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Efeito da nicotina injetável e da fumaça do cigarro em um modelo experimental de lesões intra-epiteliais e de adenocarcinoma pancreático induzidos por 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) em camundongosBersch, Vivian Pierri January 2006 (has links)
Introdução: O adenocarcinoma de pâncreas é uma doença com prognóstico reservado e tem como um dos fatores de risco mais importantes o tabagismo. Dentre os componentes do cigarro a nicotina é o que apresenta maior concentração, sendo considerada a principal substância envolvida na carcinogênese pancreática. Visando o diagnóstico precoce e buscando novos tratamentos, os modelos XX experimentais se tornam úteis, à medida que possibilitam a compreensão do comportamento biológico tumoral e dos fatores indutores e promotores da doença. Para o desenvolvimento experimental do câncer de pâncreas em ratos e camundongos, o 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) é um dos indutores químicos mais utilizados. Objetivos: Avaliar o efeito da nicotina injetável e da fumaça do cigarro sobre o pâncreas de camundongos submetidos à carcinogênese pelo DMBA, aplicando, para os achados histológicos, a nova classificação das neoplasias intra-epiteliais pancreáticas (NIPan) proposta em 2001 por Hruban e colaboradores. Materiais e Métodos: 114 camundongos machos foram alocados em 3 grupos. O grupo denominado DMBA-n recebeu 2mg/kg/dose de nicotina ([3-(1- methiyl-2-pyrrolidinyl)pyridine]) subcutânea durante 45 dias. Após o décimo quinto dia de nicotina, foi operado sendo implantado 1 mg de cristais de DMBA na cabeça pancreática, mediante sutura em bolsa. O grupo DMBA-f foi exposto à fumaça de cigarro na concentração de 100mg/m3 de nicotina também por 45 dias, e submetido à cirurgia com o implante de DMBA em seu pâncreas no 16° dia. O grupo denominado Sham, considerado como controle da cirurgia, permaneceu no alojamento pelo mesmo período de tempo e no 16° dia foi operado sendo confeccionada a bolsa sem o implante de DMBA. Este grupo não foi exposto à fumaça e não recebeu a nicotina. Transcorridos 30 dias de pósoperatório, todos os animais foram mortos e seus pâncreas foram preparados para avaliação histológica através da coloração com hematoxilina e eosina. Dois patologistas e dois dos autores procederam a avaliação histológica. Os diagnósticos considerados foram: pâncreas normal, hiperplasia reacional, NIPan 1a, NIPan 1b, NIPan 2, NIPan 3 e carcinoma. Os resultados foram comparados a um quarto grupo de camundongos (controle histórico) designado com DMBA-exclusivo, para fins de análise estatística. Resultados: A comparação entre os quatro grupos demonstrou que a freqüência geral de NIPan foi praticamente a mesma entre todos os animais expostos ao DMBA, sendo de 16 (66,7%) no DMBA-exclusivo, 20 (66,7%) no DMBA-f e 12 (44,4 %) no DMBA-n, quando consideradas as lesões de maior gravidade. O grupo Sham não apresentou NIPan. A freqüência do adenocarcinoma pancreático, entretanto foi maior no grupo DMBA-n (14 ou 51,9%) do que no DMBAexclusivo (4 ou 16,7%) e no DMBA-f (4 ou 13,3%). Igualmente o grupo Sham não apresentou carcinoma. A diferença entre os grupos apresentou significância estatística (p = 0,05 – teste Exato de Fisher). Conclusão: A nicotina, associada ao modelo experimental de carcinogênese pancreática induzida pelo DMBA em camundongos, promove o desenvolvimento do adenocarcinoma pancreático invasor, semelhante ao humano. A exposição à fumaça não atuou como promotora do adenocarcinoma pancreático invasivo, mas proporcionou o maior aparecimento de NIPan 3 ou carcinoma “in situ” quando comparado com o grupo DMBA-exclusivo. / Background: Pancreatic adenocarcinoma has a bad prognosis. There are some risk factors involved in this disease, but cigarette smoking and the nicotine, which is the greatest element in the cigarette, are the most important ones. Experimental models can provide us the study of new technology in early diagnosis and treatment, improving this situation. Besides this, can give us the comprehension of the tumoral biological behavior and its relationship with inductors and promoters elements. The 7,12-dimethylbenzanthracene (DMBA) is one of the best chemical agent applied to induce pancreatic cancer in rats and mice Objetive: To evaluate the effects of the nicotine and the effects of cigarette smoke exposure in mice with pancreatic DMBA implantation for carcinogenesis using Pancreatic Intraepithelial Neoplasia (PanIN) classification system described by Hruban in 2001. Materials and Methods: 114 male mice were divided in 3 groups. To the DMBA-n group were given subcutaneous 2 mg/kg/dose nicotine ([3-(1-methiyl-2-pyrrolidinyl)pyridine]) 2 times daily for 45 days. During this period and at the day 16, all the animals were operated and received 1mg of DMBA crystals in their pancreatic head in a purse-string suture. The DMBA-f group was exposed to 100mg/m3 of nicotine cigarette smoke 3 times a day also for 45 days and was operated at the sixteen day like the DMBA-n group. The Sham group (surgery control group) did not received nicotine nor was exposed to cigarette smoke, but was also operated at the sixteen day of the reclusion with a purse-string suture in pancreatic head without the DMBA crystals Euthanasia for all was performed after 30 days of the surgery. The entire pancreas was removed during the necropsy, and than prepared and stained with hematoxylin and eosin to the histological examination. The specimens were evaluated by two pathologists and two of the authors, using the following criteria: normal ducts, reactive hyperplasia, PanIN 1A, PanIN 1B, PanIN 2, PanIN 3 and carcinoma. To complete the statistical analysis, another group was associated to the study called the DMBA-exclusive group (historical control group). Results: The frequency of the PanIN in the 3 groups exposed to the DMBA was almost the same, when is considered the higher grade lesion (DMBA-exclusive= 16 or 66,7 %, DMBA-f=20 or 66,7% and DMBA-n= 12 or 44,4 %). Any PanIN was seen in the Sham group. The frequency of pancreatic adenocarcinoma was higher in the DMBA-n group (14 or 51,9%) than in the DMBA-exclusive (4 or 16,7%) and DMBA-f (4 or 13,3%). The Sham group did not shown carcinoma. The differences among groups were statistically significant (p = 0,05 – Fisher Test). Cconclusions: The association of the nicotine to the experimental model of pancreatic carcinogenesis induced by the DMBA in mice promotes the development of the same type of the human pancreatic adenocarcinoma. The cigarette smoke exposure in this study did not contribute to the cancer formation, but the development of the PaIN 3 in this group is higher than in the DMBA-exclusive group.
