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Passado, presente e futuro: o tempo da consciência e a consciência do tempo no pensamento de Santo AgostinhoRenivaldo Rufino, José January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Santo Agostinho teoriza sobre o tempo partindo de dois pontos específicos. O
primeiro é aquele que considera o tempo em suas modalidades de presente, passado e futuro
como existente apenas na consciência: é o tempo subjetivo. O segundo momento é aquele em
que sua teoria sobre o tempo toma um direcionamento epistemológico: o filósofo explora o
tempo objetivo, o tempo exterior à consciência. Em ambos os momentos, o filósofo determina
a validade da realidade do tempo tanto em seu aspecto subjetivo, quanto em seu aspecto
objetivo sempre com base no primado do presente. O presente é, para ele, o próprio
fundamento do tempo, determinando, inclusive, as duas outras modalidades: o passado é
validado pela visão presente das coisas passadas e o futuro pela visão presente das coisas
futuras. A base criacionista da tradição hebraico-cristã, da qual parte o filósofo para
desenvolver sua teoria, é primordial na construção do tempo objetivo. O tempo, como
criatura, desvincula-se da consciência do homem e, platonicamente, vincula-se à mente de
Deus, criador do tempo. É por isso que o tempo pode ser visto em sua condição de um
elemento exterior e anterior à consciência, pois, como criatura, tem seu princípio ligado ao
próprio princípio do mundo e está vinculado, apenas, à mente de Deus. Agostinho é levado à
pesquisa sobre o princípio do tempo por conta da controvérsia maniquéia. Os maniqueus
queriam saber o que é que um Deus criador fazia antes de criar o tempo. O filósofo rechaça a
idéia como carente de fundamento, uma vez que não se pode falar de um antes antes do
tempo. Finalmente, ao relacionar o tempo com a eternidade, Agostinho também parte do
presente, que lhe fornece vestígios da eternidade vestigium aeternitatis , através do que ele
mesmo denomina de partículas fugitivas . A mutabilidade, própria do tempo e do mundo,
contrasta com a imutabilidade, própria da eternidade e destino final do homem
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O discurso de Agostinho de Hipona contra o pelagianismo a partir da obra De gestis Pelagii: identidade, diferença, católicos e hereges no século V d.C.REIS, R. L. 26 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-26 / Em 415 d.C., o concílio de Dióspolis (ou Lydda) absolveu Pelágio de todas as acusações de heresia que lhe foram feitas e o monge bretão foi considerado ortodoxo, isto é, portador da verdadeira fé católica, de acordo com os catorze bispos orientais presentes no processo. Esse fato agravou ainda mais a controvérsia com os pelagianos, já que aproximadamente quatro anos antes o movimento pelagiano foi condenado como herético por um sínodo realizado na cidade de Cartago, dando início à polêmica. Segundo Agostinho de Hipona, que juntamente com os bispos africanos foi um dos principais opositores ao movimento e impingiu árduos esforços em seu enfrentamento, os cristãos seguidores de Pelágio teriam se aproveitado da absolvição do asceta perante o concílio católico para legitimar as ideias acerca da natureza humana perfeita e isenta do pecado original e acerca do livre arbítrio da vontade humana independente da graça de Cristo, como ortodoxas e, consequentemente, católicas. Para a Igreja africana, o pelagianismo era heresia justamente porque negava a corrupção da natureza humana a partir do pecado de Adão e porque, assim, ao tomar o homem como plenamente capaz de alcançar a salvação e a perfeição por suas próprias forças, acabava por desprezar a graça de Cristo e negá-la como única condição possível para a salvação humana, tornando vã a cruz de Cristo (símbolo máximo do cristianismo). Se Agostinho e os bispos africanos condenavam os pelagianos como hereges e o pelagianismo como heresia, o fato de Pelágio ter sido absolvido no concílio oriental indicaria uma ruptura da Igreja? Os bispos orientais poderiam ser considerados favoráveis às
ideias pelagianas uma vez que inocentaram Pelágio? O que poderia ser tomado como ortodoxia e como heresia em termos de doutrina e de identidade cristãs no início do século V? Com o intuito de tentarmos nos aproximar dessas questões em busca de possíveis soluções, selecionamos uma fonte histórica do período que trata precisamente desse momento da controvérsia: De Gestis Pelagii obra escrita por Agostinho cerca de dois anos após o sínodo de Dióspolis na qual o bispo buscou apurar os procedimentos ocorridos no julgamento tentando melhor compreender o processo e a sentença final. Por meio desta pesquisa pretendemos, então, analisar o discurso do bispo de Hipona na referida obra atentando para sua posição sobre a controvérsia, sobre o pelagianismo e sobre a absolvição de Pelágio no concílio oriental. Para tanto, buscamos auxílio teórico em Chartier e seu conceito de representação, em Woodward e Silva e seus conceitos de identidade e de diferença, em Kochakwicz e sua conceitualização de ortodoxia e de heresia, e metodológico em Orlandi e seu método de análise de discurso.
