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Caminhos teológicos e fenomenológicos de uma igreja terapêutica

Nivaldo Didini Coelho 07 January 2013 (has links)
A realidade das igrejas cristãs protestantes é atualmente marcada pela noção de crescimento numérico e pela ascensão subjetiva perpassada pela grande ênfase no sucesso pessoal do indivíduo. A Missão da Igreja como comissionamento evangélico tem se transformado em projetos que relegando as práticas (fundamentais) de cuidado ao próximo à mera prática administrativa de crescimento institucional adaptam-se à lógica do mundo. Não tendo o cuidado e a terapia a objetividade requerida, os quais testemunhados amplamente nos Evangelhos, tanto por meio das práticas de Jesus quanto por meio da própria pedagogia divina ao ensinar o esvaziamento de si em favor de muitos, cumpre refletir o atual estado das comunidades de fé agregadas sob a confissão de Jesus como o Cristo. Para tanto, o presente trabalho quer analisar as possibilidades de uma Igreja Terapêutica, considerando o que a Palavra de Deus tem a ensinar a respeito do cuidado e da terapia, exemplificados nas ações de Deus através da história de seu povo, estendendo-se aos evangelhos. Daí retirar aportes a uma prática do cuidado e da terapia em diálogo com a contribuição da Fenomenologia da Vida, de Michel Henry. / In recent days, Protestant Christian churches have been marked by a desire for numerical growth as well as for subjective growth in importance, imbued with a great emphasis on personal success of the individual. The Mission of the Church as an evangelical commission has been transformed into projects which relegate the (basic) practices of caring for ones neighbor to the category of mere administrative practices which can contribute to the growth of the institution, in this way adapting to the logic of the world. When care and therapy do not have the level of objectivity required and amply witnessed to in the Gospels, both through what Jesus did and what in his divine pedagogy he taught about emptying oneself in benefit of many, it is important that we reflect on the present state of the faith communities which join in confessing Jesus as the Christ. To help in this reflection, the present dissertation seeks to analyze the possibility of developing a Therapeutic Church, through considering what the Word of God has to teach about care and therapy, as exemplified in the actions of God throughout the history of his people and continuing through the Gospels. On this basis, the dissertation seeks to contribute to the practice of care and therapy, in dialogue with Michel Henrys concept of Phenomenology of Life.
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O resgate dos começos (sensíveis) perdidos: a dimensão sensível do cuidado na clínica psicanalítica com crianças e seus pais numa perspectiva entre a teologia, a fenomenologia da vida e a psicanálise

Marina Lucia Tambelli Bangel 07 January 2015 (has links)
O presente estudo, inserido na linha de pesquisa Dimensões do cuidado e práticas sociais, tem como tema a afetividade. Parte das mudanças observadas no trabalho clínico e nas escolas, bem como no cotidiano, para introduzir a falta de cuidado como o descaso, o descuido e o abandono com a vida sensível decorrente do paradigma moderno, questão que a teologia, a fenomenologia da Vida e a psicanálise coincidem em denunciar. Desse ponto de partida, o estudo investiga a crítica de Michel Henry acerca do mundo moderno, bem como o resgate da afetividade que o autor propõe a partir do começo perdido em Descartes. Com isso, ancora-se o pensar como um conhecimento sensível pautado no sentir-se, o que permitirá apontar pontos de aproximação entre a fenomenologia da Vida e a psicanálise a partir dos conceitos de Vida e pulsão, bem como da relação entre vivos. No segundo capítulo o tema do começo é abordado tanto sob a perspectiva da narrativa bíblica quanto da clínica psicanalítica. Tais aportes teóricos, numa perspectiva entre a teologia, a fenomenologia da Vida e a Psicanálise, tendo como fio condutor o cuidado, considerado neste estudo como um envolvimento afetivo constante, consigo mesmo (a partir do sentir-se) e com o outro/diferente (a partir do sentir), servirão de base para apontar, através de um recorte advindo da falta de limites/hiperatividade como uma das manifestações do sofrimento infantil através do corpo, contribuições possíveis para a clínica, com crianças e seus pais, a partir do resgate dos começos (sensíveis) perdidos. / This study, inserted in the line of research Dimensions of Care and Social Practices, has as its theme affectivity. It stems from changes observed in clinical work and in the schools, as well as in daily life, to introduce the lack of care as neglect disregard and abandonment of the sensitive life due to the modern paradigm, an issue which theology, phenomenology of Life and psychoanalysis coincide in denouncing. From this starting point the study investigates Michel Henrys criticism of the modern world, as well as the recovery of affectivity which the author proposes based on the lost beginning in Descartes. Through this, thinking is anchored as a sensitive knowledge, guided by feeling oneself, which would permit indicating points of approximation between the phenomenology of Life and psychoanalysis based on the concepts of Life and pulsion as well as of the relation between the living. In the second chapter the theme of the beginning is dealt with from the perspective of the biblical narrative as well as from the psychoanalytical clinical perspective. These theoretical resources, from the perspective of theology, phenomenology of Life and psychoanalysis, having as their guiding thread care, considered in this study as a constant affective involvement of oneself (based on feeling oneself) with the other/the different (based on feeling), will serve as a base from which to point out possible contributions for clinical treatment, related to a snipping coming from lack of limits/ hyperactivity as one of the manifestations of infant suffering through the body, with children and their parents based on the recovery of lost (sensitive) beginnings.
