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Caracterização microbiológica e avaliação de uma cepa de Bacillus subtilis no desempenho de bezerros da raça Holandesa

Garcia, Gisela Rojas [UNESP] 31 March 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:32:54Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-03-31Bitstream added on 2014-06-13T18:44:29Z : No. of bitstreams: 1 garcia_gr_dr_jabo.pdf: 313576 bytes, checksum: 3615e7690e51b47d22430c998944cfd2 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho objetivou caracterizar um isolado de Bacillus subtilis para utilização como agente probiótico para bovinos. Foram determinadas “in vitro” a capacidade e o tipo de efeito inibitório do isolado de B. subtilis do produto comercial Biotop sobre Salmonella, Escherichia coli e Clostridium perfringens, além de sua estabilidade, viabilidade, resistência a antimicrobianos e potencial de ação em comparação com a Nisina e em combinação com EDTA. Foram avaliados os efeitos da adição do isolado na dieta de 32 bezerros da raça Holandesa, em quatro diferentes tratamentos (controle; 1 g/dia; 2 g/dia e 4 g/dia), sobre o consumo de matéria seca, perímetro torácico, ganho de peso, consistência fecal e incidência de doenças. Também foi realizado um desafio com E. coli e monitoramento do “score” de fezes, temperatura retal (oC) e parâmetros sanguíneos. O isolado de B. subtilis foi mais eficaz contra C. perfringens, principalmente quando associado com a Nisina e EDTA. A adição do probiótico na dieta de bezerros aumentou o consumo de matéria seca, ganho de peso e perímetro torácico. No desafio bacteriano não foram observadas diferenças significativas para presença de Bacillus spp. e E. coli nas fezes. A análise do “score” de fezes, temperatura retal e parâmetros sanguíneos não demonstraram diferenças significativas entre os tratamentos. O produto avaliado demonstrou resultados satisfatórios quanto aos parâmetros de produção animal, sendo recomendada sua utilização para bezerros lactantes, principalmente na dosagem de 4 g/animal/dia. / The present work aimed to characterize an isolated of Bacillus subtilis to be used as a probiotic for calves. Were determinate in vitro its inhibition capacity and the type of effect of the isolated, that is present in the commercial product Biotop against Salmonella, Escherichia coli and Clostridium perfringens. It also was tested its stability, viability, resistance to antibiotics and its potential action in comparison with Nisin and in combination with EDTA. They were appraised the effects of the addition of the isolated in the diet of 32 calves Holstein Frisian in four different treatments (control; 1 g/day; 2 g/day and 4 g/day), over the intake of dry matter, thoracic perimeter, gain of weight, faecal consistence and incidence of diarrhoea. Also a challenge was accomplished with E. coli and the score of faeces monitored, rectal temperature (oC) and sanguine parameters. The isolated of B. subtilis was more effective against C. perfringens, mainly when associated with Nisin and EDTA. The addition of the probiotic in the diet of calves increased the dry matter intake, weight enhance and thoracic perimeter. In the bacterial challenge significant differences were not observed in the counting of Bacillus spp. and E. coli in the faeces. The analysis of the score of faeces, rectal temperature and sanguine parameters didn't demonstrate significant differences between the treatments. The appraised product demonstrated satisfactory results as for the parameters of animal production, being recommended to be use for nursing calves, mainly in the dosage of 4 g/animal/day.
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Avaliação da eficácia de bacterina antileptospirose suína: relação entre o resultado do teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro aplicado ao soro de suínos com o obtido no teste de potência in vivo em hamsters / Evaluation of the efficacy of a swine antileptospiral bacterin: relationship between the results of in vitro leptospiral growth inhibition test applied to swine sera with the ones in vivo potency test in hamsters

Gonçales, Amane Paldês 21 March 2012 (has links)
O controle da eficiência de bacterinas antileptospirose de uso animal é o teste de potência com desafio em hamsters, contudo, na atualidade, tem sido estimulada a busca de alternativas que dispensem o uso de animais de laboratório. O teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro (ICLIV) tem sido proposto como possível alternativa. O presente trabalho empregou os testes de ICLIV, soroaglutinação microscópica (SAM) e ELISA anti IgG para avaliar a intensidade e a duração da imunidade passiva em leitões em aleitamento e ativa em matrizes suínas e leitões desmamados imunizados com bacterina experimental antileptospirose aprovada no teste de potência em hamster. Foi produzida uma bacterina experimental antileptospirose com estirpe patogênica de Leptospira interrogans, sorovar Kennewicki, estirpe Pomona Fromm (LPF), padronizada para conter 109 leptospiras por mL e associada ao adjuvante de hidróxido de alumínio na proporção de 10% do volume da dose final. Para a avaliação da eficácia da concentração mínima de leptospiras a ser utilizada na bacterina, diluições seriadas de razão dez de cultivo de leptospiras variando de 105 a 109 leptospiras/mL, foram submetidas ao teste de potência com desafio em hamsters (Experimento A), apenas a bacterina produzida na concentração de 109 leptospiras/mL foi capaz de proteger os hamsters contra a infecção induzida pela estirpe LPF, quando a vacina foi testada na diluição de 1:800, critério internacional de aprovação. A bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi submetida ao teste de potência em hamsters (Experimento B), imunizados com a vacina pura e em diluições seriadas de razão dois (200 a 25600). A bacterina foi aprovada no teste de desafio em hamster até a diluição de 1:6400. O controle do inóculo de desafio foi constituído por 100 DL50. Fêmeas suínas que nunca haviam sido vacinadas contra a leptospirose e que foram não reagentes no teste de soroaglutinação microscópica aplicado a leptospirose efetuado com 24 