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Avaliação da saúde reprodutiva de mulheres com lúpus eritematoso sistêmico / Evaluation of the reproductive health of women with systemic lupus erythematosus

Pereira, Karina Danielle, 1986- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Simone Appenzeller / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T19:14:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_KarinaDanielle_M.pdf: 1028779 bytes, checksum: 901fb7a5f4993b6c8133e68fb9913463 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, autoimune e multissistêmica, caracterizada por períodos de atividade e remissão, que apresenta maior prevalência no sexo feminino, habitualmente durante o período reprodutivo. Assim, o interesse em identificar fatores que se correlacionem à saúde reprodutiva nessas pacientes tem sido crescente. Objetivo: Avaliar a saúde reprodutiva, em mulheres com LES e mulheres sem histórico de doença autoimune. Elucidar o papel da atividade e dano da doença, ansiedade e depressão, qualidade de vida e imagem corporal na saúde reprodutiva de mulheres com LES. Método: Foram selecionados pacientes consecutivos com LES acompanhadas na Unidade de Reumatologia da UNICAMP entre 2011/2012. Avaliação da saúde sexual e reprodutiva (SPEQ), atividade da doença (SLEDAI), dano cumulativo (SDI), transtornos de humor (BAI, BDI), avaliação da qualidade de vida (SF-36) e questões sobre imagem corporal (BCQ) foram realizadas. Resultados: Duzentos e sessenta e oito pacientes e 132 controles foram incluídas na pesquisa. Mulheres com LES apresentaram pior saúde reprodutiva que mulheres sadias (p<0,05), 49,25% das pacientes e 15,15% das controles não faziam uso de qualquer método contraceptivo (p=0,01), disfunção sexual foi observado em 80,9% das pacientes e em 20,41% das controles (p=0,01). Presença de transtornos do humor (ansiedade e depressão) (p=0,01), fadiga (p=0,01), piora da imagem corporal (p=0,02), e baixa qualidade de vida (p=0,03), foram significativamente mais frequentes em mulheres com LES quando comparadas a mulheres saudáveis. Observamos uma associação entre pior saúde reprodutiva e ansiedade (p=0,001), fadiga (p=0,001) e baixa qualidade de vida (p=0,002). Conclusão: Aspectos relacionados à saúde reprodutiva necessitam de uma atenção especial dos profissionais e devem ser abordados rotineiramente, propiciando melhor qualidade de vida das pacientes e de seus parceiros, melhorando assim o impacto da doença / Abstract: Systemic lupus erythematous (SLE) is a chronic, multisystem autoimmune and characterized by periods of activity and remission, which is more prevalent in women, usually during the reproductive period. Thus, the interest in identifying factors that correlate reproductive health in these patients has been increasing. Objective: To assess reproductive health in women with SLE and women without a history of autoimmune disease, unrelated, and elucidate its association with disease activity and damage, anxiety and depression, quality of life and body image. Methods: We selected consecutive patients with SLE followed in the Rheumatology Unit of Campinas between 2011/2012. Assessment of sexual and reproductive health (SPEQ), disease activity (SLEDAI), cumulative damage (SDI), mood disorders (BAI, BDI), assessment of quality of life (SF36) and questions about body image (BCQ) were performed. Two hundred and sixty-eight patients and 132 controls were included in the survey. Results: Women with SLE had poorer reproductive health healthy women (p <0.05), 49.25% of patients and 15.15% of controls were not using any method of contraception (p=0.01), sexual dysfunction was observed in 80.9% of patients and 20.41% of the controls (p=0.01). Presence of mood disorders (anxiety and depression) (p=0.01), fatigue (p=0.01), worsening of body image (p=0.02), and low quality of life (p=0.03), were significantly more prevalent in SLE patients compared to healthy women. We observed an association between poor reproductive health and anxiety (p= 0,001), fatigue (p= 0.001) and poor quality of life (p= 0.002). Conclusion: Aspects related to reproductive health require special attention from professionals and should be addressed routinely providing better quality of life for patients and their partners, thus enhancing the impact of the disease / Mestrado / Clinica Medica / Mestra em Clínica Médica
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Homens e reprodução : mudanças e permanecias em um grupo de homens de camadas medias de São Paulo

Garcia, Sandra Mara 22 August 2003 (has links)
Orientador: Maria Coleta Ferreira Albino de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:36:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Garcia_SandraMara_D.pdf: 9571822 bytes, checksum: 917a04d8390ca36775a47efd7d45d18e (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: Esta tese procura contribuir para o conhecimento da relação dos homens com a sexualidade e a reprodução, da perspectiva de gênero. É um esforço que se coloca ao lado das pesquisas que buscam compensar o tratamento de atores secundários e problemáticos dado aos homens nos estudos de fecundidade. Nesse sentido, a tese dialoga com os estudos de gênero, no campo das ciências sociais, que têm focalizado homens e masculinidades. A pesquisa está baseada em uma leitura interpretativa dos discursos sobre a sexualidade e a reprodução de um grupo de 30 homens, com idade entre 25 e 55 anos, de camadas médias da cidade de São Paulo. Esses homens têm como experiência comum o fato de terem refletido, no âmbito de grupos terapêuticos de gênero, sobre sua identidade masculina e sobre as transformações nas relações de gênero. A tese investiga nesse grupo a articulação entre as dimensões da sexualidade e da reprodução e a construção de masculinidades. A