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Avaliação das características vasculares dos nódulos sólidos de mama com ultrassonografia Doppler pré e pós-injeção de contraste por microbolhas / Evaluation of vascular characteristics of breast masses with Doppler ultrasound before and after microbubble contrast injection

Stanzani, Daniela 14 December 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O duplex-Doppler e a ultrassonografia com contraste são métodos pouco estudados em lesões mamárias. No entanto, em outros órgãos, têm se mostrado úteis na distinção entre lesões benignas e malignas. O objetivo deste trabalho é caracterizar os achados ao Doppler colorido pré e pós-contraste nos nódulos sólidos de mama, correlacionando-os com os resultados anatomopatológicos. MATERIAL E MÉTODOS: Setenta nódulos sólidos da mama foram avaliados por meio de ultrassonografia convencional e duplex-Doppler colorido antes e após a injeção do meio de contraste (ultrassonografia contrastada), no período compreendido entre março de 2007 e janeiro de 2008, e seus resultados foram comparados à análise histológica (padrão-ouro). Todas as pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética da FMUSP. O estudo ultrassonográfico modo B avaliou a morfologia do nódulo e o classificou conforme o léxico BI-RADS. Ao duplex-Doppler colorido observou-se a vascularização nodular, descrevendo-se o número de vasos presentes (0 = avascularizado; 1 ou 2 = hipovascularizado, 3 = hipervascularizado), sua morfologia (regular ou tortuoso) e sua distribuição (periférica ou central). Os índices de resistividade e a presença de vaso penetrante também foram avaliados. A partir de dados da literatura criou-se um critério de classificação que permitiu estratificá-los entre provavelmente benigno (nódulos avasculares ou hipovasculares, com vasos regulares e distribuição periférica), provavelmente maligno (nódulos hipervasculares, com vasos tortuosos e distribuição central) ou suspeitos (qualquer outra associação desses fatores). No estudo contrastado foram realizadas análises cinética (avaliando-se os tempos de início da contrastação e do clareamento do nódulo, além da análise da intensidade da contrastação, de maneira subjetiva) e morfológica (utilizando-se os mesmos critérios da análise com Doppler). RESULTADOS: A análise histológica resultou em 25 lesões malignas e 45 lesões benignas. A classificação BI-RADS teve sensibilidade de 100%, especificidade de 66,6%, valor preditivo positivo (VPP) de 62,5% e valor preditivo negativo (VPN) de 100%. A análise com Doppler mostrou sensibilidade de 88%, especificidade de 57,7%, VPP de 53,6% e VPN de 89,9%. Após a injeção do meio de contraste, esses valores passaram para: 92%, 46,6%, 48% e 91%, respectivamente. Os índices de resistividade foram significativamente mais altos em lesões malignas na análise com Doppler colorido ( < 0,001). Houve relação estatística significante entre a presença de vaso penetrante e malignidade ( < 0,001). A associação entre os critérios de classificação BI-RADS e Doppler colorido mostrou sensibilidade de 100%, especificidade de 86,6%, VPP de 80,7% e VPN de 100%. A associação entre BI-RADS e ultrassonografia contrastada resultou em sensibilidade de 100%, especificidade de 80%, VPP de 73,5% e VPN de 100%. A análise cinética subjetiva não conseguiu diferenciar entre nódulo benigno e maligno (tempo do início da contrastação = 0,816, tempo de clareamento da lesão = 0,622 e realce da lesão = 0,020). CONCLUSÃO: Os critérios adotados para o duplex-Doppler colorido associados ao BI-RADS fornecem os melhores resultados na distinção entre lesões benignas e malignas da mama. O estudo contrastado não acrescentou informações adicionais às análises prévias. / OBJECTIVE: The duplex-Doppler ultrasound and contrast enhanced ultrasound (CEUS) are poorly studied in breast lesions. However, in the other organs they have been proved to be useful in mass differentiation. Our objective is to characterize the Doppler findings before and after contrast agent injection in solid breast lesions then correlate them with pathological findings in order to evaluate the applicability of these methods in the differentiation of benign and malignant lesions. MATERIALS AND METHODS: Seventy solid breast masses were evaluated by conventional ultrasonography and duplex-color Doppler before and after injection of contrast medium (ultrasound contrast) in the period between March 2007 and January 2008 and their results were compared to histology (gold standard). All patients signed a consent form approved by the Ethics Committee of FMUSP. At gray-scale US the lesions were described and classified according to the BI-RADS lexicon. At duplex-Doppler we observed the lesion vascularity: avascular, hypovascular (one or two arteries) or hypervascular (three or more arteries); distribution (central or peripheral) and shape (regular or tortuous). If there was a penetrating artery, it was reported. We also observed resistive index. Based on literature data criterion was set up for classification which allowed to stratify breast lesions among probably benign (avascular or hypovascular masses, with regular vessels and peripheral distribution); probably malignant (hypervascular masses with tortuous and central vessels) or suspicious (any other combination of those factors). Kinetic analysis (wash in and wash out times, besides mass enhancement, in a subjective manner) and morphological analysis (using the same criteria of analysis with Doppler) were described in contrast study. RESULTS: Percutaneous biopsy revealed 25 malignant and 45 benign lesions. Morphologic analysis using gray-scale sonography and classified according the BI-RADS lexico showed sensitivity of 100% and specificity of 66.6%, positive and negative predictive values of 62.5% and 100% respectively. Doppler sonography, sensitivity, specificity, positive and negative predictive values were 88%; 57.7%; 53.6% and 89.9%. After contrast agent injection sensitivity, specificity, positive and negative predictive values changed to 92%; 46.6%; 48% and 91% respectively. The association among morphological and CDUS analysis findings resulted in a sensitivity of 100%, specificity of 86.6%, PPV 80.7% and NPV 100%. When morphological findings and CEUS analysis were associated values became 100% sensitivity, 80% specificity, 73.5% PPV, and 100% NPV. Resistive index was significantly higher ( < 0,001) in malignant lesions before and after contrast injection. Wash in and wash out times were similar for benign and malignant lesions (wash-in = 0,816, wash-out = 0,622 and intensity = 0,020). CONCLUSION: Duplex-Doppler criteria associated to BI-RADS classification proved to be the best combination to distinguish malignant lesions of the breast. CEUS evaluation did not provide additional information.
