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Avaliação de fatores angiogênicos e antiangiogênicos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico / Evaluation of angiogenic and antiangiogenic factors in patients with systemic lupus erythematosusGuilherme Ribeiro Ramires de Jesús 26 June 2014 (has links)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune cuja fisiopatologia envolve mecanismos imunológicos, incluindo distúrbios nos processos de morte celular e nos mecanismos de eliminação de autoantígenos e de tolerância, acompanhados da formação de autoanticorpos patogênicos. Ele acomete principalmente mulheres jovens e a gestação nestas pacientes apresenta significativa morbimortalidade. Os achados clínicos e laboratoriais na nefrite lúpica são semelhantes àqueles encontrados em pacientes com pré-eclâmpsia (PE), especificamente hipertensão arterial, proteinúria e edema. Foi proposto o uso de fatores angiogênicos, como o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) e o fator de crescimento placentário (PlGF), e antiangiogênicos, como o receptor Fms-like tirosina quinase 1 solúvel (sFlt-1), para o diagnóstico diferencial entre estas duas condições, no entanto os dados disponíveis na literatura sobre estas citocinas em pacientes não gestantes com LES são inconsistentes. Este estudo foi desenhado para avaliar se existe diferença entre os níveis séricos de VEGF, PlGF e sFlt-1 em pacientes com LES com e sem atividade sistêmica da doença e se existe diferença nesses fatores quando comparamos pacientes com LES e mulheres saudáveis. Foram incluídas 54 mulheres com diagnóstico de LES em acompanhamento no ambulatório de Reumatologia do HUPE-UERJ, sem outra doença autoimune diagnosticada, e divididas de acordo com a atividade da doença. 30 pacientes tinham doença inativa (SLEDAI médio: 0,7) e 24 tinham doença ativa (SLEDAI médio: 11,6). 23 mulheres deste último grupo possuíam nefrite ativa, enquanto 20 das pacientes com doença em remissão já haviam apresentado nefrite ao longo da evolução do LES. O grupo controle foi formado por 34 mulheres hígidas atendidas no ambulatório de ginecologia da Policlínica Piquet Carneiro-UERJ. Considerando as três citocinas estudadas, as pacientes com LES apresentaram valores séricos médios superiores às mulheres do grupo controle (VEGF: 319,0 + 226,0 x 206,2 + 119,4, p=0,02; PlGF: 42,2 + 54,1 x 13,6 + 21,6, p=0,02; sFlt-1: 107,9 + 49,2 x 70,2 + 95,0, p=0,01). O grupo de pacientes com doença ativa também apresentou média superior ao controle nos três fatores (VEGF: 331,0 + 216,8 x 206,2 + 119,4, p=0,02; PlGF: 41,2 + 47,3 x 13,6 + 21,6, p=0,02; sFlt-1: 120,5 + 42,4 x 70,2 + 95,0, p=0,02), enquanto não foi encontrada diferença estatística entre o grupo de LES inativo e o controle. A média do sFlt-1 sérico foi maior nas pacientes com LES ativo do que a média das pacientes com a doença em remissão (120,5 + 54,9 x 97,8 + 42,4, p=0,02), mas não houve diferença significativa da média do VEGF e PlGF séricos entre os dois grupos. O melhor entendimento dos fatores angiogênicos e antiangiogênicos em pacientes com LES proporcionado por este estudo nos permite a análise dessas citocinas em gestantes com LES e, possivelmente, sua posterior aplicação como método diferencial entre nefrite lúpica e PE. / Systemic lupus erythematosus (SLE) is an autoimmune disease which pathophysiology involves immunological mechanisms including disturbances in the processes of cell death and mechanisms of elimination of autoantigens and tolerance, accompanied by formation of pathogenic autoantibodies. It mainly affects young women and pregnancy in these patients have significant morbidity and mortality. Clinical and laboratory findings in lupus nephritis are similar to those found in patients with preeclampsia (PE), specifically hypertension, proteinuria and edema. It has been proposed the use of angiogenic factors, such as vascular endothelial growth factor (VEGF) and placental growth factor (PlGF), and antiangiogenic factors, as soluble Fms-like tyrosine kinase-1 (sFlt-1), for the differential diagnosis between these two conditions, however available data in the literature about these cytokines in non-pregnant SLE patients are inconsistent. This study was designed to evaluate whether there are differences between serum levels of VEGF, PlGF and sFlt-1 in SLE patients with and without systemic disease activity and whether there are differences in these factors when comparing SLE patients with healthy women. 54 women with SLE followed at outpatient clinic of Rheumatology HUPE - UERJ were included. They had no other autoimmune disease diagnosed and were divided according to disease activity. 30 patients had inactive disease (mean SLEDAI: 0.7), and 24 had active disease (mean SLEDAI: 11.6). 