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Morte e vida em cena : descortinando o interdito sobre (vi)ver o cuidado na morte e no morrer de pacientes

Monteiro, Daniela Trevisan January 2017 (has links)
Tomando-se como foco o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer, a presente pesquisa teve como objetivo descortinar o interdito sobre a morte e o morrer, as percepções, os significados, os sentimentos e dificuldades atribuídos pelos profissionais da saúde sobre o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e observações, e teve duração de julho a outubro de 2016. Foram entrevistados 34 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram submetidos à triangulação a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais significam a morte enquanto passagem, na crença de que existe algo após. A morte pode ser aceita quando esperada em pacientes idosos, com longo tempo de tratamento de alguma doença crônica. No entanto, não é aceita quando se trata de pacientes jovens e, principalmente, quando são mortes traumáticas de crianças. Na clínica médica, o vínculo prolongado com os pacientes possibilita aos profissionais diferentes formas de cuidados e é viso, na maioria das vezes, como algo positivo na relação apesar de gerar maior sofrimento quando acontece a morte ou a piora do paciente, sendo fonte de prejuízo à saúde mental. No pronto socorro, a morte gera sofrimento apenas quando traumática, não há lugar ou tempo para a morte nesta unidade, pois as intercorrências próprias da emergência e da organização do trabalho, como a superlotação, são as maiores fontes de estresse para os profissionais, sendo a saúde mental afetada por esses motivos. Os principais sentimentos destacados quando ocorre à morte de um paciente, em ambas as unidades, são: frustração, impotência, tristeza e compaixão. Apesar de lidarem com a morte no dia a dia, ela não é elaborada ou conversada entre os profissionais, havendo um forte interdito sobre o assunto, que é passado também aos pacientes e familiares. É comum a utilização de estratégias defensivas, como racionalização e distanciamento do paciente para não enfrentar a finitude do outro e, consequentemente, a sua própria. Para a maioria dos profissionais é inevitável relacionar o paciente com pessoas conhecidas, membros da família ou eles próprios, essa identificação causa maior sofrimento, principalmente quando o profissional está vivenciando uma situação familiar parecida. A maior parte dos profissionais possui como exigência própria aproveitar melhor a vida, pois vivenciam muito sofrimento no ambiente hospitalar. Concluiu-se que, o cuidado dos pacientes em processo de morte e morrer versam em cima do interdito social que a morte carrega, pois apesar de gerar sofrimento aos profissionais, não se reflete sobre a morte de pacientes. Na clínica médica a morte gera maior sofrimento devido ao tempo de convivência entre profissionais e pacientes. No pronto socorro, a morte fica subtraída diante de uma rotina marcada pelos inúmeros procedimentos que necessitam ser realizados, não permitindo espaços para elaborações individuais ou coletivas. A saúde mental dos profissionais fica sujeita e sujeitada pelas exigências do trabalho, não permitindo considerar o doente em sua integralidade, como sujeito na vida e na morte. Ademais, não se pode dizer que a morte é naturalizada pelos profissionais, se esses não se permitem olhar para ela de forma límpida, sem tantas estratégias defensivas. / Taking as a focus the care of patients in the process of death and dying, the present research had the objective to uncover the prohibition on death and dying, perceptions, meanings, feelings and difficulties attributed by health professionals about care of patients in the process of death and dying. Therefore, a descriptive study of qualitative nature was performed. Data collection was done through interviews and observations, and lasted from July to October 2016. It was interviewed 34 medical professionals and nurses who work in the medical clinic and emergency department units in a university hospital in Rio Grande do Sul. The obtained data were submitted to triangulation from the content analysis. The results showed that most professionals mean death as a passage, in the belief that there is something after. Death can be accepted when expected in elderly patients, with long time of treatment of some chronic disease. However, it is not accepted when it comes to young patients and, especially, when they are traumatic deaths of children. In the medical clinic, the long-term relationship with the patients allows the professionals different forms of care and is seen, mostly, as something positive in the relationship despite generating greater suffering when the death or worsening of the patient happens, being a source of damage to mental health. In the emergency department, death generates suffering only when traumatic, there is no place or time for death in this unit, because the intercurrences of emergency and