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Autorregulação encefálica durante manobra de preensão manual avaliada pela técnica de autorregressão de médias móveis através do Doppler transcraniano / Cerebral hemodynamic changes assessed by transcranial Doppler ultrasonography during handgrip maneuver

Ricardo de Carvalho Nogueira 03 August 2012 (has links)
Foram analisados os efeitos da manobra de preensão manual (PM) na autorregulação encefálica (AE) dinâmica, através de um método não estacionário que utiliza o modelo de autorregressão de médias móveis. Doze indivíduos saudáveis foram orientados a realizar a manobra de PM durante 11 minutos com contração muscular constante e carga de 30% da força máxima. Registraram-se continuamente as medidas da velocidade do fluxo sanguíneo nas artérias cerebrais médias, pressão parcial de CO2 (PCO2) no ar expirado e pressão arterial (PA) não invasiva, durante o repouso (5 min), PM (3 min) e recuperação (3 min). A pressão crítica de fechamento (PCrF) e o produto área-resistência (PAR) foram obtidos empregando-se o método do primeiro harmônico. O índice de autorregulação encefálica (IAE) variável no tempo foi calculado através do modelo da autorregressão de médias móveis. As variáveis foram expressas em porcentagem de variação em relação aos valores obtidos no repouso (30 s previamente ao início da manobra de PM). Não houve alteração significativa da PCO2 do ar expirado durante MP. A PA aumentou continuamente durante a manobra (27% dos valores basais), enquanto que a velocidade do fluxo sanguíneo encefálico elevou-se inicialmente e alcançou um platô (15% dos valores basais). A elevação da PA aumentou o PAR, possivelmente devido à vasoconstricção arteriolar encefálica, o que refletiria a atuação do componente miogênico na regulação do fluxo sanguíneo encefálico; por outro lado, a PCrF reduziu-se, o que representa a ação do mecanismo metabólico. O IAE apresentou diminuição tanto no início quanto ao fim da manobra de PM; este achado pode estar relacionado à reação de alerta e/ou à diferença no tempo de resposta dos mecanismos envolvidos na adaptação neurovascular (mecanismos miogênico, metabólico e neurogênico). Conclui-se que o estudo da AE dinâmica com o modelo da autorregressão de médias móveis, durante a manobra de PM, pode ampliar os conhecimentos acerca das modificações hemodinâmicas encefálicas durante o exercício e elucidar aspectos ainda pouco conhecidos da resposta fisiológica do organismo / We investigated the effect of handgrip (HG) maneuver on time-varying estimates of dynamic cerebral autoregulation (CA), using the autoregressive moving average (ARMA) technique. Twelve healthy subjects were recruited to perform HG maneuver during 3 minutes with 30% of maximum contraction force. Cerebral blood flow velocity, end-tidal CO2 pressure (PETCO2), and noninvasive arterial blood pressure (ABP) were continuously recorded during baseline, HG and recovery. Critical closing pressure (CrCP), resistance areaproduct (RAP), and time-varying autoregulation index (ARI) were obtained. PETCO2 did not show significant changes during HG maneuver. Whilst ABP increased continuously during the maneuver, to reach 27% of its baseline value, CBFV raised to a plateau approximately 15% above baseline. This was sustained by a parallel increase in RAP, suggestive of myogenic vasoconstriction, and a reduction in CrCP that could be associated with metabolic vasodilation. The time-varying ARI index dropped at the beginning and end of the maneuver (p<0.005), which could be related to corresponding alert reactions or to different time constants of the myogenic, metabolic and/or neurogenic mechanisms. Changes in dynamic CA during HG suggest a complex interplay of regulatory mechanisms during static exercise that should be considered when assessing the determinants of cerebral blood flow and metabolism
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Predição da pré-eclâmpsia pelo estudo dopplervelocimétrico endovaginal das artérias uterinas entre 11-13 e 20-24 semanas de gestação / Screening for pre-eclampsia by transvaginal uterine artery Doppler at 11-13 and 20-24 weeks gestation

Adolfo Wenjaw Liao 15 August 2007 (has links)
Estudo realizado na Clínica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com seiscentos e quarenta e cinco gestantes recrutadas, prospectivamente, para avaliações dopplervelocimétricas das artérias uterinas, por via endovaginal, entre 11 e 13+6 semanas e entre 20 e 24+6 semanas. A partir de um grupo de 344 casos com desfecho normal da gestação, valores de referências para os índices dopplervelocimétricos médios foram estabelecidos, e estes foram significativamente maiores na primeira avaliação do que na segunda. Além disso, os valores se correlacionaram de forma positiva e significativa (IP r= 0,42, IR r= 0,42, AB r= 0,29, p<0,0001). Incisura uterina bilateral foi encontrada em 43,9% dos casos no primeiro exame e 4,4% na segunda etapa. Também foram descritos os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos, razão de verossimilhança e risco relativo de diferentes parâmetros dopplervelocimétricos para predição da pré-eclâmpsia, diagnosticada em 25 casos. Entre 11 e 13 sem. + 6 dias, as áreas sob as curvas de caracterísiticas operacionais dos três índices dopplervelocimétricos foram de 0,51. A maioria dos achados dopplervelocimétricos, nesta fase da gestação, não identificou gestações com risco significativamente aumentado para pré-eclâmpsia. Já, entre 20 e 24 sem. + 6 dias, as áreas sob as curvas de características operacionais foram maiores (IP= 0,66, IR= 0,65, AB= 0,65) e o grupo com índices dopplervelocimétricos acima do percentil 85 e/ou incisura bilateral apresentou risco significativamente aumentado, para o posterior surgimento de pré-eclâmpsia na gestação. Entretanto, a sensibilidade e o valor preditivo positivo foram baixos, e não encorajam o uso desse método para predição da doença hipertensiva específica da gestação em nossa população. / At São Paulo University