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Prevalência de lesões precursoras do câncer gástrico e do Helicobacter pylori em familiares de pacientes com câncer gástrico / Gastric precancerous lesions and Helicobacter pylori infection in relatives of gastric cancerMotta, Cicero Roberio Araújo January 2004 (has links)
MOTTA, Cícero Roberto Araújo. Prevalência de lesões precursoras do câncer gástrico e do Helicobacter pylori em familiares de pacientes com câncer gástrico. 2004. 133 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Clínica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina,Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-10-26T16:43:19Z
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Previous issue date: 2004 / Infection by Helicobacter pylori, a bacterial species classified by WHO as being carcinogenic (group I) affects more than half the world population. First-degree relatives to patients with gastric cancer are at increased risk of developing gastric cancer. The present study evaluated the prevalence of precursor lesions of gastric cancer and infection by Helicobacter pylori in first-degree relatives to patients with gastric cancer as compared to controls with no family history of gastric cancer. One hundred four first-degree relatives to 40 patients with noncardiac gastric cancer were enrolled in the study and compared to 108 controls. The groups were statistically homogenous in terms of age. All patients were submitted to endoscopic evaluation and biopsy as described in the Sydney protocol. The histopathological analysis was carried out by a single, experienced pathologist blinded to the origin of the samples. Although the prevalence of atrophy and intestinal metaplasia was similar for the two groups, association with these lesions was more common among relatives than controls (p=0.021). Incomplete intestinal metaplasia was also more significant among relatives (p=0.001), as was displasia (p=0.025). The group of relatives presented a pattern of pangastritis associated with lymphoid follicles characteristic of increased risk for gastric carcinogenesis. There was no statistically significant difference between the groups with regard to the prevalence of H. pylori, though infection involving body and antrum was more prevalent among relatives (p=0.001). Our findings suggest that relatives to patients with gastric cancer present a greater prevalence of histopathological changes associated with the presence of H. pylori / A infecção pelo Helicobacter pylori acomete mais da metade da população mundial, sendo esta bactéria reconhecida como carcinógeno do grupo I pela Organização Mundial de Saúde-OMS. Familiares em primeiro grau de pacientes com câncer gástrico têm um maior risco de desenvolver câncer gástrico. Avaliamos a prevalência de lesões precursoras do câncer gástrico e do Helicobacter pylori nos familiares em primeiro grau de pacientes com câncer gástrico, quando comparado a controles sem história familiar. Cento e quatro familiares foram recrutados à partir de 40 casos de câncer gástrico tipo não-cárdia e foram comparados com cento e dezoito controles, não havendo diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos com relação a idade, sexo, tabagismo, etilismo e condições socioeconômicas garantindo a homogeneidade da amostra. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação endoscópica e biópsias seguindo o protocolo de Sydney. A análise histopatológica foi realizada pôr um único patologista experiente e mascarado quanto a origem das amostras. Ainda que a prevalência da atrofia e da metaplasia intestinal tenha ocorrida de forma similar nos dois grupos, a associação destas lesões foi mais encontrada nos familiares que nos controles (p=0,021). A metaplasia intestinal tipo incompleta foi mais significante nos familiares (p=0,001), assim como a displasia (p=0,025). O padrão de gastrite encontrado nos familiares foi o de pangastrite associada a presença de folículos linfóides, padrão este já definido como o de fenotípico de maior risco para a carcinogênese gástrica. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação a prevalência do H. pylori , porém a topografia da infecção envolvendo antro e corpo foi maior nos familiares (p=0,001). De acordo com os resultados obtidos neste estudo, encontramos que familiares de pacientes com câncer gástrico têm uma maior prevalência de alterações histopatológicas, estando estas alterações confinadas a presença do Helicobacter pylori
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Fator de Von Willebrand no adenocarcinoma colorretalDamin, Daniel de Carvalho January 2000 (has links)
O adenocarcinoma colorretal é um dos tumores sólidos mais prevalentes no mundo, ocupando a terceira posição em ambos os sexos, precedido pelo carcinoma de pulmão e estômago em homens, e pelo carcinoma de mama e cérvix em mulheres. No Brasil, o adenocarcinoma colorretal está entre as cinco neoplasias mais freqüentes, ocupando a quinta posição em mortalidade. A sobrevida global dos pacientes está em torno de 40% em 5 anos, tendo havido pequena elevação deste índice nas últimas quatro décadas. O estadiamento clínico-patológico permanece como o mais importante indicador prognóstico para o adenocarcinoma colorretal, sendo a sobrevida em 5 anos dos pacientes portadores de metástases à distância menor que 5%. Estas lesões são encontradas em 75% dos indivíduos que morrem da doença e representam, na maioria das vezes, um evento terminal. O processo de metastatização segue uma série de etapas interligadas que devem ser completadas pela célula tumoral para que se produza uma lesão clinicamente evidente. O primeiro passo desta seqüência se dá através de um fenômeno conhecido como angiogênese. Este consiste na proliferação endotelial acelerada com formação de novos vasos, que irão permitir que o tumor cresça e envie células