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Bloqueio dos receptores β1 - adrenérgicos periféricos impede o desenvolvimento da ansiedade tardia induzida por estresse em ratos Wistar. / The blockage of peripheral β1-adrenergic receptors prevents the restraint stress-induced long-lasting anxiety in wistar rats.

Juliano Genaro Perfetti 08 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: o estresse, causa importante de ansiedade, provoca ativação do eixo HPA, liberando hormônios glicocorticoides e adrenalina, e neurotransmissores, como a norepinefrina. Consequentemente, ocorrem mudanças morfológicas e biomoleculares em diversas regiões do SNC, destacando-se o complexo basolateral da amígdala, além de alterações comportamentais. OBJETIVOS: investigar, por meio de administrações (ip) de atenolol e metirapona, possíveis influências periféricas dos receptores de NE (&#946;1) e GR no BLA de ratos na ansiedade tardia. Analisar também a via de sinalização intracelular ERK-MEK-CREB e a excitabilidade de neurônios da região. RESULTADOS: verificamos aumento do estado do tipo ansioso após 10 dias do estresse, efeito não visto com tratamento com atenolol (ip). Além disso, o estresse provocou aumento de EGR1 (p<0.05), dado indicador de maior taxa de atividade de neurônios do BLA, efeito não encontrado nos animais tratados com atenolol. Além disso, não encontramos alterações na fosforilação de ERK e na espressão de CREB. CONCLUSÃO: a sinalização adrenérgica/noradrenérgica periférica pode ter relevante função na modulação do comportamento do tipo ansioso tardio (10 dias) induzido por um único estresse de contenção. / INTRODUCTION: stress, an important cause of anxiety, triggers HPA activation, releasing epinephrine and glucocorticoids (GCs) hormones and neurotransmitters such as norepinephrine (NE). As result, morphological and biomolecular changes occurs in several regions of CNS, majorly in the amygdala basolateral complex, in addition to behaviors alterations. OBJECTIFS: to investigate, using atenolol and metyrapone administration (ip), the influence of NE receptors (&#946;1) and GR, respectively, in the BLA of rats in the restraint stress-induced long-lasting anxiety. In addition, also investigate the participation of ERK-MEK-CREB signaling and neuronal BLA excitability in such paradigm. RESULTS: we showed that restraint stress (2h) induced anxiety-like behavior 10 days after stress, and the pre-treatment with atenolol blunted such effect. In addition, we observed that restraint stress increased the expression of EGR1 (p<0.05) in the BLA of stressed rats, which was also blunted by atenolol administration, suggesting a higher activity in BLA neurons. We found no modulation in ERK and CREB activation in restraint stress-induced long-lasting anxiety rats. CONCLUSION: we conclude that the peripheral adrenergic/noradrenergic signaling may have a relevant function in long-lasting anxiety-like behavior (10 days) induced by a single episode of restraint stress.
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Proteção conferida pelo enriquecimento ambiental na ansiedade induzida por estresse: a importância da sinalização via GR, ERK e CREB no complexo amigdalóide basolateral de ratos. / Protection conferred by environmental enrichment on stress-induced anxiety: the importance of GR, ERK, and CREB pathways in the rat basolateral amygdala.

Leonardo Santana Novaes 09 April 2013 (has links)
O enriquecimento ambiental (EA) é um modelo experimental capaz de promover a melhora no aprendizado e na formação de memórias hipocampo-dependentes, bem como a redução de manifestações comportamentais relacionadas ao estresse, incluindo a ansiedade. Embora a relação causal entre estresse e ansiedade ainda não está esclarecida, algumas evidências apontem para a importância da sinalização de hormônios glicocorticoides (via receptores GR e MR) no sistema nervoso central, principalmente na amígdala e no hipocampo, além do fator neurotrófico BDNF e de algumas vias de sinalização intracelular, como proteínas quinases MAPK e o fator de transcrição CREB. No presente trabalho verificamos que o EA previne o surgimento de sintomas do tipo ansioso desencadeado por estresse agudo em ratos, efeito verificado imediatamente após o estresse, e que tal efeito pode estar relacionado à modulação, no complexo amigdalóide basolateral, da sinalização nuclear de GR, da atividade de ERK (pertencente à família das MAPK) e de CREB, bem como à alteração na expressão do receptor de BDNF. / Environmental enrichment (EE) is an experimental model that promotes improvements in learning and memory, as well as reduction in stress-induced behaviors, including anxiety. Although the casual relationship between stress and anxiety remains unclear, some studies show the importance of glucocorticoids hormones signaling (via GR and MR receptors) in the central nervous system, primarily in the amygdala and the hippocampus. In addition, the significance of the neurotrophic factor BDNF and some intracellular signaling pathways, such as protein kinases MAPK and the transcription factor CREB, has been described. In this study we found that EE prevents the emergence of anxiety-related behavior triggered by acute stress in rats, an effect observed just after the stress stimulus. This effect may be related to the modulation, in the basolateral amygdala, of nuclear GR signaling, ERK (a MAPK protein) and CREB activity, as well as to changes in the expression of BDNF receptor.
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Conexões aferentes da área de transição amígdalo-piriforme (APir) no rato. / Afferent connections of the amygdalopiriform transition area (APir) of the rat.

Adriana Celestino Santiago 17 November 1999 (has links)
A área de transição amígdalo-piriforme (APir) está situada na confluência dos córtices piriforme, periamigdalóide e entorrinal lateral (ENTl). Com técnicas de rastreamento retrógrado foi observado que as principais aferências da APir se originam do bulbo olfativo, dos córtices piriforme, insular disgranular e agranular posterior, perirrinal, da formação hipocampal e da amígdala. Outras estruturas como o núcleo da banda diagonal de Broca, o pálido ventral, a substância inominada sublenticular, o tálamo da linha média, o núcleo dorsal da rafe, o locus coeruleus e a área parabraquial são fontes de aferências mais modestas a esta área de transição. A APir e o ENTl diferem no que diz respeito à origem de suas aferências mesocorticais, amigdalianas e talâmicas. Assim, a APir está em condições de integrar informações olfativas, gustativas, interoceptivas gerais e polissensoriais complexas e, através de suas projeções para a amígdala expandida, striatum ventral e formação hipocampal, influenciar a expressão de comportamentos motivados. / The amygdalo-piriform transition area (APir) lies at the junction of the piriform, periamygdaloid and entorhinal cortices. The afferent connections of this olfactory district were studied with retrograde tracing methods using the cholera toxin B subunit and Fluoro-Gold as tracers. Our retrograde experiments showed that the main input sources to APir derive from the olfactory bulb, mesocortical and allocortical areas including the dysgranular insular, posterior part of the agranular insular, piriform, lateral entorhinal and perirhinal cortices, temporal field CA1 of Ammon horn, ventral subiculum, as well as the endopiriform nucleus and the amygdaloid complex (anterior basomedial, posterior basolateral and anterior, posterolateral, posteromedial cortical nuclei). Several other structures among which the diagonal band, ventral pallidum, sublenticular substantia inominatta, midline thalamic nuclei, dorsal raphe nucleus, locus coeruleus and parabrachial area provide more modest inputs to APir. Our results suggest in addition that projections from mesocortical areas, hippocampal formation and the posterior basolateral amygdaloid nucleus to APir are topographically organized. Fluoro-Gold injections in the ventrolateral entorhinal cortex indicate that the afferent connections of this district differ in many regards from the afferent connections of APir. Cortical and amygdaloid inputs suggest tha APir is chiefly involved in the processing of olfactory, gustatory, visceral and somesthesic information, whereas the ventrolateral entorhinal cortex seems to be more crucially related with visual and auditory processes. APir is also less densely projected upon by midline thalamic nuclei than the lateral entorhinal cortex. Taken as a whole our results suggest that APir is in position to relay highly integrated olfactory, gustatory, interoceptive and somesthesic information to the extended amygdala, ventral striatum and ventral subiculum, and as such modulate the expression of motivated and emotional behavior.
