz continuamente ao longo do ano. O peixe de quatro olhos é um modelo interessante para o estudo de inovações morfológicas no contexto de evolução e desenvolvimento (Evo-Devo) por apresentar algumas estruturas oculares divididas, como córneas e pupilas. A retina é uma estrutura única dividida em duas regiões, dorsal (recebe informações luminosas aquáticas) e ventral (recebe informações luminosas aéreas). Estas características permitem que esses animais acomodem a visão aérea e aquática simultaneamente. O presente estudo teve como objetivo a descrição ontogenética dos estágios de desenvolvimento da espécie Anableps anableps, e a descrição morfológica e molecular da retina durante o processo de desenvolvimento ocular. Foram descritos seis estágios larvais. Os dois primeiros estágios, não apresentavam as córneas e pupilas divididas, e a partir do estágio 3, é possível observar o inicio da divisão. Também foi descrito o desenvolvimento e a expansão do osso frontal. O aparecimento do osso frontal também ocorre no estágio 3. Foi identificado o aparecimento de um septo inter-orbital cartilaginoso, a partir do estágio 4 de desenvolvimento ocular. Observou-se que no inicio do desenvolvimento da retina, as células ainda não estão organizadas, não sendo possível distinguir as camadas da retina. Durante o desenvolvimento é possível observar as camadas se organizando, foi possível identificar que a camada nuclear externa dorsal é menos densa que a camada nuclear interna ventral. O padrão de proliferação celular foi descrito em três estágio do desenvolvimento, antes e durante a divisão ocular, sendo observado na zona marginal ciliar. A proliferação celular é mais acentuada no inicio do desenvolvimento ocular e no estágio 5 de desenvolvimento, a quantidade de células em proliferação celular diminui. Os resultados deste trabalho irão elucidar a base genética das mudanças morfológicas presentes neste gênero. / The evolution and development of the eye has intrigued developmental biologists for centuries. Aside from partial or complete loss, few vertebrates display substantial modifications to the eye morphology. One example is the Four-eyed fish (Anableps anableps). This species is commonly found from Gulf of Paria in Venezuela to Delta of Parnaíba and reproduces throughout the year. The four-eyed fish consists in a unique model system to study eye Evo-Devo due to its distinctive feature of having divided eye structures, such as pupils and cornea. The retina is a unique structure divided into two regions, dorsal (receives aquatic luminous information) and ventral (receives aerial luminous information). The aim of this study was to describe larval stages of this species, and morphological and molecular description of the retina during eye development. Six larval stages were described. The two earlier stages did not split the cornea and pupil, and from stage three, it is possible to observe this division. It was also described the development and expansion of the frontal bone. The appearance of the frontal bone begins at stage three of development. It has been identified the appearance of an inter-orbital septum cartilaginous, starting four stage of the ocular development. It was observed that the early development of the retinal cellular layers are disorganized and is not possible to distinguish between them, but later during development, these layers become organized, with ventral outer nuclear layer thicker than the dorsal one, and the dorsal inner nuclear layer is thinner than the ventral. The pattern of retinal cell proliferation has been described in three stages of development, before and during ocular division. It was observed that the proliferation is greater at the beginning of the larval development and decreases on later stages. The result of this study will shed light on the molecular basis of this innovative feature.
