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Parteiras em Londrina: (1929-1978)

Mendonca, Lucia Glicerio. January 1900 (has links)
Mestre -- Casa de Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2004.
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Parteiras em Londrina: (1929-1978) / Midwives in Londrina: (1929-1978)

Mendonça, Lúcia Glicério January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2013-01-07T15:55:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 42.pdf: 2008415 bytes, checksum: 22d7d7586f7b80e825588788e7b54bac (MD5) Previous issue date: 2004 / O objeto do estudo consiste nas relações entre parteiras tradicionais, profissionais de saúde e a população assistida por ambos os grupos, a partir do ponto de vista das parteiras, ao longo do período no qual ocorreram os programas de treinamento para parteiras tradicionais promovidos pela 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná, sediada em Londrina, entre os anos de 1975 a 1978. Contudo, o recorte temporal abrange um período maior, inicia-se em 1929, com a formação do primeiro núcleo populacional de Londrina e atinge o ano de 1978. O referencial teórico utilizado no estudo está baseado nas proposições de micro-história italiana. O trabalho de Susan L. Smith, Sick and tired of being sick and tired: black women's health in America atuou aqui como referncial historiográfico. Dele, aproveitou-se a 'idéia do elo'. Esta elaboração teórica consiste na percepção, por parte dos funcionários do Estado, do potencial de iniciativa, aconselhamento e liderença que as parteiras tinham dentro de suas comunidades. A percepção desse potencial é a idéia fundamental dos trabalhos de Saúde Pública com essas mulheres pelo mundo. A dificuldade de se acessar a documentação sobre treinamento de parteiras levou-nos à opção pelo método de entrevistas e à exploração intensiva das fontes. Os resultados desta pesquisa dão conta de que existiam diferenças entre os significados inferidos à prática da parturição pelas parteiras urbanas e rurais. As parteiras rurais inferiam, quase que exclusivamente, valores religiosos e humanitários à prática. As parteiras urbanas, percebendo o potencial econômico da parturição, acabaram por se apropriar da lógica profissional de médicos e obstetrizes, tomando como exemplo a conduta destes sujeitos. Sendo assim, as parteiras conjugaram os valores de solidariedade, servir e cuidar do próximo com a prática profissional, sem significar, necessariamente, um conflito de valores. Os treinamentos não garantiram a continuação dos serviços realizados por elas, ao terem reconhecidas suas contribuições para a Saúde Pública. Este trabalho que contribuir para o conhecimento acerca do tema das parteiras e a parturição exercida por elas, no que diz respeito pensar nas maneiras pelas quais as mudanças de práticas tradicioanis se dão no cotidiano das pessoas.
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Representa??es sociais de mulheres quilombolas sobre gesta??o, parto e puerp?rio e suas pr?ticas de cuidado em sa?de reprodutiva

