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Viuvez e reprodução assistida "Post-Mortem": um processo de luto e de decisão / Post-Mortem assisted reproduction: a bereavement and decision processMoreira, Marta Nascimento 03 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Post-Mortem Assisted Reproduction is a subject that belongs to the contemporary world, brought to reality with the biotechnology development and reproduction medicine field progress, which made possible the conception after an individual s death. This subject brings many ethic, political, religious and economic issues that are discussed worldwid, including questions about parenthood, family, life and death. This qualitative research aimed at understanding the meanings given by a widow to her decision about what to do with the deceased husband s cryopreserved genetic material and also to analyze the relation between this decision and the bereavement process. This discussion includes two human relationship domains: the making and the breaking of an affective bond. Therefore, Attachment Theory and the Dual Process Model of Grief were used as background of this research, giving support to its analysis. A widow has willingly accepted to contribute for this study. By means of a semi-structured interview, it was possible to understand her relation with the deceased, the context in which the sperm was collected, the husband s death story and the widow s decision on what to do with the semen. Three important experiences affected her decision: her husband s struggle against cancer; after the husband s death; living a new loving relationship. The widow s decision was taken along with the bereavement process, during her husband s illness and death, and were understood as indicators of the bereavement process. Meanings attached to her bereavement process were identified, such as a possibility even with the partner s death, the product of a built loving relation and failure in accomplish the parental project / A Reprodução Assistida Post-Mortem é um assunto que pertence ao mundo contemporâneo, sendo real a partir do desenvolvimento das biotecnologias e avanços no campo da medicina reprodutiva, que tornaram possível a concepção de um filho após a morte de um indivíduo. O tema proporciona questionamentos éticos, jurídicos, políticos, religiosos, econômicos e envolve valores acerca da parentalidade, família, da vida e da morte. Esta pesquisa qualitativa teve por objetivo compreender os significados atribuídos pela viúva à sua decisão sobre o que fazer com o material genético criopreservado do cônjuge falecido e analisar a relação desta decisão com o processo de luto. Esta discussão abrange dois domínios das relações humanas: a formação de um vínculo e seu rompimento. A Teoria do Apego e a perspectiva do Modelo Dual do Luto fundamentaram teoricamente esta pesquisa, oferecendo respaldo para a análise. Participou desta pesquisa uma viúva, residente do estado da região sul do Brasil, que participou voluntariamente da pesquisa. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada sendo possível compreender a relação com o falecido, o contexto em que o sêmen foi coletado e criopreservado, a história da morte do cônjuge e a decisão da viúva sobre o que fazer com o sêmen. A decisão da viúva perpassou três contextos importantes: o enfrentamento do câncer do cônjuge; após a morte do cônjuge; a vivência de outra relação amorosa. A decisão da viúva ocorreu de maneira processual, acompanhando o processo de luto vivenciado pelo adoecimento e morte do cônjuge, funcionando como indicadores do processo de luto. Foram identificados significados como vida, em meio a possibilidade de morte do cônjuge, fruto de uma relação construída e fracasso pela não realização do projeto parental
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Ultrassom para monitorização da estimulação ovariana controlada: revisão sistematizada e metanálise de estudos randomizados controlados / Ultrasound for monitoring controlled ovarian stimulation: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trialsDias, Clarissa Vilela Rodrigues Vieira de Carvalho 06 January 2016 (has links)
Justificativa: As técnicas de reprodução assistida (TRA), usadas para o tratamento de infertilidade/subfertilidade, incluem manipulação in vitro de oócitos e esperma, ou embriões, com o objetivo de alcançar gravidez e nascimentos vivos. O recrutamento de múltiplos folículos é fundamental para o aumento das taxas de gravidez, e isso é alcançado por meio do estímulo ovariano controlado (EOC). A monitorização do EOC é realizada por contagem de folículos ovarianos e medidas ultrassonográficas, associadas ou não à dosagem hormonal. Justificase monitorar a fase folicular para decisões a respeito da dose de gonadotrofinas administradas, detecção do risco de ocorrência da síndrome de hiperestímulo ovariano (SHO) e do planejamento do triggering da maturação final; porém a necessidade da monitorização intensiva da EOC é controversa, pois a combinação dos métodos consome mais tempo, recursos e está associada com maior desconforto para a paciente. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da monitorização da EOC em ciclos de reprodução assistida, usando somente ultrassonografia (US). Métodos de busca: As buscas por estudos randomizados foram realizadas nos principais bancos de dados eletrônicos. Além disso, foram examinadas, manualmente, as listas de referências dos estudos incluídos em revisões semelhantes. A última busca eletrônica foi realizada em 12 de março de 2015. Critérios de Seleção: Apenas estudos verdadeiramente randomizados, que comparassem a monitorização do EOC por US associado à dosagem hormonal e US isoladamente, monitorização do EOC por US2D e US3D, bem como US2D e telemonitorização endovaginal operada pela própria paciente (SOET), foram considerados elegíveis. Os estudos que permitiam a inclusão de uma mesma paciente duas vezes foram incluídos apenas se os dados do primeiro ciclo estivessem disponíveis. Coleta e Análise de Dados: Dois revisores avaliaram, independentemente, a elegibilidade, extração de dados e os riscos de viéses dos estudos incluídos. Quaisquer discordâncias foram resolvidas em consulta com um terceiro revisor. Quando necessário, os autores dos estudos incluídos foram contatados para maiores informações. Resultados: Foram selecionados 1717 registros, 10 dos quais eram elegíveis. Nenhum estudo relatou nascidos vivos. Seis estudos compararam a monitorização do EOC por US isolada com US associada à dosagem hormonal. Os intervalos de confiança (IC) foram extensos e não permitiram