• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 140
  • 137
  • 14
  • 12
  • 11
  • 6
  • 6
  • 6
  • 4
  • 2
  • 2
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 402
  • 365
  • 346
  • 133
  • 132
  • 129
  • 65
  • 63
  • 60
  • 53
  • 40
  • 37
  • 35
  • 34
  • 33
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
331

Preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental em grupo de tempo limitado no transtorno obsessivo-compulsivo

Raffin, Andrea Litvin January 2007 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) possui freqüentemente curso crônico, incapacitando cerca de 10% dos seus portadores. Os sintomas interferem de forma acentuada na vida do paciente, alterando suas rotinas e causando incompreensão dos familiares e daqueles que convivem com ele. A terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) é um tratamento eficaz, reduzindo os sintomas do TOC em mais de 70% dos portadores, sendo que ao redor de 27% obtêm remissão completa dos sintomas. Entretanto, cerca de 30% não obtêm nenhuma melhora. Conhecer as razões pelas quais esses pacientes não melhoram e identificar os fatores preditores associados ao aproveitamento ou não da terapia poderia auxiliar em uma melhor compreensão do TOC, numa melhor indicação do tratamento e no desenvolvimento de estratégias que incrementem sua eficácia. O presente estudo foi realizado com 181 pacientes com TOC, que cumpriram um programa de TCCG de 12 sessões semanais de 2 horas, entre outubro de 1999 e dezembro de 2006, no Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tinha como objetivo verificar, em pacientes portadores de TOC, a existência de fatores preditores da resposta à TCCG.Os pacientes foram avaliados antes, durante e ao final do tratamento com os seguintes instrumentos: Y-BOCS, Y-BOCS chek-list, CGI, WHOQOL-BREF. Foi utilizada uma entrevista clínica estruturada com a finalidade de colher dados sobre os sintomas do paciente, histórico da doença, tratamentos anteriores e estabelecimento do diagnóstico do TOC de acordo com o DSM-IV-TR. Também foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, status ocupacional, uso de medicação e critérios deinclusão na pesquisa. A entrevista foi complementada pelo MINI (International Neuropsychiatric Interview) para verificar a presença de comorbidades. Considerou-se como “resposta” a redução no mínimo de 35% nos escores da Y-BOCS e uma pontuação na CGI “normal” ou “limítrofe para doença” do pós para o pré-tratamento. O estudo pretende verificar se as seguintes variáveis: sexo, idade do paciente no início do tratamento, tempo de duração da doença, idade de início da doença, situação conjugal, nível de instrução, situação ocupacional, tipo de início da doença, curso, intensidade dos sintomas do TOC no início do tratamento, juízo crítico, história familiar, tipos de sintomas, uso de medicação específica para o TOC concomitante à TCCG estão associadas ou não com a resposta ao tratamento. Para avaliar a associação entre as variáveis categóricas à resposta ao tratamento, foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson. Nas variáveis dicotômicas foi aplicada a correção de Yates. Para avaliar as variáveis quantitativas em relação às categorias de resposta ao tratamento, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. As variáveis que obtiveram um nível descritivo amostral (valor p) menor do que 0,25 foram inseridas no modelo de regressão logística múltipla.Fatores associados com uma melhor resposta à TCCG: sexo feminino (p=0,074); melhor juízo crítico acerca dos sintomas da doença (p=0,017); melhor qualidade de vida antes do início do tratamento: domínio físico (p=0,039), domínio psicológico (p<0,001), domínio ambiental (p=0,038), domínio social (p=0,053). Fatores associados com piores resultados: maior gravidade global da doença no início do tratamento, avaliada pela CGI (p=0,007); maior número de comorbidades associadas ao TOC (p=0,063); presença de fobia social (p=0,044) e distimia (p=0,072); presença de compulsão de repetição (p=0,104).Numa segunda etapa da análise estatística, incluiu-se no modelo todas as variáveis que na primeira fase haviam apresentado associação com os resultados. As variáveis que na análise de regressão logística múltipla permaneceram associadas significativamente foram: sexo feminino (ORAjustado=2,58; p=0,021); domínio psicológico da WHOQOLBREF (ORAjustado=1,05; p=0,011); juízo crítico (ORAjustado=2,67; p=0,042) e CGI-gravidade antes do inicio da terapia (ORAjustado=0,62; p=0,045). Embora alguns fatores relacionados com a resposta ao tratamento tenham sido identificados, poder prever quais os pacientes irão aproveitar a terapia e quais não irão se beneficiar é uma questão em aberto e está longe de ser esclarecida. As razões para essas dificuldades podem estar relacionadas à heterogeneidade do TOC e das amostras utilizadas nos diferentes estudos, além da falta de padronização das técnicas psicoterápicas utilizadas. Por fim, é possível que fatores não-específicos relacionados com a pessoa do terapeuta, com a qualidade da relação terapêutica, além da motivação e capacidade de tolerar frustração por parte do paciente possam exercer um papel importante que não tem sido avaliado pelas pesquisas. / Obsessive-compulsive disorder (OCD) frequently is a chronic disorder that incapacitates about 10% of patients. Symptoms severety affect the life of patients, change their routines and cause misunderstandings with family and all those that have contact with the patient. Group cognitive-behavioral therapy (GCBT) in 12 two-hour weekly sessions is an efficient treatment that reduces OCD symptoms in over 70% of the patients and results in complete remission of symptoms in 27%. However, about 30% of the patients do not show any improvement. The knowledge of reasons why these patients do not improve and the identification of factors associated with these different therapy outcomes may help to understand OCD better, and may inform treatment indications and the development of strategies to increase its efficacy. This study included 181 patients with OCD treated with 12 session of GCBT from October 1991 to December 2006 at the Anxiety Disorders Program (Programa dos Transtornos de Ansiedade – PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Brazil. The purpose of this study was to investigate predictors of response to GCBT.The following instruments were used to evaluate patients before and at the end of the treatment: Y-BOCS, Y-BOCS checklist, CGI, WHOQOL-BREF. Evaluation was conducted by means of a structured clinical interview to collect data about the patient’s symptoms, disease history, previous treatments, and OCD diagnosis according to DSM-IVTR (APA, 2002). Demographic and socioeconomic data, occupational status, use of medication and criteria for inclusion in the study were also recorded. The interview wascomplemented with the MINI (International Neuropsychiatric Interview) to investigate comorbidities. Response criteria were: >35% reduction in Y-BOCS scores and normal or borderline CGI scores at post-treatment evaluation. The study investigated the possible association of the following variables with response to treatment: sex, age at beginning of treatment, disease duration, age at onset, marital status, education, occupation, type of disease onset, disease course, intensity of OCD symptoms at beginning of treatment, insight, family history, types of symptoms, and use of antiobsessional medications during GCBT. The Pearson chi-square test was used to evaluate the association between categorical variables and response to treatment. Yates correction was performed for dichotomous variables. The Student t test for independent samples was used to evaluate quantitative variables in relation to categories of response to treatment. Variables that achieved a p value lower than 0.25 were included in the initial logistic regression model, which evaluated the predictors of response to treatment and also controlled for possible confounding variables. The following factors showed associations with response to GCBT: women had greater odds of responding to treatment (p=0.074); better insight into disease symptoms was associated with better results (p=0.017); better quality of life before the beginning of treatment was also associated with better results (physical domain: p=0.039; psychological domain: p<0.001; environmental domain: p=0.038; social domain: p=0.053); patients with greater global severity of disease according to CGI had worse results (p=0.007); a greater number of associated comorbidities (p=0.063), social phobia (p=0.044) and dysthymia (p=0.072) were associated with poorer results; repeating compulsion was also associated with lower odds of responding to treatment (p=0.104).In the second stage of statistical analysis, all variables associated with results in the first analysis were included in the multivariate model, and the variables that retained significance were: female sex (ORAdjusted=2.58; p=0.021); WHOQOL-BREF psychological domain (ORAdjusted=1.05; p=0.011); insight (ORAdjusted=2.67; p=0.042) and CGI-severity before GCBT (ORAdjusted=0.62; p=0.045). Although we identified some factors associated with response to treatment, predicting which patients will benefit from therapy and which will not is still an open question. The reasons for such different outcomes may be associated with the heterogeneity of OCD and of the samples used in different studies, as well as with the lack of standardization of the psychotherapeutic techniques used. Finally, unspecific factors not associated with the person of the therapist, the quality of the therapeutic relationship, and the patient’s motivation and tolerance to frustration may play an important role that remains to be evaluated.
332

