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O amor e o namoro me interessam, a AIDS, nem tanto!... : representações sociais da AIDS entre jovens de uma escola de ensino fundamental de Porto AlegreFerreira, Sandra Rejane Soares January 2000 (has links)
O amor e o namoro me interessam, a AIDS, nem tanto! Representações Sociais da AIDS entre jovens de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental de Porto Alegre é um estudo do tipo exploratório-descritivo que utiliza a abordagem teóricometodológica, propiciada pela Noção de Representações Sociais. Tem-se como objetivo identificar e compreender as Representações Sociais da AIDS, no universo dos jovens escolares, bem como os conhecimentos e as atitudes ante o risco de contaminação pelo vírus HIV. A população estudada foi de 145 jovens, de 10 a 16 anos, estudantes de 5ª a 8ª série, de uma Escola Estadual. Eles residem em bairros populares com baixo e médio poder aquisitivo, com acesso a condições básicas de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, na zona leste de Porto Alegre. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionários, de técnicas de associação livre e de entrevistas. Utilizamos uma metodologia plural, que se propôs a combinar as abordagens dinâmica e estrutural das Representações Sociais. A AIDS não é o assunto que mais interessa estes jovens, no momento, seus interesses e preocupações correspondem às relações afetivas com seus pares e às mudanças corporais que experimentam, nesta faixa etária. Dentre os resultados, podemos afirmar que a quase totalidade dos jovens recebeu alguma informação sobre AIDS e os locais mais citados foram a escola, em casa e na TV. Os jovens representaram a AIDS como uma doença mortal, transmitida pelo sexo, causada por um vírus e que provoca tristeza e medo, mas pode ser evitada pelo uso da camisinha. A maioria dos entrevistados dispõe de conhecimentos médios, tanto sobre a transmissão quanto sobre as formas de proteção da AIDS. Eles não conhecem os mecanismos biológicos da doença, mas sim a imagem de deterioração física a que um doente pode chegar. Um terço deles sabe da existência de portadores sadios da doença e da existência de tratamento.Quanto às atitudes em relação ao risco de contaminação, elas se modificam em razão da idade e do sexo e os jovens se dizem mais implicados na faixa etária de 13 a 16 anos. Aponta-se para a necessidade de um processo de educação em saúde efetivo e para a importância do conhecimento sobre a doença, mas entende-se que a aquisição de conhecimentos não é suficiente para adoção de condutas preventivas. As atitudes que poderão se configurar em condutas preventivas dependem de muitos fatores e não se resumem aos aspectos cognitivos. Os jovens, desta pesquisa, fornecem elementos que apontam para a complexidade desta temática e a necessidade de ajustarmos nossas práticas pedagógicas em educação para saúde.
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Violência contra a mulher vivendo com HIV/AIDS usuária dos serviços de atendimento especializados em DST/AIDS de Porto AlegreKoetz, Ana Paula Messa January 2014 (has links)
Introdução: As experiências de violência podem funcionar como fatores limitantes para os cuidados em saúde, incluindo dificuldade na gestão segura da vida sexual e reprodutiva. A violência contra a mulher pode funcionar como uma causa ou como uma consequência para a infecção pelo HIV/Aids. O objetivo geral desta dissertação é analisar características das mulheres que sofreram episódios de violência durante a vida e episódios diretamente relacionados ao HIV/Aids em uma amostra de mulheres que conhecem sua sorologia positiva para HIV e que são usuárias dos Serviços de Atendimento Especializados em DST/Aids (SAE) de Porto Alegre, Brasil. Métodos: Os dados deste estudo resultam de uma pesquisa transversal, que incluiu mulheres HIV positivo em atendimento nos SAE. A população estudada foi composta por 691 mulheres de 18 a 49 anos que conheciam seu diagnóstico positivo para o HIV/Aids. A amostra foi caracterizada por meio da estatística descritiva e para análise das diferenças entre os grupos foi utilizado o teste de associação do qui-quadrado de Pearson. Resultados: Da amostra estudada, 57,8% mulheres relataram experiência de violência durante a vida. Nesse desfecho, encontrou-se associação positiva para menor renda domiciliar, maior número de gestações, maior número de filhos e menor idade na primeira relação sexual. Em relação à violência relacionada ao diagnóstico de HIV/Aids, 37,5% mulheres afirmaram terem sofrido esse tipo de violência. Nesse desfecho encontrou-se diferenças estatísticas significativas para menor escolaridade, menor renda domiciliar, menor idade na primeira relação sexual, não uso de preservativo, maior número de gestações e de filhos. Discussão: O presente estudo trouxe alguns fatores que caracterizam os contextos de vulnerabilidades a que estão expostas as mulheres que vivem com HIV/Aids, no que tange as experiências de violências. Experiências de violência podem impactar no processo saúde-doença nessa população. Sendo assim, o rastreamento dessas questões é sugerido aos serviços de saúde para um atendimento mais efetivo à saúde das mulheres que vivem com HIV/Aids. / Introduction: Violence may be a limiting factor for healthcare, which includes the difficulty of managing one’s reproductive and sexual life safely. Violence against women can be the cause and the consequence of HIV virus infection. The main purpose of this dissertation is to analyze characteristics of women who were victim of violence assaults throughout their lives and directly related to being infected with the HIV virus by a sample of women aware of their positive serology for HIV and who attend the STD/Aids Specialized Care Services (SAE) of Porto Alegre, Brazil. Methodology: The data of this study are the result of a cross-sectional research that included HIV positive women who attended the SAE. 691 women between 18 and 49 years old who were aware of their positive diagnose for HIV/Aids composed the studied population. The sample was characterized by descriptive statistics and Pearson’s chi-square test was used for the analysis of differences between groups. Results: Of the sample studied 57,8% women have reported experiencing violence in their life. In this outcome a positive association has been found between smaller household income, higher number of pregnancies, higher number of children and younger age in which they had their first sexual intercourse. Regarding violence in relation to HIV/Aids diagnosis, 37,5% of women claimed to have suffered this type of violence. In this outcome significant statistical differences have been found associated to less schooling, smaller household income, younger age of first sexual intercourse, non condom use, higher numbers of pregnancies and of children. Discussion: This study brought some factors that characterize the contexts of vulnerabilities for women living with HIV/AIDS in relation to experiences of violence. Experiences of violence can affect the process of health and disease in this population. Therefore, health services should monitor and track these issues in order to provide more effective health care for women living with HIV/Aids.
