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Manuel Joaquim Rebelo e o pensamento econômico português na crise do império luso-brasileiro / Manuel Joaquim Rebelo and the Portuguese Economic Thought in the Luso-Brazilian Empire CrisisVilagra, Bruno Ricardo Souza 04 April 2017 (has links)
Manuel Joaquim Rebelo, negociante da praça de Lisboa, escreveu Economia Política, em 1795. Em sua obra abordou questões relacionadas ao funcionamento da economia, que deveriam ser compreendidas sob um princípio único norteador. Rebelo desenvolveu teoricamente temas como a liberdade dos agentes econômicos, divisão do trabalho, composição do valor das mercadorias e o papel do mercado na economia e sociedade. Sua obra foi publicada apenas em 1821, no bojo das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, momento em que o debate sobre economia tomava a cena a fim de equacionar as múltiplas realidades díspares que então compunham o Império Luso-Brasileiro. O trabalho ora apresentado, retoma a análise de Manuel Joaquim Rebelo trazendo novas informações sobre o autor, que ajudam a compreender sua inserção na sociedade portuguesa, ao mesmo tempo em que evidencia sua relação com o debate sobre economia política em Portugal no final do século XVIII. Sua obra, Economia Política é analisada evidenciando suas aproximações, distanciamentos e avanços em relação ao pensamento econômico português no período. Ademais, para apontar as raízes de seu pensamento, relacionamos suas ideias com autores da economia política como Adam Smith e Antônio Genovesi. Finalmente, comparamos Economia Política com os textos publicados na mesma ocasião, em 1821, para indagarmos os prováveis motivos que levaram à sua publicação naquele momento. / Manuel Joaquim Rebelo, merchant of Lisbon, wrote Political Economy, on 1795. In his work he addressed issues related to the functioning of the economy that should be understood on a single guiding principle. Rebelo developed theoretically themes such as the freedom of economic agents, labour division, composition of goods value, and the role of the market in the economy and the society. His work was published only in 1821, in the context of the General and Extraordinary Courts of the Portuguese Nation, when the debate on economics took the scene in order to equate the multiple realities that then comprised the Luso-Brazilian Empire. The work presented now, resume the analysis of Manuel Joaquim Rebelo bringing forward new information on the author that help us to understand his insertion into the Portuguese society, while evidencing his relation with the debate on political economy in Portugal in the late eighteenth century. His work, Political Economy is analysed highlighting its approximations, distances and advances in relation to the Portuguese economic thought in the period. Furthermore, to point out the roots of his thought, we relate his ideas with political economy authors as Adam Smith and António Genovesi. Finally, we compare Political Economy with the texts published on the same occasion in 1821, to inquire on the probable reasons that led to its publication at that time.
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A teoria econômica na cosmovisão de Ibn Khaldun / The economic theory in the worldview of Ibn KhaldunCristi, Renato Roschel 09 October 2017 (has links)
O pensador do século XIV Ibn Khaldun (1332-1406) é considerado por muitos um precursor das ciências sociais e da filosofia da história. Sua obra, Os Prolegômenos ou Filosofia Social, principal objeto de estudo no presente trabalho, é um marco na sociologia geral, na história e na economia. O objetivo desta dissertação não é estudar as teorias presentes nesse texto em minuciosos detalhes. Ao invés disso, colocaremos Ibn Khaldun sob uma luz diferente. Trataremos aqui da cosmovisão que está por trás dos escritos desse pensador. Acreditamos que ele tentou conciliar um método até então novo de fazer pesquisa histórica, sociológica e econômica, baseado na lógica aristotélica e em certo cuidado com os fatos, porém, sempre com a intenção de enquadrar suas descobertas em uma moldura teológica fundamentada no Alcorão. A partir desse esforço, buscaremos demonstrar como conceitos econômicos, políticos e religiosos fundamentam, em Os Prolegômenos, certa cosmovisão fatalista e cíclica da história e em quais pontos ela pode ser considerada extremamente autoral e exemplar para uma melhor compreensão do mundo islâmico do século XIV. / The 14th century thinker Ibn Khaldun (1332-1406) is considered by many to be a forerunner of the social sciences and the philosophy of history. His work, The Muqaddimah: an introduction to history, main object of study in the present work, is a milestone in general sociology, history and economics. The purpose of this dissertation is not to study the theories present in Ibn Khaldun\'s text in minute detail. Instead, we will put Ibn Khaldun in a different light. We will deal here with the worldview behind the writings of this thinker. We believe that he tried to reconcile a hitherto new method of doing historical, sociological and economic research, based on Aristotelian logic and some caution with facts, but always with the intention of conforming his findings in a theological framework based on the Quran. From this effort, we will try to demonstrate how economic, political and religious concepts in The Muqaddimah ground for a certain fatalistic and cyclical worldview on history and at what points it can be considered extremely authorial and exemplary for a better understanding of the Islamic world of 14th century.