work organization, such as overcrowding, are the major sources of stress for professionals, mental health being affected by these reasons. The main feelings highlighted when a patient dies in both units are: frustration, impotence, sadness and compassion. Although they deal with death daily, it is not elaborated or talked among professionals, there is a strong interdiction on the subject, which is passed to patients and family. It is common to use defensive strategies, such as rationalization and distancing the patient to not face the finitude of the other and, consequently, his own. For most professionals it is inevitable to relate the patient with known people, family members or themselves, this identification causes more suffering, especially when the professional is experiencing a similar family situation. Most part of the professionals has as their own requirement to enjoy life, because they experience much suffering in the hospital. It was concluded that the care of the patients in the process of death and dying are based on the social prohibition that death carries, because despite generating suffering for professionals, it is not reflected on the death of patients. In medical clinic the death generates greater suffering due to the time of coexistence between professionals and patients. In the emergency department, death is subtracted before a routine marked by numerous procedures that need to be performed, not allowing spaces for individual or collective elaborations. The mental health of professionals is subject and subjected to the demands of work, not allowing to consider the patient in its entirety, as subject in life and death. In addition, it cannot be said that death is naturalized by professionals, if they do not allow themselves to look at it in a limpid way, without many defensive strategies.
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Morte e vida em cena : descortinando o interdito sobre (vi)ver o cuidado na morte e no morrer de pacientes

Monteiro, Daniela Trevisan January 2017 (has links)
Tomando-se como foco o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer, a presente pesquisa teve como objetivo descortinar o interdito sobre a morte e o morrer, as percepções, os significados, os sentimentos e dificuldades atribuídos pelos profissionais da saúde sobre o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e observações, e teve duração de julho a outubro de 2016. Foram entrevistados 34 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram submetidos à triangulação a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais significam a morte enquanto passagem, na crença de que existe algo após. A morte pode ser aceita quando esperada em pacientes idosos, com longo tempo de tratamento de alguma doença crônica. No entanto, não é aceita quando se trata de pacientes jovens e, principalmente, quando são mortes traumáticas de crianças. Na clínica médica, o vínculo prolongado com os pacientes possibilita aos profissionais diferentes formas de cuidados e é viso, na maioria das vezes, como algo positivo na relação apesar de gerar maior sofrimento quando acontece a morte ou a piora do paciente, sendo fonte de prejuízo à saúde mental. No pronto socorro, a morte gera sofrimento apenas quando traumática, não há lugar ou tempo para a morte nesta unidade, pois as intercorrências próprias da emergência e da organização do trabalho, como a superlotação, são as maiores fontes de estresse para os profissionais, sendo a saúde mental afetada por esses motivos. Os principais sentimentos destacados quando ocorre à morte de um paciente, em ambas as unidades, são: frustração, impotência, tristeza e compaixão. Apesar de lidarem com a morte no dia a dia, ela não é elaborada ou conversada entre os profissionais, havendo um forte interdito sobre o assunto, que é passado também aos pacientes e familiares. É comum a utilização de estratégias defensivas, como racionalização e distanciamento do paciente para não enfrentar a finitude do outro e, consequentemente, a sua própria. Para a maioria dos profissionais é inevitável relacionar o paciente com pessoas conhecidas, membros da família ou eles próprios, essa identificação causa maior sofrimento, principalmente quando o profissional está vivenciando uma situação familiar parecida. A maior parte dos profissionais possui como exigência própria aproveitar melhor a vida, pois vivenciam muito sofrimento no ambiente hospitalar. Concluiu-se que, o cuidado dos pacientes em processo de morte e morrer versam em cima do interdito social que a morte carrega, pois apesar de gerar sofrimento aos profissionais, não se reflete sobre a morte de pacientes. Na clínica médica a morte gera maior sofrimento devido ao tempo de convivência entre profissionais e pacientes. No pronto socorro, a morte fica subtraída diante de uma rotina marcada pelos inúmeros procedimentos que necessitam ser realizados, não permitindo espaços para elaborações individuais ou coletivas. A saúde mental dos profissionais fica