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Atuação dos partidos políticos e dos movimentos sociais na construção e manutenção de um espaço institucionalizado de participação social / Activities of political parties and social movements in the construction and maintenance of an institutionalized space for social participationCristiano das Neves Bodart 12 April 2016 (has links)
A presente tese insere-se no debate em torno das relações entre movimentos sociais, partidos políticos e Estado, estando voltada à análise da produção de um espaço institucionalizado de participação social, a saber, o Orçamento Participativo. Realiza uma abordagem teórica revisada da Teoria do Confronto Político para pensar o repertório dos movimentos sociais na política institucional e não institucional. Do ponto de vista empírico, estudamos um conjunto interligado de atores coletivos: os movimentos sociais da Serra (ES), os partidos políticos e o Estado. Esses estão envolvidos diretamente no contexto histórico e político do recorte desse estudo (1980-2015), sendo componentes analíticos do problema de pesquisa. A questão central foi compreender como os partidos políticos (e seus agentes) e os movimentos sociais da Serra se comportaram antes e após a implantação de um espaço institucionalizado de participação social frente ao Estado. Assim, buscou-se identificar as influências dos partidos políticos sobre os movimentos sociais e vice-versa. Para a operacionalização dessa análise recorremos à pesquisa histórico-documental apoiada em narrativas de atoreschave nesse processo. Dentre as considerações finais possíveis de serem aferidas, notamos que o uso do repertório de ação dos movimentos sociais da Serra sofreu transformações substantivas após a sua inserção na política institucionalizada. Enquanto que nos anos de 1980 predominou o uso de um repertório de confronto político, a partir da abertura de um espaço institucionalizado de participação social sobressaiu o uso de um repertório marcado por estratégias de proximidade, ainda que o repertório de confronto não tenha sido suspenso por completo. Os problemas sociais e a ausência do Estado nos anos de 1980, somados à ampliação das oportunidades políticas, à redução das restrições e à existência de uma significativa coesão social, possibilitaram a criação de um quadro interpretativo inicial marcado pelas noções de participação social, responsabilização do Estado das condições sociais precárias de grande parte da população, o qual transformou-se em uma conexão entre as orientações interpretativas dos indivíduos e das organizações, dando força à ideia de que era necessária a criação de um espaço de participação social institucionalizado. Ao mesmo tempo que o movimento social se fortaleceu, tornou-se aparelhado pelos partidos políticos, o que afastou do OP a sociedade civil não organizada. O estudo da experiência da Serra-ES ao destacar uma realidade que, em certa medida, ocorre em diversas cidades brasileiras, corrobora para pensarmos as relações entre movimentos sociais, partidos políticos e Estado (sob a perspectiva de intersecções Estado-movimento) no contexto democrático atual. / This thesis is part of the debate on relations among social movements, political parties and the State and is focused on the analysis of an institutionalized space for social participation, namely, the Participatory Budget. It carries out a revised theoretical approach of the Political Confrontation Theory in order to consider the repertoire of social movements in institutional and non-institutional politics. From an empirical point of view, we studied an interconnected set of collective actors: the social movements of Serra (ES), political parties, and the State. These are directly involved in the historical and political context in the framing of this study (1980 - 2015), being analytical components of the research problem. The central question was to understand how the political parties (and their agents) and the social movements in Serra behaved before the State both prior to and after the introduction of an institutionalized space for social participation. Thus, we sought to identify the influences of political parties on the social movements and viceversa. For the implementation of this analysis, we made use of historicaldocumentary research supported by narratives from key actors in that process. Among the final considerations to be assessed, we found that the use of the repertoire of social movement action in Serra underwent substantial transformations after its insertion into institutionalized politics. Whereas in the 1980s the use of a repertoire of political confrontation predominated, upon the liberalization of an institutionalized space for social participation, the use of a repertoire marked by strategies of proximity stand out, although the repertoire of confrontation hadnt been completely suspended. Social problems and the absence of the State in the 1980s, in addition to the expansion of political opportunities, the reduction of restrictions, and the existence of a significant social cohesion, enabled the creation of an initial interpretive political scene marked by the notions of social participation, State accountability for the precarious social conditions of a large part of the population, which was transformed into a connection between the interpretive direction of individuals and of organizations, giving strength to the idea that the creation of an institutionalized space for social participation was necessary. At the same time the social movement was strengthened, it was harnessed by the political parties which removed the nonorganized civil society from the Participatory Budget. The study of the experience of Serra, ES, in highlighting a reality which, to some extent, takes place in several Brazilian cities aids in allowing us to consider the relations among social movements, political parties, and the State (from the perspective of the State movement intersections) in the current democratic context.
