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Teorias da introspecção e psicologia moralMedeiros, Eduardo Vicentini de January 2013 (has links)
Existe alguma relação conceitual relevante entre introspecção e conceitos morais? Qual a relação entre as diferentes teorias da introspecção e temas da psicologia moral? Estas são as perguntas centrais desta dissertação. O ponto para o qual quero chamar a atenção é sobre a relação entre diferentes teorias da introspecção e teses em psicologia moral e nas teorias morais. Argumentarei a favor da seguinte afirmação: qualquer filosofia moral pressupõe determinadas teses sobre atribuição e autoatribuição de estados mentais, em especial, atribuição e autoatribuição de atitudes proposicionais. Ou seja, nenhuma teoria moral é inocente em relação a determinados pressupostos que podem ser mapeados em diferentes teorias da introspecção. Além disso, creio que o caminho inverso também mereça análise, a saber que assumir uma determinada teoria sobre o funcionamento de conceitos psicológicos pode ter implicações para o tipo de teoria moral que deva ser aceita. Nosso objetivo é demarcar dois grupos de teorias sobre o funcionamento dos processos introspectivos. De um lado as teorias que assumem uma analogia de inspiração lockiana entre sentido externo e sentido interno, quando serão analisadas teses de autores seminais da psicologia introspeccionista do final do século XIX, como Franz Brentano (Psychologie vom empirischen Standpunkten- 1874), William James (The Principles of Psychology-1890) e James Sully (Illusions - 1881). Examinaremos também a primeira formulação filosófica contemporânea das teorias do sentido interno, apresentada por David Armstrong (A Materialist Theory of the Mind – 1968). De outro lado, discutiremos as teorias da introspecção que rejeitam o modelo perceptual. O principal responsável na filosofia contemporânea por esta crítica à analogia lockiana é Sydney Shoemaker. Faremos uma detalhada análise dos argumentos de Shoemaker apresentados nas Royce Lectures, de 1994. Os argumentos de Shoemaker deram origem ao que se convencionou chamar teorias racionalistas da introspecção ou do autoconhecimento, e dentre os vários autores representativos desta tendência, escolhemos Richard Moran (Authority and Estrangement: An Essay on Self-Knowledge - 2001) como representativo do desenvolvimento consequente da crítica ao modelo perceptual da introspecção em direção aos temas da psicologia moral. Argumentaremos que as teorias que assumem a analogia lockiana entre sentido externo e interno dão suporte ao que denominamos de visão não-relacional do argumento moral. Dado que os argumentos que criticam estas teorias do sentido interno são cogentes, então as características distintivas desta visão não-relacional devem ser deixadas de lado em uma análise adequada do argumento moral. / Is there any relevant conceptual connection between introspection and moral concepts? What is the connection between different theories of introspection and issues in moral psychology? Those are the central questions of this dissertation. The point to which I wish to draw attention is the relationship between different theories of introspection and theses in moral psychology and moral theories. I shall argue in defense of the following statement: any moral philosophy presupposes certain theses on self-attribution of mental states and, in particular, self-attribution of propositional attitudes. That is, no moral theory is innocent on certain assumptions that can be mapped into different theories of introspection. Furthermore, I believe that the opposite way also deserves analysis, namely one assuming that a particular theory about the functioning of psychological concepts may have implications for the kind of moral theory that should be accepted. Our goal is to demarcate two groups of theories about the operation of introspective processes. On one side, theories that assume an analogy, inspired by Locke, between external and internal sense. In this case we will analyze theses of seminal authors associated with introspective psychology from the late nineteenth century, as Franz Brentano (Psychologie vom empirischen Standpunkten-1874), William James (The Principles of Psychology, 1890) and James Sully (Illusions - 1881). We will also examine the first formulation of contemporary philosophical theories of the internal sense presented by David Armstrong (A Materialist Theory of the Mind - 1968). On the other side, we shall discuss the theories of introspection that reject the perceptual model. The main responsibility in contemporary philosophy for this critique of the Lockean analogy is Sydney Shoemaker. We will pursue a detailed analysis of the arguments presented in Royce Lectures delivered in 1994. Shoemaker's arguments gave rise to the so-called rationalist theories of introspection or self-knowledge, and among the several authors of this trend we chose Richard Moran (Authority and Estrangement: An Essay on Self-Knowledge- 2001) as representative of the consequent development of this critique to the perceptual model of introspection toward themes of moral psychology. We will argue that theories that assume the Lockean analogy between internal and external senses, offer support to what we are naming non-relational view of the moral argument. Given that the arguments criticizing these theories of the internal sense are cogent, the distinctive characteristics of this non-relational view must be set aside in a proper analysis of the moral argument.