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A diaconia como serviço-mediação e a vida em seu autocuidado: a pessoa dependente de substâncias psicoativas e seu acolhimento em comunidades terapêuticas

Rolf Roberto Krüger 11 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Destaca-se a necessária tarefa da diaconia de produzir um movimento de mediação entre o polo da presença de Cristo na comunidade de seus servos e o polo da sua presença no sofrimento do mundo. O verdadeiro culto ao Deus encarnado é provado nas ações concretas de amor. Ações que constituem a ética pessoal e comunitária daqueles e daquelas que afirmam ser discípulos e discípulas do Kyrios-Diácono, através da hospitalidade que acolhe na comunhão e pela visitação que acode e caminha com a pessoa sofredora. São ações que protegem e promovem a vida e corroboram para que esta seja tão digna quanto possível. Assim, a diaconia se mantém em estreita relação com os demais serviços da comunidade de fé e evita que estes se tornem alienados da vida real, encarnando-os. Trata-se do olhar diaconia vida: responde a pergunta pelo fazer da diaconia pela vida. É a ética vivenciada. Através da fenomenologia da Vida de Michel Henry (1922-2002), tem-se um olhar complementar: a Vida que se apresenta na vida pela textura do sofrimento e do prazer. É o olhar que parte da perspectiva da Vida com suas implicações para a diaconia: Vida diaconia. A diaconia não se limita apenas a ações para a vida. É-o também ação da Vida na vida. Cuida no e ensina a viver o sofrimento. Dos sofrimentos, a investigação direciona o olhar para a problemática da dependência de substâncias psicoativas. Apresenta o desenvolvimento conceitual da dependência, importante para vencer os preconceitos. Aponta as principais características da pessoa dependente e do processo motivacional, para subsidiar uma proposta terapêutica. Analisa a proposta das Comunidades Terapêuticas, instituições de acolhimento terapêutico, com seus diferentes modelos. Os aportes da diaconia e da fenomenologia da Vida enriquecem a oferta destas instituições e apontam para a continuidade que se dá no acolhimento diaconal nas comunidades de fé. O quadro desta investigação diaconia fenomenologia da vida dependência Comunidades Terapêuticas recebe um colorido especial, através da leitura de relatos vivos de pessoas reais que vivenciaram de diferentes formas esta textura da Vida. A diaconia vivenciada pela fruição da Vida, torna-se terapêutica. / The necessary task of diakonia to produce a mediation movement between the center of the presence of Christ in the community of his servants and the center of his presence in the suffering of the world is highlighted. The true worship of the incarnated God is proved in concrete actions of love - actions which constitute the personal and community ethics of those who affirm that they are disciples of the Kyrios-Deacon, through the hospitality which welcomes into communion and through visitation which succors and walks with the suffering person. These are actions which protect and promote life and corroborate so that this life might be as dignified as possible. Thus, diakonia maintains a strict relation with other services of the faith community and avoids that these become alienated from the real life by incarnating them. It is about the diakonia-life perspective: it answers the question about diakonia for life. It is lived ethics. Through Michel Henrys phenomenology (1922-2002), one has a complementary perspective: The Life which presents itself in life through the weaving of suffering and pleasure. It is a look that stems from the perspective of Life with its implications for diakonia: Life-diakonia. Diakonia is not limited only to actions for life. It is also the action of the Life in life. It gives care and teaches to live in suffering. From the sufferings, the investigation directs its look to the problem of psychoactive substance dependence. It presents the conceptual development of dependence, which is important to overcome pre-judgments. It points out the main characteristics of a dependent person and of the motivational process, to substantiate a therapeutic proposal. It analyzes the proposal of the Therapeutic Communities, institutions of therapeutic welcoming in with their different models. The contributions of diakonia and of the phenomenology of Life enrich the offer of these institutions and point to the continuity which is propitiated by the diaconal welcoming in the faith communities. The framework of this investigation diakonia-phenomenology of life dependence Therapeutic Communities acquires a special coloring through the reading of live reports of real people who have experienced in different ways this weaving of Life. The diakonia experienced because of the fruition of Life becomes therapeutic.