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Relações políticas e tradição romana na retórica empregada por Agostinho na obra De Civitate Dei (412-426)LIMA, B. S. 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / O presente estudo analisa o livro De Civitate Dei escrito por Agostinho de Hipona entre 412 426 E.C sob a perspectiva das relações políticas e tradições romanas relatadas no discurso retórico e ressaltando a visão do texto que enfoca a imagem da Cidade de Deus sobre a cidade de Roma. O problema formulado questiona a retórica arrumada ao longo da obra tendo em vista a hipótese de que a Roma construída no texto de Agostinho atende a um objetivo que é servir de defesa contra a acusação vinda dos romanos pagãos de que a invasão de Roma foi culpa dos romanos não cristãos. O objetivo deste estudo é mostrar a construção das tradições romanas e das relações políticas na retórica de Agostinho como uma abordagem do documento para discutir aspectos históricos do De Civitate Dei através das contribuições teóricas e metodológicas da História Social. Esta discussão incidirá nos conceitos desenvolvidos por Max Weber, Serge Bertein, Roger Chartier e Pierre Bourdier. Faz uso da metodologia da análise do discurso francês de acordo com especialista em análise do discurso Dominique Maingueneau.
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Entre Táticas e Estratégias: Tolerância e Intolerância Religiosa no Epistolário de Agostinho de Hipona (390-430)GONCALVES, J. M. 14 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-14 / O presente trabalho investiga a correspondência entre o bispo católico norte-africano Agostinho de Hipona (354-430) e seus interlocutores pagãos e donatistas. A análise de tais discursos revela as estratégias e táticas utilizadas por cada uma das partes envolvidas nas disputas religiosos daquele contexto, além de mostrar uma realidade onde estão presentes a tolerância e a intolerância, o conflito e a coexistência. O uso das cartas de Agostinho como fonte de pesquisa permitiu olhar essa realidade a partir de situações concretas do cotidiano do bispo de Hipona e de seus interlocutores. O resultado da investigação revelou um mundo de conflitos onde cada grupo, através de discursos e práticas, lutava para afirmar a sua identidade. Revelou também, contudo, um mundo de coexistência, de apropriações e reapropriações, de equivalências e continuidades. À medida que crescia a intolerância e a repressão contra os grupos religiosos divergentes do catolicismo, diminuíam as situações de convivência; e aumentavam as de violência e conflito. Apoiado pelo poder coercitivo do Império, cuja legislação favorecia o catolicismo e criminalizava os seus adversários, Agostinho se encontrava numa posição de vantagem e, a partir desta condição, estabelecia estratégias de legitimação desta posição diante dos demais. Em resposta, seus interlocutores lançavam mão de diversas táticas: da parte dos pagãos, há exemplos tanto do recurso à violência quanto da busca de aproximação e diálogo; da parte dos donatistas, a prática do rebatismo, as acusações de perseguição e a recusa em responder as cartas de Agostinho e debater com ele. Todas são expressões de afirmação de identidade e resistência ao predomínio católico.
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Estudo geológico-geotécnico do processo erosivo em encostas no Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti Cabo de Santo Agostinho/PEPatricia Vaz Lafayette, Kalinny January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A erosão hídrica por se tratar de um tema tão vasto, complexo e de tantas implicações
necessita ser monitorada, analisada e compreendida em várias escalas. As campanhas de
investigação devem se basear, principalmente nos mecanismos envolvidos no processo.