Medical School, six hundred and forty five pregnant women were prospectively recruited for a longitudinal study involving transvaginal uterine artery Doppler assessment at 11?13+6 weeks and 20?24+6 weeks. Reference values for mean uterine artery Doppler indices were established from 344 cases with normal pregnancy outcome. Values found in the first examination were significantly higher and positively correlated to values obtained in the second examination (PI r= 0.42, RI r= 0.42, SD r= 0.29, p<0.0001). Bilateral notches were found in 43.9% of the cases examined between 11 and 13 weeks, and 4.4% of the cases in the second assessment. Twenty-five cases subsequently developed pre-eclampsia. Sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, likelihood ratios and relative risks were calculated for various uterine artery Doppler findings. Between 11 and 13+6 weeks, the ROC curve area was 0.51 for all three indices. At this stage, most uterine artery Doppler findings were not associated with increased risk of pre-eclampsia. At 20 to 20+6 weeks, ROC curve areas were higher (PI= 0.66, RI= 0.65, SD= 0.65) and increased impedance to flow (above the 85th centile) and/or bilateral notches were associated with a significant increase of the risk for the subsequent development of pre-eclampsia. However low sensitivity and positive predictive values do not support this as a screening method for pre-eclampsia in our population.
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Estudo hemodinâmico fetal = avaliação das principais artérias e correlação da artéria renal com volume de líquido amniótico / Fetal hemodynamic study : evaluation of main arteries and correlation of renal artery and amniotic fluid volume

Figueira, Camilla Olivares, 1982- 05 September 2014 (has links)
Orientadores: Fernanda Garanhani de Castro Surita, José Guilherme Cecatti / Texto em português e inglês / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T19:09:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Figueira_CamillaOlivares_M.pdf: 1964790 bytes, checksum: 9f40cd5a6b3e989c4a5740350753fde4 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Objetivo: Estudar longitudinalmente os parâmetros Dopplervelocimétricos de artérias fetais e uterinas em mulheres com gestação de baixo risco, construindo intervalos de referência para as artérias uterinas (AUT), umbilical (AU), cerebral média (ACM), e renal (AR), correlacionando esta última com índice de líquido amniótico. Métodos: estudo de coorte longitudinal descritivo em 63 mulheres com gestação de baixo risco no Hospital prof. Dr. José Aristodemo Pinotti ¿ Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher- CAISM/UNICAMP. Foram aferidos o índice de pulsatilidade (IP) e a velocidade sistólica (VS) dos vasos estudados em intervalos de 4 semanas até a 36ª. semana e após, a cada 2 semanas até o parto para construção do intervalo longitudinal dos parâmetros. Para análise estatística foram calculadas as médias por intervalos de idade gestacional, valores dos percentis 5, 50 e 95 para cada parâmetro estudado e ainda, os índices de correlação intra classe e inter classe para cada artéria estudada. Foi estabelecido um nível de significância de 5% e para os procedimentos de análise foram utilizados os programas Epi.Info e SAS. Resultados: Foram construídos intervalos de referência e estabelecidos os percentis 5, 50 e 95 para IP e VS das artérias uterinas, umbilical, cerebral média e renais ao longo da gestação. A evolução dos parâmetros dopplervelocimétricos na população estudada foi semelhante ao padrão encontrado na literatura, entretanto foram observadas algumas diferenças nos valores absolutos. O ILA foi aferido e correlacionado ao Doppler da artéria renal, porém não houve associação entre eles. O Coeficiente de Correlação intra classe mostrou valores adequados pra a maioria dos parametros, indicando boa reprodutibilidade. Conclusões: Foram estabelecidos valores de intervalos de referência para a avaliação de VS e IP das principais artérias estudadas durante a gestação em um seguimento longitudinal. Os intervalos de referência mostram a evolução esperada dos parâmetros de uma gestação de baixo risco e são úteis no acompanhamento das gestações de alto risco. As avaliações intra e inter observador indicaram boa reprodutibilidade do método / Abstract: Objective: To study longitudinal Dopplervelocimetry parameters of uterine and fetal arteries in women of low risk pregnant women, and to develop reference interval values for uterine (UtA), umbilical (UA), middle cerebral (MCA), and renal arteries (RA) and correlate the latter with amniotic fluid index (AFI). Methods: longitudinal cohort study with 63 low risk pregnant women at prof. Dr. José Aristodemo Pinotti Hospital- CAISM/UNICAMP. Pultasility index (PI) and sistolic velocity (SV) of the arteries studied were measured at a 4 week interval until 36 weeks and then every 2 weeks to construct the longitudinal interval. Means for intervals of gestational age and percentiles 5, 50 and 95 were calculated for each parameter and Spearman correlation index was used to correlate the AFI with RA parameters. The Intra Class Correlation Coefficients were also calculated to evaluate the intra and inter observer variability for each vessel. A 5% significance level was established and programs Epi.Info and SAS were used for analysis. Results: Longitudinal reference intervals were constructed and the 5th, 50th and 95th percentiles for PI and SV of uterines, umbilical, middle cerebral and renal arteries established during pregnancy. AFI was measured and correlated with renal artery Doppler, but we found no association between these two parameters. The Intraclass Correlation Coefficient showed adequate values for the majority of the parameters, indicating good reproducibility. Conclusions: We have established a curve of reference intervals for the assessment of SV and PI of the main arteries studied during pregnancy after a longitudinal follow up. Reference intervals show the expected evolution of low risk pregnancy parameters and are useful in monitoring high risk pregnancies. Intra and inter observer evaluation indicated good reproducibility of the method / Mestrado / Saúde Materna e Perinatal / Mestra em Ciências da Saúde
