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Caracterização da resposta autoimune humoral e do perfil imuno-histopatológico das lesões cutâneas do couro cabeludo dos doentes de pênfigos foliáceo e vulgar / Characterization of the humoral and in situ autoantibody profile of scalp lesions in patients with pemphigus foliaceus and vulgaris

Maragno, Luciana 20 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Pênfigo é um grupo de doenças bolhosas, autoimunes, intraepidérmicas, mediadas por autoanticorpos, sobretudo da classe IgG, direcionados a desmogleínas (Dsg) 1 e 3, caracterizadas pela acantólise, ou seja, perda de adesão entre os queratinócitos, sendo o pênfigo foliáceo (PF) e vulgar (PV) as principais formas. O acometimento do couro cabeludo nestes doentes é frequente e geralmente relacionado à evolução crônica e recalcitrante, apesar do tratamento instituído. OBJETIVOS: Caracterizar as subclasses de IgG circulantes e in situ em doentes com diagnóstico de pênfigo, foliáceo e vulgar, com acometimento de couro cabeludo e correlacionar esta forma de apresentação clínica com manifestações não usuais destas dermatoses. MÉTODOS: Trinta e oito doentes com diagnóstico de pênfigo foliáceo (n=20) e vulgar (n=18), com lesões no couro cabeludo foram incluídos neste estudo. Todos foram acompanhados no ambulatório de doenças bolhosas autoimunes do Hospital das Clínicas FMUSP, e submetidos a avaliação laboratorial: exame anátomo-patológico de lesão no couro cabeludo, imunofluorescência direta (IFD) de área perilesional, com IgG total e subclasses de IgG (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4), imunofluorescência indireta (IFI), com IgG total e ELISA para Dsg 1 e 3. RESULTADOS: Grupo PF: Entre os doentes com PF (=20), dois apresentavam a forma clínica localizada e 18, a forma generalizada. Acantólise com clivagem subcórnea foi observada em 16 de 20 amostras. Na IFD, depósitos de IgG e C3, intercelulares, intraepidérmicos foram encontrados em 19 deles; entretanto, apenas sete entre os 20 apresentaram fluorescência nos folículos pilosos (FP) nas amostras estudadas. Considerando as subclasses de IgG, observou-se IgG4 isolada em 16 espécimes e, associada a IgG1, em sete. Fluorescência específica, às custas de IgG1 e IgG4 no FP foi detectada em 16 das 20 amostras. A IFI foi positiva para IgG total em 19 pacientes do grupo estudado, sendo a média dos títulos de 1:640. O ELISA foi positivo para Dsg-1 em 18 indivíduos, e um paciente apresentou reatividade contra Dsg-1 e -3. Grupo PV: Neste grupo, 16 doentes apresentavam acometimento mucocutâneo e apenas 2, lesões cutâneas exclusivas. Na histopatologia, acantólise com clivagem suprabasal foi observada em 17 das amostras estudadas. Todos os participantes deste grupo apresentaram depósitos de IgG e C3, intercelulares e intraepidérmicos na IFD com IgG total, sendo que em 11 esta fluorescência esteve também presente nos FP. No estudo das subclasses de IgG na IFD, 13 entre 18 doentes apresentaram deposição de IgG4 isolada e 5, do mesmo grupo, apresentaram IgG1 e IgG4, todos com fluorescência nos FP. A IFI foi positiva em todos os participantes do grupo PV, com titulação média de 1:160. Através do ELISA, observou-se reatividade para Dsg-1 e -3 em 12 doentes com PV, dois apresentaram anticorpos apenas contra Dsg-3 e quatro pacientes mostraram reatividade apenas contra Dsg-1. Por fim, o fenômeno de epitope spreading (ES) foi observado em quatro doentes acompanhados neste período: três evoluíram de PV para PF e apenas um se converteu de PF para PV. CONCLUSÕES: O acometimento do couro cabeludo no pênfigo esteve relacionado com evoluções longas da doença (média de 7 anos e 2 meses) e pode estar associado a achados clínicos não usuais, tais como paroníquia e lesões umbilicais. Depósitos de IgG1 e IgG4 intercelulares, intraepidérmicos em lesões de couro cabeludo foram os principais achados do estudo, e não apresentaram relação com a atividade da doença. A presença de anticorpos circulantes contra Dsg-1 e Dsg-3 também predominou neste grupo de pacientes; entretanto, novos antígenos poderão ser identificados / INTRODUCTION: Pemphigus is an intraepidermal blistering disease with IgG autoantibodies (mostly IgG4) against desmogleins (Dsg) 1 and 3, resulting in acantholysis. Pemphigus foliaceus (PF) and vulgaris (PV) are the main forms of this group of disease. Scalp involvement may occur and is recalcitrant to treatment. OBJECTIVES: 1) To characterize the circulating and in situ IgG profile of scalp lesions in patients with pemphigus foliaceus and vulgaris; 2) To correlate the scalp involvement with unusual clinical manifestations. METHODS: Thirty-eight adults diagnosed as pemphigus (PF=20, PV=18), with scalp involvement were assessed. Laboratory evaluation included histopathology (HP) of scalp lesions, direct immunofluorescence (DIF) IgG and subclasses, indirect immunofluorescence (IIF) with total IgG, and ELISA (Enzyme linked immunosorbent assay, Dsg-1 and Dsg-3). RESULTS: PF patients (n=20) were characterized as localized (2/20) and generalized (18/20). Laboratory findings showed: HP: subcorneal cleavage with acantholysis (16/20); DIF: IgG and C3 deposits, intraepidermal (19/20) and in hair follicle (7/20); DIF with subclasses: intraepidermal IgG4 (16/ 20), IgG1 and IgG4 (7/20), and IgG1 and/or IgG4 in hair follicle (16/20); IIF: IgG (19/20), median titre 1:640; ELISA: reactivity to Dsg-1 (18/20) and to Dsg-1 and Dsg-3 (1/20). PV patients (n=18) were characterized as mucocutaneous (16/18) and cutaneous (2/18). Laboratory findings detected: HP: suprabasilar cleavage with acantholysis (17/18); DIF: intraepidermal IgG and C3 deposits (18/18) and in hair follicle (11/18); DIF with subclasses: intraepidermal IgG4 (13/18), IgG1 and IgG4 (5/18), all with HF deposits; IIF: IgG (18/18), median titre 1:160; ELISA: reactivity to Dsg-1 (4/18), Dsg-3 (2/18) and to Dsg-1 and Dsg-3 (12/18). Epitope spreading (ES) was seen in 4 of 18 patients (PV to PF= 3 and PF to PV =1). CONCLUSIONS: Hair follicle involvement in pemphigus was related to long lasting disease (average of 7 years and 2 months) and may be associated with unusual clinical findings such as paronychia and umbilical lesions. In situ intercellular, intraepidermal IgG1 and IgG4 deposits were the predominant IgG isotypes in scalp lesions, and had no association with disease activity. Serological profile of pemphigus with scalp involvement detected anti-Dsg-1 and -3 antibodies, but potential novel target antigens remain to be identified
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Fenômeno de epitope spreading: caracterização clínico imunológica em pacientes portadores de dermatoses bolhosas autoimunes / Epitope spreading\" phenomena: clínical and immunopathological characterization in patients with bullous dermatosis