É necessário ter informações relativas do meio, no que diz respeito à possibilidade de
diferentes usos (conservação e uso do solo). Estas informações podem ser obtidas, a
partir de levantamentos sobre a mecânica da erosão hídrica, temas que a Engenharia
Civil e Ambiental está cada vez se aprimorando. Esta Tese aborda o estudo geológicogeotécnico
realizado em duas ravinas de grandes proporções, localizada no parque de
preservação ambiental Armando de Holanda Cavalcanti, no município do Cabo de
Santo Agostinho. O desenvolvimento do tema apresenta uma contribuição, quanto à
identificação e compreensão dos mecanismos envolvidos nos processos erosivos,
considerando os principais aspectos da área, tais como: localização, condições
climáticas e vegetação. Foi realizada uma extensa campanha de investigação geotécnica
de campo e laboratório incluindo: condutividade hidráulica com o permeâmetro Guelph,
perfis de umidade, caracterização física, química e mineralógica, sucção,
compressibilidade, resistência ao cisalhamento direto convencional e com sucção
controlada. A análise da erodibilidade em campo foi avaliada por meio de instalação de
parcelas, para determinação da erodibilidade e tensão crítica de cisalhamento. Os
ensaios em laboratório foi realizado por meio do ensaio de Inderbitzen, ensaio de canal,
Metodologia MCT, ensaio de Pinhole, análise química total e da água intersticial e
análise mineralógica. A análise conjunta dos resultados permitiu identificar, que os
mecanismos de evolução atuam de forma complexa, devido à interação entre os
processos de erosão por impacto das gotas de chuva, fluxo superficial, movimentos de
massa e solapamentos das bases das encostas. Através dos vários critérios utilizados na
literatura foi verificado que as camadas superficiais, formadas por solos da Formação
Barreiras são mais susceptíveis ao processo erosivo, em relação aos solos residuais de
granito
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Religião, Identidade e Estigmatização: Agostinho e os pagãos na obra De civitate DeiCOELHO, F. S. 06 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-06 / Em 24 de agosto de 410 d.C., a cidade de Roma foi saqueada, por três dias e três noites, pelos visigodos comandados por Alarico. Tal episódio contribuiu para que os pagãos questionassem a nova ordem política e religiosa vigente no Império Romano a tempora christiana. Naquele tempo, Agostinho (354-430 d.C.), bispo da cidade de Hipona, norte da África romana, foi um dos principais personagens do debate entre cristãos e pagãos, além de também ter sido um dos maiores personagens da história da Igreja cristã e da humanidade.
Este acontecimento em Roma levou o bispo Agostinho de Hipona a elaborar sua réplica aos pagãos uma apologia ao Cristianismo feita por meio dos XXII Livros da De Civitate Dei. A réplica foi dirigida aos aristocratas pagãos defensores do mos maiorum, em especial, àqueles que faziam parte do círculo intelectual liderado por Volusiano, cônsul de Cartago, e que resistiram à difusão da nova organização religiosa no Império Romano.
Tendo como documentação primária a obra A Cidade de Deus, apresentaremos na presente dissertação a análise dos discursos do bispo Agostinho de Hipona, os quais redimensionaram a estrutura identitária cristã e, consequentemente, sintetizaram o processo social de estigmatização e exclusão dos pagãos.
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O Critério da Verdade no Contra Acadêmicos de AgostinhoSIMOES, E. F. 13 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-13 / Na obra Contra Academicos, Agostinho parte da questão se pode um homem alcançar sabedoria e felicidade enquanto ele procura a verdade ou somente quando ele a encontra. Ao partir dessa questão, confrontam-se os interlocutores nesse diálogo. Compreender o critério de verdade apresentado na obra pelo autor, contextualizar/analisar as fontes filosóficas, constitui um dos objetivos dessa dissertação, o que exige uma análise detalhada da obra Contra Academicos de Agostinho de Hipona (354-430). O tema da discussão no Contra Academicos é um problema relevante até os dias de hoje, merecendo um debate sério acerca de suas questões. Buscar a verdade não é um assunto banal nem supérfluo, mas necessário e fundamental . As discussões apresentadas nessa obra colocam em pauta a via filosófica na qual Agostinho se direciona, a partir de um encontro consigo mesmo e ao buscar a verdade que habita no interior do homem.