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Citizenship learning and management in the participatory budget of brazilian municipalitiesBocatto, Evandro 15 October 2008 (has links)
L'interès actual per temes relacionats amb l'aprenentatge i el desenvolupament ciutadà no és accidental. El baix nivell d'"implicació" dels ciutadans fa tremolar les bases del sistema democràtic, i això és objecte de preocupació en diversos camps del coneixement. L'aprenentatge a través de la participació ciutadana està relacionat amb les ciències de l'Administració en diferents aspectes. L'aspecte de gestió es pot identificar en l'administració del propi govern; l'aspecte de l'aprenentatge organitzacional es troba en els estudis sobre les característiques dels contextos que creen un clima d'aprenentatge, cosa que promou el desenvolupament. La comprensió d'aquests aspectes a través de l'epistemologia proposada, la teoria crítica, aporta nous coneixements a la ciència administrativa. La teoria crítica assumeix l'interès de l'emancipació de la ciència, és a dir, l'acció humana i social hauria de ser orientada per la bondat, la humanitat i la racionalitat. En coherència amb aquesta orientació i amb el nivell individual d'anàlisi, la tesi considera dos marcs teòrics: les psicologies humanista i existencialista. En conseqüència, la recerca fenomenològica és el mètode de recerca. Aquest mètode permet respondre a les preguntes de recerca: "si" s'aprèn, "què" s'aprèn, "quines" eines de gestió s'utilitzen, "com" s'utilitzen i "per què" el que s'aprèn s'aprèn. Aquesta particular comprensió epistemològica i el mètode que en resulta suggereixen utilitzar eines metodològiques convergents o de bricolatge. Les eines metodològiques que suporten el bricolatge són: observacions, entrevistes i focus groups com a font de dades primàries, i la revisió de la documentació com a dades secundàries. S'analitza que els pressupòsits participatius són subaccions de l'acció democràtica formats per intencions, plans i actes representats per diverses pràctiques de recursos humans. A més, s'entén que les característiques participatives del diàleg entre iguals, del respecte envers opinions divergents, de presa de decisions per consens en les reunions de grup successives, entre d'altres, fomenten l'autoreflexió sobre les lleis del funcionament social i individual, la qual canvia l'estat de no-reflexió de la consciència cap a un nou estat i, d'aquesta manera, s'esdevé l'aprenentatge ciutadà. / El presente interés por temas relacionados con aprendizaje y desarrollo ciudadano no es accidental. El bajo "involucrarse" por parte de los ciudadanos hace temblar las bases del sistema democrático lo que conlleva a una preocupación en distintos campos del conocimiento. Aprendizaje a través de la participación ciudadana está relacionado con las Ciencias de la Administración en diferentes aspectos. El aspecto de gestión puede ser identificado en la administración del propio gobierno, el aspecto de aprendizaje organizacional se encuentra en los estudios sobre las características de los contextos que crean un clima de aprendizaje lo cual promueve desarrollo. La comprensión de estos aspectos a través de la epistemología propuesta, la teoría crítica, añade nuevo conocimiento a la Ciencia Administrativa. La teoría crítica asume el interés de emancipación de la ciencia, es decir, la acción humana y social debería de estar orientada por la bondad, la humanidad y la racionalidad. En coherencia con esa orientación y con el nivel individual de análisis, la tesis considera dos marcos teóricos: las psicologías humanista y existencialista. En consecuencia, la investigación fenomenológica es el método de investigación. El método posibilita la contestación de las preguntas de investigación: "si" se aprende, "qué" se aprende, "cuáles" herramientas de gestión son utilizadas, "cómo" son utilizadas, y "porqué" lo que se aprende se aprende. Esa particular comprensión epistemológica y resultante método sugiere el uso de herramientas metodológicas convergentes o bricolage. Las herramientas metodológicas que soportan el bricolage son: observaciones, entrevistas y grupos focales como fuente de datos primarios; y, revisión de documentación como datos secundarios. Se analiza que los presupuestos participativos son sub-acciones de la acción democrática compuestos por intenciones, planes y actos representados por distintas prácticas de recursos humanos. Además se entiende que las características participativas del diálogo entre iguales, del respeto hacia opiniones divergentes, de la toma de decisión por consenso en las sucesivas reuniones grupales, entre otras, fomentan la auto-reflexión sobre las leyes del funcionamiento social e individual la cual cambia el estado de no-reflexión de la conciencia hacia un nuevo estado, ocurriendo, de esa manera, el aprendizaje ciudadano. / The thesis is concerned with the declining tendency of citizenship participation which threatens the democratic system. For that reason it studies successful participatory situations in which citizens learn and