concluir a existência de benefício nem prejuízo associado ao uso de US isolada, em relação aos desfechos SHO (odds ratio - OR=1.03, IC95% 0.48 a 2.18, p=0.95) e abortamento (risco relativo - RR=0.37, IC95% 0.07 a 1.79, p=0.21). Para gravidez clínica, o IC foi compatível com pequeno benefício a pequeno prejuízo (RR=0.96, IC95% 0.80 a 1.16, p=0.70). Para número de oócitos captados, o IC foi compatível com apreciável benefício a não efeito (Diferença média MD=0.92 oócitos captados, CI95% -0.19 a 2.04, p=0.70). Dois estudos compararam US3D e US2D e os IC foram extensos e não permitiram concluir pela existência de benefício nem prejuízo associado à monitorização por US3D para os desfechos: gravidez clínica (RR=1.00, IC95% 0.58 a 1.73) e número de oócitos captados (MD= -0.37 oócitos, IC95% -3.63 a Resumo 2.89). Apenas um estudo comparou monitorização por US2D convencional com SOET, e o IC observado foi amplo e não permitiu concluir pela existência de benefício nem prejuízo associado à SOET, considerando se gravidez clínica (RR=0.95, IC 95% 0.52 a 1.75) e número de oócitos captados (MD=0.50, CI 95% - 2.13 a 3.13). Conclusão: No que concerne à eficácia, as evidências atuais sugerem que monitorizar o EOC apenas com US não deva alterar, substancialmente, as chances de se alcançar gravidez clínica. O número de oócitos captados é similar ao se comparar com a monitorização por US associada à dosagem hormonal. Quanto à segurança, também não houve aumento no risco de desenvolvimento de SHO. Contudo, a interpretação dos resultados deve ser realizada com cautela, já que para todos os desfechos e todas as comparações, os dados disponíveis são inconclusivos, pois a qualidade de evidência foi comprometida por imprecisão e falha dos estudos em relatar a metodologia aplicada. Por isso acredita-se que serão necessários mais estudos avaliando o procedimento ideal para monitorização da EOC / Background: The assisted reproductive techniques (ART) for the treatment of infertility/subfertility, include in vitro handling of both human oocytes and sperm or of embryos with the objective of achieving pregnancy and live birth. The recruitment of multiple follicles is often necessary for better results in pregnancy rates and it\'s achieved by performing controlled ovarian stimulation (COS). COS monitoring is performed by ovarian follicle counting and ultrasonography measurements and / or hormones dosage. It is appropriate to monitor the follicular phase for decisions regarding administered of gonadotropin dose, to assess the risk of ovarian hyperstimulation syndrome (OHSS), to determine the best time to trigger final follicular maturation. However, the need for intensive COS monitoring is controversial: the combination of the methods adds costs and discomfort for the woman who is undergoing ART and requires additional time. Objectives: To evaluate the efficacy and safety of monitoring controlled ovarian stimulation by ultrasound in assisted reproduced tecniques. Search Methods: The searches for randomized controlled trials (RCT) were performed in the main electronic databases; in addition, we hand searched the reference lists of included studies and similar reviews. We performed the last electronic search on March 29, 2015. Selection Criteria: Only truly randomized controlled trials comparing COS monitoring by ultrasonography and/or hormonal assessment, as studies comparing COS monitoring by 2DUS and 3DUS were considered eligible. We included studies that permitted the inclusion of the same participant more than once (cross-over or \'per cycle\' trials) only if data regarding the first treatment of each participant were available. Data Collection and Analysis: Two reviewers independently performed study eligibility, data extraction, and assessment of the risk of bias and we solved disagreements by consulting a third reviewer. We corresponded with study investigators in order to resolve any queries, as required. Results: The search retrieved 1717 records; ten studies were eligible. No study reported live birth. Six studies compared US only vs. US + Hormones. The confidence intervals (CI) were large and did not allow us conclude benefit or harm associated with the US Only for both OHSS (Odds ratio - OR=1.03, 95%CI 0.48 to 2.18, P=0.95), and miscarriage (relative risk - RR=0.37, 95%CI 0.07 to 1.79, P=0.21). For clinical pregnancy, the CI was compatible with small benefit to small harm (RR=0.96, 95%CI 0.80 to 1.16, P=0.70). For the number of oocytes retrieved, the CI was compatible with appreciable benefit to no effect (Mean difference - MD=0.92 oocytes, 95%CI -0.19 to 2.04, P=0.70). Two studies compared 3DUS vs. 2DUS: the confidence intervals (CI) were large and did not allow us conclude benefit or harm associated with 3DUS regarding clinical pregnancy (RR=1.00, CI95% 0.58 to 1.73) and number of oocytes retrieved (MD= -0.37 oocytes, 95%CI -3.63 to 2.89). One study compared 2DUS vs. SOET, the CI was large and did not allow us conclude benefit or harm associated with SOET regarding clinical pregnancy (RR=0.95, 95%CI 0.52 a 1.75) and number of oocytes retrieved (MD=0.50, 95%CI -2.13 a 3.13). Authors\' Conclusions: Regarding effectiveness, current evidence suggests that monitoring COS only by US only should not change substantially the chances of achieving clinical pregnancy. The number of retrieved oocytes is similar to compare with the monitoring by US associated with hormonal assessment. security also seems not to increase the risk of developing OHSS. However the interpretation of results should be performed with caution, since for all outcomes and comparisons, the available data are inconclusive because the quality of evidence was compromised by inaccuracy and poor reporting of study methodology. So we believe that further studies evaluating the ideal procedure for monitoring the COS are needed
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Didrogesterona versus progesterona como suporte de fase lútea: revisão sistematizada e meta-análise de ensaios clínicos randomizados / Dydrogesterone versus progesterone for luteal-phase support: systematic review and meta-analysis of randomized controlled trialsBarbosa, Marina Wanderley Paes 16 August 2017 (has links)
