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Impacto dos distúrbios respiratórios do sono em pacientes com acromegalia / Impact of sleep disordered breathing in patients with acromegaly

Aline Cecilia Silva Amaro 14 February 2013 (has links)
Introdução: A acromegalia é uma doença crônica geralmente causada por adenoma hipofisário produtor de hormônio do crescimento (GH). Os pacientes com acromegalia são expostos a altos níveis de GH e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) e têm risco aumentado de doenças cardiovasculares. Os distúrbios respiratórios do sono, caracterizados por apneia obstrutiva do sono (AOS) e apneia central (AC), são comuns nos pacientes com acromegalia. Os distúrbios respiratórios do sono causam hipóxia intermitente e sono fragmentado e são fatores de risco para pior prognóstico cardiovascular. No entanto, não está claro se os distúrbios respiratórios do sono contribuem para pior desfecho cardiovascular entre pacientes com acromegalia. Objetivo: Elucidar a contribuição dos distúrbios respiratórios do sono na gênese de doenças cardiovasculares em pacientes com acromegalia. Neste contexto foram realizados dois estudos, um estudo transversal (Estudo I) e um estudo de intervenção (Estudo II) que serão descritos a seguir. Método: Estudo I: Foram avaliados pacientes consecutivos com diagnóstico confirmado de acromegalia e acompanhados no ambulatório da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, questionário de sonolência de Epworth (ESE, escore variando entre 0 - 24), índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI, escore variando entre 0 - 21), questionário de qualidade de vida SF-36 (escore variando entre 0 - 100), polissonografia (PSG), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), velocidade de onda de pulso (VOP), e ecocardiograma. Estudo II: Pacientes com acromegalia e AOS moderada a grave (índice de apneias hipopneias (IAH) 15 eventos/h) foram tratados por 3 meses em sequência aleatória com CPAP ou adesivo nasal. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, questionários de ESE, PSQI, SF-36, questionário de satisfação do tratamento (0 - 10), MAPA, VOP, diâmetro e distensibilidade de carótida e PSG ao entrar no estudo, 3 meses e 6 meses. Resultados: Estudo I: Foram avaliados 48 pacientes (sexo masculino = 31%; idade = 52 ± 11 anos; índice de massa corpórea = 32,0 ± 5,5 Kg/m2). Vinte e nove pacientes (60,4%) apresentaram distúrbios respiratórios do sono moderado a grave (IAH 15 eventos/h) distribuídos em 23 (88%) com AOS e 6 (12%) com AC. Os pacientes com distúrbios respiratórios do sono eram mais velhos (56 ± 9 vs. 48 ± 12 anos, p= 0,018), mais obesos (33,3 ± 5,9 vs. 29,4 ± 4,0 Kg/m2, p = 0,014), apresentaram maior pressão arterial sistólica (131 ± 17 vs. 122 ± 11 mm Hg; p = 0,02) e diastólica (88 ± 14 vs. 81 ± 6 mm Hg, p = 0,02), maior diâmetro da carótida (7244 (6646 - 7685) vs. 6795 (6072 - 7341) m, p = 0,03), menor distensibilidade carotídea (5,01 ± 1,80 vs. 6,32 ± 2,16 m, p = 0,04) e pior qualidade de sono (9 (6 - 14) vs. 6 (5 - 8), p = 0,005) do que pacientes sem distúrbios respiratórios do sono. A presença de distúrbios respiratórios do sono se associou de forma independente com maior idade (p = 0,01), maior pressão arterial diastólica (p = 0,04) e menor distensibilidade carotídea (p = 0,04). Estudo II: Dezessete pacientes com acromegalia e AOS moderada a grave (masculino/feminino = 9/8, idade = 54 ± 10 anos, índice de massa corpórea = 34,0 ± 5,7 Kg/m2, IAH = 49,8 ± 23,7 eventos/h, ESE = 12 ± 6, PSQI = 12 (7- 14) completaram o estudo. A média da pressão do CPAP foi de 11 ± 2 cm H2O. O CPAP foi usado em média 6 ± 2 h/noite. O uso do adesivo nasal foi utilizado em 80% das noites. O IAH diminuiu significativamente com CPAP, mas não mudou com dilatador nasal (8,1 ± 5,2 vs. 47,4 ± 25,4 eventos/h, respectivamente, p = 0,0001). Todos os sintomas subjetivos melhoraram com