Potencialização de inibidores da recaptura de serotonina com N-acetilcisteína no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo resistente: estudo duplo-cego e controlado / Serotonin reuptake inhibitor augmentation with N-acetylcysteine in treatment-resistant obsessive-compulsive disorder: a double blind and controlled trial

Daniel Lucas da Conceição Costa 28 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) apresenta prevalência ao longo da vida ao redor de 2%. O tratamento farmacológico de primeira linha para o TOC é feito com inibidores da recaptura de serotonina (IRS). Aproximadamente metade dos pacientes tratados adequadamente com um IRS não apresenta resposta satisfatória. Resultados de estudos de neuroimagem, genéticos e de análise do líquido cefalorraquidiano de portadores de TOC sugerem o envolvimento da disfunção da atividade glutamatérgica na fisiopatologia do TOC. Medicamentos com efeito modulador da atividade glutamatérgica vem sendo testados em pacientes com TOC e alguns deles mostraram-se eficazes. A N-Acetilcisteína (NAC) é um agente modulador da atividade glutamatérgica e antioxidante. Este estudo tem como objetivo principal testar a eficácia da potencialização de IRS com NAC, em comparação com placebo, em pacientes com TOC resistente ao tratamento. MÉTODOS: Estudo duplo cego, randomizado e controlado com placebo, com duração de 16 semanas, conduzido num ambulatório especializado de um hospital terciário (maio/2012 - outubro/2014). Critérios de inclusão: 18-65 anos; diagnóstico principal de TOC, de acordo com os critérios do DSM-IV; falha terapêutica a pelo menos um tratamento farmacológico adequado para o TOC; escore inicial da escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) >= 16 ou >= 10, se apenas compulsões; e gravidade inicial do TOC pelo menos moderada, de acordo com a escala de gravidade da Impressão Clínica Global. Os medicamentos em uso no momento da randomização foram mantidos nas mesmas doses. A intervenção consistiu na associação de NAC (até 3000 mg/dia) ou placebo. Avaliações cegas foram realizadas antes e ao final da intervenção. Utilizamos como desfecho primário os escores da Y-BOCS. Utilizamos análise de variância não-paramétrica para medidas repetidas. Como desfechos secundários, consideramos a redução dos escores iniciais dos Inventários de Depressão e Ansiedade de Beck, da Y-BOCS Dimensional e da Escala Brown de Avaliação de Crenças. Registro do estudo: clinicaltrials.gov identifier: NCT01555970. RESULTADOS: Foram realizadas 145 consultas de triagem, 129 indivíduos preencheram os critérios de inclusão, 40 foram randomizados (NAC até 3000 mg/dia, n= 18; placebo, n= 22), 39 iniciaram a intervenção e 35 terminaram o estudo. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à taxa de perda (NAC: 1 em 17 [5,9%]; placebo: 3 em 22 [13,6%]; ?2 = 0,63; P= 0,43). Todos os indivíduos melhoraram significativamente ao longo do tempo, de acordo com a redução do escore da Y-BOCS, mas não houve diferenças significativas entre os grupos (NAC: 25,6 [DP= 4,4] para 21,3 [DP= 8,1]; placebo: 24,8 [DP= 3,8] para 21,8 [DP= 6,0]; F= 0,33; P= 0,92). A associação com NAC foi superior ao placebo em relação à melhora da gravidade dos sintomas ansiosos, indicada pela redução do escore do Inventário de Ansiedade de Beck (média [DP]: NAC= 7,8 [11,7]; placebo: -0,55 [7,9]; U= 89; P= 0,02). Não houve diferenças significativas entre os grupos quanto à melhora dos sintomas depressivos, das diferentes dimensões de sintomas de TOC e do nível de insight. CONCLUSÕES: A potencialização de IRS com NAC foi superior ao placebo em relação à melhora da gravidade dos sintomas ansiosos. Entretanto, não houve diferença entre os grupos na melhora da gravidade dos sintomas do TOC / INTRODUCTION: Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a debilitating psychiatric disorder with a lifetime prevalence of 2-3%. Treatment guidelines recommend serotonin reuptake inhibitors (SRIs) as the first-line pharmacological treatment for OCD. However, approximately half of patients treated with an adequate trial of SRIs fail to fully respond to treatment. OCD is associated with hyperactivity in cortical-striatum-thalamus-cortical (CSTC) circuits. Cortico-striatal and thalamo-striatal afferents use the excitatory neurotransmitter glutamate, and there is evidence suggesting abnormal glutamate levels and/or homeostasis in OCD patients. Researchers have been testing glutamate-modulating medications in OCD, with some evidence for efficacy. N-Acetylcysteine (NAC), a glutamate-modulating agent, is being considered as an add-on strategy for treatment-resistant OCD. The main objective of this study was to determine if NAC is effective in treatment-resistant OCD patients after 16 weeks of SRI augmentation. METHODS: We conducted a randomized, double blind, placebo-controlled, 16-week trial in an OCD-specialized outpatient clinic at a tertiary hospital (May 2012-October 2014). Inclusion criteria: age between 18-65 years; DSM-IV primary diagnosis of OCD; failure to respond to at least one previous adequate pharmacological treatment for OCD; baseline Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS) global score >= 16 or >= 10 if only compulsions are present; OCD symptoms of at least moderate severity on the Clinical Global Impression-Severity subscale. Medications in use at randomization were maintained at the same dose. Assessments were conducted at baseline and end of the study. The primary outcome measure was the Y-BOCS scores. To evaluate the variables group, time, and interaction effects for Y-BOCS scores at all time points, we used nonparametric analysis of variance (ANOVA) with repeated measures. The secondary outcomes were the mean reduction of the baseline Beck Anxiety and Depression Inventories, Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale and Brown Assessment of Beliefs Scale scores. Trial registration: clinicaltrials.gov identifier NCT01555970. RESULTS: We assessed 145 patients for eligibility, 129 were eligible, 40 were randomized (NAC up to 3000 mg/day, n= 18; placebo, n= 22), 39 initiated the intervention and 35 completed the trial. Dropout did not significantly differ by treatment group (NAC: 1 of 17 [5.9%]; placebo: 3 of 22 [13.6%]; ?2 = .63; P= .43). Both groups significantly improved over the 16 weeks, as indicated by the reduction of baseline Y-BOCS scores, but there were no significant differences between groups (NAC: 25.6 [SD= 4.4] to 21.3 [DP= 8.1]; placebo: 24.8 [SD= 3.8] to 21.8 [SD= 6.0]; F= .33; P = .92). Adding NAC to SRI was superior to placebo in improving anxiety symptoms, as measured by the reduction of baseline Beck Anxiety Inventory score (mean [SD]: NAC= 7.8 [11.7]; placebo: -.55 [7.9]; U= 89; P= .02). There were no significant differences between groups in regards to the improvement of depressive symptoms, different dimensions of OCD symptoms and insight level. CONCLUSIONS: NAC augmentation of SRI was more effective than placebo in reducing the severity of anxiety symptoms in this sample of treatment-resistant OCD individuals. However, it was not better than placebo in reducing OCD severity
333