estirpes de referência e no teste ICLIV com a estirpe LPF (Experimento 1), receberam duas aplicações intervaladas de 30 dias e um reforço aos 210 da primeira dose da bacterina pura e em diluições seriadas de razão dois (400 a 3200). Estes animais foram 16 monitorados com colheitas de sangue efetuadas a cada 30 dias. Os picos máximos de anticorpos avaliados pelos testes de SAM e de ICLIV foram observados aos 30 dias da segunda aplicação da vacina, com maior magnitude para a vacina pura, contudo aos 120 dias da segunda aplicação da vacina houve um declínio acentuado nos níveis de anticorpos. Para encontrar um melhor intervalo entre as imunizações (Experimento 2), fêmeas suínas receberam duas aplicações da bacterina pura intervaladas de 30 dias e o reforço aos 150 da primeira dose. A redução do intervalo de revacinação após as duas doses iniciais determinou a persistência dos títulos de aglutininas e de anticorpos neutralizantes com níveis sempre superiores a 0,4 log. Nos leitões em aleitamento filhos das matrizes imunizadas com bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi constatada a transferência de imunidade passiva, confirmada pelos títulos de anticorpos aglutinantes detectáveis no quinto dia de vida e de neutralizantes no quinto e décimo dia de vida. Nos ensaios realizados em leitões desmamados imunizados com uma série de diluições de razão dez variando de a 109 leptospiras/mL os picos máximos de anticorpos foram observados aos 30 dias da segunda imunização, com maior magnitude para a bacterina testada na concentração de 109 leptospiras/mL. Os parâmetros finalmente obtidos foram que matrizes suínas e leitões desmamados, primovacinados com duas aplicações intervaladas de 30 dias da bacterina aprovada no teste de potência com desafio em hamster, apresentaram no teste de ICLIV efetuado aos 60 dias da primo-vacinação, intervalos de títulos de anticorpos (95%) expressos em log variando, respectivamente de (0,87 a 1,35) e de (1,22 a 1,58). Os valores máximos (12.800) para o teste de ELISA anti IgG das matrizes suínas foram obtidos após o reforço efetuado aos 210 dias. / The potency of antileptospirosis bacterins is controlled by in vivo experimental assay performed in hamsters; however, nowadays the search for in vitro methodologies that could replace the use of laboratory animals has been stimulated. For this purpose, the In vitro leptospiral growth inhibition test (IVLGIT) has been proposed as an alternative test. In this work, the intensity and duration of the passive immunity in suckling piglets and active immunity in weaned piglets and adult sows were evaluated, after vaccination with an experimental leptospirosis bacterin, which had been approved previously on the potency test in hamsters. The in vitro tests applied to swine sera were the growth inhibition test (IVLGIT), microscopic agglutination (MAT) and anti-IgG ELISA. The bacterin was produced with a pathogenic Leptospira interrogans serovar Kennewicki strain identified as Pomona Fromm (LPF), and added with aluminum hydroxide as adjuvant at a concentration of 10% of the final volume dose. In order to evaluate the efficacy of the minimum concentration of the leptospires to be used in the bacterin, ten-fold serial dilutions of a culture of leptospira varying from 105 to 109 leptospires/mL were submitted to potency-challenge test in hamsters (Trial A). Only the bacterin produced at the concentration of 109 leptospires/mL protected the hamsters against the infection by LPF strain, when the vaccine was tested at the dilution of 1:800, which is the international criterion for the approval. The bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL was submitted to the potency test in hamsters (Trial B), which had been immunized with an undiluted and with two-fold serially diluted bacterin (from 1:200 to 1:25,600). In the challenge test in hamsters, the bacterin has passed till the dilution of 1:6,400. The control of the challenge inoculum presented a titer of 100 LD50. Adult sows, never been vaccinated against leptospirosis, and that showed negative MAT results using 24 reference serovars and with negative IVLGIT with the LPF strain (Trial 1) had administered two doses of bacterin with 30 day interval and a booster dose at 210th day after the first application of the undiluted bacterin and the two-fold diluted ones (1:400 to :3,200). The animals were 18 monitored with bleeding performed each 30 days. The levels of antibodies evaluated by MAT and IVLGIT showed the maximum peak at the 30th day after the second vaccination of the bacterin, with high magnitude found with the undiluted bacterin, however, at the 120th day after the second vaccination there were found a marked decline in antibodies levels. To find a better immunization scheme (Trial 2), the sows received two doses of undiluted bacterin with 30 day interval and the booster dose at the 150th day after the first dose. The reduction on the interval of revaccination after the two initial doses determined the persistence of a higher levels agglutinins and neutralizing antibodies with titers 0.4 log. In suckling piglets born from sows immunized with the bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL, the passive transference of antibodies was confirmed by MAT titers detected on the fifth day, and by IVLGIT titers, at the fifth and tenth days after birth. In the study of weaned piglets immunized with the bacterin at the concentrations of 106, 107, 108 and 109 leptospires/mL (Trial 3), the highest antibodies levels were observed at the 30th day after the second immunization, with greater magnitude for the bacterin tested at the concentration of 109 leptospires/mL. The final results indicate that sows and weaned piglets, primo-vaccinated and revaccinated with 30 day interval with bacterin that had passed in the potency-challenge test in hamsters, presented the IVLGIT results varying (95% CI) from 0.87 log to 1.35 log for sows and 1.22 to 1.58 log for weaned piglets, at the 60th day after the first vaccination. In adult sows the highest anti-IgG ELISA titer reached 12,800, obtained after the booster vaccine dose performed at 210th day from the first vaccination.