Leuchtenberger, Ramoci 09 March 2016 (has links)
Submitted by Jos? Henrique Henrique (jose.neves@ufvjm.edu.br) on 2017-01-05T17:15:36Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) ramoci_leuchtenberger.pdf: 13836273 bytes, checksum: 357b05202ed703ff927ea55cb44804a4 (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Martins Cruz (rodrigo.cruz@ufvjm.edu.br) on 2017-01-31T14:01:35Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) ramoci_leuchtenberger.pdf: 13836273 bytes, checksum: 357b05202ed703ff927ea55cb44804a4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-31T14:01:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) ramoci_leuchtenberger.pdf: 13836273 bytes, checksum: 357b05202ed703ff927ea55cb44804a4 (MD5) Previous issue date: 2016 / Por s?culos mulheres de comunidades tradicionais quilombolas foram cuidadas na gesta??o, parto e puerp?rio por parteiras e mulheres de sua confian?a. Nas ?ltimas d?cadas passaram a dar ? luz em hospitais, onde procedimentos que n?o atendem ?s particularidades de cada caso acabam por transformar o parto em uma experi?ncia de dor, medo e abandono. As pr?ticas sociais do cotidiano das mulheres de um determinado territ?rio, classe social e inser??o ?tnico-racial constr?em um conjunto de representa??es do cuidado da gestante, da parturiente, e do rec?m nascido que contemplam suas necessidades espec?ficas nestas fases da vida. Este estudo tem por objetivo conhecer as pr?ticas de cuidado da sa?de reprodutiva realizadas por mulheres da comunidade quilombola Ausente, no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e compreender suas necessidades durante a gesta??o, parto e puerp?rio, contribuindo para a humaniza??o da assist?ncia ao parto. A colheita de dados foi realizada durante incurs?es ? comunidade, por meio de observa??o participante e entrevistas abertas com gestantes, lactantes e pu?rperas. As mulheres quilombolas demonstram unanimidade na prefer?ncia por parto normal em rela??o ? ces?rea. O motivo ? o temor da recupera??o que a cirurgia exige , n?o havendo men??o ?s vantagens fisiol?gicas e emocionais proporcionada pelo parto normal para a m?e e a crian?a. Cumprir o resguardo no puerp?rio ? fundamental para a sa?de da mulher, e a ajuda prestada por outras mulheres na organiza??o da casa e no cuidado com outras crian?as permite que a m?e se dedique integralmente ao beb? rec?m nascido. Os rituais que se desenrolam nos primeiros dias de vida do beb? s?o determinantes de sua sa?de, al?m de promover a socializa??o e o sentimento de comunidade. A vida das mulheres quilombolas favorece sua capacidade de decis?o e protagonismo, mas o desconhecimento das diretrizes que regulamentam a assist?ncia humanizada ao nascimento e a resigna??o com as dificuldades comumente enfrentadas durante o parto as impede de exigir at? mesmo a presen?a de um acompanhante. A produ??o de material informativo sobre gesta??o, parto e amamenta??o, baseado em evid?ncias cient?ficas, precisa ampliar sua veicula??o e diversificar seu p?blico alvo, passando a incluir mulheres negras e rurais. Se fazem necess?rias a??es de dissemina??o destas informa??es que levem em considera??o a exist?ncia de m?ltiplas realidades e respeitem as caracter?sticas culturais das diferentes humanidades. / Disserta??o (Mestrado Profissional) ? Programa de P?s-Gradua??o em Sa?de, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2016. / For centuries women in traditional 'quilombola' communities were cared for during pregnancy, childbirth and postpartum by midwives and women of their confidence. In recent decades they have come to give birth in hospitals where procedures that do not consider the particularities of each case end up turning delivery in an experience of pain, fear and abandonment. Social practices of the daily lives of women of a certain territory, social class and ethnic-racial influence builds a set of representations on the care of the pregnant woman, the woman in labor and the newborn that answer to their specific needs in these stages of life. This study aims to understand the reproductive health care practices performed by women of the Ausente Community, at Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, and understand their needs during pregnancy, childbirth and the postpartum period, contributing to the humanization of delivery care. Data collection was conducted during visits to the community, through participant observation and open interviews with pregnant women and nursing mothers. 'Quilombola' women demonstrate unanimity in the preference for vaginal delivery compared to cesarean section. The reason is the fear of recovery that surgery requires, with no mention of the physiological and emotional benefits provided by normal delivery for the mother and the child. Rest at postpartum is critical to women's health, and the help provided by other women in the organization of home and at the care of other children allows the mother to fully dedicates to the newborn baby. The rituals that take place in the first days of the baby's life are critical to his health, and also help to promote the socialization and the sense of community. The life of 'quilombola' women favors its decisiveness and autonomy, but the lack of knowledge about legislation of humanized care at birth prevent them of require rights, as the presence of a companion. The production of informative material about pregnancy, childbirth and breastfeeding, based on scientific evidence, needs to expand its transmission and diversify its target audience to include black and rural women. Actions of dissemination of this information are essential, considering the existence of multiple realities and the cultural characteristics of diverse human groups.
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Resgate das práticas de parteiras leigas : a humanização da atenção ao parto

Vieira, Marisa Reginatto January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa na linha histórica, que teve como objetivo conhecer as práticas de três parteiras leigas, atualmente moradoras na cidade de Porto Alegre e que atuaram nas décadas de 1960, 1970 e 1980, no interior do Rio Grande do Sul. Através da história oral temática, resgataram-se as ações que elas desenvolviam durante o acompanhamento de mulheres, na gestação, parto e puerpério. As informações foram obtidas através de entrevistas com as colaboradoras, e analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo temática, de Bardin. Desta forma obteve-se dois grandes temas: o respeito ao processo fisiológico da mulher e a presença do doméstico. Buscou-se realizar uma reflexão das práticas obtidas com as parteiras leigas do estudo, em relação às propostas de humanização do parto e nascimento preconizadas pelo Ministério da Saúde, e observou-se que mesmo com aprendizado informal do ofício, as parteiras leigas utilizavam práticas em sua maioria consideradas adequadas. O resgate dessas práticas poderá servir de reflexão para os profissionais de saúde e os futuros, visando repensar seus momentos em relação à mulher e à questão da humanização.
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Resgate das práticas de parteiras leigas : a humanização da atenção ao parto

