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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existência

Doebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Os elementos sócio-educativos que figuram a (re)inserção profissional de pessoas com amputação de membros

Giuriolo, Gisele Guerra January 2009 (has links)
Considerando a inserção profissional como a articulação de dois componentes importantes no processo de socialização, o trabalho e a educação, a pesquisa realizada nessa dissertação objetivou identificar os elementos sócio-educativos que configuram a (re)inserção no mercado de trabalho de pessoas que sofreram amputação de membros. Inicialmente, realizou-se uma abordagem quantitativa a partir da revisão total de 169 prontuários de amputados protetizados pelo SUS, INSS e rede privada de saúde. A abordagem qualitativa da pesquisa ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas com profissionais do centro de reabilitação profissional do INSS/POA e aplicação da técnica do discurso do sujeito coletivo nas entrevistas com amputados gaúchos protetizados em Porto Alegre. Identificaram-se aspectos comuns nas falas dos entrevistados, relacionados à preponderância da protetização no processo de reabilitação e à relevância de retomar a atividade profissional, ainda que informalmente, para resgate da autoestima e reinclusão social, conferindo à (re)inserção profissional um papel terapêutico, além de sobrevivência. A inserção profissional é propulsionada pelas redes sociais informais, em que os contatos são peculiarmente importantes no acesso a informações sobre as vagas de trabalho, bem como as indicações para o preenchimento das mesmas. Aliás, as redes sociais aparecem como os recursos mais efetivos do que as políticas públicas afirmativas na promoção de empregabilidade. Outro aspecto significativo à (re)inserção profissional diz respeito à escolaridade, uma característica que influencia o tipo de retorno ao mercado de trabalho: quanto mais escolarizado, maior a tendência de atuação no mercado de trabalho formal, assim como a oferta de empregos por cotas reservadas a PPD´s; enquanto que para os amputados menos escolarizados, os postos de trabalho ocupados são de grande desgaste físico com base em saberes práticos, aprendidos no cotidiano de trabalho. / Whereas the occupational integration as a combination of two important components in the socialization process: the work and education, research carried out in this paper aimed to identify the social and educational elements of the (re) integration into the labor market of people who have suffered amputation of limbs. Initially, there was a quantitative approach based on the revision of 169 medical records of amputees prostheses by SUS, Social Security and private health clinics. The qualitative research took place from semi-structured interviews with professionals in the rehabilitation center professional INSS / POA and the technique of collective subject speech in interviews with amputees from Rio Grande do Sul. We identified common issues in the interviews, related to the preponderance of the prosthesis in the rehabilitation process, the importance of taking back their career, even informally, for the recovery of self-esteem and social reinsertion, giving to the (re) insertion a therapeutic role, beyond survival. The professional integration is driven by informal social networks, where contacts are uniquely important for improving access to information about job vacancies, and the information to fill them. Moreover, the social networks are resources more effective than affirmative public policies in promoting employability. Another significant aspect of (re) integration mechanisms regards to education, a characteristic that influences the type of return to the labor market: as more educated, greater tendency of activity in the formal labor market and the demand for jobs by quotas reserved for PPD´s. While for amputees less educated, the jobs are very physically demanding on the basis of practical knowledge, learned in daily work.
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Os elementos sócio-educativos que figuram a (re)inserção profissional de pessoas com amputação de membros