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Análise comparativa dos parâmetros adquiridos com o US doppler transcraniano durante a endarterectomia carotídea por semi-eversão e a angioplastia carotídea / A comparative analysis of transcranial doppler parameters acquired during semi-eversion carotid endarterectomy and carotid stenting

Oliveira, Germano da Paz, 1982- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Ana Terezinha Guillaumon / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T11:44:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_GermanodaPaz_M.pdf: 4750891 bytes, checksum: 517650637fcacb4ffebc12ad859189bb (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Objetivos: Analisar a distribuição temporal de sinais de microembolias (SM) ao longo de diferentes estágios da endarterectomia carotídea (EC) e da angioplastia carotídea (AC) e as variáveis associadas com a ocorrência destes sinais, além de avaliar as mudanças na velocidade média aferida na artéria cerebral média (ACM) durante os dois tipos de intervenção. Material e métodos: Trinta e três pacientes com estenose carotídea foram submetidos ou a EC (17) ou a AC (16). Os SM bem como as velocidades médias na ACM foram adquiridas utilizando o US doppler transcraniano (DTC) e esses dados então analisados e associados a diferentes estágios cirúrgicos (pré-proteção, durante a proteção e pós-proteção), tipos de intervenção (EC ou AC) e diferentes variáveis para encontrar potenciais fatores de risco para embolização. Para análise estatística, foram usados os testes de Qui-quadrado, de Fisher e de Mann-Whitney, além de análise por medidas repetidas das variâncias com transformação por postos (ANOVA), seguido de teste de perfil por contrastes e análise de regressão linear múltipla ajustada para o grupo. Resultados: Uma diferença significativa foi encontrada para o número de SM em ambos os grupos. Houve, em média, 89,8 (± 171,4) sinais por procedimento no grupo EC, enquanto a média no grupo AC foi de 597,5 (± 343,3) sinais por procedimento. A média da velocidade média na ACM foi, em ambos os grupos, significantemente menor no estágio durante a proteção. Anestesia local correlacionou-se positivamente (p=0,003) com aumento dos SM, e, associado a isso, o histórico de tabagismo importante (desde que houvesse a cessação do vício há mais de um ano) correlacionou-se negativamente (0,014) com a ocorrência de SM. Conclusão: EC por semi-eversão, à luz do DTC, provocou uma menor incidência de SM por procedimento do que AC com filtro distal, em todos os estágios cirúrgicos. A média da velocidade média na ACM se comportou de maneira similar em ambos os grupos (EC e AC). Anestesia geral e histórico de tabagismo importante (desde que o paciente houvesse cessado por menos um anos antes da intervenção) foram as únicas duas variáveis no estudo que se correlacionaram significativamente (negativamente) com a ocorrência de SM / Abstract: Objectives: To analyze the temporal distribution of microembolic signals throughout the different stages of both the semi-eversion carotid endarterectomy (CEA) and the carotid artery stenting (CAS) procedures and the variables associated with occurrence of them and to evaluate changes in mean blood flow velocity, for both CAS and CEA, within the ipsilateral middle cerebral artery (MCA). Methods: Thirty three patients with carotid stenosis underwent either a CEA (17) or a CAS (16). Microembolic signals, as well as mean blood flow velocity, were acquired using a Transcranial Doppler scan (TCD) and these data were then analyzed and associated to different surgical stages (pre-protection, during protection, and post-protection), types of procedure (CAS or CEA) and different variables to find potential risk factors. To statistical analysis, chi-squared test, Fisher test, Mann-Whitney test, repeated measures analysis of variance with rank transformation (ANOVA) followed by contrast test and multiple linear regression analysis were used. Results: A significant difference was found for the number of microembolic signals in both groups. There were, on average, 89.8 (± 171.4) signals per procedure in the CEA group, while the average in the CAS group was 597.5 (± 343.3) signals per procedure. The average blood flow in the MCA was, in both groups, significantly lower during the stage of protection. Local anesthesia correlated positively (p= .003) with increase in microembolic signals and history of prolonged tobacco use having dropped the addiction for over a year correlated negatively (p= -.014) with the frequency of microembolic signals. Conclusion: Semi-eversion CEA, in light of our TCD findings, evoked a smaller incidence of hyperintense microemboli per procedure than CAS with a distal filter in all the protection stages. The average of the mean blood flow velocity within the MCA has behaved similarly between both groups (CAS and CEA). General anesthesia and the history of tobacco use (as long as the patient had quit for a year or more prior to surgery) were the only two variables in the study that correlated significantly (negatively) with the frequency of microembolic signals / Mestrado / Fisiopatologia Cirúrgica / Mestre em Ciências
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Mensuração do volume e quantificação dos índices vasculares placentários pela ultra-sonografia tridimensional com power Doppler em gestações normais / Measurements of placental volume and vascular indices by three-dimensional ultrasound power Doppler in normal pregnancies

Paula, Carla Fagundes Silva de 03 December 2008 (has links)