Características neuropsicológicas no transtorno obsessivo compulsivo e seu impacto na resposta ao tratamento / Neuropsychological features in obsessive compulsive disorder and its impact on response to treatment

Carina Chaubet D'Alcante 10 March 2010 (has links)
Estudos prévios avaliando domínios neuropsicológicos, especialmente funções executivas, indicam a presença de déficits em portadores do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). No entanto, achados neste sentido são muitas vezes contraditórios. Estas divergências podem, em parte, ser explicadas a partir de limitações metodológicas como pareamento inadequado de pacientes e controles e o uso de medicamentos no momento da avaliação neuropsicológica. Este estudo teve os seguintes objetivos: 1) verificar o funcionamento neuropsicológico, especialmente das funções executivas, de pacientes portadores de TOC sem tratamento prévio comparados a controles normais; 2) identificar fatores neuropsicológicos preditivos de resposta a tratamento com terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) ou fluoxetina. Pacientes portadores de TOC (n=50) foram pareados com controles saudáveis (n=35) por gênero, idade, escolaridade, nível socioeconômico e lateralidade manual. Estes foram avaliados a partir de uma bateria neuropsicológica investigando: quociente intelectual, funções executivas, memória verbal e não verbal, habilidades sociais e funções motoras. Os pacientes portadores de TOC foram alocados em dois subgrupos: 26 foram submetidos a tratamento medicamentoso com fluoxetina e 24 foram submetidos a um protocolo de TCCG por 12 semanas. Encontramos déficits nos pacientes portadores de TOC quando comparados a controles saudáveis quanto à flexibilidade cognitiva (segundo teste de Hayling), funções motoras (pelo teste de Grooved pegboard) e habilidades sociais (pelo inventário de Del Prette). Algumas medidas neuropsicológicas foram preditivas de melhor resposta a ambos os tratamentos: maior número de respostas corretas no teste do California verbal learning test (CVLT) (Trials 1-5); maior rapidez na parte D 14 (Dots) do Victoria stroop test (VST); maior lentidão na parte W (Word) no VST e menor número de erros na parte C (Colors) do VST (principalmente à TCCG). Maior quociente intelectual (QI) verbal se associou com melhor resposta à TCCG. Menor número de respostas perseverativas no CVLT se associou com melhor resposta à TCCG e pior resposta à medicação. Concluindo, neste estudo portadores de TOC apresentaram déficits na flexibilidade mental, habilidades sociais e funções motoras. Medidas neuropsicológicas como QI verbal, memória verbal e controle inibitório foram preditivas de resposta ao tratamento. Padrões específicos das habilidades verbais e perserveração se associaram de forma diferenciada á resposta a TCCG ou à fluoxetina. Assim, a avaliação neuropsicológica, pode auxiliar não só na indicação do melhor tratamento, mas também alertar o clínico para aqueles pacientes com maiores chances de não resposta ao tratamento de primeira escolha, nos quais medidas adicionais devem ser associadas. / Previous studies assessing neuropsychological domains, especially executive functions, indicate the presence of deficits in patients with Obsessive Compulsive Disorder (OCD). However, findings in this sense are often contradictory. These discrepancies may partly be explained by methodological limitations such as inadequate matching of patients and controls and use of medication at the time of neuropsychological assessment. This study had two aims: 1) to assess the neuropsychological functioning, especially in executive functions in OCD patients without prior treatment compared with healthy controls and 2) to identify neuropsychological predictors of response to treatment with fluoxetine or cognitivebehavioral therapy in group (CBTG). Patients with OCD (n=50) were matched with healthy controls (n=35) by gender, age, education, socioeconomic status and handedness. Patients and controls were evaluated with a neuropsychological battery investigating: intellectual quotient (IQ), executive functions, motor functions, verbal memory and non-verbal, social skills and motor function. OCD patients were allocated into two subgroups: 24 were submitted to GCBT for 12 weeks and 26 underwent treatment with fluoxetine. We found deficits in OCD patients compared to healthy controls in cognitive flexibility (Hayling test), motor functions (Grooved pegboard test) and social skills (inventory of Del Prette). Some neuropsychological measures were predictive of a better response to both treatments: greater number of correct answers on the California verbal learning test (CVLT) (Trials 1-5); greater speed on board D (Dots) of the Victoria stroop test (VST); greater slowness on board W (Word) of VST and fewer errors on the board C (Colors) of VST (primarily in TCCG). Greater verbal IQ was associated with better response to CBTG. Fewer perseveration answers in the 17 CVLT was associated with better response to CBTG and worse response to fluoxetine. In conclusion, patients with OCD showed deficits in cognitive flexibility, social skills and motor functions compared to healthy controls. Neuropsychological measures such as verbal IQ, verbal memory and inhibitory control were predictive of treatment response. Specific patterns of verbal abilities and mental flexibility predicted different treatment response to GCBT or fluoxetine. Thus, neuropsychological assessment may provide important information for treatment choice in clinical settings and may alert clinicians to those patients that are most likely non-responders, in whom additional treatment modalities should be implemented.
334