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Manifestações mucocutâneas de histoplasmose na AIDS : avaliação de 36 pacientes / Mucocutaneous manifestations of disseminated Histoplasmosis: evaluation of 36 hiv-infected PatientsCunha, Vanessa Santos January 2005 (has links)
Introdução: A histoplasmose é uma infecção geralmente subclínica e autolimitada em pacientes imunocompetentes. A maioria dos pacientes com HIV apresenta a forma disseminada da doença, considerada definidora de aids. As manifestações cutâneo-mucosas da histoplasmose são variadas, dificultando o diagnóstico. Métodos: Estudo retrospectivo de 24 pacientes com diagnóstico de histoplasmose, avaliados no serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, de 2000 a 2003 e, prospectivamente, mais 12 pacientes, atendidos em 2004 e 2005. A análise considerou dados epidemiológicos e demográficos, bem como os parâmetros clínicos, distribuição e morfologia das lesões, contagem de células CD4+, terapia da micose e antirretroviral e se a doença foi a definidora de aids. Resultados: Vinte e seis (72%) doentes eram homens. A idade média foi 34 anos (17-58) e 16 pacientes (49%) tiveram seus diagnósticos realizados de dezembro a março, no verão. A histoplasmose foi confirmada por biópsia cutânea em 33 casos e por cultura em 23 deles. Onze pacientes recebiam antirretrovirais no momento do diagnóstico e a sua contagem de células CD4+ variou de 2 a 103 (média 29 células/mm³). Não houve diferenças significativas em relação a sexo, idade, método diagnóstico e uso de antirretrovirais entre a amostra retrospectiva e prospectiva. O número médio de lesões foi 2,7, variando de 1 a 7 tipos diferentes em um mesmo paciente. Pápulas com crosta e erosão/úlcera de mucosa foram as mais frequentes, em 64% e 58% dos pacientes, respectivamente. Uma distribuição difusa foi a mais comum, em mais de 58% dos casos. Houve uma associação significativa entre a contagem de células CD4+ e a variabilidade morfológica de lesões por paciente, sendo que um menor polimorfismo de lesões está associado a contagens mais baixas de células CD4+. Conclusão: A familiaridade com as manifestações dermatológicas da histoplasmose é importante para uma maior suspeição tanto da doença, quanto do próprio HIV. Pápulas com crostas difusas e erosão/úlcera de mucosa, no verão, em pacientes com aids e contagem de células CD4+ menor do que 50 células/ mm³ são achados muito sugestivos de histoplasmose. Porém, é de suma importância a realização de exames complementares para a exclusão dos outros diagnósticos diferenciais. A maior variabilidade morfológica das lesões nos pacientes com menor comprometimento imunológico (CD4 maior) poderia ser devido à necessidade de um certo grau de imunidade na gênese das lesões cutâneas. / Mucocutaneous lesions of disseminated histoplasmosis in HIV-infected patients have a wide spectrum of clinical manifestations making the diagnosis very difficult. The authors conducted a retrospective and prospective study in 36 HIVinfected patients with mucocutaneous histoplasmosis in a tertiary-care hospital in Brazil. Eleven patients (30%) were taking antiretrovirals when diagnosed and their CD4+ cell counts ranged from 2 to 103 cells/mm³. The average number of lesions was 3 per patient, and each patient presented 1 to 7 different morphological types of lesions. Erythematous papules and plaques with crusts, and oral mucosa erosions or ulcers were the most frequent dermatological alterations found in 64% and 58% of the patients respectively. A diffuse pattern of distribution of the skin lesions was found in 58% of the cases. There was a significant association between the CD4+ cell counts and the morphological variability of lesions per patient. Polymorphism of lesions was associated with higher counts of CD4+ cells. Limitations include the retrospective part of the study, where the data was not collected for an unique examiner. Physicians caring for HIV-infected patients should be aware of the wide spectrum of dermatological lesions observed in disseminated histoplasmosis, besides the importance to detect and isolate the fungus in mucocutaneous tissues.