pesquisa revelou que, se a grande maioria desses homens herdou de seus pais os valores hegemônicos da masculinidade, suas experiências de vida os levaram à reconfiguração daquele modelo e à opção por comportamentos e atitudes bastante variáveis, dentro de limites definidos por cada um. Os valores predominantes da masculinidade e da feminilidade estão sendo avaliados e as fronteiras entre os gêneros sendo questionadas. Os dados sobre o impacto dessas reconfigurações na relação dos informantes com a contracepção não confirmam os pressupostos mais difundidos dos estudos de fecundidade sobre os homens. A maioria dos homens tem amplo conhecimento sobre métodos contraceptivos tradicionais e modernos. Responsabilizam-se pelo controle da fecundidade, juntamente com suas parceiras. A maioria utiliza a camisinha como o método que hoje melhor atende às necessidades contraceptivas e de prevenção de DSTs! Aids. É possível afirmar que os informantes compartilham de um mesmo código ético, apregoando o princípio da igualdade nas relações entre homens e mulheres, a indistinção valorativa das diferenças biológicas, e a necessidade do comprometimento de ambos, homens e mulheres, no domínio público e privado. Entretanto, o processo de reconstrução das masculinidades não é fácil, gera conflitos, desconfortos e ambigüidades. O investimento psíquico e emocional de cada um deles nesse processo deu-se ao longo das suas trajetórias de vida, nas suas relações e negociação com as mulheres e com outros homens. A identidade de gênero, portanto, não é vista como fixa, muito embora a sua mobilidade não necessariamente indique que a aquisição de novos valores desbanque completamente os antigos. Ao contrário, as ambigüidades surgem justamente porque valores novos e antigos convivem juntos numa mesma subjetividade, e portanto causam conflitos que esses sujeitos tentam superar em sua reflexão e práticas / Abstract: This thesis aims at contributing, from a gender perspective, to the understanding of men's relations with sexuality and reproduction. It is a research initiative which adds to other recent studies which have sough to compensate for the secondary and problematic role attributed to men in fertility studies. The thesis carries out a dialogue with the gender studies in social sciences focusing men and masculinities. My research is based on an interpretative reading ofthe statements about sexuality and reproduction made by a group of 30 men ITom the middle cIass in the city of São Paulo, with age between 25 and 55. The informers share the experience of having reflected about their mal e identity and about changes in gender relations, as part of their participation in therapeutic gender groups. The thesis is an inquire about the inter-relation between sexuality and reproductive practices, on one side, and the construction of masculinities, on the other, in this group of men. The fieldwork research revealed that, even though most ofthe informers have inherited ITom their parents the hegemonic values of masculinity, their life experiences have led them to re-shaping that model and adopting attitudes and behaviours which are different and vary within individual limits. The dominant values of masculinity and femininity have been checked and the borders between genders questioned. The data about the impact of such transformations on the informers' contraceptive practices do not confirm the most difused assumptions of fertility studies regarding men. Most informers have shown vast knowledge of modem and traditional contraceptive methods. They take responsibility for fertility control, sharing this with their partners. Most of them utilize the condom as the method that offers the best response to the needs of contraception and prevention of STD/ Aids. The thesis concIudes that the informers share the same ethic code, which states the principIe of equality in the relations between men and women, the indistinction of values attributed to biological differences and the need for the commitment of both, men and women, in the public and private spheres. However, the process of re-construction of masculinities is nor easy and creates conflict and ambiguities. The emotional and psychical investment which each of the informers have made on this process has been distributed along their life course, in their relations and negotiations with women and with other men. Thus the gender identity is not seen by informers as a steady and fixed identity, even though its change does not necessarily suggest that the acquisition of new values completely displaces the former ones. On the contrary, ambiguities emerge exactIy because new and old values share the same individual subjectivity and therefore produce conflicts which these individuaIs seek to overcome through reflection and practice / Doutorado / Doutor em Demografia
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Resistência insulínica em mulheres saudáveis em idade reprodutiva = Insulin resistance in healthy women in childbearing age / Insulin resistance in healthy women in childbearing age