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Avaliação dos efeitos do estresse crônico sob a ansiedade e a sensibilidade nociceptiva em ratos mantidos em ambiente enriquecido / Evaluation of the effects of chronic stress under anxiety-like behavior and nociceptive sensitivity in rats reared in enriched environment

Iyomasa, Daniela Mizusaki 06 April 2018 (has links)
Respostas adaptativas ao estresse podem ser acompanhadas por alterações nos comportamentos emocionais, em particular relacionados com medo e ansiedade, bem como alterações na sensibilidade dolorosa. Ainda, tem sido investigado o papel do óxido nítrico em áreas encefálicas relacionadas ao comportamento defensivo. Embora várias evidências têm demonstrado que o enriquecimento ambiental promove melhora nos processos de memória, no aprendizado e em respostas nociceptivas, a relação entre o estresse crônico e as vantagens da utilização do enriquecimento ambiental ainda são pouco investigadas. O presente estudo teve como objetivo investigar se o enriquecimento ambiental promove alteração do comportamento emocional, da sensibilidade nociceptiva, bem como na imunorreatividade à nNOS no núcleo central da amígdala, na formação hipocampal e na região dorsolateral da substância cinzenta periaquedutal, em ratos submetidos ao estresse por isolamento social ou estresse crônico variado e mantidos em ambiente enriquecido ou sem enriquecimento. Ratos machos Wistar (~70g) foram divididos aleatoriamente em dois grandes grupos experimentais: Ambiente Padrão (Padrão) ou Ambiente Enriquecido (EE), mantidos por 38 dias. Cada grupo foi subdividido dependendo do tipo de estresse crônico: Controle (sem estresse), Isolamento Social (por 38 dias) e Estresse Crônico Variado (do dia 28 ao dia 37). Ao fim do tempo experimental (dia 38) os ratos foram avaliados quanto ao comportamento emocional pelos testes de labirinto em cruz elevado (LCE) e claro/escuro (TCE) e sensibilidade nociceptiva pelo teste da placa quente (a qual foi realizada em duas etapas, sendo a primeira medida no dia 0 e outra no dia 38). A eutanásia dos ratos ocorreu no dia 39, para coleta do encéfalo para análise da imunorreatividade à óxido nítrico sintase neuronal (nNOS). Levando-se em consideração o comportamento emocional e a sensibilidade nociceptiva, os diferentes tipos de estresse crônico diminuíram a porcentagem de tempo, a frequência de entrada e a exploração da extremidade dos braços abertos e na frequência de mergulho de cabeça no teste do LCE, apesar de não alterar a sensibilidade nociceptiva. Por outro lado, o enriquecimento ambiental aumentou a porcentagem de tempo, a frequência de entrada e a exploração da extremidade dos braços abertos no teste do LCE, apesar de não alterar a sensibilidade nociceptiva. Foi observado aumento da imunorreatividade à nNOS na formação hipocampal em diferentes tipos de estresse crônico. Em particular, na região de CA3 houve interação significante entre os fatores estresse por isolamento social e ambiente de manutenção. Deste modo, os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a formação hipocampal desempenha importante função no efeito ansiogênico exercido pelos diferentes tipos de estressores crônicos (aqui representados pelo isolamento social e pelo estresse crônico variado) provavelmente pela ativação do sistema nitrérgico e sugere-se que o enriquecimento possa prevenir o comportamento do tipo ansioso. / Adaptive responses to stress may be accompanied by changes in emotional behaviors, in particular related to fear and anxiety, as well as changes in pain sensitivity. Furthermore, the role of nitric oxide in brain areas related to defensive behavior has been investigated. Although several evidences have shown that environmental enrichment improves memory processes, learning and nociceptive responses, the relationship between chronic stress and the advantages of using environmental enrichment is still poorly investigated. The present study aimed to investigate whether environmental enrichment promotes alteration of the emotional behavior, nociceptive sensitivity, as well as immunoreactivity to neuronal nitric oxide synthase (nNOS) in the central nucleus of the amygdala, hippocampal formation and dorsolateral periaqueductal gray matter in rats submitted to social isolation stress or chronic unpredictable stress and reared in enriched environment or standard environment. Male Wistar rats (~ 70g) were randomly divided into two major experimental groups: Standard Environment (Standard) or Enriched Environment (EE), maintained for 38 days. Each group was subdivided according to the type of chronic stress: Control (without stress), Social Isolation (for 38 days) and Chronic Unpredictable Stress (from day 28 to day 37). At the end of the experimental time (day 38), the rats were evaluated for emotional behavior by elevated plus maze (EPM) and light/dark box (LDBT) tests and nociceptive sensitivity by the hot plate test (which was performed in two steps , the first being measured on day 0 and the other on day 38). Euthanasia of rats occurred on day 39, to collect the brain for nNOS immunoreactivity analysis. Taking into account emotional behavior and nociceptive sensitivity, the different types of chronic stress decreased the percentage of time, the frequency of entry of the open arms, end-arm exploration and the head dipping frequency in the EPM, despite of not altering the nociceptive sensitivity. On the other hand, environmental enrichment increased the percentage of time, the frequency of entry of the open arms and the end arm-exploration in the EPM test, although it did not alter the nociceptive sensitivity. Increased immunoreactivity to nNOS in hippocampal formation was observed in different types of chronic stress. In particular, in the CA3 region there was a significant interaction between stress factors due to social isolation and maintenance environment. Thus, the results obtained in this study suggest that hippocampal formation plays an important role in the anxiogenic effect exerted by the different types of chronic stressors (represented here by social isolation and by chronic chronic stress) probably due to the activation of the nitrergic system and it is suggested that environmental enrichment can prevent of anxiety-like behavior.