Objetivo: Confeccionar curvas de normalidade do volume e dos índices de vascularização placentária segundo a idade gestacional (IG) e o peso fetal estimado (PFE). Métodos: Durante o período compreendido entre março e novembro de 2007 foi realizado estudo observacional transversal envolvendo 280 gestantes com idades gestacionais compreendidas entre 12 a 38 semanas. As gestantes foram submetidas à ultra-sonografia para avaliação do volume placentário tridimensional calculado pelo método VOCAL com quantificação da vascularização placentária por meio dos índices vasculares: índice de vascularização (IV), índice de vascularização e fluxo (IVF) e índice de fluxo (IF), usando-se o power Doppler. Os critérios de inclusão foram gestações únicas com idade gestacional confirmada à ultra-sonografia, sem doenças maternas e/ou malformações fetais. Foram derivadas equações matemáticas para as curvas do volume placentário e dos índices vasculares (IF, IV e IFV) por meio de modelo de regressão linear, assim como os percentis 10, 50 e 90 para volume placentário em relação à idade gestacional e o peso fetal estimado. Resultados: Foram incluídas no estudo 280 gestantes, das quais 14 (5%) foram excluídas por apresentarem intercorrências maternas, abortamento tardio e impossibilidade de obtenção dos dados no pósparto. Houve correlação significativa do volume placentário com a idade gestacional (r =0,572; p<0,001) e com o peso fetal estimado (r=0,505; p<0,001). O volume placentário médio variou de 83,0 cm3 para 12 semanas a 403,1 cm3 para 38 semanas. Os índices vasculares placentários não se correlacionaram com a idade gestacional, mantendo-se constante seus valores (IV vs. IG r=0,03, p=0,61; IF vs. IG r=0,03, p=0,58; VFI vs. IG r=0,06, p=0,27). Conclusão: Foram confeccionadas curvas de volume placentário segundo a idade gestacional e o peso fetal estimado, obtendo-se valores de referência. Diferentemente dos relatos prévios, os presentes resultados mostraram distribuição constante dos índices de vascularização em diferentes idades gestacionais. / Objectives: The purpose of this study was to construct normograms of placental volume and placental vascular indices in normal gestations according to gestational age and fetal weight by three dimensional ultrasound power Doppler. Methods: A study was performed with 280 normal pregnant women presenting 12 to 38 weeks of pregnancy, during the period between March and November 2007. Study patients were submitted to ultrasound examination and placental volume was obtained through VOCAL method. Placental perfusion was evaluated through three-dimensional power Doppler indices: (VI) vascularization index, (FI) flow index and (VFI) vascularization and flow index. The inclusion criteria were singleton pregnancies without known clinical complications or fetal abnormalities. Equations and regression coefficients for placental volume and vascular indices were calculated according to gestational age and fetal weight. The 10th, 50th, and 90th percentiles of volumes by gestational age and estimated fetal weight were calculated. Results: The sample studied consisted of 280 pregnant women, 14 (5%) of whom were excluded from the final analysis due to some presented problems, such as maternal clinical complications, late abortion or impossibility to obtain childbirth data. There was a statistically significant correlation between placental volumes, gestational age (r=0.572; p<0.001) and estimated fetal weight (r= 0.505; p< 0.001). Mean placental volume ranged from 83,0cm3 at 12 weeks to 403,1cm3 at 38. All placental vascular indices showed a constant distribution throughout gestational age. (VI vs. GA r=0, 03, p=0, 61; FI vs. GA r=0, 03, p=0, 58; VFI vs. GA r=0, 06, p=0,27). Conclusion: Normograms of placental volumes according to gestational age and estimated fetal weight were described, generating references values. Differently from previous reports, our results showed constant distributions of all 3D-power Doppler placental volumes according to gestational age.
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Efeitos da exposição materna à poluição na biometria e hemodinâmica fetais / Effects of maternal exposure to air pollution on fetal biometry and fetal hemodynamics

Carvalho, Mariana Azevedo 12 August 2015 (has links)
Introdução: A poluição do ar é resultado de complexas interações que envolvem emissões de poluentes atmosféricos e que sabidamente causam consequências negativas para a saúde humana. De acordo com alguns estudos, a exposição à poluição, durante a gestação, pode afetar o peso ao nascimento, contudo, não há ainda conhecimento sedimentado sobre as janelas críticas de exposição à poluição durante a gestação e quais os efeitos no crescimento fetal e no fluxo placentário. Objetivos: Visando investigar, mais profundamente, o impacto da poluição na vida intrauterina, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da exposição à poluição, nos três trimestres da gestação, no crescimento fetal e na hemodinâmica feto-placentária avaliados no terceiro trimestre da gestação. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo com 386 gestantes, na cidade de São Paulo, intitulado ProcriAR. Os poluentes dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3) foram medidos durante cada trimestre da gestação por meio da utilização de amostradores passivos individuais. No terceiro trimestre, foi realizada ultrassonografia fetal na qual foram avaliados: o diâmetro biparietal, a circunferência craniana, a circunferência abdominal, o comprimento do fêmur, o peso fetal, o índice de líquido amniótico e os índices de pulsatilidade (IP) de sonograma das artérias umbilical, cerebral média e uterinas. Foi realizada análise multivariada, controlada por idade materna, no momento da concepção, índice de massa corporal (IMC), paridade, tabagismo, consumo de álcool, cor, nível de escolaridade, estado civil, idade gestacional no momento do exame e sexo fetal. Resultados: Menor circunferência cefálica foi associada com a exposição ao O3 no primeiro trimestre (p = 0,012; beta = -0,005; intervalo de confiança de 95% (IC 95%), - 0,008, -0,001), e maior circunferência cefálica foi associada com a