sujeita e sujeitada pelas exigências do trabalho, não permitindo considerar o doente em sua integralidade, como sujeito na vida e na morte. Ademais, não se pode dizer que a morte é naturalizada pelos profissionais, se esses não se permitem olhar para ela de forma límpida, sem tantas estratégias defensivas. / Taking as a focus the care of patients in the process of death and dying, the present research had the objective to uncover the prohibition on death and dying, perceptions, meanings, feelings and difficulties attributed by health professionals about care of patients in the process of death and dying. Therefore, a descriptive study of qualitative nature was performed. Data collection was done through interviews and observations, and lasted from July to October 2016. It was interviewed 34 medical professionals and nurses who work in the medical clinic and emergency department units in a university hospital in Rio Grande do Sul. The obtained data were submitted to triangulation from the content analysis. The results showed that most professionals mean death as a passage, in the belief that there is something after. Death can be accepted when expected in elderly patients, with long time of treatment of some chronic disease. However, it is not accepted when it comes to young patients and, especially, when they are traumatic deaths of children. In the medical clinic, the long-term relationship with the patients allows the professionals different forms of care and is seen, mostly, as something positive in the relationship despite generating greater suffering when the death or worsening of the patient happens, being a source of damage to mental health. In the emergency department, death generates suffering only when traumatic, there is no place or time for death in this unit, because the intercurrences of emergency and work organization, such as overcrowding, are the major sources of stress for professionals, mental health being affected by these reasons. The main feelings highlighted when a patient dies in both units are: frustration, impotence, sadness and compassion. Although they deal with death daily, it is not elaborated or talked among professionals, there is a strong interdiction on the subject, which is passed to patients and family. It is common to use defensive strategies, such as rationalization and distancing the patient to not face the finitude of the other and, consequently, his own. For most professionals it is inevitable to relate the patient with known people, family members or themselves, this identification causes more suffering, especially when the professional is experiencing a similar family situation. Most part of the professionals has as their own requirement to enjoy life, because they experience much suffering in the hospital. It was concluded that the care of the patients in the process of death and dying are based on the social prohibition that death carries, because despite generating suffering for professionals, it is not reflected on the death of patients. In medical clinic the death generates greater suffering due to the time of coexistence between professionals and patients. In the emergency department, death is subtracted before a routine marked by numerous procedures that need to be performed, not allowing spaces for individual or collective elaborations. The mental health of professionals is subject and subjected to the demands of work, not allowing to consider the patient in its entirety, as subject in life and death. In addition, it cannot be said that death is naturalized by professionals, if they do not allow themselves to look at it in a limpid way, without many defensive strategies.
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Cuidado ao paciente na terminalidade: vivência de profissionais da saúde de um serviço de atenção domiciliar

Platel, Indiara Carvalho Dos Santos 25 April 2016 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-12-01T13:07:49Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1466086 bytes, checksum: 1e09a0784d1f4e4b4f096322f2f15d20 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-01T13:07:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1466086 bytes, checksum: 1e09a0784d1f4e4b4f096322f2f15d20 (MD5) Previous issue date: 2016-04-25 / The caring is a action endowed with responsibility, in which we shall consider the different dimensions and real necessities of the human being. It is a peculiar characteristic to all the health professionals, which demand fundamental practices at the life quality and promotion, mainly considering the terminal ill assistance. This study aimed to investigate the health professional experience at a household attention service with the care turned to the terminal patient. Methodology: It is an exploratory-qualitative research, guided by criteria established at the Qualitative Research Reporting. The scenario involved the Household attention service, located in João Pessoa – PB. Twenty professionals from the superior level participated