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Perception et mouvement : Straus, Merleau-Ponty, Maldiney : Le fondement phénoménologique de l'unité de l'esthétique / Perception and movement : Straus, Merleau-Ponty, Maldiney : the phenomenological foundation of the unity of aesthetics

Bobant, Charles 23 November 2017 (has links)
Cette thèse porte sur l'esthétique au sein de la phénoménologie, et plus particulièrement sur le problème de l'unité de l'esthétique, sur la question de la continuité entre sensibilité et art telle qu'elle est posée dans les philosophies d'Erwin Straus, de Maurice Merleau-Ponty et d'Henri Maldiney. Nous montrons d'abord comment la phénoménologie, en devenant phénoménologie de l'art, reprend et accomplit la philosophie de l'art traditionnelle, retrouvant par-là même ses difficultés et impasses : la subordination de l'art à la philosophie, le primat théorique de l’œuvre d'art sur l'artiste, l'assimilation de l'artiste au génie, la promotion de la peinture et de la littérature et l'exclusion de la danse, l'identification du spectateur à un incréateur. Nous mettons ensuite en évidence le fait que la phénoménologie est irréductible à une philosophie de l'art, qu'elle est aussi une esthétique capable de dépasser les problèmes de la phénoménologie de l'art autant que de l'esthétique classique, intellectualiste et empiriste. Seulement l'esthétique phénoménologique rejoue plutôt qu'elle ne déjoue ces problèmes : l'art et l'artiste demeurent mystérieux, l'esthétique phénoménologique est encore une religion de l'art. C'est pourquoi, enfin, une nouvelle esthétique s'impose – une esthétique cosmologique –, nourrie de la double déconstruction de la phénoménologie de l'art et de l'esthétiquephénoménologique, et dirigée vers l'impératif d'éconduire le mysticisme résurgent des doctrines sur l'art. En somme, ce travail vise à rendre compte philosophiquement, sans mythologie interposée, du phénomène artistique. / This doctoral dissertation focuses on aesthetics within the phenomenological movement, especially on the problem of the unity of aesthetics, on the question of continuity between sensibility and art as it is formulated in the philosophies of Erwin Straus, Maurice Merleau-Ponty and Henri Maldiney. We start by showing how phenomenology, by becoming a phenomenology of art”, recovers and completes the traditional philosophy of art, thereby rediscovering its impasses and difficulties: the subordination of art to philosophy, the theoretical priority of the work of art over the artist, the assimilation of the artist to a genius, the promotion of painting and literature and theexclusion of dance, the identification of the spectator with an uncreator. We then highlight the fact that phenomenology is irreducible to a philosophy of art, that it is also an aesthetics able to surpass the problems of the phenomenology of art as much as those of classical – intellectualist and empiricist – aesthetics. Nevertheless, “phenomenological aesthetics” updates these problems: art and artist remainmysterious, phenomenological aesthetics is still a religion of art. For this reason, finally, a new aesthetics is necessary – a “cosmological aesthetics” –, nourished by the double deconstruction of the phenomenology of art and phenomenological aesthetics, and directed towards the imperative to erase the resurgent mysticism of doctrines on art. In short, our study intends to explain – philosophically, without mythology – the artistic phenomenon.
