• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 42
  • 8
  • Tagged with
  • 50
  • 50
  • 41
  • 41
  • 34
  • 33
  • 23
  • 16
  • 15
  • 13
  • 13
  • 13
  • 13
  • 12
  • 12
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
31

Violência no trabalho em unidades de saúde da família e as suas interfaces com as condições e a organização do trabalho

Sturbelle, Isabel Cristina Saboia January 2018 (has links)
Os profissionais das Unidades de Saúde da Família (USF) podem ser considerados altamente vulneráveis à violência no trabalho, uma vez que atuam diretamente na comunidade, por vezes em regiões com altas taxas de criminalidade e com falta de segurança, tendo muitas vezes condições e organização do trabalho desfavoráveis. Objetivou-se analisar a exposição dos trabalhadores de saúde à violência laboral nas USF e as suas interfaces com as condições e a organização do trabalho. Tratou-se de pesquisa com abordagem mista, que utilizou a estratégia aninhada concomitante, realizada em USF de uma capital da região sul do Brasil, com os profissionais que compunham a equipe mínima de saúde da família (n=190). Uma amostra probabilística de 106 profissionais respondeu ao Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector, dentre os quais 18 profissionais, vítimas de violência, responderam à entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram submetidos à estatística descritiva e analítica, sendo considerado significativo p<0,05. Os dados qualitativos foram transcritos e submetidos à analise do tipo temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição proponente e coparticipante e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na amostra (n=106), 80,2% tratou-se de mulheres, com mediana de idade de 42,5 anos, brancas (61,9%), casadas ou com companheiros (53,8%). Os ACS representaram 52,8% da amostra, seguidos de técnicos/auxiliares de enfermagem (23,6%), enfermeiros (15,1%) e médicos (8,5%). A maioria dos profissionais (69,8%) sofreu algum tipo de violência nos últimos 12 meses, sendo prevalentes as agressões verbais (65,1%), ocorridas por meio de xingamentos, ofensas, humilhações e ameaças Dos participantes, 33,8% referiram terem sofrido dois ou mais tipos de violência no trabalho, sendo os maiores perpetradores os pacientes para violência física (100%), agressão verbal (79,4%), discriminação racial (81,8%) e assédio sexual (60%). As chefias foram mencionadas como principais agressores nos casos de assédio moral (46,7%). Encontraram-se diferenças estatisticamente significantes entre vítimas e não vítimas no que se refere à categoria profissional e idade (p<0,05). Nas entrevistas foi destacada atuação na recepção como agravante para a exposição às situações de violência. As principais reações das vítimas foram: contar para o colega (entre 33,3% e 80% das situações) e relatar para o chefe (entre 20% e 56,5%). Permanecer superalerta, vigilante, de sobreaviso ou constantemente tenso foi o problema mais referido pelas vítimas, exceto nas situações de assédio moral, que desencadearam principalmente sentimentos de pesar para realizar as atividades. Abalos à saúde dos trabalhadores foram mencionados pelos participantes como consequências dos episódios de violência, bem como relatos de absenteísmo e a vontade de abandonar a profissão. Entretanto, os profissionais tendiam à naturalização e banalização desses episódios. As vítimas de violência apresentaram piores avaliações sobre as condições e a organização do trabalho, sendo significativamente piores as avaliações quanto aos relacionamentos com colegas e chefias (p<0,05) Melhorias no ambiente (61,3%) e investimento em desenvolvimento de recursos humanos (75,5%) foram destacadoscomo necessidades no que tange à problemática. Os participantes referiram inexistência de condutas que promovem a segurança no local de trabalho (entre 37,7% e 67%), uma vez que a vulnerabilidade dos profissionais à violência urbana do território foi mencionada como fator agravante dessas situações nas USF. Conclui-se que os profissionais das USF estão muito expostos à violência, especialmente do tipo verbal e vinda dos pacientes. A organização e as condições de trabalho estão implicadas na origem desta problemática e carecem de investimentos a fim de garantir a preservação da integridade física e psicológica dos trabalhadores e o cumprimento das atividades previstas de atenção à comunidade. / Professionals working at Unidades de Saúde da Família (USF – Family Health Units) may be considered highly vulnerable to violence in the workplace, since they work directly with the community, often in areas which present high rates of criminality and little security; and often in unfavorable work conditions and organization. The objective was an analysis of the exposition of such health workers to violence in the workplace in the USFs and their relationship with the conditions and the organization of where they work. This research present a mixed approach which used concomitant strategy, performed at a USF located in a capital city in the south region of Brazil; having as main object the professionals forming the basic staff for family health (n=190). A probabilistic sample of 106 practitioners answered the Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector; among them 18 workers, who have been victims of violence, answered a semi-structured interview. Quantitative data were subjected to descriptive and analytical statistics, being deemed significant the value p<0.05. Qualitative data were transcribed and subjected to an analysis of the thematic kind. This study was approved by the Ethics and Research Commitee of the proposing and coparticipant institution, and all subjects signed the Informed Consent form. In the sample (n=106), 82.2% were women, with and average age of 42.5, White (61.9%), married or living with a partner (53.8%). The Community Health Agents (Agentes Comunitários de Saúde – ACS) constituted 52.8% of the sample, followed by nursing auxiliaries and technicians (23.6%), nurses (15.1%) and doctors (8.5%). The majority of the professionals (69.8%) have suffered some form of violence in the last 12 months, such violence being verbal in most of the cases (65.1%), such as swearing, offences, humiliations and threats Among the participants, 33.8% reported having suffered two types or more of violence in the workplace, being the patients the perpetrators of physical violence (100%), verbal aggression (79.4%), racial prejudice (81.8%) and sexual harassment (60%). Those in leadership positions were reported as the main aggressors in case of psychological harassment (46.7%). Significant statistical differences were found in relation to the victims and non-victims when it comes to professional category and age (p<0.05). In the interviews there was great emphasis to the reception as an aggravating element to the exposition to situations involving violence. The victims‟ main reactions were: talking to a colleague (between 33.3%-80% of the cases) and reporting to the head (between 20%-56.5%). The most common problems referred by the victims were having to be extra alert, watchful, wary, or constantly tense, except in situations of psychological harassment, which unleashed feelings of grief and sadness to perform their duties. Damage to the workers‟ health were also described by the participants as a consequence of the episodes of violence, as well as accounts of absenteeism and wishes to abandon career. However, the professionals to see these episodes naturally and in a trivial way These victims of violence presented the worst evaluation in relation to workplace conditions and organization, being significantly worse the evaluation of the relationship with colleagues and heads (p<0.05). Improvement in the work environment (61.3%) and investments in the development of human resources (75.5%) were emphasized as the main needs in relation to this problem. The participants made reference to the non existence of conduct which might promote security at work (between 37.7%-67%), since the vulnerability of these professionals to urban violence in the area was mentioned as an aggravating factor in these situations in USF. It can be concluded that the professionals working at USF are extremely subjected to violence, in particular of the verbal type and performed by patients. The conditions and organization of the workplace are also implied in the origins of this problem and are poorly investigated in order to guarantee the preservation of the physical and psychological integrity of the workers, as well as the activities intended to the community. / Los profesionales de las Unidades de Salud de la Familia (USF) pueden ser considerados altamente vulnerables a la violencia en el trabajo, una vez que actúan directamente en la comunidad, por veces en regiones con altas tasas de criminalidad y con falta de seguridad, teniendo muchas veces condiciones y organización de trabajo desfavorables. Se objetivó analizar la exposición de los trabajadores de salud a la violencia laboral en las USF y sus interfaces con las condiciones y la organización de trabajo. Se trató de pesquisa con abordaje mixta que utilizó la estrategia aniñada concomitante, realizada en USF de una capital de la región Sur de Brasil, con los profesionales que componen la equipe mínima de salud de la familia (n=190). Una muestra probabilística de 106 profesionales contestó al Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector, entre los cuales, 18 profesionales, víctimas de violencia, contestaron a la encuesta semiestructurada. Los datos cuantitativos fueron sometidos a la estadística descriptiva y analítica, siendo considerado significativo p<0,05. Los datos cualitativos fueron transcritos y sometidos a la revisión de tipo temática. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética y Pesquisa de la instituición proponente y coparticipante, y todos los participantes firmaron el Termo de Consentimiento Libre y Esclarecido. En la muestra (n=106), 80,2% se trató de mujeres, con mediana de edad de 42,5 años, blancas (61,9%), casadas o con compañeros (53,8%) Los ACS representaron 52,8% de la muestra, seguidos de técnicos/auxiliares de enfermería (23,6%), enfermeros (15,1%) y médicos (8,5%). La mayoría de los profesionales (69,8%) sufrió algún tipo de violencia en los últimos 12 meses, siendo predominante las agresiones verbales (65,1%). Ocurridos por medio de insultos, ofensas, humillaciones y amenazas. De los participantes, 33,8% refirieron haber sufrido dos o más tipos de violencia en el trabajo, siendo los mayores perpetradores los pacientes a la violencia física (100%), agresión verbal (79,4%), discriminación racial (81,8%) y asedio sexual (60%). Las cabezas fueron mencionadas como principales agresores en los casos de asedio moral (46,7%). Se encontraron diferencias estadísticamente significantes entre víctimas y no víctimas en lo que se refiere a la categoría profesional y edad (p<0,05). En las encuestas fue destacada actuación en la recepción como agravante para la exposición a las situaciones de violencia. Las principales reacciones de las víctimas fueron: contar para el colega (entre 33,3% e 80% de las situaciones) y relatar para el jefe (entre 20% y 56,5%). Permanecer muy atento, vigilante, estar sobre aviso o constantemente tenso fue el problema más referido por las víctimas, excepto en las situaciones de asedio moral, que desencadenó principalmente sentimientos de pesar para realizar las actividade Conmociones a la salud de los trabajadores fueron mencionados por los participantes como consecuencias a los episodios de violencia, bien como relatos de absentismo y la voluntad de abandonar la profesión, entretanto, los profesiones tendían a la naturalización y banalización de esos episodios. Las víctimas de violencia presentaron peores evaluativas cuanto a los relacionamientos con colegas y cabezas (p<0,05). Mejorías en el ambiente (61,3%) e inversiones en desarrollo de recursos humanos (75,5%) fueron destacados como necesidades en lo que dice respeto a la problemática. Los participantes refirieron a la inexistencia de conductas que promueven la seguridad en el local de trabajo (entre 37,7% y ¨&%), una vez que la vulnerabilidad de los profesionales a la violencia urbana de territorio fue mencionada como factor agravante de esas situaciones en las USF. Se concluye que los profesionales de las USF están muy expuestos a la violencia, especialmente del tipo verbal y venida de los pacientes. La organización y condiciones de trabajo están implicadas en la origen de esta problemática y carecen de inversiones a fin de garantizar la preservación de la integridad física y psicológica de los trabajadores y el cumplimento de las actividades previstas de atención a la comunidad.
32

