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Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson: textura de gÃis aquosos e lÃcteos / Farming the red seaweed Solieria filiformis (KÃtzing) PW Gabrielson: texture of aqueous gels and dairy

Ticiana de Brito Lima 14 September 2012 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / A alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarÃdeos, um ficocolÃide denominado carragenana de grande importÃncia comercial devido Ãs suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espÃcies exÃticas de algas marinhas vÃm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolÃide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de gÃis aquosos e lÃcteos elaborados com ι-carragenana extraÃda da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense atravÃs da tÃcnica de esporulaÃÃo natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses gÃis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas atravÃs de esporulaÃÃo natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma Ãnica corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um perÃodo de nove meses. Para extraÃÃo da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estaÃÃo chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elÃtrico e submetidas à extraÃÃo aquosa (1,5% m⁄v), sob agitaÃÃo a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ÂC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resÃduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtraÃÃo à vÃcuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no perÃodo seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no perÃodo chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Jà os teores de aÃÃcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores jà verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos gÃis aquosos na presenÃa de CaCl2 0,1% e lÃcteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentraÃÃes de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parÃmetro de firmeza para os gÃis aquosos e lÃcteos quando comparados aos gÃis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores prÃximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os gÃis formulados com leite reconstituÃdo obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com soluÃÃo de cloreto de cÃlcio 0,1%, devido Ãs interaÃÃes entre as proteÃnas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilizaÃÃo da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulaÃÃo natural à capaz de formar gÃis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia atravÃs da utilizaÃÃo de concentraÃÃes de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto. / The red seaweed Solieria filiformis, abundant in CearÃ, biossintetiza, among other polysaccharides, phycoloide called carrageenan of great commercial importance due to its properties thickeners, stabilizers and gelling agents. In Brazil, exotic species of marine algae are being grown on a commercial scale in order to meet the demand of industrial phycoloide. The aim of this study was to analyze the texture of aqueous gels made with milk and carrageenan extracted from seaweed S. filiformis, cultivated in Cearà through sporulation natural technique, in order to establish a comparison between these gels and those prepared with commercial carrageenans (iota and kappa carrageenan). The algae were grown through sporulation natural, where monthly PVC structures (25 mm) in size 25 x 44 cm, each containing a single nylon cord (10 mm) of 23 m length were kept at depths of 1 and 2 m over a period of nine months. For extraction of carrageenan were collected at both depths seaweed samples S. filiformis backstage with higher and lower biomass, some for the rainy season (January and April) and dry (October and November). Initially, the algae were dried, crushed in electric grinder and subjected to aqueous extraction (1.5% m / v), stirring every 20 minutes in a water bath at 90 ÂC for 4 h. The homogenates were filtered through nylon cloth, the waste discarded. The filtrates were subjected to filtration on a vacuum funnel sintered plate, and carrageenans obtained were frozen, lyophilized and weighed. The highest yields were obtained from carrageenan seaweed collected from the scenes that have accumulated during the dry spores (35.6% - November 2M to 45.3% - October 1M), while the algae that accumulated during the rainy season had the lowest incomes (29 6% - April 1M to 33.8% - April 2M). In contrast, levels of total sugars ranged between 37.6 and 50.5% and the content of carrageenan sulfate ranged from 21.6 to 33.3% according to the levels already checked to carrageenans of the iota type. The texture of aqueous gels in the presence of CaCl2 and 0.1% milk prepared with carrageenan S. filiformis and commercial concentrations of 0.5 and 1.5%, were analyzed for firmness, adhesiveness, cohesiveness, springiness, gumminess and chewiness. All samples with carrageenan derived from S. filiformis backstage obtained values of firmness, gumminess and chewiness than those found for ι-carrageenan commercial. Backstage November had the highest values in the parameter of firmness for aqueous gels and compared to ι-carrageenan commercial dairy. Adhesiveness, elasticity and cohesiveness showed values close to those found for ι-carrageenan commercial. The results for firmness and chewiness of κ-carrageenan were superior when compared to commercial car ι-carrageenan and S. filiformis. The gels formulated with milk obtained results strongly higher than those formulated with a solution of calcium chloride 0.1% due to interactions between the proteins and the milk carrageenan. With the data obtained it can be concluded that the use of carrageenan S. filiformis derived by sporulation natural cultivation is capable of forming gels when compared to stronger ι-carrageenan commercial could generate savings through the use of lower concentrations of the carrageenan commercial, to obtain the desired firmness of a product.