Kimura, Vaneska de Carvalho Melhado, 1982- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Arlete Maria dos Santos Fernandes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T08:29:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Kimura_VaneskadeCarvalhoMelhado_M.pdf: 1746047 bytes, checksum: 4c3f59da8a72a362f8d251faab5d3939 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: A resistência insulínica (RI) é um estado no qual há diminuição da resposta dos tecidos-alvo à ação da insulina. A prevalência da RI na população adulta jovem não obesa e com resposta normal ao teste de tolerância oral à glicose (TTOG) é estimada em 25%. Estudos sugerem que vários fatores poderiam contribuir com a deterioração da tolerância à glicose em mulheres jovens, entre eles a elevação do peso corporal e o uso de métodos contraceptivos (MAC) hormonais. Objetivos: avaliar uma coorte de mulheres saudáveis em período reprodutivo e sem antecedentes que pudessem interferir no metabolismo de carboidratos, para determinar a prevalência e os fatores associados à RI. Sujeitos e Método: para o diagnóstico de RI foi utilizada a técnica do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico (CEH). As variáveis estudadas foram sociodemográficas, uso atual de MAC combinado ou não hormonal, tempo de uso do MAC, composição corporal avaliada pela técnica de absortimetria de duplo feixe de raios-X (DXA), valores de perfis lipídico e glicêmico, medidas de pressão arterial e da ingestão calórica. Foi realizada análise das médias e desvio padrão (DP) das variáveis relacionadas à RI e ao uso de MAC e regressão linear múltipla para avaliar fatores que pudessem influenciar a tendência à RI. Participaram deste estudo 47 mulheres saudáveis, que responderam à veiculação da pesquisa, com idade de 18 a 40 anos, IMC<30kg/m2 e todas realizaram CEH com 40mU de insulina. Resultados: do total das mulheres, 16 usavam algum tipo de método contraceptivo hormonal combinado (34%) e 31 usavam método não hormonal (66%). A prevalência de RI foi de 19,1% e significativamente maior entre as que utilizavam método hormonal (6/16) combinado em relação às que utilizavam método não hormonal (3/31). Mulheres com RI tiveram valores médios significativamente maiores de peso, IMC, massa e percentual de massa gorda, razão androide/ginecoide, e dos valores de triglicérides, insulina de jejum, HOMA IR e HOMA Bc. Após análise linear múltipla, as variáveis associadas à tendência à RI foram não ter gestação anterior, tempo de uso de MAC >1 ano e maiores valores de triglicérides. Conclusões: Uma de cada 5 mulheres em idade reprodutiva e saudável apresentou RI e mostrou elevação de peso corporal e de cintura. É importante iniciar medidas de prevenção precoces, estimulando hábitos saudáveis de alimentação e exercícios físicos nas mulheres observadas com elevação de peso e medida de cintura durante o acompanhamento de planejamento familiar / Abstract: Insulin resistance (IR) is a condition in which there is decreased response of target tissues to the effects of insulin. The prevalence of IR in the young non obese adult population with normal response to the oral glucose tolerance test (OGTT) is estimated to be 25%. Studies suggest that several factors might contribute to the deterioration of glucose tolerance in young women, among them increased body weight and the use of hormonal contraceptive methods. Objectives: evaluate a cohort of healthy women of childbearing age, without antecedents that might interfere in carbohydrate metabolism, to determine the prevalence and the factors associated with IR. Subjects and Method: the hyperinsulinemic-euglycemic clamp technique was used for the IR diagnosis. The variables studied were: sociodemographic, current use of hormonal, combined or non hormonal contraceptive methods, how long hormonal contraceptive methods have been used, body composition evaluated by the dual-energy X-ray absorptiometry (DXA) technique, values of lipid and glucose profiles, blood pressure and caloric intake measures. The means and standard deviation (SD) of variables related with IR; use of hormonal contraceptive methods and multiple linear regression were analyzed to evaluate factors that might influence tendency to IR. Forty-seven healthy women who answered research recruiting advertisement participated in this study; their ages ranged between 18 and 40 years, presented BMI<30kg/m2 and all of them were examined by the hyperinsulinemic-euglycemic clamp technique with 40mU of insulin. Results: of the total of 47 women, 16 used some type of combined hormonal contraceptive method (34%) and 31 used a non hormonal contraceptive method (66%). The prevalence of IR was 19.1% and significantly higher among those who used a combined hormonal contraceptive method (6/16) compared with those who used a non hormonal contraceptive method (3/31). Women with IR presented significantly higher mean values of weight, BMI, mass and percentage of fat body mass, android/gynecoid ratio, and values of triglycerides, fasting insulin, HOMA IR and HOMA Bc. After multiple linear analysis, the variables associated with tendency to IR were not having been pregnant before, having used hormonal contraceptive method >1 year and higher triglycerides values. Conclusions: One in every 5 healthy women of childbearing age presented IR and increased body weight and waist circumference. It is important to adopt early prevention measures, stimulating healthy eating habits and physical exercises for women with weight and waist measure increase during the family planning follow-up period / Mestrado / Fisiopatologia Ginecológica / Mestra em Ciências da Saúde
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Avaliação do peso em mulheres usuarias de acetato de medroxiprogesterona de deposito com diferentes indices de massa corporal / Weight evaluation in women using depot-medroxyprogesterone acetate with different body mass index

Pantoja, Márcia Helena Baptista Queiróz, 1978- 14 August 2018 (has links)