Custo econômico e social do transtorno obsessivo-compulsivo e outros transtornos mentais na infância / Cost-effective programs of treatment of the childhood with mental disorders and obsessive-compulsive disorder

Daniel Graça Fatori de Sá 22 June 2016 (has links)
Os transtornos mentais na infância são prevalentes e causam prejuízo para o indivíduo, família e sociedade. Informações acerca do custo dos transtornos mentais na infância são úteis para o planejamento do sistema de saúde, para auxiliar tomadas de decisão de gestores acerca de investimentos na área e para determinação de prioridades no orçamento público. No entanto, não há dados sobre o custo dos transtornos mentais na infância no Brasil. Já dados sobre o custo dos transtornos mentais na infância em nível subclínico são inexistentes na literatura nacional e internacional. Os objetivos centrais da presente tese de doutorado, dividida em Estudo I e Estudo 11, foram: estimar a média do custo do transtorno mental na infância em níveis subclínico e clínico, e estimar o custo total destes para o Brasil. O Estudo I teve como desfecho clínico qualquer diagnóstico de transtorno mental na infância; o Estudo 11, o transtorno obsessivo- compulsivo na infância (TOC), ambos em nível subclínico e clínico. A presente pesquisa é uma avaliação econômica de custo de doença de transtornos mentais na infância com utilização de método bottom-up retrospectivo. Foi baseada em dados de prevalência de um estudo populacional transversal de 2.512 estudantes de escolas públicas de Porto Alegre e São Paulo, selecionados por meio de duas técnicas: a) seleção aleatória de crianças e b) seleção de crianças com alto fiSCO para desenvolvimento de transtornos mentais (baseado no histórico psiquiátrico familiar). Para avaliação de transtornos mentais na infância, foi utilizado o instrumento Development and Well Being Assesment (DAWBA). Os custos de doença foram estimados a partir dos seguintes componentes: tratamentos em saúde mental (uso de medicamentos, psicoterapia, hospitalização), uso de serviços sociais (assistência social, conselho tutelar, medidas socioeducativas) e problemas escolares (suspensão, abandono e repetência escolar). A amostra final foi de 2.512 crianças, de 6-14 anos de idade. Resultados do Estudo I: o transtorno mental infantil em nível subclínico e clínico teve média de custo total ao longo da vida de $1.750,86 e $3.141,21, respectivamente (todos os valores em PPP, purchasing power parity). O custo nacional estimado do transtorno mental subclínico foi de $9,92 bilhões, enquanto do transtorno mental clínico foi de $11,65 bilhões (baseado nos dados de prevalência do presente estudo). Resultados do Estudo lI: o TOC subclínico e clínico apresentaram médias de custo total ao longo da vida de $1.651,81 e $3.293,38, respectivamente. O custo nacional do TOC subclínico foi de $6,71 bilhões, enquanto do TOC clínico foi de $2,02 bilhões (baseado nos dados de prevalência do presente estudo). Os dados apresentados nesta tese de doutorado fornecem evidências de que transtornos mentais subcltnicos e clínicos na infância têm grande impacto econômico na sociedade. O conhecimento acerca do grande impacto econômico dos transtornos mentais na infância pode informar gestores e políticos sobre a magnitude do problema, de forma que seja possível planejar um sistema efetivo de cuidados com programas de tratamento e prevenção. Recomenda-se que gestores públicos aumentem os recursos para os setores da saúde e educação no Brasil, para promover prevenção e assistência em saúde mental da infância / Child mental disorders are prevalent and impairing, negatively impacting families and society. lnformation on child mental disorders costs is important to plan the health system and to show policy makers how plan and prioritize budgets. However, there are no child mental disorders cost studies in Brazil. The main objectives of the present thesis were to estimate the mean costs of subthreshold and clinical mental disorders in children living in Brazil and to estimate its national costs. Outcome of Study I was any child mental disorder, outcome of Study II was child obsessive-compulsive disorder (OCD), both subthreshold and clinical. The present study it is cost-of-illness study of child mental disorders using a retrospective bottom-up methods, based on prevalence data from a cross-sectional study of children registered at public schools in Porto Alegre and Sao Paulo. A total of 8,012 families were interviewed, providing information about 9,937 children. From this pool, two subgroups were further investigated using random- selection (n=958) and high-risk group selection procedure (n=I,514), resulting in a total sample of 2,512 subjects 6-14 years old. Mental disorder assessment was made using the Development and Well-Being Assessment (DAWBA). The cost of child mental disorders was estimated from the following components: use of mental health services, social services and school problems. Costs were estimated for each child and the economic impact at the national levei was calculated. Study I results: subthreshold and clinical disorder showed lifetime mean total cost of $1,750.86 and $3,141.21, respectively. The national lifetime cost estimate of clinical mental disorders in Brazil was $11.65 billion, whereas for subthreshold mental disorder it was $19.92 billion (alI values in PPP, purchasing power parity). Study 11: subthreshold and clínical OCD showed lifetime mean total cost of $1,651.81 and $3,293.38, respectively. The national lifetime cost estimate of clinical OCD in Brazil was $2.03 billion, whereas for subthreshold OCD it was $6.71 bilIion. The present study provides evidence about the economic impact of child mental disorders. This knowledge can inform about the magnitude of the problem, so that policy makers can make adjustments to better address these problems with cost-effective programs of treatment and prevention. It is recommended that health and education budgets in Brazil should increase to enhance prevention and treatment of children with childhood mental disorders
335

