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Trabalho bancário e reestruturação produtiva : implicações no psiquismo dos trabalhadores

Barbarini, Neuzi January 2001 (has links)
Le travail dans les banques brésiliennes sont l'objet de profonds changements depuis quelques années, surtout après l’implantation du Plan Real, en 1994. Dans leur effort pour s’adapter au nouveau environnement économique qui s’est constitué dans le pays et à l’augmentation de la concurrence dans le secteur, les banques fléxibilisent leurs structures, diminuent leurs effectifs, implantent des systèmes informatiques permettant le traitement de donnés avec moins d’employés et utilisent, de plus en plus, des entreprises sous-traités pour accomplir de tâches autrefois accomplies par leurs employés. Ces changements ne se donnent pas sans des répércussions sur les travailleurs. Ceux-ci doivent s’adapter à des situations nouvelles, à l’accroissement des pressions au travail, à l'exposition aux risques et à la fin de la garantie à l’emploi. Dans une enquête faite parmi les caissiers d’une agence bancaire, nous faisons, dans ce travail, une analyse des répercussions des ces changements sur le psychisme des travailleurs, avec une attention particulière aux formes de mobilisation de l’inteligence et de la personalité au travail et à l’utilisation des stratégies colectives de défense pour faire face à la souffrance. Nous analysons aussi le rapport entre ces changements et l’augmentation de l’incidence de LER/DORT parmi les bancaires. Dans cette démarche nous utilisons l’apport téorique et méthodologique de la Psychodynamique du Travail, discipline qui étudie les conditions organisationelles du travail et sa détermination, dans le sens d'une mobilisations subjective au travail, ainsi que les répercusions que ces conditions peuvent avoir sur la santé des travailleurs. / Há alguns anos o trabalho nos bancos brasileiros é objeto de profundas mudanças, sobretudo após a implantação do Plano Real em 1994. Em seus esforços para se adaptar à nova contingência econômica do país e ao aumento da concorrência no setor, os bancos flexibilizam suas estruturas, diminuem os efetivos, implantam sistemas informáticos que permitem o tratamento das informações com utilização de menos trabalhadores e utilizam cada vez mais a terceirização de atividades antes efetuadas por seus empregados. Essas mudanças não se dão sem reflexos sobre os trabalhadores. Estes devem se adaptar as situações novas, ao aumento da pressão no trabalho, da exposição a riscos e ao fim da segurança no emprego. A partir de uma pesquisa feita com caixas de uma agência bancária, fizemos, neste trabalho, uma análise das repercussões das mudanças dos psiquismo dos trabalhadores, com uma atenção particular às formas de mobilização da inteligência e da personalidade no trabalho e na utilização de estratégias coletivas de defesa para enfrentar o sofrimento. Analisamos também a relação entre essas mudanças e o aumento da incidência de LER/DORT entre bancários. Para realizar a pesquisa e a análise dos dados, utilizamos o aporte teórico e metodológico da Psicodinâmica do Trabalho, disciplina que estuda em que situações as condições organizacionais determinam o sentido e a mobilização subjetiva no trabalho, e também as repercussões dessas condições sobre a saúde dos trabalhadores.
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Organização social e estratégias alimentares de sobrevivência em acampamento do movimento sem terra, Estado do Rio de Janeiro / Social organization and strategies you will feed of survival in accompaniment of the movement without land, State of the Rio de Janeiro