develop citizenship. Citizenship learning and development, as a phenomenon, are analysed from a Critical view of science and derivate existential and humanistic framework to learning and organizational. A democratic, participatory and deliberative situation that reflects the emancipatory interest of a good, humane and rational social action is the participatory budget of Brazilian municipalities. Learning, Organizational Learning and Human Resources Management are disciplines elected to set the theoretical framework to analyse the problem. From this epistemological view, research setting and scope, a methodological bricolage is built. The methodology follows the procedures of the phenomenological research which is supported by the triangulation of the methodological tools of in-depth interviews, focus groups, observations and documentation reviews. As a result the research presents findings that describe, comprehend and interpret the phenomenon of citizenship learning. Human resources management, as an emergent practice, is a key issue in this democratic action. The participatory budget, as a democratic action, is divided into sub-actions composed by intentions, plans and acts each one of them represented by specific human resources practices. Such procedure of deconstruction of actions into their constitutive parts brings better comprehension of their functioning. To understand the characteristics of the participatory context is also key because they foster self-reflection about the social and individual legalities which change the state of a non-reflected conscious, thus, citizenship learning occurs. The focus proposed and the evidences analysed and interpreted provides a definition for existential-humanistic citizenship learning which hopefully can bring some light to the declining tendencies in participation. Citizenship learning, thus, is a never-ending process in which individuals decide freely and responsibly to actualize their potential as citizens. Moreover, the process is existential and humanistic if it has humanity in general as its goal, if it is as aware as possible of the dialectics between humans' subjectivity and objectivity and if it gives rise to a system of values which takes into account this goal and these dialectics.
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Para definir o que é o Orçamento Participativo : uma leitura a partir dos elementos centrais de sua estrutura e dinâmica de funcionamento em Porto Alegre de 1989 a 2004Cordeiro, André Passos January 2010 (has links)
A presente dissertação procura conceituar, com o máximo possível de precisão, o que é o Orçamento Participativo de Porto Alegre. Esta experiência espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo, recomendada, inclusive, por organismos financiadores multilaterais, como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Tornou-se sinônimo de boa gestão dos recursos públicos: onde há OP, referenciado como baseado no “OP de Porto Alegre”, haveria fumaça de bom governo. Mas será que é isto mesmo? A primeira tarefa para responder esta pergunta é definir com clareza o que é o OP de Porto Alegre. É a isto que nos propomos nesta dissertação. Nossa hipótese é de que esta definição deve ser baseada, inicialmente e necessariamente, em elementos que podem ser encontrados nas regras do OP, uma vez que estas seriam o registro de uma sucessão de acordos políticos que deram sentido ao OP. Para encontrar estes elementos centrais, fazemos uma análise destas regras, da estrutura e da dinâmica da experiência de Porto Alegre, e, depois, procuramos identificar seu contexto de surgimento. Mas a simples listagem de elementos centrais não é suficiente para, automaticamente, criarmos um conceito. Para isto é preciso reflexão, exercício teórico. Muitos autores, usando diferentes estratégias de aproximação teórica com a experiência, refletiram sobre a experiência, procurando criar ou testar conceitos. Nossa reflexão, sempre ancorada nos elementos centrais obtidos da análise das regras e da história do OP, escolheu focar nos estudos de Sérgio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza e Leonardo Avritzer. Os primeiros foram os precursores da procura por uma definição do OP, e talvez os que por mais tempo estejam a estudálo. Praticamente todos os estudos posteriores debatem com os seus conceitos. Souza e Avritzer, por sua vez, apresentam-nos um bom resumo das escolas interpretativas do OP e, ao mesmo tempo, procuram conceitos mais amplos do que cada uma delas em particular. Apesar das várias tentativas empreendidas na literatura, ao final de nossa jornada bibliográfica concluímos pela necessidade de construir um conceito mais completo do que os apresentados. Isto porque nenhuma das definições encontradas incorpora todos os elementos que entendemos fundamentais para definir o OP de Porto Alegre. No entanto estas definições não se perdem totalmente. Com algumas modificações nas definições de Sérgio Baierle e Tarso Genro - a partir, especialmente, das críticas de Leonardo Avritzer - e com a incorporação total