neoplásicas à circulação. Esta neovascularização leva à maior produção de uma glicoproteína plasmática essencial para o processo de hemostasia primária, o fator de von Willebrand. Esta proteína é liberada pelas células endoteliais e pelas plaquetas e seus níveis estão elevados em situações clínicas em que há proliferação ou dano endotelial. Nos pacientes com câncer, o fator de von Willebrand, além de servir como potencial marcador da angiogênese, contribui diretamente para a formação das metástases, promovendo a ligação das células tumorais às plaquetas. Esta interação faz com que se formem agregados celulares heterotípicos que não são reconhecidos pelo sistema imunológico e têm maior capacidade de adesão aos leitos capilares dos órgãos alcançados. A associação entre aumento nos níveis plasmáticos do fator de von Willebrand e a progressão neoplásica foi demonstrada em pacientes com tumores de cabeça e pescoço e colo uterino, não havendo dados na literatura sobre a correlação deste fator com o câncer colorretal. No presente estudo foram comparados as concentrações desta proteína em 75 pacientes com adenocarcinoma colorretal e em 88 controles saudáveis, sendo estes valores correlacionados com os principais indicadores prognósticos da doença. Este é o primeiro estudo a ser publicado que documenta o comportamento do fator de von Willebrand em pacientes com adenocarcinoma colorretal. Os resultados deste estudo demonstraram que os pacientes com câncer colorretal apresentaram níveis de fator de von Willebrand significativamente superiores aos controles (P < 0.0001). Houve associação significativa entre as concentrações do fator de von Willebrand e o estadiamento tumoral (P < 0.0001), a invasão de estruturas anatômicas adjacentes (P < 0.009) e a presença de metástases à distância (P < 0.02). Os dados aqui apresentados sugerem que os níveis plasmáticos do fator de von Willebrand nos pacientes com adenocarcinoma colorretal possam ser indicadores do comportamento biológico deste tumor. Portanto, a definição do papel desta proteína no processo de disseminação neoplásica merece estudos complementares.
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Impacto dos genes cag-pai (caga, cage e virb11) e vaca do helicobacter pylori na patogênese de adenocarcinomas gástricos / The impact of cag-pai genes (caga, cage and virb11) and vaca of helicobacter pylori on gastric adenocarcinoma pathogenesisLima, Valeska Portela January 2008 (has links)
LIMA, Valeska Portela. Impacto dos genes cag-pai (caga, cage e virb11) e vaca do helicobacter pylori na patogênese de adenocarcinomas gástricos. 2008. 103 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-05T16:55:26Z
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Previous issue date: 2008 / The gastric cancer is the fourth more frequent cancer, and the second cause of death for cancer in the world, recording approximately 934 thousand of new cases and 700 thousand of deaths a year. In Brazil, the gastric cancer is the sixth more frequent malignant tumor. In the Northeast area, it is the second more frequent cancer among the men and fourth among the women. In the state of Ceara, it is the third more frequent neoplasia. Among the infectious agents, the bacterium Helicobacter pylori (H. pylori), which is considered carcinogenic agent of the group I, has been pointed in the last decades because of the connection with activated chronic gastritis, with the development of peptic ulcers and duodenais, and the increase of the risk of gastric cancer. Besides the presence, genetic variation of the strains of H. pylori seems to influence in the seriousness of the disease caused by infection. The pathogenic character is given by the presence, in some cepas, of the called cag pathogenicity island, cag-PAI; one gene fragment of 35-40 Kb strain specific, which possess a series of genes associates to a virulent type IV secretion apparatus. Moreover, another gene, called vacA, it is presented as an important virulence factor. Despite these associations does not have still a direct relation enters the presence of these genes with the tumorigenic process. One of the possible explanations is the presence of other genes that contribute for fenotype more serious or malignant, mainly associates cag-PAI. In this context, the present study objectified to investigate the frequency of H. pylori genotyped how much the alelics variants of vacA the presence of the genes cagA, cagE and virB11 and its association with the clinic- pathological dates of gastric adenocarcinoma of one population of the Ceara State. For in such a way, 101 cases of gastric adenocarcinoma (68 men and 33 women), gotten of two hospitals of Fortaleza, had been analyzed by PCR how much to the presence of H. pylori and the studied genes. The distribution of the gastric cancer by sex, anatomical sites and the histopatologic analysis, in general way, had reproduced the trends of world-wide literature. The bacterium was present in 93% of the analyzed cases. The genes of H. pylori had presented the following frequencies: vacAs1m1 (75,5%), vacAs1m2 (13,8%), vacAs2m1 (4,6%), vacA s2m2 (6,5%), cagA (64,9%), cagE (53,2%) and virB11 (60,6%). These data are the first ones in world-wide literature citing the frequency of virB11 and as for the gene cagE in gastric cancer and indicate a circulating variation of strains how much the presence of these genes when compared these data with the ones of other gastric diseases. The most frequent combination was vacAs1m1cagA(+)cagE(+)virB11(+), found in 36,2% of the analyzed cases, being considered strain more pathogenic. The integrity of cag-PAI was verified in 38,3% of the cases, when considered the three studied markers, however, considering at least one marker of right side (cagA and/or cagE) and the marker of the left side (virB11), the frequency was of 56,4%. The distribution of the