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Influência dos genes HLA classe I na progressão para a Aids em indivíduos HIV positivosMatte, Maria Cristina Cotta January 2012 (has links)
A epidemia da aids é caracterizada por uma alta heterogeneidade no curso clínico da infecção pelo HIV-1. Enquanto alguns indivíduos progridem para aids em até três anos após a soroconversão, uma pequena parcela, chamada de progressores lentos, permanece assintomática e mantém seus níveis de T-CD4+ estáveis por mais de 10 anos. O papel das moléculas de HLA classe I, tais como HLA-A e HLA-B tem sido investigado para tentar explicar as diferenças observadas na progressão da infecção pelo HIV-1. Estudos recentes têm chamado a atenção para o papel dos genes de classe I não clássicos, como HLA-G, visto que esta molécula está envolvida na supressão da resposta do sistema imunológico durante as infecções virais. No presente estudo, noventa e oito pacientes com critérios bem definidos de progressão à aids foram selecionados, dos quais 48 foram classificados como progressores crônicos, 29 como progressores lentos e 21 como progressores rápidos. Nossos resultados suportam o papel do genótipo homozigoto para HLA na rápida progressão para a aids, assim como a o efeito protetor do alelo HLA-A*3 no tempo de progressão da infecção. Além disso, este é o primeiro trabalho que investiga a influência dos polimorfismos 14pb inserção/deleção e +3142 G/C do gene HLA-G na progressão para a aids e os resultados obtidos apontam para um importante papel desta molécula na progressão da doença. A ausência de marcadores genéticos classicamente envolvidos com a progressão rápida e lenta para a aids, neste grupo de pacientes HIV positivos, enfatiza a importância de estudos genéticos em diferentes populações. / The AIDS epidemic is characterized by an extreme heterogeneity in the clinical course of HIV-1 infection. Whereas some individuals progress to AIDS within three years after seroconversion, a small percentage, called long-term nonprogressors, remain asymptomatic and maintain stable T-CD4+ cell counts for more than 10 years. The role of HLA class I molecules, such as HLA-A and HLA-B, have been investigated to explain the differences observed on progression to AIDS. Recent studies have focused on the potential effect of non-classical HLA I genes, as HLA- G, since this molecule is involved in the suppression of immune responses against viral infections. In the present study, ninety-eight patients with well defined criteria of clinical progression to AIDS were selected, of which 48 subjects were classified as chronic progressors, 29 as long-term nonprogressors and 21 as rapid progressors. Our results support the role of HLA homozygous genotypes on rapid progression to AIDS as well as the protective effect of the HLA-A*3 allele in the progression of the infection. Furthermore, this is the first study that assessed the influence of the HLA-G polymorphisms 14bp insertion/deletion and +3142 G/C on AIDS progression and the results obtained indicate an important role of this molecule on AIDS progression. The absence of classical genetic markers related to rapid and long-term nonprogression to AIDS in this group of HIV-infected patients emphasizes the importance of study genetic diversity among different populations.
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Prostituição masculina e HIV/AIDS : um estudo epidemiológico em municípios do Ceará / Masculine prostitution and HIV/AIDS : a study epidemiologist in cities of the CearáChao, Giselle Fonseca January 2008 (has links)
CHAO, Giselle Fonseca. Prostituição masculina e HIV/AIDS : um estudo epidemiológico em municípios do Ceará . 2008. 63 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-11-03T15:39:14Z
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Previous issue date: 2008 / A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e as demais doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) são importantes causas de morbidade em todo o mundo, com consideráveis repercussões sociais e econômicas. O estudo objetivou estudar o comportamento, práticas sexuais, prevalência do HIV e Sífilis entre os profissionais do sexo masculino. Realizou-se um estudo seccional e analítico em quatro municípios do Ceará, Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Aplicou-se um questionário semi-estruturado em 131 profissionais do sexo, em agosto de 2003, que investigou dados sócio-econômico-demográficos, vida sexual (primeira relação sexual, parceiros fixos e pagantes, número de parceiros e características da vida sexual com os mesmos, uso de preservativo, DST´S),uso de álcool e outras drogas, teste para HIV e Sífilis. Os dados coletados foram analisados pelo do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 16.0. Criou-se uma variável dependente denominada Envolvimento em Relações Sexuais Desprotegidas (RSD) e realizou-se uma análise bivariada entre esta variável e os possíveis fatores determinantes deste comportamento, através do teste exato de Fischer. A maioria dos entrevistados, era solteiro (85,4%), católico (81,5%), com idade variando entre a faixa etária de 18 a 51 anos. Vinte seis por cento nunca freqüentou a escola ou não concluiu o primeiro grau e 39,7% possuíam o segundo grau completo ou superior. Também a maioria (62,7%) apresentou início precoce da atividade sexual, tendo sua primeira relação antes dos 15 anos e informou que recebeu dinheiro pela primeira vez em troca de sexo antes dos 18 anos (52,3%), ou seja, antes da maioridade. Cerca de metade dos entrevistados (51,5%) tiveram mais de três parceiros sexuais nos últimos sete dias, sendo que (32,0%) afirmaram não ter usado preservativo na última relação sexual com parceiro não pagante. A cerca do uso de drogas 54,4% responderam ter usado bebidas alcoólicas pelo menos uma vez por semana e 1,5% afirmou já ter usado seringas e agulhas para o uso de drogas. A maioria (54,2%) nunca havia feito o teste para a detecção do HIV. Foram realizados 81 testes para o HIV com taxa de detecção de 3,1% de soropositividade. Na análise multivariada, encontrou-se que o consumo de álcool e já ter realizado o teste para HIV estavam independente e significativamente associadas à RSD. Os resultados indicam comportamentos e práticas sexuais de risco são freqüentes entre os profissionais do sexo masculino sugerindo que as dimensões sócio-econômicas e culturais são elementos importantes para a compreensão das práticas entre esta população. Portanto, implicando a necessidade de ajustes às medidas preventivas em relação ao HIV/AIDS e demais DST’S. Concluímos que os profissionais do sexo masculino estão envolvidos em comportamentos de risco para HIV/AIDS e demais DST’S, necessitando aumentar a adesão a práticas sexuais seguras e fornecer informações aos programas de prevenção de DST/HIV/AIDS com o intuito de melhorar o planejamento de suas ações, levando em consideração às especificidades desta população.