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Avaliação de vacinas antileptospirose. Relação entre o teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro e o teste de desafio em hamsters / Evaluation for leptospirosis vaccine. Relation between in vitro growh inibition test and potency test in hamsters

Gonçales, Amane Paldês 15 February 2008 (has links)
Foi investigada a existência da correlação entre o teste padrão de potência de bacterinas antileptospiras e o teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro. Os ensaios foram realizados, em hamsters machos, isoladamente segundo a bacterina comercial (A ou B) antileptospirose empregada. Foram comparados a proteção conferida pelas bacterinas e os níveis de anticorpos neutralizantes, respectivamente obtidos nos teste de desafio e inibição de crescimento de leptospiras in vitro (ICL). O protocolo de imunização adotou duas aplicações de 0,25 mL das bacterinas, puras e suas diluições, pela via subcutânea com o intervalo de 15 dias. Os desafios foram realizados após 15 dias da segunda dose com 0,2 mL de culturas vivas dos sorovares Canicola (bacterina A e B) ou Pomona (somente bacterina A), os óbitos por leptospirose foram registrados e, os animais sobreviventes foram submetidos a eutanásia no 21° dia de observação e a condição de portador renal foi investigada por cultivos de tecido renal em meio de Fletcher. Os animais destinados ao teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro foram sacrificados no mesmo dia em que se realizou o desafio dos animais submetidos ao teste de potência. As colheitas de sangue foram efetuadas assepticamente por punção intracardíaca. Constatada individualmente a esterilidade dos soros foram constituídos os pools com quantidades iguais de soro por animal e subgrupo (n=5). No teste de potência de bacterinas para ambas as estirpes a DL50 foi superior a diluição 10-9 do controle do inóculo de desafio, os animais foram desafiados com a diluição 10-6. O número de animais sobreviventes ao desafio e a proteção contra a infecção renal variou de acordo com a bacterina empregada e sua concentração. Os resultados do teste de desafio com as bacterinas antileptospirose A e B situaram-se dentro dos parâmetros exigidos, sendo as bacterinas aprovadas segundo o critério de avaliação internacional. A diluição 1:800 das duas bacterinas testadas recomendada pelas normas internacionais não foi capaz de proteger contra o estado de portador renal de leptospiras. Os hamsters imunizados com as bacterinas apresentaram anticorpos neutralizantes em níveis superiores ao de aglutininas. A comparação do desempenho das bacterinas testadas para os sorovares Canicola e/ou Pomona, segundo sua concentração, por meio das proporções de animais sobreviventes ao teste de desafio e a média dos títulos de anticorpos neutralizantes, estabeleceu que o título de anticorpos neutralizantes igual ou superior a 1,0log10 como correspondente ao nível de aprovação de bacterinas no teste de potência. / It was investigated the existence in hamsters of correlation between the standard potency test of bacterins antileptospires and the in vitro leptospires growth inhibition test. The assays were performed, in male hamsters, separately according to the commercial (A and B) animal antileptospirosis bacterin used. The quality of the bacterins and the level of neutralizing antibodies were compared, respectively obtained in the challenge test and the in vitro leptospires growth inhibition test (ICL). The potency test with challenge, performed with serovars Pomona and Canicola, was modified from the protocol of The United States Agriculture Department. The immunization schedule employed two 0,25 mL of bacterins, pure and with dilutions, by subcutaneous route with 15-day interval. The challenge was performed after 15 days from the second dose with 0,2 mL of alive cultures from serovars Canicola (bacterins A and B) or Pomona (only bacterin A), the deaths by leptospirosis were registered and on the 21st observation day the survivors were sacrificed and the condition of renal carrier was investigated by culture of renal tissue for leptospires isolation in Fletcher medium. The animals destined to the in vitro leptospire growth inhibition test were sacrificed on the same day the potency assay with challenge was performed on the other group of hamsters. The blood samples were collected aseptically by intracardiac puncture. Once the sterility of each serum was verified the pools were formed with equal amounts of serum per animal and subgroup (n=5). The bacterins potency tests, for both strains, resulted in a higher DL50 for the dilution 10-9 of the challenge inoculum control, the animals were challenged with the dilution 10-6. The number of surviving animals to the challenge and the protection against renal infection varied according to the bacterin used and its concentration. The results of the potency tests with challenge using the bacterins antileptospirosis A and B were within the required standards, being therefore approved according to the international evaluation criteria. The dilution 1:800, for both bacterins tested, which is recommended by international criteria was not capable of protecting against the condition of leptospires renal carrier. Hamsters immunized with the bacterins showed neutralizing antibodies in higher titers in comparison to agglutinating antibodies. The comparison of the performance of the tested bacterins with the sorovars Canicola and/or Pomona, according to its concentration, by the proportions of surviving animals to the challenge assay and the average of the neutralizing antibodies titers, established a neutralizing antibodies titer equal or higher than 1,0log10 corresponding with the bacterins level of approval in the potency assay.