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A leitura heideggeriana do Livro X de As Confissões: memória, vida feliz e tentaçõesMATIAS, J. P. 15 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-15 / Santo Agostinho é um filósofo que irradiou o seu pensamento ao longo do tempo. Sua filosofia é, sem dúvida, uma caminhada em busca da verdade e aquele que com ele caminhar encontrará em cada passo dado a libertação do homem nessa verdade que se realiza na vida. Nenhuma obra revelou de forma tão verdadeira essa procura de Agostinho quanto as Confissões. Aqui uma jornada se inicia dentro dele e diante dos homens, num constante louvor a Deus. Aqui se abre uma travessia com o autor medieval na busca por essa vida verdadeira, pela beata vita, seguindo o caminho que leva ao si mesmo do homem, chegando aos limites da Memória nisso que quer procurar e encontrar a vida de sua vida. No livro X de suas Confissões principia-se esse caminhar. Heidegger encontrou em Agostinho a trajetória para entender a experiência de vida religiosa, viu em Santo Agostinho um pensador que, embora envolto numa realidade dogmática, pode ser interpretado pelos olhos da verdadeira vida cristã. Heidegger encontrou uma vida vivida sempre aberta e em direção a algo já determinado. Santo Agostinho revela em suas Confissões essa busca que nunca cessa, vivendo em direção a Deus, sendo nEle, vivendo nEle, numa relação onde a vida se realiza. Este trabalho seguirá na compreensão do percurso trilhado pelo jovem Heidegger para entender em Agostinho essa procura por si mesmo e por Deus, ultrapassando os limites da Memória para, finalmente, encontrar a vida feliz, caminhada realizada na vida mesma, na experiência fáctica da vida, na experiência da tentatio que, mais do que a possibilidade de perder a si mesmo, é também o lugar onde o homem pode encontrar-se.
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O enlace entre ética e estética na perspectiva das paixões humanas em AgostinhoEskelsen, Adilsom January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Die Zielstellung des Textes Die Verbindung zwischen Ethik und Ästhetik aus der Sichtweise der menschlichen Leidenschaften bei Augustinus, vorgestellt als Dissertation bei der Promotion im Rahmen des Post-Graduierungsprogramms in Erziehung an der PUCRS, besteht darin die Produktivität des Themas menschliche Leidenschaften im Prozess der menschlichen Heranbildung näher zu untersuchen. Als wiederkehrendes und zugleich auch diffuses Thema der humanistischen Studien stellen die menschlichen Leidenschaften in der Ausarbeitung und Anwendung von Theorien, Konzepten und Erziehungspraktiken eine konstante Präsenz dar. Es handelt sich dabei um ein der metaphysischen Tradition zugehöriges Thema, dessen Neuerwägung im Horizont eines gewünschten Paradigmen-Pluralismus mit Blickpunkt auf die Problematisierung von Bildungsfragen begründbar ist, wie etwa solchen a) warum und in welcher Form wurde aus der Perspektive der Paideia heraus unter den Aufgaben des Menschen die Sorge über das eingeleitet, was man als tierische Veranlagung des Menschen bezeichnen könnte (insbesondere dann, wenn dieser unter der Gewalt der Leidenschaften steht), mit Blickpunkt auf dessen Verwandlungsprozess zur Menschlichkeit (nachdem er sich dem zuwendet, was klassisch auch als Seele bezeichnet wurde) und b) aus der Perspektive der Bildung heraus kann verstanden werden, wie versucht wurde die menschliche Natur (dabei insbesondere die rationelle oder spirituelle) zur Universalität emporzuheben, wobei die Vorstellung einer vervollkommnungsfähigen Menschheit verinnerlicht werden kann. Diese Sichtweise wird derzeit durch eine Ausbreitung an Rationalitäten ersetzt, welche in der Verflechtung zwischen den Kernpunkten, wie etwa der Ethik, der Ästhetik und der Poetik im Dialog mit den anderen Bereichen grundgelegt ist. In diesem Sinne stellen die menschlichen Leidenschaften ein klassisches Thema dar, welches im Dialog mit unserer Zeit dem Verständnis des Bildungsphänomens gerecht wird. Die vorliegende Arbeit ist im agustinischen Legat zentriert, da er eine ganz spezifische idealistische Konzeption erarbeitet hat, in welcher die menschliche Natur mit einer von unveränderlichen Gesetzen geregelten Welt in Verbindung gebracht wird. Dabei wird diese Gattung in einer solchen Form dieser Ordnung unterworfen, dass das Glück bzw. das glückliche Leben von der Qualität der Beziehung des Menschen zu seinem Inneren abhängig sind: nach der Optimierung dieser Beziehung und in dem Rahmen, in welchen die Vernunft Gott unterworfen wird, vermag die Vernunft die Leidenschaften innezuhalten und sie der Seele zu unterziehen, von welcher sie regiert wird. Nach diesen Erwägungen ist darauf zu verweisen, dass