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Do homem smithiano ao homo economicus : egoísmo e dissolução da moralAvila, Róber Iturriet January 2010 (has links)
Este trabalho se propõe a remontar a dissolução ocorrida no tempo em que a Economia Política buscava limitar seu campo de estudo, particularmente no que se refere a percepção sobre a conduta humana e a assunção de que os homens são intrinsecamente egoístas. Para tanto, é desenvolvida a visão do homem moralmente condicionado em Adam Smith e também as modificações subsequentes originadas nas diferentes concepções dos autores da escola clássica e da neoclássica. Sendo que estas mudanças enfatizam o egoísmo do agente econômico. Neste intento, é retraçado o caminho da consolidação do postulado do egoísmo, assim como os percalços, controvérsias e conflitos desta caracterização. São explorados os elementos que auxiliaram na transformação do homem smithiano em homo economicus, tais como a leitura descontextualizada de Smith, o individualismo, o utilitarismo, o individualismo metodológico, o positivismo e a própria necessidade de abstração teórica. Adicionalmente, é verificado que a confusão de conceitos presente nesta construção metodológica traz a referência de que a ciência econômica faz apologia ao egoísmo. Esta percepção é um subproduto do desenlace da economia com as questões morais. / This research is proposed to reassemble the dissolution occurred when the Political Economy sought to limit their field of study, particularly in the perception of humann behavior and the assumption that men are inherently selfish. To do that, it is developed the perception of Adam Smith about human behavior, and the subsequent changes resulting from different conceptions of classical and the neoclassical authors. These changes emphasize the selfishness of the economic agent. In this attempt, is showed the way of the consolidating of self-interest premise, the mishaps and controversies of this path. It explores the the elements that collaborated in the transformation of Smithian man in homo economicus, such as decontextualized reading of Smith, individualism, utilitarianism, methodological individualism, positivism and the very necessity of theoretical abstraction. Additionally, it is observed that the confusion of concepts present in this methodological construction suggests that economics salutes the egoism. This is a result of the distinction between moral and economic aspects.
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Entre a história e a economia: o pesamento econômico de Roberto Simonsen / Between history and economy: economic thought of Roberto SimonsenCuri, Luiz Felipe Bruzzi 31 January 2014 (has links)
Esta dissertação versa sobre o pensamento econômico de Roberto Simonsen. A partir de uma perspectiva de reconstituição histórica do pensamento econômico, busca-se compreender a formação do pensamento de Simonsen, levando em conta as instituições que frequentou e sua trajetória como empresário e político. Enfatiza-se a dimensão da participação de Simonsen na difusão internacional de ideias econômicas, adaptando ideias estrangeiras ao contexto brasileiro. Mostra-se que a interpretação que Simonsen dá para a história do Brasil, em seu livro clássico, é muito importante para a construção de seu pensamento econômico, estruturado em torno dos eixos do protecionismo e do planejamento. / This dissertation deals with the economic thought of Roberto Simonsen. From a perspective based on the historical reconstitution of economic thought, we seek to understand the formation of Simonsens economic thought, taking into account the institutions to which he belonged and his role as a businessman and as a politician. We emphasize Simonsens participation in the international diffusion of economic ideas, adapting foreign ideas to the Brazilian context. We show that Simonsens interpretation of Brazilian economic history, present in his classic book, is very important for the construction of his economic thought, structured around two axes: protectionism and economic planning.