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Envolvimento de receptores dopaminérgicos da área tegmental ventral e do complexo basolateral da amígdala na aquisição e na expressão do medo condicionado / Involvement of dopaminergic receptors of ventral tegmental area and basolateral amygdala in the acquisition and expression of conditioned fear

Oliveira, Amanda Ribeiro de 19 March 2010 (has links)
OLIVEIRA, A.R. Envolvimento de receptores dopaminérgicos da área tegmental ventral e do complexo basolateral da amígdala na aquisição e na expressão do medo condicionado. 2010. 93 f. Tese (Doutorado) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. O condicionamento Pavloviano é um dos paradigmas mais utilizados para estudar as bases biológicas das emoções, assim como da aprendizagem e memória. A dopamina (DA) é um dos principais neurotransmissores envolvidos na mediação de estados de medo e ansiedade. Um conjunto crescente de evidências dá suporte à hipótese de que a ativação da via mesocorticolímbica, proveniente de neurônios dopaminérgicos da área tegmental ventral (ATV), é particularmente sensível à estimulação aversiva. Entre as regiões inervadas por esta via, o complexo basolateral da amígdala (BLA) é um componente essencial dos circuitos neurais do medo condicionado. Assim, o presente estudo explorou o envolvimento de mecanismos DA da ATV e do BLA, através do uso de agonistas e antagonistas de receptores DA, na aquisição e expressão do medo condicionado à luz. Não houve efeito das drogas DA no sobressalto potencializado pelo medo (SPM), quando injetadas na ATV antes do condicionamento, indicando que os receptores DA da ATV não participam da aquisição do medo condicionado à luz. Ao contrário, quando injetado na ATV antes do teste, quimpirole (agonista D2) reduziu o SPM, enquanto as demais drogas não tiveram efeito. A administração de SCH 23390 (antagonista D1) no BLA não produziu efeitos no SPM, indicando que os receptores D1 do BLA não parecem envolvidos na expressão do SPM. Já a administração de sulpirida (antagonista D2) no BLA inibiu o SPM produzido pela luz. Além disso, a expressão do medo condicionado foi associada a um aumento do congelamento e dos níveis extracelulares de DA no BLA, ambos inibidos com a administração de quimpirole na ATV. A capacidade do quimpirole em diminuir o SPM e o congelamento condicionado parece ser resultado de sua ação em auto-receptores D2 da ATV. A ativação desses receptores diminui os níveis de dopamina em áreas que recebem terminações da via mesocorticolímbica. Os resultados com a sulpirida realçam a importância dos receptores D2 do BLA na expressão do medo condicionado Pavloviano. / OLIVEIRA, A.R. Involvement of dopaminergic receptors of ventral tegmental area and basolateral amygdala in the acquisition and expression of conditioned fear. 2010. 93 p. Thesis (Doctoral) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. The Pavlovian fear conditioning is one of the most used paradigms to study the biological basis of emotion, as well as of learning and memory. Dopamine (DA) is one of the most important neurotransmitters involved in mechanisms underlying states of fear and anxiety. A growing body of evidence supports the hypothesis that excitation of the mesocorticolimbic pathway, originating from DA neurons in the ventral tegmental area (VTA), is particularly sensitive to fear-arousing stimuli. Among the forebrain regions innervated by this pathway, the basolateral amygdala (BLA) is an essential component of the neural circuitry of conditioned fear. The present study explored the involvement of VTA and BLA DA receptors, using DA agonists and antagonists, in the acquisition and expression of conditioned fear to a light conditioned stimulus (CS). None of the drugs used produced significant effects on fear-potentiated startle (FPS) when injected in VTA before conditioning, indicating that VTA DA receptors are not involved in the acquisition of conditioned fear to a light-CS. In contrast, when injected before the test session, intra-VTA quinpirole (D2 agonist) significantly reduced FPS, whereas the other drugs had no effect. Intra-BLA SCH 23390 (D1 antagonist) did not produce significant effects on FPS, indicating that BLA D1 receptors do not appear to be involved in the expression of FPS. On the other hand, intra-BLA sulpiride (D2 antagonist) inhibited FPS produced by light-CS previously paired with footshocks. Also, conditioned fear was associated with increased freezing and DA levels in the BLA, both inhibited by intra-VTA quinpirole. Quinpirole\'s ability to decrease FPS and conditioned freezing may be the result of an action on VTA D2 presynaptic autoreceptors. The activation of those receptors decreases dopamine levels in terminal fields of the mesocorticolimbic pathway. Sulpirides results stress the importance of BLA D2 receptors in the fear-activating effects of the Pavlovian conditioning.
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Função da neurotransmissão noradrenérgica do núcleo medial da amígdala na modulação do sistema cardiovascular em ratos / Noradrenergic neurotransmission function of the medial nucleus of the amygdala in the modulation of the cardiovascular system in rats.