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DO LOGOS ESTÉTICO AO LOGOS CULTURAL: IMPLICAÇÕES ÉTICAS DA FENOMENOLOGIA DO CORPO PRÓPRIO / FROM THE AESTHETIC LOGOS TO THE CULTURAL LOGOS: THE ETHICAL IMPLICATIONS OF THE PHENOMENOLOGY OF THE OWN BODY .

Junglos, Marcio 23 August 2010 (has links)
This paper will raise issues concerning to a phenomenological ethics. For that, we will seek to find subsidies through the passage of the logos of the aesthetic world to the logos of the cultural world in Merleau-Ponty. One common thread will be determined by this philosopher, with the intent to understand the original nature in the life-world. This thread is called original presence which, in turn, can be identified in both the aesthetic logos as in cultural logos. Merleau-Ponty makes a profound analysis of the studies raised by Husserl, namely a later Husserl, where we find the discovery of a phenomenology of life. Through the discovery of reflexive-body, Merleau-Ponty celebrate the incarnation of the phenomenology of life raised by Husserl. These two philosophers give a strong emphasis facing our attitude toward the opening of the world, the other and the logical objectivity. To better understand this philosophical perspective, we have the contribution of Waldenfels that will extend the concept of attitude and will make, thus, a phenomenological ethic more evident, where this attitude needs to give an answer or rather can not not respond, as the opening of the world create in us a challenge of which I am led to a concrete attitude. This challenge is generated by claims that dialogue with the law (rule) and justice (ethics). This dialogue, in principle, generates a strangeness that drives us to a threshold, creating a gap, allowing a new constitution process. When Waldenfels says that the Ethos begins on the plain of the senses, wants to talk that what affects us depends on the body itself that is affected and that what affects expresses sense for us. In other words, what claims out to us as the possibility of meaning indeed passes through the plain of the senses, must be understood and lived by the own body. In Waldenfels we can find a clear responsive ethics and an ethics of the senses, allowing the construction of a phenomenological ethics. / Este trabalho levantará questões concernentes a uma ética fenomenológica. Para isto, procuraremos encontrar subsídios através da passagem do logos do mundo estético para o logos do mundo cultural, em Merleau-Ponty. Um fio condutor será determinado por este filósofo, com o intento de entender a natureza da vida no mundo. Este fio condutor é chamado de presença originária que, por sua vez, pode ser identificado tanto no logos estético como no logos cultural. Merleau-Ponty faz uma profunda análise dos estudos levantados por Husserl, especialmente o Husserl mais tardio, no qual encontramos a descoberta de uma fenomenologia da vida. Por meio da descoberta do corpo-reflexionante, Merleau-Ponty celebra a encarnação da fenomenologia da vida levantada por Husserl. Estes dois filósofos conferem uma profunda ênfase em relação a nossa atitude através da abertura do mundo, do outro e da objetividade lógica. Para melhor compreendermos esta perspectiva filosófica, teremos a contribuição de Waldenfels que estenderá o conceito de atitude e tornará, assim, uma ética fenomenológica mais evidente, na qual nossa atitude precisa dar uma resposta ética, ou melhor, não pode não responder, pois a abertura do mundo cria em nós um desafio que nos guiará a uma atitude concreta. Este desafio é gerado por clamores que dialogam com a lei (regra) e a justiça (ética). Este diálogo, em princípio, gera uma estranheza que nos leva a um limiar, criando uma fenda, permitindo um novo processo de constituição. Quando Waldenfels diz que o Ethos começa da planície dos sentidos, quer falar que o que nos afeta depende do corpo próprio que é afetado e que o que nos afeta exprime sentido para nós. Em outras palavras, o que clama a nós como possibilidade de sentido precisa realmente passar pela planície dos sentidos; deverá, portanto ser entendido e vivido pelo corpo próprio. Em Waldenfels, podemos encontrar claramente uma ética responsiva e uma ética dos sentidos, permitindo a construção de uma ética fenomenológica.

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