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Efeitos da Lectina da Alga Marinha Vermelha Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson na NocicepÃÃo e InflamaÃÃo em Animais / Effects of the Lectin from the Red Marine Alga Solieria filiformis (KÃtzing) P.W. Gabrielson in Nociception and Inflammation in Animals

Ticiana Monteiro Abreu 24 February 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / As algas marinhas sÃo fontes de compostos bioativos, os quais vÃm despertando interesse em aplicaÃÃes farmacolÃgicas. Dentre esses, destacam-se as lectinas, que sÃo (glico)proteÃnas que se ligam a mono ou oligossacarÃdeos especÃficos. O objetivo desse trabalho foi isolar a lectina da alga marinha vermelha Solieria filiformis (LSf), investigar as suas propriedades na nocicepÃÃo e na inflamaÃÃo aguda e seus possÃveis sinais de toxicidade em animais. Inicialmente, a LSf foi purificada por extraÃÃo com tampÃo Tris-HCl 25mM, pH 7,5, precipitaÃÃo com sulfato de amÃnio (70%) e cromatografias em colunas de DEAE-celulose e Sephadex G-100. Na avaliaÃÃo das atividades biolÃgicas, grupos de animais (n=6) foram submetidos ao prÃ-tratamento com a LSf (1, 3 ou 9 mg/kg; i.v.), 30 min antes do estÃmulo nociceptivo ou inflamatÃrio. A atividade antinociceptiva foi avaliada em camundongos Swiss machos atravÃs dos ensaios de contorÃÃes abdominais induzidas por Ãcido acÃtico 0,8%, teste da formalina a 2% e da placa quente. Morfina e indometacina (5 mg/kg; s.c.) foram utilizadas como controles. A atividade anti-inflamatÃria em ratos Wistar machos foi avaliada atravÃs dos ensaios de peritonite induzida por carragenana - Cg (700 Âg/cav) e de edema de pata induzidos por Cg (700 Âg/pata); dextrano (500 Âg/pata); ou pela prÃpria LSf (9 mg/kg). Dexametasona (1 mg/kg; s.c.) foi utilizada como controle. A aÃÃo edematogÃnica da LSf (1, 3 ou 9 mg/kg) foi avaliada atravÃs da sua aplicaÃÃo na pata de ratos e da modulaÃÃo farmacolÃgica do edema formado. O estudo da toxicidade da LSf (9 mg/kg;i.v.) foi realizado atravÃs da sua aplicaÃÃo em camundogos (7 dias) e da anÃlise dos parÃmetros fÃsicos, bioquÃmicos e histolÃgicos. A LSf reduziu significativamente o nÃmero de contorÃÃes abdominais e o tempo de lambedura da pata na segunda fase do teste da formalina, porÃm nÃo prolongou o tempo de reaÃÃo na placa quente. A LSf tambÃm inibiu a migraÃÃo celular na peritonite induzida por Cg e os edemas de pata induzidos por Cg, dextrano e LSf. Ademais, LSf apresentou atividade edematogÃnica, que foi inibida por indometacina e dexametasona. Adicionalmente, a administraÃÃo da LSf por 7 dias nÃo apresentou sinais de danos sistÃmicos, exceto pela reduÃÃo no nÃvel de fosfatase alcalina e esplenomegalia. Concluindo, a LSf possui propriedades antinociceptiva, anti-inflamatÃria (i.v.) e edematogÃnica (i.pl.), podendo representar um potencial agente terapÃutico e uma possÃvel ferramenta para o estudo da inflamaÃÃo. / The seaweeds are a source of bioactive compounds, which gained importance in pharmacological applications. Among these, there are the lectins, which are (glyco)proteins that bind to specific mono or oligosaccharides. The aim of this study was to isolate the lectin from the red seaweed Solieria filifmoris (LSf), investigate its properties in acute nociception and inflammation, and their possible signs of toxicity in animals. Initially, the LSf was purified by extraction with Tris-HCl buffer 25 mM (pH 7,5), precipitation with ammonium sulfate (70%) and chromatographies in DEAE-cellulose and Sephadex G-100 columns. In the evaluation of the biological activities, animals groups (n=6) were submitted to pretreatment with LSf (1, 3 or 9 mg/kg; i.v.), 30 min before of the nociceptive or inflammatory stimulus. The antinociceptive activity was evaluated in male mice Swiss using the abdominal writhing test induced by acetic acid 0,8%, the formalin