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Ponte da Passagem: você e cê transitando na fala de Vitória (ES)

CALMON, E. N. 30 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4721_Dissertação ELBA NUSA CALMON20130815-173531.pdf: 1788371 bytes, checksum: 406bc0e4cdefcf67d602d9a7b16b18c0 (MD5) Previous issue date: 2011-08-30 / Esta dissertação, de orientação sociolinguística, trata do estudo dos pronomes você, ocê, cê e te falados na cidade de Vitória (ES). Os dados da amostra para esta pesquisa constituem-se de dois corpora: PORTVIX (O português falado na cidade de Vitória) e FALA CASUAL. Para a coleta do PORTVIX foram selecionadas as variáveis gênero, faixa etária e nível de escolaridade de informantes cujas características comuns eram o de ser natural de Vitória, de ter pais capixabas e o de residir sempre nesta cidade. A FALA CASUAL, coletada também com moradores de Vitória (ES), constituída por duas gravações de conversas sem que o falante tivesse conhecimento prévio do evento. Para atestar nossos resultados, trabalhamos com a análise quantitativa de dados da fala. Para a análise dos corpora, analisamos a variável dependente em função das variáveis sociais mencionadas e, também, da variável linguística relativa aos aspectos sintáticos (sujeito, objeto direto, complemento de preposição) e dos aspectos semânticos (genérico ou específico). O tratamento estatístico dos dados baseou-se no programa computacional GOLDVARB X. A faixa etária e o gênero foram considerados relevantes pelo programa. Na faixa etária, constatamos que, em relação aos pronomes você e cê, estava ocorrendo uma mudança a qual caminhava de você para cê. Porém, na faixa etária 15-25 anos iniciou-se um processo de reversão dessa mudança para você, acentuando-se ainda mais na faixa 7-14 anos. Com relação ao gênero, os dados revelam que o gênero feminino favorece o uso da forma você um pouco mais do que o gênero masculino. A variável função sintática também foi selecionada pelo programa. Embora o número de dados precedidos da preposição para seja pequeno, esse contexto favorece mais o pronome você do que o contexto em que o pronome você aparece não precedido da preposição para. No PORTVIX verificou-se uma correlação positiva entre a fala dos entrevistados e entrevistadores, evidenciando-se que embora a literatura sociolinguística advirta sobre o paradoxo do observador, ao enfocar que a presença do entrevistador e do gravador podem inibir a fala do entrevistado, na nossa pesquisa verificamos uma situação contrária a essa: comprovamos que foi o entrevistado o agente influenciador da fala do entrevistador, uma vez que era o entrevistador quem modificava sua fala ao se deparar com situações em que os entrevistados faziam maior ou menor uso de uma das variantes. Comparamos a nossa pesquisa com outros trabalhos de mesma temática realizados em outras regiões do Brasil e pudemos verificar que a fala de Vitória se distancia da de Minas Gerais e se aproxima da de Brasília. Destacamos, ainda, o fato de a forma ocê praticamente inexistir no PORTVIX, sendo sua realização correspondente a apenas 0,5% do total das ocorrências. Há, ainda, o fato de essa forma ser rejeitada, conforme aponta o estudo de Peres (2008). Mesmo no corpus da FALA CASUAL, que apresenta características bastante diferentes da do PORTVIX, também prevalece a forma você. Comparamos a Fala Casual com os resultados de Paredes (1998), em corpus gravado no Rio de Janeiro, caracterizado por os falantes não terem conhecimento da gravação, observamos que nesse corpus há maior frequência de cê (54,3%) do que de você. Vimos que na Fala Casual, ao contrário do encontrado na pesquisa de Paredes, também prevalecia a variante você.
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Você ou tu? Nordeste versus Sul: o tratamento do interlocutor no português do Brasil a partir de dados do Projeto ALiB