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History of the calculus of variations in economics / História do cálculo variacional em economiaReginatto, Vinícius Oike 16 August 2019 (has links)
In this dissertation work, I present a broad historical account of how the calculus of variations was applied in economics in the 1920s up until the 1940s. In the interwar period, mathematical economics was a vibrant and plural community of authors. Previous historical works on this period have focused on specific points of these authors. The present dissertation focuses on the mathematical technique, i.e., the calculus of variations and how it was used in economics. This history also encompasses the early mathematization of economics, the early history of econometrics, and the struggles to devise a dynamic theory of economics in a general equilibrium framework. I follow mainly the works of American mathematician Griffith C. Evans (18871973) whom I argue is a seminal author in this literature. In 1924, Evans used the calculus of variations to put forward a dynamic version of A. Cournot\'s classic analysis of monopoly. In the following decades, a handful of authors followed Evans\'s approach and used the calculus of variations to research depreciation, business cycles, optimal savings, and general equilibrium. In the late 1960s, similar mathematical formulations became common place in the form of optimal control and dynamic programming. These new mathematical techniques shared intimate relations with the calculus of variations. / Neste trabalho de dissertação, apresento uma história geral de como o cálculo variacional foi aplicado na economia no período dos anos 1920 até 1940. Durante o período do entreguerras, havia uma comunidade plural e vibrante de autores trabalhando com economia matemática. Trabalhos históricos sobre esse período se debruçaram sobre pontos específicos desses autores. O presente trabalho tem como foco a técnica matemática, i.e., o cálculo variacional e como ele foi utilizado na economia. Minha história também abarca o início da matematização da economia, os primeiros anos da econometria, e os desenvolvimentos de uma teoria dinâmica de economia dentro de um modelo de equilíbrio geral. Este trabalho segue de perto a obra do matemático estadunidense Griffith C. Evans (1887-1973), um autor seminal nesta literatura. Em 1924, Evans usa o cálculo variacional para dinamizar a análise clássica de monopólio de A. Cournot. Nas próximas décadas, a maior parte dos autores que usaram o cálculo variacional em economia seguiram a abordagem de Evans: eles encontraram aplicações para o cálculo de variações em teorias de depreciação, ciclos de negócios e equilíbrio geral. No final da década de 60, modelos matemáticos usando controle ótimo e programação dinâmica se popularizaram em economia. Estas novas técnicas matemáticas têm íntima relação com o cálculo variacional.
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A poupança externa no desenvolvimentismo clássico e no novo desenvolvimentismoSeracinskis Junior, Roberto Eduardo January 2015 (has links)
Submitted by roberto eduardo seracinskis junior (roberto.seracinskis@hotmail.com) on 2015-05-20T15:33:13Z
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Por gentileza, você deverá realizar os devidos ajustes descriminados abaixo no seu trabalho e submeter novamente a biblioteca.
1- Inserir no cabeçalho da Capa o nome da Fundação Getúlio Vargas
2- Inserir no verso da folha de rosto a sua Linha de Pesquisa
3- inserir na folha de assinatura a Linha de Pesquisa e retirar a informação "SÃO PAULO 2015"
4- Justificar a pagina de agradecimento (não pode ter também espaçamento).
on 2015-05-21T14:32:02Z (GMT) / Submitted by roberto eduardo seracinskis junior (roberto.seracinskis@hotmail.com) on 2015-05-22T14:39:09Z
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Previous issue date: 2015 / Esta dissertação discute a crítica do Novo Desenvolvimentismo ao Desenvolvimentismo Clás-sico em relação ao crescimento com poupança externa. Por meio da análise de trabalhos dos principais autores do Desenvolvimentismo Clássico que são considerados os pioneiros da Teo-ria do Desenvolvimento Econômico, identificou-se que de forma geral seus autores têm posição favorável ao financiamento do desenvolvimento por recursos externos para sanar os problemas de carência de poupança e restrição externa dos países subdesenvolvidos, colocando, porém, condicionalidades para o uso desses recursos. Já a Teoria Novo Desenvolvimentista apresenta uma crítica contra intuitiva a essa estratégia por meio da construção de um modelo teórico no qual demonstra que ter o desenvolvimento financiado com poupança externa, na verdade, é uma armadilha que é sustentada por alto patamar de juros e traz a apreciação da moeda nacional, reduz o acesso dos empresários nacionais ao mercado externo e interno, traz semi-estagnação econômica e crises cíclicas de Balanço de Pagamentos, o que torna a economia nacional instável financeiramente. Esse modelo é corroborado por evidências em diversos trabalhos que testaram algumas das hipóteses da Teoria Novo Desenvolvimentista. Por fim, a Teoria Novo Desenvolvimentista pode ser considerada uma nova teoria que embora se baseie no Desenvolvimentismo Clássico consegue mostrar as causas e consequências dessa estratégia de crescimento com poupança externa, incorporando em sua teoria o que para o Desenvolvimentismo Clássico não era teoricamente explicado ou era visto como panaceia para o desenvolvimento, algo inevitável. Por fim, a Macroeconomia Desenvolvimentista conclui e propõe que o desenvolvimento econômico é financiado por recursos nacionais, que o capital se faz em casa.