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Avaliação da eficácia de bacterina antileptospirose suína: relação entre o resultado do teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro aplicado ao soro de suínos com o obtido no teste de potência in vivo em hamsters / Evaluation of the efficacy of a swine antileptospiral bacterin: relationship between the results of in vitro leptospiral growth inhibition test applied to swine sera with the ones in vivo potency test in hamsters

Amane Paldês Gonçales 21 March 2012 (has links)
O controle da eficiência de bacterinas antileptospirose de uso animal é o teste de potência com desafio em hamsters, contudo, na atualidade, tem sido estimulada a busca de alternativas que dispensem o uso de animais de laboratório. O teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro (ICLIV) tem sido proposto como possível alternativa. O presente trabalho empregou os testes de ICLIV, soroaglutinação microscópica (SAM) e ELISA anti IgG para avaliar a intensidade e a duração da imunidade passiva em leitões em aleitamento e ativa em matrizes suínas e leitões desmamados imunizados com bacterina experimental antileptospirose aprovada no teste de potência em hamster. Foi produzida uma bacterina experimental antileptospirose com estirpe patogênica de Leptospira interrogans, sorovar Kennewicki, estirpe Pomona Fromm (LPF), padronizada para conter 109 leptospiras por mL e associada ao adjuvante de hidróxido de alumínio na proporção de 10% do volume da dose final. Para a avaliação da eficácia da concentração mínima de leptospiras a ser utilizada na bacterina, diluições seriadas de razão dez de cultivo de leptospiras variando de 105 a 109 leptospiras/mL, foram submetidas ao teste de potência com desafio em hamsters (Experimento A), apenas a bacterina produzida na concentração de 109 leptospiras/mL foi capaz de proteger os hamsters contra a infecção induzida pela estirpe LPF, quando a vacina foi testada na diluição de 1:800, critério internacional de aprovação. A bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi submetida ao teste de potência em hamsters (Experimento B), imunizados com a vacina pura e em diluições seriadas de razão dois (200 a 25600). A bacterina foi aprovada no teste de desafio em hamster até a diluição de 1:6400. O controle do inóculo de desafio foi constituído por 100 DL50. Fêmeas suínas que nunca haviam sido vacinadas contra a leptospirose e que foram não reagentes no teste de soroaglutinação microscópica aplicado a leptospirose efetuado com 24 estirpes de referência e no teste ICLIV com a estirpe LPF (Experimento 1), receberam duas aplicações intervaladas de 30 dias e um reforço aos 210 da primeira dose da bacterina pura e em diluições seriadas de razão dois (400 a 3200). Estes animais foram 16 monitorados com colheitas de sangue efetuadas a cada 30 dias. Os picos máximos de anticorpos avaliados pelos testes de SAM e de ICLIV foram observados aos 30 dias da segunda aplicação da vacina, com maior magnitude para a vacina pura, contudo aos 120 dias da segunda aplicação da vacina houve um declínio acentuado nos níveis de anticorpos. Para encontrar um melhor intervalo entre as imunizações (Experimento 2), fêmeas suínas receberam duas aplicações da bacterina pura intervaladas de 30 dias e o reforço aos 150 da primeira dose. A redução do intervalo de revacinação após as duas doses iniciais determinou a persistência dos títulos de aglutininas e de anticorpos neutralizantes com níveis sempre superiores a 0,4 log. Nos leitões em aleitamento filhos das matrizes imunizadas com bacterina na concentração de 109 leptospiras/mL foi constatada a transferência de imunidade passiva, confirmada pelos títulos de anticorpos aglutinantes detectáveis no quinto dia de vida e de neutralizantes no quinto e décimo dia de vida. Nos ensaios realizados em leitões desmamados imunizados com uma série de diluições de razão dez variando de a 109 leptospiras/mL os picos máximos de anticorpos foram observados aos 30 dias da segunda imunização, com maior magnitude para a bacterina testada na concentração de 109 leptospiras/mL. Os parâmetros finalmente obtidos foram que matrizes suínas e leitões desmamados, primovacinados com duas aplicações intervaladas de 30 dias da bacterina aprovada no teste de potência com desafio em hamster, apresentaram no teste de ICLIV efetuado aos 60 dias da primo-vacinação, intervalos de títulos de anticorpos (95%) expressos em log variando, respectivamente de (0,87 a 1,35) e de (1,22 a 1,58). Os valores máximos (12.800) para o teste de ELISA anti IgG das matrizes suínas foram obtidos após o reforço efetuado aos 210 dias. / The potency of antileptospirosis bacterins is controlled by in vivo experimental assay performed in hamsters; however, nowadays the search for in vitro methodologies that could replace the use of laboratory animals has been stimulated. For this purpose, the In vitro leptospiral growth inhibition test (IVLGIT) has been proposed as an alternative test. In this work, the intensity and duration of the passive immunity in suckling piglets and active immunity in weaned piglets and adult sows were evaluated, after vaccination with an experimental leptospirosis bacterin, which had been approved previously on the potency test in hamsters. The in vitro tests applied to swine sera were the growth inhibition test (IVLGIT), microscopic agglutination (MAT) and anti-IgG ELISA. The bacterin was produced with a pathogenic Leptospira interrogans serovar Kennewicki strain identified as Pomona Fromm (LPF), and added with aluminum hydroxide as adjuvant at a concentration of 10% of the final volume dose. In order to evaluate the efficacy of the minimum concentration of the leptospires to be used in the bacterin, ten-fold serial dilutions of a culture of leptospira varying from 105 to 109 leptospires/mL were