Esteves, Thais Vieira January 2002 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:11:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 555.pdf: 2045233 bytes, checksum: 3ebe8e16b3913b96d830df7fb70077ac (MD5) Previous issue date: 2002 / O presente trabalho procura estudar, no bojo da discussão sobre os movimentos sociais e do debate sobre a Reforma Agrária, as formas de organização social de população acampada em uma ocupação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, identificando as estratégias de sobrevivência das famílias ocupantes. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, usando métodos de análise quali-quantitativos, do grupo populacional residente no acampamento Oziel Alves, município de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro. O acampamento ocupa uma área de 3 mil hectares da Fazenda Cambaíba em processo administrativo com vistas à desapropriação, cuja área encontra-se dividida em três núcleos de moradia. O estudo iniciou-se com a caracterização histórica do processo de luta pela terra feita através de entrevistas com as lideranças locais. Dada a necessidade de composição de amostra, a população acampada foi estratificada a partir dos núcleos de moradia, produzindo uma amostra que correspondeu a 22 por cento das famílias residentes no acampamento. O questionário utilizado com as famílias constou de perguntas abertas e fechadas onde foram abordadas questões relativas ao processo de luta pela terra, características demográficas da família e informações sobre trabalho, saúde e alimentação. Observou-se com as entrevistas, entre outras questões, que: os acampados desenvolvem o cultivo de diversos tipos de gêneros alimentícios sendo estes principalmente destinados ao consumo familiar; a dieta apresenta insuficiências quali-quantitativas, apesar dos esforços em se assegurar uma satisfatória condição alimentar; e a relação entre a saúde, a alimentação e o trabalho foi objetivada na necessidade de disposição para execução de atividades laborais, considerando o desgaste orgânico das tarefas desenvolvidas no trabalho na agricultura. Os sem-terra acampados apontam, em suas falas e ações, a vontade de construir novas formas de organização e existência humana, livres da marginalização e da exclusão social.
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Análise de situações de vulnerabilidade de trabalhadores da construção civil no Rio de Janeiro / Analysis of situations of vulnerability of workers of the civil construction in Rio de Janeiro

Lacerda, Leonardo Biscaia de January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:11:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 802.pdf: 335657 bytes, checksum: 0fc0b4de1b8538c431518ac6ce4a99a7 (MD5) Previous issue date: 2006 / O setor de edificações da construção civil vem se caracterizando pelo trabalho precarizado, por vínculos trabalhistas frágeis, subcontratação da mão-de-obra, máscondições de trabalho e elevado índice de acidentes, inclusive fatais. Nas últimas décadas essa situação acentuou-se diante de modificações no cenário econômico esocial do Brasil. Nesse contexto, os operários da construção civil aparecem como pessoas marcadas pela vulnerabilidade social em suas várias dimensões e emdiferentes graus, ou seja, desde trabalho estável e família estruturada até o desemprego recorrente e a moradia nas ruas ou em instituições asilares. Neste estudoentrevistou-se trabalhadores da construção civil em diferentes circunstâncias. Temas como vínculos empregatícios, trabalho informal, acidentes de trabalho, condições de trabalho, desemprego recorrente e alta rotatividade foram abordados a partir de um questionário semi-estruturado. Para os trabalhadores em situação de exclusão social atentou-se também para os motivos que os levaram a morar nas ruas, relacionamentos familiares, desemprego, tempo de permanência nas ruas e meios de sobrevivência nas ruas. A partir de uma abordagem dialética-hermenêutica, os elementos comuns aostrabalhadores foram discutidos, evidenciando-se as contradições que os expõe a vulnerabilidade, da mesma forma como o que havia de único em cada trajetóriaparticular era destacado para compreender como se processa a vulnerabilidade e a exclusão social na construção civil. Entre os achados mais contundentes, estão a desconsideração das empresas em relação a direitos trabalhistas, a promoção da subcontratação e da informalidade, a prática da contratação de operários por meio de cooperativas como forma de diminuir custos, o desrespeito a normas de segurança e o desemprego de longa duração e recorrente associado à alta rotatividade dos empregos.Os trabalhadores moradores das ruas têm suas vidas desestruturadas em função da situação empregatícia. Questões como abandono pelos familiares, uso de drogas lícitas e ilícitas, mendicância e associação com o crime também são relacionadas aos operários conduzidos à vulnerabilidade social extrema.
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Sindicalismo e saúde no Brasil: a relação sistema único de saúde (SUS) e os planos privados de saúde na assistência à saúde dos trabalhadores / Labor unions and health in Brazil: the relation national health system and private health assistance in the occupational health