Orientador: Arlete Maria dos Santos Fernandes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-14T10:32:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pantoja_MarciaHelenaBaptistaQueiroz_M.pdf: 2741473 bytes, checksum: bf1f55cb311a9f57eca090dbc49ffc47 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Introdução: O ganho de peso tem sido referido como razão frequente para descontinuação do uso do contraceptivo injetável trimestral com acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD). Objetivo: Determinar a variação do Índice de Massa Corporal (IMC) e do peso em mulheres usuárias do AMPD, com diferentes IMC no início de uso do método, e compará-los ao de mulheres usuárias de dispositivo intrauterino (DIU) TCu 380A, até seis anos de uso. Métodos: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários realizado na Unidade de Reprodução Humana da FCM/UNICAMP, com obtenção de dois grupos de mulheres usuárias e tempos de seguimento entre três a seis anos. O primeiro grupo foi constituído por 379 mulheres usuárias de AMPD e 379 mulheres usuárias de DIU TCu 380A pareadas por idade e IMC com seguimento de três anos. O segundo grupo foi constituído por 226 mulheres usuárias de AMPD e 603 usuárias de DIU TCu 380A seguidas por seis anos. Em ambos os grupos, as mulheres foram distribuídas conforme o IMC inicial nas categorias de peso normal (IMC<25kg/m2), sobrepeso (IMC=25-29,9kg/m2) e obesas (IMC =30kg/m2) e comparadas anualmente com medidas de peso e IMC, em relação à população utilizada como controle. Aplicou-se o teste estatístico ANOVA para medir a variação de peso e IMC entre os grupos a cada ano. Resultados: No seguimento de três anos, a idade das usuárias de AMPD foi de 30,8 ± 6,8 anos e número de partos 2,6 ± 1,6 (média ± DP), enquanto o grupo de usuárias de DIU foi de 30,9 ± 6,8 anos e 3,0 ± 2,0 partos, não havendo diferenças no peso, altura e IMC iniciais entre os grupos. Nas categorias de peso normal e sobrepeso observou-se aumento do IMC das usuárias do AMPD em relação às usuárias de DIU TCu380A (p<0,01 e p<0,0001, respectivamente) e também em relação ao tempo de uso do método (p=0,0005 e p<0,0001, respectivamente). Na categoria obesas não houve variação na elevação do IIMC entre os grupos. Na segunda análise, com seguimento de seis anos, a média de idade da amostra de mulheres foi maior no grupo de estudo que nos controles em todos os grupos: 31,6 ± 7,1 anos X 27,4 ± 5,5 anos (p<0,0001) na categoria peso normal; 37,3 ± 6,8 anos X 29,2 ± 6,0 anos (p<0,0001) na categoria sobrepeso; e 35,3 ± 6,4 anos X 29,7 ± 5,8 anos (p<0,0001) na categoria obesas. Após análise de covariância com ajuste para idade, as usuárias de AMPD apresentaram aumento de peso em relação à população-controle na categoria sobrepeso (p=0,0082); e o aumento de peso com o tempo de uso do método também foi maior no grupo de usuárias de AMPD que nos controles na categoria peso normal (p<0,0001) e sobrepeso (p=0,0008). Na categoria obesas não houve variação no aumento de peso e do IMC entre os grupos, nem em relação ao tempo de uso do método. Conclusões: Não houve variação do IMC e do peso das mulheres obesas usuárias de AMPD durante os seguimentos de três e seis anos. Estudos prospectivos deverão ser realizados com testes metabólicos para determinar os fatores desencadeantes do ganho de peso nas mulheres usuárias de AMPD com peso normal e sobrepeso. / Abstract: Introduction: Weight gain is frequently reported by women as a reason for discontinuing the injectable contraceptive depot medroxyprogesterone acetate (DMPA). Objective: To determine the change in Body Mass Index (BMI) and weight in women using DMPA, with different BMI at the beginning of method use, and compare them to women using the TCu 380A intrauterine device (IUD), for up to six years of observation. Methods: A retrospective study with review of the medical records was conducted in the Human Reproduction Unit of the Unicamp Medical School, obtaining two groups of users with follow-up periods of three and six years. The first group was composed of 379 women using DMPA and 379 women using the TCu 380A IUD matched for age and BMI who were followed for three years. The second group was composed of 226 women using DMPA and 603 women using the T380A IUD who were followed for six years. In both groups, women were distributed into the following categories according to initial BMI: normal weight (BMI <25 Kg/m2), overweight (BMI= 25-29.9 Kg/m2) and obese (BMI =30 Kg/m2), comparing weight and BMI to those of a control population. The ANOVA statistical test was applied to measure change in weight and BMI between both groups each year. Results: In the three-year follow-up, the mean age of DMPA users was 30.8 ± 6.8 years and the number of deliveries was 2.6 ± 1.6 (mean ± SD), while the mean age of IUD users was 30.9 ± 6.8 years and the number of deliveries was 3.0 ± 2.0 (mean± SD). No differences in weight, height and BMI were observed between the groups at baseline. In the normal weight and overweight categories, an increase in BMI was observed in DMPA users compared to IUD users (p<0.01 and p<0.0001, respectively) and also in relation to length of method use (p=0.0005 and p<0.0001, respectively). In the obese category, there was no change in BMI and weight between the groups. In a second analysis of the six-year follow-up, the mean age of women was higher in the study group than in the controls in all groups: 31.6 ± 7.1 years X 27.4 ± 5.5 years (p<0.0001) in the normal weight category; 37.3 ± 6.8 years X 29.2 ± 6.0 years (p<0.0001) in the overweight category; and 35.3 ± 6.4 years X 29.7 ± 5.8 years (p<0.0001) in the obese category. After an analysis of covariance adjusted for age, DMPA users showed a weight increase compared to the control population in the overweight category (p=0.0082). Furthermore, weight gain according to length of method use was also higher in DMPA users, in comparison to controls in the normal weight (p<0.0001) and overweight categories (p=0.0008). In the obese category, no change in weight gain and BMI was observed between groups or in relation to length of method use. Conclusions: There was no change in BMI and weight in obese women using DMPA during follow-ups of three and six years. Prospective studies with metabolic tests are needed to determine the factors that trigger weight gain in DMPA users of normal weight and those who are overweight. / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia
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Razões do não uso da anticoncepção de emergência quando indicada / Reasons for non-use of emergency contraception when indicated

Santos, Osmara Alves dos 17 January 2014 (has links)
Introdução: A anticoncepção de emergência é um método contraceptivo usado após a relação sexual desprotegida. Apesar da sua alta eficácia e de estar disponível gratuitamente na rede pública de saúde, ainda é subutilizada. Objetivo: Identificar as razões e analisar os determinantes do não uso da anticoncepção de emergência quando indicada. Método: Estudo quantitativo, do tipo transversal, realizado com amostra probabilística de mulheres grávidas usuárias de 12 Unidades Básicas de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde do Butantã, São Paulo (n=515), entre março e junho de 2013. O não uso da anticoncepção de emergência quando indicada foi considerado quando as mulheres eram classificadas como tendo gravidez não planejada ou ambivalente segundo o London Measure of Unplanned Pregnancy (n=366). No Stata 12.0, os dados foram analisados por meio de regressão logística multinomial. O grupo de mulheres que usou a anticoncepção de emergência para prevenir a gravidez em curso foi comparado com dois grupos: o de mulheres que estava usando algum método contraceptivo, mas não anticoncepção de emergência no mês em que ficou grávida, e o grupo de mulheres que não usou métodos contraceptivos nem anticoncepção de emergência nesse período. Resultados: Apesar da maioria conhecer a anticoncepção de emergência (96,7%), apenas 9,8% a usou para prevenir a gravidez em curso. A principal razão para o não uso foi pensar que não iria engravidar (47,6%). Outras razões, como querer engravidar/ter um filho no futuro e não pensar ou não se lembrar do método também foram amplamente referidas pelas mulheres. Os determinantes do não uso da anticoncepção de emergência para as mulheres que usavam métodos contraceptivos foram a não consciência do risco de engravidar [OR=3,44; IC95%: 1,48-8,03] e morar com o parceiro [OR=3,23; IC95%: 1,43-7,28]. Para aquelas que não usavam métodos contraceptivos, morar com o parceiro [OR= 3,19; IC95%: 1,40-7,27], gravidez ambivalente [OR: 3,40; IC95%: 1,56-8,54] e o não uso prévio do método [OR=3,52; IC95%: 1,38-8,97] foram associados ao não uso da anticoncepção de emergência. Conclusões: Viver com um parceiro pode fazer com que a mulher se sinta menos preocupada em evitar uma gravidez, ou seja, menos propensa a usar a anticoncepção de emergência. De toda forma, reconhecer as situações em que corre o risco de engravidar, saber por experiência própria como obter e usar o método e ter claras intenções reprodutivas podem aumentar o uso da anticoncepção de emergência quanto indicada / Introduction: Emergency contraception is a contraceptive method to be used after unprotected intercourse. Despite its high efficacy, availability both at primary health care and private pharmacies in Brazil, it is still underutilized. Objective: To identify the reasons and analyze the determinants of emergency contraception non-use when indicated. Method: Cross-sectional, quantitative study conducted with a probabilistic sample of pregnant women from 12 Primary Health Facilities at the Health Supervision of Butantã, São Paulo, Brazil (n=515), from March to June 2013. We considered an emergency contraception non-use when indicated women who were either in an unplanned or ambivalent pregnancy according to the London Measure of Unplanned Pregnancy (n=366). In Stata 12.0, we used multinomial logistic regression to analyze the data. Women who used the method to prevent the current pregnancy were the reference and were compared to two groups of women: those who did not use emergency contraception, but used another method; and those who used no method at all. Results: Although there was a high proportion of emergency contraception awareness (96.7%), only 9.8 % used it to prevent the current pregnancy. The main reason for non-use was believing that she would not become pregnant (47.6%); but wanting to become pregnant in the future and not remembering to use the method were also largely reported. Associated aspects to emergency contraception non-use among women who used a method were not being aware of pregnancy risk [OR=3,44; IC95%: 1,48-8,03] and cohabitation with a partner [OR=3,23; IC95%: 1,43-7,28]. Among women that did not use any contraception, cohabitation with a partner [OR= 3,19; IC95%: 1,40-7,27], ambivalent pregnancy [OR: 3,40; IC95%: 1,56-8,54] and no previous use of emergency contraception [OR=3,52; IC95%: 1,38-8,97] were associated with the method non-use. Conclusions: Living with a partner can make a woman feel less concerned about preventing a pregnancy, which means, less likely to use emergency contraception. Eventually, having skills to recognize pregnancy risk situations, having experience on how to use and when to obtain the pill and a clear pregnancy intention can increase the use of emergency contraception when indicated
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Padrões e determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso de pílula oral, hormonal injetável e preservativo masculino / Patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injections and condoms

Santos, Osmara Alves dos 21 March 2018 (has links)