A participação e o controle social na percepção da equipe de saúde da família / The participation and social control in staff perception of family health / A participación y el control social en la percepción del equipo de salud de la familia

Soratto, Jacks January 2011 (has links)
Esta investigação teve como objetivo analisar as percepções atribuídas pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família [ESF], sobre a participação e controle social em saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória-descritiva. O estudo foi realizado no município de Içara, Santa Catarina.Os participantes foram os membros de uma equipe de saúde da família ampliada. Para coleta de informações utilizou-se o Método Criativo Sensível e a observação participante. Foram realizados três encontros para a produção de informações que foram analisadas segundo análise de conteúdo temática. Desta resultaram categorias empíricas que foram relacionadas aos temas das oficinas, tomados como categorias operacionais: a ESF, a participção social em saúde, o controle social em saúde. As percepções sobre a ESF enfatizaram dos principios filosóficos do Sistema Unico de Saúde, dentre os quais, universalidade, equidade e integralidade. O trabalho em equipe apareceu como sobreposição do trabalho dos diferentes profissionais e como articulação de saberes. Percepções de prevenção de doenças e promoção da saúde, indicaram a ESF como fomentadora do modelo tradicional de saúde. A participação em saúde foi percebida como passiva, com o comparecimento da população às atividades programadas pela equipe, mas também houve manifestação de uma visão mais ativa de entender o termo vinculada ao diálogo e a escuta. Duas percepções foram apreendidas em relação ao controle social em saúde: como fóruns institucionalizados [conselhos e conferências] e também como monitoramento e controle da doença. Por fim, as percepções dos profissionais estudados reforçam o modelo assitencial, mas também demonstram preocupação com a mudança deste modo predominante de pensar e agir em saúde. Há necessidade também da compreensão sobre os conceitos que os embasam esta temática, afim, de tornar a ESF um legítimo espaço de participação e controle social em saúde. / This investigation aimed to examine the perceptions of professionals assigned by the Family Health Strategy [FHS], about participation and social control in health. This is a field research approach to qualitative, exploratory-descriptive. The study was conducted in Içara city, Santa Catarina state. The participants were members of a health team of the extended family. To collect information we used the Creative Method Sensitive and participant observation. We had three meetings for the production of information that were analyzed by thematic content analysis. It’s resulted empirical categories that were related to the themes of the workshops, taken as operational categories: the FHS, the social health participation, the social control in health. The perceptions about the FHS emphasized the philosophical principles of the Health System, among which, universality, fairness and integrity. The Teamwork appeared as overlapping work of different professionals and how to articulate knowledge. Perceptions of disease prevention and health promotion, indicated the FHS as supporting the traditional model of health. Participation in health was perceived as passive, with the attendance of the population to the activities planned by the team, but there were also expressions of a more active to understanding the term linked to dialogue and listening. Two perceptions were learned about to social control on health: as how institutionalized forums [councils and conferences] as well as monitoring and controlling the disease. Finally, the perceptions of professionals studied reinforce the assistance servicing model, but also express concern about the change of the predominant mode of thinking and acting in health. There is also need an understanding of the concepts that support this theme, in order, to make the FHS a legitimate space of participation and social control in health.
33

Prática clínica das enfermeiras na estratégia saúde da família : exercendo a clínica do cuidado