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Do homem smithiano ao homo economicus : egoísmo e dissolução da moralAvila, Róber Iturriet January 2010 (has links)
Este trabalho se propõe a remontar a dissolução ocorrida no tempo em que a Economia Política buscava limitar seu campo de estudo, particularmente no que se refere a percepção sobre a conduta humana e a assunção de que os homens são intrinsecamente egoístas. Para tanto, é desenvolvida a visão do homem moralmente condicionado em Adam Smith e também as modificações subsequentes originadas nas diferentes concepções dos autores da escola clássica e da neoclássica. Sendo que estas mudanças enfatizam o egoísmo do agente econômico. Neste intento, é retraçado o caminho da consolidação do postulado do egoísmo, assim como os percalços, controvérsias e conflitos desta caracterização. São explorados os elementos que auxiliaram na transformação do homem smithiano em homo economicus, tais como a leitura descontextualizada de Smith, o individualismo, o utilitarismo, o individualismo metodológico, o positivismo e a própria necessidade de abstração teórica. Adicionalmente, é verificado que a confusão de conceitos presente nesta construção metodológica traz a referência de que a ciência econômica faz apologia ao egoísmo. Esta percepção é um subproduto do desenlace da economia com as questões morais. / This research is proposed to reassemble the dissolution occurred when the Political Economy sought to limit their field of study, particularly in the perception of humann behavior and the assumption that men are inherently selfish. To do that, it is developed the perception of Adam Smith about human behavior, and the subsequent changes resulting from different conceptions of classical and the neoclassical authors. These changes emphasize the selfishness of the economic agent. In this attempt, is showed the way of the consolidating of self-interest premise, the mishaps and controversies of this path. It explores the the elements that collaborated in the transformation of Smithian man in homo economicus, such as decontextualized reading of Smith, individualism, utilitarianism, methodological individualism, positivism and the very necessity of theoretical abstraction. Additionally, it is observed that the confusion of concepts present in this methodological construction suggests that economics salutes the egoism. This is a result of the distinction between moral and economic aspects.
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Do homem smithiano ao homo economicus : egoísmo e dissolução da moralAvila, Róber Iturriet January 2010 (has links)
Este trabalho se propõe a remontar a dissolução ocorrida no tempo em que a Economia Política buscava limitar seu campo de estudo, particularmente no que se refere a percepção sobre a conduta humana e a assunção de que os homens são intrinsecamente egoístas. Para tanto, é desenvolvida a visão do homem moralmente condicionado em Adam Smith e também as modificações subsequentes originadas nas diferentes concepções dos autores da escola clássica e da neoclássica. Sendo que estas mudanças enfatizam o egoísmo do agente econômico. Neste intento, é retraçado o caminho da consolidação do postulado do egoísmo, assim como os percalços, controvérsias e conflitos desta caracterização. São explorados os elementos que auxiliaram na transformação do homem smithiano em homo economicus, tais como a leitura descontextualizada de Smith, o individualismo, o utilitarismo, o individualismo metodológico, o positivismo e a própria necessidade de abstração teórica. Adicionalmente, é verificado que a confusão de conceitos presente nesta construção metodológica traz a referência de que a ciência econômica faz apologia ao egoísmo. Esta percepção é um subproduto do desenlace da economia com as questões morais. / This research is proposed to reassemble the dissolution occurred when the Political Economy sought to limit their field of study, particularly in the perception of humann behavior and the assumption that men are inherently selfish. To do that, it is developed the perception of Adam Smith about human behavior, and the subsequent changes resulting from different conceptions of classical and the neoclassical authors. These changes emphasize the selfishness of the economic agent. In this attempt, is showed the way of the consolidating of self-interest premise, the mishaps and controversies of this path. It explores the the elements that collaborated in the transformation of Smithian man in homo economicus, such as decontextualized reading of Smith, individualism, utilitarianism, methodological individualism, positivism and the very necessity of theoretical abstraction. Additionally, it is observed that the confusion of concepts present in this methodological construction suggests that economics salutes the egoism. This is a result of the distinction between moral and economic aspects.