Avaliação do tratamento cognitivo-comportamental estruturado para grupo de pacientes com tricotilomania / Assessment of structured cognitive-behavioral therapy in a group of patients with trichotillomania

Edson Luiz de Toledo 14 April 2014 (has links)
Tricotilomania (TTM) é um transtorno prevalente e incapacitante caracterizado pelo repetitivo arrancar de cabelo, sendo, atualmente, classificada no grupo dos transtornos relacionados ao transtorno obsessivo-compulsivo (APA, 2013). Diversos estudos foram apresentados na literatura clínica, sugerindo que a TTM é mais comum do que se acreditava e várias propostas de tratamento foram apresentadas. As pesquisas do comportamento em pacientes com TTM têm focalizado seus fatores mantenedores. Entretanto, devemos considerar o potencial papel das cognições que podem operar junto com variáveis de comportamento, na etiologia e manutenção da TTM. Exceto por três estudos controlados para Terapia de Reversão de Hábito, até o momento, não foram publicados estudos controlados sobre o uso de Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) em TTM; apenas relatos e séries de casos. O presente estudo teve como objetivo testar um programa manualizado de TCC em Grupo (TCC-G) para portadores de TTM, diagnosticados de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais - 4ª Edição (DSM-IV). Os pacientes com TTM foram alocados aleatoriamente em um dos dois grupos, sendo que um grupo experimental (n=22) participou de TCC-G e o outro grupo controle (n=22) participou de Terapia de Apoio em Grupo (TA-G). Durante o estudo, os participantes do grupo experimental participaram de vinte e duas sessões de um programa de TCC-G manualizado. A principal variável de desfecho foi a Massachusetts General Hospital Hair Pulling Scale (MGH-HPS), as demais variáveis secundárias de desfecho foram: Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI), Inventário de Ansiedade de Beck (Beck Anxiety Inventory - BAI), Escala Adequação Social (EAS) e Escala de Impressão Clínica Global (CGI). Os grupos experimental e controle foram comparados em três momentos: na triagem, no início e no final das intervenções, utilizando-se análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. Ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas de TTM e depressão ao longo do tratamento (p < 0,001). Sintomas ansiosos e ajustamento social não apresentaram variação significativa. O grupo experimental mostrou uma redução significativamente maior dos sintomas de TTM em comparação com o grupo controle (p=0,038) ao fim do tratamento. Conclui-se que a TCC-G é um método válido para o tratamento da TTM. Revisões futuras e ampliações deste modelo devem ser realizadas para que esse possa abarcar de forma mais eficaz a sintomatologia concorrente, em especial, ansiedade, e o ajustamento social / Trichotillomania (TTM) is a prevalent, disabling disorder, characterized by repetitive hair pulling, which is now included in the obsessive-compulsive and related disorders chapter of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Fifth Edition, DSM-V). There is now evidence that TTM is more common than previously believed, and various treatments have been proposed. Behavioral studies in TTM patients have focused on their maintaining factors. However, it is possible that variables related to cognition, as well as those related to behavior, play a role in etiology and maintenance of TTM. With the exception of three studies of habit reversal therapy, there have been no controlled studies of cognitive-behavioral therapy (CBT) in TTM. The present study aimed to investigate the effectiveness of manual-based group CBT (GCBT), in comparison with that of supportive group therapy (SGT), in 44 patients diagnosed with TTM according to DSM-IV criteria. Patients were randomly allocated to receive 22 sessions of manual-based GCBT (n=22) or SGT (n=22). The main outcome variable was the Massachusetts General Hospital - Hairpulling Scale score. Secondary outcome variables were the Beck Depression and Anxiety Inventory scores, as well as the Social Adjustment Scale-Self-Report score and the Clinical Global Impression score. Using analysis of variance for repeated measures, we compared the two groups at three time points: at the initial screening; at treatment initiation; and at the end of treatment. After treatment, both groups showed significant improvement in symptoms of TTM and depression (p < 0.001), although there were no significant differences in terms of social adjustment or symptoms of anxiety. The improvement in TTM symptoms was more pronounced in the GCBT group than in the SGT group (p=0.038). We conclude that GCBT is a valid method for the treatment of TTM. However, the GCBT treatment model should be revised and expanded in order to treat TTM comorbidities, especially anxiety and social dysfunction, more effectively
336

Variações raras no genoma de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo / Rare variants in obsessive-compulsive disorder

Carolina Cappi 07 August 2013 (has links)
Estudos de variações genéticas raras têm caracterizado com sucesso regiões do genoma e processos biológicos envolvidos no risco de desenvolver transtornos psiquiátricos. Dentro deste contexto, o sequenciamento de nucleotídeos em larga escala de exons do genoma inteiro para a observação de variações raras, conhecidas em inglês como single-nucleotide variation (SNV), e mutações espontâneas (\"de novo\" - DNM) tornou-se uma abordagem essencial na descoberta de novos genes de risco para transtornos psiquiátricos. Até o presente momento, nenhum estudo de SNV e variações de novo com sequenciamento de todas as regiões codificantes foi relatado no transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). No presente estudo, este sequenciamento foi feito em 20 casos esporádicos de TOC e seus pais, para investigar a presença de variações raras de novo e herdadas nos probandos. A partir da observação de que os produtos de genes (proteínas) associados a uma mesma doença interagem em uma rede de interação proteína-proteína (IPP), foi feita uma rede de IPP com os genes (proteína) que apresentaram variações de novo não sinônimas, para observar dentre estes genes o de maior importância na rede de IPP. A fim de investigar a relevância desta rede, foi aplicado um algoritmo de grau informativo para redes, baseado na priorização de genes relacionados com doenças (Degree-Aware Algorithms for Network-Based Disease Gene Prioritization - DADA) que ordenou os genes com variações de novo não sinônimas, embasado na associação destes com uma lista de genes envolvidos em conferir risco para TOC provenientes de uma meta-análise de genética em TOC. Além disso, foi feita uma análise de processos biológicos envolvidos com os genes que apresentavam variações raras herdadas. No total, 10 variações de novo não sinônimas (9 missense e 1 nonsense) foram validadas utilizando-se o sequenciamento Sanger. Os genes WWP1, AP1G1 e CR1, advindos da lista inicial de genes com variações não sinônimas, foram altamente conectados na rede de IPP. O gene WWP1 foi o gene com maior pontuação no ranking de resultados do algoritmo DADA. Os resultados de processos biológicos envolvendo estes genes sugerem o envolvimento do sistema imunológico em TOC. Além disso, todos os genes com variações de novo não sinônimas, exceto um, são genes com expressão no cérebro e envolvidos com sinaptogênese e morte neuronal / Studies of rare variations have been used successfully to characterize regions of the genome and molecular pathways conferring risk for developmental neuropsychiatric disorders. Within this context, whole-exome sequencing for rare single-nucleotide variation (SNV) and de novo mutation (DNM) mutation has become an essential approach for gene discovery in psychiatric disease. To date, few if any studies of SNVs and de novo variation using this technology have been reported for obsessive-compulsive disorder (OCD). In the present study, all coding regions of the genome were sequenced for 20 sporadic probands with OCD and their parents, to investigate de novo and inherited rare variations in probands. Subsequently, based on the observation that the products of genes associated with similar diseases are likely to interact with each other heavily in a network of proteinprotein interactions (PPIs), a PPI network was generated, with the genes (protein) with non-synonymous de novo variation, to observe the most important genes in the network. To investigate the relevance of this network to OCD further, degree-aware disease gene prioritization (DADA) was applied, to rank all genes with non-synonymous de novo variation based on their relatedness to a set of genes previously identified in an OCD genetics meta-analysis. In addition, pathway analyses using de novo and inherited variation were completed. Altogether, 10 non-synonymous de novo variations (9 missense, 1 nonsense) were successfully validated by Sanger sequencing. We found that the genes WWP1, AP1G1 and CR1, from the initial non-synonymous de novo variation gene list, were highly interconnected in the PPI. The WWP1 gene had the highest rank in the DADA analyses. Results of the pathway analyses suggest the enrichment of genes involved in immunological systems. In short, almost all genes involved in the DNMs of the present study are expressed in the human brain and implicated in synaptogenesis and neuronal apoptosis
337