23 women in this latter group had active nephritis, while 20 patients with inactive disease had history of lupus nephritis. The control group consisted of 34 healthy women who attended the Gynecology outpatient clinic at Policlínica Piquet Carneiro - UERJ. Considering the three studied cytokines, the SLE patients had higher mean serum levels than the control group (VEGF: 319.0 + 226.0 x 206.2 + 119.4, p=0.02; PlGF: 42.2 + 54.1 x 13.6 + 21.6, p=0.02; sFlt-1: 107.9 + 49.2 x 70.2 + 95.0, p=0.01). The group of patients with active disease also had higher mean levels of all three factors than controls (VEGF: 331.0 + 216.8 x 206.2 + 119.4, p=0.02; PlGF: 41.2 + 47.3 x 13.6 + 21.6, p=0.02; sFlt-1: 120.5 + 42.4 x 70.2 + 95.0, p=0.02), whereas no statistical difference was found between the group with inactive SLE and the control group. The mean sFlt-1 levels were higher in patients with active SLE than the mean levels of patients with inactive disease (120.5 + 54.9 x 97.8 + 42.4, p=0.02), but there was no significant difference in mean serum of VEGF and PlGF levels between these two groups. A better understanding of angiogenic and antiangiogenic factors in patients with SLE provided by this study allows the analysis of these cytokines in pregnant woman with SLE and possibly their subsequent application as differential method between PE and lupus nephritis.
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Comparação das características da disfagia em pacientes com dermatopolimiosite e esclerose sistêmica / Comparison of the characteristics of dysphagia in patients with systemic sclerosis and dermatomyositisMárcio José da Silva Moreira 20 August 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Comparar e caracterizar, por intermédio dos protocolos de avaliação da deglutição, os achados fonoaudiológicos na fase preparatória oral e oral da deglutição nos pacientes avaliados nos dois grupos de doenças (DM/PM e ES). Foram identificados 80 pacientes com diagnóstico de dermatopolimiosite e esclerose sistêmica, de ambos os sexos, atendidos no ambulatório de Colagenoses do serviço de Reumatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). Foram excluídos os indivíduos abaixo de 18 anos e acima de 60 anos (24) e com outras doenças e/ ou comorbidades. Dos 56 pacientes restantes, 73,2% (41) apresentavam ES e 26,8% (15) DM/PM. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os indivíduos foram submetidos à avaliação clínica estrutural e funcional da deglutição pelo pesquisador, que é fonoaudiólogo. O estudo revelou elevada prevalência de alterações oromiofuncionais e da deglutição na fase preparatória oral e oral propriamente dita nos pacientes com ES para a consistência sólida, que geram disfagia oral e alta, e não somente uma disfagia baixa como tem sido apresentado na literatura médica. O estudo reforçou que as mulheres são as mais acometidas pelas doenças autoimunes e que os homens são em menor número. O fonoaudiólogo deve ser parte integrante da equipe interdisciplinar que atende esses pacientes. / Compare and Characterize by means of evaluation protocols of swallowing, speech-language findings in oral and oral preparatory phase of swallowing in patients evaluated in both groups of diseases (DM / PM and SS). We identified 80 patients with dermatomyositis and systemic sclerosis, of both sexes, Collagen outpatient clinic of the Rheumatology Service of Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). We excluded individuals below 18 years and above 60 years (24) and other diseases and / or comorbidities. Of the 56 remaining patients, 73.2% (41) had SS and 26.8% (15) DM / PM. After signing an informed consent, subjects underwent structural and functional clinical assessment of swallowing, the researcher who is a speech and audiologist therapist. The study revealed high prevalence of oromiofunctionals and oral phase swallowing in patients with SS to solid food dysphagia and oral generating not only a high and low dysphagia as has been shown in medical literature. The study reinforced that women are more affected by autoimmune diseases, and that men are fewer. The speech and audiology therapist must be part of the interdisciplinary team that deals with these patients
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Influência das comorbidades na capacidade funcional de pacientes com artrite reumatoide / The influence of comorbidities in the physical function in patients with rheumatoid arthritisMarques, Wanessa Vieira 03 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-03 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Patients with rheumatoid arthritis (RA) present higher prevalence of comorbidities.