test to 2% and the hot plate test. Morphine and indomethacin (5 mg/kg; s.c.) were used as controls. The anti-inflamatory activity in male rats Wistar was assayed through of the peritonitis induced by carrageenan - Cg (700 Âg/cav) and of the paw edemas Cg- (700 Âg/paw), dextran- (500 Âg/paw) or LSf-induced (9 mg/kg) models. Dexamethasone (1 mg/kg; s.c.) was used as control. The LSf edematogenic action (1, 3 or 9 mg/kg) was evaluated by the application of this lectin in the rat paws and by the pharmacological modulation of the edema formed. The toxicity study of LSf (9 mg/kg; i.v.) was carried out through of its application in mice (7 days) and of the analysis of the physical, biochemical and histological parameters. LSf significantly reduced the number of abdominal writhing and the paw licking time in the second phase of formalin test, but didnât prolong the reaction time in hot plate test. The LSf also inhibited the cell migration in peritonitis induced by Cg and the paw edemas induced by Cg, dextran and LSf. Moreover, LSf showed edematogenic activity, which was inhibited by indomethacin and dexamethasone. Additionally, the LSf administration for 7 days presented no signs of systemic damages, except for the reduced level of alkaline phosphatase and splenomegaly. Concluding, the LSf has antinociceptive, anti-inflammatory (i.v.) and edematogenic (i.pl.) properties and could represent a potential therapeutic agent and a possible tool for the inflammation study.
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Purificacao e caracterizacao do pigmento vermelho R-Ficoeritrina da macroalga marinha Solieria filiformis (Kutzing) P.W. Gabrielson / Purification and characterization of the red pigment R-Phycoerythrin from marine macroalga Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson

Bastos Filho, Acrisio José Uchôa January 2016 (has links)
BASTOS FILHO, Acrisio José Uchôa. Purificacao e caracterizacao do pigmento vermelho R-Ficoeritrina da macroalga marinha Solieria filiformis (Kutzing) P.W. Gabrielson. 2016. 89 f. Dissertação (Mestre em Bioquímica)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Anderson Silva Pereira (anderson.pereiraaa@gmail.com) on 2017-01-23T19:52:50Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_ajubastosfilho.pdf: 4422988 bytes, checksum: d189227ffad26f130ad929a67605b2ce (MD5) / Approved for entry into archive by Jairo Viana (jairo@ufc.br) on 2017-01-23T20:31:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_ajubastosfilho.pdf: 4422988 bytes, checksum: d189227ffad26f130ad929a67605b2ce (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-23T20:31:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_ajubastosfilho.pdf: 4422988 bytes, checksum: d189227ffad26f130ad929a67605b2ce (MD5) Previous issue date: 2016 / R-Phycoerythrin (R-PE) is a red photosynthetic pigment (phycobiliprotein) present in Rhodophyta and it has wide application in biotechnology as a fluorescent probe in immunology, cell biology, and natural colorant in foods and cosmetics. Therefore, this study aimed to purify and to characterize partially the fluorescent photosynthetic pigment R-PE from red marine macroalgae Solieria filiformis, abundant in the Brazilian northeastern coast with high potential for cultivation in the sea. A purification scheme with protein precipitation (ammonium sulfate 90% saturation) followed by chromatography on matrices DEAE-Sephacel and Sephacryl S-300, produced a purified pigment that have three absorption peaks (495, 540 and 564 nm), one fluorescence emission peak (575 nm when excited at 495 nm) and a purity index of 4.5, enabling it’s application as a fluorescent marker in biotechnology. The purification process of the R-PE was a recovery of 12.78% and a yield of 0.17 mg/g of dry seaweed. Electrophoresis (SDS-PAGE) of R-PE showed one protein band in the absence of