Delgado, Livia 05 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: As dermatoses bolhosas autoimunes são um grupo heterogêneo de afecções da pele e/ou mucosas associadas à produção de autoanticorpos dirigidos às moléculas de adesão epitelial. Podem ser classificadas em dermatoses bolhosas intraepidérmicas (pênfigos) ou subepidérmicas (penfigóides, epidermólise bolhosa adquirida). Nos últimos anos, a transição entre dermatoses bolhosas autoimunes ou coexistência de autoanticorpos de diferentes dermatoses têm sido relatadas em alguns pacientes e atribuída ao fenômeno de epitope spreading (ES): a diversificação de epítopos reconhecidos pelo sistema imune evocaria uma reação secundária a antígenos distintos e não relacionados aos da doença primária. Neste trabalho avaliamos a ocorrência de fenômenos de ES em pacientes portadores de pênfigo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Inicialmente, foi realizada análise de dados clínicos e laboratoriais (exame histopatológico, de imunofluorescência direta-IFD, indireta IFI e ELISA) de 351 pacientes portadores de pênfigos acompanhados no Ambulatório de dermatoses bolhosas autoimunes do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de dezembro de 2002 a dezembro de 2012. Foram selecionados pacientes com quadro sugestivo de conversão à dermatose bolhosa distinta da doença primária. RESULTADOS: Nove pacientes apresentaram sinais sugestivos de fenômeno de ES e foram incluídos no estudo: 8 com a conversão de Pênfigo vulgar (PV) a foliáceo (PF) 2,3% (grupo1) e um de PF a Epidermólise bolhosa adquirida (EBA) 0,3% (grupo 2). No grupo 1 o intervalo mediano para a conversão foi de 3,5 anos. Cinco pacientes apresentaram modificação histopatológica de clivagem intraepidérmica na camada suprabasal para clivagem na camada subcórnea durante a suspeita de ES; 2 apresentaram clivagem na camada epidérmica média durante a transição e um manteve clivagem suprabasal, apesar de quadro clínico sugestivo de PF. Todos os pacientes apresentavam depósitos intercelulares de IgG e/ou C3 durante o diagnóstico de PV e PF à IFD. Títulos de IFI variaram de 1:160 a 1:5120. Os valores de ELISA para Dsg1 variaram de 22 a 319; e para Dsg3 de 0.4 a 224 (positivo se > 20). A relação Dsg1/Dsg3 correspondeu à mudança PV-PF. No grupo 2, o ES para EBA ocorreu sete anos após o diagnóstico de inicial de PF. No momento da suspeita de ES o paciente apresentava-se em remissão clínica do quadro de pênfigo folíaceo. A avaliação laboratorial mostrou clivagem subepidérmica neutrofílica, IFD com IgG intercelular intraepidérmica e depósitos de IgM, IgA, IgG e C3 na zona da membrana basal. IFI com técnica de salt split skin revelou depósitos de IgG do lado dérmico. Ao immunobloting houve reconhecimento de colágeno VII e ELISA para Dsg1 foi positivo. CONCLUSÃO: A frequência de ES em pacientes portadores de pênfigo foi de 2,6%. Estudos serão necessários para elucidar a patogênese deste evento e sua importância na progressão dos pênfigos / BACKGROUND: Autoimmune bullous skin diseases represent a heterogeneous group of disorders of skin and mucosa associated with autoantibodies against distinct adhesion molecules. They can be classified, based on the level of loss of adhesion in intraepidermal and sub epidermal dermatosis. The shift from an autoimmune blistering disease to another has been recently described and attributed to the \"epitope spreading\" (ES) phenomena. It occurs when a primary inflammatory/autoimmune process releases \"hidden\" epitopes which are recognized by the lymphocytes and evoke a secondary reaction to antigens distinct from, and non-cross-reactive, with the disease causing-epitope. This study attempted to characterize the occurrence of ES in pemphigus patients. METHODS: We analyzed data from 351 pemphigus patients treated ambulatorially at the Department of Dermatology, Faculty of Medicine, University of São Paulo, from December 2002 to December 2012. A careful search for clinical and laboratorial (histopathology, direct-DIF and indirect-IIF immunofluorescence, ELISA) changes suggestive of shift to a secondary bullous disease was performed. RESULTS: Nine out of 351 patients presented clínical shift and were included in the study: eight from pemphigus vulgaris (PV) to foliaceus (PF) 2.3% (group 1) and one from PF to epidermolysis bullosa acquisita (EBA) 0.3% (group 2). In group 1, median interval of disease shift was 3.5 years. Of 8 patients with clinical PF, five showed change of histopathology pattern from suprabasilar cleavage to subcorneal acantholysis, two had cleavage within the middle epidermal layer, and one sustained the suprabasilar acantholysis. One shifted back to PV after clinical and histopatological changes of PF. All patients showed intercellular IgG and/or C3 deposits during PV and PF diagnosis by DIF. IIF titers varied from 1:160 to 1:5120. ELISA index for Dsg1 varied from 22 to 319; and for Dsg3 from 0.4 to 224 (positive if > 20). Dsg1/Dsg3 indexes corresponded to the clinical PV-PF changes. In group 2, onset of PF occurred at the age of 25, and ES to EBA 7 years later in the absence of PF lesions. Laboratory evaluation showed sub epidermal cleavage with neutrophils, IgG intercellular staining in the epidermis and IgM, IgA, IgG and C3 deposits at BMZ by DIF, IgG deposits by indirect salt-split, recognition of collagen VII by immunoblotting, and positive ELISA for Dsg1. CONCLUSIONS: Intermolecular ES occurred in 2.6% (9/351) of pemphigus patients. Futures studies will be necessary to elucidate the pathogenesis of this event and its significance in pemphigus progression
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Microscopia confocal a laser na avaliação in vivo da gengivite descamativa: padrões no penfigóide das membranas mucosas, pênfigo vulgar e líquen plano oral / Confocal microscopy in the in vivo evaluation of desquamative gingivitis: patterns in mucous membrane pemphigoid, pemphigus vulgaris and oral lichen planus

Sabrina Sisto Alessi Cesar 09 April 2015 (has links)