submitted to potency-challenge test in hamsters (Trial A). Only the bacterin produced at the concentration of 109 leptospires/mL protected the hamsters against the infection by LPF strain, when the vaccine was tested at the dilution of 1:800, which is the international criterion for the approval. The bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL was submitted to the potency test in hamsters (Trial B), which had been immunized with an undiluted and with two-fold serially diluted bacterin (from 1:200 to 1:25,600). In the challenge test in hamsters, the bacterin has passed till the dilution of 1:6,400. The control of the challenge inoculum presented a titer of 100 LD50. Adult sows, never been vaccinated against leptospirosis, and that showed negative MAT results using 24 reference serovars and with negative IVLGIT with the LPF strain (Trial 1) had administered two doses of bacterin with 30 day interval and a booster dose at 210th day after the first application of the undiluted bacterin and the two-fold diluted ones (1:400 to :3,200). The animals were 18 monitored with bleeding performed each 30 days. The levels of antibodies evaluated by MAT and IVLGIT showed the maximum peak at the 30th day after the second vaccination of the bacterin, with high magnitude found with the undiluted bacterin, however, at the 120th day after the second vaccination there were found a marked decline in antibodies levels. To find a better immunization scheme (Trial 2), the sows received two doses of undiluted bacterin with 30 day interval and the booster dose at the 150th day after the first dose. The reduction on the interval of revaccination after the two initial doses determined the persistence of a higher levels agglutinins and neutralizing antibodies with titers 0.4 log. In suckling piglets born from sows immunized with the bacterin at the concentration of 109 leptospires/mL, the passive transference of antibodies was confirmed by MAT titers detected on the fifth day, and by IVLGIT titers, at the fifth and tenth days after birth. In the study of weaned piglets immunized with the bacterin at the concentrations of 106, 107, 108 and 109 leptospires/mL (Trial 3), the highest antibodies levels were observed at the 30th day after the second immunization, with greater magnitude for the bacterin tested at the concentration of 109 leptospires/mL. The final results indicate that sows and weaned piglets, primo-vaccinated and revaccinated with 30 day interval with bacterin that had passed in the potency-challenge test in hamsters, presented the IVLGIT results varying (95% CI) from 0.87 log to 1.35 log for sows and 1.22 to 1.58 log for weaned piglets, at the 60th day after the first vaccination. In adult sows the highest anti-IgG ELISA titer reached 12,800, obtained after the booster vaccine dose performed at 210th day from the first vaccination.
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Avaliação de vacinas antileptospirose. Relação entre o teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro e o teste de desafio em hamsters / Evaluation for leptospirosis vaccine. Relation between in vitro growh inibition test and potency test in hamsters

Amane Paldês Gonçales 15 February 2008 (has links)
Foi investigada a existência da correlação entre o teste padrão de potência de bacterinas antileptospiras e o teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro. Os ensaios foram realizados, em hamsters machos, isoladamente segundo a bacterina comercial (A ou B) antileptospirose empregada. Foram comparados a proteção conferida pelas bacterinas e os níveis de anticorpos neutralizantes, respectivamente obtidos nos teste de desafio e inibição de crescimento de leptospiras in vitro (ICL). O protocolo de imunização adotou duas aplicações de 0,25 mL das bacterinas, puras e suas diluições, pela via subcutânea com o intervalo de 15 dias. Os desafios foram realizados após 15 dias da segunda dose com 0,2 mL de culturas vivas dos sorovares Canicola (bacterina A e B) ou Pomona (somente bacterina A), os óbitos por leptospirose foram registrados e, os animais sobreviventes foram submetidos a eutanásia no 21° dia de observação e a condição de portador renal foi investigada por cultivos de tecido renal em meio de Fletcher. Os animais destinados ao teste de inibição de crescimento de leptospiras in vitro foram sacrificados no mesmo dia em que se realizou o desafio dos animais submetidos ao teste de potência. As colheitas de sangue foram efetuadas assepticamente por punção intracardíaca. Constatada individualmente a esterilidade dos soros foram constituídos os pools com quantidades iguais de soro por animal e subgrupo (n=5). No teste de potência de bacterinas para ambas as estirpes a DL50 foi superior a diluição 10-9 do controle do inóculo de desafio, os animais foram desafiados com a diluição 10-6. O número de animais sobreviventes ao desafio e a proteção contra a infecção renal variou de acordo com a bacterina empregada e sua concentração. Os resultados do teste de desafio com as bacterinas antileptospirose A e B situaram-se dentro dos parâmetros exigidos, sendo as bacterinas aprovadas segundo o critério de avaliação internacional. A diluição 1:800 das duas bacterinas testadas recomendada pelas normas internacionais não foi capaz de proteger contra o estado de portador renal de leptospiras. Os hamsters imunizados com as bacterinas apresentaram anticorpos neutralizantes em níveis superiores ao de aglutininas. A comparação do desempenho das bacterinas testadas para os sorovares Canicola e/ou Pomona, segundo sua concentração, por meio das proporções de animais sobreviventes ao teste de desafio e a média dos títulos de anticorpos neutralizantes, estabeleceu que o título de anticorpos neutralizantes igual ou superior a 1,0log10 como correspondente ao nível de aprovação de bacterinas