dos elementos centrais identificados na análise das regras da experiência chegamos a um bom conceito. / The present thesis aims to conceptualize, with the maximum possible accuracy, what the Participatory Budget in Porto Alegre is. This experience has been spread throughout Brazil and the world, and it has been especially recommended by multilateral funding agencies like the World Bank and the Inter-American Development Bank. It has become synonymous with good management of public resources; wherever there is PB (Participatory Budget) referred to as based upon the “PB in Porto Alegre”, there is sign of good government. But is it true? The first step to answer this question is to clearly define what the PB in Porto Alegre is. This is what we propose on this thesis. Our hypothesis is that this definition should be based, initially, and necessarily, on the elements that can be found in the rules of the PB, since they would be a record of a succession of political agreements that gave the PB its significance. In order to meet these core elements, we analyze the rules, structure and dynamics of the experience of Porto Alegre, and then try to identify their context of emergence. But the simple listing of key elements is not sufficient to automatically create a concept. To do so, reflection and theoretical exercise are needed. Many authors, using different strategies of theoretical approach to the experience, have reflected on the experience, seeking to create or test concepts. Our thinking has always been anchored in the core elements obtained from the analysis of the rules and history of the PB focusing on the studies of Sergio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza and Leonardo Avritzer. The first have been precursors of the search for a definition to the PB, and perhaps the ones who have longer been studying it. Virtually all the subsequent studies debate their concepts. Souza and Avritzer, in turn, offer a good summary of the PB’s interpretive schools, while seeking broader concepts than each of them in particular. Despite several attempts undertaken in the literature, at the end of our bibliographic journey we end up by the need to build a more complete concept than those presented. That's because none of the definitions found incorporates all the elements that we believe essential to define the PB in Porto Alegre. Yet these definitions do not get totally lost. With some modifications in the definitions of Sergio Baierle and Tarson Genro – and from, especially the criticism of Leonardo Avritzer - and with the full incorporation of the core elements identified in the analysis of the rules of the experiment we have reached a good concept.
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Para definir o que é o Orçamento Participativo : uma leitura a partir dos elementos centrais de sua estrutura e dinâmica de funcionamento em Porto Alegre de 1989 a 2004Cordeiro, André Passos January 2010 (has links)
A presente dissertação procura conceituar, com o máximo possível de precisão, o que é o Orçamento Participativo de Porto Alegre. Esta experiência espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo, recomendada, inclusive, por organismos financiadores multilaterais, como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Tornou-se sinônimo de boa gestão dos recursos públicos: onde há OP, referenciado como baseado no “OP de Porto Alegre”, haveria fumaça de bom governo. Mas será que é isto mesmo? A primeira tarefa para responder esta pergunta é definir com clareza o que é o OP de Porto Alegre. É a isto que nos propomos nesta dissertação. Nossa hipótese é de que esta definição deve ser baseada, inicialmente e necessariamente, em elementos que podem ser encontrados nas regras do OP, uma vez que estas seriam o registro de uma sucessão de acordos políticos que deram sentido ao OP. Para encontrar estes elementos centrais, fazemos uma análise destas regras, da estrutura e da dinâmica da experiência de Porto Alegre, e, depois, procuramos identificar seu contexto de surgimento. Mas a simples listagem de elementos centrais não é suficiente para, automaticamente, criarmos um conceito. Para isto é preciso reflexão, exercício teórico. Muitos autores, usando diferentes estratégias de aproximação teórica com a experiência, refletiram sobre a experiência, procurando criar ou testar conceitos. Nossa reflexão, sempre ancorada nos elementos centrais obtidos da análise das regras e da história do OP, escolheu focar nos estudos de Sérgio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza e Leonardo Avritzer. Os primeiros foram os precursores da procura por uma definição do OP, e talvez os que por mais tempo estejam a estudálo. Praticamente todos os estudos posteriores debatem com os seus conceitos. Souza e Avritzer, por sua vez, apresentam-nos um bom resumo das escolas interpretativas do OP e, ao mesmo tempo, procuram conceitos mais amplos do que cada uma delas em particular. Apesar das várias tentativas empreendidas na literatura, ao final de nossa jornada bibliográfica concluímos pela necessidade