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A família como contexto de desenvolvimento moral para crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade / The family as a context of moral development for children and adolescents with Attention Deficit Hyperactivity DisorderAmaral, Ana Paula 28 June 2017 (has links)
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico amplamente estudado e o que mais acomete a população infantil em idade escolar. No entanto, pesquisas relacionando o contexto familiar destas crianças e adolescentes com a moralidade são escassas. Este estudo teve por objetivo mapear o contexto familiar deste público no que diz respeito às concepções educativas morais, a legitimidade da autoridade parental e as representações de si dessas mães. MÉTODO: Participaram da pesquisa 17 mães e 5 avós (responsáveis legais) de crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH atendidos por uma instituição filantrópica especializada localizada na cidade de São João da Boa Vista, interior do estado de São Paulo. Para a coleta de dados, os instrumentos utilizados foram: Escala de Concepções Educativas Morais ECEM, Questionário de legitimidade da autoridade parental e Representações de si de mães de crianças e adolescentes com TDAH. RESULTADOS: Os resultados apontaram para mães que priorizam o respeito unilateral, a justiça retributiva com o uso de sanções expiatórias, o desejo pela obediência e baixa autonomia. Além disso, as mães legitimam a autoridade parental em todos os domínios, sendo as regras de domínio pessoal menos legitimadas que as demais. O uso de punições físicas está muito presente no discurso dessas mães. As representações de si como pessoa dessas mães estão voltadas para a maternidade como valor central e para um olhar positivo sobre si mesmas. Como mães, essas mulheres tem representações de si positivas e positivas morais com ênfase no cuidado. A maior parte das mães percebem diferenças entre educar crianças com TDAH e sem o transtorno. Elas também apresentam representações de si positivas, quando questionadas sobre como o filho, os familiares, os professores e os profissionais da saúde que atendem o filho com TDAH as veem como mães. Em relação às apresentações do TDAH, podemos destacar que as mães de crianças com apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva apresentam a menor média para o construto autonomia e as maiores médias para o construto obediência e para as regras de domínio pessoal. As mães de crianças com apresentação predominantemente desatenta utilizam mais regras e apresentam maior legitimidade da autoridade parental, exceto quando se trata das regras de domínio pessoal. As mães de crianças com apresentação combinada apresentam as menores médias em todos os domínios, o que aponta para menor legitimidade da autoridade parental e menor expectativa de obediência. CONCLUSÃO: O contexto familiar dessa amostra não favorece o desenvolvimento moral. As participantes deste estudo desejam filhos obedientes e utilizam sanções expiatórias para garantir a obediência. Para as participantes, ser boa mãe está relacionado ao cuidado e o sacrifício pelos filhos / Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobiological disorder that is widely studied and which affects the school-age children. However, research relating the family context of these children and adolescents with morality is scarce. This study aimed to map the family context of this public with regard to moral educational conceptions, the legitimacy of parental authority and the self-representations of these mothers. METHODS: 17 mothers and 5 grandmothers (legal guardians) of children and adolescents diagnosed with ADHD attended by a specialized philanthropic institution located in the city of São João da Boa Vista, in the state of São Paulo, participated in the study. For the data collection, the instruments used were: Moral Educational Conceptions Scale - ECEM, Questionnaire of legitimacy of parental authority and Self-representations of mothers of children and adolescents with ADHD. RESULTS: The results pointed to mothers who prioritize unilateral respect, retributive justice with the use of expiatory sanctions, the desire for obedience and low autonomy. In addition, mothers legitimize parental authority in all domains, with rules of personal dominance less legitimized than the others. The use of physical punishments is very present in the discourse of these mothers. The self-representations as a person of these mothers are focused on motherhood as a central value and a positive image