genotypes of H. pylori in groups demonstrated that the biggest frequency of strains considered more pathogenic was in tumors of the gastric antrum, did not have predilection of the genotypic variations for none of the histologic types, besides verifying it high frequency of more pathogenic strains in tumor stage II and IV, demonstrating to the participation of H. pylori in gastric carcinogenesis. / O câncer gástrico é a quarta neoplasia maligna mais freqüente e a segunda causa de morte por câncer no mundo, registrando-se aproximadamente 934 mil novos casos e 700 mil mortes por ano. No Brasil, o câncer gástrico é o sexto tumor maligno mais freqüente. Na região Nordeste é a segunda neoplasia mais freqüente entre os homens e a quarta entre as mulheres, sendo que no estado do Ceará é a terceira neoplasia mais freqüente. Dentre os agentes infecciosos, a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), considerada pela OMS agente carcinogênico do grupo I, tem sido destacada, nas últimas décadas, visto sua relação com a gastrite crônica ativa, com o desenvolvimento de úlceras gástricas e duodenais e aumento do risco de câncer gástrico. Além da presença, a variação genética das cepas de H. pylori parece influenciar na gravidade das doenças causadas pela infecção. O caráter patogênico é dado pela presença, em algumas cepas, da denominada ilha de patogenicidade, cag-PAI; um fragmento de DNA de 35-40 Kb cepa específico, a qual possui uma série de genes associados a um virulento aparato secretório. Além disso, outro gene, denominado vacA, também apresenta-se como um importante fator de virulência. Apesar dessas associações não há ainda uma relação direta entre a presença desses genes com o processo tumorigênico. Uma das possíveis explicações é a presença de outros genes que contribuam para o fenótipo mais grave ou maligno, principalmente associada a cag-PAI. Nesse contexto, o presente estudo objetivou investigar a freqüência de H. pylori genotipando quanto as variantes alélicas de vacA, a presença dos genes cagA, cagE e virB11 e sua associação com os dados clinico- patológicos de adenocarcinoma gástricos de uma população do Estado do Ceará. Para tanto, 101 casos de adenocarcinoma gástricos (68 homens e 33 mulheres), obtidos de dois hospitais de Fortaleza, foram analisados por PCR quanto à presença de H. pylori e os genes estudados. A distribuição do câncer gástrico por sexo, sítio anatômico do tumor e análise histopatológicas, de modo geral, reproduziram as tendências da literatura mundial. A bactéria esteve presente em 93% dos casos analisados. Os genes de H. pylori apresentaram as seguintes freqüências: vacAs1m1 (75,5%), vacAs1m2 (13,8%), vacAs2m1 (4,6%), vacA s2m2 (6,5%), cagA (64,9%), cagE (53,2%) e virB11 (60,6%). Esse dados são os primeiros na literatura mundial citando a freqüência virB11 e o segundo para o gene cagE em câncer gástrico e indicam uma variação de cepas circulantes quanto a presença desses genes quando comparado esses dados com os de outras doenças gástricas. A combinação mais freqüente foi vacAs1m1cagA(+)cagE(+)virB11(+), encontrada em 36,2% dos casos analisados, sendo considerada a cepa mais patogênica. A integridade de cag-PAI foi verificada em 38,3% dos casos, quando considerados os três marcadores estudados, entretanto, considerando-se pelo menos um marcador de lado direito (cagA e/ou cagE) e o marcador do lado esquerdo (virB11), a freqüência foi de 56,4%. A distribuição dos genótipos de H. pylori em grupos demonstrou que a maior freqüência das cepas consideradas mais patogênicas foi em tumores do antro gástrico, não houve predileção das variações genotípicas por nenhum dos tipos histológicos, além de verificar-se a alta freqüência das cepas mais patogênicas nos estadiamentos II e IV, demonstrando a participação de H. pylori na carcinogênese gástrica.
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Fatores prognósticos do carcinoma diferenciado da tireóideScheffel, Rafael Selbach January 2014 (has links)
O carcinoma diferenciado de tireóide (CDT) constitui a neoplasia maligna mais comum do sistema endocrinológico, respondendo por aproximadamente 95% dos casos. O CDT é considerado uma neoplasia de comportamento indolente com baixas taxas de morbidade e mortalidade. No entanto, alguns pacientes apresentam doença mais agressiva e a identificação desses pacientes (com maior risco de recorrência, morbidade e mortalidade) permanece como um dos grandes desafios no manejo dessa neoplasia. Na tentativa de individualizar o risco e identificar esse grupo de pacientes mais propensos a desfechos desfavoráveis, diversos fatores prognósticos já foram descritos. Os primeiros fatores identificados foram derivados de estudos que avaliaram características clínicas e patológicas dos pacientes e, mais recentemente, novas estratégias, como uso de marcadores laboratoriais e moleculares, e resposta ao tratamento inicial têm sido propostas. Neste artigo revisamos criticamente os principais fatores prognósticos descritos na literatura, discutindo as suas aplicações e limitações na prática clínica. Observamos que praticamente todos os fatores prognósticos descritos até o momento apresentam limitações: 1) os fatores clínico-patológicos são derivados de estudos antigos, nos quais o curso da doença parece diferir do padrão atual, e utilizam a mortalidade como desfecho principal; 2) a determinação da tireoglobulina sérica, o mais estudado fator prognóstico laboratorial, advém de estudos com limitações metodológicas que dificultam a sua interpretação e aplicação; 3) os fatores moleculares ainda carecem de dados que demonstrem superioridade na individualização dos pacientes, quando comparados aos fatores disponíveis. Na análise comparativa, a avaliação da resposta ao tratamento inicial parece apresentar o melhor desempenho como fator prognóstico para a evolução do paciente em médio e longo prazo.