no teste de potência. / It was investigated the existence in hamsters of correlation between the standard potency test of bacterins antileptospires and the in vitro leptospires growth inhibition test. The assays were performed, in male hamsters, separately according to the commercial (A and B) animal antileptospirosis bacterin used. The quality of the bacterins and the level of neutralizing antibodies were compared, respectively obtained in the challenge test and the in vitro leptospires growth inhibition test (ICL). The potency test with challenge, performed with serovars Pomona and Canicola, was modified from the protocol of The United States Agriculture Department. The immunization schedule employed two 0,25 mL of bacterins, pure and with dilutions, by subcutaneous route with 15-day interval. The challenge was performed after 15 days from the second dose with 0,2 mL of alive cultures from serovars Canicola (bacterins A and B) or Pomona (only bacterin A), the deaths by leptospirosis were registered and on the 21st observation day the survivors were sacrificed and the condition of renal carrier was investigated by culture of renal tissue for leptospires isolation in Fletcher medium. The animals destined to the in vitro leptospire growth inhibition test were sacrificed on the same day the potency assay with challenge was performed on the other group of hamsters. The blood samples were collected aseptically by intracardiac puncture. Once the sterility of each serum was verified the pools were formed with equal amounts of serum per animal and subgroup (n=5). The bacterins potency tests, for both strains, resulted in a higher DL50 for the dilution 10-9 of the challenge inoculum control, the animals were challenged with the dilution 10-6. The number of surviving animals to the challenge and the protection against renal infection varied according to the bacterin used and its concentration. The results of the potency tests with challenge using the bacterins antileptospirosis A and B were within the required standards, being therefore approved according to the international evaluation criteria. The dilution 1:800, for both bacterins tested, which is recommended by international criteria was not capable of protecting against the condition of leptospires renal carrier. Hamsters immunized with the bacterins showed neutralizing antibodies in higher titers in comparison to agglutinating antibodies. The comparison of the performance of the tested bacterins with the sorovars Canicola and/or Pomona, according to its concentration, by the proportions of surviving animals to the challenge assay and the average of the neutralizing antibodies titers, established a neutralizing antibodies titer equal or higher than 1,0log10 corresponding with the bacterins level of approval in the potency assay.
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Leptospirose canina: diagnóstico etiológico, sorológico e molecular e avaliação da proteção cruzada entre os sorovares icterohaemorrhagiae e copenhageni / Canine leptospirosis: e etiological, serological and molecular diagnosis and evaluation of cross-protection between sevorars icterohaemorrhagiae and copenhageni

Rodrigues, Angela Manetti Armentano 25 June 2008 (has links)
Realizou-se a pesquisa de anticorpos aglutinantes (AcA) anti-leptospira, através da técnica de soroaglutinação microscópica (SAM) e tentativas de isolamento do agente etiológico em 29 cães com suspeita clínica de leptospirose. Foi também realizada a pesquisa de material genético de Leptospira spp., utilizando-se a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em 24 amostras de urina dos mesmos cães. Com o objetivo de determinar a proteção cruzada entre os sorovares icterohaemorrhagiae e copenhageni, 24 cães adultos foram avaliados antes e após a vacinação com uma dose de vacina contendo os antígenos icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa e pomona, utilizando-se o teste de inibição de crescimento in vitro (TIC) dos sorovares canicola, copenhageni e icterohaemorrhagiae. Os títulos de AcA anti-copenhageni foram os mais freqüentemente observados nos cães com suspeita clínica de leptospirose, havendo entretanto, reação cruzada entre diferentes sorovares. Foram isoladas quatro amostras de leptospira, das quais três foram caracterizadas por anticorpos policlonais e por Variable Number Tandem Repeat (VNTR) como sorovar canicola. A quarta amostra isolada reagiu em alto título com o anti-soro policlonal anti-sorovar copenhageni (51.200), não tendo sido testado com o anti-soro anti-icterohaemorrhagiae. Pela técnica de VNTR, essa amostra foi classificada como pertencente ao sorogrupo icterohaemorrhagiae e, finalmente, pelo uso dos anticorpos monoclonais F70 C24, F70 C14-10, F12 C3-11 e F89 C12, para a diferenciação dos representantes do sorogrupo icterohaemorrhagiae, essa amostra isolada apresentou o comportamento imunológico do sorovar copenhageni (cepa padrão L1 130, FIOCRUZ - Bahia). Considerando-se como critério sorológico de confirmação do diagnóstico clínico de leptospirose, títulos maiores ou iguais a 800 em amostra única de soro, ou o aumento ou declínio de quatro vezes os títulos de AcA (duas diluições) em duas amostras pareadas de soro, houve a confirmação do diagnóstico etiológico em 9 de 24 cães (37,5%) pela SAM. Por outro lado, 11 das 24 amostras de urina (45,8%) foram positivas à PCR. A associação das duas técnicas permitiu a confirmação diagnóstica em 15 cães (62,5%). Os títulos de anticorpos neutralizantes (AcN) (TL50) pré-vacinais contra os sorovares icterohaemorrhagiae, canicola e copenhageni foram respectivamente de 1,444±0,278, 0,725±0,317 e 0,583±0,322, e os títulos pós-vacinais foram respectivamente de 1,455±0,287, 1,475±0,270 e 0,510±0,304. Considerando-se o título de AcN maior ou igual a 1 como título protetor contra a