de construir um conceito mais completo do que os apresentados. Isto porque nenhuma das definições encontradas incorpora todos os elementos que entendemos fundamentais para definir o OP de Porto Alegre. No entanto estas definições não se perdem totalmente. Com algumas modificações nas definições de Sérgio Baierle e Tarso Genro - a partir, especialmente, das críticas de Leonardo Avritzer - e com a incorporação total dos elementos centrais identificados na análise das regras da experiência chegamos a um bom conceito. / The present thesis aims to conceptualize, with the maximum possible accuracy, what the Participatory Budget in Porto Alegre is. This experience has been spread throughout Brazil and the world, and it has been especially recommended by multilateral funding agencies like the World Bank and the Inter-American Development Bank. It has become synonymous with good management of public resources; wherever there is PB (Participatory Budget) referred to as based upon the “PB in Porto Alegre”, there is sign of good government. But is it true? The first step to answer this question is to clearly define what the PB in Porto Alegre is. This is what we propose on this thesis. Our hypothesis is that this definition should be based, initially, and necessarily, on the elements that can be found in the rules of the PB, since they would be a record of a succession of political agreements that gave the PB its significance. In order to meet these core elements, we analyze the rules, structure and dynamics of the experience of Porto Alegre, and then try to identify their context of emergence. But the simple listing of key elements is not sufficient to automatically create a concept. To do so, reflection and theoretical exercise are needed. Many authors, using different strategies of theoretical approach to the experience, have reflected on the experience, seeking to create or test concepts. Our thinking has always been anchored in the core elements obtained from the analysis of the rules and history of the PB focusing on the studies of Sergio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza and Leonardo Avritzer. The first have been precursors of the search for a definition to the PB, and perhaps the ones who have longer been studying it. Virtually all the subsequent studies debate their concepts. Souza and Avritzer, in turn, offer a good summary of the PB’s interpretive schools, while seeking broader concepts than each of them in particular. Despite several attempts undertaken in the literature, at the end of our bibliographic journey we end up by the need to build a more complete concept than those presented. That's because none of the definitions found incorporates all the elements that we believe essential to define the PB in Porto Alegre. Yet these definitions do not get totally lost. With some modifications in the definitions of Sergio Baierle and Tarson Genro – and from, especially the criticism of Leonardo Avritzer - and with the full incorporation of the core elements identified in the analysis of the rules of the experiment we have reached a good concept.
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Para definir o que é o Orçamento Participativo : uma leitura a partir dos elementos centrais de sua estrutura e dinâmica de funcionamento em Porto Alegre de 1989 a 2004Cordeiro, André Passos January 2010 (has links)
A presente dissertação procura conceituar, com o máximo possível de precisão, o que é o Orçamento Participativo de Porto Alegre. Esta experiência espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo, recomendada, inclusive, por organismos financiadores multilaterais, como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento. Tornou-se sinônimo de boa gestão dos recursos públicos: onde há OP, referenciado como baseado no “OP de Porto Alegre”, haveria fumaça de bom governo. Mas será que é isto mesmo? A primeira tarefa para responder esta pergunta é definir com clareza o que é o OP de Porto Alegre. É a isto que nos propomos nesta dissertação. Nossa hipótese é de que esta definição deve ser baseada, inicialmente e necessariamente, em elementos que podem ser encontrados nas regras do OP, uma vez que estas seriam o registro de uma sucessão de acordos políticos que deram sentido ao OP. Para encontrar estes elementos centrais, fazemos uma análise destas regras, da estrutura e da dinâmica da experiência de Porto Alegre, e, depois, procuramos identificar seu contexto de surgimento. Mas a simples listagem de elementos centrais não é suficiente para, automaticamente, criarmos um conceito. Para isto é preciso reflexão, exercício teórico. Muitos autores, usando diferentes estratégias de aproximação teórica com a experiência, refletiram sobre a experiência, procurando criar ou testar conceitos. Nossa reflexão, sempre ancorada nos elementos centrais obtidos da análise das regras e da história do OP, escolheu focar nos estudos de Sérgio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza e Leonardo Avritzer. Os primeiros foram os precursores da procura por uma definição do OP, e