reducing agent and three protein bands with molecular weight of 18, 20, 37 kDa, regarding the α, β and γ subunits, in the presence of a reducing agent. R-PE showed 60% of α-helix in their secondary structure, while maintaining stability of the structure up to 80 °C. The spectroscopic properties of the R-PE showed stability up to 70 °C, however, a reduction of 72.1% and 98.5% in their absorption and fluorescence emission spectra were observed, respectively, only at 80 °C for 1 hour . The absorption capacity of R-PE, stored for 30 days, remained stable at temperatures of -20 °C and 4 °C, but at 25 °C, a significant reduction of the absorption peak was observed at 5 days (81.6%, 90.6% and 92.7% compared to the peaks 495, 540 and 564, respectively). It was observed reduction of fluorescence capability of 42.5%, 33.3% and 100% when stored for 5 days at 20 °C, 4 °C and 25 °C, respectively. In accord with these results was established a purification protocol for R-phycoerythrin from S. filiformis, with a high purity index and a high molecular weight made up of monomeric subunits (α, β and γ), with predominance of secondary structure in α-helix thermostable, spectroscopic properties (absorption and fluorescence) of high stability, and especially in appropriate storage conditions. / A R-Ficoeritrina (R-FE), um pigmento fotossintético vermelho (ficobiliproteína) presente em macroalgas rodofíceas, tem ampla aplicação em biotecnologia como sonda fluorescente em imunologia, biologia celular, além de corante natural em alimentos e cosméticos. Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo purificar e caracterizar parcialmente o pigmento fotossintético fluorescente R-FE da Solieria filiformis, macroalga marinha vermelha abundante no litoral nordestino brasileiro e com alto potencial para cultivo no mar. Um esquema de purificação com precipitação proteica (sulfato de amônio 90% de saturação), seguido por cromatografias em matrizes de DEAE-Sephacel e Sephacryl S-300, gerou um pigmento purificado apresentando três picos de absorção (495, 540 e 564 nm), um pico de emissão de fluorescência (575 nm, quando excitada a 495 nm), e um índice de pureza de 4,5, possibilitando sua aplicação como marcador fluorescente na biotecnologia. O processo de purificação da R-FE apresentou uma recuperação de 12,78% e um rendimento de 0,17 mg/g de alga seca. Por eletroforese (PAGE-SDS) a R-FE apresentou uma banda proteica na ausência do agente redutor e três bandas proteicas com massas moleculares de 18, 20 e 37 kDa, referentes as subunidades α, β e γ, na presença do agente redutor. A R-FE apresentou 60% de α-hélice em sua estrutura secundária, mantendo estabilidade dessa estrutura até 70 °C. As propriedades espectroscópicas da R-FE demonstraram estabilidade até 70 °C, porém, foi observada uma redução de 72,1 % e 98,5 % nos seus espectros de absorção e emissão de fluorescência, respectivamente, somente a 80 °C por 1 hora. A capacidade de absorção da R-FE pura, ao ser armazenada por 30 dias, se manteve estável nas temperaturas de -20 °C e 4 °C, porém, a 25 °C, foi observada uma redução significativa dos picos de absorção com 5 dias (81,6%, 90,6% e 92,7%, em relação aos picos de 495, 540 e 564, respectivamente). Quanto a sua capacidade de fluorescência, foi observada uma redução de 42,5 %, 33,3 % e 100 %, ao ser armazenada por apenas 5 dias nas temperaturas de -20 °C, 4 °C e 25 °C, respectivamente. Diante dos resultados, foi estabelecido um protocolo de purificação para R-ficoeritrina de S. filiformis, apresentando um elevado índice de pureza e uma alta massa molecular constituída de três subunidades monoméricas (α, β e γ), apresentando predominância de estrutura secundária em α-hélice termoestável, propriedades espectroscópicas (absorbância e fluorescência) de elevada estabilidade, e, sobretudo em condições adequadas de armazenamento.