Giuriolo, Gisele Guerra January 2009 (has links)
Considerando a inserção profissional como a articulação de dois componentes importantes no processo de socialização, o trabalho e a educação, a pesquisa realizada nessa dissertação objetivou identificar os elementos sócio-educativos que configuram a (re)inserção no mercado de trabalho de pessoas que sofreram amputação de membros. Inicialmente, realizou-se uma abordagem quantitativa a partir da revisão total de 169 prontuários de amputados protetizados pelo SUS, INSS e rede privada de saúde. A abordagem qualitativa da pesquisa ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas com profissionais do centro de reabilitação profissional do INSS/POA e aplicação da técnica do discurso do sujeito coletivo nas entrevistas com amputados gaúchos protetizados em Porto Alegre. Identificaram-se aspectos comuns nas falas dos entrevistados, relacionados à preponderância da protetização no processo de reabilitação e à relevância de retomar a atividade profissional, ainda que informalmente, para resgate da autoestima e reinclusão social, conferindo à (re)inserção profissional um papel terapêutico, além de sobrevivência. A inserção profissional é propulsionada pelas redes sociais informais, em que os contatos são peculiarmente importantes no acesso a informações sobre as vagas de trabalho, bem como as indicações para o preenchimento das mesmas. Aliás, as redes sociais aparecem como os recursos mais efetivos do que as políticas públicas afirmativas na promoção de empregabilidade. Outro aspecto significativo à (re)inserção profissional diz respeito à escolaridade, uma característica que influencia o tipo de retorno ao mercado de trabalho: quanto mais escolarizado, maior a tendência de atuação no mercado de trabalho formal, assim como a oferta de empregos por cotas reservadas a PPD´s; enquanto que para os amputados menos escolarizados, os postos de trabalho ocupados são de grande desgaste físico com base em saberes práticos, aprendidos no cotidiano de trabalho. / Whereas the occupational integration as a combination of two important components in the socialization process: the work and education, research carried out in this paper aimed to identify the social and educational elements of the (re) integration into the labor market of people who have suffered amputation of limbs. Initially, there was a quantitative approach based on the revision of 169 medical records of amputees prostheses by SUS, Social Security and private health clinics. The qualitative research took place from semi-structured interviews with professionals in the rehabilitation center professional INSS / POA and the technique of collective subject speech in interviews with amputees from Rio Grande do Sul. We identified common issues in the interviews, related to the preponderance of the prosthesis in the rehabilitation process, the importance of taking back their career, even informally, for the recovery of self-esteem and social reinsertion, giving to the (re) insertion a therapeutic role, beyond survival. The professional integration is driven by informal social networks, where contacts are uniquely important for improving access to information about job vacancies, and the information to fill them. Moreover, the social networks are resources more effective than affirmative public policies in promoting employability. Another significant aspect of (re) integration mechanisms regards to education, a characteristic that influences the type of return to the labor market: as more educated, greater tendency of activity in the formal labor market and the demand for jobs by quotas reserved for PPD´s. While for amputees less educated, the jobs are very physically demanding on the basis of practical knowledge, learned in daily work.
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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existência

Doebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Os elementos sócio-educativos que figuram a (re)inserção profissional de pessoas com amputação de membros