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Independência funcional de pacientes com AIDS acometidos por neuroinfecções atendidos na rede Sarah do Brasil / Functional independence of AIDS patients affected by neuroinfections seen in the Sarah do Brasil NetworkFerreira, Maryfranci Silva 21 July 2017 (has links)
FERREIRA, M.S. Independência funcional de pacientes com AIDS acometidos por neuroinfecções atendidos na rede Sarah do Brasil. 2017. 113 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Saúde Pública (msp@ufc.br) on 2017-09-26T19:13:46Z
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Previous issue date: 2017-07-21 / Background: HIV / AIDS remains one of the greatest challenges facing health systems around the world. Among the major organic systems that can be affected by this virus, with repercussions on the quality of life of these individuals, the respiratory system, the gastrointestinal tract and the nervous system are highlighted, and the latter, leading to serious functional complications. In Brazil, sequelae related to opportunistic diseases of the CNS, such as neurotoxoplasmosis, tuberculous meningitis and neurocryptococcosis are important causes of cognitive and psychiatric damages. Evidence presents neurological complications as frequent conditions in the context of HIV / AIDS, where cerebral toxoplasmosis is the most prevalent etiology. However, there are few studies about the functional capacity of the patients affected by these pathologies. Objectives: To characterize the evolution of the functional independence of adult patients with HIV / AIDS affected by neuroinfections seen in a reference program in rehabilitation in Brazil. Method. Electronic records and the Functional Independence Measure (MIF) scale of neuroinfection patients with HIV / AIDS who completed hospitalization for rehabilitation from January 2006 to January 2016 at the SARAH Network of Brazilian Hospitals were reviewed. The variables with p <0.05 were considered significant. Results: Of 573 cases of neuroinfections, 81 had HIV / AIDS; Of these, 41 were included in the study. Males accounted for 51.22% of cases, mean age of neuroinfection was 35 years, and 29.27% had age equal to or less than 29 years. The diagnosis of HIV was made at the time of neuroinfection in 58.54% of the patients, and neurotoxoplasmosis was the most prevalent etiology in 75% of cases; 53.7% reported the occurrence of other associated opportunistic infections, of which 13.6% were pulmonary tuberculosis. The mean time from HIV diagnosis to admission was 48 months and the mean time between NI diagnosis and admission to rehabilitation was 37 months. At admission, 48.78% of the patients had dependency with up to 25% on the task, 31.15% had assisted dependence up to 50% in the task and 17.07% had complete independence on the MIF scale. Patients with multiple alterations in the neuroimaging tests (65.85%; n = 27) had a lower total MIF admission score (p <0.005). After discharge, cognitive, motor and total MIF scores were increased in both dependent and independent groups (p <0.005), despite the functional impairment presented at admission. Patients who spent more days in the rehabilitation program achieved greater gains in motor FIM (p = 0.04) and total FIM (p = 0.07), and those in a higher amount of medication had a higher gain in FIM scores Cognitive function (p = 0.02). Conclusions: The data presented evidences that NI in patients with HIV / AIDS can be responsible for significant functional impairment, reduces activity and restricts social participation. However, it was observed through the Functional Independence Measure (FIM) that the rehabilitation was able to produce motor and cognitive gains independent of the total score at admission and from the late period to the beginning of this intervention. The inclusion of disability surveillance and rehabilitation programs in public policies aimed at people living with HIV / AIDS is considered fundamental. / Introdução: HIV/aids permanece como um dos maiores desafios enfrentados pelos sistemas de saúde em todo o mundo. No Brasil, as sequelas relacionadas às doenças oportunistas do SNC, como neurotoxoplasmose, meningite tuberculosa e neurocriptococose são importantes causas de danos cognitivos e psiquiátricos. Evidências apresentam as complicações neurológicas como condições frequentes no quadro do HIV/aids, onde a toxoplasmose cerebral é a etiologia mais prevalente. No entanto, existem poucos estudos acerca da capacidade funcional dos pacientes acometidos por estas patologias. Objetivos: Caracterizar a evolução da independência funcional de pacientes adultos com HIV/aids acometidos por neuroinfecções(NI) atendidos em programa de referência em reabilitação no Brasil. Método. Estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, no qual foram avaliados dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais obtidos de prontuário eletrônico de pacientes com aids e NI admitidos para internação na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação do Brasil, das unidades Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Salvador e São Luis, no período de janeiro de 2006 a janeiro de 2016. Foram incluídos maiores de 18 anos, com HIV e NI, de ambos os sexos, que tivessem concluído internação no programa de reabilitação no referido período. Foram excluídos, aqueles prontuários com outras comorbidades associadas como: traumatismo crânio encefálico, acidente vascular encefálico, tumor cerebral, como também aqueles que pontuarem escore 01 em todos os itens da escala de medida de independência funcional (MIF) de admissão. Considerou-se como significante as variáveis com p< 0,05. Resultados: De 573 casos de NI, 81 tinham HIV/aids; destes, 41 foram incluídos no estudo. O sexo masculino representou 51,22% dos casos; a média de idade de ocorrência da NI foi 35 anos, e 29,27% tiveram idade igual ou menor que 29 anos. O diagnóstico de HIV foi feito no momento da ocorrência da neuroinfecção em 58,54 % dos pacientes, e a neurotoxoplasmose foi a etiologia mais prevalente em 75% dos casos; 53,7% referiram ocorrência de outras infecções oportunistas