Introdução: Gengivite descamativa (GD) se refere a uma manifestação clínica associada com diversas doenças mucocutâneas. Suas causas mais comuns são penfigóide das membranas mucosas (PMM), pênfigo vulgar (PV) e líquen plano oral (LP). A diagnose específica é melhor estabelecida através de avaliação histopatológica e de imunofluorescência. Objetivos: Examinar casos de gengivite descamativa utilizando microscopia confocal a laser e comparar os achados com aqueles encontrados na gengiva normal. Além disso, comparar os achados de microscopia confocal da gengivite descamativa com os da histopatologia convencional das lesões biopsiadas a fim de estabelecer critérios para este método diagnóstico não invasivo. Método: Doentes com manifestações clínicas de gengivite descamativa foram incluídos, totalizando quarenta e três casos. A microscopia confocal foi realizada na gengiva de um indivíduo saudável e nas lesões gengivais. Todas as lesões sem exame histopatológico prévio foram biopsiadas a fim de permitir uma correlação entre a microscopia confocal e a histopatologia. Resultados: O exame de microscopia confocal das lesões suspeitas de penfigóide das membranas mucosas revelou uma separação ao nível da junção dermo-epidérmica, preenchida por pequenas estruturas brilhantes, interpretadas como hemáceas. Os aspectos histopatológicos e de imunofluorescência confirmaram o diagnose. Para os casos de pênfigo vulgar, os achados da microscopia confocal foram de fenda intraepitelial com células arredondadas interpretadas como queratinócitos acantolíticos. Hiperqueratose e espongiose, associadas com infiltrado inflamatório, caracterizado por células pequenas e brilhantes permeando a estrutura intraepitelial de queratinócitos conhecida como favo de mel foram vistos no líquen plano. Estruturas arredondadas pouco brilhantes, interpretadas como queratinócitos necróticos, e estruturas estelares também pouco brilhantes, interpretadas como melanófagos, foram encontrados na derme. Conclusões: Propõe-se o uso da microscopia confocal como uma ferramenta adicional no diagnose e avaliação da gengivite descamativa / Background: Desquamative gingivitis refers to a clinical manifestation associated with several mucocutaneous disorders. The most common are mucous membrane pemphigoid, pemphigus vulgaris and lichen planus. Their specific diagnosis is better established by histopathological and immunofluorescence evaluation. Objective: To examine cases of desquamative gingivitis using reflectance confocal microscopy and compare the findings with those of normal gingiva. Moreover, confocal microscopy findings in desquamative gingivitis were compared to conventional histopathology of the biopsied lesions, in order to establish criteria for this non-invasive diagnostic technique. Methods: Patients with clinical manifestations of desquamative gingivitis were included, totalizing forty-three cases. Reflectance confocal microscopy was performed the gingival of a healthy person and on gingival lesions. All lesions were biopsied in order to perform a reflectance confocal microscopy- histopathologic correlation. Results: Reflectance confocal microscopy exam of the gingival lesions suspected of mucous membrane pemphigoid revealed a separation at the level of dermal-epidermal junction, filled with small bright structures interpreted as blood cells. Histopathological and immunofluorescence aspects confirmed the diagnosis. For pemphigus vulgaris, reflectance confocal microscopy aspects were of intraepithelial cleft with round detached cells interpreted as acantholytic keratinocytes, similar to the histopathological features. Hyperkeratosis and spongiosis associated with infiltration of inflammatory cells, recognized as small bright cells intermingling the honeycomb keratinocyte epithelial structure, were seen in lichen planus. Mild bright round structures interpreted as necrotic keratinocytes and mild bright stellate structures, interpreted as melanophages in the dermis were also seen. These features were present in histopathology, confirming the diagnosis of lichen planus. Conclusion: We propose the use of reflectance confocal microscopy as an additional tool in diagnosis and evaluation of desquamative gingivitis
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Caracterização da resposta autoimune humoral e do perfil imuno-histopatológico das lesões cutâneas do couro cabeludo dos doentes de pênfigos foliáceo e vulgar / Characterization of the humoral and in situ autoantibody profile of scalp lesions in patients with pemphigus foliaceus and vulgaris

Luciana Maragno 20 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Pênfigo é um grupo de doenças bolhosas, autoimunes, intraepidérmicas, mediadas por autoanticorpos, sobretudo da classe IgG, direcionados a desmogleínas (Dsg) 1 e 3, caracterizadas pela acantólise, ou seja, perda de adesão entre os queratinócitos, sendo o pênfigo foliáceo (PF) e vulgar (PV) as principais formas. O acometimento do couro cabeludo nestes doentes é frequente e geralmente relacionado à evolução crônica e recalcitrante, apesar do tratamento instituído. OBJETIVOS: Caracterizar as subclasses de IgG circulantes e in situ em doentes com diagnóstico de pênfigo, foliáceo e vulgar, com acometimento de couro cabeludo e correlacionar esta forma de apresentação clínica com manifestações não usuais destas dermatoses. MÉTODOS: Trinta e oito doentes com diagnóstico de pênfigo foliáceo (n=20) e vulgar (n=18), com lesões no couro cabeludo foram incluídos neste estudo. Todos foram acompanhados no ambulatório de doenças bolhosas autoimunes do Hospital das Clínicas FMUSP, e submetidos a avaliação laboratorial: exame anátomo-patológico de lesão no couro cabeludo, imunofluorescência direta (IFD) de área perilesional, com IgG total e subclasses de IgG (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4), imunofluorescência indireta (IFI), com IgG total e ELISA para Dsg 1 e 3. RESULTADOS: Grupo PF: Entre os doentes com PF (=20), dois apresentavam a forma clínica localizada e 18, a forma generalizada. Acantólise com clivagem subcórnea foi observada em 16 de 20 amostras. Na IFD, depósitos de IgG e C3, intercelulares, intraepidérmicos foram encontrados em 19 deles; entretanto, apenas sete entre os 20 apresentaram fluorescência nos folículos pilosos (FP) nas amostras estudadas. Considerando as subclasses de IgG, observou-se IgG4 isolada em 16 espécimes e, associada a IgG1, em sete. Fluorescência específica, às custas de IgG1 e IgG4 no FP foi detectada em 16 das 20 amostras. A IFI foi positiva para IgG total em 19 pacientes do grupo estudado, sendo a média dos títulos de 1:640. O ELISA foi positivo para Dsg-1 em 18 indivíduos, e um paciente apresentou reatividade contra Dsg-1 e -3. Grupo PV: Neste grupo, 16 doentes apresentavam acometimento mucocutâneo e apenas 2, lesões cutâneas exclusivas. Na histopatologia, acantólise com clivagem suprabasal foi observada em 17 das amostras estudadas. Todos os participantes deste grupo apresentaram depósitos de IgG e C3, intercelulares e intraepidérmicos na IFD com IgG total, sendo que em 11 esta fluorescência esteve também presente nos FP. No estudo das subclasses de IgG na IFD, 13 entre 18 doentes apresentaram deposição de IgG4 isolada e 5, do mesmo grupo, apresentaram IgG1 e IgG4, todos com fluorescência nos FP. A IFI foi positiva em todos os participantes do grupo PV, com titulação média de 1:160. Através do ELISA, observou-se reatividade