exposição ao NO2 no primeiro trimestre (p = 0,033; beta = 2,5 x 10-4; IC 95%, 2 x 10-5, 4,8 x 10-4). A exposição ao O3 no segundo trimestre foi associada a maiores valores de IP da artéria umbilical (p = 0,006; beta = 0,018; IC 95%, 0,005, 0,030), porém a exposição ao O3 no terceiro trimestre foi associada a menores valores de IP da umbilical (p = 0,004; beta = - 0,022; IC 95%, -0,037, - 0,007). Conclusão: Nossos resultados sugerem que, no ambiente de São Paulo, o O3 pode interferir no crescimento do polo cefálico e na resistência vascular placentária / Background: Air pollution may influence fetal growth and placental flow according to trimester-specific exposure. Objectives: To determine the influence of maternal air pollution exposure during each trimester of pregnancy on fetal growth and fetoplacental hemodynamics. Methods: ProcriAR, a prospective cohort study of 386 pregnant women, was conducted in the city of São Paulo. Nitrogen dioxide (NO2) and ozone (O3) were measured during each trimester using passive personal monitors. In trimester 3, we evaluated the biparietal diameter, head circumference, abdominal circumference, femur length, fetal weight, amniotic fluid index and Doppler velocimetry data of the umbilical, middle cerebral and uterine arteries. Multivariate analysis was performed, controlling for maternal age at conception, body mass index, parity, smoking, alcohol consumption, race, highest education level completed, and marital status and the fetus\'s gestational age and sex. Results: Reduced head circumference was associated with O3 exposure in trimester 1 (p = 0.012; beta = -0.005; 95% confidence interval (CI), -0.008, -0.001), and increased head circumference was associated with NO2 exposure in trimester 1 (p = 0.033; beta = 2.5 x 10-4; 95% CI, 2 x 10-5, 4.8 x 10-4). Exposure to O3 during the second and third trimesters was associated with higher (p = 0.006; beta = 0.018; 95% CI, 0.005, 0.030) and lower (p = 0.004; beta = -0.022; 95% CI, -0.037, -0.007) umbilical artery pulsatility values, respectively. Conclusion: Our results suggest that in the environment of São Paulo, O3 may interfere with fetal growth and vascular resistance
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Predição de acidemia ao nascimento em gestações com dopplervelocimetria anormal e fluxo diastólico positivo das artérias umbilicais / Predicting acidemia at birth in pregnancies with abnormal but present end-diastolic flow velocity in umbilical artery

Ribeiro, Renata Lopes 09 September 2009 (has links)
No setor de Vitalidade Fetal na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi conduzido estudo caso-controle com seguimento prospectivo com quarenta e seis pacientes. O objetivo desse estudo foi identificar a associação dos testes de avaliação de vitalidade fetal e acidemia ao nascimento em gestações acometidas com dopplervelocimetria anormal e fluxo diastólico positivo das artérias umbilicais. Da mesma maneira, objetivou-se avaliar a relação entre os resultados antenatais, do parto, e neonatais com a ocorrência de pH fetal inferior a 7,20. A evolução para fluxo diastólico ausente ou reverso durante o seguimento foi critério de exclusão. Os casos foram classificados em dois grupos de acordo com a presença (grupo 1), ou ausência (grupo 2) de acidemia ao nascimento (pH inferior a 7,20), por meio da gasometria arterial de cordão imediatamente após o parto. As seguintes variáveis foram submetidas à análise univariada, comparando-se os grupos 1 e 2: idade materna, síndrome hipertensiva, uso de corticóde antenatal para maturação pulmonar, idade gestacional no momento do parto e testes de avaliação de vitalidade fetal do dia do parto. As modalidades dopplervelocimétricas analisadas foram: índice de pulsatilidade do território arterial (representado pela artéria umbilical e artéria cerebral média) e venoso (índice de pulsatilidade para veias do ducto venoso). Os seguintes parâmetros das atividades biofísicas fetais foram estudados: cardiotocografia (normal e anormal), presença de desaceleração tardia, presença de desaceleração (desaceleração tardia, ou desaceleração variável de mau prognóstico, ou desaceleração prolongada), ausência ou não de movimentos respiratórios, presença ou não de oligoâmnio e classificação do escore do perfil biofísico fetal (normal quando maior que 6, e anormal quando menor ou igual a 6). As variáveis clinicamente relevantes e estatisticamente significativas foram analisadas pela regressão logística. A série compôs-se de 46 pacientes classificadas nos grupos 1 (24 casos) e 2 (22 casos) e as seguintes variáveis foram estatisticamente relacionadas à ocorrência de acidemia no nascimento (p0,05): idade materna, síndrome hipertensiva, cardiotocografia anormal, presença de desaceleração, e ausência de movimentos respiratórios. Na regressão logística, a presença de desaceleração foi preditora de acidemia (p=0,024; OR=8,2; IC95%=1,2-52). Os presentes achados sustentam que a presença de acidemia ao nascimento em fetos com dopplevelocimetria anormal e fluxo diastólico positivo das AU está associada principalmente à anormalidade nos parâmetros agudos da avaliação da vitalidade fetal. A presença de desaceleração no traçado cardiotocográfico foi preditora de acidemia ao nascimento. / A longitudinal prospective study was conducted on 46 pregnancies with umbilical artery abnormal pulsatility index and positive diastolic flow velocity. Patients were evaluated at the Fetal Surveillance Unit/ Obstetrics Clinics of the University of São Paulo Medical School General Hospital (HCFMUSP) between February 2007 and March 2009. The objective of this study was to identify a potential association between fetal antenatal surveillance tests and acidemia at birth, in pregnancies with umbilical artery abnormal Doppler velocimetry and positive diastolic flow. In the same context, this research aimed to establish the correlation of data of birth, and neonatal outcome with umbilical cord pH below 7,20. The development of reversed or absent