at themselves. As mothers, these women have positive and positive moral self-representations with an emphasis on care. Most mothers perceive differences between educating children with ADHD and without the disorder. They also present positive self-representations when questioned about how the child, family members, teachers, and health professionals who treat the child with ADHD see them as mothers. Regarding the presentations of ADHD, we can highlight that the mothers of children with predominantly hyperactive / impulsive presentation present the lowest mean for the autonomy construct and the highest averages for the obedience construct and the rules of personal dominance. Mothers of children with predominantly inattentive presentation use more rules and have greater legitimacy of parental authority, except when it comes to rules of personal domain. Mothers of children with a combined presentation have the lowest averages in all domains, which points to a lower legitimacy of parental authority and lower expectation of obedience. CONCLUSION: The family context of this sample does not favor moral development. Participants in this study desire obedient children and use expiatory sanctions to ensure obedience. For the participants, being a good mother is related to the care and sacrifice for the children
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A constituição de subjetividades legitimadoras das desigualdades de gênero: um estudo a partir de referenciais da Psicologia e Educação / Teenagers subjectivities legitimating gender inequalities: a study from about Psychology and Education references.Stach-Haertel, Brigitte Ursula 30 March 2009 (has links)
Este trabalho se insere na área da Psicologia Moral buscando investigar crenças e valores referentes à socialização de gênero, pautados nas representações de adolescentes, de camadas populares urbanas. Pesquisa realizada com pouco mais de duzentos jovens, entre onze e quinze anos de idade, de ambos os sexos, em uma unidade escolar da rede pública municipal na zona norte da cidade de São Paulo. Utilizou como ferramenta um questionário contendo dez afirmações incompletas que em sua primeira parte sugeriam associações aos papéis sociais, tanto em relação às feminilidades, quanto às masculinidades, complementados por conflitos de interesses, primeiramente entre pares do sexo oposto e posteriormente por parceiros de mesmo sexo. Aplicada a análise a partir dos referenciais dos modelos organizadores de pensamento às respostas dadas, foi possível identificar a idéia central a partir da qual se ancoraram as percepções dos jovens nas diferentes afirmativas. Os resultados obtidos demonstram que, ainda que meninas e meninos reconheçam, desde muito cedo, o mundo composto por seres sexuados, o fazem sem estabelecer juízo de valor. Entretanto, em certo estágio da puberdade, especialmente a partir dos treze anos, parcela das jovens e dos jovens, introduz variáveis que suspendem, de algum modo, a igualdade natural entre os sexos estabelecendo hierarquias e subordinações que denunciam uma valoração, gradativa e díspar, dos papéis sociais relativos ao gênero. / This work falls in the area of Moral Phychology. We investigated beliefs and values that support teenager sex-role socialization, more specifically, social gender representations of young people from popular urban communities. Our research carried out with a little more than two hundred boys and girls, between eleven and fifteen years old, in a public municipal school, at the north zone of the city of São Paulo. We choose as research tool a questionnaire containing six incomplete statements that suggested associations to social roles, in relation to femininity or masculinity. It was supplemented by four different conflicts of interest, first among partners of the opposite sex and later on by the same-sex peers. Applied an analysis to the answers from the Organizing Thought Models references, it was possible to us to identify the central perception ideas in which, young people, anchored their representations for each one of the ten different statements. The results show that, although girls and boys recognize that the world is gendered at a very young age, they do not establish value judgments. However, from some stage during puberty, especially after thirteen years old, young women and young men introduce some variables that suspend, in some way, the natural equality between the sexes and established subordinations down hierarchies which complain the valuation, gradual and uneven, regarding to social gender roles.