Colomé, Isabel Cristina dos Santos January 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar a dimensão assistencial do processo de trabalho de enfermeiras que atuam na Estratégia Saúde da Família, considerando a prática clínica que desenvolvem nesse contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram coletados por meio das técnicas de observação livre por amostragem de tempo e incidente crítico. Os sujeitos foram 26 enfermeiras que atuavam na assistência em unidades de saúde da família. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, do tipo análise temática e resultou em duas categorias temáticas e subcategorias. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS parecer número 22237. A prática clínica das enfermeiras permeia as atividades de assistência que realizam e compõe-se de ações curativas, educativas, preventivas, de recuperação e promoção da saúde. Essa prática ocorre em um processo de trabalho voltado para o atendimento de usuários de diversas faixas etárias, que apresentam necessidades e/ou problemas de saúde variados e complexos, resultantes de situações clínicas e sociais próprias da sua dinâmica de vida. A prática clínica da enfermeira na saúde da família se caracteriza pela clínica do cuidado, ou seja, uma clínica própria, capaz de promover a ampliação do objeto de intervenção para além da lógica clínica biológica e curativa. Os componentes da clínica do cuidado da enfermeira expressam a forma com que define o seu objeto de trabalho e o saber/fazer que utiliza para isso, são eles: mobilização de conhecimentos; habilidade de comunicação - escuta; criação de vínculos de confiança. O desenvolvimento da clínica do cuidado faz com que a enfermeira seja a profissional de referência para os usuários na unidade. No cotidiano, a partir da mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências vivenciadas, as enfermeiras constroem o saber operante, ou seja, um saber/fazer específico do seu núcleo profissional. O saber operante permite a avaliação/julgamento das situações e a tomada de decisão, visando satisfazer necessidades físicas, mentais, emocionais e sociais dos usuários e famílias de forma integral, exigindo um processo de aprendizagem contínua. As enfermeiras encontram dificuldades no desenvolvimento de sua prática clínica, quando não conseguem alcançar os resultados traçados para o cuidado. No entanto, também encontram potencialidades que geram motivação, estando relacionadas a sua capacidade de minimizar o sofrimento do usuário e/ou família, realizar uma ação resolutiva e receber o reconhecimento dos usuários, familiares ou outros profissionais. Os resultados mostram que as enfermeiras desenvolvem a clínica do cuidado, na medida em que organizam o seu conhecimento clínico sobre o indivíduo e a família, a comunidade e o sistema de saúde; promovem a valorização dos momentos de fala e escuta; buscam a promoção da saúde e desenvolvem uma clínica voltada para o sujeito, não desprezando a doença, mas deslocando o foco da cura para ter como finalidade primordial o cuidar. / This study aims at analyzing the care dimension regarding the working process of nurses who perform in the Family Health Strategy by considering the clinical practice they carry out within such context. It is a qualitative study whose data were collected by means of free observation techniques as per time sampling and critical incident. The subjects were 26 nurses who attended in the care center at family health care units. The data analysis followed the technique of content analysis of the thematic analysis type which provided two thematic categories and subcategories. The study received the approval from the Ethics Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul under opinion number 22237. The clinical practice of the nurses permeates their care activities and is composed of healing, educative, preventive, recuperation and health promotion actions. Such practice occurs in a working process addressed to users from several age frames who present needs and/or varied and complex health problems derived from clinical and social circumstances that are peculiar to their life dynamics. The clinical practice of the nurse in the Family Health Strategy is featured by the care clinic, that is, an appropriate clinic able to promote the enlargement of the intervention object beyond the biological and healing clinical logics. The components of the nurse´s care clinic express the way how he/she defines his/her working object and the knowledge and expertise he/she utilizes thereto which are: knowledge mobilization; communication ability – listening; creation of trust bonds. The development of the care clinic makes of the nurse the reference professional for the users in the unit. Upon daily life, from the mediation between scientific knowledge and experiences, nurses construct the operational knowledge, that is, a specific expertise from his/her professional nucleus. The operational knowledge allows the evaluation and judgment of the circumstances besides the decision-making, aiming at satisfying the physical, mental, emotional and social needs of users and families as a whole what requires a continuous learning process. Nurses find difficulties in the development of their clinical practice when they do not succeed into achieving the results they have outlined for the care. However they also find potentialities that generate motivation and are related to their capacity of minimizing the pain of the user and/or family, by performing a resoluteness action and receiving the recognition of users, family members or other professionals. Findings show that nurses develop the care clinic to the extent that they organize their own clinical knowledge about the individual and the family, the community and the health system; they promote the valorization of the speaking and listening moments; they search for health promotion and develop a clinic addressed to the subject and they do not underestimate the disease but they displace the focus from the cure to the care as the primordial target. / Este estudio visa a analizar la dimensión asistencial del proceso de trabajo de enfermeras en la Estrategia Salud de la Familia, considerando la práctica clínica que desenvuelven en ese contexto. Este es un estudio cualitativo cuyos datos fueron recolectados por medio de las técnicas de observación libre por muestreo de tiempo e incidente crítico. Los sujetos fueron 26 enfermeras que actuaban en la asistencia en unidades de salud de la familia. El análisis de los datos siguió la técnica de análisis de contenido, del tipo análisis temático y resultó en dos categorías temáticas y subcategorías. El estudio obtuvo aprobación del Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul según el informe número 22237. La práctica clínica de las enfermeras impregna sus actividades de asistencia y se componen de acciones curativas, educativas, preventivas, de recuperación y promoción de la salud. Esa práctica ocurre en un proceso de trabajo direccionado al atendimiento de usuarios de diversos grupos de edad, que presentan necesidades y/o variados y complejos problemas de salud, resultantes de situaciones clínicas y sociales propias de su dinámica de vida. La práctica clínica de la enfermera en la salud de la familia se caracteriza por la clínica del cuidado, o sea, una clínica propia, capaz de promover la ampliación del objeto de intervención para allá de la lógica clínica biológica y curativa. Los componentes de la clínica del cuidado de la enfermera expresan la forma con que define su objeto de trabajo así como el saber y el hacer que utiliza para eso, es decir: movilización de conocimientos; habilidad de comunicación - escucha; creación de vínculos de confianza. El desenvolvimiento de la clínica del cuidado hace de la enfermera la profesional de referencia para los usuarios en la unidad. En el cotidiano, a partir de la mediación entre los conocimientos científicos y las experiencias vividas, las enfermeras construyen el saber operante, o sea, un saber y un hacer específico de su núcleo profesional. El saber operante permite la evaluación y el juicio de las situaciones y la toma de decisiones, visando a satisfacer necesidades físicas, mentales, emocionales y sociales de los usuarios y familias de forma integral, exigiendo un proceso de aprendizaje continuo. Las enfermeras encuentran dificultades en el desenvolvimiento de su práctica clínica, cuando no logran alcanzar los resultados trazados para el cuidado. Sin embargo, también encuentran potencialidades que generan motivación, relacionadas a su capacidad de minimizar el sufrimiento del usuario y/o familia y de realizar una acción resolutiva y recibir el reconocimiento de los usuarios, familiares o de otros profesionales. Los resultados muestran que las enfermeras desenvuelven la clínica del cuidado al organizar su conocimiento clínico acerca del individuo y de la familia, de la comunidad y del sistema de salud; promueven la valoración de los momentos de habla y escucha; buscan la promoción de la salud y desenvuelven una clínica dedicada al sujeto, no despreciando la enfermedad, pero desplazando el foco de la cura al acto de cuidar como finalidad primordial.
34

Avaliação da gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família : com a palavra os coordenadores / Evaluation of psychosocial care management in family health strategy: with word coordinators / Evaluación de la gestión de la atención psicosocial en salud de la familia: con la palabra los coordinadores