Características fenotípicas do transtorno obsessivo-compulsivo com idade de início precoce dos sintomas / Clinical features of obsessive-compulsive disorder with early age at onset

Maria Alice Simões de Mathis 29 November 2007 (has links)
Introdução: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é reconhecido como um transtorno heterogêneo. Esta heterogeneidade dificulta a interpretação dos resultados dos estudos. A descrição de grupos de pacientes mais homogêneos pode facilitar a identificação desta busca, já que pode identificar fenótipos que sejam hereditários e válidos do ponto de vista genético. A abordagem categorial e dimensional são estratégias reconhecidas para a identificação de subgrupos mais homogêneos de pacientes. Dentro da abordagem categorial, o subgrupo de pacientes com início precoce dos sintomas obsessivo-compulsivo (SOC), e o subgrupo de TOC associado a transtorno de tiques apresentam características clínicas semelhantes, com evidências de sobreposição destas características entre os dois grupos. Os objetivos deste estudo foram: investigar características demográficas e clínicas dos pacientes com TOC de início precoce (GP) e TOC de início tardio (GT); e pesquisar características demográficas e clínicas dos pacientes com TOC de início precoce (GP) com tiques e pacientes com TOC de início precoce (GP) sem tiques. Metodologia: Trezentos e trinta pacientes com diagnóstico de TOC de acordo com o DSM-IV foram avaliados diretamente com os seguintes instrumentos: Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV - Transtornos do Eixo I; Escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos - Y-BOCS; Escala Dimensional para Avaliação de Presença e Gravidade de Sintomas Obsessivo-Compulsivos DY-BOCS; Escala de Avaliação Global de Tiques desenvolvida pelo Yale Child Study Center - YGTSS. Foi considerado TOC de início precoce se os sintomas dos pacientes tiveram início até os 10 anos de idade (160 pacientes). Os pacientes com início de sintomas entre 11 e 17 anos (95 pacientes) foram denominados grupo intermediário, enquanto aqueles após os 17 anos foram chamados grupo de início tardio (75 pacientes). Resultados: os pacientes do GP se diferenciaram dos pacientes do GT por apresentar maior freqüência do sexo masculino; maior freqüência de história familiar de SOC em familiares de primeiro grau; maiores escores da escala Y-BOCS para compulsões e Y-BOCS total; maior chance de ter obsessões de contaminação; maior chance de ter compulsões de repetição, colecionismo, diversas e compulsões do tipo tic-like; menor chance de ter compulsões de contagem; maior chance de apresentar sintomas da dimensão de \"colecionismo\"; maior gravidade nas dimensões de \"agressão/violência\", \"diversas\" e escore global da escala DY-BOCS; maior número médio de comorbidades; maior probabilidade de ocorrência de transtorno de ansiedade de separação, fobia social, transtorno dismórfico corporal e transtorno de tiques; menor chance de apresentar transtorno de estress pós-traumático; e maior chance de ter redução de 35% dos sintomas na escala Y-BOCS. O GP com tiques se diferenciou do GP sem tiques por apresentar maior prevalência de fenômenos sensoriais; menor chance e menor gravidade de ter a dimensão de \"contaminação/limpeza\" e menor gravidade no escore global da escala DY-BOCS; menor chance de apresentar transtorno de humor, transtorno unipolar, transtornos ansiosos, fobia social e skin picking, e maior a chance de apresentar diminuição de 35% dos sintomas na escala Y-BOCS. Os resultados sugeriram que as diferenças encontradas entre os grupos precoce, intermediário e tardio foram devidas à própria idade de início, e outras diferenças foram devidas à presença de tiques. / Introduction: Obsessive-compulsive disorder (OCD) is recognized as a heterogeneous condition. This heterogeneity obscures the interpretation of the results of the studies. The description of more homogeneous groups of patients can facilitate the identification of this search, since it can identify phenotypes that are hereditary and valid to the genetic point of view. Categorical and dimensional approaches are recognized strategies for the identification of more homogeneous subgroups of patients. Regarding the categorical approach, the subgroup of patients with early age at onset of the obsessive-compulsive symptoms (OCS), and the tic-related-OCD subgroup present similar clinical characteristics, with evidences of an overlap of these characteristics between the two groups. The aims of this study were: to investigate clinical and demographic characteristics of the early age at onset subgroup (EO), compared to the late onset subgroup (LO); and to investigate demographic and clinical characteristics of early age at onset OCD patients, with and without comorbid tic disorders. Methodology: Three hundred and thirty patients with the diagnosis of OCD according to the DSM-IV were directly assessed with the following instruments: Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders-patient edition - SCID-I/P; Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale - Y-BOCS; Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale - DY-BOCS and Yale Global Tics Severity Scale - YGTSS. We considered early age at onset when OCS began before the age of 10 (160 patients). Patients with age at onset between 11 and 17 years old were termed intermediate group (95 patients), whereas those with age at onset after 17 years old were designated as late onset OCD (75 patients). Results: EO patients differed from LO patients in terms of presenting higher frequency of the male gender; higher frequency of a family history of OCS; higher Y-BOCS for compulsions and total Y-BOCS scores; higher chance of presenting contamination obsessions, repeating, hoarding, miscellaneous and tic-like compulsions; lower chance of having counting compulsions; higher probability of presenting symptoms of \"hoarding\" dimension; higher severity in \"aggression/violence\" and \"miscellaneous\" dimensions and global DY-BOCS scale score; higher mean number of comorbidities; higher probability of presenting separation anxiety disorder, social phobia, body dysmorphic disorder and tic disorders; lower chance of presenting posttraumatic stress disorder; and a higher chance of having a 35% reduction on the Y-BOCS scale. The EO subgroup with tic disorders differed from the EO without tics for presenting higher chance of having sensory phenomena, somatic obsessions; lower chance and lower score in the DY-BOCS scale; lower chance of presenting mood disorder, depressive disorder, anxiety disorders, social phobia and skin picking; higher chance of having a 35% reduction on the Y-BOCS scale. Results suggested that the differences found among early, intermediated and late onset groups with early onset were secondary to the own age at onset, and other differences were secondary to the presence of tics.
338