mit dieser These im Groben die Untersuchung einer Möglichkeit über die Aktualisierung diesesThemas der bei Augustinus präsenten menschlichen Leidenschaften als ethisch-ästhetische Orientierung angestrebt wird, deren Intentionalität in der folgenden Fragestellung Ausdruck verliehen wird: In welcher Form wird die Verbindung zwischen Ethik und Ästhetik bei Augustinus noch mit Produktivität für die menschliche Bildung verkleidet? Zu Beginn stelle ich die Elemente der facettenreichen Beziehung zwischen den menschlichen Leidenschaften vor, wobei das Verständnis der menschlichen Leidenschaften als eine Art notwendiges Übel zur Ermöglichung der Einleitung einer menschlichen Ordnung in der Natur, nämlich der Ethik, angestrebt wird. In Folge dessen stelle ich die augustinische Betrachtungsweise der menschlichen Leidenschaften mit der Zielstellung dar, die Rolle anzuzeigen, die von den menschlichen Leidenschaften für eine ästhetische Konzeption in der Beziehung des Menschen zur Gefühlswelt ausgeübt wird. Im Anschluss daran befasse ich mich mit der stoischen Moralpsychologie um so die Elemente dieser Theorie in Verbindung mit dem menschlichen Verhalten darzustellen. Abschließend werde ich nach dem Vortrag einer kurzen Vorgeschichte über die menschlichen Leidenschaften im Bezug zu den Todsünden aufgrund der in Augustinus dargelegten Identität zwischen dem Guten und dem Schönen auf die Rolle verweisen, welche von den menschlichen Leidenschaften in der Verbindung zwischen Ethik und Ästhetik besteht. ger / O texto O enlace entre ética e estética na perspectiva das paixões humanas em Agostinho, apresentado como tese de doutoramento ao Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS, tem como objetivo investigar a produtividade do tema das paixões humanas no processo da formação humana. Tema ao mesmo tempo recorrente e difuso nos estudos humanísticos, as paixões humanas são presença constante na elaboração e no emprego de teorias, conceitos e práticas educativas; tema relacionado à tradição metafísica, sua reconsideração justifica-se no horizonte de um desejável pluralismo de paradigmas com vistas à problematização de questões formativas, tais como a) por que e de que forma instaurou-se, a partir da perspectiva da paideia, entre as tarefas do ser humano, o cuidado a ser dispensado àquilo que se poderia denominar lado animal do homem (especialmente quando sob o domínio das paixões), visando à sua transformação em humanidade (uma vez voltado àquilo que classicamente se denominava alma) e b) a partir da perspectiva da Bildung, compreender como procurou-se elevar a natureza humana (pretensamente racional ou espiritual) à universalidade, interiorizando-se a ideia de uma humanidade perfectível, perspectiva atualmente substituída por um alargamento de racionalidades assentado no entrelaçamento entre enfoques tais quais o ético, o estético e o poético em diálogo com outras áreas. Nesse sentido, as paixões humanas constituem um tema clássico que, em diálogo com o nosso tempo, resulta válido à compreensão do fenômeno educacional. O presente trabalho centra-se no legado agostiniano em virtude de ele ter desenvolvido ao extremo uma concepção idealista que relaciona natureza humana a um mundo ordenado por leis imutáveis vinculando de tal forma essa natureza a esta ordem que a felicidade, ou o bem viver, dependem da qualidade da relação do homem com sua interioridade: otimizada esta relação e, na medida em que a razão se submete a Deus, a razão pode conter as paixões e submeter a alma, que deve ser por ela governada. Feitas essas considerações, cabe indicar que esta tese pretende, em linhas gerais, investigar a possibilidade de atualização do tema das paixões humanas presente em Agostinho como uma orientação ético-estética, cuja intencionalidade é expressa na seguinte questão: de que forma o enlace entre ética e estética em Agostinho se reveste ainda de produtividade para a formação humana? Inicialmente apresento elementos da multifacetada relação entre paixões humanas e filosofia visando à compreensão das paixões humanas enquanto espécie de mal necessário para tornar possível a instauração de uma ordem humana no seio da natureza, a ética; em seguida apresento a ótica agostiniana das paixões humanas com o objetivo de demonstrar o papel desempenhado pelas paixões humanas para uma concepção estética na relação humana com o mundo sensível; na sequência, abordo a psicologia moral estoica, a fim de apresentar elementos dessa teoria relacionados com o agir humano para, por fim, após breve histórico das paixões humanas enquanto pecados capitais, apresentar, dada a identidade entre o Bem e o Belo em Agostinho, o papel desempenhado pelas paixões humanas no enlace entre ética e estética.