Mielke, Fernanda Barreto January 2013 (has links)
A reforma psiquiátrica brasileira propôs um modelo de cuidado em saúde mental denominado atenção psicossocial, que conta com serviços localizados no território de vida dos usuários com transtorno psíquico. A atenção psicossocial é, hoje, a estratégia orientadora do cuidado em saúde mental, propondo um cuidado ampliado a partir do cotidiano de vida das pessoas que dele necessitam. Com isso, a relação entre atenção psicossocial e atenção básica, especialmente a saúde da família, foi fortalecida, incluindo o cuidado em saúde mental no processo de trabalho das equipes de saúde da família. O objetivo deste estudo foi avaliar a gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família, na Zona Leste do município de Porto Alegre/RS. Trata-se de um estudo avaliativo qualitativo do tipo estudo de caso, estruturado a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Avaliação de Quarta Geração. O grupo de interesse foi composto pelos coordenadores das 12 unidades de saúde da família da Gerência Distrital Partenon/Lomba do Pinheiro. A coleta dos dados ocorreu por meio de observação participante, a qual totalizou 144 horas, e entrevistas individuais, a partir do círculo hermenêutico-dialético no período de setembro a novembro de 2011. A análise dos dados, realizada por meio do Método Comparativo Constante, resultando em duas categorias analíticas: Processo de Trabalho e Gestão da Atenção Psicossocial. Na categoria Processo de trabalho foi discutida a organização do trabalho de coordenação da ESF, sendo destacadas características que geram sobrecarga de trabalho, bem como aquelas avaliadas como positivas: autonomia do coordenador e a supervisão da ESF da gerência distrital. Nesta categoria também foi incluída a ambiência, que discutiu os temas relacionados aos recursos em saúde, identificando dificuldades com relação aos recursos humanos, materiais e físicos, como a rotatividade e terceirização de profissionais, a falta de agentes comunitários de saúde, a instabilidade no fornecimento de materiais e a inadequação na estrutura física de algumas ESF. Na categoria Gestão da Atenção Psicossocial discuti sobre a atenção psicossocial, que foi avaliada como uma prática cotidiana no trabalho da ESF, destacando os dispositivos facilitadores da gestão da atenção psicossocial no território: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família, os apoios especializados em saúde mental, o trabalho em equipe, os grupos em saúde, o apoio da gerência distrital e a existência de espaços para a discussão de casos. A intersetorialidade, incluída nesta categoria, foi avaliada como uma prática fundamental para a concretização da atenção psicossocial, possibilitando a responsabilização compartilhada pelo cuidado em saúde mental. A rede de atenção psicossocial apontou para a desconexão entre os serviços existentes e a falta de dispositivos, como os CAPS, o que dificulta a efetividade da atenção psicossocial no território. Avaliamos que as ESF estudadas têm contribuído para a implantação da atenção psicossocial, produzindo cuidado em saúde mental no território. O grupo de interesse avaliou que a gestão da atenção psicossocial necessita de uma discussão reflexiva com vistas à construção conjunta de novas possibilidades para o cuidado ao usuário com transtorno psíquico em seu território de vida e de relações para a realização de seu projeto de felicidade. / The Brazilian psychiatric reform proposed a model of mental health care called psychosocial care, which includes services located in the territory of the lives of users with mental disorders. The psychosocial care is today the guiding strategy of mental health care, proposing an extended care from the daily lives of people who need it. Thus, the relationship between psychosocial care and primary care, especially the family health, was strengthened, including mental health care in the work process of family health teams. The aim of this study was to evaluate of psychosocial care management in the family health strategy (FHS), in the East Zone of the city of Porto Alegre/RS. It is an evaluative study of the qualitative case study, structured from the theoretical and methodological assumptions of Fourth Generation Evaluation. The interest group was composed of the coordinators of the 12 units of family health Management District Partenon/Lomba do Pinheiro. Data collection occurred through participant observation, which totaled 144 hours, and interviews from the hermeneutic dialectic circle from September to November 2011. Data analysis, performed using the Constant Comparative Method, resulting in two analytical categories: Process Work and Psychosocial Care Management. Process Work category was discussed the organization of the coordination work of ESF, and highlighted features that generate workload, as well as those assessed as positive: the autonomy of the FHS coordinator and supervision of district management. This category also included the ambience, which discussed topics related to health resources, identifying difficulties with regard to human resources, and physical materials such as turnover and outsourcing professionals, lack of community health workers, the instability in the supply materials and inadequate physical structure of some FHS. In category Psychosocial Care Management discussed on psychosocial care, which was evaluated as an everyday practice in the work of the FHS, highlighting the devices that facilitate psychosocial care management in the territory: the Centers of Support for Family Health, supports specialized in mental health work team, the health groups, support the district management and the existence of spaces for discussion of cases. The intersectionality, included in this category was evaluated as a practice fundamental to the realization of psychosocial care, enabling shared accountability for mental health care. The psychosocial care network pointed to the disconnect between existing services and the lack of devices, such as CAPS, which hinders the effectiveness of psychosocial care in the territory. We assess that the FHS study have contributed to the implementation of psychosocial care, producing mental health care in the territory. The interest group assessed the psychosocial care management needs a reflective discussion with a view to jointly build new possibilities for the care the user with psychiatric disorder in its territory of life and relationships to achieve your happiness project. / La reforma psiquiátrica brasileña propuso un modelo de atención de salud mental que se llama la atención psicosocial, que incluye los servicios ubicados en el territorio de la vida de los usuarios con trastornos mentales. La atención psicosocial es hoy en día la estrategia de orientación de la atención de la salud mental, se propone una atención prolongada de la vida cotidiana de las personas que lo necesitan. Por lo tanto, se fortaleció la relación entre la atención psicosocial y la atención primaria, especialmente la salud de la familia, incluida la atención de salud mental en el proceso de trabajo de los equipos de salud familiar. El objetivo de este estudio fue evaluar la gestión de la atención psicosocial en la Estrategia Salud de la Familia (ESF), la Zona Este de la ciudad de Porto Alegre/RS. Se trata de un estudio de evaluación, estudio de caso cualitativo, estructurado a partir de los supuestos teóricos y metodológicos de la Cuarta Evaluación Generación. El grupo de interés estuvo integrado por los coordinadores de las 12 unidades de salud de la familia del Distrito de Administración del Partenon/Lomba do Pinheiro. Los datos fueron recolectados a través de la observación participante, que totalizaron 144 horas, y las entrevistas del círculo hermenéutico dialéctico en el período de septiembre a noviembre de 2011. Análisis de datos, realizado mediante el método comparativo constante, lo que resulta en dos categorías analíticas: Proceso de Trabajo y Gestión de la Atención Psicosocial. En la categoría Proceso de Trabajo se examinó la organización de la labor de coordinación del ESF, y puso de relieve las características que generan carga de trabajo, así como aquellos evaluados como positivos: la autonomía de los coordinadores y la supervisión de la gestión del distrito de ESF. Esta categoría también incluye el ambiente, que discutió temas relacionados con los recursos de salud, identificando las dificultades en los recursos humanos, materiales y físicos, como la rotación y externalización de los profesionales, la falta de trabajadores sanitarios de la comunidad, la inestabilidad en los suministros materiales y la estructura física inadecuada de algunas ESF. En la categoría Gestión de la Atención Psicosocial ha discutido la atención psicosocial, la cual fue evaluada como una práctica cotidiana en el trabajo de la ESF, destacando los dispositivos que facilitan la gestión de la atención psicosocial en el territorio: los Centros de Apoyo a la Salud de la Familia, apoya especializada en salud mental, trabajo de equipo, los grupos de salud, apoyo de la gestión del distrito y la existencia de espacios para la discusión de los casos. La interseccionalidad, incluida en esta categoría se evaluó como una práctica fundamental para la realización de la atención psicosocial, lo que la responsabilidad compartida para el cuidado de la salud mental. La red de atención psicosocial se refirió a la falta de conexión entre los servicios existentes y la falta de dispositivos, como los CAPS, lo que dificulta la eficacia de la atención psicosocial en el territorio. Evaluamos que las ESF estudiadas han contribuido a la implementación de la atención psicosocial, la producción de servicios de salud mental en el territorio. El grupo de interés evaluó que la gestión de la atención psicosocial necesita una discusión reflexiva con miras a la construcción conjunta de nuevas posibilidades para la atención al usuario con trastorno psiquiátrico en su territorio de vida y las relaciones para lograr su proyecto de felicidad.
35

A participação e o controle social na percepção da equipe de saúde da família / The participation and social control in staff perception of family health / A participación y el control social en la percepción del equipo de salud de la familia

Soratto, Jacks January 2011 (has links)
Esta investigação teve como objetivo analisar as percepções atribuídas pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família [ESF], sobre a participação e controle social em saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória-descritiva. O estudo foi realizado no município de Içara, Santa Catarina.Os participantes foram os membros de uma equipe de saúde da família ampliada. Para coleta de informações utilizou-se o Método Criativo Sensível e a observação participante. Foram realizados três encontros para a produção de informações que foram analisadas segundo análise de conteúdo temática. Desta resultaram categorias empíricas que foram relacionadas aos temas das oficinas, tomados como categorias operacionais: a ESF, a participção social em saúde, o controle social em saúde. As percepções sobre a ESF enfatizaram dos principios filosóficos do Sistema Unico de Saúde, dentre os quais, universalidade, equidade e integralidade. O trabalho em equipe apareceu como sobreposição do trabalho dos diferentes profissionais e como articulação de saberes. Percepções de prevenção de doenças e promoção da saúde, indicaram a ESF como fomentadora do modelo tradicional de saúde. A participação em saúde foi percebida como passiva, com o comparecimento da população às atividades programadas pela equipe, mas também houve manifestação de uma visão mais ativa de entender o termo vinculada ao diálogo e a escuta. Duas percepções foram apreendidas em relação ao controle social em saúde: como fóruns institucionalizados [conselhos e conferências] e também como monitoramento e controle da doença. Por fim, as percepções dos profissionais estudados reforçam o modelo assitencial, mas também demonstram preocupação com a mudança deste modo predominante de pensar e agir em saúde. Há necessidade também da compreensão sobre os conceitos que os embasam esta temática, afim, de tornar a ESF um legítimo espaço de participação e controle social em saúde. / This investigation aimed to examine the perceptions of professionals assigned by the Family Health Strategy [FHS], about participation and social control in health. This is a field research approach to qualitative, exploratory-descriptive. The study was conducted in Içara city, Santa Catarina state. The participants were members of a health team of the extended family. To collect information we used the Creative Method Sensitive and participant observation. We had three meetings for the production of information that were analyzed by thematic content analysis. It’s resulted empirical categories that were related to the themes of the workshops, taken as operational categories: the FHS, the social health participation, the social control in health. The perceptions about the FHS emphasized the philosophical principles of the Health System, among which, universality, fairness and integrity. The Teamwork appeared as overlapping work of different professionals and how to articulate knowledge. Perceptions of disease prevention and health promotion, indicated the FHS as supporting the traditional model of health. Participation in health was perceived as passive, with the attendance of the population to the activities planned by the team, but there were also expressions of a more active to understanding the term linked to dialogue and listening. Two perceptions were learned about to social control on health: as how institutionalized forums [councils and conferences] as well as monitoring and controlling the disease. Finally, the perceptions of professionals studied reinforce the assistance servicing model, but also express concern about the change of the predominant mode of thinking and acting in health. There is also need an understanding of the concepts that support this theme, in order, to make the FHS a legitimate space of participation and social control in health.
36

Prática clínica das enfermeiras na estratégia saúde da família : exercendo a clínica do cuidado