Jogo Patológico e suas relações com o espectro impulsivo-compulsivo. / Pathological gambling and its relation to the impulsive-compulsive spectrum of disorders.

Hermano Tavares 28 November 2000 (has links)
Jogo Patológico é um transtorno psiquiátrico ao qual se reputa importante participação de fatores de personalidade. Jogo Patológico tem sido associado com dependências de substâncias e especula-se uma relação com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Alguns propõem que seja visto como uma dependência não química, outros recusam esta designação argumentando que o termo dependência deveria ser reservado ao uso abusivo de substâncias psicoativas e que JP estaria mais próximo de transtornos do humor e ansiosos. Jogo patológico já foi classificado como comportamento compulsivo, como dependência e, atualmente, encontra-se entre os 'Transtornos do Controle dos Impulsos Não Classificados em Outro Local' no DSM-IV, e entre os 'Transtornos de Hábitos e Impulsos' na CID-10. A relativa juventude do Jogo Patológico, enquanto categoria diagnóstica operacionalmente definida, talvez explique a imprecisão em sua caracterização fenomenológica e clínica. Os objetivos desta tese foram comparar Jogo Patológico e TOC, quanto às características de curso clínico e comorbidade e comparar jogadores patológicos, portadores de TOC e controles normais quanto a traços de personalidade com enfoque específico em impulsividade e compulsividade. Foram selecionados 40 jogadores patológicos, 40 portadores de TOC e 40 controles normais, pareados por gênero, idade e nível educacional. Os instrumentos utilizados foram o SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry), para investigação de curso e comorbidade; o Tridimensional Personality Questionnaire; a Barrat Impulsiveness Scale versão 11 e uma versão adaptada da Yale Brown Obsessive Compulsive Scale para investigação de compulsividade. Observou-se que os portadores de TOC apresentaram início mais precoce, curso mais insidioso e menor freqüência de períodos livres de sintomatologia. Jogo Patológico e TOC apresentaram elevada comorbidade com transtornos ansiosos e depressão, porém Jogo Patológico apresentou uma associação significativamente maior com alcoolismo e tabagismo, enquanto TOC apresentou maior freqüência de transtornos somatoformes. Jogadores pontuaram em média significativamente mais que portadores de TOC e controles normais nas medidas de impulsividade. Portadores de TOC pontuaram mais que jogadores e controles normais em compulsividade. Jogadores pontuaram mais que controles normais em compulsividade. Conclui-se que Jogo Patológico e TOC guardam alguma semelhança no tocante à elevada comorbidade com depressão e ansiedade. Contudo, o curso clínico do Jogo Patológico, marcado por exacerbações paroxísticas e períodos de abstinência, além da elevada comorbidade com alcoolismo e tabagismo, reforçam suas semelhanças com as dependências. Em relação à personalidade, o traço mais saliente dos jogadores foi a impulsividade, justificando sua classificação como um transtorno do impulso. / Pathological Gambling (PG) is a psychiatric disorder in which personality features are considered essential for its development. In addition, it has been associated to Substance Dependence and a relationship to Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) has been proposed. Some authors conceptualize it as a non-chemical dependence; others refuse this concept, arguing that the term dependence should be used exclusively to the misuse of psychoactive substances, and that PG would be closer to anxiety and affective disorders. PG has been classified as a compulsive behavior, as a dependence, and presently it is classified among the Impulse Control Disorders Not Elsewhere Classified in the DSM-IV, and 'Habit and Impulse disorders' in the ICD-10. PG's relative youth as a diagnostic category may explain the inaccuracy of its phenomenology and clinical characterization. The objectives of this study were: to compare PG and OCD regarding clinical course and psychiatric comorbidity; to compare pathological gamblers, obsessive-compulsive patients, and normal controls regarding personality features, specifically focussing impulsivity and compulsivity. Forty pathological gamblers, 40 obsessive-compulsive patients, and 40 normal control volunteers, matched by gender, age, and educational level were included. They were assessed through the Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry for evaluation of course of illness and psychiatric comorbidity; the Tridimensional Personality Questionnaire; the Barratt Impulsiveness Scale version 11, and an adapted version of the Yale Brown Obsessive Compulsive Scale for investigation of compulsivity. It was observed that OCD patients were younger at illness onset, had a more insidious course of the illness, with less frequent symptom free periods. PG and OCD presented high comorbidity with anxiety and depressive disorders, but PG presented a higher association to alcoholism and tobacco dependence as compared to OCD, while OCD presented a higher association to somatoform disorders as compared to PG. Pathological gamblers scored significantly higher than OCD patients and normal controls on impulsivity measures. OCD patients scored higher than pathological gamblers and normal controls on impulsivity. Pathological gambler scored higher than normal controls on compulsivity. It was concluded that PG and OCD have similarities regarding their high comorbidity to depression and anxiety. Nevertheless, PG's clinical course, characterized by recurrent symptomatic periods and symptom free periods, in addition to the high comorbidity with alcoholism and tobacco dependence, reinforces its resemblance to the dependencies. Regarding personality, impulsivity was the most salient feature found among pathological gamblers, thus supporting PG's classification as an impulsive control disorder.
339