ambos os tratamentos, no entanto significativamente mais com CPAP do que com dilatador nasal (ESE = 5 ± 4 vs. 9 ± 7, p = 0,002; PSQI = 3 (1- 5) vs. 5 (4-10), p <0,0001; satisfação do tratamento = 9 ± 1 vs. 6 ± 3, p = 0,001, respectivamente). O tratamento da AOS com CPAP comparado com adesivo nasal não resultou em melhora significativa nos níveis de pressão arterial no período da vigília (pressão arterial sistólica = 127 ±11 vs. 129 ± 10, p = 0,23; pressão arterial diastólica = 79 ± 11 vs. 80 ± 10, p = 0,46, respectivamente) e no período do sono (pressão arterial sistólica = 120 ± 14 vs. 124 ± 15, p = 0,66; pressão arterial diastólica = 71 (66 - 82) vs. 54 (52 - 63), p = 0,54, respectivamente) avaliado pela MAPA e rigidez da arterial (VOP = 9,0 ± 1,2 vs. 9,6 ± 1,5 m/s, p = 0,69 respectivamente). Conclusão: Os distúrbios respiratórios do sono são comuns entre os pacientes com acromegalia e estão associados de forma independente com maior pressão arterial diastólica, menor distensibilidade da carótida e pior qualidade do sono. O tratamento da AOS com CPAP em pacientes com acromegalia melhora a qualidade do sono. No entanto, não existe evidência até o momento de melhora em parâmetros cardiovasculares / Introduction: Acromegaly is a chronic disease usually caused by pituitary adenoma producing growth hormone (GH). Patients with acromegaly are exposed to high levels of GH and insulin-like growth factor 1 (IGF-1) and have increased risk of cardiovascular disease. Sleep-disordered breathing, characterized by obstructive sleep apnea (OSA) and central sleep apnea (AC), are common in patients with acromegaly. Sleep-disordered breathing cause intermittent hypoxia and fragmented sleep and are risk factors for poor cardiovascular outcome among patients with acromegaly. However, it is unclear whether sleep-disordered breathing are simply a result of acromegaly contribute to worse cardiovascular outcomes in patients with acromegaly. Objective: To elucidate the contribution of sleep-disordered breathing in the genesis of cardiovascular disease in patients with acromegaly. Two studies were conducted a cross sectional study (Study I) and a interventional study (Study II). Method: Study I: We evaluated consecutive patients with a confirmed diagnosis of acromegaly of a dedicated outpatient clinic of tertiary University Hospital (Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Patients underwent clinical assessment questionnaire for evaluation of daytime somnolence (Epworth sleepiness - ESS score, ranging from 0 - 24), index of Pittsburgh sleep quality (PSQI score, ranging from 0 - 21), quality of life questionnaire SF-36 (score ranging from 0 - 100), polysomnography (PSG), ambulatory blood pressure (ABMP), pulse wave velocity (PWV), diameter and distensibility carotid and echocardiography. Study II: Patients with acromegaly and moderate to severe OSA (apnea index - hypopnea index (AHI) 15 events / h) were treated for 3 months in random sequence with nasal CPAP or nasal dilator strips. The patients underwent clinical evaluation, questionnaires ESS, PSQI, SF-36, treatment satisfaction questionnaire (0-10), ABMP and PWV, diameter and distensibility carotid and PSG at study entry, 3 months and 6 months. Results: Study I: We evaluated 48 patients (male = 31%, age = 52 ± 11 years, body mass index = 32.0 ± 5.5 kg/m2). Twenty-nine patients (60.4%) had moderate to severe sleep-disordered breathing (AHI 15 events / h) distributed n = 23 (88%) OSA and n = 6 (12%) CA. Patients with sleep-disordered breathing were older (56 ± 9 vs. 48 ± 12 years, p = 0.018), more obese (33.3 ± 5.9 vs. 29.4 ± 4.0 kg/m2, p = 0.014), had higher systolic blood pressure (131 ± 17 vs. 122 ± 11 mm Hg, p = 0.02) and diastolic (88 ± 14 vs. 81 ± 6 mm Hg, p = 0.02), larger Carotid diameter (7244 (6646 - 7685) vs. 6795 (6072 - 7341) m, p = 0.03), lower carotid distensibility (5.01 ± 1.80 vs. 6.32 ± 2.16 mm, p = 0.04) and worse sleep quality (9 (6 -14) vs. 6 (5 - 8) score, p = 0.005) than patients without sleep-disordered breathing. The presence of sleep-disordered breathing was independently associated with older age (p = 0.01), higher diastolic blood pressure (p = 0.04) and lower carotid distensibility (p = 0.04). Study II: Seventeen patients with acromegaly and moderate to severe OSA (male / female = 9/8, age = 54 ± 10 years, body mass index = 34.0 ± 5.7 kg/m2, AHI = 49.8 ± 23.7 events / h, SE = 12 ± 6 score, PSQI = 12 (7 - 14) score) completed the study. The average CPAP pressure was 11 ± 2 cm H2O. CPAP was used on average 6 ± 2 h / night. The use of the nasal dilator strips was used in 80% of nights. The AHI decreased significantly with CPAP, but did not change with nasal dilator (8.1 ± 5.2 vs. 47.4 ± 25.4 events / h, respectively, p = 0.0001). All subjective symptoms improved with both treatments, but significantly more than with CPAP than nasal dilator strips (ESE = 5 ± 4 vs. 9 ± 7, p = 0.002; PSQI = 3 (1 - 5) vs. 5 (4 - 10), p <0.0001; treatment satisfaction = 9 ± 1 vs. 6 ± 3, p = 0.001, respectively). Treatment of OSA with CPAP compared with nasal dilator strips did result in significant improvements in ABMP during wakefulness (systolic blood pressure = 127 ± 11 vs. 129 ± 10, p = 0.23, diastolic blood pressure = 79 ± 11 vs. 80 ± 10, p = 0.46, respectively) and during sleep (systolic blood pressure = 120 ± 14 vs. 124 ± 15, p = 0.66; diastolic blood pressure = 71 (66 - 82) vs. 54 (52 - 63), p = 0.54, respectively) measured by ABMP and arterial stiffness (PWV = 9.0 ± 1.2 vs. 9.6 ± 1.5 m / s, p = 0,69 respectively). Conclusion: Sleep-disordered breathing is independently associated with higher diastolic blood pressure and lower carotid distensibility. However, there is no evidence that treatment of OSA with CPAP in patients with acromegaly results in significant improvement in blood pressure and carotid artery distensibility.
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Impacto dos distúrbios respiratórios do sono em pacientes com acromegalia / Impact of sleep disordered breathing in patients with acromegaly

Amaro, Aline Cecilia Silva 14 February 2013 (has links)
Introdução: A acromegalia é uma doença crônica geralmente causada por adenoma hipofisário produtor de hormônio do crescimento (GH). Os pacientes com acromegalia são expostos a altos níveis de GH e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) e têm risco aumentado de doenças cardiovasculares. Os distúrbios respiratórios do sono, caracterizados por apneia obstrutiva do sono (AOS) e apneia central (AC), são comuns nos pacientes com acromegalia. Os distúrbios respiratórios do sono causam hipóxia intermitente e sono fragmentado e são fatores de risco para pior prognóstico cardiovascular. No entanto, não está claro se os distúrbios respiratórios do sono contribuem para pior desfecho cardiovascular entre pacientes com acromegalia. Objetivo: Elucidar a contribuição dos distúrbios respiratórios do sono na gênese de doenças cardiovasculares em pacientes com acromegalia. Neste contexto foram realizados dois estudos, um estudo transversal (Estudo I) e um estudo de intervenção (Estudo II) que serão descritos a seguir. Método: Estudo I: Foram avaliados pacientes consecutivos com diagnóstico confirmado de acromegalia e acompanhados no ambulatório da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, questionário de sonolência de Epworth (ESE, escore variando entre 0 - 24), índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI, escore variando entre 0 - 21), questionário de qualidade de vida SF-36 (escore variando entre 0 - 100), polissonografia (PSG), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), velocidade de onda de pulso (VOP), e ecocardiograma. Estudo II: Pacientes com acromegalia e AOS moderada a grave (índice de apneias hipopneias (IAH) 15 eventos/h) foram tratados por 3 meses em sequência aleatória com CPAP ou adesivo nasal. Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, questionários de ESE, PSQI, SF-36, questionário de satisfação do tratamento (0 - 10), MAPA, VOP, diâmetro e distensibilidade de carótida e PSG ao entrar no estudo, 3 meses e 6 meses. Resultados: Estudo I: Foram avaliados 48 pacientes (sexo masculino = 31%; idade = 52 ± 11 anos; índice de massa corpórea = 32,0 ± 5,5 Kg/m2). Vinte e nove pacientes (60,4%) apresentaram distúrbios respiratórios do sono moderado a grave (IAH 15 eventos/h) distribuídos em 23 (88%) com AOS e 6 (12%) com AC. Os pacientes com distúrbios respiratórios do sono eram mais velhos (56 ± 9 vs. 48 ± 12 anos, p= 0,018), mais obesos (33,3 ± 5,9 vs. 29,4 ± 4,0 Kg/m2, p = 0,014), apresentaram maior pressão arterial sistólica (131 ± 17 vs. 122 ± 11 mm Hg; p = 0,02) e diastólica (88 ± 14 vs. 81 ± 6 mm Hg, p = 0,02), maior diâmetro da carótida (7244 (6646 - 7685) vs. 6795 (6072 - 7341) m, p = 0,03), menor distensibilidade carotídea (5,01 ± 1,80 vs. 6,32 ± 2,16 m, p = 0,04) e pior qualidade de sono (9 (6 - 14) vs. 6 (5 - 8), p = 0,005) do que pacientes sem distúrbios respiratórios do sono. A presença de distúrbios respiratórios do sono se associou de forma independente com maior idade (p = 0,01), maior pressão arterial diastólica (p = 0,04) e menor distensibilidade carotídea (p = 0,04). Estudo II: Dezessete pacientes com acromegalia e AOS moderada a grave (masculino/feminino = 9/8, idade = 54 ± 10 anos, índice de massa corpórea = 34,0 ± 5,7 Kg/m2, IAH = 49,8 ± 23,7 eventos/h, ESE = 12 ± 6, PSQI = 12 (7- 14) completaram o estudo. A média da pressão do CPAP foi de 11 ± 2 cm H2O. O CPAP foi usado em média 6 ± 2 h/noite. O uso do adesivo nasal foi utilizado em 80% das noites. O IAH diminuiu significativamente com CPAP, mas não mudou com dilatador nasal (8,1 ± 5,2 vs. 47,4 ± 25,4 eventos/h, respectivamente, p = 0,0001). Todos os sintomas subjetivos melhoraram com ambos os tratamentos, no entanto significativamente mais com CPAP do que com dilatador nasal (ESE = 5 ± 4 vs. 9 ± 7, p = 0,002; PSQI = 3 (1- 5) vs. 5 (4-10), p <0,0001; satisfação do tratamento = 9 ± 1 vs. 6 ± 3, p = 0,001, respectivamente). O tratamento da AOS com CPAP comparado com adesivo nasal não resultou em melhora significativa nos níveis de pressão arterial no período da vigília (pressão arterial sistólica = 127 ±11 vs. 129 ± 10, p = 0,23; pressão arterial diastólica = 79 ± 11 vs. 80 ± 10, p = 0,46, respectivamente) e no período do sono (pressão arterial sistólica = 120 ± 14 vs. 124 ± 15, p = 0,66; pressão arterial diastólica = 71 (66 - 82) vs. 54 (52 - 63), p = 0,54, respectivamente) avaliado pela MAPA e rigidez da arterial (VOP = 9,0 ± 1,2 vs. 9,6 ± 1,5 m/s, p = 0,69 respectivamente). Conclusão: Os distúrbios respiratórios do sono são comuns entre os pacientes com acromegalia e estão associados de forma independente com maior pressão arterial diastólica, menor distensibilidade da carótida e pior qualidade do sono. O tratamento da AOS com CPAP em pacientes com acromegalia melhora a qualidade do sono. No entanto, não existe evidência até o momento de melhora em parâmetros cardiovasculares / Introduction: Acromegaly is a chronic disease usually caused by pituitary adenoma producing growth hormone (GH). Patients with acromegaly are exposed to high levels of GH and insulin-like growth factor 1 (IGF-1) and have increased risk of cardiovascular disease. Sleep-disordered breathing, characterized by obstructive sleep apnea (OSA) and central sleep apnea (AC), are common in patients with acromegaly. Sleep-disordered breathing cause intermittent hypoxia and fragmented sleep and are risk factors for poor cardiovascular outcome among patients with acromegaly. However, it is unclear whether sleep-disordered breathing are simply a result of acromegaly contribute to worse cardiovascular outcomes in patients with acromegaly. Objective: To elucidate the contribution of sleep-disordered breathing in the genesis of cardiovascular disease in patients with acromegaly. Two studies were conducted a cross sectional study (Study I) and a interventional study (Study II). Method: Study I: We evaluated consecutive patients with a confirmed diagnosis of acromegaly of a dedicated outpatient clinic of tertiary University Hospital (Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Patients underwent clinical assessment questionnaire for evaluation of daytime somnolence (Epworth sleepiness - ESS score, ranging from 0 - 24), index of Pittsburgh sleep quality (PSQI score, ranging from 0 - 21), quality of life questionnaire SF-36 (score ranging from 0 - 100), polysomnography (PSG), ambulatory blood pressure (ABMP), pulse wave velocity (PWV), diameter and distensibility carotid and echocardiography. Study II: Patients with acromegaly and moderate to severe OSA (apnea index - hypopnea index (AHI) 15 events / h) were treated for 3 months in random sequence with nasal CPAP or nasal dilator strips. The patients underwent clinical evaluation, questionnaires ESS, PSQI, SF-36, treatment satisfaction questionnaire (0-10), ABMP and PWV, diameter and distensibility carotid and PSG at study entry, 3 months and 6 months. Results: Study I: We evaluated 48 patients (male = 31%, age = 52 ± 11 years, body mass index = 32.0 ± 5.5 kg/m2). Twenty-nine patients (60.4%) had moderate to severe sleep-disordered breathing (AHI 15 events / h) distributed n = 23 (88%) OSA and n = 6 (12%) CA. Patients with sleep-disordered breathing were older (56 ± 9 vs. 48 ± 12 years, p = 0.018), more obese (33.3 ± 5.9 vs. 29.4 ± 4.0 kg/m2, p = 0.014), had higher systolic blood pressure (131 ± 17 vs. 122 ± 11 mm Hg, p = 0.02) and diastolic (88 ± 14 vs. 81 ± 6 mm Hg, p = 0.02), larger Carotid diameter (7244 (6646 - 7685) vs. 6795 (6072 - 7341) m, p = 0.03), lower carotid distensibility (5.01 ± 1.80 vs. 6.32 ± 2.16 mm, p = 0.04) and worse sleep quality (9 (6 -14) vs. 6 (5 - 8) score, p = 0.005) than patients without sleep-disordered breathing. The presence of sleep-disordered breathing was independently associated with older age (p = 0.01), higher diastolic blood pressure (p = 0.04) and lower carotid distensibility (p = 0.04). Study II: Seventeen patients with acromegaly and moderate to severe OSA (male / female = 9/8, age = 54 ± 10 years, body mass index = 34.0 ± 5.7 kg/m2, AHI = 49.8 ± 23.7 events / h, SE = 12 ± 6 score, PSQI = 12 (7 - 14) score) completed the study. The average CPAP pressure was 11 ± 2 cm H2O. CPAP was used on average 6 ± 2 h / night. The use of the nasal dilator strips was used in 80% of nights. The AHI decreased significantly with CPAP, but did not change with nasal dilator (8.1 ± 5.2 vs. 47.4 ± 25.4 events / h, respectively, p = 0.0001). All subjective symptoms improved with both treatments, but significantly more than with CPAP than nasal dilator strips (ESE = 5 ± 4 vs. 9 ± 7, p = 0.002; PSQI = 3 (1 - 5) vs. 5 (4 - 10), p <0.0001; treatment satisfaction = 9 ± 1 vs. 6 ± 3, p = 0.001, respectively). Treatment of OSA with CPAP compared with nasal dilator strips did result in significant improvements in ABMP during wakefulness (systolic blood pressure = 127 ± 11 vs. 129 ± 10, p = 0.23, diastolic blood pressure = 79 ± 11 vs. 80 ± 10, p = 0.46, respectively) and during sleep (systolic blood pressure = 120 ± 14 vs. 124 ± 15, p = 0.66; diastolic blood pressure = 71 (66 - 82) vs. 54 (52 - 63), p = 0.54, respectively) measured by ABMP and arterial stiffness (PWV = 9.0 ± 1.2 vs. 9.6 ± 1.5 m / s, p = 0,69 respectively). Conclusion: Sleep-disordered breathing is independently associated with higher diastolic blood pressure and lower carotid distensibility. However, there is no evidence that treatment of OSA with CPAP in patients with acromegaly results in significant improvement in blood pressure and carotid artery distensibility.