Giuriolo, Gisele Guerra January 2009 (has links)
Considerando a inserção profissional como a articulação de dois componentes importantes no processo de socialização, o trabalho e a educação, a pesquisa realizada nessa dissertação objetivou identificar os elementos sócio-educativos que configuram a (re)inserção no mercado de trabalho de pessoas que sofreram amputação de membros. Inicialmente, realizou-se uma abordagem quantitativa a partir da revisão total de 169 prontuários de amputados protetizados pelo SUS, INSS e rede privada de saúde. A abordagem qualitativa da pesquisa ocorreu a partir de entrevistas semiestruturadas com profissionais do centro de reabilitação profissional do INSS/POA e aplicação da técnica do discurso do sujeito coletivo nas entrevistas com amputados gaúchos protetizados em Porto Alegre. Identificaram-se aspectos comuns nas falas dos entrevistados, relacionados à preponderância da protetização no processo de reabilitação e à relevância de retomar a atividade profissional, ainda que informalmente, para resgate da autoestima e reinclusão social, conferindo à (re)inserção profissional um papel terapêutico, além de sobrevivência. A inserção profissional é propulsionada pelas redes sociais informais, em que os contatos são peculiarmente importantes no acesso a informações sobre as vagas de trabalho, bem como as indicações para o preenchimento das mesmas. Aliás, as redes sociais aparecem como os recursos mais efetivos do que as políticas públicas afirmativas na promoção de empregabilidade. Outro aspecto significativo à (re)inserção profissional diz respeito à escolaridade, uma característica que influencia o tipo de retorno ao mercado de trabalho: quanto mais escolarizado, maior a tendência de atuação no mercado de trabalho formal, assim como a oferta de empregos por cotas reservadas a PPD´s; enquanto que para os amputados menos escolarizados, os postos de trabalho ocupados são de grande desgaste físico com base em saberes práticos, aprendidos no cotidiano de trabalho. / Whereas the occupational integration as a combination of two important components in the socialization process: the work and education, research carried out in this paper aimed to identify the social and educational elements of the (re) integration into the labor market of people who have suffered amputation of limbs. Initially, there was a quantitative approach based on the revision of 169 medical records of amputees prostheses by SUS, Social Security and private health clinics. The qualitative research took place from semi-structured interviews with professionals in the rehabilitation center professional INSS / POA and the technique of collective subject speech in interviews with amputees from Rio Grande do Sul. We identified common issues in the interviews, related to the preponderance of the prosthesis in the rehabilitation process, the importance of taking back their career, even informally, for the recovery of self-esteem and social reinsertion, giving to the (re) insertion a therapeutic role, beyond survival. The professional integration is driven by informal social networks, where contacts are uniquely important for improving access to information about job vacancies, and the information to fill them. Moreover, the social networks are resources more effective than affirmative public policies in promoting employability. Another significant aspect of (re) integration mechanisms regards to education, a characteristic that influences the type of return to the labor market: as more educated, greater tendency of activity in the formal labor market and the demand for jobs by quotas reserved for PPD´s. While for amputees less educated, the jobs are very physically demanding on the basis of practical knowledge, learned in daily work.
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Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existência

Doebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
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Discutindo trajetórias: etnicidade, classe e cotas na UEPB.