Dimensões de sintomas associados à resposta às cirurgias límbicas para o tratamento  do transtorno obsessivo-compulsivo / Limbic neurosurgery for obsessive-compulsive disorder: relations between symptom dymensions and outcome

André Felix Gentil 30 October 2013 (has links)
Pesquisas sobre o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) que reunem pacientes em subgrupos homogêneos a partir de dimensões de sintomas, e as que investigam sua validade utilizando métodos genéticos, de neuroimagem e de resposta terapêutica, têm produzido resultados de valor heurístico. Em particular, a dimensão de colecionismo mostrou ser a mais distinta quanto às características neurobiológicas e a mais associada à pior resposta aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos. Paralelamente, novos métodos de tratamento neurocirúrgico para os casos mais refratários e graves tem sido testados no TOC, atingindo mais eficácia e segurança. Entretanto, não há registro na literatura de uma investigação sistemática da relação entre a presença de dimensões de sintomas antes das cirurgias e o resultado clínico. O objetivo deste estudo foi investigar se dimensões de sintomas, em particular o colecionismo, poderiam influenciar a resposta terapêutica às neurocirurgias límbicas para o tratamento do TOC. Informações de 77 pacientes submetidos à cirurgias ablativas para o tratamento de TOC em três centros de pesquisa das cidades de São Paulo (Brasil, n=17), Boston (EUA, n=37) e Estocolmo (Suécia, n=23) foram analisadas utilizando a Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DYBOCS; São xvi Paulo) ou a Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale Symptom Checklist (YBOCS-SC; Boston e Estocolmo) para a estratificação em dimensões de sintomas, e os escores YBOCS para avaliações de resultado clinico. Após os procedimentos, houve uma diminuição média de 34,2% nos escores YBOCS (IC 95% de 27,2% a 41,3%), com um tempo de seguimento médio de 34,8 meses, sem diferença significativa entre os centros de pesquisa ou em relação ao tipo de cirurgia (capsulotomia, São Paulo e Estocolmo; cingulotomia, Boston). Pacientes com dimensão de colecionismo apresentaram pior resposta ao tratamento (redução média dos escores YBOCS de 22,70% [DP = 32,23] para pacientes com colecionismo versus 41,60% [DP = 25,99] para pacientes sem colecionismo, p=0,006). Pacientes com dimensão de pensamentos proibidos também revelaram pior resposta ao tratamento (redução média dos escores YBOCS de 30,10% [DP = 29,61] para pacientes com pensamentos proibidos versus 51,33% [DP = 32,74] para pacientes sem pensamentos proibidos, p=0,033), mas este efeito dependeu da co-ocorrência das dimensões de pensamentos proibidos e colecionismo. Ao se utilizar um modelo de análise de variância (ANOVA), apenas a influência negativa do colecionismo se manteve: a redução média dos escores YBOCS em todos os pacientes foi de 13 pontos, mas em pacientes com colecionismo essa redução foi de 7 pontos (p=0,002). Concluindo, a presença da dimensão de colecionismo no momento pré-operatório associou-se à redução da melhora clínica decorrente da intervenção neurocirúrgica / Research on obsessive-compulsive disorder (OCD) using symptom dymension strategies to identify more homogeneous patient subgroups, coupled with genetic, neuroimaging, and treatment outcome studies, has produced results of heuristic value. In particular, the hoarding dimension has more distinct neurobiological characteristics and has been associated with worse response to pharmachological and psychoterapeutic treatments. At the same time, the most severe and treatment refractory cases of OCD have been treated with novel neurosurgical techniques, with better efficacy and safety profiles. However, the association between symptom dimensions prior to surgery and the treatment outcome after the limbic procedure has not been sistematically investigated in the literature so far. The objective of this study was to investigate if symptom dymensions, in particular hoarding, could influence treatment outcome of limbic neurosurgeries for OCD. Information on 77 patients that underwent limbic ablative procedures for OCD from three research centers at Sao Paulo (Brazil, n=17), Boston (USA, n=37), and Stockholm (Sweden, n=23) were collected and analyzed. Symptom stratification was obtained using the Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DYBOCS; Sao Paulo) or the Yale-Brown xix Obsessive-Compulsive Scale Symptom Checklist (YBOCS-SC; Boston and Stockholm) and treatment outcome was defined using YBOCS scores. Mean YBOCS scores reduced 34.2% after surgery (CI 95% = 27.2% to 41.3%) with a mean follow-up of 34.8 months. There was no significant difference among centers or in relation to the method of surgical intervention (capsulotomy, Sao Paulo and Stockholm; cingulotomy, Boston). Patients with hoarding symptoms had worse response to treatment (mean YBOCS reduction of 22.70% [SD = 32.23] for hoarding patients vs. 41.60% [SD = 25.99] for patients without hoarding symptoms, p=0,006). Patients with forbidden thoughts symptoms apparently also had worse response to treatment (mean YBOCS reduction of 30.10% [SD = 29.61] for patients with forbidden thoughts vs. 51.33% [SD = 32.74] for patients without this symptom dymension, p=0,033), but this effect proved dependent on the co-occurence of forbidden thoughts with hoarding dymensions. Indeed, using an analisys of variance model (ANOVA) only the negative influence of the hoarding dymension remained: patients without hoarding had a mean YBOCS redution of 13 points, while in patients with hoarding symptoms the mean reduction was of 7 points (p=0.002). In conclusion, the pre-operative presence of the hoarding dymension was associated with worst clinical outcome after the neurosurgical procedures
340

Inhibiční kontrola u obsedantně-kompulzivní poruchy / Inhibition control in Obsessive-Compulsive Disorder

Francová, Anna January 2017 (has links)
The response inhibition ability is part of executive functions, which may be defined as a set of higher cognitive processes particularly located in the frontal-subcortical circuits. Since the main obsessive-compulsive disorder (OCD) symptoms seem to be relevant to the inability of inhibiting certain stimuli, it can be assumed that response inhibition in these patients will be disrupted. Studies related to this topic have brought inconsistent results. Our research dealing with OCD patients has focused on two dimensions of the response inhibition - the behavioral inhibition, which generally includes the behavior control (for instance impulse control), and the cognitive interference, which is considered to be the cognitive component of inhibition process and is mostly associated with the control of internal cognitive processes. The first part of our research included the verification of hypothesis, stating that the increased severity of obsession is associated with the degree of disrupted ability of cognitive interference, while the severity of compulsions correlates with the degree of disrupted performance in tests measuring behavioral inhibition. The second research objective was to clarify whether the inhibition response ability was different between patients when the predominance of symptoms was...

Page generated in 0.0494 seconds