Colomé, Isabel Cristina dos Santos January 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar a dimensão assistencial do processo de trabalho de enfermeiras que atuam na Estratégia Saúde da Família, considerando a prática clínica que desenvolvem nesse contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram coletados por meio das técnicas de observação livre por amostragem de tempo e incidente crítico. Os sujeitos foram 26 enfermeiras que atuavam na assistência em unidades de saúde da família. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, do tipo análise temática e resultou em duas categorias temáticas e subcategorias. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS parecer número 22237. A prática clínica das enfermeiras permeia as atividades de assistência que realizam e compõe-se de ações curativas, educativas, preventivas, de recuperação e promoção da saúde. Essa prática ocorre em um processo de trabalho voltado para o atendimento de usuários de diversas faixas etárias, que apresentam necessidades e/ou problemas de saúde variados e complexos, resultantes de situações clínicas e sociais próprias da sua dinâmica de vida. A prática clínica da enfermeira na saúde da família se caracteriza pela clínica do cuidado, ou seja, uma clínica própria, capaz de promover a ampliação do objeto de intervenção para além da lógica clínica biológica e curativa. Os componentes da clínica do cuidado da enfermeira expressam a forma com que define o seu objeto de trabalho e o saber/fazer que utiliza para isso, são eles: mobilização de conhecimentos; habilidade de comunicação - escuta; criação de vínculos de confiança. O desenvolvimento da clínica do cuidado faz com que a enfermeira seja a profissional de referência para os usuários na unidade. No cotidiano, a partir da mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências vivenciadas, as enfermeiras constroem o saber operante, ou seja, um saber/fazer específico do seu núcleo profissional. O saber operante permite a avaliação/julgamento das situações e a tomada de decisão, visando satisfazer necessidades físicas, mentais, emocionais e sociais dos usuários e famílias de forma integral, exigindo um processo de aprendizagem contínua. As enfermeiras encontram dificuldades no desenvolvimento de sua prática clínica, quando não conseguem alcançar os resultados traçados para o cuidado. No entanto, também encontram potencialidades que geram motivação, estando relacionadas a sua capacidade de minimizar o sofrimento do usuário e/ou família, realizar uma ação resolutiva e receber o reconhecimento dos usuários, familiares ou outros profissionais. Os resultados mostram que as enfermeiras desenvolvem a clínica do cuidado, na medida em que organizam o seu conhecimento clínico sobre o indivíduo e a família, a comunidade e o sistema de saúde; promovem a valorização dos momentos de fala e escuta; buscam a promoção da saúde e desenvolvem uma clínica voltada para o sujeito, não desprezando a doença, mas deslocando o foco da cura para ter como finalidade primordial o cuidar. / This study aims at analyzing the care dimension regarding the working process of nurses who perform in the Family Health Strategy by considering the clinical practice they carry out within such context. It is a qualitative study whose data were collected by means of free observation techniques as per time sampling and critical incident. The subjects were 26 nurses who attended in the care center at family health care units. The data analysis followed the technique of content analysis of the thematic analysis type which provided two thematic categories and subcategories. The study received the approval from the Ethics Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul under opinion number 22237. The clinical practice of the nurses permeates their care activities and is composed of healing, educative, preventive, recuperation and health promotion actions. Such practice occurs in a working process addressed to users from several age frames who present needs and/or varied and complex health problems derived from clinical and social circumstances that are peculiar to their life dynamics. The clinical practice of the nurse in the Family Health Strategy is featured by the care clinic, that is, an appropriate clinic able to promote the enlargement of the intervention object beyond the biological and healing clinical logics. The components of the nurse´s care clinic express the way how he/she defines his/her working object and the knowledge and expertise he/she utilizes thereto which are: knowledge mobilization; communication ability – listening; creation of trust bonds. The development of the care clinic makes of the nurse the reference professional for the users in the unit. Upon daily life, from the mediation between scientific knowledge and experiences, nurses construct the operational knowledge, that is, a specific expertise from his/her professional nucleus. The operational knowledge allows the evaluation and judgment of the circumstances besides the decision-making, aiming at satisfying the physical, mental, emotional and social needs of users and families as a whole what requires a continuous learning process. Nurses find difficulties in the development of their clinical practice when they do not succeed into achieving the results they have outlined for the care. However they also find potentialities that generate motivation and are related to their capacity of minimizing the pain of the user and/or family, by performing a resoluteness action and receiving the recognition of users, family members or other professionals. Findings show that nurses develop the care clinic to the extent that they organize their own clinical knowledge about the individual and the family, the community and the health system; they promote the valorization of the speaking and listening moments; they search for health promotion and develop a clinic addressed to the subject and they do not underestimate the disease but they displace the focus from the cure to the care as the primordial target. / Este estudio visa a analizar la dimensión asistencial del proceso de trabajo de enfermeras en la Estrategia Salud de la Familia, considerando la práctica clínica que desenvuelven en ese contexto. Este es un estudio cualitativo cuyos datos fueron recolectados por medio de las técnicas de observación libre por muestreo de tiempo e incidente crítico. Los sujetos fueron 26 enfermeras que actuaban en la asistencia en unidades de salud de la familia. El análisis de los datos siguió la técnica de análisis de contenido, del tipo análisis temático y resultó en dos categorías temáticas y subcategorías. El estudio obtuvo aprobación del Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul según el informe número 22237. La práctica clínica de las enfermeras impregna sus actividades de asistencia y se componen de acciones curativas, educativas, preventivas, de recuperación y promoción de la salud. Esa práctica ocurre en un proceso de trabajo direccionado al atendimiento de usuarios de diversos grupos de edad, que presentan necesidades y/o variados y complejos problemas de salud, resultantes de situaciones clínicas y sociales propias de su dinámica de vida. La práctica clínica de la enfermera en la salud de la familia se caracteriza por la clínica del cuidado, o sea, una clínica propia, capaz de promover la ampliación del objeto de intervención para allá de la lógica clínica biológica y curativa. Los componentes de la clínica del cuidado de la enfermera expresan la forma con que define su objeto de trabajo así como el saber y el hacer que utiliza para eso, es decir: movilización de conocimientos; habilidad de comunicación - escucha; creación de vínculos de confianza. El desenvolvimiento de la clínica del cuidado hace de la enfermera la profesional de referencia para los usuarios en la unidad. En el cotidiano, a partir de la mediación entre los conocimientos científicos y las experiencias vividas, las enfermeras construyen el saber operante, o sea, un saber y un hacer específico de su núcleo profesional. El saber operante permite la evaluación y el juicio de las situaciones y la toma de decisiones, visando a satisfacer necesidades físicas, mentales, emocionales y sociales de los usuarios y familias de forma integral, exigiendo un proceso de aprendizaje continuo. Las enfermeras encuentran dificultades en el desenvolvimiento de su práctica clínica, cuando no logran alcanzar los resultados trazados para el cuidado. Sin embargo, también encuentran potencialidades que generan motivación, relacionadas a su capacidad de minimizar el sufrimiento del usuario y/o familia y de realizar una acción resolutiva y recibir el reconocimiento de los usuarios, familiares o de otros profesionales. Los resultados muestran que las enfermeras desenvuelven la clínica del cuidado al organizar su conocimiento clínico acerca del individuo y de la familia, de la comunidad y del sistema de salud; promueven la valoración de los momentos de habla y escucha; buscan la promoción de la salud y desenvuelven una clínica dedicada al sujeto, no despreciando la enfermedad, pero desplazando el foco de la cura al acto de cuidar como finalidad primordial.
37

Avaliação da gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família : com a palavra os coordenadores / Evaluation of psychosocial care management in family health strategy: with word coordinators / Evaluación de la gestión de la atención psicosocial en salud de la familia: con la palabra los coordinadores