Justificativa: Há evidências de que o uso de progesterona para suporte de fase lútea melhora os resultados reprodutivos em mulheres submetidas a técnicas de reprodução assistida (TRA). Há várias hipóteses para justificar a deficiência de fase lútea após a estimulação ovariana controlada (EOC) para TRA. Atualmente, acredita-se que os níveis supra-fisiológicos de esteroides alcançados durante a EOC persistem após a aspiração folicular, graças à formação de múltiplos corpos lúteos. Dessa forma, ocorre um feedback negativo prematuro na secreção de hormônio luteinizante (LH), causando um defeito da fase lútea e baixos níveis de progesterona. A progesterona natural por via intramuscular ou vaginal apresenta efeitos comparáveis sobre os parâmetros de gravidez clínica e gravidez em curso, embora as pacientes possam apresentar vários efeitos colaterais, como dor e abscesso local com a progesterona intramuscular, e corrimento vaginal, irritação perineal e interferência com o coito com a progesterona vaginal. Desta forma, a didrogesterona, uma progesterona sintética com boa biodisponibilidade oral, vem sendo estudada como uma alternativa para suporte de fase lútea em mulheres submetidas à TRA. Objetivo: Comparar a didrogesterona oral com a progesterona vaginal como suporte de fase lútea em ciclos de reprodução assistida. Métodos de busca: As buscas por ensaios clínicos randomizados (ECRs) foram realizadas nos principais bancos eletrônicos de dados; além disso, examinamos manualmente as listas de referências dos estudos incluídos em revisões semelhantes. A última busca eletrônica foi feita em 18 de outubro de 2015. Critérios de Seleção: Apenas estudos verdadeiramente randomizados que comparassem o uso da didrogesterona com a progesterona como suporte de fase lútea foram considerados elegíveis. Os estudos que permitiam a inclusão de uma mesma paciente duas vezes foram incluídos apenas se os dados do primeiro ciclo estivessem disponíveis. Coleta e Análise de Dados: Dois revisores avaliaram, independentemente, a elegibilidade dos estudos, extração de dados e os riscos de vieses dos estudos incluídos. Quaisquer discordâncias foram resolvidas por consenso. Quando necessário, os autores dos estudos incluídos foram contatados para maiores informações. Resultados: A busca selecionou 343 registros, 8 dos quais eram elegíveis. Nenhum estudo relatou nascidos vivos. Não há diferença relevante entre didrogesterona oral e progesterona vaginal para gravidez em curso, (RR 1.04, IC 95% 0.92 a 1.18, I² = 0%, p = 0.53, 7 ECRs, 3,134 mulheres), gravidez clínica (RR 1.07, IC 95% 0.93 a 1.23, I² = 34%, p = 0.35, 8 ECRs, 3,809 mulheres), e para abortamento (RR 0.77, IC 95% 0.53 a 1.10, I² = 0%, p = 0.15, 7 ECRs, 906 gestações clínicas). Três estudos reportaram o grau de insatisfação com o tratamento. Dois deles mostraram uma redução importante na insatisfação entre as mulheres que utilizaram didrogesterona em comparação com a progesterona vaginal: didrogesterona oral = 2/79 (2.5%) vs. progesterona vaginal em cápsulas = 90/351 (25.6%), e didrogesterona oral = 19/411 (4.6%) vs. progesterona vaginal em gel = 74/411 (18.0%); o outro estudo não mostrou diferença na taxa de insatisfação: didrogesterona oral = 8/96 (8.3%) vs. progesterona vaginal em cápsulas = 8/114 (7.0%). Conclusão: As evidências atuais sugerem que o uso de didrogesterona oral é tão eficaz quanto a progesterona vaginal como suporte de fase lútea em ciclos de reprodução assistida. Em relação ao grau de satisfação com o tratamento, a didrogesterona oral parece causar menos insatisfação entre as pacientes, em comparação ao uso de progesterona vaginal. / Background: There is evidence that using progesterone for LPS improves the reproductive outcomes in women undergoing ART. There are several hypotheses to justify the lutheal phase deficiency (LPD) after controlled ovarian stimulation (COS) for ART. Currently, it is believed that the supra-physiological levels of steroids achieved during COS and sustained after oocyte aspiration by the multiple corpora lutea causes a prematurely negative feedback in pituitary LH secretion, consequently causing a luteal phase defect and low progesterone levels. Both intramuscular and vaginal routes of natural progesterone exhibit comparable effect on the endpoints of clinical pregnancy and ongoing pregnancy, although patients may exhibit multiple side effects, such as pain and local abscess with intramuscular progesterone, and vaginal discharge, perineal irritation and interference with coitus with vaginal progesterone. In this way, dydrogesterone, a synthetic progesterone with good oral availability, has being studied as an alternative for LPS in women undergoing ART. Objectives: To compare dydrogesterone and progesterone for luteal-phase support in women undergoing assisted reproduction technique. Search methods: The searches for randomized controlled trials (RCT) were performed in the main electronic databases; in addition, we handsearched the reference lists of included studies and similar reviews. We performed the last electronic search on October 18, 2015. Selection criteria: Only truly randomized controlled trials comparing oral dydrogesterone to vaginal progesterone as luteal phase support were considered eligible. We included studies that permitted the inclusion of the same participant more than once (cross-over or \'per cycle\' trials) only if data regarding the first treatment of each participant were available. Data collection and analysis: Two reviewers independently performed study eligibility, data extraction, and assessment of the risk of bias and we solved disagreements by consensus. We corresponded with study investigators in order to resolve any queries, as required. Results: The search retrieved 353 records; eight studies were eligible. No study reported live birth. There is evidence of no relevant difference between oral dydrogesterone and vaginal progesterone on ongoing pregnancy (RR 1.04, 95% CI 0.92 to 1.18, I² = 0%, 7 RCTs, 3,134 women), on clinical pregnancy (RR 1.07, 95% CI 0.93 to 1.23, I² = 34%, 8 RCTs, 3,809 women), and on miscarriage (RR 0.77, 95% CI 0.53 to 1.10, I² = 0%, 7 RCTs, 906 clinical pregnancies). Three studies reported dissatisfaction rate with the treatment. Two of them reported a large reduction in dissatisfaction among women using oral dydrogesterone than among women using vaginal progesterone: oral dydrogesterone = 2/79 (2.5%) vs. vaginal progesterone capsules = 90/351 (25.6%), and oral dydrogesterone = 19/411 (4.6%) vs. vaginal progesterone gel = 74/411 (18.0%). The other included study showed no difference in the dissatisfaction rate: oral dydrogesterone = 8/96 (8.3%) vs. vaginal progesterone capsules = 8/114 (7.0%). Authors\' conclusions: Oral dydrogesterone is as effective as vaginal progesterone for luteal-phase supplementation in ART cycles. Regarding dissatisfaction with treatment, oral dydrogesterone seems to cause less dissatisfaction among patients, in comparison to vaginal progesterone.