Deus, Viviane Gomes de 14 February 2013 (has links)
Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-02-14T15:46:24Z No. of bitstreams: 1 Viviane Gomes de Deus.pdf: 1058043 bytes, checksum: de56f1b9e0936470f810903854618be7 (MD5) / Approved for entry into archive by Valdinéia Ferreira(neiabf@ufba.br) on 2013-02-14T16:16:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Viviane Gomes de Deus.pdf: 1058043 bytes, checksum: de56f1b9e0936470f810903854618be7 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-14T16:16:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Viviane Gomes de Deus.pdf: 1058043 bytes, checksum: de56f1b9e0936470f810903854618be7 (MD5) / O estudo aqui apresentado enfoca o uso de pronomes específicos para a referência ao interlocutor no Português do Brasil (PB), considerando-se contextos lingüísticos e sociais que costumam favorecer uma das variantes. Estas formas pronominais usadas na interlocução podem denotar maior ou menor grau de intimidade, além de servirem como estratégia de indeterminação (MENON, 2006a), ou seja, uma referência [- específica], ou propriamente genérica. Sendo o uso diversificado dos pronomes de 2ª pessoa um dos aspectos comuns às línguas românicas, o PB diferencia-se das demais por não apresentar um limite definido entre a formalidade e a não-formalidade, ou entre relações de maior ou menor intimidade, no emprego dessas formas de interlocução. Os falantes do francês e espanhol, por exemplo, distinguem, por sua vez, de maneira mais clara e socialmente marcada, os usos ‘informal versus formal’ e/ou ‘íntimo versus não-íntimo’, das formas pronominais de segunda pessoa.Diante dessa problemática, este trabalho visa apresentar uma possível descrição das formas interlocutórias observadas no vernáculo brasileiro, sobretudo do uso dos pronomes tu e você, no Sul e no Nordeste do país, no que diz respeito à fala das capitais constituintes da amostra. Pretende-se, com isso, contribuir para o conhecimento da realidade lingüística do Brasil, objetivo precípuo do Projeto Atlas Lingüístico do Brasil – Projeto ALiB –, ao qual se vinculada esta pesquisa. Para tanto, baseou-se nos pressupostos da Teoria Variacionista (LABOV, 2008 [1983]), segundo a qual a variação lingüística pode ser sistematizada,partindo do princípio da heterogeneidade ordenada. Abordagens a respeito da variável em análise, realizadas sob essa mesma perspectiva teórico-metodológica, em capitais e/ou suas cercanias (LOREGIAN, 1996, 2004; MODESTO, 2006), apontam para a alternância de tu/você, de maneira indiscriminada, em algumas circunstâncias/áreas, enquanto em outras predomina uma das variantes. A diversidade de usos das formas de interlocução no PB não corresponde, pelo que se observa, à descrição tradicional, o que tem suscitado questionamentos sobre as definições e sistematizações já postuladas. Contando-se, pois, com o suporte estatístico do pacote de programas do VARBRUL (PINTZUK, 1988), procedeu-se a análise quantitativa dos dados seguida da interpretação qualitativa dos percentuais e pesos obtidos. Desse modo, foram analisados 48 inquéritos, sendo 4 de cada sexo, igualmente distribuídos por 2 faixas etárias e 2 níveis de escolaridade, em cada uma das 6 capitais constituintes do corpus, a saber: as três do Sul – Santa Catarina, Florianópolis e Porto Alegre–, e três do Nordeste – Teresina, Recife e Salvador. Diante das ocorrências documentadas,confirmou-se a hipótese de que o fator geográfico interfere mais no uso das formas de tratamento do que os fatores sociais. Por fim, identificados usos distintos das formas pronominais, nas regiões Nordeste e Sul do Brasil, espera-se ter contribuído para o conhecimento da diversidade que constitui o multiforme cenário lingüístico-social do país,visando à formulação de políticas de ensino-aprendizagem da língua materna. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2009.
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A variação dos pronomes possessivos de 2a. e de 3a. pessoas em redações de alunos de uma escola pública de Curitiba