associadas, das quais 13,6 % eram tuberculose pulmonar. O tempo médio de diagnóstico de HIV até a admissão foi de 48 meses e o tempo médio entre o diagnóstico de NI e a internação para reabilitação foi de 37 meses. À admissão, 48,78% dos casos tinham dependência com assistência de até 25% na tarefa, 31,15% apresentaram dependência com assistência até 50% na tarefa e 17,07% tiveram independência modificada a completa na escala MIF. Pacientes com múltiplas alterações nos exames de neuroimagem (65,85%; n= 27) apresentaram menor escore total da escala MIF de admissão (p<0,005). Após a alta, verificou-se aumento dos escores da MIF cognitivo, motor e total em ambos os grupos, dependentes e independentes (p<0,005), apesar do comprometimento funcional apresentado na admissão. Pacientes que ficaram mais dias internados no programa de reabilitação obtiveram maior ganho no MIF motor (p=0,04) e no MIF total (p=0,07) e aqueles em uso de maior quantidade de medicações apresentaram maior ganho nos escores do MIF cognitivo (p=0,02). Conclusão: Os dados apresentados evidenciam que a NI em pacientes com HIV/aids pode ser responsável por significativo comprometimento funcional, reduz a atividade e restringe a participação social. Porém foi observado através da Medida de Indepedência Funcional (MIF) que a reabilitação foi capaz de produzir ganhos motor e cognitivo, independente do escore total na admissão e do período tardio para o início desta intervenção. Considera-se assim, fundamental a inclusão da vigilância de incapacidades e de programas de reabilitação nas políticas públicas direcionadas às pessoas vivendo com HIV/aids.
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O infectologista diante da morte de pacientes por aids / The infectologist facing death of aids patientsShimma, Emi [UNIFESP] 31 March 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010-03-31 / Contexto e Objetivo: Com o surgimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (IAIDS), em 1981, os infectologistas passaram por grandes modificações em sua prática assistencial. Este estudo tem por objetivo descrever e analisar as vivências de médicos infectologistas frente à morte e ao morrer de seus pacientes ao longo da trajetória da epidemia de aids na cidade de São Paulo. Tipo de Estudo e Local: Adotou-se a abordagem qualitativa. Foram entrevistados 20 médicos infectologistas pertencentes a cinco instituições hospitalares que atendem portadores de vírus da imunodeficiência humana (HIV)/aids no município de São Paulo. Métodos: A composição da amostra foi realizada pelo processo de snowball e seu tamanho determinado pelo critério de saturação. Para a análise do material obtido nas entrevistas foi utilizado o procedimento da análise temática, que consiste em descobrir os núcleos de sentido existentes no conjunto do material obtido e que têm relação com o objetivo do estudo. Resultados: Da análise do material obtido nas entrevistas resultaram três eixos temáticos: 1) O contexto inicial da aids e o impacto vivido pelos infectologistas; 2) Modificações na vinculação com os pacientes depois da introdução da terapia antirretroviral potente (HAART); 3) Lidando com a morte e o morrer. Conclusões: O estudo aponta para a importância de considerar, tanto na formação como no exercício profissional, o sofrimento, a sobrecarga emocional e os mecanismos adaptativos relacionados à morte e o morrer de pacientes. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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O programa Saúde da família na prevenção de situações de complexidade : o exemplo da AIDS / The family health program in the prevention of situations of complexity : the example of AIDSSilva, Ana Cláudia do Espírito Santo January 2004 (has links)
SILVA, Ana Claúdia do Espírito Santo. O programa saúde da família na prevenção de situações de complexidade : o exemplo da Aids. 2004. 185 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-11T15:32:36Z
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Previous issue date: 2004 / Methodology: In the first part of this work a research was carried through became fullfilled a descriptive study on the population of the medical professionals, nurses and health agents who compose the teams of the PSF of the city of Fortaleza. The instrument of collection of data were an adaptation of the questionnaire used in the national research concerning the Sexual Behavior of the Brazilian Population, carried through for the Health department, in the year of 2000. At as a moment a qualitative study with the accomplishment of focal groups was made, with this same population, that approached subjects related to the AIDS and sexuality. After bibliographical survey of the authors who present works of relevance related to the subject we arrive at the following axles that had guided our look had been: I) practical sexual as practical the social ones; Practical II) the social construction of the sexual ones follow the dynamism of the cultures and practical III) the sexual ones are lived by multidimensionais.Resultados citizens of the first stage: the research pointed that practical sexual between people of the same sex and existence of extramarital relations widely it was rejected by the participants of the research. Although almost all to have carried through training in AIDS, some had disclosed that the illness if can catch using public bathrooms, becoming use of the masculine or feminine condom in the sexual relation or using the same place setting of contaminated people. The majority pointed that the condoms are ackward but exactly thus it must be used to prevent aid. Results of the second stage: The study in it disclosed a conception to them mythical that involves aspects related to the illness placing it, almost always, as a thing of the other; the condom in turn, acquired a status of instrument of intermediation in the relation of being able; glimpsing also a naturalization in the interpersonal relations mediated by these relations of being able. Conclusions: It was observed that it has a economic difference partner enters the professionals of the team of the