Fortaleza, Eduardo Albino Trindade 21 March 2013 (has links)
RESUMO FORTALEZA, E. A. T. Função da neurotransmissão noradrenérgica do núcleo medial da amígdala na modulação do sistema cardiovascular em ratos. 2013. 153p. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. O núcleo medial da amígdala (NMA) está envolvido no controle de uma variedade de processos fisiológicos e comportamentais, dentre eles, a regulação do sistema cardiovascular durante situações aversivas. Além disso, existem evidências indicando a presença de receptores noradrenérgicos no NMA e que os níveis de noradrenalina (NA) no NMA aumentam quando animais são submetidos ao modelo de estresse por restrição (ER). Portanto, o presente estudo foi dividido em duas partes: 1) avaliamos os efeitos da microinjeção local de NA no NMA de ratos, bem como os receptores locais e os mecanismos periféricos envolvidos na sua mediação e 2) investigamos o papel desempenhado pela neurotransmissão noradrenérgica do NMA sobre as respostas cardiovasculares causadas pelo ER. A primeira parte dos nossos resultados indicou que doses crescentes de NA (3, 9, 27 ou 45nmol/100nL) microinjetadas no NMA causavam respostas pressoras e bradicardicas de maneira dose-dependente em ratos não anestesiados. Os efeitos da NA no NMA foram abolidos pelo pré-tratamento local com antagonista de receptores 2-adrenérgicos (RX821002, 10 nmol/100nL), porém não foram alterados pelo pré-tratamento com antagonista de receptores 1adrenérgicos (WB4101, 10 nmol/100nL). A magnitude da resposta pressora à NA no NMA foi aumentada pelo pré-tratamento intravenoso (i.v.) com o bloqueador ganglionar pentolínio (5mg/kg) e foi significativamente reduzida pelo pré-tratamento i.v. com antagonista dos receptores vasopressinérgicos do tipo V1 dTyr(CH2)5(Me)AVP (50 g/Kg) sugerindo que o mecanismo periférico envolvido nestas respostas cardiovasculares é a liberação de vasopressina na circulação sanguínea. Como estruturas finais participando das respostas cardiovasculares desencadeadas pela microinjeção de NA no NMA, foi observado o possível envolvimento dos núcleos paraventricular (NPV) e supra-óptico (NSO) do hipotálamo, que sintetizam vasopressina. O bloqueio de sinapses, tanto no NPV quanto no NSO, com cloreto de cobalto (CoCl2, 1mM/100nL), reduziu as respostas cardiovasculares desencadeadas pela microinjeção de NA no NMA, sugerindo que ambos os núcleos são responsáveis pela liberação de vasopressina em resposta à NA no NMA. Na segunda parte deste estudo, os resultados mostraram que a microinjeção bilateral de WB4101, antagonista seletivo dos receptores 1- adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA 10 min antes do ER, reduziu a resposta taquicárdica evocada pelo ER, de maneira dose-dependente. Em contraste, a microinjeção bilateral de RX821002, antagonista seletivo dos receptores 2- adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA 10 min antes do ER, aumentou a resposta taquicárdica evocada pelo ER de maneira dose-dependente. Ambos os tratamentos não causaram alterações na resposta pressora observada nos animais submetidos ao ER. Estes resultados sugerem que receptores 1- e 2-adrenérgicos no NMA desempenham papel facilitatório e inibitório, respectivamente, na resposta taquicárdica durante o ER. Além disso, a microinjeção bilateral de propranolol, antagonista não seletivo dos receptores -adrenérgicos (10, 15 e 20nmol/100nL), no MNA 10 min antes do ER, causou aumento na resposta taquicárdica apenas quando os animais foram pré-tratados com a dose de 15 nmol, sem efeito significativo sobre a resposta pressora observada durante o ER. Este resultado indica que receptores -adrenérgicos no NMA desempenham um papel inibitório sobre a frequência cardíaca durante o ER. Uma vez que foi observada a participação dos receptores - adrenérgicos, realizamos o pré-tratamento com os antagonistas seletivos dos receptores 1- e 2- adrenérgicos, CGP 20712 e ICI 118,551, respectivamente. A microinjeção bilateral de ICI 118,551 (10, 15 e 20nmol/100nL) no NMA aumentou as respostas taquicárdicas ao ER após a microinjeção das doses de 15 e 20 nmol. Esse efeito foi semelhante ao observado após o tratamento prévio com propranolol, na dose de 15 nmol, sem efeito significativo sobre a resposta da pressora durante o ER. Porém, o pré-tratamento com o CGP 20712 (10, 15 e 20 nmol/100 nL) causou um efeito oposto sobre a resposta taquicárdica evocada pelo ER, ocorrendo uma redução da resposta taquicárdica que foi observada apenas após a dose de 20 nmol no NMA, sem efeito significativo sobre a resposta pressora evocada pelo ER. Esses resultados sugerem que os receptores 2-adrenérgicos desempenham influência inibitória sobre a resposta taquicárdica, ao passo que, os receptores 1-adrenérgicos desempenham influência facilitatória na resposta taquicárdica evocada pelo ER. / ABSTRACT FORTALEZA, E. A. T. Noradrenergic neurotransmission function of the medial nucleus of the amygdala in the modulation of the cardiovascular system in rats. 2013. 153p. Thesis (Doctoral) School of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. The medial amygdaloid nucleus (MeA) regulates a variety of physiological and behavioral processes, as well as regulation of the cardiovascular system during aversive situations. Moreover, there is evidence indicating that noradrenergic receptors are present into the MeA and that the levels of noradrenaline (NA) in this nucleus increases when animals are submitted to acute restraint model. Therefore, this study was divided into two parts: 1) we tested the effects of local NA microinjection into the MeA on cardiovascular responses in unaesthetized rats. Moreover, we describe the type of adrenoceptors activated and the peripheral mechanisms involved in the cardiovascular responses and 2) we investigated the involvement of MeA adrenoceptors in the modulation of cardiovascular responses that are observed during acute restraint. The first part of our results indicated that increasing doses of NA (3, 9, 27 or 45 nmol/ 100nL) microinjected into the MeA of unanesthetized rats caused dose-related pressor and bradycardiac responses. The cardiovascular effects of NA were abolished by MeA local pretreatment with 10 nmol/ 100nL of the specific 2-adrenoceptor antagonist RX821002, but were not affected by local pretreatment with 10 nmol/100nL of the specific 1-adrenoceptor antagonist WB4101. The magnitude of pressor response evoked by NA microinjected into the MeA was potentiated by intravenous pretreatment with the ganglion blocker pentolinium (5 mg/kg, i.v.) and blocked by intravenous pretreatment with the selective V1 vasopressin antagonist dTyr (CH2)5(Me) AVP (50 g/Kg, i.v.). Our results suggest that microinjection of NA into the MeA of unanesthetized rats activates local 2- adrenoceptors, evoking pressor and bradycardiac responses, which are mediated by vasopressin release in the blood circulation. The vasopressin is synthesized by magnocellular cells of paraventricular (PVN) and supraoptic nucleus (SON) of the hypothalamus. Thus, it was investigated the role of these hypothalamic nucleus on the cardiovascular pathway activated by the microinjection of NA into the MeA. Pressor and bradycardiac responses to NA (27nmol/100nL) were blocked when cobalt chloride (CoCl2, 1mM/100nL) was microinjected into the PVN or SON, thus indicating that both hypothalamic nucleus are responsible for the mediation of the cardiovascular responses evoked by NA microinjection into the MeA. Our results suggest that pressor and bradycardic responses caused by NA microinjection into the MeA are mediated by magnocellular neurons in the PVN and SON. In the second part of this study Male Wistar rats received bilateral microinjections of the selective 1-adrenoceptor antagonist WB4101 (10, 15, and 20 nmoL/100nL) or the selective 2-adrenoceptor antagonist RX821002 (10, 15, and 20 nmoL/nL) into the MeA, 10 min before the exposure to acute restraint. The injection of WB4101 into the MeA reduced the restraint-evoked tachycardia. In contrast, the injection of RX821002 increased the tachycardia. Both drugs had no effect on the BP increase observed during the acute restraint. Our findings indicate that 1 and 2-adrenoceptors in the MeA play different roles in the modulation of the HR