Pina, José Augusto January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:12:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 807.pdf: 443504 bytes, checksum: 1a6f1a9d32f6105d4168d558f722cbdc (MD5) Previous issue date: 2005 / Esta dissertação discute o sindicalismo brasileiro em sua relação com o Sistema Único de Saúde - SUS e os planos e seguros privados de saúde a propósito da assistência à saúde dos trabalhadores, nos anos 1990. São ponderadas algumas teses na Saúde Coletiva a luz de estudos mais recentes sobre o sindicalismo oriundos das CiênciasSociais. Realizamos a análise de documentos e materiais sindicais, seus pleitos ao Estado (fóruns do SUS e da ANS) e as empresas, para o caso da Central Única dosTrabalhadores e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC / SP. Observamos a necessidade dos estudos considerarem os pesos relativos que a ação sindical imprimiu acada um dos aspectos da relação SUS e planos privados de saúde, inseridos mais amplamente nas lutas dos trabalhadores nas distintas conjunturas do país. Areivindicação sindical por melhoria dos planos privados de saúde, até o final da década de 1980, possuía uma dimensão mais reativa e não foi aspecto determinante daexpansão da oferta de atenção médica supletiva. (...) Em seu interior emergiu um setor interessado na gestão daprevidência complementar e dos planos de saúde, além de disputar os fundos públicos para gerir e oferecer assistência aos trabalhadores e filiados sindicais. Conflitos entre trabalhadores do setor formal com as empresas em torno da assistência à saúde, acrescido da precarização do trabalho e do desemprego questionam permanentemente a aludida segurança a saúde dos planos coletivos, impele a representação sindical a pleitear a intervenção estatal, em meio à coexistência de modalidades distintas de ação sindical relativa ao papel do Estado na proteção social. Este estudo traz elementos que possibilita refletir sobre a complexidade dessa dinâmica e entende que a desigualdade da estrutura social brasileira impõe limites às coberturas assistenciais privadas e oferecem as circunstâncias que recriam novas possibilidades das organizações sindicais se colocarem mais ativamente na cena política a favor do sistema público de saúde. A depender da direção que assumirem as entidades sindicais estarão em maior ou menor condição para aglutinar os interesses de amplos segmentos dos trabalhadores e pressionar o Estado a ampliar e melhorar o sistema público de saúde. O percurso nesta direção é sinuoso, não compreende uma ação político sindical única e, muito provavelmente, terá de competir, enfrentar e superar posições antagônicas.
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Ocupação e fatores de risco para diabetes millitus tipo 2 : contribuição ao estudo do processo saúde-doença de trabalhadores de saúde / Occupation and factors of risk for diabetes mellitus type : contribution to the study of the process health-illness of nursing workers