Mielke, Fernanda Barreto January 2013 (has links)
A reforma psiquiátrica brasileira propôs um modelo de cuidado em saúde mental denominado atenção psicossocial, que conta com serviços localizados no território de vida dos usuários com transtorno psíquico. A atenção psicossocial é, hoje, a estratégia orientadora do cuidado em saúde mental, propondo um cuidado ampliado a partir do cotidiano de vida das pessoas que dele necessitam. Com isso, a relação entre atenção psicossocial e atenção básica, especialmente a saúde da família, foi fortalecida, incluindo o cuidado em saúde mental no processo de trabalho das equipes de saúde da família. O objetivo deste estudo foi avaliar a gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família, na Zona Leste do município de Porto Alegre/RS. Trata-se de um estudo avaliativo qualitativo do tipo estudo de caso, estruturado a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Avaliação de Quarta Geração. O grupo de interesse foi composto pelos coordenadores das 12 unidades de saúde da família da Gerência Distrital Partenon/Lomba do Pinheiro. A coleta dos dados ocorreu por meio de observação participante, a qual totalizou 144 horas, e entrevistas individuais, a partir do círculo hermenêutico-dialético no período de setembro a novembro de 2011. A análise dos dados, realizada por meio do Método Comparativo Constante, resultando em duas categorias analíticas: Processo de Trabalho e Gestão da Atenção Psicossocial. Na categoria Processo de trabalho foi discutida a organização do trabalho de coordenação da ESF, sendo destacadas características que geram sobrecarga de trabalho, bem como aquelas avaliadas como positivas: autonomia do coordenador e a supervisão da ESF da gerência distrital. Nesta categoria também foi incluída a ambiência, que discutiu os temas relacionados aos recursos em saúde, identificando dificuldades com relação aos recursos humanos, materiais e físicos, como a rotatividade e terceirização de profissionais, a falta de agentes comunitários de saúde, a instabilidade no fornecimento de materiais e a inadequação na estrutura física de algumas ESF. Na categoria Gestão da Atenção Psicossocial discuti sobre a atenção psicossocial, que foi avaliada como uma prática cotidiana no trabalho da ESF, destacando os dispositivos facilitadores da gestão da atenção psicossocial no território: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família, os apoios especializados em saúde mental, o trabalho em equipe, os grupos em saúde, o apoio da gerência distrital e a existência de espaços para a discussão de casos. A intersetorialidade, incluída nesta categoria, foi avaliada como uma prática fundamental para a concretização da atenção psicossocial, possibilitando a responsabilização compartilhada pelo cuidado em saúde mental. A rede de atenção psicossocial apontou para a desconexão entre os serviços existentes e a falta de dispositivos, como os CAPS, o que dificulta a efetividade da atenção psicossocial no território. Avaliamos que as ESF estudadas têm contribuído para a implantação da atenção psicossocial, produzindo cuidado em saúde mental no território. O grupo de interesse avaliou que a gestão da atenção psicossocial necessita de uma discussão reflexiva com vistas à construção conjunta de novas possibilidades para o cuidado ao usuário com transtorno psíquico em seu território de vida e de relações para a realização de seu projeto de felicidade. / The Brazilian psychiatric reform proposed a model of mental health care called psychosocial care, which includes services located in the territory of the lives of users with mental disorders. The psychosocial care is today the guiding strategy of mental health care, proposing an extended care from the daily lives of people who need it. Thus, the relationship between psychosocial care and primary care, especially the family health, was strengthened, including mental health care in the work process of family health teams. The aim of this study was to evaluate of psychosocial care management in the family health strategy (FHS), in the East Zone of the city of Porto Alegre/RS. It is an evaluative study of the qualitative case study, structured from the theoretical and methodological assumptions of Fourth Generation Evaluation. The interest group was composed of the coordinators of the 12 units of family health Management District Partenon/Lomba do Pinheiro. Data collection occurred through participant observation, which totaled 144 hours, and interviews from the hermeneutic dialectic circle from September to November 2011. Data analysis, performed using the Constant Comparative Method, resulting in two analytical categories: Process Work and Psychosocial Care Management. Process Work category was discussed the organization of the coordination work of ESF, and highlighted features that generate workload, as well as those assessed as positive: the autonomy of the FHS coordinator and supervision of district management. This category also included the ambience, which discussed topics related to health resources, identifying difficulties with regard to human resources, and physical materials such as turnover and outsourcing professionals, lack of community health workers, the instability in the supply materials and inadequate physical structure of some FHS. In category Psychosocial Care Management discussed on psychosocial care, which was evaluated as an everyday practice in the work of the FHS, highlighting the devices that facilitate psychosocial care management in the territory: the Centers of Support for Family Health, supports specialized in mental health work team, the health groups, support the district management and the existence of spaces for discussion of cases. The intersectionality, included in this category was evaluated as a practice fundamental to the realization of psychosocial care, enabling shared accountability for mental health care. The psychosocial care network pointed to the disconnect between existing services and the lack of devices, such as CAPS, which hinders the effectiveness of psychosocial care in the territory. We assess that the FHS study have contributed to the implementation of psychosocial care, producing mental health care in the territory. The interest group assessed the psychosocial care management needs a reflective discussion with a view to jointly build new possibilities for the care the user with psychiatric disorder in its territory of life and relationships to achieve your happiness project. / La reforma psiquiátrica brasileña propuso un modelo de atención de salud mental que se llama la atención psicosocial, que incluye los servicios ubicados en el territorio de la vida de los usuarios con trastornos mentales. La atención psicosocial es hoy en día la estrategia de orientación de la atención de la salud mental, se propone una atención prolongada de la vida cotidiana de las personas que lo necesitan. Por lo tanto, se fortaleció la relación entre la atención psicosocial y la atención primaria, especialmente la salud de la familia, incluida la atención de salud mental en el proceso de trabajo de los equipos de salud familiar. El objetivo de este estudio fue evaluar la gestión de la atención psicosocial en la Estrategia Salud de la Familia (ESF), la Zona Este de la ciudad de Porto Alegre/RS. Se trata de un estudio de evaluación, estudio de caso cualitativo, estructurado a partir de los supuestos teóricos y metodológicos de la Cuarta Evaluación Generación. El grupo de interés estuvo integrado por los coordinadores de las 12 unidades de salud de la familia del Distrito de Administración del Partenon/Lomba do Pinheiro. Los datos fueron recolectados a través de la observación participante, que totalizaron 144 horas, y las entrevistas del círculo hermenéutico dialéctico en el período de septiembre a noviembre de 2011. Análisis de datos, realizado mediante el método comparativo constante, lo que resulta en dos categorías analíticas: Proceso de Trabajo y Gestión de la Atención Psicosocial. En la categoría Proceso de Trabajo se examinó la organización de la labor de coordinación del ESF, y puso de relieve las características que generan carga de trabajo, así como aquellos evaluados como positivos: la autonomía de los coordinadores y la supervisión de la gestión del distrito de ESF. Esta categoría también incluye el ambiente, que discutió temas relacionados con los recursos de salud, identificando las dificultades en los recursos humanos, materiales y físicos, como la rotación y externalización de los profesionales, la falta de trabajadores sanitarios de la comunidad, la inestabilidad en los suministros materiales y la estructura física inadecuada de algunas ESF. En la categoría Gestión de la Atención Psicosocial ha discutido la atención psicosocial, la cual fue evaluada como una práctica cotidiana en el trabajo de la ESF, destacando los dispositivos que facilitan la gestión de la atención psicosocial en el territorio: los Centros de Apoyo a la Salud de la Familia, apoya especializada en salud mental, trabajo de equipo, los grupos de salud, apoyo de la gestión del distrito y la existencia de espacios para la discusión de los casos. La interseccionalidad, incluida en esta categoría se evaluó como una práctica fundamental para la realización de la atención psicosocial, lo que la responsabilidad compartida para el cuidado de la salud mental. La red de atención psicosocial se refirió a la falta de conexión entre los servicios existentes y la falta de dispositivos, como los CAPS, lo que dificulta la eficacia de la atención psicosocial en el territorio. Evaluamos que las ESF estudiadas han contribuido a la implementación de la atención psicosocial, la producción de servicios de salud mental en el territorio. El grupo de interés evaluó que la gestión de la atención psicosocial necesita una discusión reflexiva con miras a la construcción conjunta de nuevas posibilidades para la atención al usuario con trastorno psiquiátrico en su territorio de vida y las relaciones para lograr su proyecto de felicidad.
38

A participação e o controle social na percepção da equipe de saúde da família / The participation and social control in staff perception of family health / A participación y el control social en la percepción del equipo de salud de la familia

Soratto, Jacks January 2011 (has links)
Esta investigação teve como objetivo analisar as percepções atribuídas pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família [ESF], sobre a participação e controle social em saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória-descritiva. O estudo foi realizado no município de Içara, Santa Catarina.Os participantes foram os membros de uma equipe de saúde da família ampliada. Para coleta de informações utilizou-se o Método Criativo Sensível e a observação participante. Foram realizados três encontros para a produção de informações que foram analisadas segundo análise de conteúdo temática. Desta resultaram categorias empíricas que foram relacionadas aos temas das oficinas, tomados como categorias operacionais: a ESF, a participção social em saúde, o controle social em saúde. As percepções sobre a ESF enfatizaram dos principios filosóficos do Sistema Unico de Saúde, dentre os quais, universalidade, equidade e integralidade. O trabalho em equipe apareceu como sobreposição do trabalho dos diferentes profissionais e como articulação de saberes. Percepções de prevenção de doenças e promoção da saúde, indicaram a ESF como fomentadora do modelo tradicional de saúde. A participação em saúde foi percebida como passiva, com o comparecimento da população às atividades programadas pela equipe, mas também houve manifestação de uma visão mais ativa de entender o termo vinculada ao diálogo e a escuta. Duas percepções foram apreendidas em relação ao controle social em saúde: como fóruns institucionalizados [conselhos e conferências] e também como monitoramento e controle da doença. Por fim, as percepções dos profissionais estudados reforçam o modelo assitencial, mas também demonstram preocupação com a mudança deste modo predominante de pensar e agir em saúde. Há necessidade também da compreensão sobre os conceitos que os embasam esta temática, afim, de tornar a ESF um legítimo espaço de participação e controle social em saúde. / This investigation aimed to examine the perceptions of professionals assigned by the Family Health Strategy [FHS], about participation and social control in health. This is a field research approach to qualitative, exploratory-descriptive. The study was conducted in Içara city, Santa Catarina state. The participants were members of a health team of the extended family. To collect information we used the Creative Method Sensitive and participant observation. We had three meetings for the production of information that were analyzed by thematic content analysis. It’s resulted empirical categories that were related to the themes of the workshops, taken as operational categories: the FHS, the social health participation, the social control in health. The perceptions about the FHS emphasized the philosophical principles of the Health System, among which, universality, fairness and integrity. The Teamwork appeared as overlapping work of different professionals and how to articulate knowledge. Perceptions of disease prevention and health promotion, indicated the FHS as supporting the traditional model of health. Participation in health was perceived as passive, with the attendance of the population to the activities planned by the team, but there were also expressions of a more active to understanding the term linked to dialogue and listening. Two perceptions were learned about to social control on health: as how institutionalized forums [councils and conferences] as well as monitoring and controlling the disease. Finally, the perceptions of professionals studied reinforce the assistance servicing model, but also express concern about the change of the predominant mode of thinking and acting in health. There is also need an understanding of the concepts that support this theme, in order, to make the FHS a legitimate space of participation and social control in health.
39