increase evoked by restraint stress in rats. Results suggest that 1-adrenoceptors and 2-adrenoceptors respectively mediate the MeA facilitatory and inhibitory influences on restraint-related HR responses. Moreover, we investigated the involvement of -adrenoceptors in the MeA in cardiovascular responses evoked in rats submitted to an acute restraint stress. We first pretreated Wistar rats with the nonselective -adrenoceptor antagonist propranolol, microinjected bilaterally into the MeA (10, 15, and 20 nmol/100nL) 10 min before exposure to acute restraint. The pretreatment with propranolol did not affect the BP increase evoked by restraint. However, it increased the tachycardiac response caused by acute restraint when animals were pretreated with a dose of 15 nmol, without a significant effect on the BP response. This result indicates that -adrenoceptors in the MeA have an inhibitory influence on restraintevoked HR changes. Pretreatment with the selective 2- adrenoceptor antagonist ICI 118,551 (10, 15, and 20 nmol/100 nL) significantly increased the restraint evoked tachycardiac response after the doses of 15 and 20 nmol, an effect that was similar to that observed after the pretreatment with propranolol at the dose of 15 nmol, without a significant effect on the BP response. Pretreatment of the MeA with the selective 1-adrenoceptor antagonist CGP 20712 (10, 15, and 20 nmol/100nL) caused an opposite effect on the HR response, and a significant decrease in the restraint-evoked tachycardia was observed only after the dose of 20nmol, without a significant effect on the BP response. Because propranolol is an equipotent antagonist of both 1 and 2-adrenoceptors, and opposite effects were observed after the treatment with the higher doses of the selective antagonists ICI 118,551 and CGP 20712, the narrow window in the dose-response to propranolol could be explained by a functional antagonism resulting from the simultaneous inhibition of 1 and 2-adrenoceptors by the treatment with propranolol.
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Ansiedade induzida pelo estresse crônico variado e ativação diferencial das áreas límbicas relacionadas em camundongos / Stress-induced anxiety and differential activation of related limbic areas in mice

Pitta, Fernanda Daher 19 October 2017 (has links)
A exposição prolongada a estressores socio-ambientais induz alterações duradouras nos níveis afetivo, cognitivo e fisiológico característicos de transtornos de ansiedade e depressão. No paradigma de estresse crônico variado (ECV) é possível modelar essas alterações com base na exposição aleatória, intermitente e incerta dos roedores a vários estressores. Porém, alguns indivíduos também demostram uma capacidade notável de adaptação ativa e persistem diante de eventos imprevisíveis e incontroláveis. Sabe-se também que o sistema neural histaminérgico (SNH) é um indicador sensível do estresse e regula as reações defensivas relacionadas. Contudo, pouco se sabe sobre o papel da histamina no modelo de ECV. Considerando ainda que o perfil comportamental dos camundongos estressados pelo ECV seja contraditório, o presente estudo investigou se (1) duas linhagens de camundongos seriam susceptíveis a respostas relacionadas ao estresse; (2) a neurotransmissão histaminérgica estaria envolvida na ansiedade induzida pelo estresse; (3) o tratamento crônico com L-histidina (LH) combinado ou não ao ECV modificaria a expressão de Fos em áreas cerebrais límbicas. Para testar o impacto do protocolo ECV sobre respostas do tipo depressivas, os comportamentos de camundongos Suíços não estressados (NST) e estressados (ST) foram analisados na tarefa de esquiva ativa de duas vias e no teste de suspensão da cauda. Não foi detectado aumento significativo da imobilidade passiva, mas o grupo ST apresentou hiperreatividade na tarefa de esquiva. Como etapa seguinte, os efeitos do ECV no comportamento ansioso dos animais NST e ST foi verificado no labirinto em cruz elevado (LCE). Notavelmente, camundongos C57Bl/6 estressados desenvolveram respostas ansiogênicas, enquanto a linhagem de Suíço exibiu um perfil comportamental heterogêneo no LCE. Estes resultados indicam que o regime de ECV induz um efeito ansiogênico de modo consistente em animais C57Bl/6 adultos, enquanto os camundongos Suíço são resilientes ao protocolo. Além disso, a ansiedade induzida pelo ECV não foi revertida ou potencializada pela administração crônica de LH, enquanto que a estimulação farmacológica prolongada do SNH poderia representar um potencial estresse isoladamente. Adicionalmente, uma hipo-ativação das áreas corticais pré-limbicas e infralímbicas foi relacionada à condição de estresse crônico, sem efeitos resultantes do tratamento farmacológico. A expressão de Fos+ induzida pela exposição ao LCE foi detectada nos subnúcleos lateral, basolateral e central, porém não houve ativação diferencial destes subnúcleos amígdaloides influenciados pelo ECV e/ou tratamento. Assim, os resultados apresentadas corroboram evidências de que respostas ao estresse são genética e experiência-dependentes, resultando em resiliência ou má adaptação de indivíduos e linhagens. Além disso, o ECV foi capaz de causar uma resposta ansiogênica acompanhada de hipo-ativação de subáreas específicas do córtex pré-frontal medial, região cerebral importante na regulação dos comportamentos defensivos e nas respostas psicofisiológicas do estresse. Finalmente, o tratamento crônico com LH não alterou os parâmetros comportamentais e neuroanatômico-funcionais influenciados pelo estresse. / Chronic exposure to socio-environmental stressors leads to a myriad of long-term alterations in affective, cognitive and physiological levels, which typifies prevalent neuropsychiatric disorders. Importantly, chronic variable stress (CVS) is an experimental model for anxiety- and depressive-like disorders based on the random, intermittent, and uncertain exposure to various stressors. Some individuals also show a remarkable ability to adapt and actively cope and persist in the face of such unpredictable and uncontrollable events. Histamine is a sensitive indicator of stressful experiences and modulates the activation of neuroendocrine stress response to influence defensive reactions. However, little is known about the role of histamine on CVS model. While the behavioral profile of CUS-stressed mice is also contradictory, we investigated whether (1) two widely used mouse strains were susceptible to stress-related responses; (2) histaminergic neurotransmission is involved on stress-induced anxiety; (3) L-histidine (LH) chronic treatment combined to CVS changes Fos expression in limbic areas. To test the impact of the CVS protocol on depressive-like responses, the performance of non-stressed (NST) and stressed (ST) Swiss animals was analyzed in the two-way avoidance task and in the tail suspension test. No increased passive immobility was detected, but the ST group did display hyperreactivity in the avoidance task. Next, the effects of CVS on anxiety were examined in the elevated plus maze (EPM). Remarkably, stressed C57Bl/6 developed anxiogenic responses, while Swiss mice displayed a heterogeneous behavioral profile in the EPM. These results indicate that 2-week-long CVS regimen consistently induces anxiogenic-like response in adult C57Bl/6 mice, while Swiss animals seem to be resilient. Additionally, CVS-induced anxiety is not reversed or potentialized by the chronic administration of LH, but the histamine precursor appears to be a potential stressor per se. Importantly, a hypoactivation of the prelimbic and infralimbic cortical areas was related to the chronic stress condition, with no main effects of the pharmacological treatment. EPM induced Fos+ expression was detected in the lateral, basolateral and central subnuclei, without differential activation of these amygdaloid subnuclei provoked by CVS and/or histaminergic stimulation. The present evidences corroborate the concept that stress responses can be genetic- and experience-dependent, resulting in resilience or maladaptation of a particular strain. Also, stress-induced anxiety could be related to a hypoactivation of the medial prefrontal cortex, important brain region in regulating the defensive behaviors and HPA stress response.