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A família como contexto de desenvolvimento moral para crianças e adolescentes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade / The family as a context of moral development for children and adolescents with Attention Deficit Hyperactivity DisorderAna Paula Amaral 28 June 2017 (has links)
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico amplamente estudado e o que mais acomete a população infantil em idade escolar. No entanto, pesquisas relacionando o contexto familiar destas crianças e adolescentes com a moralidade são escassas. Este estudo teve por objetivo mapear o contexto familiar deste público no que diz respeito às concepções educativas morais, a legitimidade da autoridade parental e as representações de si dessas mães. MÉTODO: Participaram da pesquisa 17 mães e 5 avós (responsáveis legais) de crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH atendidos por uma instituição filantrópica especializada localizada na cidade de São João da Boa Vista, interior do estado de São Paulo. Para a coleta de dados, os instrumentos utilizados foram: Escala de Concepções Educativas Morais ECEM, Questionário de legitimidade da autoridade parental e Representações de si de mães de crianças e adolescentes com TDAH. RESULTADOS: Os resultados apontaram para mães que priorizam o respeito unilateral, a justiça retributiva com o uso de sanções expiatórias, o desejo pela obediência e baixa autonomia. Além disso, as mães legitimam a autoridade parental em todos os domínios, sendo as regras de domínio pessoal menos legitimadas que as demais. O uso de punições físicas está muito presente no discurso dessas mães. As representações de si como pessoa dessas mães estão voltadas para a maternidade como valor central e para um olhar positivo sobre si mesmas. Como mães, essas mulheres tem representações de si positivas e positivas morais com ênfase no cuidado. A maior parte das mães percebem diferenças entre educar crianças com TDAH e sem o transtorno. Elas também apresentam representações de si positivas, quando questionadas sobre como o filho, os familiares, os professores e os profissionais da saúde que atendem o filho com TDAH as veem como mães. Em relação às apresentações do TDAH, podemos destacar que as mães de crianças com apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva apresentam a menor média para o construto autonomia e as maiores médias para o construto obediência e para as regras de domínio pessoal. As mães de crianças com apresentação predominantemente desatenta utilizam mais regras e apresentam maior legitimidade da autoridade parental, exceto quando se trata das regras de domínio pessoal. As mães de crianças com apresentação combinada apresentam as menores médias em todos os domínios, o que aponta para menor legitimidade da autoridade parental e menor expectativa de obediência. CONCLUSÃO: O contexto familiar dessa amostra não favorece o desenvolvimento moral. As participantes deste estudo desejam filhos obedientes e utilizam sanções expiatórias para garantir a obediência. Para as participantes, ser boa mãe está relacionado ao cuidado e o sacrifício pelos filhos / Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobiological disorder that is widely studied and which affects the school-age children. However, research relating the family context of these children and adolescents with morality is scarce. This study aimed to map the family context of this public with regard to moral educational conceptions, the legitimacy of parental authority and the self-representations of these mothers. METHODS: 17 mothers and 5 grandmothers (legal guardians) of children and adolescents diagnosed with ADHD attended by a specialized philanthropic institution located in the city of São João da Boa Vista, in the state of São Paulo, participated in the study. For the data collection, the instruments used were: Moral Educational Conceptions Scale - ECEM, Questionnaire of legitimacy of parental authority and Self-representations of mothers of children and adolescents with ADHD. RESULTS: The results pointed to mothers who prioritize unilateral respect, retributive justice with the use of expiatory sanctions, the desire for obedience and low autonomy. In addition, mothers legitimize parental authority in all domains, with rules of personal dominance less legitimized than the others. The use of physical punishments is very present in the discourse of these mothers. The self-representations as a person of these mothers are focused on motherhood as a central value and a