infecção leptospírica, no momento pré-vacinal, os cães ainda apresentavam AcN contra o sorovar icterohaemorrhagiae capazes de protegê-los contra a infecção natural, não tendo havido também uma resposta adicional ao estímulo vacinal. Com relação ao sorovar canicola, houve aumento significativo dos títulos de AcN após a imunização (p=0,001) quando comparado ao momento pré-vacinal, tendo sido desenvolvida uma resposta protetora. Embora os animais não tenham sido vacinados contra o sorovar copenhageni, a presença de AcN pré-vacinal e pós-vacinal pode ser justificada pela reatividade cruzada entre ambos, copenhageni e icterohaemorrhagiae, pertencentes ao mesmo sorogrupo; entretanto os títulos pré- e pós-vacinais não foram da mesma magnitude dos produzidos contra o sorovar icterohaemorrhagiae. Portanto, a vacina contendo bacterina do sorovar icterohaemorrhagiae não é capaz de eliciar resposta protetora contra o sorovar heterólogo copenhageni. / A research on agglutinating antibodies (AAc) anti-leptospira has been performed, through microscopic agglutination test (MAT) and attempts of isolation of the etiologic agent in 29 dogs with clinical suspicious of leptospirosis. There was also made a research of Leptospira spp.´s genetic material, using polimerase chain reaction (PCR) in 24 urine samples of the same dogs. With the aim to determine the cross protection between serovars icterohaemorrhagiae and copenhageni, 24 adult dogs were evaluated before and after vaccination with one dose of a vaccine containing icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa and pomona antigens, by the in vitro inhibition growth test (GIT) of serovars canicola, icterohaemorrhagiae and copenhageni. The AAc anti-copenhageni titers were the most frequently obseeved in the dogs with clinical suspicious of leptospirosis, existing however, cross reaction among different serovars. There were isolated four samplas of leptospira, of witch three were all characterizated by polyclonal antibodies and Variable Nunber Tandem Repeat (VNTR) as serovar canicola. The fourth isolated sample reacted in high titers to polyclonal antisera anti-copenhageno (51.200), but is was not tested with antisera anti-icterohaemorrhagiae. By VNTR technique, this sample was classified as belonging to the serogroup icterohaemorrhagiae, and finally by the use of monoclonal antibodies F70 C24, F70 C14-10, F12 C3-11 and F89 C12, for differentiation of the representatives of serogroup icterohaemorrhagiae. This isolated sample presented the immunological behavior of serovar copenhageni (standard strain LI 130, FIOCRUZ - Bahia). Considering the sorologic criteria confirmation of clinical diagnosis of leptospirosis, titers higher or equal than 800 in a unique serum sample, or the increase or decrease of four times of AAc titers (two dilutions) in two paired serum samples, there was the conformation of etiologic diagnosis in 9 of the 24 dogs (37,5%) by MAT. However, 11 out of 24 urine samples (45,8%) were positive at PCR. The association of both techniques allowed the diagnostic conformation in 15 dogs (62,5%). The prevaccinal neutralizing antibodies (NAc) titers (TL50) were respectively 1,444±0,278, 0,725±0,317 and 0,583±0,322. And the postvaccinal titers were respectively 1,455±0,287, 1,475±0,270 and 0,510±0,304. Considering the NAc titer higher than 1 as a protective titer against leptospiral infection, at prevaccinal moment the dogs still presented NAc against serovar icterohaemorrhagiae capable to protect them against natural infection, an adictional response to the vaccinal stimulus had not occurred. Concerning serovar canicola, there was a significant increase of NAc titers after immunization (p=0,001) when compared to prevaccinal moment, and a protective response was developed. Although the animals were not vacinated against serovar copenhageni, the presence of prevaccinal and postvaccinal NAc can be explained by cross reactivity between both, copenhageni and icterohaemorrhagiae, belonging to same serogroup; however, the pre- and postvaccinal titers were not of the same magnitude of those produced against serovar icterohaemorrhagiae. Therefore, the vaccine containing bacterins of serovar icterohaemorrhagiae is not capable of eliciting protective response against the heterologous serovar copenhageni.
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Leptospirose canina: diagnóstico etiológico, sorológico e molecular e avaliação da proteção cruzada entre os sorovares icterohaemorrhagiae e copenhageni / Canine leptospirosis: e etiological, serological and molecular diagnosis and evaluation of cross-protection between sevorars icterohaemorrhagiae and copenhageni

Angela Manetti Armentano Rodrigues 25 June 2008 (has links)
Realizou-se a pesquisa de anticorpos aglutinantes (AcA) anti-leptospira, através da técnica de soroaglutinação microscópica (SAM) e tentativas de isolamento do agente etiológico em 29 cães com suspeita clínica de leptospirose. Foi também realizada a pesquisa de material genético de Leptospira spp., utilizando-se a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em 24 amostras de urina dos mesmos cães. Com o objetivo de determinar a proteção cruzada entre os sorovares icterohaemorrhagiae e copenhageni, 24 cães adultos foram avaliados antes e após a vacinação com uma dose de vacina contendo os antígenos icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa e pomona, utilizando-se o teste de inibição de crescimento in vitro (TIC) dos sorovares canicola, copenhageni e icterohaemorrhagiae. Os títulos de AcA anti-copenhageni foram os mais freqüentemente observados nos cães com suspeita clínica de leptospirose, havendo entretanto, reação cruzada entre diferentes sorovares. Foram isoladas quatro amostras de leptospira, das quais três foram caracterizadas por anticorpos policlonais e por