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Avaliação dos efeitos do estresse crônico sob a ansiedade e a sensibilidade nociceptiva em ratos mantidos em ambiente enriquecido / Evaluation of the effects of chronic stress under anxiety-like behavior and nociceptive sensitivity in rats reared in enriched environment

Daniela Mizusaki Iyomasa 06 April 2018 (has links)
Respostas adaptativas ao estresse podem ser acompanhadas por alterações nos comportamentos emocionais, em particular relacionados com medo e ansiedade, bem como alterações na sensibilidade dolorosa. Ainda, tem sido investigado o papel do óxido nítrico em áreas encefálicas relacionadas ao comportamento defensivo. Embora várias evidências têm demonstrado que o enriquecimento ambiental promove melhora nos processos de memória, no aprendizado e em respostas nociceptivas, a relação entre o estresse crônico e as vantagens da utilização do enriquecimento ambiental ainda são pouco investigadas. O presente estudo teve como objetivo investigar se o enriquecimento ambiental promove alteração do comportamento emocional, da sensibilidade nociceptiva, bem como na imunorreatividade à nNOS no núcleo central da amígdala, na formação hipocampal e na região dorsolateral da substância cinzenta periaquedutal, em ratos submetidos ao estresse por isolamento social ou estresse crônico variado e mantidos em ambiente enriquecido ou sem enriquecimento. Ratos machos Wistar (~70g) foram divididos aleatoriamente em dois grandes grupos experimentais: Ambiente Padrão (Padrão) ou Ambiente Enriquecido (EE), mantidos por 38 dias. Cada grupo foi subdividido dependendo do tipo de estresse crônico: Controle (sem estresse), Isolamento Social (por 38 dias) e Estresse Crônico Variado (do dia 28 ao dia 37). Ao fim do tempo experimental (dia 38) os ratos foram avaliados quanto ao comportamento emocional pelos testes de labirinto em cruz elevado (LCE) e claro/escuro (TCE) e sensibilidade nociceptiva pelo teste da placa quente (a qual foi realizada em duas etapas, sendo a primeira medida no dia 0 e outra no dia 38). A eutanásia dos ratos ocorreu no dia 39, para coleta do encéfalo para análise da imunorreatividade à óxido nítrico sintase neuronal (nNOS). Levando-se em consideração o comportamento emocional e a sensibilidade nociceptiva, os diferentes tipos de estresse crônico diminuíram a porcentagem de tempo, a frequência de entrada e a exploração da extremidade dos braços abertos e na frequência de mergulho de cabeça no teste do LCE, apesar de não alterar a sensibilidade nociceptiva. Por outro lado, o enriquecimento ambiental aumentou a porcentagem de tempo, a frequência de entrada e a exploração da extremidade dos braços abertos no teste do LCE, apesar de não alterar a sensibilidade nociceptiva. Foi observado aumento da imunorreatividade à nNOS na formação hipocampal em diferentes tipos de estresse crônico. Em particular, na região de CA3 houve interação significante entre os fatores estresse por isolamento social e ambiente de manutenção. Deste modo, os resultados obtidos neste trabalho sugerem que a formação hipocampal desempenha importante função no efeito ansiogênico exercido pelos diferentes tipos de estressores crônicos (aqui representados pelo isolamento social e pelo estresse crônico variado) provavelmente pela ativação do sistema nitrérgico e sugere-se que o enriquecimento possa prevenir o comportamento do tipo ansioso. / Adaptive responses to stress may be accompanied by changes in emotional behaviors, in particular related to fear and anxiety, as well as changes in pain sensitivity. Furthermore, the role of nitric oxide in brain areas related to defensive behavior has been investigated. Although several evidences have shown that environmental enrichment improves memory processes, learning and nociceptive responses, the relationship between chronic stress and the advantages of using environmental enrichment is still poorly investigated. The present study aimed to investigate whether environmental enrichment promotes alteration of the emotional behavior, nociceptive sensitivity, as well as immunoreactivity to neuronal nitric oxide synthase (nNOS) in the central nucleus of the amygdala, hippocampal formation and dorsolateral periaqueductal gray matter in rats submitted to social isolation stress or chronic unpredictable stress and reared in enriched environment or standard environment. Male Wistar rats (~ 70g) were randomly divided into two major experimental groups: Standard Environment (Standard) or Enriched Environment (EE), maintained for 38 days. Each group was subdivided according to the type of chronic stress: Control (without stress), Social Isolation (for 38 days) and Chronic Unpredictable Stress (from day 28 to day 37). At the end of the experimental time (day 38), the rats were evaluated for emotional behavior by elevated plus maze (EPM) and light/dark box (LDBT) tests and nociceptive sensitivity by the hot plate test (which was performed in two steps , the first being measured on day 0 and the other on day 38). Euthanasia of rats occurred on day 39, to collect the brain for nNOS immunoreactivity analysis. Taking into account emotional behavior and nociceptive sensitivity, the different types of chronic stress decreased the percentage of time, the frequency of entry of the open arms, end-arm exploration and the head dipping frequency in the EPM, despite of not altering the nociceptive sensitivity. On the other hand, environmental enrichment increased the percentage of time, the frequency of entry of the open arms and the end arm-exploration in the EPM test, although it did not alter the nociceptive sensitivity. Increased immunoreactivity to nNOS in hippocampal formation was observed in different types of chronic stress. In particular, in the CA3 region there was a significant interaction between stress factors due to social isolation and maintenance environment. Thus, the results obtained in this study suggest that hippocampal formation plays an important role in the anxiogenic effect exerted by the different types of chronic stressors (represented here by social isolation and by chronic chronic stress) probably due to the activation of the nitrergic system and it is suggested that environmental enrichment can prevent of anxiety-like behavior.