positive image at themselves. As mothers, these women have positive and positive moral self-representations with an emphasis on care. Most mothers perceive differences between educating children with ADHD and without the disorder. They also present positive self-representations when questioned about how the child, family members, teachers, and health professionals who treat the child with ADHD see them as mothers. Regarding the presentations of ADHD, we can highlight that the mothers of children with predominantly hyperactive / impulsive presentation present the lowest mean for the autonomy construct and the highest averages for the obedience construct and the rules of personal dominance. Mothers of children with predominantly inattentive presentation use more rules and have greater legitimacy of parental authority, except when it comes to rules of personal domain. Mothers of children with a combined presentation have the lowest averages in all domains, which points to a lower legitimacy of parental authority and lower expectation of obedience. CONCLUSION: The family context of this sample does not favor moral development. Participants in this study desire obedient children and use expiatory sanctions to ensure obedience. For the participants, being a good mother is related to the care and sacrifice for the children
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A constituição de subjetividades legitimadoras das desigualdades de gênero: um estudo a partir de referenciais da Psicologia e Educação / Teenagers subjectivities legitimating gender inequalities: a study from about Psychology and Education references.Brigitte Ursula Stach-Haertel 30 March 2009 (has links)
Este trabalho se insere na área da Psicologia Moral buscando investigar crenças e valores referentes à socialização de gênero, pautados nas representações de adolescentes, de camadas populares urbanas. Pesquisa realizada com pouco mais de duzentos jovens, entre onze e quinze anos de idade, de ambos os sexos, em uma unidade escolar da rede pública municipal na zona norte da cidade de São Paulo. Utilizou como ferramenta um questionário contendo dez afirmações incompletas que em sua primeira parte sugeriam associações aos papéis sociais, tanto em relação às feminilidades, quanto às masculinidades, complementados por conflitos de interesses, primeiramente entre pares do sexo oposto e posteriormente por parceiros de mesmo sexo. Aplicada a análise a partir dos referenciais dos modelos organizadores de pensamento às respostas dadas, foi possível identificar a idéia central a partir da qual se ancoraram as percepções dos jovens nas diferentes afirmativas. Os resultados obtidos demonstram que, ainda que meninas e meninos reconheçam, desde muito cedo, o mundo composto por seres sexuados, o fazem sem estabelecer juízo de valor. Entretanto, em certo estágio da puberdade, especialmente a partir dos treze anos, parcela das jovens e dos jovens, introduz variáveis que suspendem, de algum modo, a igualdade natural entre os sexos estabelecendo hierarquias e subordinações que denunciam uma valoração, gradativa e díspar, dos papéis sociais relativos ao gênero. / This work falls in the area of Moral Phychology. We investigated beliefs and values that support teenager sex-role socialization, more specifically, social gender representations of young people from popular urban communities. Our research carried out with a little more than two hundred boys and girls, between eleven and fifteen years old, in a public municipal school, at the north zone of the city of São Paulo. We choose as research tool a questionnaire containing six incomplete statements that suggested associations to social roles, in relation to femininity or masculinity. It was supplemented by four different conflicts of interest, first among partners of the opposite sex and later on by the same-sex peers. Applied an analysis to the answers from the Organizing Thought Models references, it was possible to us to identify the central perception ideas in which, young people, anchored their representations for each one of the ten different statements. The results show that, although girls and boys recognize that the world is gendered at a very young age, they do not establish value judgments. However, from some stage during puberty, especially after thirteen years old, young women and young men introduce some variables that suspend, in some way, the natural equality between the sexes and established subordinations down hierarchies which complain the valuation, gradual and uneven, regarding to social gender roles.