Prática clínica das enfermeiras na estratégia saúde da família : exercendo a clínica do cuidado

Colomé, Isabel Cristina dos Santos January 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo analisar a dimensão assistencial do processo de trabalho de enfermeiras que atuam na Estratégia Saúde da Família, considerando a prática clínica que desenvolvem nesse contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, cujos dados foram coletados por meio das técnicas de observação livre por amostragem de tempo e incidente crítico. Os sujeitos foram 26 enfermeiras que atuavam na assistência em unidades de saúde da família. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo, do tipo análise temática e resultou em duas categorias temáticas e subcategorias. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS parecer número 22237. A prática clínica das enfermeiras permeia as atividades de assistência que realizam e compõe-se de ações curativas, educativas, preventivas, de recuperação e promoção da saúde. Essa prática ocorre em um processo de trabalho voltado para o atendimento de usuários de diversas faixas etárias, que apresentam necessidades e/ou problemas de saúde variados e complexos, resultantes de situações clínicas e sociais próprias da sua dinâmica de vida. A prática clínica da enfermeira na saúde da família se caracteriza pela clínica do cuidado, ou seja, uma clínica própria, capaz de promover a ampliação do objeto de intervenção para além da lógica clínica biológica e curativa. Os componentes da clínica do cuidado da enfermeira expressam a forma com que define o seu objeto de trabalho e o saber/fazer que utiliza para isso, são eles: mobilização de conhecimentos; habilidade de comunicação - escuta; criação de vínculos de confiança. O desenvolvimento da clínica do cuidado faz com que a enfermeira seja a profissional de referência para os usuários na unidade. No cotidiano, a partir da mediação entre os conhecimentos científicos e as experiências vivenciadas, as enfermeiras constroem o saber operante, ou seja, um saber/fazer específico do seu núcleo profissional. O saber operante permite a avaliação/julgamento das situações e a tomada de decisão, visando satisfazer necessidades físicas, mentais, emocionais e sociais dos usuários e famílias de forma integral, exigindo um processo de aprendizagem contínua. As enfermeiras encontram dificuldades no desenvolvimento de sua prática clínica, quando não conseguem alcançar os resultados traçados para o cuidado. No entanto, também encontram potencialidades que geram motivação, estando relacionadas a sua capacidade de minimizar o sofrimento do usuário e/ou família, realizar uma ação resolutiva e receber o reconhecimento dos usuários, familiares ou outros profissionais. Os resultados mostram que as enfermeiras desenvolvem a clínica do cuidado, na medida em que organizam o seu conhecimento clínico sobre o indivíduo e a família, a comunidade e o sistema de saúde; promovem a valorização dos momentos de fala e escuta; buscam a promoção da saúde e desenvolvem uma clínica voltada para o sujeito, não desprezando a doença, mas deslocando o foco da cura para ter como finalidade primordial o cuidar. / This study aims at analyzing the care dimension regarding the working process of nurses who perform in the Family Health Strategy by considering the clinical practice they carry out within such context. It is a qualitative study whose data were collected by means of free observation techniques as per time sampling and critical incident. The subjects were 26 nurses who attended in the care center at family health care units. The data analysis followed the technique of content analysis of the thematic analysis type which provided two thematic categories and subcategories. The study received the approval from the Ethics Research Committee of the Federal University of Rio Grande do Sul under opinion number 22237. The clinical practice of the nurses permeates their care activities and is composed of healing, educative, preventive, recuperation and health promotion actions. Such practice occurs in a working process addressed to users from several age frames who present needs and/or varied and complex health problems derived from clinical and social circumstances that are peculiar to their life dynamics. The clinical practice of the nurse in the Family Health Strategy is featured by the care clinic, that is, an appropriate clinic able to promote the enlargement of the intervention object beyond the biological and healing clinical logics. The components of the nurse´s care clinic express the way how he/she defines his/her working object and the knowledge and expertise he/she utilizes thereto which are: knowledge mobilization; communication ability – listening; creation of trust bonds. The development of the care clinic makes of the nurse the reference professional for the users in the unit. Upon daily life, from the mediation between scientific knowledge and experiences, nurses construct the operational knowledge, that is, a specific expertise from his/her professional nucleus. The operational knowledge allows the evaluation and judgment of the circumstances besides the decision-making, aiming at satisfying the physical, mental, emotional and social needs of users and families as a whole what requires a continuous learning process. Nurses find difficulties in the development of their clinical practice when they do not succeed into achieving the results they have outlined for the care. However they also find potentialities that generate motivation and are related to their capacity of minimizing the pain of the user and/or family, by performing a resoluteness action and receiving the recognition of users, family members or other professionals. Findings show that nurses develop the care clinic to the extent that they organize their own clinical knowledge about the individual and the family, the community and the health system; they promote the valorization of the speaking and listening moments; they search for health promotion and develop a clinic addressed to the subject and they do not underestimate the disease but they displace the focus from the cure to the care as the primordial target. / Este estudio visa a analizar la dimensión asistencial del proceso de trabajo de enfermeras en la Estrategia Salud de la Familia, considerando la práctica clínica que desenvuelven en ese contexto. Este es un estudio cualitativo cuyos datos fueron recolectados por medio de las técnicas de observación libre por muestreo de tiempo e incidente crítico. Los sujetos fueron 26 enfermeras que actuaban en la asistencia en unidades de salud de la familia. El análisis de los datos siguió la técnica de análisis de contenido, del tipo análisis temático y resultó en dos categorías temáticas y subcategorías. El estudio obtuvo aprobación del Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande do Sul según el informe número 22237. La práctica clínica de las enfermeras impregna sus actividades de asistencia y se componen de acciones curativas, educativas, preventivas, de recuperación y promoción de la salud. Esa práctica ocurre en un proceso de trabajo direccionado al atendimiento de usuarios de diversos grupos de edad, que presentan necesidades y/o variados y complejos problemas de salud, resultantes de situaciones clínicas y sociales propias de su dinámica de vida. La práctica clínica de la enfermera en la salud de la familia se caracteriza por la clínica del cuidado, o sea, una clínica propia, capaz de promover la ampliación del objeto de intervención para allá de la lógica clínica biológica y curativa. Los componentes de la clínica del cuidado de la enfermera expresan la forma con que define su objeto de trabajo así como el saber y el hacer que utiliza para eso, es decir: movilización de conocimientos; habilidad de comunicación - escucha; creación de vínculos de confianza. El desenvolvimiento de la clínica del cuidado hace de la enfermera la profesional de referencia para los usuarios en la unidad. En el cotidiano, a partir de la mediación entre los conocimientos científicos y las experiencias vividas, las enfermeras construyen el saber operante, o sea, un saber y un hacer específico de su núcleo profesional. El saber operante permite la evaluación y el juicio de las situaciones y la toma de decisiones, visando a satisfacer necesidades físicas, mentales, emocionales y sociales de los usuarios y familias de forma integral, exigiendo un proceso de aprendizaje continuo. Las enfermeras encuentran dificultades en el desenvolvimiento de su práctica clínica, cuando no logran alcanzar los resultados trazados para el cuidado. Sin embargo, también encuentran potencialidades que generan motivación, relacionadas a su capacidad de minimizar el sufrimiento del usuario y/o familia y de realizar una acción resolutiva y recibir el reconocimiento de los usuarios, familiares o de otros profesionales. Los resultados muestran que las enfermeras desenvuelven la clínica del cuidado al organizar su conocimiento clínico acerca del individuo y de la familia, de la comunidad y del sistema de salud; promueven la valoración de los momentos de habla y escucha; buscan la promoción de la salud y desenvuelven una clínica dedicada al sujeto, no despreciando la enfermedad, pero desplazando el foco de la cura al acto de cuidar como finalidad primordial.
40

Avaliação da gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família : com a palavra os coordenadores / Evaluation of psychosocial care management in family health strategy: with word coordinators / Evaluación de la gestión de la atención psicosocial en salud de la familia: con la palabra los coordinadores