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Influência das células mioepiteliais neoplásicas benignas de adenoma pleomórfico na produção de MMPs -1, -2, - 8, -9 e -13 por células epiteliais malignas e sua possível relação com o índice de invasãoRodrigues, Neliana Salomão [UNESP] 03 August 2015 (has links) (PDF)
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000857811.pdf: 501182 bytes, checksum: 97ed0b747ae3422a975a5f03adaa1428 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A célula mioepitelial é um componente de diversos órgãos glandulares, incluindo glândulas salivares e mamárias, que auxilia na excreção do conteúdo glandular, atuando também na sua embriogênese e morfogênese. Além de suas funções normais, ação supressora tumoral tem sido atribuída a esta célula. Utilizando como modelo o Carcinoma Ex-Adenoma Pleomórfico, neoplasia maligna proveniente da malignização das células do Adenoma Pleomórfico (AP), foi estudada a influência das células mioepiteliais neoplásicas no comportamento invasivo de células epiteliais malignas, em um estudo in vitro. Para isso, células de carcinoma epidermoide bucal (CAL 27, ATCC) e de carcinoma ductal (HS578T, ATCC) foram cultivadas em câmaras de invasão, sobre matrigel, com meios condicionados de células mioepiteliais de AP por 96 h. Foi calculado o índice de invasão, quantificada a secreção de MMPs-1,-2,-8,-9 e -13 e de TIMP-1 e -2, por meio de ELISA, e a atividade proteolítica por Zimografia. Os resultados foram submetidos à análise estatística e demonstraram que os meios condicionados de células mioepiteliais provocaram aumento do potencial invasivo de ambas as células malignas. Os meios condicionados exibiram, em geral, maiores quantidades e atividades proteolíticas de MMPs-1 e -2 e quantidades de TIMPs-1 e -2 do que as células malignas. A MMP-8 apresentou baixos níveis em todas as amostras e as MMPs-9 e -13 não foram detectadas. Nestas condições experimentais, as células mioepiteliais promoveram aumento do comportamento invasivo das células epiteliais malignas e as MMPs-1 e - 2 produzidas por elas podem estar envolvidas no processo / The myoepithelial cell is a component of various glandular organs, including salivary and mammary glands, which aids in the excretion of glandular content, also acting in embryogenesis and morphogenesis of the gland. In addition to their normal functions, tumor suppressive action has been attributed to this cell. Using as a model the carcinoma ex pleomorphic adenoma, malignant neoplasm from the malignancy of pleomorphic adenoma cells (PA), the influence of neoplastic myoepithelial cells in the invasive behavior of malignant epithelial cells in an in vitro study was studied. Therefore, cells of oral squamous cell carcinoma (CAL 27, ATCC) and ductal carcinoma (HS578T, ATCC) were cultured in invasion chambers on matrigel with conditioned media of myoepithelial cells of PA for 96 hours. We calculated the invasion índex, quantified the secretion of MMP-1, -2, -8, -9 and -13 and TIMP-1 and -2 by ELISA and the proteolytic activity by zymography. The results were statistically analyzed and showed that the conditioned media of myoepithelial cells caused increased invasive potential of both malignant cells. The conditioned media showed, in general, larger amounts and proteolytic activities of MMP-1 and -2 and amounts of TIMP-1 and -2 than the malignant cells. MMP-8 was decreased in all samples and MMP-9 and -13 were not detected. Under these experimental conditions, myoepithelial cells caused an increase in invasive behavior of malignant epithelial cells and MMP-1 and -2 produced by them may be involved in the process / FAPESP: 13/03818-4
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Fatores prognósticos e recidiva neoplásica em pacientes com adenocarcinoma colorretal estadio I e II (TNM), submetidos a tratamento cirúrgico com intenção curativaRossoni, Marssoni Deconto 21 February 2013 (has links)
Resumo: Alguns pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estadio clínico I e II (TNM), apresentam um prognóstico desfavorável, mesmo após a realização da terapia recomendada. Novos fatores estão sendo descritos na literatura como preditores de mau prognóstico, como a presença do fenômeno brotamento tumoral (FBT). O objetivo deste estudo foi estabelecer o desempenho do FBT como fator prognóstico em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal estadio clínico I e II (TNM). Foram avaliados 65 pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estadio I e II (TNM), submetidos à cirurgia com intenção curativa, no período de 1995 a 2004, e acompanhados por um período de cinco anos. Dados referentes aos parâmetros do estudo anatomopatológico e ao tratamento empregado foram correlacionados com o período de recidiva da doença e com o fenômeno brotamento tumoral (FBT) detectado pelos métodos da hematoxilina-eosina (HE) e imunohistoquímica (IMH). Dos dados avaliados os que apresentaram associação estatisticamente significante com a recidiva da doença foram a infiltração vascular linfática (seis vezes maior, após dois anos de tratamento; p=0,01) e venosa (3,9 vezes e 9,5 vezes maior, após cinco e dois anos, respectivamente; p<0,001). Em relação ao FBT, o que se mostrou estatisticamente significante foi uma maior positividade do FBT (pela técnica HE) nas neoplasias do cólon do que as retais (p=0,03) e uma associação com infiltração vascular venosa e linfática (pelo método IMH) com um risco significativo 7,2 vezes e 2,9 vezes maiores, respectivamente (p=0,02 e p=0,01). O FBT apresentou uma sensibilidade de 35,7% e 71,4%; especificidade de 58,8% e 56,9%; acurácia de 53,8% e 60%; razão de probabilidades positiva de 0,87 e 1,7 e razão de probabilidades negativa de 1,1 e 0,5, pelas técnicas HE e IMH, respectivamente, para o diagnóstico de recidiva de doença. Considerando no modelo de análise discriminante como variável dependente a recidiva, observou-se que a variável selecionada com maior poder de discriminação foi a presença de infiltração vascular venosa com 81,5% de acerto de classificação (p<0,001). Apesar do FBT ser um fator preditor de agressividade tumoral, já que sua positividade está fortemente relacionada à infiltração vascular linfática e venosa por células tumorais, neste estudo, ao avaliar o FBT isoladamente, ele não foi capaz de predizer o risco de recidiva. São necessários outros estudos, com amostras maiores de pacientes, para melhor determinar o significado prognóstico deste parâmetro anatomopatológico.