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Efeitos da Lectina da Alga Marinha Vermelha Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson na Nocicepção e Inflamação em Animais / Effects of the Lectin from the Red Marine Alga Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson in Nociception and Inflammation in Animals

Abreu, Ticiana Monteiro January 2012 (has links)
ABREU, Ticiana Monteiro. Efeitos da Lectina da Alga Marinha Vermelha Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson na Nocicepção e Inflamação em Animais. 2012. 112 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2012. / Submitted by Eric Santiago (erichhcl@gmail.com) on 2016-07-13T14:06:13Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_tmabreu.pdf: 2823964 bytes, checksum: 547d578a7f85a4ed5fc8d14497be0364 (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa (jairo@ufc.br) on 2016-07-14T22:50:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_tmabreu.pdf: 2823964 bytes, checksum: 547d578a7f85a4ed5fc8d14497be0364 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-14T22:50:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_tmabreu.pdf: 2823964 bytes, checksum: 547d578a7f85a4ed5fc8d14497be0364 (MD5) Previous issue date: 2012 / The seaweeds are a source of bioactive compounds, which gained importance in pharmacological applications. Among these, there are the lectins, which are (glyco)proteins that bind to specific mono or oligosaccharides. The aim of this study was to isolate the lectin from the red seaweed Solieria filifmoris (LSf), investigate its properties in acute nociception and inflammation, and their possible signs of toxicity in animals. Initially, the LSf was purified by extraction with Tris-HCl buffer 25 mM (pH 7,5), precipitation with ammonium sulfate (70%) and chromatographies in DEAE-cellulose and Sephadex G-100 columns. In the evaluation of the biological activities, animals groups (n=6) were submitted to pretreatment with LSf (1, 3 or 9 mg/kg; i.v.), 30 min before of the nociceptive or inflammatory stimulus. The antinociceptive activity was evaluated in male mice Swiss using the abdominal writhing test induced by acetic acid 0,8%, the formalin test to 2% and the hot plate test. Morphine and indomethacin (5 mg/kg; s.c.) were used as controls. The anti-inflamatory activity in male rats Wistar was assayed through of the peritonitis induced by carrageenan - Cg (700 µg/cav) and of the paw edemas Cg- (700 µg/paw), dextran- (500 µg/paw) or LSf-induced (9 mg/kg) models. Dexamethasone (1 mg/kg; s.c.) was used as control. The LSf edematogenic action (1, 3 or 9 mg/kg) was evaluated by the application of this lectin in the rat paws and by the pharmacological modulation of the edema formed. The toxicity study of LSf (9 mg/kg; i.v.) was carried out through of its application in mice (7 days) and of the analysis of the physical, biochemical and histological parameters. LSf significantly reduced the number of abdominal writhing and the paw licking time in the second phase of formalin test, but didn’t prolong the reaction time in hot plate test. The LSf also inhibited the cell migration in peritonitis induced by Cg and the paw edemas induced by Cg, dextran and LSf. Moreover, LSf showed edematogenic activity, which was inhibited by indomethacin and dexamethasone. Additionally, the LSf administration for 7 days presented no signs of systemic damages, except for the reduced level of alkaline phosphatase and splenomegaly. Concluding, the LSf has antinociceptive, anti-inflammatory (i.v.) and edematogenic (i.pl.) properties and could represent a potential therapeutic agent and a possible tool for the inflammation study. / As algas marinhas são fontes de compostos bioativos, os quais vêm despertando interesse em aplicações farmacológicas. Dentre esses, destacam-se as lectinas, que são (glico)proteínas que se ligam a mono ou oligossacarídeos específicos. O objetivo desse trabalho foi isolar a lectina da alga marinha vermelha Solieria filiformis (LSf), investigar as suas propriedades na nocicepção e na inflamação aguda e seus possíveis sinais de toxicidade em animais. Inicialmente, a LSf foi purificada por extração com tampão Tris-HCl 25mM, pH 7,5, precipitação com sulfato de amônio (70%) e cromatografias em colunas de DEAE-celulose e Sephadex G-100. Na avaliação das atividades biológicas, grupos de animais (n=6) foram submetidos ao pré-tratamento com a LSf (1, 3 ou 9 mg/kg; i.v.), 30 min antes do estímulo nociceptivo ou inflamatório. A atividade antinociceptiva foi avaliada em camundongos Swiss machos através dos ensaios de contorções abdominais induzidas por ácido acético 0,8%, teste da formalina a 2% e da placa quente. Morfina e indometacina (5 mg/kg; s.c.) foram utilizadas como controles. A atividade anti-inflamatória em ratos Wistar machos foi avaliada através dos ensaios de peritonite induzida por carragenana - Cg (700 µg/cav) e de edema de pata induzidos por Cg (700 µg/pata); dextrano (500 µg/pata); ou pela própria LSf (9 mg/kg). Dexametasona (1 mg/kg; s.c.) foi utilizada como controle. A ação edematogênica da LSf (1, 3 ou 9 mg/kg) foi avaliada através da sua aplicação na pata de ratos e da modulação farmacológica do edema formado. O estudo da toxicidade da LSf (9 mg/kg;i.v.) foi realizado através da sua aplicação em camundogos (7 dias) e da análise dos parâmetros físicos, bioquímicos e histológicos. A LSf reduziu significativamente o número de contorções abdominais e o tempo de lambedura da pata na segunda fase do teste da formalina, porém não prolongou o tempo de reação na placa quente. A LSf também inibiu a migração celular na peritonite induzida por Cg e os edemas de pata induzidos por Cg, dextrano e LSf. Ademais, LSf apresentou atividade edematogênica, que foi inibida por indometacina e dexametasona. Adicionalmente, a administração da LSf por 7 dias não apresentou sinais de danos sistêmicos, exceto pela redução no nível de fosfatase alcalina e esplenomegalia. Concluindo, a LSf possui propriedades antinociceptiva, anti-inflamatória (i.v.) e edematogênica (i.pl.), podendo representar um potencial agente terapêutico e uma possível ferramenta para o estudo da inflamação.