end- diastolic flow velovity in the umbilical artery was an excluision criteria. The cases were divided in two groups, according to the presence (Group 1) or absence (Group 2) of acidemia at birth (pH below 7.20), based on umbilical cord blood gas measurement immediately after birth. The following variables were submitted to univariate analysis comparing Groups 1 and 2: maternal age, hypertensive syndrome, corticosteroid use (for lung maturation), gestational age at birth, and fetal vitality assessments on the day of delivery. The Doppler parameters analysed were: pulsatility index of the umbilical artery, middle cerebral artery and the pulsatility index for veins for the ductus venosus. The following variables of the fetal biophysical profile were obtained: cardiotocography or nonstress test ( normal/ abnormal), presence of late deceleration, presence of deceleration (late or severe variable decelerations, or prolonged bradycardia), absence of fetal breathing movements, presence of oligohydramnios and biophysical profile score (considered normal when the score was higher than 6). Clinically relevant and statistically significant variables were analyzed by logistic regression. The series included 46 patients divided in Group 1 (n=24 with acidosis) and Group 2 (n=22 without acidosis), and the following variables were statistically correlated to acidemia at birth (p0.05): maternal age, hypertensive syndrome, abnormal cardiotocographic findings, deceleration (late deceleration, or variable deceleration with poor prognosis, or prolonged deceleration), and absence of respiratory movements. On logistic regression, the presence of deceleration was predictive of acidemia (p=0,024; OR=8,2; CI95%=1,2-52). In conclusion, we believe that the presence of acidemia at birth in fetuses with umbilical artery positive diastolic flow and abnormal Doppler velocimetry is mainly associated with abnormality of acute parameters of fetal well-being. The finding of deceleration on cardiotocographic assessments was predictive of acidemia at birth. ____________________
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Doppler venoso fetal na insuficiência placentária: relação com o pH no nascimento / Fetal venous Doppler in pregnancies with placental dysfunction: correlation with pH at birth

Ortigosa, Cristiane 18 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O presente estudo, realizado em gestantes de alto risco com diagnóstico de insuficiência placentária, tem como objetivo avaliar o fluxo sanguíneo fetal na veia portal esquerda (VPE), veia umbilical (VU) e ducto venoso (DV), e estabelecer quais parâmetros associam-se com a acidemia fetal no nascimento. MÉTODO: Pesquisa prospectiva envolvendo 58 gestantes, classificadas segundo a presença ou ausência do diagnóstico de acidemia no nascimento, de acordo com o pH no sangue da artéria umbilical, constituindo-se de: Grupo I: 26 casos (acidemia pH<7,20) e Grupo II: 32 casos (pH normal pH7,20). Foram excluídos da pesquisa os casos com diagnóstico pós-natal de anomalia do RN e aqueles em que não se obteve a mensuração do pH no nascimento. As seguintes variáveis dopplervelocimétricas da VPE e VU foram comparadas entre os grupos: escore-zeta da TAMxV (time averaged maximum velocity) (cm/s), Q/Kg (fluxo sanguíneo por Kg de peso fetal) (ml/min/kg) e presença de pulsatilidade; e o escore-zeta do índice de pulsatilidade para veias (IPV) do DV. RESULTADOS: O escore-zeta da TAMxV (rho=0,392, P=0,002) e o Q/Kg da VPE (rho=0,274, P=0,037), o escore-zeta do IPV do DV (rho=-0,377, P=0,004) e o Q/Kg da VU (rho=0,261, P=0,048) apresentaram correlação significativa com o pH no nascimento. Realizando-se a análise de regressão logística multivariada, as variáveis independentes que restaram no modelo final para a ocorrência de acidemia no nascimento (pH<7,20) foram: escore-zeta da TAMxV da VPE (OR=0,41; IC95% 0,25 a 0,71; P=0,001) e fluxo reverso na VPE (OR=0,004; IC95% 0,00 a 0,15; P=0,003), ambas demonstrando efeito protetor para acidemia. Com o presente modelo, constatou-se que 74,1% dos casos são corretamente classificados para acidemia no nascimento. CONCLUSÕES: pela análise do Doppler venoso fetal na insuficiência placentária constatou-se que a acidemia no nascimento (pH<7,20) está associada de forma independente com o fluxo reverso na VPE e com o escore-zeta da TAMxV da VPE, ambos demonstrando efeito protetor com redução do risco para a acidemia / OBJECTIVE: This study, conducted in high-risk pregnancies with placental insufficiency, aims to avaliate blood flow in the fetal left portal vein (LPV), umbilical vein (UV) and ductus venosus (DV), and establish which parameters are associated with acidemia at birth. METHOD: A prospective research involving 58 pregnant women, classified according to the presence or absence of the diagnosis of fetal acidosis at birth, according to pH in the blood of the umbilical artery, consisting of: Group I: 26 cases (acidemia, pH <7,20) and Group II: 32 cases (normal pH, pH 7,20). Exclusion criteria were patients who had postnatal diagnosis of abnormality of the newborn and those in which the pH measurement was not obtained at birth. The following Doppler variables of LPV and UV were compared between the groups: TAMxV (Time Averaged Maximum Velocity) (cm/s) zeta-score, Q/kg (blood flow per kg of fetal weight) (ml/min/kg) and presence of pulsatility; and DV pulsality index for veins (PIV) zetascore. RESULTS: LPV TAMxV zeta-score (rho=0.392, P=0.002) and Q/kg (rho=0.274, P=0.037), DV PIV zeta-score (rho=-0.377, P=0.004) and UV Q/kg (rho=0.261, P=0.048) showed significant correlation with pH at birth. Performing the multivariate logistic regression analysis, the independent variables that remained in the final model were: TAMxV of LPV zeta-score (OR=0.41; IC95% 0.25 a 0.71; P=0.001) and reverse flow in LPV (OR=0.004; IC95% 0.00 a 0.15; P=0.003), both showing a protective effect to reduce the risk of acidemia. With this model, it was found that 74,1% of cases are correctly classified to birth acidemia. CONCLUSION: by analysis of fetal venous Doppler in placental insufficiency we found that acidemia at birth (pH <7.20) is independently associated with reverse flow in the LPV and LPV TAMxV z-score, both showing a protective effect with reduced risk for the event