para Dsg-1 e -3 em 12 doentes com PV, dois apresentaram anticorpos apenas contra Dsg-3 e quatro pacientes mostraram reatividade apenas contra Dsg-1. Por fim, o fenômeno de epitope spreading (ES) foi observado em quatro doentes acompanhados neste período: três evoluíram de PV para PF e apenas um se converteu de PF para PV. CONCLUSÕES: O acometimento do couro cabeludo no pênfigo esteve relacionado com evoluções longas da doença (média de 7 anos e 2 meses) e pode estar associado a achados clínicos não usuais, tais como paroníquia e lesões umbilicais. Depósitos de IgG1 e IgG4 intercelulares, intraepidérmicos em lesões de couro cabeludo foram os principais achados do estudo, e não apresentaram relação com a atividade da doença. A presença de anticorpos circulantes contra Dsg-1 e Dsg-3 também predominou neste grupo de pacientes; entretanto, novos antígenos poderão ser identificados / INTRODUCTION: Pemphigus is an intraepidermal blistering disease with IgG autoantibodies (mostly IgG4) against desmogleins (Dsg) 1 and 3, resulting in acantholysis. Pemphigus foliaceus (PF) and vulgaris (PV) are the main forms of this group of disease. Scalp involvement may occur and is recalcitrant to treatment. OBJECTIVES: 1) To characterize the circulating and in situ IgG profile of scalp lesions in patients with pemphigus foliaceus and vulgaris; 2) To correlate the scalp involvement with unusual clinical manifestations. METHODS: Thirty-eight adults diagnosed as pemphigus (PF=20, PV=18), with scalp involvement were assessed. Laboratory evaluation included histopathology (HP) of scalp lesions, direct immunofluorescence (DIF) IgG and subclasses, indirect immunofluorescence (IIF) with total IgG, and ELISA (Enzyme linked immunosorbent assay, Dsg-1 and Dsg-3). RESULTS: PF patients (n=20) were characterized as localized (2/20) and generalized (18/20). Laboratory findings showed: HP: subcorneal cleavage with acantholysis (16/20); DIF: IgG and C3 deposits, intraepidermal (19/20) and in hair follicle (7/20); DIF with subclasses: intraepidermal IgG4 (16/ 20), IgG1 and IgG4 (7/20), and IgG1 and/or IgG4 in hair follicle (16/20); IIF: IgG (19/20), median titre 1:640; ELISA: reactivity to Dsg-1 (18/20) and to Dsg-1 and Dsg-3 (1/20). PV patients (n=18) were characterized as mucocutaneous (16/18) and cutaneous (2/18). Laboratory findings detected: HP: suprabasilar cleavage with acantholysis (17/18); DIF: intraepidermal IgG and C3 deposits (18/18) and in hair follicle (11/18); DIF with subclasses: intraepidermal IgG4 (13/18), IgG1 and IgG4 (5/18), all with HF deposits; IIF: IgG (18/18), median titre 1:160; ELISA: reactivity to Dsg-1 (4/18), Dsg-3 (2/18) and to Dsg-1 and Dsg-3 (12/18). Epitope spreading (ES) was seen in 4 of 18 patients (PV to PF= 3 and PF to PV =1). CONCLUSIONS: Hair follicle involvement in pemphigus was related to long lasting disease (average of 7 years and 2 months) and may be associated with unusual clinical findings such as paronychia and umbilical lesions. In situ intercellular, intraepidermal IgG1 and IgG4 deposits were the predominant IgG isotypes in scalp lesions, and had no association with disease activity. Serological profile of pemphigus with scalp involvement detected anti-Dsg-1 and -3 antibodies, but potential novel target antigens remain to be identified
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Manifestações orais da doença inflamatória intestinal: estudo clínico-patológico retrospectivo / Oral manifestations of inflammatory bowel disease: retrospective clinical-pathologic study

Thaís Prota Hussein Pincelli 12 May 2010 (has links)
O termo doença inflamatória intestinal engloba duas doenças inflamatórias crônicas, imunologicamente mediadas, envolvendo o trato gastrointestinal: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Os sintomas intestinais são predominantes, porém, durante o curso da doença, podem ocorrer manifestações extraintestinais, incluindo o envolvimento da cavidade oral. O envolvimento oral na doença inflamatória intestinal pode se dar por diferentes tipos de lesões, sendo o tipo mais comum a afta. Lesões menos frequentes incluem, entre outras, a pioestomatite vegetante e as lesões granulomatosas da doença de Crohn. Apresentamos dez casos de doentes com manifestações orais de doença inflamatória intestinal, sendo que, em alguns desses casos, essas foram essenciais para o diagnóstico definitivo da doença, além de revisão detalhada da literatura. O envolvimento da cavidade oral pode ser prévio ou simultâneo aos sintomas gastrointestinais. Porém, na maior parte dos casos, a doença inflamatória intestinal precede o início das lesões orais em meses ou anos. Em muitos doentes, a sintomatologia intestinal pode ser mínima ou mesmo ausente, o que justifica exame minucioso do trato gastrointestinal em todos os doentes com lesões orais suspeitas, mesmo na ausência de sintomas evidentes. Geralmente, o curso clínico das lesões orais é paralelo à atividade da doença inflamatória intestinal, por isso as manifestações orais são consideradas bons marcadores cutâneos da doença / Inflammatory bowel disease comprises two chronic, tissue-destructive, clinical entities: Crohns disease and ulcerative colitis, both immunologically based. Bowel symptoms are predominant, but extra-intestinal complications may occur, including involvement of the oral cavity. Oral involvement during Inflammatory bowel disease includes several types of lesions: the most common are aphthae; uncommon lesions include, among others, pyostomatitis vegetans and granulomatous lesions of Crohns disease. Starting with a presentation of ten patients with oral manifestations, which were crucial for the final diagnosis of inflammatory bowel disease, a review on the subject is presented. Oral involvement in inflammatory bowel disease may be previous or simultaneous to the gastrointestinal symptoms. However, in the majority of cases, bowel disease precedes the onset of oral lesions by months or years. In many patients, the intestinal symptoms may be minimal and can go undetected; thus, most authors believe that the bowel must be thoroughly examined in all patients with suspected inflammatory bowel disease even in the absence of specific symptoms. Usually, the clinical course of oral lesions is parallel to the activity of inflammatory bowel disease; therefore, oral manifestations are a good cutaneous marker of inflammatory bowel disease
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Fenômeno de epitope spreading: caracterização clínico imunológica em pacientes portadores de dermatoses bolhosas autoimunes / Epitope spreading\" phenomena: clínical and immunopathological characterization in patients with bullous dermatosis