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A via não tão rápida entre Solow e Ramsey-Cass-Koopmans: o desenvolvimento da teoria do crescimento econômico na década de 1960 / The not so fast turnpike between Solow and Ramsey-Cass-Koopmans: the development of economic growth theory during the sixtiesMatheus Assaf Cosendey 12 September 2016 (has links)
Resumo: Dois modelos formam a base da teoria moderna de crescimento econômico, conhecidos como modelo de Solow-Swan e modelo de Ramsey-Cass-Koopmans. Os dois modelos são apresentados por uma narrativa linear. O modelo de Solow representaria um primeiro modelo mais básico para compreender o crescimento econômico. Já Ramsey-Cass-Koopmans relaxaria a forte hipótese do primeiro modelo de que a propensão a poupar seria uma alíquota fixa, transformando a decisão de poupança em uma decisão derivada de um comportamento maximizador de utilidade e assim enriquecendo o modelo de Solow por clarificar a relação de crescimento econômico com a teoria do equilíbrio geral. O propósito deste trabalho é desafiar esta narrativa linear. Para isto, a dissertação apresenta outros assuntos de importância para a teoria do crescimento na década de 1960 que não se encaixam nesta narrativa, os teoremas de turnpike e os modelos de dois setores. Estes dois temas atuam como elos que ligam as três distintas comunidades representadas pelos atores Robert Solow, Tjalling Koopmans e David Cass, demonstrando que a relação entre os dois modelos é menos linear do que é usualmente apresentado. / Abstract: Two models shape the basis of modern economic growth theory, known as the Solow-Swan model and the Ramsey-Cass-Koopmans model. Both models are usually presented by a linear narrative. The Solow model would represent a first basic model to understand economic growth. The Ramsey-Cass-Koopmans would come to enrich the basic Solow model, by relaxing the constant propensity to save hypothesis, making the savings decision derived from a utility maximizing behavior. The purpose of this work is to challenge this linear narrative. This dissertation introduce other subjects that were influential to the development of growth theory in the sixties, but don\'t fit in the linear narrative: the turnpike theorems and the two-sector models of growth. These two subjects operate as links that connect three different scientific communities, represented by the actors Robert Solow, Tjalling Koopmans and David Cass, and help to evidence that the relation between the Solow model and the Ramsey-Cass-Koopmans model is less linear than usually presented.
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O discurso econômico da modernidade: notas da periferia / The Economic Discourse of Modernity: notes from the peripheryChristy Ganzert Gomes Pato 23 September 2011 (has links)
Para elucidar o lugar ocupado pela filosofia na formação e funcionamento do sistema cultural brasileiro, Paulo Arantes investigou o transplante de um conjunto de métodos e técnicas francesas, transladadas para os trópicos. Com a insolação sofrida na linha abaixo do equador, tal forma de pensar não chegou a sofrer propriamente uma desidratação, ao contrário: incorporando-se a ingredientes nacionais, como o espírito modernista, veio, sim, possibilitar uma filosofia por conta e risco. O mesmo ocorre nas artes plásticas, onde desde a chegada de Debret ao Brasil o traçado de constituição de um certo pintar em brasileiro percorre um caminho tenso entre o nosso próprio chão bruto e os ares europeus, ao que nossa paleta de cores acabou por constituir-se como forma adequada a uma sociedade onde a escravidão é moderna. Essa é, portanto, a trilha desta tese, que assume que nos outros ramos de nossa vida intelectual tal não é diferente. Nossa forma peculiar de raciocínio intelectual nosso atabalhoado típico de nação que se constrói pela deglutição do olhar estrangeiro é aqui assumida ela mesma como sintoma dos solavancos de nossa modernização periférica. E é o conceito de forma, no sentido hegelo-marxiano, o alicerce conceitual pelo qual se procura dissecar neste trabalho um ramo específico da nossa vida intelectual, qual seja o do pensamento econômico. É através dele que este trabalho procura deslindar a chave de resto imanente a todo nosso percurso de um pensar que oscila entre a crítica do processo de desenvolvimento capitalista e a própria reprodução dele mesmo, não porque haja confusão no pensar, mas justamente porque essa é a forma adequada a um capitalismo periférico que exige, junto com sua crítica, soluções de desenvolvimento e industrialização. / To elucidate the role played by philosophy in the formation and operation of the Brazilian cultural system Paulo Arantes investigated the transplantation of a set of French methods and techniques, translated to the tropics. With the heat stroke suffered in the line below the equator, such thinking did not exactly suffer dehydration, instead, by incorporating into itself the national ingredients, such as the modernist spirit, it came to provide a philosophy for its own cout and risk. The same occurs in the visual arts, where since the arrival of Debret to Brazil the set up of some paint in here follows a path tension between our own rough ground and a European feeling, so our color palette constitute itself as an appropriate form to a society where slavery is modern. This is therefore the track of this thesis, which assumes that the other branches of our intellectual life is no different. Our peculiar form of intellectual reasoning - our awkwardly typical nation that is built by the swallowing of foreign look - here is assumed itself as a symptom of the bumps of our peripheral modernization. And is the concept of form, in the sense Hegelian-Marxian, the conceptual foundation by which this work seeks to dissect a specific branch of our intellectual life, namely the economic thought. It is through it that this work tries to unravel the key - immanent throughout our journey - of a thought that oscillates between the critique of capitalist development process and its own reproduction, not because there is confusion in thought, but because this is the proper form of a peripheral capitalism that requires, along with his critique, solutions of development and industrialization.
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