Vieira, Marisa Reginatto January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa na linha histórica, que teve como objetivo conhecer as práticas de três parteiras leigas, atualmente moradoras na cidade de Porto Alegre e que atuaram nas décadas de 1960, 1970 e 1980, no interior do Rio Grande do Sul. Através da história oral temática, resgataram-se as ações que elas desenvolviam durante o acompanhamento de mulheres, na gestação, parto e puerpério. As informações foram obtidas através de entrevistas com as colaboradoras, e analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo temática, de Bardin. Desta forma obteve-se dois grandes temas: o respeito ao processo fisiológico da mulher e a presença do doméstico. Buscou-se realizar uma reflexão das práticas obtidas com as parteiras leigas do estudo, em relação às propostas de humanização do parto e nascimento preconizadas pelo Ministério da Saúde, e observou-se que mesmo com aprendizado informal do ofício, as parteiras leigas utilizavam práticas em sua maioria consideradas adequadas. O resgate dessas práticas poderá servir de reflexão para os profissionais de saúde e os futuros, visando repensar seus momentos em relação à mulher e à questão da humanização.
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Resgate das práticas de parteiras leigas : a humanização da atenção ao parto

Vieira, Marisa Reginatto January 2004 (has links)
Trata-se de uma pesquisa qualitativa na linha histórica, que teve como objetivo conhecer as práticas de três parteiras leigas, atualmente moradoras na cidade de Porto Alegre e que atuaram nas décadas de 1960, 1970 e 1980, no interior do Rio Grande do Sul. Através da história oral temática, resgataram-se as ações que elas desenvolviam durante o acompanhamento de mulheres, na gestação, parto e puerpério. As informações foram obtidas através de entrevistas com as colaboradoras, e analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo temática, de Bardin. Desta forma obteve-se dois grandes temas: o respeito ao processo fisiológico da mulher e a presença do doméstico. Buscou-se realizar uma reflexão das práticas obtidas com as parteiras leigas do estudo, em relação às propostas de humanização do parto e nascimento preconizadas pelo Ministério da Saúde, e observou-se que mesmo com aprendizado informal do ofício, as parteiras leigas utilizavam práticas em sua maioria consideradas adequadas. O resgate dessas práticas poderá servir de reflexão para os profissionais de saúde e os futuros, visando repensar seus momentos em relação à mulher e à questão da humanização.
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Parteiras indígenas e os objetos do partejar: apropriação, usos, sentidos e significados