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O acesso às tecnologias reprodutivas: garantias e limites jurídicosAldrovandi, Andrea 28 April 2006 (has links)
O presente estudo trata das garantias e limites jurídicos ao acesso às técnicas de reprodução humana assistida no Brasil. As tecnologias reprodutivas podem ser utilizadas em benefício do indivíduo que pretende gerar um filho, com o objetivo de prevenção de doenças e para realizar o projeto parental, constituindo método disponível para o planejamento da vida reprodutiva. Diante disso, o seu acesso encontra guarida no direito à saúde, e nos direitos sexuais e reprodutivos, que foram inseridos em nosso ordenamento por meio da previsão constitucional do direito ao planejamento familiar, reconhecendo a autonomia de toda pessoa de decidir sobre sua vida reprodutiva. Contudo, o panorama nacional demonstra que esses direitos não são respeitados na prática. Essa situação é agravada pela ausência de uma legislação especial que estabeleça diretrizes e princípios limitadores de ações que representem a violação da dignidade humana, tanto dos beneficiários, quanto da criança que será gerada. Para tanto, destaca-se a necessidade de aprovação de uma legislação especial que responda ao rápido progresso da medicina e da biotecnologia e aos desafios advindos de sua aplicação sobre o homem. Esta lei deve basear-se nas discussões da bioética e no biodireito, para estabelecer princípios que permitam o avanço da ciência, estimulando a solidariedade e decisões conscientes e responsáveis, sem que a intervenção da ciência sobre vida humana acarrete na violação de valores que constituem a essência da pessoa. / Submitted by Marcelo Teixeira (mvteixeira@ucs.br) on 2014-05-12T18:50:29Z
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Dissertacao Andrea Aldrovandi.pdf: 896879 bytes, checksum: 1e6fd3a0657a19dd9c2b70165289aaf2 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-05-12T18:50:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Andrea Aldrovandi.pdf: 896879 bytes, checksum: 1e6fd3a0657a19dd9c2b70165289aaf2 (MD5) / The present study is concerned with the guarantees and judicial limits to the access to the techniques of assisted human reproduction in Brasil. The reproductive technologies can be used for the benefit of individual who intends to conceive a child, aiming the prevention of diseases and to execute the parental project, constituting an available method for the projection of the reproductive life. In front of this, its access finds shelter in the right to the health, and in the sexual and reproductive rights, which were added in our ordainment through the constitutional forecast of the right to the familiar projection, recognizing the autonomy of every person to decide on their reproductive life. However, the national panorama shows that these rights are not respected in practice, because in our country. This situation is worsened by the lack of a special legislation which establishes directrixes and principles that are action imitators and represent the infringement of the human dignity, as much the beneficiaries, as the child who will be procreated. For this, it is outstanting the necessity of the approval of a special legislation that responds to the fast progress of the medicine and biotechnology and to the challenges which come from its application over the man. This law must be based on the discussions of the bioethic and on the bioright to establish principles which permit the advance of the science, inciting the solidarity and conscious and responsible decisions, preventing the intervention of the science over the human life not to cause infringement of the valves which constitute the person s nature.
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Avaliação da estimulação ovariana com uso de análogos do gnrhMontenegro, Ivan Sereno January 2012 (has links)
Introdução: Novos medicamentos trouxeram um considerável aumento na chance de gravidez no momento em que a estimulação ovariana controlada permitiu aumentar o número de oócitos a serem recuperados e, consequentemente, um maior número de embriões para serem transferidos. Os análogos de hormônio liberador de gonadotrofina, em associação com gonadotrofinas, trouxeram a solução para um dos problemas da estimulação ovariana controlada: o pico precoce de hormônio luteinizante, que prejudicava a coleta de oócitos em torno de 20% dos casos. Rotineiramente, usamos o protocolo com agonista, mas a possibilidade do uso de antagonistas resulta em maior facilidade de manuseio pelo usuário, envolve um único menstrual ciclo e dispensa orientação para uso de drogas, no final do ciclo anterior. Assim, buscamos avaliar o uso dos dois protocolos e analisar seus resultados. Objetivos: Análise e comparação de dados entre dois protocolos de indução (longo com agonista e flexível com antagonista) em pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida na SEGIR – Serviço de Ecografica, Genética e Reprodução Assistida – Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal comparando os resultados intermediários com o uso de dois diferentes protocolos de estimulação ovariana com de agonista versus antagonista do hormônio liberador de gonadotrofina para técnicas de reprodução assistida. A análise estatística dos dados recuperados (idade, índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados, dose total de FSH utilizada e ocorrência de síndrome do hiperestímulo ovariano) foi realizada através de teste t de Student para dados paramétricos e análise de covariância para as variáveis dependentes, calculados com o programa SPSS 16.0. Resultados: Um total de 50 pacientes preencheram os critérios para inclusão no estudo entre janeiro e março no ano de 2010, sendo 25 em cada grupo. Houve diferença estatística apenas na idade média entre os grupos (p=0,031). Não houve diferença estatística para os demais dados analizados (índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados e dose de FSH utilizada) entre os grupos. Não houve casos de síndrome do hiperestímulo ovariano. Conclusão: Ambos protocolos os são iguais em termos de resultados. O agonista tem vantagens sobre o agendamento do procedimento, mas leva muito tempo para começar a estimulação e tem a possibilidade de iniciar a medicação em uma paciente grávida. Somado a isso, temos a possibilidade de ter síndrome do hiperestímulo ovariano como complicação. No