Variable Number Tandem Repeat (VNTR) como sorovar canicola. A quarta amostra isolada reagiu em alto título com o anti-soro policlonal anti-sorovar copenhageni (51.200), não tendo sido testado com o anti-soro anti-icterohaemorrhagiae. Pela técnica de VNTR, essa amostra foi classificada como pertencente ao sorogrupo icterohaemorrhagiae e, finalmente, pelo uso dos anticorpos monoclonais F70 C24, F70 C14-10, F12 C3-11 e F89 C12, para a diferenciação dos representantes do sorogrupo icterohaemorrhagiae, essa amostra isolada apresentou o comportamento imunológico do sorovar copenhageni (cepa padrão L1 130, FIOCRUZ - Bahia). Considerando-se como critério sorológico de confirmação do diagnóstico clínico de leptospirose, títulos maiores ou iguais a 800 em amostra única de soro, ou o aumento ou declínio de quatro vezes os títulos de AcA (duas diluições) em duas amostras pareadas de soro, houve a confirmação do diagnóstico etiológico em 9 de 24 cães (37,5%) pela SAM. Por outro lado, 11 das 24 amostras de urina (45,8%) foram positivas à PCR. A associação das duas técnicas permitiu a confirmação diagnóstica em 15 cães (62,5%). Os títulos de anticorpos neutralizantes (AcN) (TL50) pré-vacinais contra os sorovares icterohaemorrhagiae, canicola e copenhageni foram respectivamente de 1,444±0,278, 0,725±0,317 e 0,583±0,322, e os títulos pós-vacinais foram respectivamente de 1,455±0,287, 1,475±0,270 e 0,510±0,304. Considerando-se o título de AcN maior ou igual a 1 como título protetor contra a infecção leptospírica, no momento pré-vacinal, os cães ainda apresentavam AcN contra o sorovar icterohaemorrhagiae capazes de protegê-los contra a infecção natural, não tendo havido também uma resposta adicional ao estímulo vacinal. Com relação ao sorovar canicola, houve aumento significativo dos títulos de AcN após a imunização (p=0,001) quando comparado ao momento pré-vacinal, tendo sido desenvolvida uma resposta protetora. Embora os animais não tenham sido vacinados contra o sorovar copenhageni, a presença de AcN pré-vacinal e pós-vacinal pode ser justificada pela reatividade cruzada entre ambos, copenhageni e icterohaemorrhagiae, pertencentes ao mesmo sorogrupo; entretanto os títulos pré- e pós-vacinais não foram da mesma magnitude dos produzidos contra o sorovar icterohaemorrhagiae. Portanto, a vacina contendo bacterina do sorovar icterohaemorrhagiae não é capaz de eliciar resposta protetora contra o sorovar heterólogo copenhageni. / A research on agglutinating antibodies (AAc) anti-leptospira has been performed, through microscopic agglutination test (MAT) and attempts of isolation of the etiologic agent in 29 dogs with clinical suspicious of leptospirosis. There was also made a research of Leptospira spp.´s genetic material, using polimerase chain reaction (PCR) in 24 urine samples of the same dogs. With the aim to determine the cross protection between serovars icterohaemorrhagiae and copenhageni, 24 adult dogs were evaluated before and after vaccination with one dose of a vaccine containing icterohaemorrhagiae, canicola, grippotyphosa and pomona antigens, by the in vitro inhibition growth test (GIT) of serovars canicola, icterohaemorrhagiae and copenhageni. The AAc anti-copenhageni titers were the most frequently obseeved in the dogs with clinical suspicious of leptospirosis, existing however, cross reaction among different serovars. There were isolated four samplas of leptospira, of witch three were all characterizated by polyclonal antibodies and Variable Nunber Tandem Repeat (VNTR) as serovar canicola. The fourth isolated sample reacted in high titers to polyclonal antisera anti-copenhageno (51.200), but is was not tested with antisera anti-icterohaemorrhagiae. By VNTR technique, this sample was classified as belonging to the serogroup icterohaemorrhagiae, and finally by the use of monoclonal antibodies F70 C24, F70 C14-10, F12 C3-11 and F89 C12, for differentiation of the representatives of serogroup icterohaemorrhagiae. This isolated sample presented the immunological behavior of serovar copenhageni (standard strain LI 130, FIOCRUZ - Bahia). Considering the sorologic criteria confirmation of clinical diagnosis of leptospirosis, titers higher or equal than 800 in a unique serum sample, or the increase or decrease of four times of AAc titers (two dilutions) in two paired serum samples, there was the conformation of etiologic diagnosis in 9 of the 24 dogs (37,5%) by MAT. However, 11 out of 24 urine samples (45,8%) were positive at PCR. The association of both techniques allowed the diagnostic conformation in 15 dogs (62,5%). The prevaccinal neutralizing antibodies (NAc) titers (TL50) were respectively 1,444±0,278, 0,725±0,317 and 0,583±0,322. And the postvaccinal titers were respectively 1,455±0,287, 1,475±0,270 and 0,510±0,304. Considering the NAc titer higher than 1 as a protective titer against leptospiral infection, at prevaccinal moment the dogs still presented NAc against serovar icterohaemorrhagiae capable to protect them against natural infection, an adictional response to the vaccinal stimulus had not occurred. Concerning serovar canicola, there was a significant increase of NAc titers after immunization (p=0,001) when compared to prevaccinal moment, and a protective response was developed. Although the animals were not vacinated against serovar copenhageni, the presence of prevaccinal and postvaccinal NAc can be explained by cross reactivity between both, copenhageni and icterohaemorrhagiae, belonging to same serogroup; however, the pre- and postvaccinal titers were not of the same magnitude of those produced against serovar icterohaemorrhagiae. Therefore, the vaccine containing bacterins of serovar icterohaemorrhagiae is not capable of eliciting protective response against the heterologous serovar copenhageni.

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