Sbalqueiro, Arnaldo January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:21:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 222321.pdf: 344146 bytes, checksum: 021cba56c6a090bdcbb613eb603dddf0 (MD5) / Este estudo investiga a variação dos pronomes possessivos de 2ª pessoa teu e seu e de terceira pessoa seu e dele em redações de alunos de uma escola de Curitiba-PR. Dentre as questões mais importantes, destacamos duas: estariam esses pronomes em variação ou em distribuição complementar? Para respondê-las, analisamos variáveis sociais, estilísticas e lingüísticas que condicionam o uso desses possessivos, avaliando as ocorrências de forma quantitativa e qualitativa. O aparato teórico-metodológico utilizado é a teoria variacionista laboviana, com breves incursões em concepções teóricas sobre as pessoas do discurso e sobre poder e solidariedade.O corpus investigado é constituído de 204 redações, cujos dados, após categorizados, foram submetidos ao programa VARBRUL. Os dados de 2ª pessoa, retirados do discurso reportado, apontam 92% de ocorrências do pronome seu e 8% do possessivo teu, num total 160 ocorrências. Tomando como aplicação da regra o possessivo seu, o programa estatístico selecionou apenas o grupo de fatores gênero dos autores das redações com o gênero feminino apresentando a tendência para utilizar a forma de maior prestígio que é seu. Nas avaliações qualitativas, constatamos a marca das relações simétricas/assimétricas entre os interlocutores no discurso reportado. Os resultados apontam, ainda, que teu e seu estão em variação para concordar com você, pronome pessoal de 2ª pessoa exclusivo em Curitiba. Na 3ª pessoa, observamos um total de 90% de ocorrências de seu e 10% da forma dele dentre 637 ocorrências. O programa estatístico, tomando como aplicação da regra o possessivo dele, selecionou os seguintes grupos de fatores: discurso reportado/não reportado apontando dele como preferido no discurso reportado; escolaridade/idade com maior uso de seu, por influência da escola; gênero dos autores das redações com o gênero masculino utilizando mais dele. Nas avaliações qualitativas, verificamos que a ambigüidade de seu somente é eliminada com o uso de dele. E esse possessivo parece ter uma grande versatilidade, pois, na avaliação dos contextos lingüísticos, com menos dados, apresenta quase o mesmo número de contextos que o pronome seu. Além disso, mostra um grande poder anafórico por trazer maiores informações para a referenciação e é isento de ambigüidades. Diante de tudo o que seu e dele apresentaram, acreditamos que essas duas formas estão em distribuição complementar, na 3ª pessoa, confirmando nossa hipótese.
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O japones em situação de pseudo-imersão : o uso dos pronomes pessoais

Suzuki, Maria Emiko, 1945- 14 July 2018 (has links)
Orientador: Eunice Ribeiro Henriques / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-14T03:59:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Suzuki_MariaEmiko_M.pdf: 2938943 bytes, checksum: b7cbe35151914907c4e3e17f36b5dc77 (MD5) Previous issue date: 1990 / Resumo: Este trabalho tem como objetivo geral caracterizar a situação o de pseudo-imersão que, apesar de semelhante à situação de imersão, apresenta características próprias. Para essa caracterização, coletamos dois tipos de dados: ORAL (fala espontanea) e ESCRITO (por meio de questionário). O objetivo específico da coleta foi isolar os pronomes pessoais para verificar em que medida seu uso pelos nipo-brasileiros (falantes de "coloniago") difere do de falantes nativos (ou seja, do japonês-padrão). Verificou-se que os fatores linguísticos (por exemplo, o uso de "code switching" e empréstimos), diretamente influenciados pelos extra-lingüísticos (por exemplo, a situação sócio-cultural dos sujeitos) aumentam em freqüência de modo proporcional ao processo de aculturação / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Os pronomes clínicos do PB contemporâneo na perspectiva teórica da morfologia distribuída

Pereira, Ana Luiza Dias January 2006 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística. / Made available in DSpace on 2012-10-22T14:28:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 227968.pdf: 994010 bytes, checksum: 435d4bdb2323a32e5d937d8b6d1c9fdf (MD5)
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Mas, professor, qual é o certo? Conflito de normas no ensino do português do Brasil para hispano-falantes

Dias, Rafael de Oliveira January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-07-25T04:10:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 347120.pdf: 1623080 bytes, checksum: c7b3ea2ae1366f03316191452de11ebb (MD5) Previous issue date: 2017 / Esta dissertação problematiza o conflito entre a norma-padrão e as variedades cultas do português do Brasil no contexto de ensino e aprendizagem do português como segunda língua para alunos hispano-falantes. Para tal, propomos uma pesquisa de caráter interdisciplinar entre a Linguística Aplicada e a Sociolinguística Variacionista, lançando mão de instrumentos da pesquisa de cunho etnográfico aplicada ao contexto de sala de aula de L2. Nosso recorte de análise abrange a variação da retomada anafórica de 3ª pessoa em função acusativa e a colocação dos pronomes clíticos, o qual cobre a análise de dois materiais didáticos utilizados no curso Extracurricular da Universidade Federal de Santa Catarina, local onde a pesquisa de campo foi desenvolvida com foco na percepção de alunos e professores, bem como no encontro de sala de aula. A partir da análise dos fenômenos linguísticos citados, buscamos evidenciar no decorrer da pesquisa que o reconhecimento ou não do português do Brasil no âmbito de segunda língua perpassa por questões além do linguístico, mas também por questões ideológicas conflituosas de divergentes concepções de língua, norma, ensino e aprendizagem.<br> / Abstract : This Master's thesis discusses the conflict between the standard norm and the standard language of Brazilian Portuguese in the context of teaching and learning Portuguese as a second language for Spanish-speaking students. To this end, we propose an interdisciplinary research between Applied Linguistics and Variationist Sociolinguistics, using ethnographic research instruments applied to the context of the L2 classroom. Our analysis covers the variation of the anaphoric resumption of 3rd person in an accusative function and the placement of the clitic pronouns, which covers the analysis of two didactic materials used in the Extracurricular course of Santa Catarina Federal University, where the field research took place with a focus on the perception of students and teachers, as well as the encounter in classroom. From the analysis of the linguistic phenomena mentioned, we have tried to demonstrate during the research that the recognition of Brazilian Portuguese in the second language context is not only linguistic but also due to conflicting ideological questions of divergent conceptions of language, norm, teaching and learning.
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Colocação de pronomes oblíquos átonos: normas e uso / L'emploi des pronoms obliques atones