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Fator de Von Willebrand no adenocarcinoma colorretalDamin, Daniel de Carvalho January 2000 (has links)
O adenocarcinoma colorretal é um dos tumores sólidos mais prevalentes no mundo, ocupando a terceira posição em ambos os sexos, precedido pelo carcinoma de pulmão e estômago em homens, e pelo carcinoma de mama e cérvix em mulheres. No Brasil, o adenocarcinoma colorretal está entre as cinco neoplasias mais freqüentes, ocupando a quinta posição em mortalidade. A sobrevida global dos pacientes está em torno de 40% em 5 anos, tendo havido pequena elevação deste índice nas últimas quatro décadas. O estadiamento clínico-patológico permanece como o mais importante indicador prognóstico para o adenocarcinoma colorretal, sendo a sobrevida em 5 anos dos pacientes portadores de metástases à distância menor que 5%. Estas lesões são encontradas em 75% dos indivíduos que morrem da doença e representam, na maioria das vezes, um evento terminal. O processo de metastatização segue uma série de etapas interligadas que devem ser completadas pela célula tumoral para que se produza uma lesão clinicamente evidente. O primeiro passo desta seqüência se dá através de um fenômeno conhecido como angiogênese. Este consiste na proliferação endotelial acelerada com formação de novos vasos, que irão permitir que o tumor cresça e envie células neoplásicas à circulação. Esta neovascularização leva à maior produção de uma glicoproteína plasmática essencial para o processo de hemostasia primária, o fator de von Willebrand. Esta proteína é liberada pelas células endoteliais e pelas plaquetas e seus níveis estão elevados em situações clínicas em que há proliferação ou dano endotelial. Nos pacientes com câncer, o fator de von Willebrand, além de servir como potencial marcador da angiogênese, contribui diretamente para a formação das metástases, promovendo a ligação das células tumorais às plaquetas. Esta interação faz com que se formem agregados celulares heterotípicos que não são reconhecidos pelo sistema imunológico e têm maior capacidade de adesão aos leitos capilares dos órgãos alcançados. A associação entre aumento nos níveis plasmáticos do fator de von Willebrand e a progressão neoplásica foi demonstrada em pacientes com tumores de cabeça e pescoço e colo uterino, não havendo dados na literatura sobre a correlação deste fator com o câncer colorretal. No presente estudo foram comparados as concentrações desta proteína em 75 pacientes com adenocarcinoma colorretal e em 88 controles saudáveis, sendo estes valores correlacionados com os principais indicadores prognósticos da doença. Este é o primeiro estudo a ser publicado que documenta o comportamento do fator de von Willebrand em pacientes com adenocarcinoma colorretal. Os resultados deste estudo demonstraram que os pacientes com câncer colorretal apresentaram níveis de fator de von Willebrand significativamente superiores aos controles (P < 0.0001). Houve associação significativa entre as concentrações do fator de von Willebrand e o estadiamento tumoral (P < 0.0001), a invasão de estruturas anatômicas adjacentes (P < 0.009) e a presença de metástases à distância (P < 0.02). Os dados aqui apresentados sugerem que os níveis plasmáticos do fator de von Willebrand nos pacientes com adenocarcinoma colorretal possam ser indicadores do comportamento biológico deste tumor. Portanto, a definição do papel desta proteína no processo de disseminação neoplásica merece estudos complementares.