Introdução: O uso de métodos anticonceptivos modernos pela maior parte das mulheres brasileiras não diminuiu, conforme esperado, assim como a ocorrência de gestações não desejadas, abortamentos e, consequentemente, mortes maternas, o que revela uso com perfil irregular e descontínuo. No Brasil, há pouca informação sobre os padrões e os determinantes da ocorrência dessas descontinuidades contraceptivas. Devido às inconsistências no uso de métodos serem relativamente comuns, é necessário mensurar o quanto as mulheres interrompem seu uso a despeito de não desejarem engravidar e/ou os alternam inúmeras vezes, nem sempre com opção por um método mais eficaz. Objetivo: Analisar os padrões e os determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso da pílula oral, do hormonal injetável e do preservativo masculino. Método: Estudo longitudinal retrospectivo, conduzido com amostra probabilística de 1.551 mulheres de 18 a 49 anos de idade, usuárias de 57 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo/SP (2015) e Aracaju/SE (2016). Os dados foram coletados por entrevista face a face usando o calendário contraceptivo. No Stata 14.2, as análises das taxas de descontinuidade contraceptiva no período de doze meses foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e dos fatores associados por meio dos Modelos de Riscos Proporcionais de Cox, ambos para descontinuidade total, abandono, troca para método menos eficaz e troca para método mais eficaz. Resultados: A taxa de descontinuidade total no uso de métodos foi 41,9% aos doze meses, sendo maior entre usuárias do preservativo masculino (48,1%), seguida de hormonal injetável (39,0%) e pílula oral (38,6%). Entre as usuárias de pílula oral, a taxa de abandono foi a maior; entre as usuárias do hormonal injetável, foi a troca para um método menos eficaz; e, entre as usuárias do preservativo masculino, foi a troca para um método mais eficaz. Os aspectos associados às descontinuidades variam segundo o tipo de método. A descontinuidade no uso da pílula oral foi associada à idade (18-24 anos), vivência de abortamento, incerteza quanto à intenção reprodutiva e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do hormonal injetável foi associada ao maior número de parceiros sexuais, à vivência de abortamento e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do preservativo masculino foi associada à idade (25-34 e 35-49 anos), à união conjugal, ao menor poder aquisitivo (classe econômica D/E) e ao maior número de filhos vivos. Conclusões: Foram observadas altas taxas de descontinuidades no uso de métodos contraceptivos, que variaram conforme o tipo de método. Chama a atenção o papel dos efeitos colaterais na determinação da ocorrência de descontinuidade no uso dos métodos hormonais. Por sua vez, a troca por método mais eficaz foi pouco frequente, com exceção das usuárias de preservativo masculino. Sugere-se ampliar o acesso aos métodos contraceptivos mais eficazes e de longa duração e melhorar a assistência em contracepção nos serviços do Sistema Único de Saúde, de forma a contemplar as necessidades de saúde das mulheres e seus direitos sexuais e reprodutivos. / Introduction: Use of modern contraceptive methods by the majority of Brazilian women did not reduce the occurrence of unintended pregnancies, abortions or maternal deaths as expected, which means that it might be an irregular and discontinuous use. In Brazil, there is a little information on the patterns and determinants of the occurrence of these contraceptive discontinuations. Because inconsistencies in the use of methods are relatively common, it is necessary to measure how much women discontinue their use despite they are willing to get pregnant and/or switching them countless times, not always with the option of a more efficient method. Objective: Our purpose is to investigate patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injection and condom. Method: We conducted a retrospective longitudinal study with probabilistic sample of 1,551 women among 18-49 year old who are primary users of 57 health care facilities, both in Sao Paulo (2015) city and Aracaju city (2016). Data were collected by face-to-face interview in line with contraceptive calendar. In Stata 14.2 analyzes of 12-month contraceptive discontinuation rates were performed using the Kaplan-Meier Survival Estimates method and associated factors using the Cox Proportional Hazards Models, both for total discontinuation, abandonment, and switching to a less efficient method and switching to more efficient method. Results: The discontinuation rate in the use of methods was 41.9% at 12 months, being higher among male condom users (48.1%), followed by hormonal injection (39.0%) and oral pill (38.6%). Among oral pill users, the abandon rate was the highest; among users of hormonal injections, was the switching to a less efficient method; and among male condom users, it was the switching to a more efficient method. The aspects associated to the discontinuations varied according to the type of method. Discontinuation of oral pill users was associated with age (18-24 years old), experience of abortion, uncertainty about reproductive intention and side effects/health concern. Discontinuation in the use of hormonal injections was associated with a greater number of sexual partners, the experience of abortion, and the side effects/health concern. Discontinuation of condom users was associated with age (25-34 and 35-49 years old), marital union, lower income and the highest number of live children. Conclusion: High discontinuation rates were observed in the use of contraceptive methods, which varied according to the type of method. The role of side effects/health concern in determining the occurrence of discontinuation in the use of hormonal methods is noteworthy. On the other hand, switching to more efficient method was infrequent, except for the male condoms users. It is suggested to amplify access to the more effective methods as well as long active also improving care in contraception in the all health care facilities services, in order to take into account both women health needs and their sexual and reproductive rights.