PSF thus characterizing a difference of classrooms and sort permeado for intrinsic relations of being able. We saw that the opinions of these professionals, although all the armory of specific knowledge and petitioned training, are crossed by one strong biomedical influence of asepsis of the bodies, characterized for a set of experiences and values that are not differentiated very of the population in general. / Metodologia: Na primeira parte desse trabalho realizou-se um estudo descritivo sobre aspectos relacionados a aids e sexualidade com a população dos profissionais médicos, enfermeiros e agentes de saúde das equipes do PSF (programa saúde da família) do município de Fortaleza.O instrumento utilizado para a coleta de dados foi uma adaptação do questionário da pesquisa nacional acerca do Comportamento Sexual da População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, no ano de 2000. Na segunda fase da pesquisa foi feito um estudo qualitativo com a formação de grupos focais, com esta mesma população, abordando temas relacionados à aids e a sexualidade humana. A partir de um conjunto de referências para os estudos sobre AIDS (os estudos da Antropologia) e levantamentos feitos por estudiosos na área, chegou-se aos seguintes eixos norteadores: I) as práticas sexuais como práticas sociais; II) A construção social das práticas sexuais acompanha o dinamismo das culturas e III) as práticas sexuais que são práticas sociais, são vividas por sujeitos multidimensionais. Resultados da primeira etapa: a pesquisa apontou que a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo e a existência de relações extraconjugais foi amplamente rejeitada pelos participantes da pesquisa. Apesar de quase todos haverem realizado treinamentos em aids, alguns revelaram que a doença se pode pegar usando banheiros públicos, fazendo-se uso da camisinha masculina ou feminina ou usando o mesmo talher de pessoas contaminadas. A maioria apontou que os preservativos são desagradáveis mas mesmo assim deve-se usá-los para se evitar a aids. Resultados da segunda etapa: O estudo nos revelou uma concepção mítica que envolve aspectos relacionados à doença colocando-a ,quase sempre, como uma coisa do outro; o preservativo por sua vez, adquiriu um status de instrumento de intermediação na relação de poder; vislumbrando-se, também, uma concepção de naturalização nas relações interpessoais mediadas por essas relações de poder. Conclusões: Vimos que as opiniões desses profissionais, apesar de todo o arsenal de conhecimentos específicos e treinamentos impetrados, são atravessadas por uma forte influência biomédica de assepsia dos corpos e por um conjunto de vivências e valores que não se diferenciam muito da população com a qual atuam, levando-se a refletir de que modo se está dando suporte a essa dialogicidade entre o profissional e a comunidade.
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Distribuição espacial e determinantes sociais de saúde na população com AIDS no Ceará / Spatial distribution and social determinants of health in the population with aids in CearáPaiva, Simone de Sousa January 2013 (has links)
PAIVA, Simone de Sousa. Distribuição espacial e determinantes sociais de saúde na população com AIDS no Ceará. 2013. 147 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-27T12:21:56Z
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Previous issue date: 2013 / Despite scientific advances in HIV treatment and the specific public policy for the infected population, aids represents a severe health problem that affects more vulnerable groups. Therefore, when treating HIV-positive people, the social determinants of the health-disease process need to be taken into account. The goal is to analyze the spatial distribution of aids patients in the State of Ceará, Brazil, and its association with social determinants of health. In this cross-sectional ecological study, individuals with aids aged 13 years or older were considered, who lived in Ceará and had been notified between 2001 and 2011 in the Brazilian Case Registry Database. Sociodemographic variables were used that were collected from the State Health Secretary; socioeconomic, environmental and health data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics, from the Informatics Department of the Brazilian Unified Health System and from the Primary Healthcare Department. Epidemiological and social indicators were constructed based on the Theoretical Model of Social Determination suggested by Whitehead and Dahlgren. For individual data analysis, SPSS 20.0 software was employed. Tests were applied for comparison of proportions (Fisher’s exact or Pearson’s chi-square), comparison of means (Student’s t), correlation between dependent variable and its regressor variables (Pearson) and a test to verify the normality of the dependent variable (Shapiro-Wilk). Inferential analyses with ρ inferior to 0.05 were considered statistically significant. For socio-environmental and health data, geoprocessing and geo-analysis methods were used. To identify spatial clusters, the mean aids rate for the period was calculated and related to the vector map of Ceará, using the software ArcGis10.1. Spatial self-correlation was verified through Moran’s index. The Global Linear Regression Model was useful for multivariate analysis. Risk maps were constructed for the formation of aids clusters throughout the time series. Approval was obtained from the Ethics Committee of the State Health Secretary under protocol 203.911. Aids is increasing in Ceará, with a mostly male, adult population living in the state capital. It was observed that the epidemic is expanding among women, young people and in the interior of the state. Drugs use prevails among young people and people with low education levels. A growing trend of the disease is observed among people with seven to 11 years of education, with a statistically significant difference between the sexes. The Social Support and Specialized Health Network for aids is concentrated in the Metropolitan Region of the State. Aids clusters with high rates were verified in the Coastal Region and in areas close