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A influência da estimulação olfatória no desenvolvimento de crises límbicas em ratos Wistar / The influence of olfactory stimulation in the development of limbic seizures in rats

Pereira, Polianna Delfino 20 February 2015 (has links)
Um dos modelos experimentais mais utilizados para estudar a epilepsia do lobo temporal (ELT) é o abrasamento (kindling) por estimulação elétrica diária da amígdala, o abrasamento elétrico convencional. Uma alternativa rápida e eficaz a esse modelo é o abrasamento elétrico rápido, também capaz de gerar crises límbicas, porém com 10 estímulos elétricos aplicados ao dia, por 2 dias. No 3º dia é aplicado um estímulo elétrico adicional, o 21º estímulo, quando podem ser testadas drogas antiepilépticas ou estudados mecanismos de plasticidade ou memória. Entre as principais áreas ativadas nas crises límbicas encontram-se o complexo amigdalóide, a formação hipocampal, o córtex piriforme e neocórtices adjacentes. O envolvimento de estruturas olfatórias na ELT é antigo e estudos indicam que a exposição a um estímulo olfatório é capaz de suprimir, inibir ou induzir a ocorrência de crises. Todas as evidências clínicas e experimentais dão suporte científico para a hipótese de que a estimulação olfatória com o 2,5-Dihydro-2,4,5-trimethylthiazoline (TMT), uma potente substância química, derivada das fezes de raposa e que biologicamente representa o cheiro de predador pode influenciar no processo de crises evocadas por estimulação elétrica da amígdala. O objetivo geral do presente estudo foi avaliar a influência da apresentação do estímulo olfatório com TMT nas crises epilépticas de ratos Wistar, submetidos ao abrasamento elétrico rápido da amígdala. Para tanto, os parâmetros químicos do TMT foram avaliados, bem como as respostas comportamentais de ratos Wistar machos naives submetidos ao estímulo olfatório com diferentes doses de TMT. Na sequência, um novo grupo de ratos Wistar machos naives foi submetido ao protocolo de abrasamento elétrico rápido da amígdala com a aquisição dos registros eletrencefalográficos (EEGráficos) do córtex piriforme, formação hipocampal além do complexo amigdalóide. Após abrasados os animais foram expostos ao TMT ou água destilada, previamente ao 21º estímulo elétrico. Posteriormente o tecido cerebral foi processado (perfundido, crioprotegido, congelado e cortado) e então foram feitas as técnicas histoquímicas de: Nissl e Fluoro-Jade C (FJC, marcador de neurodegeneração). As respostas comportamentais foram analisadas mediante o uso do Índice de Gravidade para Crises Límbicas e da neuroetologia. Adicionalmente foi avaliada a expressão EEGráfica do 1º, 20º e 21º estímulos e verificada a presença/ausência de neurodegeneração em regiões do sistema límbico. Os resultados da análise comportamental obtidos nesse estudo foram comparados com os obtidos no protocolo de estimulação olfatória com TMT nas crises audiogênicas agudas de ratos da cepa WAR. O TMT desencadeou reações de medo e modificou as sequências comportamentais, reduziu a atividade motora e os comportamentos de autolimpeza. Dados qualitativos da cromatografia gasosa e algoritmos matemáticos possibilitaram estabelecer as concentrações na câmara para as diferentes doses de TMT. Além disso, a cromatografia gasosa identificou que 30 minutos é o tempo necessário para saturação e dessaturação da câmara ao TMT, e indicou uma saturação homogênea do interior dessa câmara. O TMT puro no abrasamento elétrico rápido em ratos Wistar foi capaz de reduzir significativamente o Índice de Gravidade para Crises Límbicas comparado à água, corroborando os dados neuroetológicos que indicam o efeito supressor do TMT nas crises, tanto para o modelo de abrasamento elétrico rápido quanto para as crises audiogênicas agudas. Os resultados da duração da pós-descarga EEGráfica primária no 21º estímulo foram inconclusivos, sendo necessárias outras análises empregando diferentes métodos analíticos. Com a técnica de FJC não foi possível verificar morte celular por necrose em qualquer região cerebral avaliada. / One of the most widely used experimental models to study temporal lobe epilepsy (TLE) is the kindling by electrical daily stimulation of the amygdala, the conventional kindling. A rapid and effective alternative to this model is rapid electrical kindling, also capable of generating limbic seizures, but with 10 electrical stimuli applied per day for 2 days. On the 3rd day an additional electrical stimulus is applied, the 21st stimulus, when antiepileptic drugs can be tested or mechanisms of plasticity and memory can be studied. Among the main areas activated in limbic seizures are the amygdaloid complex, the hippocampal formation, piriform cortex and adjacent neocortices. The involvement of the olfactory structures in TLE is old and studies indicate that exposure to an olfactory stimulus is capable to suppress or inhibit or induce the occurrence of seizures. All the clinical and experimental evidences provide scientific support for the hypothesis that the olfactory stimulation with 2,5-Dihydro-2,4,5-trimethylthiazoline (TMT), a powerful chemical substance derived from fox feces which biologically represents the \"predator smell can influence the seizures process evoked by electrical stimulation of the amygdala. The overall objective of this study was to evaluate the influence of olfactory stimulation with TMT in seizures of Wistar rats subjected to rapid electrical kindling of the amygdala. Therefore, the chemical parameters of TMT were evaluated, as well as behavioral responses of naive male Wistar rats exposed to the olfactory stimulus with different concentrations of TMT. Other group of rats was electrically stimulated in the amygdaloid complex, following the protocol of rapid electrical kindling and the electroencephalographic recordings (EEGraphic) obtained from the piriform cortex, hippocampal formation in addition to the amygdaloid complex. After scorched the animals were exposed to TMT or distilled water, prior to the 21st electrical stimulation. Subsequently the cerebral tissue was processed (perfused, cryoprotected, frozen and sliced) and then processed for Nissl and Fluoro-Jade C histochemistry (FJC, a marker of neurodegeneration). The behavioral responses were analyzed by using the Severity Index for Limbic Seizures and neuroethology. In addition to EEG, reviewed after the 1st, 20th and 21th stimuli we also examined the presence/absence of neurodegeneration in regions of the limbic system. The results obtained in this study were compared with those obtained in the protocol of olfactory stimulation with TMT on acute audiogenic seizures of rats from the WAR strain. The TMT triggered fear reactions and modified the behavioral sequences, reduced motor activity and grooming behavior. Qualitative data from gas chromatography and mathematical algorithms made possible to establish the concentrations in the camera for the different doses of TMT. In addition, the gas chromatography helped to identify that 30 minutes is the time required for saturation and desaturation of the camera to TMT and indicated a homogeneous saturation of the interior of such camera. The pure TMT in rapid electrical kindling in Wistar rats was able to significantly reduce the Severity Index for Limbic Seizures, compared to water, corroborating the data of the neuroethology method indicating the suppressive effect of TMT in seizures, in both, the model of rapid electrical kindling as well as the acute audiogenic seizures. However, the results of the duration of the EEGraphic primary after-discharge at the 21th stimulus were inconclusive, requiring further analysis using different analytical methods. With the technique of FJC it was not observed necrotic cell death in any studied brain region.