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Efeito da nicotina injetável e da fumaça do cigarro em um modelo experimental de lesões intra-epiteliais e de adenocarcinoma pancreático induzidos por 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) em camundongosBersch, Vivian Pierri January 2006 (has links)
Introdução: O adenocarcinoma de pâncreas é uma doença com prognóstico reservado e tem como um dos fatores de risco mais importantes o tabagismo. Dentre os componentes do cigarro a nicotina é o que apresenta maior concentração, sendo considerada a principal substância envolvida na carcinogênese pancreática. Visando o diagnóstico precoce e buscando novos tratamentos, os modelos XX experimentais se tornam úteis, à medida que possibilitam a compreensão do comportamento biológico tumoral e dos fatores indutores e promotores da doença. Para o desenvolvimento experimental do câncer de pâncreas em ratos e camundongos, o 7,12-dimetilbenzantraceno (DMBA) é um dos indutores químicos mais utilizados. Objetivos: Avaliar o efeito da nicotina injetável e da fumaça do cigarro sobre o pâncreas de camundongos submetidos à carcinogênese pelo DMBA, aplicando, para os achados histológicos, a nova classificação das neoplasias intra-epiteliais pancreáticas (NIPan) proposta em 2001 por Hruban e colaboradores. Materiais e Métodos: 114 camundongos machos foram alocados em 3 grupos. O grupo denominado DMBA-n recebeu 2mg/kg/dose de nicotina ([3-(1- methiyl-2-pyrrolidinyl)pyridine]) subcutânea durante 45 dias. Após o décimo quinto dia de nicotina, foi operado sendo implantado 1 mg de cristais de DMBA na cabeça pancreática, mediante sutura em bolsa. O grupo DMBA-f foi exposto à fumaça de cigarro na concentração de 100mg/m3 de nicotina também por 45 dias, e submetido à cirurgia com o implante de DMBA em seu pâncreas no 16° dia. O grupo denominado Sham, considerado como controle da cirurgia, permaneceu no alojamento pelo mesmo período de tempo e no 16° dia foi operado sendo confeccionada a bolsa sem o implante de DMBA. Este grupo não foi exposto à fumaça e não recebeu a nicotina. Transcorridos 30 dias de pósoperatório, todos os animais foram mortos e seus pâncreas foram preparados para avaliação histológica através da coloração com hematoxilina e eosina. Dois patologistas e dois dos autores procederam a avaliação histológica. Os diagnósticos considerados foram: pâncreas normal, hiperplasia reacional, NIPan 1a, NIPan 1b, NIPan 2, NIPan 3 e carcinoma. Os resultados foram comparados a um quarto grupo de camundongos (controle histórico) designado com DMBA-exclusivo, para fins de análise estatística. Resultados: A comparação entre os quatro grupos demonstrou que a freqüência geral de NIPan foi praticamente a mesma entre todos os animais expostos ao DMBA, sendo de 16 (66,7%) no DMBA-exclusivo, 20 (66,7%) no DMBA-f e 12 (44,4 %) no DMBA-n, quando consideradas as lesões de maior gravidade. O grupo Sham não apresentou NIPan. A freqüência do adenocarcinoma pancreático, entretanto foi maior no grupo DMBA-n (14 ou 51,9%) do que no DMBAexclusivo (4 ou 16,7%) e no DMBA-f (4 ou 13,3%). Igualmente o grupo Sham não apresentou carcinoma. A diferença entre os grupos apresentou significância estatística (p = 0,05 – teste Exato de Fisher). Conclusão: A nicotina, associada ao modelo experimental de carcinogênese pancreática induzida pelo DMBA em camundongos, promove o desenvolvimento do adenocarcinoma pancreático invasor, semelhante ao humano. A exposição à fumaça não atuou como promotora do adenocarcinoma pancreático invasivo, mas proporcionou o maior aparecimento de NIPan 3 ou carcinoma “in situ” quando comparado com o grupo DMBA-exclusivo. / Background: Pancreatic adenocarcinoma has a bad prognosis. There are some risk factors involved in this disease, but cigarette smoking and the nicotine, which is the greatest element in the cigarette, are the most important ones. Experimental models can provide us the study of new technology in early diagnosis and treatment, improving this situation. Besides this, can give us the comprehension of the tumoral biological behavior and its relationship with inductors and promoters elements. The 7,12-dimethylbenzanthracene (DMBA) is one of the best chemical agent applied to induce pancreatic cancer in rats and mice Objetive: To evaluate the effects of the nicotine and the effects of cigarette smoke exposure in mice with pancreatic DMBA implantation for carcinogenesis using Pancreatic Intraepithelial Neoplasia (PanIN) classification system described by Hruban in 2001. Materials and Methods: 114 male mice were divided in 3 groups. To the DMBA-n group were given subcutaneous 2 mg/kg/dose nicotine ([3-(1-methiyl-2-pyrrolidinyl)pyridine]) 2 times daily for 45 days. During this period and at the day 16, all the animals were operated and received 1mg of DMBA crystals in their pancreatic head in a purse-string suture. The DMBA-f group was exposed to 100mg/m3 of nicotine cigarette smoke 3 times a day also for 45 days and was operated at the sixteen day like the DMBA-n group. The Sham group (surgery control group) did not received nicotine nor was exposed to cigarette smoke, but was also operated at the sixteen day of the reclusion with a purse-string suture in pancreatic head without the DMBA crystals Euthanasia for all was performed after 30 days of the surgery. The entire pancreas was removed during the necropsy, and than prepared and stained with hematoxylin and eosin to the histological examination. The specimens were evaluated by two pathologists and two of the authors, using the following criteria: normal ducts, reactive hyperplasia, PanIN 1A, PanIN 1B, PanIN 2, PanIN 3 and carcinoma. To complete the statistical analysis, another group was associated to the study called the DMBA-exclusive group (historical control group). Results: The frequency of the PanIN in the 3 groups exposed to the DMBA was almost the same, when is considered the higher grade lesion (DMBA-exclusive= 16 or 66,7 %, DMBA-f=20 or 66,7% and DMBA-n= 12 or 44,4 %). Any PanIN was seen in the Sham group. The frequency of pancreatic adenocarcinoma was higher in the DMBA-n group (14 or 51,9%) than in the DMBA-exclusive (4 or 16,7%) and DMBA-f (4 or 13,3%). The Sham group did not shown carcinoma. The differences among groups were statistically significant (p = 0,05 – Fisher Test). Cconclusions: The association of the nicotine to the experimental model of pancreatic carcinogenesis induced by the DMBA in mice promotes the development of the same type of the human pancreatic adenocarcinoma. The cigarette smoke exposure in this study did not contribute to the cancer formation, but the development of the PaIN 3 in this group is higher than in the DMBA-exclusive group.