talvez os que por mais tempo estejam a estudálo. Praticamente todos os estudos posteriores debatem com os seus conceitos. Souza e Avritzer, por sua vez, apresentam-nos um bom resumo das escolas interpretativas do OP e, ao mesmo tempo, procuram conceitos mais amplos do que cada uma delas em particular. Apesar das várias tentativas empreendidas na literatura, ao final de nossa jornada bibliográfica concluímos pela necessidade de construir um conceito mais completo do que os apresentados. Isto porque nenhuma das definições encontradas incorpora todos os elementos que entendemos fundamentais para definir o OP de Porto Alegre. No entanto estas definições não se perdem totalmente. Com algumas modificações nas definições de Sérgio Baierle e Tarso Genro - a partir, especialmente, das críticas de Leonardo Avritzer - e com a incorporação total dos elementos centrais identificados na análise das regras da experiência chegamos a um bom conceito. / The present thesis aims to conceptualize, with the maximum possible accuracy, what the Participatory Budget in Porto Alegre is. This experience has been spread throughout Brazil and the world, and it has been especially recommended by multilateral funding agencies like the World Bank and the Inter-American Development Bank. It has become synonymous with good management of public resources; wherever there is PB (Participatory Budget) referred to as based upon the “PB in Porto Alegre”, there is sign of good government. But is it true? The first step to answer this question is to clearly define what the PB in Porto Alegre is. This is what we propose on this thesis. Our hypothesis is that this definition should be based, initially, and necessarily, on the elements that can be found in the rules of the PB, since they would be a record of a succession of political agreements that gave the PB its significance. In order to meet these core elements, we analyze the rules, structure and dynamics of the experience of Porto Alegre, and then try to identify their context of emergence. But the simple listing of key elements is not sufficient to automatically create a concept. To do so, reflection and theoretical exercise are needed. Many authors, using different strategies of theoretical approach to the experience, have reflected on the experience, seeking to create or test concepts. Our thinking has always been anchored in the core elements obtained from the analysis of the rules and history of the PB focusing on the studies of Sergio Baierle, Tarso Genro, Celina Souza and Leonardo Avritzer. The first have been precursors of the search for a definition to the PB, and perhaps the ones who have longer been studying it. Virtually all the subsequent studies debate their concepts. Souza and Avritzer, in turn, offer a good summary of the PB’s interpretive schools, while seeking broader concepts than each of them in particular. Despite several attempts undertaken in the literature, at the end of our bibliographic journey we end up by the need to build a more complete concept than those presented. That's because none of the definitions found incorporates all the elements that we believe essential to define the PB in Porto Alegre. Yet these definitions do not get totally lost. With some modifications in the definitions of Sergio Baierle and Tarson Genro – and from, especially the criticism of Leonardo Avritzer - and with the full incorporation of the core elements identified in the analysis of the rules of the experiment we have reached a good concept.
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Democracia participativa: uma alternativa para novos desenhos institucionais - a experiência na área orçamentáriaBosi, José Alfredo 02 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-02 / Considering the State s remarkable importance for Brazilian society and the acknowledgement that it hasn t being working well, the need to think about alternatives to overcome this challenge arises. How can civil society have more control over a State that administrates nearly 40% of our economy?
The aim of this paper is to make an account of some important tools that would guarantee, possibly, a new kind of relationship between civil society and the State in Brazil.
Although we live in an institutional framework where representative democracy predominates, certain elements of participative democracy can emerge. This research is a reflexion about the use of popular participation mechanisms implemented in a recent period and within municipal scope. Among them, the participatory budget has a privileged role / Diante da notável importância do Estado para a sociedade brasileira e a constatação de que o mesmo não tem funcionado adequadamente, surge a necessidade de pensar alternativas para superar este desafio. Como a sociedade civil pode ter mais controle sobre um Estado que administra quase 40% da nossa economia?
O objetivo deste trabalho é realizar um balanço de alguns instrumentos importantes que proporcionariam, em hipótese, um novo tipo de relação entre a sociedade civil e o Estado no Brasil.