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Germinação in vitro, ontogenia de gemas radiculares e brotos adventícios de Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes - Rubiaceae / In vitro germination ontogeny of the root adventitious buds and adventitious shoots of the Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes - RubiaceaeSilva, Maurecilne Lemes da 06 March 2003 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-10-11T18:41:38Z
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Previous issue date: 2003-03-06 / Psychotria ipecacuanha (Rubiaceae) é uma espécie medicinal conhecida como poaia ou ipeca, cujo uso está relacionado à presença dos alcalóides encontrados em suas raízes, sendo os principais emetina, cefalina e psicotrina, que são freqüentemente utilizados no combate da hepatite e disenteria amebiana. Os objetivos do trabalho foram: estabelecer um protocolo para a germinação in vitro de sementes; caracterizar a reprodução vegetativa e os aspectos morfogênicos na produção de gemas adventícias; e regenerar plantas a partir de hipocótilo de P. ipecacuanha. Fragmentos radiculares foram cultivados em meio hidropônico, em solução de Hoagland e em água destilada, com presença ou ausência de 2 mg L -1 de 6-benzilaminopurina. Verificou-se nestes tratamentos que a maior produção de gemas ocorreu em solução de Hoagland. A adição de BAP ao meio (2 mg L -1 ) resultou no decréscimo do número de gemas. In vivo, a produção de gemas adventícias na raiz está associada com injúrias mecânicas e perda parcial da parte aérea. Na análise anatômica do caule de P. ipecacuanha destaca-se um felogênio originando a partir de células epidérmicas e subepidérmicas. As raízes adventícias não apresentam medula e se originam na porção dos entre-nós caulinares prostados ao solo. As gemas adventícias radiculares, formam-se a partir dos meristemóides resultantes da divisão, em vários planos, das células do felogênio. As gemas radiculares em P. ipecacuanha foram classificadas como reparativas e desenvolveram-se assincronicamente. Uma alta taxa de germinação (84,17 %) foi obtida pelo cultivo in vitro de sementes de P. ipecacuanha, com ausência de tegumento, em meio de MS na metade da concentração de sais (MS 1⁄2) com ausência de reguladores de crescimento. A obtenção desses valores pode ser atribuída à remoção da barreira para a embebição representada pelo tegumento, ao potencial osmótico do meio de cultura e as condições ambientais adequadas . As plântulas obtidas foram submetidas a tratamentos com ácido giberélico (GA 3 ) em dois estádios de desenvolvimento. A concentração de 3 mg L -1 GA 3 não influenciou efetivamente o crescimento das plântulas. Hipocótilos com polaridade invertida e segmentos de hipocótilos foram inoculados em meio MS, suplementado com concentrações de BAP (0, 1, 2 e 3 mg L -1 ). A utilização de concentrações mais baixas do regulador induziu maior produção de brotos adventícios. A organogênese nos hipocótilos ocorreu de forma direta. Os brotos adventícios produzidos em hipocótilos com polaridade invertida apresentaram-se mais vigorosos, quando diferenciados fora do meio de cultivo. A indução da rizogênese nas brotações foi eficiente nas concentrações de 1,5 e 3,0 mg L -1 de AIB. / Psychotria ipecacuanha (Rubiaceae) is a medicinal species known as poaia or ipeca, which use is related with alkaloids found in its roots, mainly emetin, cephaelin and psychotrin, and frequently used in the treatment of hepatitis and amoebiasis. The species undergoes slow growth and low seed germination, which rendered the vegetative reproduction the main propagation strategy. The goals of this work were: to characterize P. ipecacuanha vegetative reproduction and morphogenic aspects of adventitious bud production; analyze in vitro seed germination and to regenerate plants from hypocotyl explants. Root segments were cultured in Hoagland solution, in which higher number of adventitious buds was observed. The addition of 2 mg L -1 BAP to this solution resulted in a decrease in the number of buds. In vivo, adventitious bud production in the root system is associated with mechanical injuries and to the partial loss of the aerial part. On stem anatomical analysis, attention is drawn to a phellogen originated from epidermical and sub-epidermical cells in the region of adventitious roots emission. The adventitious roots did not display pith and were localized in the stem internodes prostrated in the soil surface. The root adventitious buds formation began with the division in several planes of the phellogen cells, resulting in the meristemoids formation. The buds in the P. ipecacuanha roots are classified as reparative and arise assynchronically. A high germination index (84.17%) was obtained by culturing seeds without the tegument on half- strength MS medium and no growth regulator added. Seedlings were submitted to giberellic acid (GA 3 ) treatment in two developmental stages. GA 3 3 mg L - did not influence the seedling growth. Subsequently, hypocotyls with inverted polarity were transferred to MS medium, supplemented with different BAP concentrations (0, 1, 2 and 3 mg L -1 ). The use of lower concentrations of this regulator led to higher production of adventitious shoots. Direct organogenesis was observed in the hypocotyl explants. This was validated by anatomical analysis, which also permitted the description of the main morphogenic events in the adventitious shoot ontogenesis in P. ipecacuanha hypocotyls. The shoots, from inverted polarity hypocotyl, were more vigorous when they were differentiated out the culture medium. Nevertheless, higher production of adventitious shoots was observed in the hypocotyl segments than in the inverted polarity hypocotyls. Additionally, rooting induction was efficient at 1.5 and 3.0 mg L -1 IBA. / Dissertação importada do Alexandria
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