Almeida, Vitória de Cássia Félix de January 2007 (has links)
ALMEIDA, Vitória de Cássia Félix de. Ocupação e fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 : contribuição ao estudo do processo saúde-doença de trabalhadores de enfermagem. 2007. 86 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2007. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-03-01T13:25:10Z No. of bitstreams: 1 2007_tese_vcfalmeida.pdf: 379406 bytes, checksum: c0f0c0cb01bad4ac7f8b4f40223ddab5 (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-03-01T16:04:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_tese_vcfalmeida.pdf: 379406 bytes, checksum: c0f0c0cb01bad4ac7f8b4f40223ddab5 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-03-01T16:04:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_tese_vcfalmeida.pdf: 379406 bytes, checksum: c0f0c0cb01bad4ac7f8b4f40223ddab5 (MD5) Previous issue date: 2007 / This study aimed to examine the interrelationships between occupation and prevalence of risk factors for type 2 diabetes between workers of the nursing staff and other professionals and occupational health, taking advantage of the chance that workers of the nursing staff, when compared to other developing activities in hospitals, but the performance of other occupations, present a higher prevalence of risk factors for developing type 2 diabetes mellitus. We conducted a cross-sectional study with 299 patients, based on form, anthropometric and biochemical analysis, covering socio-demographic variables and relative risk factors for type 2 diabetes. It was found that 40.5% of the sample were nursing workers, 63.9% were women, 68.6% were under 35 years, 49.5% had a level equivalent to high school and 51.9% From analysis of the prevalence ratio, applied to all risk factors for diabetes type 2 investigated were statistically significant the following factors: abdominal obesity, Waist-Hip Ratio (WHR) changed, sedentary lifestyle, smoking, macrosomia, family history of stroke, family history of heart attack, history family of venous thrombosis and HDL-cholesterol. Among the risk factors with statistical significance, were more prevalent among workers in nursing: abdominal obesity, WHR changed, lifestyle, family history of stroke and family history of stroke. Thus, it appears that the hypothesis of the study, within the institutional analyzed, has been proved. It is expected, with the study, to contribute to the debate about the risk factors for type 2 diabetes in nursing and, in broader level, the maintenance of occupational health. / Objetivou-se analisar as inter-relações entre ocupação e prevalência de fatores de risco para Diabetes Mellitus tipo 2 existentes entre trabalhadores da equipe de enfermagem e demais profissionais e ocupacionais de saúde, tendo partido da hipótese de que, os trabalhadores da equipe de enfermagem, quando comparados a outros que desenvolvem atividades em hospitais, mas no desempenho de outras ocupações, apresentariam uma maior prevalência de fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2. Realizou-se um estudo de corte transversal com 299 sujeitos, baseado em formulário, avaliação antropométrica e análise de parâmetros bioquímicos, contemplando variáveis sócio-demográficas e relativas aos fatores de risco para Diabetes Mellitus tipo 2. Verificou-se que 40,5% da amostra foram de trabalhadores de enfermagem, 63,9% eram mulheres, 68,6% tinham menos de 35 anos, 49,5% tinham escolaridade equivalente ao ensino médio e 51,9% A partir da análise da Razão de Prevalência, aplicada a todos os fatores de risco para DM2 investigados, mostraram-se estatisticamente significantes os seguintes fatores: obesidade abdominal, Relação Cintura-Quadril (RCQ) alterada, sedentarismo, tabagismo, macrossomia, história familiar de AVC, história familiar de infarto, história familiar de trombose venosa e HDL- colesterol. Dentre os fatores de risco com significância estatística, foram mais prevalentes entre os trabalhadores de enfermagem: obesidade abdominal, RCQ alterada, sedentarismo, história familiar de AVC e história familiar de infarto. Desse modo, conclui-se que a hipótese do estudo, dentro do contexto institucional analisado, foi comprovada. Espera-se, com a realização do estudo, poder contribuir para o debate acerca dos fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 em trabalhadores de enfermagem e, em nível mais abrangente, sobre a manutenção da saúde do trabalhador.
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Trabalho bancário e reestruturação produtiva : implicações no psiquismo dos trabalhadores

Barbarini, Neuzi January 2001 (has links)
Le travail dans les banques brésiliennes sont l'objet de profonds changements depuis quelques années, surtout après l’implantation du Plan Real, en 1994. Dans leur effort pour s’adapter au nouveau environnement économique qui s’est constitué dans le pays et à l’augmentation de la concurrence dans le secteur, les banques fléxibilisent leurs structures, diminuent leurs effectifs, implantent des systèmes informatiques permettant le traitement de donnés avec moins d’employés et utilisent, de plus en plus, des entreprises sous-traités pour accomplir de tâches autrefois accomplies par leurs employés. Ces changements ne se donnent pas sans des répércussions sur les travailleurs. Ceux-ci doivent s’adapter à des situations nouvelles, à l’accroissement des pressions au travail, à l'exposition aux risques et à la fin de la garantie à l’emploi. Dans une enquête faite parmi les caissiers d’une agence bancaire, nous faisons, dans ce travail, une analyse des répercussions des ces changements sur le psychisme des travailleurs, avec une attention particulière aux formes de mobilisation de l’inteligence et de la personalité au travail et à l’utilisation des stratégies colectives de défense pour faire face à la souffrance. Nous analysons aussi le rapport entre ces changements et l’augmentation de l’incidence de LER/DORT parmi les bancaires. Dans cette démarche nous utilisons l’apport téorique et méthodologique de la Psychodynamique du Travail, discipline qui étudie les conditions organisationelles du travail et sa détermination, dans le sens d'une mobilisations subjective au travail, ainsi que les répercusions que ces conditions peuvent avoir sur la santé des travailleurs. / Há alguns anos o trabalho nos bancos brasileiros é objeto de profundas mudanças, sobretudo após a implantação do Plano Real em 1994. Em seus esforços para se adaptar à nova contingência econômica do país e ao aumento da concorrência no setor, os bancos flexibilizam suas estruturas, diminuem os efetivos, implantam sistemas informáticos que permitem o tratamento das informações com utilização de menos trabalhadores e utilizam cada vez mais a terceirização de atividades antes efetuadas por seus empregados. Essas mudanças não se dão sem reflexos sobre os trabalhadores. Estes devem se adaptar as situações novas, ao aumento da pressão no trabalho, da exposição a riscos e ao fim da segurança no emprego. A partir de uma pesquisa feita com caixas de uma agência bancária, fizemos, neste trabalho, uma análise das repercussões das mudanças dos psiquismo dos trabalhadores, com uma atenção particular às formas de mobilização da inteligência e da personalidade no trabalho e na utilização de estratégias coletivas de defesa para enfrentar o sofrimento. Analisamos também a relação entre essas mudanças e o aumento da incidência de LER/DORT entre bancários. Para realizar a pesquisa e a análise dos dados, utilizamos o aporte teórico e metodológico da Psicodinâmica do Trabalho, disciplina que estuda em que situações as condições organizacionais determinam o sentido e a mobilização subjetiva no trabalho, e também as repercussões dessas condições sobre a saúde dos trabalhadores.
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O processo da reestruturação produtiva : experiências e vivências dos trabalhadores : um estudo de caso