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A prevalence study of dental malocclusions in children with sleep disorders

Abikhzer, Jeremie 05 1900 (has links)
No description available.
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L’association entre la santé buccodentaire, les troubles du sommeil et le diabète gestationnel : Étude DIADENT

Vallières, Marie-Flore 04 1900 (has links)
Objectifs : L’objectif principal de cette étude est d’établir si la santé parodontale des femmes enceintes ayant un DG est moindre que celle des femmes enceintes sans DG. L’objectif secondaire est d’évaluer l’association entre la fréquence et l’intensité du ronflement avec la santé parodontale chez les femmes enceintes ayant un DG. Méthodologie : Une étude de type cas-contrôle a été conduite parmi des femmes enceintes suivies au CHU Sainte-Justine. Le diagnostic de DG a été recueilli dans le dossier médical des participantes. Le volet 1 de l’étude incluait des mesures autorapportées par des questionnaires. Un sous-groupe de femmes enceintes était ensuite invité au volet 2 qui incluait un examen buccal permettant d’évaluer la santé parodontale des participantes. Les associations entre le DG et le ronflement, l’apnée obstructive du sommeil (AOS) et les maladies parodontales ont été évaluées à l’aide d’analyses bivariées. Résultats : Douze femmes enceintes avec DG et 85 femmes enceintes sans DG ont rempli les questionnaires du volet 1. De ces femmes, trois avec DG et sept sans DG ont participé au volet 2. Les femmes enceintes avec le DG étaient moins nombreuses à travailler à temps plein (p=0.032), avaient un revenu individuel (p=0.039) et familial (p=0.050) plus faible, faisaient moins d’activité physique (p=0.004) et allaient moins chez le dentiste (p=0.002) que les femmes enceintes sans DG. Il n’y avait pas de différence statistiquement significative entre les deux groupes pour le ronflement, l’AOS et les maladies parodontales. Conclusions : Les résultats préliminaires de l’étude n’ont pas établi si la santé parodontale des femmes enceintes avec DG est moindre ni démontré une association avec les troubles respiratoires obstructifs du sommeil. Pour atteindre les objectifs de l’étude, l’augmentation de la taille d’échantillon prévue à n=200 est requise. / Introduction Gestational diabetes mellitus (GDM) affects one in six pregnancies worldwide. Several short- and long-term complications affecting the mother and child can result from GDM. A few studies have shown a positive association between periodontal disease and GDM. Periodontal disease is also associated with adverse effects on pregnancy. In addition to potentially affecting fetal health and maternal insulin resistance, periodontal diseases are associated with obstructive sleep-disordered breathing. However, the relationship between these two entities in the context of GDM has not yet been studied. Objectives: The primary objective of this study is to establish whether the periodontal health of pregnant women with GDM is less than the one of pregnant women without GDM. The secondary objective is to assess the association between snoring frequency and intensity with periodontal health in pregnant women with GDM. Methodology: A case-control study was conducted among pregnant women followed at Sainte-Justine Hospital. The diagnosis of GDM was collected from the participants' medical records. The first phase of the study included self-reported measures by questionnaires. A subgroup of pregnant women was then invited to a second clinical phase. This included an oral examination to assess the participants' periodontal health. The associations between GDM and snoring, obstructive sleep apnea (OSA), and periodontal disease were evaluated using bivariate analyses. Results: Twelve pregnant women with GDM and 85 pregnant women without GDM completed the questionnaires in the first phase of the study. Of these women, three with GDM and seven without GDM participated in the second phase. Pregnant women with GDM worked less full-time (p=0.032), had lower individual (p=0.039) and family (p=0.050) income, engaged in less physical activity (p=0.004), and went to the dentist less often (p=0.002) than pregnant women without GDM. There was no statistically significant difference between the two groups for snoring, OSA and periodontal disease. Conclusions: Preliminary results of the study did not establish whether periodontal health in pregnant women with GDM is poorer, nor did they demonstrate an association with obstructive sleep-disordered breathing. To achieve the study objectives, the increase in sample size to n=200 is required.

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