Renata Peçanha Ozorio Alonso 29 May 2006 (has links)
Parmi les nombreux chapitres de la Grammaire. Normative, lemploi des pronoms obliques atones est lum qui présente davantage des différences entre Le Portugais du Brésil et du Portugal. Dans ce travail, nous recherchons démontrer que les règles pourraient être simplifiées ou même cependant réduites, sur la base de létude dum corpus organisé à partir de textes formels présents dans um dês véhicules principaux du média brésilien imprimé ou predomine la varieté cultivée de la langue / Dentre os muitos capítulos da gramática normativa, a colocação dos pronomes oblíquos átonos é um dos que mais apresenta diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal. Neste trabalho, procuramos demonstrar que as regras poderiam ser simplificadas ou até mesmo reduzidas, com base no estudo de um corpus organizado a partir de textos formais, presentes em um dos principais veículos da mídia impressa brasileira, onde predomina a variedade padrão culta do idioma
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De quem nós/a gente está(mos) falando afinal?

Silva, Ivanilde da January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-graduação em Linguística / Made available in DSpace on 2012-10-21T21:28:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 208785.pdf: 934005 bytes, checksum: 08257673dc8164a3f70b3da098a590d3 (MD5) / O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a intercambialidade de nós e a gente (e suas respectivas realizações #mos e zero) atrelada à peculiaridade de serem pronomes multirreferenciais, podendo designar, dentro de uma escala de possibilidades, desde as pessoas do discurso a referentes genéricos, a ponto de não se precisar o referente. A análise está apoiada nas concepções teóricas de Benveniste (1988 e 1989) no que se refere às discussões sobre pronomes e subjetividade das pessoas do discurso; nos processos de referenciação e de categorização de referentes do discurso, baseados na abordagem lingüística e sócio-cognitiva de Mondada e Dubois (1995/2003), Apothéloz (1995/2003) e Milner (1995/2003) principalmente, e nos pressupostos teóricos e metodológicos da sociolingüística variacionista. As amostras da pesquisa foram constituídas por 32 entrevistas, 16 colhidas na cidade de Blumenau/SC, da fala de profissionais, muitos deles vinculados a um hospital da mesma cidade, e os demais dados de fala foram colhidos do Programa do Jô, atração televisiva veiculada pela Rede Globo de Televisão. As entrevistas, coletadas na cidade catarinense foram realizadas entre os anos de 2001 e 2002 e as exibidas pelo Programa do Jô no período de 2003 a 2004. As amostras possuem a mesma distribuição de informantes, conforme dito acima, todos com grau de escolaridade superior, classificados de acordo com o sexo e duas faixas etárias. Os resultados gerais da utilização dos pronomes nós e a gente indicam mudança: na medida em que o pronome a gente se estabiliza como pronome pessoal, ele disputa cada vez mais espaço no campo da determinação, concorrendo com o pronome nós.
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Variação pronominal nós/a gente e tu/você em Concórdia - SC