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Ansiedade induzida pelo estresse crônico variado e ativação diferencial das áreas límbicas relacionadas em camundongos / Stress-induced anxiety and differential activation of related limbic areas in mice

Fernanda Daher Pitta 19 October 2017 (has links)
A exposição prolongada a estressores socio-ambientais induz alterações duradouras nos níveis afetivo, cognitivo e fisiológico característicos de transtornos de ansiedade e depressão. No paradigma de estresse crônico variado (ECV) é possível modelar essas alterações com base na exposição aleatória, intermitente e incerta dos roedores a vários estressores. Porém, alguns indivíduos também demostram uma capacidade notável de adaptação ativa e persistem diante de eventos imprevisíveis e incontroláveis. Sabe-se também que o sistema neural histaminérgico (SNH) é um indicador sensível do estresse e regula as reações defensivas relacionadas. Contudo, pouco se sabe sobre o papel da histamina no modelo de ECV. Considerando ainda que o perfil comportamental dos camundongos estressados pelo ECV seja contraditório, o presente estudo investigou se (1) duas linhagens de camundongos seriam susceptíveis a respostas relacionadas ao estresse; (2) a neurotransmissão histaminérgica estaria envolvida na ansiedade induzida pelo estresse; (3) o tratamento crônico com L-histidina (LH) combinado ou não ao ECV modificaria a expressão de Fos em áreas cerebrais límbicas. Para testar o impacto do protocolo ECV sobre respostas do tipo depressivas, os comportamentos de camundongos Suíços não estressados (NST) e estressados (ST) foram analisados na tarefa de esquiva ativa de duas vias e no teste de suspensão da cauda. Não foi detectado aumento significativo da imobilidade passiva, mas o grupo ST apresentou hiperreatividade na tarefa de esquiva. Como etapa seguinte, os efeitos do ECV no comportamento ansioso dos animais NST e ST foi verificado no labirinto em cruz elevado (LCE). Notavelmente, camundongos C57Bl/6 estressados desenvolveram respostas ansiogênicas, enquanto a linhagem de Suíço exibiu um perfil comportamental heterogêneo no LCE. Estes resultados indicam que o regime de ECV induz um efeito ansiogênico de modo consistente em animais C57Bl/6 adultos, enquanto os camundongos Suíço são resilientes ao protocolo. Além disso, a ansiedade induzida pelo ECV não foi revertida ou potencializada pela administração crônica de LH, enquanto que a estimulação farmacológica prolongada do SNH poderia representar um potencial estresse isoladamente. Adicionalmente, uma hipo-ativação das áreas corticais pré-limbicas e infralímbicas foi relacionada à condição de estresse crônico, sem efeitos resultantes do tratamento farmacológico. A expressão de Fos+ induzida pela exposição ao LCE foi detectada nos subnúcleos lateral, basolateral e central, porém não houve ativação diferencial destes subnúcleos amígdaloides influenciados pelo ECV e/ou tratamento. Assim, os resultados apresentadas corroboram evidências de que respostas ao estresse são genética e experiência-dependentes, resultando em resiliência ou má adaptação de indivíduos e linhagens. Além disso, o ECV foi capaz de causar uma resposta ansiogênica acompanhada de hipo-ativação de subáreas específicas do córtex pré-frontal medial, região cerebral importante na regulação dos comportamentos defensivos e nas respostas psicofisiológicas do estresse. Finalmente, o tratamento crônico com LH não alterou os parâmetros comportamentais e neuroanatômico-funcionais influenciados pelo estresse. / Chronic exposure to socio-environmental stressors leads to a myriad of long-term alterations in affective, cognitive and physiological levels, which typifies prevalent neuropsychiatric disorders. Importantly, chronic variable stress (CVS) is an experimental model for anxiety- and depressive-like disorders based on the random, intermittent, and uncertain exposure to various stressors. Some individuals also show a remarkable ability to adapt and actively cope and persist in the face of such unpredictable and uncontrollable events. Histamine is a sensitive indicator of stressful experiences and modulates the activation of neuroendocrine stress response to influence defensive reactions. However, little is known about the role of histamine on CVS model. While the behavioral profile of CUS-stressed mice is also contradictory, we investigated whether (1) two widely used mouse strains were susceptible to stress-related responses; (2) histaminergic neurotransmission is involved on stress-induced anxiety; (3) L-histidine (LH) chronic treatment combined to CVS changes Fos expression in limbic areas. To test the impact of the CVS protocol on depressive-like responses, the performance of non-stressed (NST) and stressed (ST) Swiss animals was analyzed in the two-way avoidance task and in the tail suspension test. No increased passive immobility was detected, but the ST group did display hyperreactivity in the avoidance task. Next, the effects of CVS on anxiety were examined in the elevated plus maze (EPM). Remarkably, stressed C57Bl/6 developed anxiogenic responses, while Swiss mice displayed a heterogeneous behavioral profile in the EPM. These results indicate that 2-week-long CVS regimen consistently induces anxiogenic-like response in adult C57Bl/6 mice, while Swiss animals seem to be resilient. Additionally, CVS-induced anxiety is not reversed or potentialized by the chronic administration of LH, but the histamine precursor appears to be a potential stressor per se. Importantly, a hypoactivation of the prelimbic and infralimbic cortical areas was related to the chronic stress condition, with no main effects of the pharmacological treatment. EPM induced Fos+ expression was detected in the lateral, basolateral and central subnuclei, without differential activation of these amygdaloid subnuclei provoked by CVS and/or histaminergic stimulation. The present evidences corroborate the concept that stress responses can be genetic- and experience-dependent, resulting in resilience or maladaptation of a particular strain. Also, stress-induced anxiety could be related to a hypoactivation of the medial prefrontal cortex, important brain region in regulating the defensive behaviors and HPA stress response.

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