Gusman, Christine Ranier 17 November 2017 (has links)
Esta tese é o resultado de um estudo que pretendeu colocar em análise as estratégias do Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais e suas repercussões para um grupo de mulheres Krahô. A entrega do kit da parteira é um ícone do programa, uma presunção de que uma nova prática alinhada ao saber hegemônico terá início a partir de então. Nesse sentido, o estudo buscou analisar como as mulheres Krahô compreendem sua participação no programa e se apropriam e ressignificam os objetos do kit da parteira no contexto do parto domiciliar. A tese está estruturada em formato de quatro artigos, cada qual representando momentos distintos do estudo. Os dois primeiros são anteriores ao trabalho de campo e frutos de questionamentos vivenciados tanto na etapa de desenvolvimento do programa de parteiras quanto no percurso para aprovação nos comitês de ética. Os dois últimos são provenientes do trabalho de campo e contaram com a antropologia e o método etnográfico como suportes principais. Os trâmites para aprovação ética do estudo mostraram-se tortuosos e excessivamente burocráticos, a experiência indicou que é nos processos singulares e subjetivos que as posturas éticas ou não éticas podem ser experimentadas, a despeito do que possa estar registrado em formulários. Os resultados apontam um descompasso entre o discurso e a prática de valorização do saber tradicional e um nítido viés etnocentrado do programa ao ofertar instrumentos fora da lógica de cuidado das mulheres e pressupor um impacto nos indicadores de saúde a partir da aquisição do saber hegemônico. Os objetos foram apropriados e ressignificados no cotidiano das aldeias, mas não encontraram um lugar claro no contexto do parto domiciliar. Traços de violência simbólica emergiram e a categorização das mulheres Krahô como “parteiras” trouxe impactos e prejuízos na relação social de algumas mulheres. Sugere-se o resgate da dimensão intercultural na formulação e execução de políticas públicas direcionadas a esse público como um caminho profícuo, sob pena de se engendrar num ciclo alienado e alienante, desperdiçando recursos e adiando discussões importantes como o fortalecimento da rede de atenção à saúde no entorno das mulheres indígenas. / This thesis is the result of a study that sought to analyze the strategies of the Working with Traditional Midwives Program and its repercussions on a group of Krahô women. Midwife kit delivery is an icon of the program, a presumption that a new practice aligned with hegemonic knowledge will begin there after. Thus, the study sought to analyze how Krahô women view their participation in the program and take ownership of and resignify midwife kit objects in the home birth context. The thesis is structured in four papers, each representing different moments of the study. The first two occurred prior to fieldwork and result from issues raised during the development stage of the midwifery program and throughout the process of approval by ethics committees.The last two stem from fieldwork and were mainly supported by anthropology and the ethnographic method. The procedures for the ethical approval of the study were tortuous and overly bureaucratic. Experience has indicated that ethical or unethical stances can be experienced in the singular and subjective processes, regardless of what may be recorded in forms. Results point to a mismatch between the discourse and the practice of recognizing traditional knowledge and a clear ethnocentric bias of the program when offering tools outside the rationale of women care and assuming an impact on health indicators from the acquisition of hegemonic knowledge. The objects were appropriated and resignified in the daily life of villages, but they failed to find a clear place in the context of home birth. Symbolic violence traits emerged and the categorization of Krahô women as "midwives" brought impacts and losses in the social relationship of some women. We suggest reviving the intercultural realm in the formulation and implementation of public policies directed to this public as a profitable pathway, under penalty of engendering an alienated and alienating cycle, wasting resources and delaying important discussions such as the strengthening of the health care network around indigenous women.
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Parteiras Indígenas e os Objetos do Partejar: apropriação, usos, sentidos e significados / Indigenous partners and subjects of midwifery practice: appropriation, uses, senses and meanings

Gusman, Christine Ranier [UNIFESP] 17 November 2017 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2018-06-04T19:14:33Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2017-11-17 / Esta tese é o resultado de um estudo que pretendeu colocar em análise as estratégias do Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais e suas repercussões para um grupo de mulheres Krahô. A entrega do kit da parteira é um ícone do programa, uma presunção de que uma nova prática alinhada ao saber hegemônico terá início a partir de então. Nesse sentido, o estudo buscou analisar como as mulheres Krahô compreendem sua participação no programa e se apropriam e ressignificam os objetos do kit da parteira no contexto do parto domiciliar. A tese está estruturada em formato de quatro artigos, cada qual representando momentos distintos do estudo. Os dois primeiros são anteriores ao trabalho de campo e frutos de questionamentos vivenciados tanto na etapa de desenvolvimento do programa de parteiras quanto no percurso para aprovação nos comitês de ética. Os dois últimos são provenientes do trabalho de campo e contaram com a antropologia e o método etnográfico como suportes principais. Os trâmites para aprovação ética do estudo mostraram-se tortuosos e excessivamente burocráticos, a experiência indicou que é nos processos singulares e subjetivos que as posturas éticas ou não éticas podem ser experimentadas, a despeito do que possa estar registrado em formulários. Os resultados apontam um descompasso entre o discurso e a prática de valorização do saber tradicional e um nítido viés etnocentrado do programa ao ofertar instrumentos fora da lógica de cuidado das mulheres e pressupor um impacto nos indicadores de saúde a partir da aquisição do saber hegemônico. Os objetos foram apropriados e ressignificados no cotidiano das aldeias, mas não encontraram um lugar claro no contexto do parto domiciliar. Traços de violência simbólica emergiram e a categorização das mulheres Krahô como “parteiras” trouxe impactos e prejuízos na relação social de algumas mulheres. Sugere-se o resgate da dimensão intercultural na formulação e execução de políticas públicas direcionadas a esse público como um caminho profícuo, sob pena de se engendrar num ciclo alienado e alienante, desperdiçando recursos e adiando discussões importantes como o fortalecimento da rede de atenção à saúde no entorno das mulheres indígenas. / This thesis is the result of a study that sought to analyze the strategies of the Working with Traditional Midwives Program and its repercussions on a group of Krahô women. Midwife kit delivery is an icon of the program, a presumption that a new practice aligned with hegemonic knowledge will begin there after. Thus, the study sought to analyze how Krahô women view their participation in the program and take ownership of and resignify midwife kit objects in the home birth context. The thesis is structured in four papers, each representing different moments of the study. The first two occurred prior to fieldwork and result from issues raised during the development stage of the midwifery program and throughout the process of approval by ethics committees.The last two stem from fieldwork and were mainly supported by anthropology and the ethnographic method. The procedures for the ethical approval of the study were tortuous and overly bureaucratic. Experience has indicated that ethical or unethical stances can be experienced in the singular and subjective processes, regardless of what may be recorded in forms. Results point to a mismatch between the discourse and the practice of recognizing traditional knowledge and a clear ethnocentric bias of the program when offering tools outside the rationale of women care and assuming an impact on health indicators from the acquisition of hegemonic knowledge. The objects were appropriated and resignified in the daily life of villages, but they failed to find a clear place in the context of home birth. Symbolic violence traits emerged and the categorization of Krahô women as midwives brought impacts and losses in the social relationship of some women. We suggest reviving the intercultural realm in the formulation and implementation of public policies directed to this public as a profitable pathway, under penalty of engendering an alienated and alienating cycle, wasting resources and delaying important discussions such as the strengthening of the health care network around indigenous women. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Curiosas, obstetrizes, enfermeiras obstétricas: a presença das parteiras na saúde pública brasileira: 1930-1972 / Curious, midwives, obstetric nurses: the presence of midwives in public health in Brazil: 1930-1972