Franceschini, Lucelene Teresinha 18 October 2013 (has links)
Resumo: O objetivo central desta pesquisa foi descrever e analisar a variação pronominal nós/a gente e tu/você no falar de Concórdia - SC e, posteriormente, comparar esses resultados, a fim de verificar se as tendências dessas duas variáveis são as mesmas no falar dessa comunidade. Quanto à variável tu/você, também foi feita uma análise da atitude e comportamento linguístico dos falantes de nossa amostra em relação a essa variável. Este estudo está apoiado, especialmente, nos pressupostos da Teoria da Variação e Mudança Linguística, delineada por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 2008), que leva em consideração a influência de variáveis linguísticas e sociais no condicionamento do uso das formas em variação. A amostra foi constituída por 24 entrevistas, coletadas entre os anos de 2007 e 2010 pela própria pesquisadora, e distribuídas por duas faixas etárias (26 a 45 anos; 50 anos ou mais); sexo (masculino; feminino) e três níveis de escolaridade (fundamental I; fundamental II; ensino médio). Para a análise estatística dos dados coletados foi utilizado o pacote de programas VARBRUL (PINTZUK, 1988). Os resultados gerais desta pesquisa indicaram uma provável mudança em curso, pois, tanto na variação nós/a gente, como na variação tu/você, os pronomes inovadores a gente e você apresentaram uma maior probabilidade de uso na faixa etária mais jovem; já os pronomes conservadores nós e tu predominaram na faixa etária mais velha. Quanto às varáveis independentes selecionadas, a determinação do referente mostrouse a mais significativa na análise das duas variáveis dependentes, apontando, assim, as mesmas tendências, ou seja: em contexto de sujeito indeterminado, os pronomes inovadores a gente e você são favorecidos e, em contexto determinado, são os pronomes canônicos nós e tu que predominam. A comparação da atitude e do comportamento linguístico dos falantes de nossa amostra apontou reações subjetivas bastante uniformes em relação ao tu/você, o que parece indicar, conforme Labov (1974), que um novo padrão de prestígio está entrando no falar de Concórdia, o você, mas que este ainda não alcançou uniformidade no uso real, já que neste falar ainda predomina o uso do tu.
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Aquisição de sujeitos e objetos pronominais no português brasileiro: um estudo longitudinal dos nulos, pessoais e seus casos na perspectiva da morfologia distribuída

Bulla, Julieane Pohlmann January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-06T02:01:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000458535-Texto+Completo-0.pdf: 2531916 bytes, checksum: 20259d44fb2ac5f3b6a100e6aa0ab7f6 (MD5) Previous issue date: 2013 / This thesis investigates the acquisition of personal pronouns in Brazilian Portuguese (BP) from the perspective of Distributed Morphology. Based on a corpus composed by interactions of 3 toddlers recorded naturalistic and periodically from 1 year and 7 months to the age of 3, the study presents quantitative and qualitative data of the production of personal pronouns in subject and object positions, as well as null and overt subject and object production. From morphosyntactic analyses of 1st person contexts, it was found that the children in this corpus do pass through an Optional Person Stage, during which they alternate between agreeing inflected verbs and default inflected ones, being the last identical to 3rd person inflected forms. Exploring the morphological case issue, only two cases came out in the acquisition of BP: the accusative, responsible by the insertion of the clitics me and te; and the oblique, causing the insertion of the stressed pronouns mim and ti. It is proposed that case attribution may take place via Lowering Morphological Merger: accusative case is given to 1st and 2nd person pronouns which are VP-internal and oblique case to 1st and 2nd person pronouns that are PP-internal.After the accusative item insertion, there may still be the action of Local Dislocation Morphological Merger to rearrange the pronoun to a proclitic position, typical of BP. Thus, this research has contributed with longitudinal data of pronoun and verbal inflection acquisition by Brazilian children, what may engage future investigations, including those which compare the acquisition of these aspects by other languages speaking children. / Esta tese trata da aquisição dos pronomes pessoais no português brasileiro (PB) na perspectiva da Morfologia Distribuída. Com base em um corpus composto por falas de três crianças gravadas de forma naturalística e longitudinal entre 1 ano e 7 meses e 3 anos de idade, a investigação apresenta dados quantitativos e qualitativos da produção de pronomes pessoais nas posições de sujeito e objeto, bem como da expressão de sujeitos e objetos plenos e nulos. Por meio de análises morfossintáticas de contextos de 1ª pessoa, verificou-se que as crianças do corpus passam por um Estágio de Pessoa Opcional, em que alternam entre verbos flexionados e com flexão default, igual à de 3ª pessoa. Na exploração do caso morfológico, constataram-se apenas dois casos na aquisição do PB: o acusativo, responsável pela inserção dos clíticos me e te; e o oblíquo, inserindo as formas tônicas mim e ti. Propôs-se que o Merger Morfológico Descendente (EMBICK & NOYER, 1999; 2005) determina o caso acusativo para pronomes de 1ª e 2ª pessoas em posição interna a sintagmas verbais (VP) e caso oblíquo para pronomes de 1ª e 2ª pessoas internos a sintagmas preposicionais (PP).Após a inserção de itens acusativos, há ainda a atuação do Merger Morfológico de Deslocamento Local, que reordena linearmente os pronomes para a posição proclítica, típica do PB. Assim, a pesquisa contribuiu com dados longitudinais da aquisição de pronomes e da flexão verbal por crianças brasileiras, o que poderá servir como base para novas pesquisas, incluindo as que comparem a aquisição destes aspectos por crianças falantes de outras línguas.

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