Livia Delgado 05 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: As dermatoses bolhosas autoimunes são um grupo heterogêneo de afecções da pele e/ou mucosas associadas à produção de autoanticorpos dirigidos às moléculas de adesão epitelial. Podem ser classificadas em dermatoses bolhosas intraepidérmicas (pênfigos) ou subepidérmicas (penfigóides, epidermólise bolhosa adquirida). Nos últimos anos, a transição entre dermatoses bolhosas autoimunes ou coexistência de autoanticorpos de diferentes dermatoses têm sido relatadas em alguns pacientes e atribuída ao fenômeno de epitope spreading (ES): a diversificação de epítopos reconhecidos pelo sistema imune evocaria uma reação secundária a antígenos distintos e não relacionados aos da doença primária. Neste trabalho avaliamos a ocorrência de fenômenos de ES em pacientes portadores de pênfigo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Inicialmente, foi realizada análise de dados clínicos e laboratoriais (exame histopatológico, de imunofluorescência direta-IFD, indireta IFI e ELISA) de 351 pacientes portadores de pênfigos acompanhados no Ambulatório de dermatoses bolhosas autoimunes do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de dezembro de 2002 a dezembro de 2012. Foram selecionados pacientes com quadro sugestivo de conversão à dermatose bolhosa distinta da doença primária. RESULTADOS: Nove pacientes apresentaram sinais sugestivos de fenômeno de ES e foram incluídos no estudo: 8 com a conversão de Pênfigo vulgar (PV) a foliáceo (PF) 2,3% (grupo1) e um de PF a Epidermólise bolhosa adquirida (EBA) 0,3% (grupo 2). No grupo 1 o intervalo mediano para a conversão foi de 3,5 anos. Cinco pacientes apresentaram modificação histopatológica de clivagem intraepidérmica na camada suprabasal para clivagem na camada subcórnea durante a suspeita de ES; 2 apresentaram clivagem na camada epidérmica média durante a transição e um manteve clivagem suprabasal, apesar de quadro clínico sugestivo de PF. Todos os pacientes apresentavam depósitos intercelulares de IgG e/ou C3 durante o diagnóstico de PV e PF à IFD. Títulos de IFI variaram de 1:160 a 1:5120. Os valores de ELISA para Dsg1 variaram de 22 a 319; e para Dsg3 de 0.4 a 224 (positivo se > 20). A relação Dsg1/Dsg3 correspondeu à mudança PV-PF. No grupo 2, o ES para EBA ocorreu sete anos após o diagnóstico de inicial de PF. No momento da suspeita de ES o paciente apresentava-se em remissão clínica do quadro de pênfigo folíaceo. A avaliação laboratorial mostrou clivagem subepidérmica neutrofílica, IFD com IgG intercelular intraepidérmica e depósitos de IgM, IgA, IgG e C3 na zona da membrana basal. IFI com técnica de salt split skin revelou depósitos de IgG do lado dérmico. Ao immunobloting houve reconhecimento de colágeno VII e ELISA para Dsg1 foi positivo. CONCLUSÃO: A frequência de ES em pacientes portadores de pênfigo foi de 2,6%. Estudos serão necessários para elucidar a patogênese deste evento e sua importância na progressão dos pênfigos / BACKGROUND: Autoimmune bullous skin diseases represent a heterogeneous group of disorders of skin and mucosa associated with autoantibodies against distinct adhesion molecules. They can be classified, based on the level of loss of adhesion in intraepidermal and sub epidermal dermatosis. The shift from an autoimmune blistering disease to another has been recently described and attributed to the \"epitope spreading\" (ES) phenomena. It occurs when a primary inflammatory/autoimmune process releases \"hidden\" epitopes which are recognized by the lymphocytes and evoke a secondary reaction to antigens distinct from, and non-cross-reactive, with the disease causing-epitope. This study attempted to characterize the occurrence of ES in pemphigus patients. METHODS: We analyzed data from 351 pemphigus patients treated ambulatorially at the Department of Dermatology, Faculty of Medicine, University of São Paulo, from December 2002 to December 2012. A careful search for clinical and laboratorial (histopathology, direct-DIF and indirect-IIF immunofluorescence, ELISA) changes suggestive of shift to a secondary bullous disease was performed. RESULTS: Nine out of 351 patients presented clínical shift and were included in the study: eight from pemphigus vulgaris (PV) to foliaceus (PF) 2.3% (group 1) and one from PF to epidermolysis bullosa acquisita (EBA) 0.3% (group 2). In group 1, median interval of disease shift was 3.5 years. Of 8 patients with clinical PF, five showed change of histopathology pattern from suprabasilar cleavage to subcorneal acantholysis, two had cleavage within the middle epidermal layer, and one sustained the suprabasilar acantholysis. One shifted back to PV after clinical and histopatological changes of PF. All patients showed intercellular IgG and/or C3 deposits during PV and PF diagnosis by DIF. IIF titers varied from 1:160 to 1:5120. ELISA index for Dsg1 varied from 22 to 319; and for Dsg3 from 0.4 to 224 (positive if > 20). Dsg1/Dsg3 indexes corresponded to the clinical PV-PF changes. In group 2, onset of PF occurred at the age of 25, and ES to EBA 7 years later in the absence of PF lesions. Laboratory evaluation showed sub epidermal cleavage with neutrophils, IgG intercellular staining in the epidermis and IgM, IgA, IgG and C3 deposits at BMZ by DIF, IgG deposits by indirect salt-split, recognition of collagen VII by immunoblotting, and positive ELISA for Dsg1. CONCLUSIONS: Intermolecular ES occurred in 2.6% (9/351) of pemphigus patients. Futures studies will be necessary to elucidate the pathogenesis of this event and its significance in pemphigus progression
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Avaliação da expressão do fator de crescimento endotelial vascular e da endoglina nos pacientes eritrodérmicos com pênfigo foliáceo / Vascular endothelial growth factor and endoglin expression in erythrodermic patients with pemphigus foliaceus