Werner, Márcia January 2002 (has links)
Estamos diante de um cenário de transformações sociais, científicas, tecnológicas e econômicas. No espaço produtivo, tais transformações têm recebido a denominação genérica de reestruturação produtiva, processo que compatibiliza alterações institucionais e organizacionais nas relações de produção e de trabalho com implicações nas experiências e vivências dos trabalhadores. O objetivo desta pesquisa é o de conhecer essas experiências e vivências durante a implementação de transformações no processo de trabalho, representadas, principalmente, pela introdução de inovações tecnológicas no cotidiano laboral. Os fundamentos teóricos foram compostos por estudos que analisam as implicações das mudanças tecnológicas introduzidas nos locais de trabalho sobre a subjetividade dos trabalhadores, especialmente os estudos de Chanlat (1995), Dejours (1999), e, no Brasil, Leite (1994), Lima (1995), Merlo (1999), Tittoni (1999) e Grisci (2001). Utilizam-se entrevistas individuais semi-estruturadas e grupos focais com nove supervisores operacionais de uma empresa pública de capital misto do setor de serviços, categoria funcional diretamente implicada nas transformações que estão sendo introduzidas nessa organização empresarial. Os relatos das entrevistas e dos grupos focais são analisados a partir de uma abordagem qualitativa, com a construção de categorias analíticas com base nas questões norteadoras, no referencial teórico e nos conteúdos emergentes dos depoimentos. Constata-se entre os supervisores operacionais uma expectativa de extinção da função e uma auto-valorização do saber que construíram sobre gestão de pessoas, saber este não substituível pela máquina. O processo de modernização tecnológica é avaliado como positivo e inevitável, sem um engajamento de participação efetivo. Seus cotidianos de vida estão alterados pela necessidade de escolarização e atualização, através de cursos em horários antes ocupados com lazer e convivência familiar. Segundo esses supervisores operacionais, a reestruturação produtiva é representada pela presença da máquina no processo produtivo e pela exigência de uma qualificação para manuseá-la.
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A saúde geral dos professores municipais de Caxias do Sul e suas relações com as atividades laborais