to the border with the State of Piauí, probably linked to tourism and migration processes. The aids rates were associated with most of the socioeconomic indicators studies. A positive relation was observed between aids and economic inequalities. An inverse association was verified between the problem and primary care. The risk of clusters was verified primarily in the hinterland of the State and a greater relative risk in cities in the Northeast of Ceará throughout the time series. As concluded, aids in Ceará is marked by areas of spatial dependence and the disparities in socioeconomic and health access conditions produce preponderant determinations for illness caused by HIV. / Apesar de avanços científicos no tratamento ao HIV e de política pública específica à população infectada, a aids se constitui em sério problema de saúde, que acomete grupos mais vulneráveis. Desta forma, ao tratar de pessoas vivendo com HIV é necessário levar em conta os determinantes sociais relacionados ao processo de saúde-doença. Objetiva-se analisar a distribuição espacial de pacientes com aids no Estado do Ceará, Brasil, e sua associação com determinantes sociais de saúde. Estudo ecológico transversal, considerou-se indivíduos com aids, de idade igual ou superior a 13 anos, residentes no Ceará, notificados entre 2001 e 2011 pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Trabalhou-se com variáveis sociodemográficas obtidas na Secretaria da Saúde do Estado, dados socioeconômicos, ambientais e de saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil e do Departamento de Atenção Básica. Construíram-se indicadores epidemiológicos e sociais baseados no Modelo Teórico de Determinação Social sugerido por Whitehead e Dahlgren. Para análise dos dados individuais empregou-se o software SPSS 20.0. Testes foram aplicados para comparação das proporções (exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson), comparação de médias (t de Student), correlação entre variável dependente e suas regressoras (teste de Pearson) e teste para aferir a normalidade da variável dependente (Shapiro-Wilk). Foram consideradas estatisticamente significantes análises inferenciais de ρ inferior a 0,05. Para dados socioambientais e de saúde foram utilizados métodos de geoprocessamento e de geoanálise. Para identificação de aglomerados espaciais, calculou-se taxa média de aids do período e relacionada com o mapa vetorial do Ceará, através do programa ArcGis10.1. Autocorrelação espacial foi verificada pelo índice de Moran. O Modelo de Regressão Linear Global foi útil para análise multivariada. Foram construídos mapas do risco relativo à formação de aglomerados de aids ao longo da série temporal. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética da Secretaria da Saúde do Estado, sob protocolo n° 203.911. A aids é crescente no Ceará, com maioria masculina, adulta, residente na Capital. Foi observado processo de feminização, juvenização e interiorização da epidemia. O uso de drogas é prevalente entre jovens e pessoas de baixa escolaridade. Ocorre tendência crescente da doença entre pessoas com sete a onze anos de estudo, e diferença estatística significativa entre os sexos. A Rede Social de Apoio e de Saúde Especializada para aids concentra-se na Região Metropolitana do Estado. Clusters de aids com altas taxas foi verificada na Região Litorânea e em áreas próximas à fronteira do Piauí, provavelmente vinculados ao turismo e aos processos migratórios. As taxas de aids foram associadas com a maioria dos indicadores socioeconômicos estudados. Observou-se relação positiva entre aids e desigualdades econômicas. Foi verificada associação inversa entre o agravo e a atenção primária. Constatou-se risco para clusters de aids primeiramente nos Sertões do Estado e maior risco relativo em municípios do Noroeste Cearense ao longo da série temporal. Segundo se conclui, a aids no Ceará possui áreas de dependência espacial e as disparidades socioeconômicas e de acesso à saúde geram determinações preponderantes ao adoecimento pelo HIV.
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Padrões e tendências de morbimortalidade e sobrevida em crianças com AIDS no Brasil / Patterns and trends of mortality and survival in brazilian children with AIDSRamos Júnior, Alberto Novaes January 2011 (has links)
RAMOS JÚNIOR, Alberto Novaes. Padrões e tendências de morbimortalidade e sobrevida em crianças com AIDS no Brasil. 2011. 311 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-06T13:26:53Z
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Previous issue date: 2011 / HIV/AIDS infection among children is in the process of being eliminated as a public health problem in high-income countries, but still maintains an elevated level of morbidity-mortality in developing nations. Brazil stands out for its consistent HIV/AIDS control policy, particularly its adoption of free and universal distribution of HAART in 1996. This thesis describes the patterns and trends of morbidity-mortality and survival in children with AIDS in Brazil. Two analytical groupings were formed: 1) national studies of AIDS morbidity-mortality in children, 2) national survival studies in children with AIDS. In the first group, an ecological time-series study was undertaken (1984-2008) on cases (14,314) and deaths (5,041) from AIDS in Brazil by region and age group (0-12 and 0-4 years), based on an analysis of the respective rates using polynomial regression, percentage differences and ratios in the pre-HAART and HAART eras. In addition, a temporal trend analysis was done (1999-2007) on mortality from the various causes related to HIV/AIDS infection in children in Brazil (2,191/680,736) using Mortality Odds Ratio (MOR). Among the second group, a multi-centric, national retrospective cohort study of survival of children with AIDS (920 children, 1999-2002, until 2007) and associated factors was conducted with integrated analysis of the first national study (914 children, 1983-1998, until 2002) for verification of survival trends and occurrence patterns of late diagnosis and AIDS-defining diseases. The results point to the fact that Brazil shows a