Miyamoto, Denise 07 June 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O pênfigo foliáceo (PF) caracteriza-se pela síntese de autoanticorpos contra a desmogleína 1 (Dsg1) com acantólise na epiderme superior. As lesões na face e tronco podem evoluir para eritrodermia (PFE), cuja patogênese é pouco conhecida. Estudos prévios sugerem a participação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e da endoglina (Eng). OBJETIVOS: Avaliar dados demográficos, expressão tecidual e níveis séricos do VEGF e Eng, bem como o perfil dos imunocomplexos no PFE. PACIENTES, MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados pacientes de PFE (n=31) e indivíduos controles com pênfigo vulgar (PV; n=10), psoríase (PSO; n=10) e saudáveis (CS; n=14) com amostras de soro e pele armazenadas. Os níveis séricos do VEGF, receptor solúvel do VEGF (sVEGFR-1), anti-Dsg1 e -Dsg3 foram avaliados por meio da técnica de ELISA, e a presença do VEGF, Eng, e imunocomplexos in situ foi determinada por imuno-histoquímica (IH) em plataforma automatizada (n=19). Após digitalização das lâminas, a reatividade aos anticorpos supracitados foi classificada manualmente em: 0 (ausente), 1 (discreta-moderada) e 2 (intensa), e analisada por software. RESULTADOS: PFE ocorreu no início da doença em 25/31 pacientes (80,6%), com média de idade de 42,7 anos e predomínio feminino (23/31; 74,2%). Os pacientes foram hospitalizados em média por 41,2 dias; infecção bacteriana foi a principal complicação (30/31; 96,8%), com bacteremia em 10/31 (32,3%) causada por Staphylococcus aureus em 7/10 (70%) dos pacientes. Infecção pelo vírus do herpes simples (HSV) em 11/31 (35,5%) doentes determinou internação prolongada. Valores de imunofluorescência indireta, e anti-Dsg1 e VEGF séricos (ELISA) foram superiores no PFE vs. PF não-eritrodérmico (PFNE) (p < 0,05). Níveis do sVEGFR-1 foram semelhantes no PFE e PFNE, e correlacionaram-se fracamente com a anti-Dsg1 no PFNE (p=0,034). A avaliação manual da IH com anti-VEGF no PFE foi estatisticamente diferente do PFNE (p=0,042) e CS (p=0,004), e similar ao PV (p=0,667) e PSO (p=0,667). Já no PFNE, a expressão do VEGF foi estatisticamente diferente do PV (p=0,049) e PSO (p=0,049) e semelhante ao CS (p=0,247). A contagem automatizada dos vasos marcados com anti-Eng no PFE foi similar ao PFNE (p=0,700) e PSO (p=0,133), e diferente do PV (p=0,0009) e CS (p=0,0009). A avaliação de 6 espécimes de PFE mostrou depósitos de imunocomplexos: intercelulares intraepidérmicos com IgG e C3 (n=6), IgA (n=5) e IgM (n=1); nas células inflamatórias com IgG e C3 (n=6), IgM e IgA (n=1); nos vasos com IgG, C3 e IgA (n=6), e IgM (n=5); e nos anexos com IgG e C3 (n=6), IgA (n=3) e IgM (n=1). CONCLUSÕES: O PFE predomina no início da doença e em mulheres, com maior risco de infecção. O aumento do VEGF sérico e tecidual sugere uma resposta reparadora ao dano tecidual causado pelos níveis elevados de autoanticorpos no PFE. A menor expressão de Eng no PFE indica uma desregulação da angiogênese na eritrodermia. De forma pioneira, a IH automatizada demonstrou a presença de imunocomplexos intraepidérmicos e nas estruturas dérmicas / BACKGROUND: Pemphigus foliaceus (PF) is characterized by the production of autoantibodies against desmoglein 1 (Dsg1), triggering superficial acantholysis. Lesions on the face and trunk may evolve to erythroderma (PFE). The pathogenesis of PFE is not fully understood. Previous studies suggest the role of vascular endothelial growth factor (VEGF) and endoglin (Eng). OBJECTIVES: To evaluate demographic data, VEGF and Eng expression, and immune complexes deposition in patients with PFE. METHODS: This study included patients with PFE (n=31) and controls with pemphigus vulgaris (PV; n=10), psoriasis (PSO; n=10), and health individuals (CS; n=14) that had serum and skin samples stored. Serum levels of VEGF, soluble VEGF receptor (sVEGFR-1), anti-Dsg1 and Dsg3 were measured by ELISA, and the in situ expression of VEGF, Eng, and immune complexes was evaluated utilizing an automated immunohistochemistry (IH) platform (n=19). After digitalizing the slides, the reactivity was manually classified as 0 (negative), 1 (mild-to-moderate) and 2 (intense), and also analyzed by software. RESULTS: PFE occurred at the onset of the disease in 25/31 (80.6%) patients, with a mean age of 42.7 years and a female predominance (23/31; 74.2%). Patients were hospitalized with an average length of stay of 41.2 days. Bacterial infection was the main complication (30/31; 96.8%), with bacteremia in 10/31 (32.3%) due to Staphylococcus aureus in 7/10 (70%) patients. Herpes simplex virus infection in 11/31 (35.5%) PFE patients caused prolonged hospitalization. Indirect immunofluorescence titers and serum anti-Dsg1 and VEGF (ELISA) were increased in PFE vs. non-erythrodermic PF (PFNE) (p < 0.05). Serum levels of sVEGFR-1 were similar in PFE and PFNE, and weakly correlated with anti-Dsg1 in PFNE (p=0.0342). Manual analysis of anti-VEGF positivity in PFE was statistically different from PFNE (p=0.042) and CS (p=0.004), and similar to PSO (p=0.667) and PV (p=0.667). VEGF expression in PFNE was statistically different from PSO (p=0.049) and PV (p=0.049) and similar to CS (p=0.247). The automated positive vessel count with anti-Eng was similar between PFE and PFNE (p=0.700) and PSO (p=0.133), but different from PV (p=0.0009). Immune complex deposits were evaluated in 6 specimens obtained during PFE and exhibited: intraepidermal intercellular deposits with IgG and C3 (n=6), IgA (n=5) and IgM (n=1); reactivity to inflammatory cells with IgG e C3 (n=6), IgM and IgA (n=1); vascular deposits with IgG, C3 and IgA (n=6), and IgM (n=5); and adnexal positivity with IgG and C3 (n=6), IgA (n=3) and IgM (n=1). CONCLUSIONS: Erythroderma predominates at the onset of PF, especially in women, with higher infectious risk. Increased expression of serum and in situ VEGF suggests that healing processes are triggered in response to the tissue damage caused by high levels of circulating autoantibodies in PFE. The reduced expression of Eng in PFE demonstrates a dysregulated angiogenesis during erythroderma. To the best of our knowledge, this is the first study that showed intraepidermal and dermal deposits of multiple immune complexes utilizing automated IH analysis
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Avaliação da expressão do fator de crescimento endotelial vascular e da endoglina nos pacientes eritrodérmicos com pênfigo foliáceo / Vascular endothelial growth factor and endoglin expression in erythrodermic patients with pemphigus foliaceus

Denise Miyamoto 07 June 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O pênfigo foliáceo (PF) caracteriza-se pela síntese de autoanticorpos contra a desmogleína 1 (Dsg1) com acantólise na epiderme superior. As lesões na face e tronco podem evoluir para eritrodermia (PFE), cuja patogênese é pouco conhecida. Estudos prévios sugerem a participação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e da endoglina (Eng). OBJETIVOS: Avaliar dados demográficos, expressão tecidual e níveis séricos do VEGF e Eng, bem como o perfil dos imunocomplexos no PFE. PACIENTES, MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados pacientes de PFE (n=31) e indivíduos controles com pênfigo vulgar (PV; n=10), psoríase (PSO; n=10) e saudáveis (CS; n=14) com amostras de soro e pele armazenadas. Os níveis séricos do VEGF, receptor solúvel do VEGF (sVEGFR-1), anti-Dsg1 e -Dsg3 foram avaliados por meio da técnica de ELISA, e a presença do VEGF, Eng, e imunocomplexos in situ foi determinada por imuno-histoquímica (IH) em plataforma automatizada (n=19). Após digitalização das lâminas, a reatividade aos