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A prescrição da pílula anticoncepcional na década de 1960: a perspectiva de médicos ginecologistas / The contraceptive pill prescription in the 1960s: the perspective of gynecologists

Cavalieri, Francine Even de Sousa 21 February 2017 (has links)
Introdução: A prescrição da pílula anticoncepcional passa a ser realizada no Brasil a partir de 1962. Sua prática trouxe transformações políticas e sociais ao país: a pílula passa a ter grande aceitabilidade das mulheres e permanece como o método anticoncepcional mais utilizado por elas até a atualidade. Seu uso influenciou na queda da taxa de fecundidade e compõe, atrelada a uma série de outros fatores, um conjunto de transformações que modifica a formulação de políticas públicas referentes à saúde reprodutiva e à saúde sexual feminina. Objetivo: Compreender como a prescrição da pílula anticoncepcional por médicos ginecologistas era realizada no Brasil na época em que começa a ser utilizada no país. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como material empírico as narrativas de seis médicos ginecologistas que atuaram na década de 1960, no estado de São Paulo. Resultados e Discussão: A partir das entrevistas, foram identificados quatro eixos temáticos de análise, que contemplaram a descrição Introdução: A prescrição da pílula anticoncepcional passa a ser realizada no Brasil a partir de 1962. Sua prática trouxe transformações políticas e sociais ao país: a pílula passa a ter grande aceitabilidade das mulheres e permanece como o método anticoncepcional mais utilizado por elas até a atualidade. Seu uso influenciou na queda da taxa de fecundidade e compõe, atrelada a uma série de outros fatores, um conjunto de transformações que modifica a formulação de políticas públicas referentes à saúde reprodutiva e à saúde sexual feminina. Objetivo: Compreender como a prescrição da pílula anticoncepcional por médicos ginecologistas era realizada no Brasil na época em que começa a ser utilizada no país. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como material empírico as narrativas de seis médicos ginecologistas que atuaram na década de 1960, no estado de São Paulo. Resultados e Discussão: A partir das entrevistas, foram identificados quatro eixos temáticos de análise, que contemplaram a descrição sobre o primeiro contato dos médicos com a pílula, seguido das diferentes formas de utilização da pílula anticoncepcional como uma nova tecnologia. Também foi identificada a relação entre a prescrição médica e a indústria farmacêutica, assim como o uso da pílula anticoncepcional e a construção do discurso médico sobre o corpo feminino. Esses achados foram analisados à luz dos estudos sobre medicalização do corpo feminino, e como a sua prescrição foi sendo incluída na clínica médica a partir da década de 1960. Considerações Finais: O uso da pílula anticoncepcional apresentou-se como uma nova tecnologia de controle da reprodução e dos corpos femininos. Compreender a história da prescrição da pílula é levar em consideração os múltiplos agentes, interesses e práticas que ainda se inscrevem sobre os corpos das mulheres / Introduction: The prescription of the contraceptive pill began in Brazil in 1962. This practice brought political and social changes to the country: the pill becomes highly accepting of women and remains the contraceptive method most used by them until nowadays. The pill use has influenced the fall in fertility rate and, based on a series of other factors, is a set of transformations that modifies the formulation of public policies regarding reproductive health and female sexual health. Goal: To understand how the prescription of the contraceptive pill happened in Brazil, carried by gynecologists at the time when it begins to be used in the country. Methodology: This is a qualitative research, having as empirical material the narratives of six gynecologists who worked in the 1960s, at São Paulo state. Results and Discussion: From the interviews, four thematic axes of analysis were identified, which included the description of the first contact of the doctors with the pill, followed by different ways of using the contraceptive pill as a new technology. Also, were identified the relationship between medical prescription and the pharmaceutical industry, as well as the use of the contraceptive pill and the construction of the medical discourse about the female body. These findings were analyzed in light of the studies on medicalization of the female body, and how the contraceptive pill prescription was included in the medical clinic from the 1960s. Final Considerations: The use of the contraceptive pill was presented as a new technology for the control of Reproduction and of female bodies. Understanding the history of pill prescription is to take into account the multiple agents, interests, and practices that are still inscribed on women\'s bodies
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Atendimento a demanda por esterilização cirurgica voluntaria na Região Metropolitana de Campinas / Services provided to request for voluntary surgical sterilization in the Metropolitan Region of Campinas

Carvalho, Luiz Eduardo Campos de 27 August 2007 (has links)