FARIAS, Melânia Nóbrega Pereira de. 02 August 2018 (has links)
Submitted by Maria Medeiros (maria.dilva1@ufcg.edu.br) on 2018-08-02T13:10:26Z No. of bitstreams: 1 MELÂNIA NÓBREGA PEREIRA DE FARIAS - TESE (PPGCE) 2017.pdf: 4260789 bytes, checksum: 40ab220815d5712c4ee2dcf065396ac5 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-02T13:10:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MELÂNIA NÓBREGA PEREIRA DE FARIAS - TESE (PPGCE) 2017.pdf: 4260789 bytes, checksum: 40ab220815d5712c4ee2dcf065396ac5 (MD5) Previous issue date: 2017-08-30 / Na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no ano de 2006, através da Resolução UEPB/CONSEPE/06/2006, foi definida uma política de reserva de vagas para o Concurso Vestibular da Instituição. Sendo assim, a partir do ano de 2007 na UEPB, a partir da Resolução supracitada, cinqüenta por cento (50%) do total de vagas de cada curso de graduação passou a ser destinado a candidatos aprovados no Vestibular da Instituição que tivessem cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas do Estado da Paraíba. Vale ressaltar que a implantação desta política se deu de modo gradativo, pois a reserva de vagas definidas na Resolução 06/2006 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEPB foi implementada na ordem de dez por cento (10%) a cada ano a partir de 2007, de modo que atualmente esta política já foi integralizada em termos de reserva de vagas. Ao contrário da UERJ, que destinou um percentual de vagas específico para negros, a UEPB estabeleceu apenas um percentual para aqueles considerados “carentes”. Cumpre destacar que, de acordo com inúmeras pesquisas realizadas no Brasil, os negros estão alocados, em sua grande maioria, nas classes sociais mais baixas (FERNANDES, 1978; HASENBALG, 1979; MOURA, 1988; AZEVEDO, 1996; PINTO, 1998; TEIXEIRA, 2003; D‟ADESKY, 2001). Propõe-se aqui, portanto, um estudo sobre a questão da inclusão de alunos(as) negros(as) no Campus VI da UEPB através da Política de Cotas Sociais da Instituição e suas trajetórias. O que se pretende compreender é, em última instância, como estes alunos(as) se vêem enquanto negro(s) e “cotistas”, quais os caminhos percorridos por estes(as) até chegar à UEPB e ainda perceber suas trajetórias no âmbito desta Instituição. O fato é que, segundo Teixeira (2003), nenhum autor questiona a relação entre raça ou etnicidade e as desigualdades sociais. Os estudos e pesquisas sobre a situação do negro na sociedade brasileira têm revelado ser a educação tradicionalmente um dos principais instrumentos capazes de promover a ascensão social e econômica do negro na busca de uma maior igualdade com os brancos (FERNANDES, 1978; PINTO, 1998; TEIXEIRA, 2003). Assim, como aponta Teixeira (2003), hoje é dada uma terceira atribuição à escola pelo meio mais politizado, a de reforçar a identidade positiva do negro enquanto tecnicamente singularizado. Nestes termos, esta pesquisa, que se delineia de modo analítico-descritivo e qualitativo, mediante realização de pesquisa bibliográfico-documental, da aplicação de questionários e da realização de entrevistas, pretende dar visibilidade àqueles que não aparecem nos gráficos estatísticos, sem contudo, limitar-se a “individualizar” algumas escolhas e trajetórias, procurando nelas seu sentido mais sociológico, ou seja, as bases sociais capazes de permitir a outros indivíduos escolhas e trajetórias semelhantes; e, ainda, sem abrir mão das análises mais amplas e abrangentes. / At the State University of Paraíba (UEPB), in 2006, through Resolution UEPB/CONSEPE /06/2006, a policy of reservation of vacancies was defined for the Vestibular Competition of the Institution. Therefore, from the year 2007 on UEPB, from the aforementioned Resolution, fifty percent (50%) of the total number of places in each undergraduate course started to be destined to approved candidates in the Vestibular of the Institution that had fully completed the High School in public schools in the State of Paraíba. It is worth emphasizing that the implementation of this policy has taken place gradually, since the reserve of vacancies defined in Resolution 06/2006 of the UEPB Teaching, Research and Extension Council was implemented in the order of ten percent (10%) each year to From 2007 onwards, so that this policy has now been paid in full in terms of vacancies. Unlike UERJ, which allocated a specific percentage of vacancies to blacks, UEPB established only a percentage for those considered "needy". It should be pointed out that, according to numerous researches carried out in Brazil, blacks are mostly allocated to lower social classes (FERNANDES, 1978; HASENBALG, 1979; MOURA, 1988; AZEVEDO, 1996; PINTO, 1998; TEIXEIRA, 2003; D'ADESKY, 2001). It is proposed, therefore, a study on the issue of the inclusion of black students in Campus VI of the UEPB through the Institution's Social Quota Policy and its trajectories. What we are trying to understand is, in the last analysis, how these students see themselves as blacks and "quotaters", what are their paths to reach the UEPB and still understand their trajectories within this Institution. The fact is that, according to Teixeira (2003), no author questions the relationship between race or ethnicity and social inequalities. Studies and research on the situation of the black in Brazilian society have revealed that education has traditionally been one of the main instruments capable of promoting the social and economic rise of the Negro in the quest for greater equality with whites (FERNANDES, 1978; PINTO, 1998; TEIXEIRA, 2003). Thus, as Teixeira (2003) points out, today a third assignment to the school is given by the more politicized means of reinforcing the positive identity of the Negro as technically unique. In this way, this research, which is delineated in an analytical-descriptive and qualitative way, through bibliographical-documentary research, the application of questionnaires and interviews, aims to give visibility to those that do not appear in the statistical graphs, without, however, limiting To "individualize" some choices and trajectories, seeking in them their more sociological sense, that is, the social bases capable of allowing other individuals choices and similar trajectories; And still without giving up the broader and more comprehensive analyzes.
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[pt] ACABOU A QUALIDADE DA ESCOLA: CONSTRUÇÃO DE ESTIGMA EM NARRATIVAS SOBRE COTAS DE INGRESSO NO CEFET/RJ / [en] THE SCHOOL S QUALITY IS OVER: STIGMAS CONSTRUCTION IN ADMISSION QUOTA S NARRATIVES IN CEFET/RJ