Such comorbidities are associated with different outcomes in RA patients, such as
mortality risk, increase in disability, impact on RA specific treatment and higher
medical costs. The purpose of this study was to assess the influence of comorbidities
on the functional capacity and mobility of the affected individuals, and to identify,
among the comorbidity indicators, the most appropriate to determine association
between comorbidities and physical function on these patients. In a cross-sectional
study we included 60 patients with RA fulfilling the American College of
Rheumatology criteria (ACR, 1987) over a period of 11 months, both male and
female between 43 and 80 years old. Comorbidities were assessed by means of
three indicators: (i) total number of comorbidities (NCom) reported by the patients
and listed on their medical records; (ii) the Charlson comorbidity index (CCI); and (iii)
the functional comorbidity index (FCI). The activity of disease was evaluated by the
Disease Activity Score, based on 28 joints and erythrocyte sedimentation rate value
(DAS28/ESR). The participants’ functional capacity was measured using the Health
Assessment Questionnaire (HAQ), and their mobility was measured using the chairrising
test (CRT) and timed get up and go (TUG) test. Statistical analysis was
performed using Log-Linear Stepwise multiple regression at 5% significance level.
The prevalence of comorbidities in the investigated sample of patients with RA was
90% when the total number of comorbidities (NCom) was taken into consideration. In
the final multiple regression model, the independent factors that influenced functional
capacity (HAQ) were activity of disease (DAS28/ESR) and comorbidities, as
assessed by FCI, which explained together 32.9% of the HAQ score variability
(adjusted coefficient of determination [R2] = 0.329). With respect to the participants’
mobility (CRT and TUG), in the final model, only the independent factor comorbidities
(FCI) exerted a significant influence on the results. The FCI scores explained 19.1%
of the CRT variability (R2= 0.191) and 19.5% of the TUG variability (R2= 0.195).
Among the comorbidity indicators used, the FCI was the main responsible for explain
the physical function (HAQ) and mobility (CRT and TUG) variability at the final model in our sample. Comorbidities were highly prevalent in individuals with RA and exerted
a negative influence on their functional capacity and mobility. FCI proved to be
appropriate to determine the association between comorbidities and physical function
in individuals with RA. / Pacientes com artrite reumatoide (AR) apresentam prevalência aumentada de
comorbidades. A presença de comorbidades está associada a um pior desfecho
clínico nesses indivíduos, tais como risco de mortalidade, comprometimento na
funcionalidade, interferência no tratamento específico da AR e aumento nos custos
médicos. O objetivo deste estudo foi investigar a influência das comorbidades na
capacidade funcional e na mobilidade em pacientes com AR, e identificar, dentre os
indicadores de comorbidade, aquele mais apropriado para determinar a associação
entre comorbidades e desfecho funcional nesses indivíduos. Trata-se de um estudo
transversal com a participação de 60 pacientes classificados com AR pelos critérios
da American College of Rheumatology (ACR) de 1987 em um período de 11 meses,
de ambos os gêneros e faixa etária entre 43 e 80 anos. As comorbidades foram
avaliadas por meio de três indicadores: (i) número total de comorbidades (NCom)
relatadas pelos pacientes e anotadas em prontuário médico; (ii) escore obtido no
índice de comorbidade de Charlson (ICC); e escore obtido no índice de comorbidade
funcional (ICF). A atividade da doença foi mensurada pelo Índice de Atividade da
Doença baseado em 28 articulações e no valor do VHS (Disease Activity Score 28 –
DAS28/VHS). A capacidade funcional e a mobilidade foram avaliadas por meio do
escore obtido no Questionário de Avaliação da Saúde (Health Assessment
Questionnaire – HAQ), no teste senta-levanta da cadeira cinco vezes (TSL) e no
teste timed get up and go (TUG). A análise estatística dos dados foi realizada
através de regressão múltipla Log-Linear Stepwise com nível de significância de 5%.
Observou-se que a prevalência das comorbidades, analisada pelo indicador número
total de comorbidades (NCom), foi de 90% em nossa amostra. No modelo final da
análise múltipla os fatores determinantes da capacidade funcional (HAQ) foram a
atividade da doença (DAS28/VHS) e as comorbidades, avaliadas pelo ICF, que em
conjunto explicaram 32,9% da variabilidade do escore do HAQ (coeficiente de
determinação [R2] ajustado = 0,329). Com relação à mobilidade (TSL e TUG), no
modelo final, apenas as comorbidades (ICF) influenciaram significativamente o seu
desempenho. O escore no ICF explicou 19,1% da variabilidade do TSL (R2 = 0,191)e 19,5% da variabilidade do TUG (R2 = 0,195). Dentre os indicadores de
comorbidade utilizados, o indicador ICF foi o principal responsável por explicar no
modelo final a variabilidade da capacidade funcional (HAQ) e da mobilidade (TSL e
TUG) em nossa amostra. Conclui-se que as comorbidades são frequentes em
pacientes com AR e influenciam negativamente a capacidade funcional e a
mobilidade desses indivíduos. O ICF demonstrou ser um indicador de comorbidade
apropriado para determinar a associação entre comorbidades e funcionalidade em
pacientes com AR.
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