grupo antagonista, está claro a maior facilidade de uso da medicação e o início mais rápido da estimulação ovariana. / Background: New medications have brought a considerable increase in the chance of pregnancy at the time that controlled ovarian stimulation allowed an increase in the number of oocytes to be recruited and, consequently, a greater number of embryos to be transferred. The gonadotropin-releasing hormone analogues, in association with gonadotropins, brought the solution to one of the controlled ovarian stimulation's problems: the early peak of luteinizing hormone, which harmed the oocytes collection around 20% of the cases. We, routinely, used the agonist protocol, but the possibility of antagonists usage results in greater ease of handling by the user, involves a single menstrual cycle and dispensation guidance for drug use, at the end of the previous cycle. Thus we seek to evaluate the use of the two protocols and analyze their results. Objective: Analysis and compare data between two induction protocols (long agonist and flexible antagonist) in patients submitted an assisted reproduction technique in SEGIR – Serviço de Ecografia Genética e Reprodução assistida – Porto Alegre. Methods: Cross-sectional study comparing the intermediate results with the use of two different ovarian stimulation protocols with gonadotropin-releasing hormone agonist versus antagonist to assisted reproductive techniques. The statistical analysis of the retrieved data (age, body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved, total dose of FSH used and occurrence of ovarian hyperstimulation syndrome) was performed by Student t test for parametric data and analysis of covariance for the dependent variables, calculated with the program SPSS 16.0. Results: A total of 50 patients, 25 in each group, met the criteria for inclusion in the study between January and March in the year 2010. There was statistically significant difference only in the middle ages between the groups (p = 0 .031). There was no statistical difference for the remaining data analyzed (body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved and dose of FSH utilized) between the groups. There were no cases of ovarian hyperstimulation syndrome. Conclusion: Both protocols are equal in terms of results. The agonist has advantages about scheduling of the procedure, but it takes too long to start the stimulation and have possibility to start medication in a pregnant patient. Added to this, we have the possibility of getting the ovarian hyperstimulation syndrome as complication. In the antagonist group, is clear the ease-of-use of the medication and the fastest start of the ovarian stimulation.
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Desenvolvimento in vitro de embriões de gatas domésticas, em meio TCM 199 modificado, frescos e previamente congelados / Development in vitro of embryos of domestic cats, in medium modified TCM 199, fresh and previously frozenLima Neto, Adolfo 31 October 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-10-31 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In this study a total of 48 embryos were used in the compacts morulae, initial blastocysts and blastocysts stages in the degrees I and II, obtained from 14 adult domestic cats. Two animals presented natural manifestation of the oestrus and 12 animals were artificially induced to ovarian activity and ovulation. They received one only application of 150 IU of gonadotropins equine corionic (eCG) and 84h after, one application of 100 IU of gonadotropins human corionic (hCG), and all the animals were coupled naturally. Six days after the first mating, all cats were submitted to laparotomy, and through an adapted transcornual technique the embryos were collected and classified in agreement with IETS (1998). 27 of these were cultivated in a TCM 199 modified with a controlled CO2 atmosphere for 24 hours. The embryos were classified by development stage, quality and blastomeres number, observing a development index until expanded blastocysts in degree I of 77.7% with an average of 161±15,8 blastomeres was reached. In 21 embryos the freezing technique was tested in a commercial medium with 10% of glycerol associated with 0,1molL-1 of sucrose. After the unfreezing, in 37oC water with the same cultivation conditions, a developmental index of 38.1%, was observed until the stage of expanded blastocysts in degree I, with average number of 139.1±11,8 blastomeres. Although the freezing and unfreezing protocols, had reduced the developmental index of feline embryos by 51% and reduce the blastomeres number (P<0.01), it was considerate a viable technique in domestic and wild felines. / Foram utilizados um total de 48 embriões nos estágios de mórula compacta, blastocisto inicial e blastocisto, nos graus I e II, obtidos de 14 gatas domésticas adultas. Dois animais apresentaram manifestação natural do cio e 12 animais foram induzidos artificialmente à atividade ovariana e ovulação. Para tal receberam uma única aplicação de 150 UI de gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) e 84h após, uma única aplicação de 100 UI de gonadotrofina coriônica humana (hCG). Todos os animais foram acasalados naturalmente e seis dias após a primeira cópula, todas as gatas foram submetidas a laparotomia, e por meio da técnica de lavagem transcornual adaptada, foram coletados os embriões, os quais foram classificados de acordo com IETS (1998). Vinte e sete foram cultivados em meio TCM 199 modificado, em estufa de CO2, por 24 horas, sendo então avaliados quanto ao seu estágio de desenvolvimento, qualidade e número de blastômeros, observando-se uma taxa de desenvolvimento até o estágio de blastocisto expandido grau I de 77,7%, com um número médio de 161±15,8 blastômeros. Em 21 embriões foi testada a congelabilidade em meio comercial a base de 10% glicerol associado a 0,1molL-1 de sacarose. Após o descongelamento, em banho maria a 37oC, nas mesmas condições de cultivo, observou-se uma taxa de desenvolvimento, até o estágio de blastocisto expandido grau I, de 38,1% com um número médio de 139,1±11,8 blastômeros. Desta forma, embora o protocolo de congelamento e descongelamento tenha reduzido em 51% a taxa de desenvolvimento de embriões felinos, com uma queda (P< 0,01) do número de blastômeros, mostrou-se viável, com promissor uso in vivo em felinos domésticos e silvestres.