ALLANE DE SOUZA PEDROTTI MATOS 01 June 2020 (has links)
[pt] O objetivo desta tese de doutorado é analisar, nas construções discursivas dos docentes do CEFET/RJ, como o estigma de cotista é criado, negociado ou desafiado pelos integrantes da instituição. Para dar conta da articulação entre os conceitos propostos na pesquisa e o objetivo principal, esta proposta geral se desdobrou em questões específicas sobre: quais recursos lexicogramaticais e discursivos, nas narrativas docentes, se relacionam ao estigma das cotas e os negociam; a quais sistemas de coerência os docentes se afiliam; e quais estratégias retóricas os docentes utilizam para criação, manipulação, manutenção, resistência, subversão, etc. dos sistemas de coerência sobre cotas. Para tanto, a arquitetura teórica desta tese foi baseada na noção de estigma (GOFFMAN, 1988), que orienta esta pesquisa de maneira geral, e apoiada discursivamente na análise de narrativa (LABOV, 1972) combinada à análise crítica do discurso, pelo viés das estratégias retóricas descritas por Ruth Wodak e colaboradores (2009). Ao realizar as análises, foi utilizado o suporte instrumental da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1985) por meio da noção de multifuncionalidade, (REZENDE e RAMALHO, 2006) e do Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005; NÓBREGA, 2009; WHITE, 2004), de modo que as estratégias de Wodak e colaboradores. fossem entrelaçadas, para o embasamento das descrições, aos itens lexicogramaticais de avaliação identificados nas narrativas. Ao final das análises, foi possível identificar o sistema de coerência da meritocracia, representado especificamente nas metáforas de esforço individual, de escada para o sucesso e posse das vagas públicas a determinado setor da sociedade, no qual não se encontram os próprios cotistas. Esse sistema apareceu por intermédio dos itens lexicogramaticais de avaliação, que são índices textuais de uma série de expectativas, pressuposições e preconceitos que instanciam os estigmas para os alunos que acessam o CEFET/RJ pela política de cotas. Entender como esses estigmas são criados é relevante não só para a instituição estudada em si, mas para a sociedade em geral. O Discurso presente nas narrativas sobre cotas deslegitima a política de cotas como um todo no Brasil, mitigando a força e a importância das políticas afirmativas brasileiras, especialmente no cenário político atual. Por esse motivo, os resultados desta tese são fundamentais para se repensar o engajamento no caminho das cotas no Brasil. / [en] The objective of this doctoral thesis is to analyze, in the discursive constructions of CEFET / RJ professors, how the stigma of quota holder is created, negotiated or challenged by the members of the institution. In order to accomplish the articulation between the concepts proposed in the research and the main objective, this general proposal unfolded in specific questions about which grammatical and linguistic lexical resources, in the teaching narratives, are related to the stigmas of quotas and negotiate them; to which systems of coherence the teachers are affiliated to; and what rhetorical strategies teachers use for creation, manipulation, maintenance, resistance, subversion, etc. of quota coherence systems. To this end, the theoretical architecture of this thesis is based on the notion of stigma (GOFFMAN, 1988), that guides this research in a general manner, and discursively supported in the narrative analysis (LABOV, 1972) combined with critical discourse analysis, through the rhetorical strategy bias described by Wodak et al. (2009). When performing the analyses, the instrumental support of Systemic Functional Linguistics (HALLIDAY, 1985) was used, through the notion of multifunctionality (REZENDE e RAMALHO, 2006), and the Evaluative System (MARTIN; WHITE, 2005; WHITE, 2004; NÓBREGA, 2009) so that the strategies of Wodak et al. (2009) were intertwined, to build the basis of the descriptions, with the lexicogrammatical evaluation items identified in the narratives. At the end of the analyses, it was possible to identify the meritocracy coherence system, specifically the aspect that brings metaphors of individual effort, climbing the ladder to success and possession of public vacancies to a certain sector of society other than where the quota students themselves are. This system appeared through lexicogrammatical evaluation items that are textual indices of a series of expectations, assumptions and prejudices that instantiate the stigmas for students who access CEFET/RJ using quota policy. To comprehend how these stigmas are created is relevant not only to the institution in question, but to the society in general. The Discourse present in the narratives about quotas delegitimizes the whole quota policy in Brazil, mitigating the strength and the importance of Brazilian affirmative policies, especially in the current political scenario. For this reason, the results of this thesis are fundamental to rethink the engagement on the path of quotas in Brazil.
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\'A Caneta é nossa Borduna\': um estudo etnográfico sobre as experiências indígenas Tenetehara / Guajajara no ensino superior no Maranhão / \'The Pen is our Borduna\': an ethnographic study on the Tenetehara / Guajajara indigenous experiences in higher education in Maranhão.