Considerando-se que vivemos em um quadro institucional onde predomina a democracia representativa, mas que abre espaço para elementos de democracia participativa, esta dissertação é uma reflexão sobre a utilização de mecanismos de participação popular implantados em um período recente e no âmbito municipal. Dentre estes, o Orçamento Participativo tem um papel privilegiado
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Estado burguês, políticas orçamentárias participativas e participação popular: reprodução e mudança na ordem socialBarbosa, Cloves 02 June 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-06-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis discusses the bourgeois State and participatory budget policies. It
focuses on the popular participation and the perspectives of changes in social order. It
analyzes the experience of popular participation in Camaragibe Pernambuco, during
mayor Paulo Santana s administration, from 1997 to 2004, when the participatory
budget policy was assimilated under the name of Administrative Participatory Program.
This political experience raises some political and practical questions related to the
capitalist State and the popular participation on capitalist society. In this context, the
social struggles find a great challenge to promote the survival of the part of the
population that produces wealth, but doesn t enjoy it completely.
A power relatively autonomous regarding the society and that guarantees
bourgeois rule is contradictory to the popular exercise of power, which tries to break all
the ways of domination and exploitation. The call to peoples voice in view to
legitimate this ways is structurally unable to realize all the potentiality of popular
participation / Esta tese discute a relação entre o Estado burguês e as políticas orçamentárias
participativas. Centraliza o foco na participação popular e nas mudanças na ordem
social. Discute a experiência de participação popular na cidade de Camaragibe PE,
durante a gestão de Paulo Santana, do Partido dos Trabalhadores, no período de 1997-
2004, quando as experiências do orçamento participativo foram assimiladas e adaptadas
com a denominação Programa de Administração Participativa. Esta experiência política
suscita questões teóricas e práticas relacionadas com o Estado e a participação política
popular na sociedade capitalista. Neste contexto, as lutas sociais encontram o maior
desafio para promover a sobrevivência da parte da população que produz riquezas, mas
não usufrui delas plenamente.
Um poder relativamente autônomo da sociedade e que garante os privilégios
burgueses é contraditório com o exercício popular do poder, que procura romper com as
formas de dominação e de exploração capitalistas. O recurso à população para legitimar
estas formas é estruturalmente incapaz de realizar toda a potencialidade de participação
popular
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Estado burguês, políticas orçamentárias participativas e participação popular: reprodução e mudança na ordem socialBarbosa, Cloves 02 June 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-06-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis discusses the bourgeois State and participatory budget policies. It
focuses on the popular participation and the perspectives of changes in social order. It
analyzes the experience of popular participation in Camaragibe Pernambuco, during
mayor Paulo Santana s administration, from 1997 to 2004, when the participatory
budget policy was assimilated under the name of Administrative Participatory Program.
This political experience raises some political and practical questions related to the
capitalist State and the popular participation on capitalist society. In this context, the
social struggles find a great challenge to promote the survival of the part of the
population that produces wealth, but doesn t enjoy it completely.
A power relatively autonomous regarding the society and that guarantees
bourgeois rule is contradictory to the popular exercise of power, which tries to break all
the ways of domination and exploitation. The call to peoples voice in view to
legitimate this ways is structurally unable to realize all the potentiality of popular
participation / Esta tese discute a relação entre o Estado burguês e as políticas orçamentárias
participativas. Centraliza o foco na participação popular e nas mudanças na ordem
social. Discute a experiência de participação popular na cidade de Camaragibe PE,
durante a gestão de Paulo Santana, do Partido dos Trabalhadores, no período de 1997-
2004, quando as experiências do orçamento participativo foram assimiladas e adaptadas
com a denominação Programa de Administração Participativa. Esta experiência política
suscita questões teóricas e práticas relacionadas com o Estado e a participação política
popular na sociedade capitalista. Neste contexto, as lutas sociais encontram o maior
desafio para promover a sobrevivência da parte da população que produz riquezas, mas
não usufrui delas plenamente.
Um poder relativamente autônomo da sociedade e que garante os privilégios
burgueses é contraditório com o exercício popular do poder, que procura romper com as
formas de dominação e de exploração capitalistas. O recurso à população para legitimar
estas formas é estruturalmente incapaz de realizar toda a potencialidade de participação
popular
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