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Uso de sondas fluorescentes e ensaio de ligação a ovócitos heterólogos e a membrana perivitelínica de ovo de galinha (Gallus gallus) para a avaliação de espermatozoides frescos e descongelados de jaguatirica (Leopardus pardalis) / Using fluorescent probes and sperm binding to heterologus oocytes and to periviteline membrane, using chiken (Gallus gallus) eggs, for evaluate fresh and frozen-thawed ocelot (Leopardus pardalis) spermAraujo, Gediendson Ribeiro de 10 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Ex situ conservation strategies aim to assist in maintaining a genetically viable population through strategies of assisted reproduction and cryopreservation of genetic resources. We aimed to validate the combination of fluorescents probes and the egg-sperm binding assay using cryopreserved oocytes in the qualification of fresh and frozen-thawed ocelot semen. Were used three captive ocelots for semen collection by electroejaculation. The semen was evaluated by conventional tests routine. Through those tests (motility and sperm progressive motility, hypoosmotic sweling test and morphology) a decrease (p <0.05) of the quality standards of the frozen-thawed semen compared to fresh semen was observed. The combination of the probes propidium iodide, Hoechst 33342 and Pisum sativum Agglutinin lectin conjugated to fluorescent (FITC-PSA) allowed the identification of sperm subpopulations according to the specific location of cell damage and at the same time allowed a more accurate detection of the deleterious effect of semen cryopreservation in ocelots. The use of cryopreserved oocytes of domestic cats allowed the observation of a decreasing on the binding capacity (p <0.05) of frozen-thawed sperm compared to fresh ocelot spermatozoa, and there was a correlation between total binding in fresh semen with the quality standards in frozen-thawed semen. The combination of fluorescent probes used and the use of sperm-egg binding assay were more specific and reliable in detecting the decrease in ocelot s sperm quality after thawing. The ocelot sperm were also able to bind the perivitelline membrane, in both treatments. Although there is no difference in the amount of bound sperm in treatments (p>0.05), there was a positive correlation (r=0.91; p<0.05) between they. Correlation was also observed between bound sperm to periviteline membrane, in fresh and frozen=thawed semen, and bent tail spermatozoa in frozen-thawed semen (r=0.81; p<0.05 and r=-0.86; p<0.05, respectively). There was correlation (r=-0.71; p<0.05) between the proportion of tightly bent tail (major defect) and the bound sperm to periviteline membrane, both in frozen-thawed semen. Although ocelots spermatozoa have bound satisfactorily to periviteline membrane, the small number of sample could not demonstrate correlation with the sperm fertility. However, the device developed for the membrane allowed the upkeep of its stretch during processing and defined an evaluation area. Thus, futures studies, with a larger sample are needed for effective validation of this technique. / Estratégias de conservação ex situ objetivam auxiliar na manutenção de populações geneticamente viáveis, por meio de estratégias de reprodução assistida e criopreservação de materiais genéticos. Objetivou-se a validação do uso de combinação de sondas fluorescentes e do teste de ligação à zona pelúcida de ovócitos heterólogos criopreservados na qualificação de sêmen fresco e descongelados de jaguatiricas. Foram usadas três jaguatiricas mantidas em cativeiro, sendo obtidos ejaculados por meio de eletroejaculação e avaliados por testes clássicos de rotina. Através destes testes (vigor e motilidade espermáticos, hiposmótico e morfologia) observou-se queda (p<0,05) dos padrões qualitativos do sêmen descongelado em relação ao sêmen fresco. A associação das sondas Iodeto de Propídeo, Hoechst 33342 e Pisum Sativum Agglutinin conjugada com Lectina Fluorescente (FITC-PSA), permitiu a identificação de subpopulações espermáticas de acordo com a localização específica de lesões celulares e detectou de forma mais acurada o efeito deletério da criopreservação no sêmen. O uso de ovócitos criopreservados de gatas domésticas permitiu a observação da queda da capacidade ligante (p<0,05) dos espermatozoides descongelados em relação aos espermatozoides a fresco de jaguatiricas, havendo ainda correlação entre o total de ligantes nas amostras de espermatozoides a fresco com padrões qualitativos no sêmen após o descongelamento. A combinação de sondas fluorescentes utilizadas e o uso de ensaio de ligação a ovócitos heterólogos criopreservados de gatas domésticas foram mais específicos e confiáveis na detecção da queda na qualidade espermática de jaguatiricas após o descongelamento. Os espermatozóides de jaguatiricas também foram capazes de se ligar à membrana perivitelínica em ambos os tratamentos. Apesar de não observada diferença na quantidade de espermatozóides ligados nos tratamentos (p>0,05), houve correlação positiva (r= 0,91; p<0,05) entre eles. Foi observada ainda correlação negativa entre a taxa de espermatozoides ligados na membrana perivitelínica no sêmen a fresco e no descongelado com a população de espermatozóides com cauda dobrada no sêmen descongelado (r= -0,81; p<0,05 e r= -0,86; p<0,05, respectivamente) e correlação negativa (r= -0,71; p< 0,05) entre a população de espermatozóides com cauda fortemente dobrada (defeito maior) com a quantidade de espermatozóides ligados na membrana perivitelínica, ambos no sêmen descongelado. Apesar dos espermatozoides de jaguatirica terem se ligado de forma satisfatória à membrana perivitelínica, o reduzido número de amostras avaliadas não permitiu demonstrar correlação com a fertilidade do espermatozoide. No entanto, o mecanismo suporte desenvolvido para a membrana permitiu a manutenção do seu estiramento durante o processamento e a definição de uma área de avaliação. Sendo assim, estudos futuros, com uma maior amostragem, são necessários para a efetiva validação desta técnica.