anticorpos supracitados foi classificada manualmente em: 0 (ausente), 1 (discreta-moderada) e 2 (intensa), e analisada por software. RESULTADOS: PFE ocorreu no início da doença em 25/31 pacientes (80,6%), com média de idade de 42,7 anos e predomínio feminino (23/31; 74,2%). Os pacientes foram hospitalizados em média por 41,2 dias; infecção bacteriana foi a principal complicação (30/31; 96,8%), com bacteremia em 10/31 (32,3%) causada por Staphylococcus aureus em 7/10 (70%) dos pacientes. Infecção pelo vírus do herpes simples (HSV) em 11/31 (35,5%) doentes determinou internação prolongada. Valores de imunofluorescência indireta, e anti-Dsg1 e VEGF séricos (ELISA) foram superiores no PFE vs. PF não-eritrodérmico (PFNE) (p < 0,05). Níveis do sVEGFR-1 foram semelhantes no PFE e PFNE, e correlacionaram-se fracamente com a anti-Dsg1 no PFNE (p=0,034). A avaliação manual da IH com anti-VEGF no PFE foi estatisticamente diferente do PFNE (p=0,042) e CS (p=0,004), e similar ao PV (p=0,667) e PSO (p=0,667). Já no PFNE, a expressão do VEGF foi estatisticamente diferente do PV (p=0,049) e PSO (p=0,049) e semelhante ao CS (p=0,247). A contagem automatizada dos vasos marcados com anti-Eng no PFE foi similar ao PFNE (p=0,700) e PSO (p=0,133), e diferente do PV (p=0,0009) e CS (p=0,0009). A avaliação de 6 espécimes de PFE mostrou depósitos de imunocomplexos: intercelulares intraepidérmicos com IgG e C3 (n=6), IgA (n=5) e IgM (n=1); nas células inflamatórias com IgG e C3 (n=6), IgM e IgA (n=1); nos vasos com IgG, C3 e IgA (n=6), e IgM (n=5); e nos anexos com IgG e C3 (n=6), IgA (n=3) e IgM (n=1). CONCLUSÕES: O PFE predomina no início da doença e em mulheres, com maior risco de infecção. O aumento do VEGF sérico e tecidual sugere uma resposta reparadora ao dano tecidual causado pelos níveis elevados de autoanticorpos no PFE. A menor expressão de Eng no PFE indica uma desregulação da angiogênese na eritrodermia. De forma pioneira, a IH automatizada demonstrou a presença de imunocomplexos intraepidérmicos e nas estruturas dérmicas / BACKGROUND: Pemphigus foliaceus (PF) is characterized by the production of autoantibodies against desmoglein 1 (Dsg1), triggering superficial acantholysis. Lesions on the face and trunk may evolve to erythroderma (PFE). The pathogenesis of PFE is not fully understood. Previous studies suggest the role of vascular endothelial growth factor (VEGF) and endoglin (Eng). OBJECTIVES: To evaluate demographic data, VEGF and Eng expression, and immune complexes deposition in patients with PFE. METHODS: This study included patients with PFE (n=31) and controls with pemphigus vulgaris (PV; n=10), psoriasis (PSO; n=10), and health individuals (CS; n=14) that had serum and skin samples stored. Serum levels of VEGF, soluble VEGF receptor (sVEGFR-1), anti-Dsg1 and Dsg3 were measured by ELISA, and the in situ expression of VEGF, Eng, and immune complexes was evaluated utilizing an automated immunohistochemistry (IH) platform (n=19). After digitalizing the slides, the reactivity was manually classified as 0 (negative), 1 (mild-to-moderate) and 2 (intense), and also analyzed by software. RESULTS: PFE occurred at the onset of the disease in 25/31 (80.6%) patients, with a mean age of 42.7 years and a female predominance (23/31; 74.2%). Patients were hospitalized with an average length of stay of 41.2 days. Bacterial infection was the main complication (30/31; 96.8%), with bacteremia in 10/31 (32.3%) due to Staphylococcus aureus in 7/10 (70%) patients. Herpes simplex virus infection in 11/31 (35.5%) PFE patients caused prolonged hospitalization. Indirect immunofluorescence titers and serum anti-Dsg1 and VEGF (ELISA) were increased in PFE vs. non-erythrodermic PF (PFNE) (p < 0.05). Serum levels of sVEGFR-1 were similar in PFE and PFNE, and weakly correlated with anti-Dsg1 in PFNE (p=0.0342). Manual analysis of anti-VEGF positivity in PFE was statistically different from PFNE (p=0.042) and CS (p=0.004), and similar to PSO (p=0.667) and PV (p=0.667). VEGF expression in PFNE was statistically different from PSO (p=0.049) and PV (p=0.049) and similar to CS (p=0.247). The automated positive vessel count with anti-Eng was similar between PFE and PFNE (p=0.700) and PSO (p=0.133), but different from PV (p=0.0009). Immune complex deposits were evaluated in 6 specimens obtained during PFE and exhibited: intraepidermal intercellular deposits with IgG and C3 (n=6), IgA (n=5) and IgM (n=1); reactivity to inflammatory cells with IgG e C3 (n=6), IgM and IgA (n=1); vascular deposits with IgG, C3 and IgA (n=6), and IgM (n=5); and adnexal positivity with IgG and C3 (n=6), IgA (n=3) and IgM (n=1). CONCLUSIONS: Erythroderma predominates at the onset of PF, especially in women, with higher infectious risk. Increased expression of serum and in situ VEGF suggests that healing processes are triggered in response to the tissue damage caused by high levels of circulating autoantibodies in PFE. The reduced expression of Eng in PFE demonstrates a dysregulated angiogenesis during erythroderma. To the best of our knowledge, this is the first study that showed intraepidermal and dermal deposits of multiple immune complexes utilizing automated IH analysis
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Estudo da associação entre antígenos de histocompatibilidade leucocitária (HLA) e pênfigo vulgar em pacientes brasileiros / Study of the association between HLA antigens and Pemphigus Vulgaris in brazilian patients

Weber, Raimar 09 December 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O Pênfigo Vulgar é uma doença bolhosa crônica que acomente pele e mucosas. A perda de adesão epitelial ocorre por agressão autoimune às desmogleínas presentes nos desmossomos, mediada por anticorpos IgG. Estudos sobre a gênese da autoimunidade no pênfigo indicam associação entre alelos do sistema HLA, especialmente dos loci DR e DQ. A população brasileira apresenta características favoráveis a estudos exploratórios em genética decorrente de sua origem mista e intensa miscigenação. PACIENTES E MÉTODO: O grupo em estudo incluiu trinta e seis pacientes não consanguíneos com diagnóstico de Pênfigo Vulgar comprovado por imunopatologia provenientes do estado de São Paulo, Brasil. Foram tipados para os loci HLA-A, HLA-B e HLA-DR utilizando-se oligonucleotídeos sequência-específica (PCR-SSO). As frequências alélicas e fenotípicas encontradas foram comparadas com as de um grupo controle composto de dados de 712 indivíduos doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) provenientes de São Paulo e tipados pelo mesmo método. O valor de P crítico foi corrigido utilizando-se o método False Discovery Rate. RESULTADOS: Os alelos HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 e DRB1*14 estiveram associados à doença