at this study: two doctors, six nurses, Five physiotherapists, two nutritionists, two psychologist, two speech therapist and a social assistant from the multi professionals team at the household attention and from the multi professional support teams. To capture the empirical material, was used the interview technique that followed a script containing guided questions, pertinent to the proposed objective to this study. Data were collected between February and May 2015, after the agreement of the Education Management at Health from the referred city and the Ethics Research Committee of the Health Sciences Center approval, as certificate as CAAE register under the number: 39989514.0.0000.5188. The empirical material was analyzed in a qualitative way, through the Content Analysis Technique proposed by Bardin. . Results: From data collection, emerged two originals manuscripts. To the first was given the name “Professional experience at a household attention service at the terminal patient caring”, from with were identified three categories: “Humanization at the terminal patient assistance: promoting autonomy, dignity and life quality”; “The terminal patient: feelings experienced during the caring promotion”; and “Terminal patient care, personal and professional permanent learning.” And the second, “Therapeutic actions promoted to the terminal patient: professionals experience at a household attention service, which resulted in two categories construction: “Therapeutic actions directed to biological necessities of the terminal ill to comfort and life quality promotion.” And “Therapeutic actions promoted to answer the psycho socials and spirituals terminal patient’s needs” Conclusion: The health professionals experience during the terminal patient caring action, in the household context, is based on a holistic assistance, with Essentials therapeutic to the humanized care, that brings respect and dignity to the patient at the life ending process. / El cuidado es una acción dotada de responsabilidad y corresponsabilidad, en las que se debe tener en cuenta las diferentes dimensiones y las necesidades humanas reales. Es una característica peculiar de todos los profesionales de la salud, de las cuales las prácticas de demanda son basadas en la promoción de la calidad de vida, especialmente teniendo en cuenta la asistencia al paciente con condición de enfermedad terminal. Este estudio tuvo como objetivo investigar la experiencia de los profesionales de la salud de un Servicio de Atención Domiciliaria en el cuidado basado en el paciente de la enfermedad terminal. Metodología: Se trata de una investigación exploratoria, cualitativa, guiada por los criterios establecidos en los informes de investigación cualitativa. El escenario implica Servicio de Cuidados en el hogar, con sede en la ciudad de João Pessoa - PB. En el estudio participaron veinte profesionales de primer nivel: dos médicos, seis enfermeras, cinco fisioterapeutas, dos nutricionistas, dos psicólogos, dos logopedas y un asistente social de equipos multidisciplinares de atención domiciliaria y equipos multidisciplinares de apoyo. Para captar el material empírico, se utilizó la técnica de la entrevista, que siguió una secuencia de comandos que contiene preguntas de orientación pertinentes para el objetivo propuesto para el estudio. Los datos fueron recolectados de febrero a mayo de 2015, tras el acuerdo de la Gestión de la Educación en Salud del municipio y aprobados por el Comité Ético de Investigación del Centro de Ciencias de la Salud, de acuerdo con el certificado con el registro CAAE con el número: 39989514.0.0000.5188. El material empírico se analizó cualitativamente a través de la técnica de análisis de contenido propuesto por Bardin. Resultados: A partir del análisis de datos, surgieron dos manuscritos originales. La primera, titulada "Los profesionales de la experiencia de un servicio de atención a domicilio para el cuidado de pacientes en enfermedad terminal", que se identificaron tres categorías fi cado: "Humanización en la atención al paciente de la enfermedad terminal: la promoción de la independencia, la dignidad y calidad de vida"; "El paciente de la enfermedad terminal: sentimientos experimentados en la promoción de la atención"; y "Atención al Paciente de la enfermedad terminal, el aprendizaje constante y personal profesional". Y el segundo, "acciones terapéuticas promovidos al paciente de la enfermedad terminal: la experiencia de los profesionales de un servicio de atención a domicilio", lo que dio lugar a la construcción de dos categorías: "Las acciones terapéuticas dirigidas a las necesidades biológicas de los enfermos terminales para promover la comodidad y la calidad vida "y" acciones terapéuticas promovidas para satisfacer las necesidades psicosociales y espirituales de los enfermos terminales". Conclusión: La experiencia de los profesionales de la salud en el acto de cuidar al paciente de la enfermedad terminal en el contexto familiar, se basa en una atención integral con terapias esenciales para el cuidado humanizado para lograr el respeto y la dignidad al paciente en la finitud del proceso de la vida. / Cuidar é uma ação dotada de responsabilidade e corresponsabilidade, na qual se devem considerar as diferentes dimensões e reais necessidades do ser humano. É uma característica peculiar a todos os profissionais da saúde, dos quais demanda práticas fundamentadas na promoção da qualidade de vida, principalmente considerando a assistência ao doente em condição de terminalidade. Este estudo teve como objetivo investigar a vivência de profissionais da saúde de um Serviço de Atenção Domiciliar no cuidado voltado para o paciente na terminalidade. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, norteada pelos critérios estabelecidos no Relatório Pesquisa Qualitativos – COREQ. O cenário envolveu o Serviço de Atenção Domiciliar, localizado no município de João Pessoa – PB. Participaram do estudo vinte profissionais de nível superior: duas médicas, seis enfermeiras, cinco fisioterapeutas, duas nutricionistas, duas psicólogas, duas fonoaudiólogas e uma assistente social das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar e das Equipes Multiprofissionais de Apoio. Para apreender o material empírico, foi empregada a técnica de entrevista, que seguiu um roteiro contendo questões norteadoras pertinentes ao objetivo proposto para o estudo. Os dados foram coletados no período de fevereiro a maio de 2015, depois da concordância da Gerência de Educação em Saúde do referido município e da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde, conforme certidão com registro CAAE, sob o número: 39989514.0.0000.5188. O material empírico foi analisado qualitativamente, por meio da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: A partir da análise dos dados, emergiram dois manuscritos originais. O primeiro, intitulado “Vivência de profissionais de um serviço de atenção domiciliar ao cuidar de pacientes na terminalidade”, do qual foram identificadas três categorias: “Humanização na assistência ao paciente em terminalidade: promovendo autonomia, dignidade e qualidade de vida”; “O paciente em terminalidade: sentimentos vivenciados na promoção do cuidado”; e “Cuidar do paciente na terminalidade: constante aprendizado pessoal e profissional”. E o segundo, “Ações terapêuticas promovidas para o paciente na terminalidade: vivência de profissionais de um serviço de atenção domiciliar”, que resultou na construção de duas categorias: “Ações terapêuticas direcionadas às necessidades biológicas do doente terminal para promoção do conforto e da qualidade de vida” e “Ações terapêuticas promovidas para atender às necessidades psicossociais e espirituais do doente terminal”. Conclusão: A vivência de profissionais de saúde no ato de cuidar do paciente na terminalidade, no contexto domiciliar, fundamenta-se em uma assistência holística, com terapêuticas essenciais para o cuidado humanizado, que promova respeito e dignidade para o paciente em processo de finitude da vida.
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Morte e vida em cena : descortinando o interdito sobre (vi)ver o cuidado na morte e no morrer de pacientes

Monteiro, Daniela Trevisan January 2017 (has links)
Tomando-se como foco o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer, a presente pesquisa teve como objetivo descortinar o interdito sobre a morte e o morrer, as percepções, os significados, os sentimentos e dificuldades atribuídos pelos profissionais da saúde sobre o cuidado de pacientes em processo de morte e morrer. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e observações, e teve duração de julho a outubro de 2016. Foram entrevistados 34 profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de clínica médica e pronto socorro em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram submetidos à triangulação a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais significam a morte enquanto passagem, na crença de que existe algo após. A morte pode ser aceita quando esperada em pacientes idosos, com longo tempo de tratamento de alguma doença crônica. No entanto, não é aceita quando se trata de pacientes jovens e, principalmente, quando são mortes traumáticas de crianças. Na clínica médica, o vínculo prolongado com os pacientes possibilita aos profissionais diferentes formas de cuidados e é viso, na maioria das vezes, como algo positivo na relação apesar de gerar maior sofrimento quando acontece a morte ou a piora do paciente, sendo fonte de prejuízo à saúde mental. No pronto socorro, a morte gera sofrimento apenas quando traumática, não há lugar ou tempo para a morte nesta unidade, pois as intercorrências próprias da emergência e da organização do trabalho, como a superlotação, são as maiores fontes de estresse para os profissionais, sendo a saúde mental afetada por esses motivos. Os principais sentimentos destacados quando ocorre à morte de um paciente, em ambas as unidades, são: frustração, impotência, tristeza e