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Os arranjos familiares e as técnicas de reprodução assistida: um novo direito de família que se aproxima / The arrangements family and assisted reproduction techniques: a new family law that approachesOliveira, Pedro Bellentani Quintino de [UNESP] 22 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-22 / Em que pese a tradição e os costumes inerentes ao Direito de Família, tal instituição jurídica passa por um momento peculiar em sua história contemporânea, marcada pela incessante evolução tecnológica, acompanhada das transformações sociais e culturais da sociedade. O instituto da família, então, encontra-se diante de uma necessidade de adaptação social, sem perder sua importante função como base de qualquer sociedade. Neste aspecto, destacam-se os arranjos familiares oriundos das técnicas de reprodução assistida, que trouxeram novos horizontes ao Direito de Família, apresentando um novo significado às questões que envolvem paternidade e maternidade. A ciência, aliada à biotecnologia e à bioética, mostrou ao Direito sua capacidade de procriação artificial que, por meio da fertilização in vitro, da inseminação artificial e de situações decorrentes, é capaz de dar origem a distintas formas de família, atendendo os anseios de homens e mulheres de toda sorte. O Direito, por sua vez, se vê na responsabilidade de acompanhar a evolução tecnológica e dar à sociedade uma resposta adequada e satisfatória. Para tanto, destaca-se a figura do Estado como gestor social incumbido de garantir os direitos fundamentais dos membros de uma família, independentemente de seu arranjo, conforme preconiza a própria Constituição Federal de 1988. Nessa senda, atenta-se para a necessidade de políticas públicas no sentido de conscientizar e instruir a população quanto às técnicas de procriação, entre elas a reprodução assistida. Por outro lado, observa-se a inércia do Poder Legislativo, demonstrando certo receito de colocar em pauta tema tão incandescente. Tem-se, portanto, que os arranjos familiares decorrentes de técnicas de reprodução assistida serão responsáveis pela criação de novas situações jurídicas, que até o momento carecem de regulamentação. / Despite the tradition and customs inherent in family law, this legal institution undergoes a peculiar time in its contemporary history, marked by constant technological change, accompanied by social and cultural changes in society. The Family institution, then, is facing a need for social adaptation, without losing its important role as the basis of any society. Here, we highlight the new family arrangements arising from the assisted reproductive techniques, which brought new horizons to family law, with a new meaning to the issues surrounding parenthood. Science, together with the biotechnology and bioethics, has shown the law its artificial procreation ability, through in vitro fertilization, artificial insemination and arising situations is capable of lead to different forms of family, given the concerns of men and women of all sorts. The law, in its turn, is seen in the responsibility to monitor technological developments and give the society an adequate and satisfactory answer. Therefore, stands out the State figure as social manager responsible for guaranteeing the fundamental rights of members of a family, regardless of their arrangement, as recommended by the very Constitution of 1988. In that way, aware to the need for public policies to raise awareness and educate the population about the reproduction techniques, including assisted reproduction. On the other hand, there is the inertia of the Legislative Power demonstrating some concern to put on the agenda this incandescent subject. Therefore, the new family arrangements resulting from assisted reproduction techniques will be responsible for creating new legal situations, which so far lack of regulation.
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Avaliação da estimulação ovariana com uso de análogos do gnrhMontenegro, Ivan Sereno January 2012 (has links)
Introdução: Novos medicamentos trouxeram um considerável aumento na chance de gravidez no momento em que a estimulação ovariana controlada permitiu aumentar o número de oócitos a serem recuperados e, consequentemente, um maior número de embriões para serem transferidos. Os análogos de hormônio liberador de gonadotrofina, em associação com gonadotrofinas, trouxeram a solução para um dos problemas da estimulação ovariana controlada: o pico precoce de hormônio luteinizante, que prejudicava a coleta de oócitos em torno de 20% dos casos. Rotineiramente, usamos o protocolo com agonista, mas a possibilidade do uso de antagonistas resulta em maior facilidade de manuseio pelo usuário, envolve um único menstrual ciclo e dispensa orientação para uso de drogas, no final do ciclo anterior. Assim, buscamos avaliar o uso dos dois protocolos e analisar seus resultados. Objetivos: Análise e comparação de dados entre dois protocolos de indução (longo com agonista e flexível com antagonista) em pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida na SEGIR – Serviço de Ecografica, Genética e Reprodução Assistida – Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal comparando os resultados intermediários com o uso de dois diferentes protocolos de estimulação ovariana com de agonista versus antagonista do hormônio liberador de gonadotrofina para técnicas de reprodução assistida. A análise estatística dos dados recuperados (idade, índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados, dose total de FSH utilizada e ocorrência de síndrome do hiperestímulo ovariano) foi realizada através de teste t de Student para dados paramétricos e análise de covariância para as variáveis dependentes, calculados com o programa SPSS 16.0. Resultados: Um total de 50 pacientes preencheram os critérios para inclusão no estudo entre janeiro e março no ano de 2010, sendo 25 em cada grupo. Houve diferença estatística apenas na idade média entre os grupos (p=0,031). Não houve diferença estatística para os demais dados analizados (índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados e dose de FSH utilizada) entre os grupos. Não houve casos de síndrome do hiperestímulo ovariano. Conclusão: Ambos protocolos os são iguais em termos de resultados. O agonista tem vantagens sobre o agendamento do procedimento, mas leva muito tempo para começar a estimulação e tem a possibilidade de iniciar a medicação em uma paciente grávida. Somado a isso, temos a possibilidade de ter síndrome do hiperestímulo ovariano como complicação. No grupo antagonista, está claro a maior facilidade de uso da medicação e o início mais rápido da estimulação ovariana. / Background: New medications have brought a considerable increase in the chance of pregnancy at the time that controlled ovarian stimulation allowed an increase in the number of oocytes to be recruited and, consequently, a greater number of embryos to be transferred. The gonadotropin-releasing hormone analogues, in association with gonadotropins, brought the solution to one of the controlled ovarian stimulation's problems: the early peak of luteinizing hormone, which harmed the oocytes collection around 20% of the cases. We, routinely, used the agonist protocol, but the possibility of antagonists usage results in greater ease of handling by the user, involves a single menstrual cycle and dispensation guidance for drug use, at the end of the previous cycle. Thus we seek to evaluate the use of the two protocols and analyze their results. Objective: Analysis and compare data between two induction protocols (long agonist and flexible antagonist) in patients submitted an assisted reproduction technique in SEGIR – Serviço de Ecografia Genética e Reprodução assistida – Porto Alegre. Methods: Cross-sectional study comparing the intermediate results with the use of two different ovarian stimulation protocols with gonadotropin-releasing hormone agonist versus antagonist to assisted reproductive techniques. The statistical analysis of the retrieved data (age, body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved, total dose of FSH used and occurrence of ovarian hyperstimulation syndrome) was performed by Student t test for parametric data and analysis of covariance for the dependent variables, calculated with the program SPSS 16.0. Results: A total of 50 patients, 25 in each group, met the criteria for inclusion in the study between January and March in the year 2010. There was statistically significant difference only in the middle ages between the groups (p = 0 .031). There was no statistical difference for the remaining data analyzed (body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved and dose of FSH utilized) between the groups. There were no cases of ovarian hyperstimulation syndrome. Conclusion: Both protocols are equal in terms of results. The agonist has advantages about scheduling of the procedure, but it takes too long to start the stimulation and have possibility to start medication in a pregnant patient. Added to this, we have the possibility of getting the ovarian hyperstimulation syndrome as complication. In the antagonist group, is clear the ease-of-use of the medication and the fastest start of the ovarian stimulation.