reduction of AIDS morbidity and mortality after the implementation of HAART, but with large regional disparities. The poorest regions of the country (North/Northeast) showed the worst trend for mortality (p<0.001), despite the concentration of cases and deaths in the most developed regions (South/Southeast). In terms of incidence, evolution in the Northeast stabilized (p<0.001), whereas the South showed increasing trends for children aged 0-4 (p<0.001), with the highest national rates for both age groups. The mortality rate from causes not related to HIV/AIDS between 1999 and 2007 was stable (0.08/100,000 population). The MOR indicates an increasing trend of these causes from 2000-2007 (1.18 versus 1.85), although not statistically significant (p=0.413). A trend of specific causes was not identified in this group. The probability of survival at 60 months was 0.88 (CI 95%: 0.86-0.91), with the lowest survival rates among children <1 year of age (p=0.013), category C (p<0.001), opportunistic diseases (p<0.001) and without ART (p<0.001). In the national studies there were, respectively, 420 (46%) and 109 (11.8%) deaths, with a trend for increased survival (p<0.001), varying from 0.20 (<1988) to 0.90 (2001-2002) post-HAART (0.41 versus 0.84, p<0.001). There was a reduction in late diagnosis and AIDS-defining diseases in children born (p=0.009 and p<0.001) and diagnosed post-HAART (p=0.004 and p<0.001), though with elevated frequencies still seen in the second cohort (47.7% versus 36.1% and 80.7% versus 50.8%). Bacterial diseases and pneumocystosis remained important, but to a lesser degree. It is concluded that morbidity-mortality due to AIDS among Brazilian children has been declining, principally after the adoption of HAART. Survival increased significantly to the point of making AIDS a chronic condition with inherent challenges. However, there were regional inequalities with differences in the implementation of control activities, and worse conditions in the poorest regions, still showing characteristics of the pre-HAART era. In addition, the study reveals important issues related to coverage/quality of health care for women (particularly pre-natal care and family planning) and for children exposed to or infected with HIV, as well as to the dynamics of HIV-1 transmission in Brazil. / A infecção pelo HIV/aids em crianças vem sendo eliminada como problema de saúde pública em países desenvolvidos, mas mantém elevada carga de morbimortalidade naqueles em desenvolvimento. O Brasil se destaca pela política consistente de controle, especialmente pela adoção universal/gratuita da HAART em 1996. Esta tese visa caracterizar padrões e tendências de morbimortalidade e sobrevida em crianças com aids no país. Foram estruturados dois blocos analíticos: 1) estudos nacionais de morbimortalidade por aids em crianças, 2) estudos nacionais de sobrevida em crianças com aids. No primeiro bloco realizou-se estudo ecológico do tipo série temporal (1984-2008) de casos (14.314) e óbitos (5.041) por aids no Brasil, regiões e grupos etários (0-12 e 0-4 anos), baseado na análise dos respectivos coeficientes por modelos de regressão polinomial, diferença percentual e razões nas eras pré-HAART e HAART. Adicionalmente, realizou-se análise de tendência temporal (1999-2007) da mortalidade por causas múltiplas relacionadas à infecção pelo HIV/aids em crianças infectadas no Brasil (2.191/680.736) pela estimativa da razão de chances de mortalidade (MOR). No segundo bloco, realizou-se estudo de coorte retrospectiva, multicêntrico-nacional, de sobrevida em crianças com aids (920 crianças, 1999-2002, até 2007) e fatores associados, com análise integrada ao primeiro estudo nacional (914 crianças, 1983-1998, até 2002) para verificação de tendências de sobrevida e padrões de ocorrência de diagnóstico tardio e doenças definidoras de aids. Os resultados demonstram que o Brasil apresenta redução da tendência temporal da morbimortalidade da aids após a adoção da HAART, mas com grandes desigualdades regionais. As regiões mais pobres do país (Norte/Nordeste) apresentaram o pior cenário para mortalidade (p<0,001), apesar da concentração de casos e óbitos nas regiões mais desenvolvidas (Sul/Sudeste). Para a incidência, o Nordeste evoluiu com estabilização (p<0,001); o Sul apresenta tendência crescente para crianças 0-4 anos (p<0,001) e os maiores coeficientes do país em ambos grupos etários. O coeficiente de mortalidade por causas não relacionadas ao HIV/aids entre 1999-2007 era estável (0,08/100.000 habitantes). A MOR indica tendência de crescimento destas causas entre 2000-2007 (1,18 versus 1,85), embora não significativa (p=0,413); não foi verificada tendência de causas específicas neste grupo. A probabilidade de sobrevida em 60 meses foi de 0,88 (IC 95%: 0,86-0,91), com menor sobrevida para crianças com <1 ano (p=0,013), categoria C (p<0,001), doenças oportunistas (p<0,001) e sem TARV (p<0,001). Nos estudos nacionais, houve, respectivamente, 420 (46%) e 109 (11,8%) óbitos, com tendência de ampliação da sobrevida (p<0,001), variando de 0,20 (<1988) a 0,90 (2001-2002), e também pós-HAART (0,41 versus 0,84, p<0,001). Houve redução do diagnóstico tardio e de doenças definidoras em crianças nascidas (p=0,009 e p<0,001) e diagnosticadas pós-HAART (p=0,004 e p<0,001), com proporções ainda elevadas na segunda coorte (47,7% versus 36,1% e 80,7% versus 50,8%); doenças bacterianas e pneumocistose mantiveram importância, com menor grau. Conclui-se que a morbimortalidade da aids em crianças no país vem sendo reduzida, sobretudo pós-HAART. A sobrevida ampliou-se significativamente, tornando a aids uma condição crônica, com desafios inerentes. Mas desigualdades regionais indicam implementação diferenciada das ações, com pior cenário nas regiões mais pobres, com aspectos ainda da era pré-HAART. Adicionalmente, o estudo revela questões importantes relacionadas à cobertura/qualidade da atenção à saúde da mulher (em especial pré-natal e planejamento familiar) e às crianças expostas/infectadas pelo HIV bem como à complexidade da dinâmica de transmissão do HIV-1 no país.
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