Oliveira, Ana Caroline Amorim 21 September 2018 (has links)
Esta tese reflete sobre as inquietações decorrentes da entrada e da presença, no ensino superior, de estudantes indígenas Tenetehara/Guajajara, povo Tupi-Guarani localizado na Amazônia Oriental no estado do Maranhão. É pela via etnográfica que este trabalho se constitui, através da observação participante, conversas informais e entrevistas, documentos, leis, portarias e resoluções referentes ao ensino superior para indígenas. A tese analisa duas experiências vivenciadas pelos índios: a primeira, na Universidade Federal do Maranhão(UFMA), e a segunda vivenciada no curso de Licenciatura Intercultural para Professores Indígenas da Educação Básica pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A partir dessas experiências, reflexões sobre indianidade, guerra, cultura com aspas são realizadas no presente trabalho. / This thesis reflects on the concerns about the entrance and presence in higher education of Tenetehara / Guajajara indigenous students, Tupi-Guarani people located in the Eastern Amazon in the state of Maranhão. It is through the ethnographic way that this work constitutes, through participant observation, informal conversations and interviews, documents, laws, ordinances and resolutions concerning higher education for indigenous people. The thesis analyzes two experiences lived by the Indians: the first, at the Federal University of Maranhão (UFMA), and the second one experienced in the Intercultural Licentiate course for Indigenous Teachers of Basic Education by the State University of Maranhão (UEMA). From these experiences, reflections on indianity, war, culture with quotation marks are carried out in the present work.
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\'A Caneta é nossa Borduna\': um estudo etnográfico sobre as experiências indígenas Tenetehara / Guajajara no ensino superior no Maranhão / \'The Pen is our Borduna\': an ethnographic study on the Tenetehara / Guajajara indigenous experiences in higher education in Maranhão.

Ana Caroline Amorim Oliveira 21 September 2018 (has links)
Esta tese reflete sobre as inquietações decorrentes da entrada e da presença, no ensino superior, de estudantes indígenas Tenetehara/Guajajara, povo Tupi-Guarani localizado na Amazônia Oriental no estado do Maranhão. É pela via etnográfica que este trabalho se constitui, através da observação participante, conversas informais e entrevistas, documentos, leis, portarias e resoluções referentes ao ensino superior para indígenas. A tese analisa duas experiências vivenciadas pelos índios: a primeira, na Universidade Federal do Maranhão(UFMA), e a segunda vivenciada no curso de Licenciatura Intercultural para Professores Indígenas da Educação Básica pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). A partir dessas experiências, reflexões sobre indianidade, guerra, cultura com aspas são realizadas no presente trabalho. / This thesis reflects on the concerns about the entrance and presence in higher education of Tenetehara / Guajajara indigenous students, Tupi-Guarani people located in the Eastern Amazon in the state of Maranhão. It is through the ethnographic way that this work constitutes, through participant observation, informal conversations and interviews, documents, laws, ordinances and resolutions concerning higher education for indigenous people. The thesis analyzes two experiences lived by the Indians: the first, at the Federal University of Maranhão (UFMA), and the second one experienced in the Intercultural Licentiate course for Indigenous Teachers of Basic Education by the State University of Maranhão (UEMA). From these experiences, reflections on indianity, war, culture with quotation marks are carried out in the present work.

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