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O agir humano em Confissões e obras anteriores de Agostinho de Hipona: um estudo das relações entre libido, consuetudo e voluntasDegani, Patrícia January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / In order to answer the question of why the subject does not always act according to his reasoning, Augustine of Hippo (354-430 A. D. ) establishes the concept of divided will in Confessions, Book VIII. Such concept comes from the interconexion of the terms libido, consuetudo and voluntas developed in his work previous to the Confessions, from the pieces written in his first years to the one produced until 401 A. D. Upon the analysis of libido, consuetudo and voluntas in the works previous to Augustine’s autobiographical work, the following ideas remain with a significant number of occurrences: the idea of libido as an unbridled desire, consuetudo as a habit and an evolution of the concept of voluntas parted into will (voluntas) and free choice of the will (liberum arbitrium voluntatis). In this specific context, will may be understood as an inclination which might tend both to temporal or eternal goods. However, due to man’s corrupted nature after the Fall, the will does not naturally tend towards eternal goods. Since the will tends towards temporal goods, the unbridled desire and the habit of enjoying such goods prevent mankind from the absolute use of the free choice of the will. Therefore, a partition of the will between superior and inferior goods occur. The free choice of will is not able to establish its power to determine the will, since it is obstructed by the unbridled desire, which is part of the fallen man, and by the habit. The liberation of free choice of the will from the chains of the libido and the consuetude is perceived as a work of the Divine Grace, since the unbridled desire may not be overcome by the individual itself, although it is possible to fight against the habit. Therefore, the interconnection among libido, consuetudo and voluntas explains the idea of divided will and the necessity of intervention of a power above man to discontinue the vicious cycle thus established. / Para responder à pergunta de por que o sujeito não age sempre segundo sua razão, Agostinho de Hipona (354- 430 d. C) formula o conceito de vontade cindida em Confissões, VIII. Esse conceito resulta da interrelação dos termos libido, consuetudo e voluntas desenvolvida nas obras anteriores ao ano de aparição de Confissões, compreendidas entre suas primeiras obras até 401 d. C. Na análise de libido, consuetudo e voluntas nas obras anteriores ao relato autobiográfico do hiponense, com um número significativo de ocorrências, permanece o entendimento de libido como desejo desmedido, consuetudo como hábito e uma evolução no conceito de voluntas, desdobrado entre vontade (voluntas) e livre-arbítrio da vontade (liberum arbitrium voluntatis). A vontade, entendida nesse contexto específico como uma inclinação, pode pender tanto para os bens temporais quanto para os eternos. No entanto, devido à natureza corrompida do homem depois da Queda, a vontade já não mais se inclina naturalmente para os bens eternos. Estando a vontade inclinada para os bens temporais, o desejo desmedido e o hábito de usufruir desses bens impedem o pleno exercício do livrearbítrio da vontade. Ocorre, portanto, uma cisão da vontade entre os bens superiores e os inferiores. O livre-arbítrio não consegue exercer o seu poder de determinar a vontade, pois está impedido pelo desejo desmedido, constitutivo do homem caído, e pelo hábito. A libertação do livre-arbítrio dos grilhões da libido e da consuetudo é percebida como obra da Graça divina, uma vez que o desejo desmedido não pode ser superado pelo próprio indivíduo, embora se possa combater o hábito. Portanto, a interrelação entre libido, consuetudo e voluntas explica a idéia de vontade cindida e a necessidade da intervenção de um poder acima do homem para romper o ciclo vicioso assim instaurado.
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