com riscos relativos de 44,6, 18,6 e 4,8, respectivamente (p<0,001). Não houve diferença estatisticamente significante entre as frequências de nenhum alelo dos loci HLA-A ou HLA-B entre os grupos. DISCUSSÃO: O alelo DRB1*04:02, diretamente, e o alelo DRB1*14, indiretamente por desequilíbrio de ligação com DQB1*05:03, estão associados com Pênfigo Vulgar em diversas populações ao redor do mundo, porém nenhum estudo semelhante observou associação com o alelo DRB1*08:04 em tamanha magnitude. Acreditamos que as associações encontradas em nosso estudo não sejam decorrentes de viés de estratificação populacional. É necessária, no entanto, a tipagem de loci adjascentes ao HLA-DR dos indivíduos do grupo em estudo para diferenciar se o risco à doença é inerente a estes alelos ou a algum outro nas proximidades, com o qual estariam em desequilíbrio de ligação. CONCLUSÕES: Os alelos HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 e DRB1*14 estiveram associados ao Pênfigo Vulgar em pacientes brasileiros. / BACKGROUND: Pemphigus vulgaris is a chronic blistering disease affecting skin and mucous membranes. Autoimmune aggression to desmoglein in desmosomes, mediated by IgG antibodies, leads to loss of epithelial cell adhesion. Studies indicate association between some alleles of the HLA system and pemphigus vulgaris, mainly at the DR and DQ loci. Brazilian population characteristics are conducive to genetic exploratory studies because of its various origins and intense ethnically admixture. PATIENTS AND METHODS: The study group consisted of thirty-six unrelated patients with clinical and immunopathological diagnosis of pemphigus vulgaris from a tertiary hospital in Sao Paulo - Brazil. HLA allele typing at the A, B and DR loci was performed after DNA extraction using polymerase chain reaction and sequence-specific oligonucleotide probes (PCR-SSO). Allele and phenotypic frequencies were compared to those from a control group composed by 712 individuals volunteer donors registered in a national registry of bone marrow donors (REDOME) from Sao Paulo, typed using the same method. False Discovery Rate method was used to adjust level of critical P values. RESULTS: The HLADRB1* 04:02, DRB1*08:04 and DRB1*14 were associated with pemphigus vulgaris with relative risks of 44.6, 18.6 and 4.8, respectively (p <0.001). There was no significant difference between the frequencies of any allele of loci HLAA or HLA-B among the groups. DISCUSSION: The alleles DRB1*04:02 and DRB1*14 (indirectly through linkage disequilibrium with the DQB1*05:03) are associated with pemphigus vulgaris in several populations worldwide, however, no similar study reported such magnitude of association between pemphigus vulgaris and DRB1*08:04 allele. We consider that the association is not secondary to population stratification bias. HLA typing of nearby loci is required to differentiate if the association with pemphigus vulgaris is inherent to the HLA-DRB1*08:04 allele or to another gene which is in linkage disequilibrium. CONCLUSIONS: The HLA-DRB1*04:02, DRB1*08:04 and DRB1*14 were associated with pemphigus vulgaris in Brazilian patients
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Evolução clínica, sorológica e terapêutica dos doentes de pênfigo foliáceo do ambulatório de doenças bolhosas auto-imunes do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 1991 a 2002 / Clinical, serological and therapeutic evolution of 104 pemphigus foliaceus patients followed-up at the Department of Dermatology, University of São Paulo Medical School from 1991 to 2002.

Ito, Luci Mari 25 August 2004 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução clínica, sorológica e terapêutica dos doentes de pênfigo foliáceo, acompanhados no ambulatório de doenças bolhosas auto-Imunes do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 1991 a 2002. Foram avaliados todos os 104 doentes com diagnóstico de pênfigo foliáceo acompanhados dentro do período citado. Os dados foram obtidos através das análises dos prontuários dos doentes. Do ponto de vista clínico, os doentes foram divididos de acordo com a forma clínica da doença: 15 doentes apresentaram a forma localizada da doença e 89, a forma generalizada de pênfigo foliáceo, sendo 12 eritrodérmicos. Com relação à terapêutica, a droga de escolha para tratamento do pênfigo foliáceo foi a prednisona oral usada como primeira opção em 99 doentes. A triancinolona foi opção terapêutica para 39 casos prednisona resistentes, sendo usada, ainda, em cinco casos como primeira opção. Os imunossupressores, em especial a ciclofosfamida, foram utilizados, com relativo sucesso, em casos de difícil controle. Houve queda dos títulos de auto-anticorpos circulantes da classe IgG após a instituição da terapêutica específica. As complicações mais freqüentes foram: parasitoses intestinais, infecções bacterianas e virais, diabetes e hipertensão. O índice de mortalidade foi de 5,7%, e esteve associado à septicemia e/ou à broncopneumonia. Cinco entre os seis doentes que evoluíram para óbito encontravam-se nos dois primeiros anos da doença. Seis mulheres engravidaram durante o seguimento e, dentre as oito gestações acompanhadas, três foram espontaneamente interrompidas e cinco culminaram com o nascimento de cinco crianças sadias. / The present study evaluated the clinical, serological and therapeutic profile of 104 patients with pemphigus foliaceus followed at Hospital das Clínicas, Department of Dermatology, University of São Paulo from 1991 to 2002. Data were obtained by retrospective analysis of patients´records . From the clinical point of view, 15 out of 104 pemphigus foliaceus patients presented the localized form, and 89 the generalized form; erythroderma was seen in 12 patients with the generalized form. The drug of choice for the treatment of pemphigus foliaceus was systemic prednisone, which was administered in 99 patients. Triamcinolone was utilized in 39 cases as an option for prednisone-resistant cases, and was utilized as a first option only in 5 patients. Immunossupressants, in special cyclophosphamide, were used as adjuvant therapy in refractory cases, and showed to be a good option. As for the patients´ serological profile, circulating IgG autoantibodies titers decreased after the introduction of specific therapy. Most frequent complications included: intestinal parasitosis, bacterial and viral infections, diabetes and hypertension. Mortality rate was 5.7%, occurred during the first two years of the disease, and was associated to sepsis or pneumonia. Six patients were pregnant during the follow-up: 5 out of 8 pregnancies were well-succeeded, resulting in five healthy newborns, and three were spontaneously interrupted.

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