Silva, Tânia Maria de Almeida January 2010 (has links)
Submitted by Gilvan Almeida (gilvan.almeida@icict.fiocruz.br) on 2016-09-26T14:06:06Z No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 144.pdf: 15879405 bytes, checksum: 86f9a988f5f155eb65a3591a1e7766b3 (MD5) / Approved for entry into archive by Barata Manoel (msbarata@coc.fiocruz.br) on 2016-10-20T12:39:36Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 144.pdf: 15879405 bytes, checksum: 86f9a988f5f155eb65a3591a1e7766b3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-20T12:39:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 144.pdf: 15879405 bytes, checksum: 86f9a988f5f155eb65a3591a1e7766b3 (MD5) Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / A profissionalização do trabalho das parteiras foi um movimento de abrangência internacional. Desenvolvido em maior escala no decorrer do século XIX, a escolarização de parteiras esteve relacionada à consolidação da medicina científica e de reformas sociais voltadas para a saúde e bem-estar da população, com atenção especial para o grupo materno-infantil. No Brasil, a partir dos anos 1920, à medida que a propagação do sanitarismo e a institucionalização da saúde pública ganhavam espaço nos projetos de reformas sociais, podemos observar a emergência de novas profissões sanitárias femininas e o início de uma crise na formação e identidade profissional do grupo das parteiras diplomadas, desde 1832, através das Faculdades de Medicina. Ao mesmo tempo, o treinamento higiênico e as medidas de controle da atuação das parteiras sem certificação, as curiosas, foram assumidas, a partir dos anos 1930, como prioridade pelas autoridades sanitárias. O processo de formação ou treinamento, o modo como os dois grupos de parteiras esteve incluído institucionalmente nas políticas de saúde pública deste período e as suas interelações com os novos grupos de profissionais sanitárias femininas se constituíram na abordagem central desse estudo. A consolidação da enfermagem como uma profissão sanitária importante e especializada contribuiu para o encerramento da formação das obstetrizes no início dos anos 1970, ao passo que as parteiras curiosas permaneciam nos projetos de controle e treinamento dos órgãos sanitários. / The professionalization of midwives was a movement of international scope. Developed on a larger scale during the nineteenth century, the education of midwives was related to the consolidation of scientific medicine and social reforms aimed at health and welfare of the population, with special attention to maternal and child health. In Brazil, from 1920, to the extent that the spread of the sanitarism and the institutionalization of public health took the space in projects of social reform, we can observe the emergence of new women's health professions and the beginning of a crisis in training and professional identity of the group of midwives, who graduated from 1832 through the Faculties of Medicine. At the same time, training public health actions and measures to control the performance of midwifery without certification, the curious, have assumed, from the 1930s, as a priority by health authorities. The process of education or training, how the two groups of midwives was institutionally included in public health policies of this period and their interrelationships with the new groups of female health professionals were formed in the central approach of this study. The consolidation of the nursing as an important and specialized health profession contributed to the closure of the training of midwives in the early 1970s, while popular midwives remained in control projects and training of health authorities.

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