compaixão. Apesar de lidarem com a morte no dia a dia, ela não é elaborada ou conversada entre os profissionais, havendo um forte interdito sobre o assunto, que é passado também aos pacientes e familiares. É comum a utilização de estratégias defensivas, como racionalização e distanciamento do paciente para não enfrentar a finitude do outro e, consequentemente, a sua própria. Para a maioria dos profissionais é inevitável relacionar o paciente com pessoas conhecidas, membros da família ou eles próprios, essa identificação causa maior sofrimento, principalmente quando o profissional está vivenciando uma situação familiar parecida. A maior parte dos profissionais possui como exigência própria aproveitar melhor a vida, pois vivenciam muito sofrimento no ambiente hospitalar. Concluiu-se que, o cuidado dos pacientes em processo de morte e morrer versam em cima do interdito social que a morte carrega, pois apesar de gerar sofrimento aos profissionais, não se reflete sobre a morte de pacientes. Na clínica médica a morte gera maior sofrimento devido ao tempo de convivência entre profissionais e pacientes. No pronto socorro, a morte fica subtraída diante de uma rotina marcada pelos inúmeros procedimentos que necessitam ser realizados, não permitindo espaços para elaborações individuais ou coletivas. A saúde mental dos profissionais fica sujeita e sujeitada pelas exigências do trabalho, não permitindo considerar o doente em sua integralidade, como sujeito na vida e na morte. Ademais, não se pode dizer que a morte é naturalizada pelos profissionais, se esses não se permitem olhar para ela de forma límpida, sem tantas estratégias defensivas. / Taking as a focus the care of patients in the process of death and dying, the present research had the objective to uncover the prohibition on death and dying, perceptions, meanings, feelings and difficulties attributed by health professionals about care of patients in the process of death and dying. Therefore, a descriptive study of qualitative nature was performed. Data collection was done through interviews and observations, and lasted from July to October 2016. It was interviewed 34 medical professionals and nurses who work in the medical clinic and emergency department units in a university hospital in Rio Grande do Sul. The obtained data were submitted to triangulation from the content analysis. The results showed that most professionals mean death as a passage, in the belief that there is something after. Death can be accepted when expected in elderly patients, with long time of treatment of some chronic disease. However, it is not accepted when it comes to young patients and, especially, when they are traumatic deaths of children. In the medical clinic, the long-term relationship with the patients allows the professionals different forms of care and is seen, mostly, as something positive in the relationship despite generating greater suffering when the death or worsening of the patient happens, being a source of damage to mental health. In the emergency department, death generates suffering only when traumatic, there is no place or time for death in this unit, because the intercurrences of emergency and work organization, such as overcrowding, are the major sources of stress for professionals, mental health being affected by these reasons. The main feelings highlighted when a patient dies in both units are: frustration, impotence, sadness and compassion. Although they deal with death daily, it is not elaborated or talked among professionals, there is a strong interdiction on the subject, which is passed to patients and family. It is common to use defensive strategies, such as rationalization and distancing the patient to not face the finitude of the other and, consequently, his own. For most professionals it is inevitable to relate the patient with known people, family members or themselves, this identification causes more suffering, especially when the professional is experiencing a similar family situation. Most part of the professionals has as their own requirement to enjoy life, because they experience much suffering in the hospital. It was concluded that the care of the patients in the process of death and dying are based on the social prohibition that death carries, because despite generating suffering for professionals, it is not reflected on the death of patients. In medical clinic the death generates greater suffering due to the time of coexistence between professionals and patients. In the emergency department, death is subtracted before a routine marked by numerous procedures that need to be performed, not allowing spaces for individual or collective elaborations. The mental health of professionals is subject and subjected to the demands of work, not allowing to consider the patient in its entirety, as subject in life and death. In addition, it cannot be said that death is naturalized by professionals, if they do not allow themselves to look at it in a limpid way, without many defensive strategies.