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Avaliação da estimulação ovariana com uso de análogos do gnrhMontenegro, Ivan Sereno January 2012 (has links)
Introdução: Novos medicamentos trouxeram um considerável aumento na chance de gravidez no momento em que a estimulação ovariana controlada permitiu aumentar o número de oócitos a serem recuperados e, consequentemente, um maior número de embriões para serem transferidos. Os análogos de hormônio liberador de gonadotrofina, em associação com gonadotrofinas, trouxeram a solução para um dos problemas da estimulação ovariana controlada: o pico precoce de hormônio luteinizante, que prejudicava a coleta de oócitos em torno de 20% dos casos. Rotineiramente, usamos o protocolo com agonista, mas a possibilidade do uso de antagonistas resulta em maior facilidade de manuseio pelo usuário, envolve um único menstrual ciclo e dispensa orientação para uso de drogas, no final do ciclo anterior. Assim, buscamos avaliar o uso dos dois protocolos e analisar seus resultados. Objetivos: Análise e comparação de dados entre dois protocolos de indução (longo com agonista e flexível com antagonista) em pacientes submetidas a técnicas de reprodução assistida na SEGIR – Serviço de Ecografica, Genética e Reprodução Assistida – Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal comparando os resultados intermediários com o uso de dois diferentes protocolos de estimulação ovariana com de agonista versus antagonista do hormônio liberador de gonadotrofina para técnicas de reprodução assistida. A análise estatística dos dados recuperados (idade, índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados, dose total de FSH utilizada e ocorrência de síndrome do hiperestímulo ovariano) foi realizada através de teste t de Student para dados paramétricos e análise de covariância para as variáveis dependentes, calculados com o programa SPSS 16.0. Resultados: Um total de 50 pacientes preencheram os critérios para inclusão no estudo entre janeiro e março no ano de 2010, sendo 25 em cada grupo. Houve diferença estatística apenas na idade média entre os grupos (p=0,031). Não houve diferença estatística para os demais dados analizados (índice de massa corpórea, número de oócitos recuperados, número de oócitos fertilizados, número de oócitos clivados e dose de FSH utilizada) entre os grupos. Não houve casos de síndrome do hiperestímulo ovariano. Conclusão: Ambos protocolos os são iguais em termos de resultados. O agonista tem vantagens sobre o agendamento do procedimento, mas leva muito tempo para começar a estimulação e tem a possibilidade de iniciar a medicação em uma paciente grávida. Somado a isso, temos a possibilidade de ter síndrome do hiperestímulo ovariano como complicação. No grupo antagonista, está claro a maior facilidade de uso da medicação e o início mais rápido da estimulação ovariana. / Background: New medications have brought a considerable increase in the chance of pregnancy at the time that controlled ovarian stimulation allowed an increase in the number of oocytes to be recruited and, consequently, a greater number of embryos to be transferred. The gonadotropin-releasing hormone analogues, in association with gonadotropins, brought the solution to one of the controlled ovarian stimulation's problems: the early peak of luteinizing hormone, which harmed the oocytes collection around 20% of the cases. We, routinely, used the agonist protocol, but the possibility of antagonists usage results in greater ease of handling by the user, involves a single menstrual cycle and dispensation guidance for drug use, at the end of the previous cycle. Thus we seek to evaluate the use of the two protocols and analyze their results. Objective: Analysis and compare data between two induction protocols (long agonist and flexible antagonist) in patients submitted an assisted reproduction technique in SEGIR – Serviço de Ecografia Genética e Reprodução assistida – Porto Alegre. Methods: Cross-sectional study comparing the intermediate results with the use of two different ovarian stimulation protocols with gonadotropin-releasing hormone agonist versus antagonist to assisted reproductive techniques. The statistical analysis of the retrieved data (age, body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved, total dose of FSH used and occurrence of ovarian hyperstimulation syndrome) was performed by Student t test for parametric data and analysis of covariance for the dependent variables, calculated with the program SPSS 16.0. Results: A total of 50 patients, 25 in each group, met the criteria for inclusion in the study between January and March in the year 2010. There was statistically significant difference only in the middle ages between the groups (p = 0 .031). There was no statistical difference for the remaining data analyzed (body mass index, number of oocytes recovered, number of fertilized oocytes, number of oocytes cleaved and dose of FSH utilized) between the groups. There were no cases of ovarian hyperstimulation syndrome. Conclusion: Both protocols are equal in terms of results. The agonist has advantages about scheduling of the procedure, but it takes too long to start the stimulation and have possibility to start medication in a pregnant patient. Added to this, we have the possibility of getting the ovarian hyperstimulation syndrome as complication. In the antagonist group, is clear the ease-of-use of the medication and the fastest start of the ovarian stimulation.
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