Mielke, Fernanda Barreto January 2013 (has links)
A reforma psiquiátrica brasileira propôs um modelo de cuidado em saúde mental denominado atenção psicossocial, que conta com serviços localizados no território de vida dos usuários com transtorno psíquico. A atenção psicossocial é, hoje, a estratégia orientadora do cuidado em saúde mental, propondo um cuidado ampliado a partir do cotidiano de vida das pessoas que dele necessitam. Com isso, a relação entre atenção psicossocial e atenção básica, especialmente a saúde da família, foi fortalecida, incluindo o cuidado em saúde mental no processo de trabalho das equipes de saúde da família. O objetivo deste estudo foi avaliar a gestão da atenção psicossocial na estratégia saúde da família, na Zona Leste do município de Porto Alegre/RS. Trata-se de um estudo avaliativo qualitativo do tipo estudo de caso, estruturado a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos da Avaliação de Quarta Geração. O grupo de interesse foi composto pelos coordenadores das 12 unidades de saúde da família da Gerência Distrital Partenon/Lomba do Pinheiro. A coleta dos dados ocorreu por meio de observação participante, a qual totalizou 144 horas, e entrevistas individuais, a partir do círculo hermenêutico-dialético no período de setembro a novembro de 2011. A análise dos dados, realizada por meio do Método Comparativo Constante, resultando em duas categorias analíticas: Processo de Trabalho e Gestão da Atenção Psicossocial. Na categoria Processo de trabalho foi discutida a organização do trabalho de coordenação da ESF, sendo destacadas características que geram sobrecarga de trabalho, bem como aquelas avaliadas como positivas: autonomia do coordenador e a supervisão da ESF da gerência distrital. Nesta categoria também foi incluída a ambiência, que discutiu os temas relacionados aos recursos em saúde, identificando dificuldades com relação aos recursos humanos, materiais e físicos, como a rotatividade e terceirização de profissionais, a falta de agentes comunitários de saúde, a instabilidade no fornecimento de materiais e a inadequação na estrutura física de algumas ESF. Na categoria Gestão da Atenção Psicossocial discuti sobre a atenção psicossocial, que foi avaliada como uma prática cotidiana no trabalho da ESF, destacando os dispositivos facilitadores da gestão da atenção psicossocial no território: os Núcleos de Apoio à Saúde da Família, os apoios especializados em saúde mental, o trabalho em equipe, os grupos em saúde, o apoio da gerência distrital e a existência de espaços para a discussão de casos. A intersetorialidade, incluída nesta categoria, foi avaliada como uma prática fundamental para a concretização da atenção psicossocial, possibilitando a responsabilização compartilhada pelo cuidado em saúde mental. A rede de atenção psicossocial apontou para a desconexão entre os serviços existentes e a falta de dispositivos, como os CAPS, o que dificulta a efetividade da atenção psicossocial no território. Avaliamos que as ESF estudadas têm contribuído para a implantação da atenção psicossocial, produzindo cuidado em saúde mental no território. O grupo de interesse avaliou que a gestão da atenção psicossocial necessita de uma discussão reflexiva com vistas à construção conjunta de novas possibilidades para o cuidado ao usuário com transtorno psíquico em seu território de vida e de relações para a realização de seu projeto de felicidade. / The Brazilian psychiatric reform proposed a model of mental health care called psychosocial care, which includes services located in the territory of the lives of users with mental disorders. The psychosocial care is today the guiding strategy of mental health care, proposing an extended care from the daily lives of people who need it. Thus, the relationship between psychosocial care and primary care, especially the family health, was strengthened, including mental health care in the work process of family health teams. The aim of this study was to evaluate of psychosocial care management in the family health strategy (FHS), in the East Zone of the city of Porto Alegre/RS. It is an evaluative study of the qualitative case study, structured from the theoretical and methodological assumptions of Fourth Generation Evaluation. The interest group was composed of the coordinators of the 12 units of family health Management District Partenon/Lomba do Pinheiro. Data collection occurred through participant observation, which totaled 144 hours, and interviews from the hermeneutic dialectic circle from September to November 2011. Data analysis, performed using the Constant Comparative Method, resulting in two analytical categories: Process Work and Psychosocial Care Management. Process Work category was discussed the organization of the coordination work of ESF, and highlighted features that generate workload, as well as those assessed as positive: the autonomy of the FHS coordinator and supervision of district management. This category also included the ambience, which discussed topics related to health resources, identifying difficulties with regard to human resources, and physical materials such as turnover and outsourcing professionals, lack of community health workers, the instability in the supply materials and inadequate physical structure of some FHS. In category Psychosocial Care Management discussed on psychosocial care, which was evaluated as an everyday practice in the work of the FHS, highlighting the devices that facilitate psychosocial care management in the territory: the Centers of Support for Family Health, supports specialized in mental health work team, the health groups, support the district management and the existence of spaces for discussion of cases. The intersectionality, included in this category was evaluated as a practice fundamental to the realization of psychosocial care, enabling shared accountability for mental health care. The psychosocial care network pointed to the disconnect between existing services and the lack of devices, such as CAPS, which hinders the effectiveness of psychosocial care in the territory. We assess that the FHS study have contributed to the implementation of psychosocial care, producing mental health care in the territory. The interest group assessed the psychosocial care management needs a reflective discussion with a view to jointly build new possibilities for the care the user with psychiatric disorder in its territory of life and relationships to achieve your happiness project. / La reforma psiquiátrica brasileña propuso un modelo de atención de salud mental que se llama la atención psicosocial, que incluye los servicios ubicados en el territorio de la vida de los usuarios con trastornos mentales. La atención psicosocial es hoy en día la estrategia de orientación de la atención de la salud mental, se propone una atención prolongada de la vida cotidiana de las personas que lo necesitan. Por lo tanto, se fortaleció la relación entre la atención psicosocial y la atención primaria, especialmente la salud de la familia, incluida la atención de salud mental en el proceso de trabajo de los equipos de salud familiar. El objetivo de este estudio fue evaluar la gestión de la atención psicosocial en la Estrategia Salud de la Familia (ESF), la Zona Este de la ciudad de Porto Alegre/RS. Se trata de un estudio de evaluación, estudio de caso cualitativo, estructurado a partir de los supuestos teóricos y metodológicos de la Cuarta Evaluación Generación. El grupo de interés estuvo integrado por los coordinadores de las 12 unidades de salud de la familia del Distrito de Administración del Partenon/Lomba do Pinheiro. Los datos fueron recolectados a través de la observación participante, que totalizaron 144 horas, y las entrevistas del círculo hermenéutico dialéctico en el período de septiembre a noviembre de 2011. Análisis de datos, realizado mediante el método comparativo constante, lo que resulta en dos categorías analíticas: Proceso de Trabajo y Gestión de la Atención Psicosocial. En la categoría Proceso de Trabajo se examinó la organización de la labor de coordinación del ESF, y puso de relieve las características que generan carga de trabajo, así como aquellos evaluados como positivos: la autonomía de los coordinadores y la supervisión de la gestión del distrito de ESF. Esta categoría también incluye el ambiente, que discutió temas relacionados con los recursos de salud, identificando las dificultades en los recursos humanos, materiales y físicos, como la rotación y externalización de los profesionales, la falta de trabajadores sanitarios de la comunidad, la inestabilidad en los suministros materiales y la estructura física inadecuada de algunas ESF. En la categoría Gestión de la Atención Psicosocial ha discutido la atención psicosocial, la cual fue evaluada como una práctica cotidiana en el trabajo de la ESF, destacando los dispositivos que facilitan la gestión de la atención psicosocial en el territorio: los Centros de Apoyo a la Salud de la Familia, apoya especializada en salud mental, trabajo de equipo, los grupos de salud, apoyo de la gestión del distrito y la existencia de espacios para la discusión de los casos. La interseccionalidad, incluida en esta categoría se evaluó como una práctica fundamental para la realización de la atención psicosocial, lo que la responsabilidad compartida para el cuidado de la salud mental. La red de atención psicosocial se refirió a la falta de conexión entre los servicios existentes y la falta de dispositivos, como los CAPS, lo que dificulta la eficacia de la atención psicosocial en el territorio. Evaluamos que las ESF estudiadas han contribuido a la implementación de la atención psicosocial, la producción de servicios de salud mental en el territorio. El grupo de interés evaluó que la gestión de la atención psicosocial necesita una discusión reflexiva con miras a la construcción conjunta de nuevas posibilidades para la atención al usuario con trastorno psiquiátrico en su territorio de vida y las relaciones para lograr su proyecto de felicidad.

Page generated in 0.1085 seconds