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[en] THE EXPRESSION OF NORMATIVITY: A SKETCH OF THE SOCIAL-PSYCHOLOGICAL ARCHITECTURE OF RULE-ACCEPTANCE / [pt] A EXPRESSÃO DA NORMATIVIDADE: UM ESBOÇO DA ARQUITETURA SOCIOPSICOLOGICA DA ACEITAÇÃO DE REGRASPEDRO HENRIQUE VEIGA CHRISMANN 17 November 2017 (has links)
[pt] O tema da normatividade desde sempre foi tido como misterioso. Muitas explicações foram dadas sobre o fenômeno em diversos âmbitos do saber, embora nenhuma em definitivo. Quando se trata da normatividade jurídica não é diferente. Com o objetivo de trazer novas luzes sobre o nebuloso assunto, o ponto de partida da presente investigação é o conceito de afirmações internas do direito, tal como formulado por Herbert L. A. Hart. Por meio de uma análise sociolinguística, o autor propõe que tais enunciados comprometidos com o direito sejam vistos como expressões da aceitação de certas regras. No entanto, o autor não vai muito além em pontos importantes e alguns questionamentos surgem tanto sobre a melhor leitura de certos conceitos na obra de Hart, quanto em relação a real capacidade de sua teoria dar conta do tema. Há evidências nos escritos do autor que permitem dizer que a sua proposta é bastante semelhante à ideia de expressivismo de normas, tal como formulado por Allan Gibbard no campo da metaética. Essa linha teórica aparece como uma versão sofisticada de não-cognitivismo e, portanto, entende que os termos normativos são geralmente utilizados na linguagem ordinária para expressar um estado conativo, um estado mental diferente de uma crença, e que, portanto, não possui aptidão de verdade. Pretende-se demonstrar que tal postura, expressivista, é bastante atraente para o filósofo do direito, pois consegue explicar tanto as afirmações internas do direito como o elo implícito com a ideia de normatividade. Além disso, essa perspectiva é capaz de responder às críticas que teóricos rivais (cognitivistas) formularam sobre a construção conceitual hartiana. Por meio da análise da superação por parte dos autores expressivistas de argumentos tradicionais do campo da metaética é possível deixar mais sólida a posição dentro da teoria do direito, bem como transferir o ônus argumentativo para os oponentes da posição. Por fim, será sugerida interpretação sobre o mecanismo psicológico e social por detrás do expressivismo de normas. O recente corpo de evidência científica parece fornecer uma licença para o otimismo em favor do expressivismo em relação à capacidade de se desvendar o mistério da normatividade. / [en] Normativity has Always been taken as something mysterious. Many explanations from a range of different areas were given about this phenomenon, though, no definitive one. Legal normativity is no different. Aiming to bring new lights to this cloudy subject, the starting point of the present investigation is Hebert L. A. Hart s concept of internal legal statements. Through a sociolinguistic analysis, the author claims that such statements committed with the law are to be seen as expressions of rule s acceptance. Nevertheless, Hart does not go further and a lot of relevant points and questions arise both about the best way to read his work and on the real explanatory power of his theory. There are evidences in his writings that allow us to read his theory in a very similar way to Allan Gibbard s metaethics one. This line of though seems to be a sophisticated version of a non-cognitivism and, therefore, sees normative terms as used to express conative states of mind. These mental states are different from a belief and hence cannot have truth aptness. We intend to show that such theoretical posture, expressivist, is very alluring for the legal philosopher, since it can explain the internal legal claims and its implicit relationship with normativity. Further, this perspective is capable of answering critics posed by cognitivists about Hart s conceptual work. By means of an analysis of how expressivism can answer traditional metaethical questions, it is possible to make the legal expressivist position even more solid, and to switch the argumentative burden to opponent side of the dispute. Lastly, we will indicate an interpretation of a social and psychological background mechanism to norm expressivism. The recent body of scientific evidence provides a license for optimism in favor of expressism s ability to unveil the mystery of normativity.
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