Suzin, Rosemeri January 2005 (has links)
O serviço da docência tem apontado para um crescente adoecimento do professor, podendo ser confirmado através dos registros biomédicos e do elevado absteísmo nas instituições de ensino do Brasil. A demanda do trabalho do professor vai além do que de fato está prescrito na sua tarefa. Diante disso, os objetivos deste estudo, visam identificar e classificar as patologias que prevalecem nesta categoria e, a partir deste levantamento, investigar os fatores que determinam o nível de saúde geral destes trabalhadores, propondo ainda, medidas para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Esta proposta de investigação aplicou dois instrumentos para verificar os fatores que interferem no trabalho dos professores. Para tal, foi escolhido um instrumento de avaliação de saúde mental, o Questionário de Saúde Geral de Goldberg (QSG), que contempla indicadores de estresse, desejo de morte, capacidade de desempenho, distúrbios do sono, distúrbios psicossomáticos e saúde geral. Também foi aplicado o Questionário Geral, na finalidade de identificar as características pessoais, de saúde geral, funcionais e organizacionais. A aplicação destes métodos mostrou-se adequada, principalmente o QSG, que possibilitou expressar os sentimentos no presente, enfatizando a realidade da saúde mental.Com os resultados obtidos foi possível traçar o perfil sintomático do grupo avaliado, e ainda, subsidiar a organização pública analisada, na adoção de medidas que contemplem a melhoria das condições de trabalho e de vida das professoras.
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Sons, silenciamentos, poder e subjetivação no hospital : a musicoterapia na saúde do trabalhador

Guazina, Laize Soares January 2006 (has links)
Este trabalho propõe e analisa a Musicoterapia como estratégia de produção de saúde do trabalhador, em pesquisa desenvolvida com técnicas de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva infantil de um hospital geral público de Porto Alegre. A atenção à saúde dos trabalhadores produz novas questões teórico-conceituais, práticas, éticas e políticas no campo da Musicoterapia, que estão ligadas ao território do trabalho e suas configurações contemporâneas, ao "ser" trabalhador e à saúde, e que têm implicações sobre a Musicoterapia e o musicoterapeuta na contemporaneidade. À luz das contribuições de Foucault, este trabalho centraliza-se na discussão do hospital como território de produção de subjetividades, a partir do desenvolvimento do conceito de ‘Panáudio’, mapeando e analisando efeitos deste dispositivo, que se efetivam pelos contextos sonoros. Aponta controles e resistências possíveis e propõe a produção de novas subjetividades pelo uso da música em Musicoterapia. Esta é uma pesquisa exploratória, baseada na pesquisa-intervenção e inspirada nos modos de ação da cartografia. Este trabalho é parte da construção de uma perspectiva de Musicoterapia Institucional.
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Retorno ao trabalho : trajetória de trabalhadores metalúrgicos portadores de LER/DORT

Scopel, Miriam Junqueira January 2005 (has links)
O retorno ao trabalho de trabalhadores metalúrgicos afastados por LER/DORT é uma preocupação constante entre órgãos públicos do setor saúde/trabalho e órgãos representativos das diversas categorias profissionais expostas a este tipo de agravo. Este estudo teve por objetivos identificar as dificuldades a que estes trabalhadores estão expostos no processo de retorno ao trabalho e investigar que significados tem o trabalho no seu processo de (re)inserção profissional e sua potencialidade como recurso terapêutico. O referencial teórico baseou-se em autores como Arendt, Canguilhem, Le Guillant, Lima e Assunção, entre outros. A abordagem metodológica foi a da pesquisa qualitativa, estudo de caso múltiplo. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas, complementadas por anotações retiradas dos prontuários médicos, analisadas com base na análise de conteúdo. Constatou-se que se repete o contexto de adoecimento apontado na literatura. Importante papel tem a valoração positiva do ato de trabalhar na manutenção do trabalhador no contexto patogênico e na busca de atendimento precoce. No retorno, são fatores facilitadores: troca de função, possibilidade do trabalhador controlar a execução das atividades, apoio dos colegas e supervisão. Como agentes dificultadores têm-se: alta prematura para o trabalho, retorno para a mesma função (ou semelhante) ausência de programas de retorno ao trabalho, dificuldades no relacionamento com supervisão/colegas, dificuldades de impor limites na execução das tarefas, acompanhadas de medo de ser demitido/discriminado na busca de um novo emprego, vivências de impotência e insegurança quanto ao futuro. São atribuídas ao trabalho as funções de sobrevivência, inserção social, valorização moral e promoção da saúde mental. Paradoxalmente, o trabalho é percebido como causador de adoecimento físico e de sofrimento psíquico. A ausência de trabalho também se associa ao sofrimento psíquico e a práticas contrárias à saúde (tabagismo, alcoolismo, obesidade). Constatou-se que os trabalhadores preferem manter-se no trabalho, visto a positividade conferida ao ato de trabalhar pelo contexto sociocultural.

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