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Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson: textura de géis aquosos e lácteos / Farming the red seaweed Solieria filiformis (Kützing) PW Gabrielson: texture of aqueous gels and dairy

Lima, Ticiana de Brito January 2012 (has links)
LIMA, Ticiana de Brito. Cultivo da alga marinha vermelha Solieria filiformis (Kützing) P.W. Gabrielson: textura de géis aquosos e lácteos. 2012. 71 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2012. / Submitted by Eric Santiago (erichhcl@gmail.com) on 2016-07-13T13:40:06Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_tblima.pdf: 3568499 bytes, checksum: d48f3a061d05e6c3a9b0df95c1bf6115 (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa (jairo@ufc.br) on 2016-07-14T22:56:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_tblima.pdf: 3568499 bytes, checksum: d48f3a061d05e6c3a9b0df95c1bf6115 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-14T22:56:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_tblima.pdf: 3568499 bytes, checksum: d48f3a061d05e6c3a9b0df95c1bf6115 (MD5) Previous issue date: 2012 / The red seaweed Solieria filiformis, abundant in Ceará, biossintetiza, among other polysaccharides, phycoloide called carrageenan of great commercial importance due to its properties thickeners, stabilizers and gelling agents. In Brazil, exotic species of marine algae are being grown on a commercial scale in order to meet the demand of industrial phycoloide. The aim of this study was to analyze the texture of aqueous gels made with milk and carrageenan extracted from seaweed S. filiformis, cultivated in Ceará through sporulation natural technique, in order to establish a comparison between these gels and those prepared with commercial carrageenans (iota and kappa carrageenan). The algae were grown through sporulation natural, where monthly PVC structures (25 mm) in size 25 x 44 cm, each containing a single nylon cord (10 mm) of 23 m length were kept at depths of 1 and 2 m over a period of nine months. For extraction of carrageenan were collected at both depths seaweed samples S. filiformis backstage with higher and lower biomass, some for the rainy season (January and April) and dry (October and November). Initially, the algae were dried, crushed in electric grinder and subjected to aqueous extraction (1.5% m / v), stirring every 20 minutes in a water bath at 90 °C for 4 h. The homogenates were filtered through nylon cloth, the waste discarded. The filtrates were subjected to filtration on a vacuum funnel sintered plate, and carrageenans obtained were frozen, lyophilized and weighed. The highest yields were obtained from carrageenan seaweed collected from the scenes that have accumulated during the dry spores (35.6% - November 2M to 45.3% - October 1M), while the algae that accumulated during the rainy season had the lowest incomes (29 6% - April 1M to 33.8% - April 2M). In contrast, levels of total sugars ranged between 37.6 and 50.5% and the content of carrageenan sulfate ranged from 21.6 to 33.3% according to the levels already checked to carrageenans of the iota type. The texture of aqueous gels in the presence of CaCl2 and 0.1% milk prepared with carrageenan S. filiformis and commercial concentrations of 0.5 and 1.5%, were analyzed for firmness, adhesiveness, cohesiveness, springiness, gumminess and chewiness. All samples with carrageenan derived from S. filiformis backstage obtained values of firmness, gumminess and chewiness than those found for ι-carrageenan commercial. Backstage November had the highest values in the parameter of firmness for aqueous gels and compared to ι-carrageenan commercial dairy. Adhesiveness, elasticity and cohesiveness showed values close to those found for ι-carrageenan commercial. The results for firmness and chewiness of κ-carrageenan were superior when compared to commercial car ι-carrageenan and S. filiformis. The gels formulated with milk obtained results strongly higher than those formulated with a solution of calcium chloride 0.1% due to interactions between the proteins and the milk