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Relação da dopplervelocimetria do ducto venoso com resultados pós-natais em gestações com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais / The relationship of the ductus venosus Doppler and postnatal outcome in pregnancies with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical artery

Alves, Sâmia Kiara de Albuquerque 28 March 2007 (has links)
Objetivo: Avaliar a relação entre a classificação do fluxo na onda a do ducto venoso no dia do parto e os resultados pós-natais em gestações com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais. Métodos: Analisou-se retrospectivamente a evolução pós-natal de 103 recém-nascidos de gestações com diagnóstico de diástole zero ou reversa à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2004. Foram incluídas gestações únicas e fetos sem malformações. Nenhum caso recebeu corticoterapia antenatal. Os casos foram divididos em dois grupos de acordo com a classificação do fluxo na onda a do ducto venoso no dia do parto. Grupo A: 20 casos com fluxo ausente ou reverso e Grupo B: 83 casos com fluxo positivo. Foram avaliados os seguintes resultados pós-natais: idade gestacional no dia do parto, peso de nascimento, Apgar de primeiro e quinto minutos, pH e BE do sangue da artéria umbilical ao nascimento, necessidade de intubação orotraqueal e encaminhamento à unidade de terapia intensiva neonatal, além de: ocorrência de restrição de crescimento fetal, doença das membranas hialinas, pneumotórax, hemorragia pulmonar, displasia broncopulmonar, persistência do canal arterial, sepse, enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade, plaquetopenia, hipoglicemia, hiperglicemia, convulsão, exame neurológico anormal em 24 horas de vida, hemorragia intracraniana, os recém-nascidos foram avaliados durante toda a internação no berçário, sendo registrado o tempo de internação, ocorrência de óbito e causas do óbito. Para análise estatística foram utilizados os testes de Qui-Quadrado, exato de Fisher e Mann-Whitney U, adotado nível de significância de 5%. Resultados: Todos os partos foram cesareanos. A idade gestacional foi semelhante nos dois grupos, 30 semanas no grupo A e 30,9 semanas no B (P=0,23). Observou-se no grupo com fluxo ausente ou reverso da onda a do ducto venoso maior freqüência dos seguintes resultados pós-natais adversos: menor peso ao nascimento (831g vs 1.105g, P<0,001), menores índices de Apgar de primeiro minuto (85% vs 20%, P=0,001) e de quinto minuto (45% vs 10,7%, P =0,001), maior necessidade de intubação orotraqueal (100% vs 48,1%, P=0,001), maior ocorrência de acidose ao nascimento (93% vs 36%, P<0,001), hemorragia pulmonar (40% vs 16,8%, P=0,03), plaquetopenia (65% vs 37,3%, P=0,02), hipoglicemia (85% vs 56,6%, P=0,01), hemorragia intracraniana (52,6% vs 26,3%, P=0,02) e óbito pós natal (65% vs 26,5%, P=0,007). Conclusão: O estudo do fluxo no ducto venoso pode fornecer informações adicionais na programação do momento mais adequado para a interrupção de gestações que cursam com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais em gestações com prematuridade extrema. / Objective: This study was undertaken to analyze the relation between absent or reverse flow during atrial contraction in the ductus venosus on the day of delivery in pregnancies complicated by absent or reversed end-diastolic flow in the umbilical artery and postnatal outcome. Methods: Postnatal outcome of 103 pregnant women with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical arteries was retrospectively analyzed from January 1997 to December 2004. In this study, only singleton pregnancies that did not take prenatal steroids and with no fetal anomalies were included. The outcome was analyzed in two groups: Group A (n=20), fetuses with absent or reversed ductus venosus flow during the A-wave and group B (n=83) fetuses with a positive flow. After delivery, the following immediate neonatal outcomes of interest were obtained: gestational age at the time of delivery, 1-and 5-minute Apgar scores, umbilical artery pH and base excess, birth weight, need of orotraqueal intubation, and referral to the neonatal intensive care unit. We have also analyzed the incidence of fetal growth restriction, hyaline membrane disease, pneumotorax, lung hemorrhage, bronchopulmonary displasia, persistence of the arterial channel, sepses, necrotizing enterocolitis, retinopathy of prematurity, fetal plaquetopenia, hypoglycemia, hyperglycemia, abnormal neurological exam within 24 hours of life, intracranial hemorrhage, seizures, length of hospitalization, postnatal deaths and its causes. Data were compared by chi-square, Fisher\'s exact test and a Mann-Whitney U test, and the level of significance adopted was of 5%. Results: All newborns were delivered by cesarean section. The average gestational age at birth was 30 weeks in group A and 30,9 in group B (P= 0.23). Fetuses of the group A presented lower birth weight (831g vs 1105g, P< 0.001), lower Apgar score at first (85% vs 20%, P= 0.001), and at fifth minutes (45% vs 10.7%, P =0.001), higher incidence of orotraqueal intubation (100% vs 48.1%, P= 0.001) than fetuses of group B. Group A had also more cases of acidosis (93% vs 36%, P<0.001), lung hemorrhage (40% vs 16,8%, P=0,03), plaquetopenia (65% vs 37.3%, P=0.02), hypoglycemia (85% vs 56.6%, P=0.01), intracranial hemorrhage (52.6% vs 26.3%, P=0.02) and postnatal death (65% vs 26.5%, P=0.007). Conclusion: Ductus venous Doppler can supply additional information regarding the better time to deliver pregnant women with earlier gestational age and with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical artery.

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