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Relacionamentos entre pais e profissionais da saúde no final de vida da criança com câncer hospitalizada: encontros que sobrevivem ao tempo / Relationships between parents and healthcare providers in child\'s end-of-life care in an oncology hospital: encounters that survive through times

Maiara Rodrigues dos Santos 29 November 2016 (has links)
Introdução: O relacionamento estabelecido entre profissionais de saúde, criança e família durante os cuidados de final de vida é complexo e multidimensional. Poucas evidências mostram como os relacionamentos são estabelecidos no contexto de final de vida da criança e influenciam no luto após a morte de um filho. Objetivo: Interpretar a experiência de pais sobre os relacionamentos estabelecidos com os profissionais de saúde durante o final de vida da criança com câncer no hospital. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, guiada pela hermenêutica filosófica de Gadamer. A coleta dos dados foi realizada por meio de observações de campo em um hospital oncológico pediátrico com famílias de crianças hospitalizadas em situação de final de vida, entrevista com pais enlutados pelo menos 6 meses após o óbito da criança e análise de prontuários. Para a análise dos dados, o processo de transcrição, leitura e releitura dos dados, revisão das notas de campo e reflexão sobre os dados com outros pesquisadores ajudaram na compreensão do fenômeno para a geração de interpretações. Para tanto, foram identificadas unidades de significados nos dados que, posteriormente, foram agrupadas por similaridade para a formação indutiva de temas. Resultados: Os relacionamentos entre pais e profissionais da saúde no final de vida da criança com câncer hospitalizada desvelam fenômenos do encontro e da interação interpessoal presentes na situação de doença, morte e perda. Esses relacionamentos são permeados pela presença de valores humanos e são estabelecidos de forma dinamica com vínculos diversos. Existem componentes evidentes no relacionamento durante o final de vida da criança no hospital, tal como o amparo, o silêncio, a deterioração, a tolerância, a hierarquia, o compartilhamento e a confiança, bem como, fatores internos e externos que influenciam nas interações. Por meio dos relacionamentos, os pais reavaliam o próprio papel, enquanto vivenciavam a experiência inesperada de perder um filho e significados atribuídos à doença e à perda são associados aos encontros mesmo anos após a morte do filho. Considerações finais: Os relacionamentos servem de base para fortalecer e suportar os pais a exercerem o papel de cuidadores para garantir a excelência no cuidado do filho. A qualidade dos relacionamentos entre pais e profissionais da saúde torna-se uma lembrança marcante no processo de luto e estabelecem uma conexão permanente com o filho falecido. Um olhar para o relacionamento entre familiares e profissionais integrando a ciência do cuidado proporciona a base de paradigmas não positivistas, que são urgentes nas situações de final de vida. Este estudo pode contribuir com as políticas de enfermagem na consolidação de futuras diretrizes sobre a qualidade na prática do cuidado de final de vida da criança, facilitando para as famílias manter vínculos significativos durante o processo de doença, perda e luto. / Introduction: The relationship established between family and healthcare providers during the childs end-of-life care is complex and multidimensional. There are few evidences which explore how these relationships during the childs last hospitalization influence familial adaptation after loss. Objective: To interpret parents experience in their relationship with healthcare providers during the childs end-of-life with cancer in the hospital. Methods: This is a qualitative research, guided by Gadamers philosophical hermeneutics. Data collection was through field observations conducted in a pediatric oncology hospital with hospitalized families in end-of-life situation, interviews with bereaved parents at least 6 month after the childs death and medical records analysis. For the data analysis, the process of transcription, reading and re-reading the data, reviewing field notes and reflection on the data with other researchers helped understand the phenomenon to generate interpretations. Therefore, units of meaning emerged from the data were grouped, and themes were inductively determined and submitted to an interpretation process. Results: Relationships between parents and healthcare providers during a childs end-of-life process unveil the encounters and interpersonal interactions phenomena in illness and loss trajectory. These relationships are permeated with human values and are established in a dynamic way with various bondings. There are evident components in a child´s end-of-life context, such as presence, silence, deteriorations, tolerance, hierarchy, collaboration and trusting, as well as internal and external factors which influence the interactions. Through relationships, parents reevaluate their own role, while they live the unexpected experience of losing a child and attribute meanings to the loss. Final considerations: Relationships serve as a basis for strengthening and supporting parents in providing excellence in the child\'s care. The quality of the relationship between parents and healthcare providers is a remarkable memory of the child\'s life during the bereavement process. Looking into the relationship between parents and providers integrating it with caring science provides a basis for non-positivist paradigms which are urgent in end-of-life situations. This study aims to contribute to end-of-life nursing policies in recognizing the components to improve the quality of the relationships as a starting point for care which will allow families to have a safe base while experiencing the child\'s illness and the bereavement process.

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