carrageenan. With the data obtained it can be concluded that the use of carrageenan S. filiformis derived by sporulation natural cultivation is capable of forming gels when compared to stronger ι-carrageenan commercial could generate savings through the use of lower concentrations of the carrageenan commercial, to obtain the desired firmness of a product. / A alga marinha vermelha Solieria filiformis, abundante no litoral cearense, biossintetiza, dentre outros polissacarídeos, um ficocolóide denominado carragenana de grande importância comercial devido às suas propriedades espessantes, estabilizantes e gelificantes. No Brasil, espécies exóticas de algas marinhas vêm sendo cultivadas em escala comercial com o objetivo de suprir a demanda industrial desse ficocolóide. O objetivo desse trabalho foi analisar a textura de géis aquosos e lácteos elaborados com ι-carragenana extraída da alga S. filiformis, cultivada no litoral cearense através da técnica de esporulação natural, com a finalidade de estabelecer um comparativo entre esses géis e aqueles elaborados com carragenanas comerciais (ι e κ carragenanas). As algas foram cultivadas através de esporulação natural, onde mensalmente estruturas de PVC (25 mm) de tamanho 25 x 44 cm, contendo cada uma única corda de nylon (10 mm) de 23 m de comprimento foram mantidas em profundidades de 1 e 2 m durante um período de nove meses. Para extração da ι-carragenana foram coletadas em ambas profundidades amostras da alga S. filiformis dos bastidores que apresentaram maior e menor biomassa, determinadas para a estação chuvosa (Janeiro- 26,2 Kg e Abril- 46,5 Kg) e seca (Outubro- 53,0 Kg e Novembro- 31,7 Kg). Inicialmente, as algas foram secas, trituradas em moinho elétrico e submetidas à extração aquosa (1,5% m⁄v), sob agitação a cada 20 minutos, em banho-maria a 90 ºC durante 4 h. Os homogenatos foram filtrados em tecido de nylon, os resíduos descartados. Os filtrados foram submetidos a uma filtração à vácuo em funil de placa sinterizada, e as carragenanas obtidas foram congeladas, liofilizadas e pesadas. Os maiores rendimentos de ι-carragenana obtidos foram das algas coletadas dos bastidores que acumularam esporos no período seco (35,6%- Novembro 2M a 45,3%- Outubro 1M), enquanto as algas que acumularam no período chuvoso apresentaram os menores rendimentos (29,6%- Abril 1M a 33,8%- Abril 2M). Já os teores de açúcares totais variaram entre 37,6 e 50,5% e os teores de sulfato das carragenanas variaram de 21,6 a 33,3%, de acordo com os teores já verificados para carragenanas do tipo ι. A textura dos géis aquosos na presença de CaCl2 0,1% e lácteos preparados com as ι- caragenanas de S. filiformis e caragenanas comerciais nas concentrações de 0,5 e 1,5%, foram analisados quanto a firmeza, adesividade, coesividade, elasticidade, gomosidade e mastigabilidade. Todas as amostras com ι-carragenanas de S. filiformis dos bastidores obtiveram valores de firmeza, gomosidade e mastigabilidade superiores aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os bastidores de novembro das amostras com ι-carragenanas de S. filiformis obtiveram os maiores valores no parâmetro de firmeza para os géis aquosos e lácteos quando comparados aos géis comerciais. Adesividade, elasticidade e coesividade mostraram valores próximos aos encontrados para ι-carragenana comercial. Os resultados obtidos para firmeza e mastigabilidade da κ-carragenana foram superiores quando comparados a ι-carragenana de S. filiformis e ι-carragenana comercial. Os géis formulados com leite reconstituído obtiveram resultados de firmeza superiores aos formulados com solução de cloreto de cálcio 0,1%, devido às interações entre as proteínas do leite e a ι-carragenana. Com os dados obtidos pode-se concluir que a utilização da ι-carragenana de S. filiformis oriunda de cultivo por esporulação natural é capaz de formar géis mais firmes quando comparada a ι- carragenana comercial, podendo gerar economia através da utilização de concentrações de carragenana inferiores a comercial, para se obter a firmeza desejada para um produto.

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