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Análise digital de imagem e estereologia da angiogênese em adenomas e no adenocarcinoma colorretal invasivo de submucosaTarta, Claudio January 2004 (has links)
A angiogênese é essencial no desenvolvimento neoplásico, associando-se às metástases à distância e recorrência em diversas neoplasias malignas. Em carcinomas colorretais, os parâmetros da análise digital de imagem e estereologia da angiogênese foram pouco estudados. Objetivo: avaliar parâmetros tridimensionais e a quantificação microvascular bidimensional nas diferentes apresentações morfológicas dos adenomas colorretais e no adenocarcinoma colorretal restrito à submucosa, a fim de determinar o papel da angiogênese nas diferentes etapas da seqüência adenoma-carcinoma e sua relação com as diferentes apresentações das lesões precursoras do carcinoma colorretal. Material e métodos: foi realizado estudo histórico de delineamento transversal, incluindo 115 lesões neoplásicas colorretais, ressecadas endoscópica ou cirurgicamente no período de 1997 a 2001, obtidas de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da Fundação Universitária de Gastroenterologia (FUGAST). Para análise da angiogênese foram utilizadas as técnicas de imuno-histoquímica, análise digital de imagem, quantificação microvascular e estereologia. Os resultados foram apresentados como mediana e intervalos interquartis. Resultados: a quantificação microvascular foi progressivamente mais elevada nas lesões polipóides com displasia de alto grau comparadas às de baixo grau. Quanto maior o grau de atipia observado, maior foi o número de microvasos (regressão linear, P < 0,05). O volume e extensão microvascular foram diferentes entre as fases evolutivas da neoplasia colorretal, resultando em aumento no volume 728 (416 - 1408) versus 178 (93 - 601) e extensão microvascular 242,4 (131,1 - 936,8) vs 24,0 (6,5 - 142,2) (P < 0,001) nas lesões polipóides com displasia de alto grau comparadas às de baixo grau, respectivamente. A quantificação microvascular foi progressivamente mais elevada, acompanhando a progressão neoplásica polipóide: displasia de baixo grau 41,8 (15,8 - 71,9), displasia de alto grau 60,0 (23,0 - 95,6) e carcinoma de submucosa 76,0 (37,5 - 132,6) (P < 0,001). Concomitante, o volume 956 (436 - 2188) vs 178 (93 - 601) e a extensão microvascular 534,6 (146,7 - 1262) vs 24,0 (6,5 - 142,2) foram mais elevados nos adenocarcinomas colorretais restritos à submucosa em relação às lesões polipóides com displasia de baixo grau, respectivamente (P < 0,001). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na angiogênese entre os adenomas polipóides e não-polipóides através da quantificação 41,8 (15,8 - 71,9) vs 22 (16 - 40) e estimativa da extensão microvascular 24 (6,5-142,2) vs 17,5 (4,4-54,7), respectivamente. Conclusão: a utilização da análise digital de imagem e estereologia acrescentou maior objetividade e eficácia na metodologia de avaliação angiogênica, pois permitiu a precisa segmentação das áreas hipervasculares, a representação da morfologia tridimensional característica do suprimento vascular e a identificação de diferenças na microvascularização nas etapas evolutivas do câncer colorretal. / Angiogenesis is essential in the tumoral development, associating with metastasis at distance and recurrence in several malignant neoplasias. In colorectal carcinomas, the parameters of the digital image analysis and stereology of angiogenesis have been little studied. Objective: evaluate three-dimensional parameters and the bidimensional microvascular quantification in the different morphologic presentations of the adenomas and in the submucosal colorectal carcinoma, in order to determine the role of angiogenesis in the different stages of the sequence adenoma-carcinoma and its relationship with the different presentations of the precursory neoplastic lesions of the colorectal carcinoma. Material and methods: transversal historical study was carried out, including 115 colorectal neoplastic lesions, obtained by endoscopyc or surgical resection between 1997 and 2001, from the patients of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre and of the Fundação Universitária de Gastroenterologia (FUGAST). For the analysis of angiogenesis, immunohistochemistry, digital image analysis, microvascular quantification and stereology were used. The results were presented as medium and interquartile range. Results: the microvascular quantification has gradually raised in the polypoid lesions with high degree dysplasia comparing to the ones of low degree. The bigger the degree of atipia, the higher was the number of microvessels (linear regression, P < 0,05). The volume and microvascular extension were different among stages of the colorectal neoplasia, resulting in an increase of the volume 728 (416 - 1408) vs 178 (93 - 601) and microvascular extension 242,4 (131.1 - 936,8) vs 24,0 (6,5 - 142,2) (P < 0.001) in the polypoid lesions with comparative high degree dysplasia to the ones of low degree, respectively. The microvascular quantification was gradually raised, following the polypoid tumoral progression: low degree dysplasia 41,8 (15,8 - 71,9), high degree dysplasia 60,0 (23,0 - 95,6) and submucosal carcinoma 76,0 (37,5 - 132,6) (P < 0.001). Concomitantly, the volume 956 (436 - 2188) vs 178 (93 - 601) and microvascular extension 534,6 (146,7 - 1262) vs 24,0 (6,5 - 142,2) were more elevated in the submucosal carcinoma in relation to the polypoid lesions with low degree displasia, respectively (P < 0.001). There was no significantly difference in angiogenesis between the poypoid and nonpolypoid colorectal adenomas through the quantification 41,8 (15,8 - 71,9) vs 22 (16 - 40) and estimate of microvascular extension 24 (6,5 - 142,2) vs 17,5 (4,4 - 54,7), respectively. Conclusion: the use of the digital image analysis and stereology added greater objectivity and effectiveness in the methodology of angiogenic evaluation, because it allowed the accurate segmentation of hypervascular areas, the representation of characteristic three-dimensional morphology of vascular supply and identification of differences in the microvascularization in the evolutive stages of the colorectal cancer.
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