Orientadores: Maria Jose Duarte Osis, Jose Guilherme Cecatti / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-11-09T13:11:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_LuizEduardoCamposde_D.pdf: 1884973 bytes, checksum: 0dd23b132c19d4cdd493dad5c85f2eb0 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar as condições em que está sendo atendida a demanda pela esterilização cirúrgica voluntária na rede pública de saúde dos dezenove municípios da Região Metropolitana de Campinas, e avaliar a opinião de gestores, provedores e usuárias quanto à adequação do atendimento à Lei de Planejamento Familiar. Foi realizado um estudo descritivo com dois componentes: quantitativo e qualitativo. No componente quantitativo foi realizado um estudo de corte transversal, com 398 mulheres residentes na RMC, entrevistadas em seus domicílios, selecionadas em ruas previamente sorteadas através de uma amostragem sistemática e eqüiprobabilística; 15 gestores municipais da área de planejamento familiar e 15 coordenadores de unidades básicas de saúde. Utilizaram-se questionários estruturados e pré-testados. Para a parte qualitativa foram escolhidos propositadamente quatro municípios da RMC. Foram realizadas 28 entrevistas semi-estruturadas com coordenadores (as) de centros de referência (CR) e/ou ambulatórios de planejamento familiar (APF), e com profissionais diretamente envolvidos no processo de atendimento às solicitações de esterilização. Os dados quantitativos foram duplamente digitados, por pessoas distintas, utilizando-se o software Sphinx Léxica. Quanto às entrevistas semi-estruturadas, foram transcritas, e o texto correspondente a cada entrevista inserido no computador utilizando-se o software The Ethnograph V. 5.0. Não houve diferenças significativas quanto às características das mulheres e homens esterilizados antes e depois da regulamentação legal. A partir de 1998, a maior parte das laqueaduras continuou a ser realizada no momento de uma cesárea; o pagamento ¿por fora¿ diminuiu, porém a diferença não foi significativa. O tempo mínimo de espera para a laqueadura foi de seis meses, entretanto, este foi o tempo máximo de espera para a vasectomia. Oito municípios referiram realizar a laqueadura e nove a vasectomia. A informação de cerca da metade dos municípios foi de seguir os critérios estabelecidos pela lei de planejamento familiar. Em três dos quatro municípios avaliados pela parte qualitativa, o atendimento era centralizado em CR/APF, onde se avaliava se eram atendidos os critérios legais para autorizar a cirurgia, ministravam-se atividades educativas e se providenciava o agendamento da cirurgia nos serviços credenciados. A principal crítica à atual legislação referiu-se à proibição de realizar a laqueadura no momento do parto, considerada como forma de penalização às mulheres que só têm partos vaginais. Havia demanda reprimida, gerada pelo tempo de espera para realizar as cirurgias, mas também pela dificuldade de agendamento de consultas nos CR/APF. Essas dificuldades foram atribuídas à falta de estrutura física e de recursos humanos para realizar ações em planejamento familiar, tanto nas Unidades Básicas de Saúde quanto nos CR/APF. Os resultados apontaram que, na RMC, as mudanças produzidas com a regulamentação da legislação específica sobre esterilização não ocorreram da forma esperada. Apesar de avanços, ainda existem várias distorções que ainda precisam ser corrigidas para que se tenha um adequado atendimento à demanda por esterilização cirúrgica / Abstract: The objective of this study was to evaluate the conditions under the demand for voluntary surgical sterilization is being addressed in the health public sector of the 19 municipalities in the Metropolitan Region of Campinas (MRC), and to evaluate the opinion of administrators, providers and users concerning the adequacy to the Law of Family Planning. A descriptive study was performed with two components: quantitative and qualitative. For the quantitative component, a cross sectional study was carried out with 398 women living in the MRC and interviewed in their households, selected in previously randomly identified streets through an equiprobabilistic and systematic sampling; 15 municipal health administrators in the field of family planning and 15 coordinators of primary health units. Structured and pre tested questionnaires were used. For the qualitative component, four municipalities of the MRC were purposely chosen. Twenty eight semi-structured interviews with coordinators of Referral Centers (RC) and/or family planning outpatient clinics (FPOC) were performed, and with professionals directly involved in the process of answering sterilization requests. The quantitative data were double entered by different people using the software Sphinx Lexica. Regarding the semi-structured interviews, they were transcribed and the text correspondent to each interview was entered in a database using the software The Ethnograph V. 5.0. There were no significant differences concerning the characteristics of women and men sterilized before and after the legal regulamentation. From 1998 and upwards, the great majority of tubal ligations continued to be performed at the moment of a Cesarean section; the ¿extra¿ payment decreased, but the difference was not significant. The minimum waiting time for tubal ligation was six months, however this was the maximum waiting time for vasectomy. Eight municipalities reported to perform tubal ligation, while nine the vasectomy. Among them, around half referred to follow the criteria established by the Law of Family Planning. In three out four municipalities evaluated by the qualitative component, the care was centralized in RC/FPOC, where they evaluated whether the legal criteria were followed in order to allow the surgery, educational activities were ministered and the surgical procedure was scheduled in the services with credentials. The main criticism to the current legislation was concerned to the prohibition of performing tubal ligation at the moment of a delivery, what was considered as a kind of penalty to the women who have only vaginal births. There was a repressed demand generated by the waiting time to perform the surgery and also due to the difficulty in scheduling visits in the RC/FPOC. These difficulties were attributed to the lack of physical structure and human resources to accomplish with the family planning actions, not only in the primary health units but also in the RC/FPOC. The results indicated that in the MRC the changes produced with the regulamentation of the specific legislation for sterilization did not occur as expected. Although the improvements, there are still several distortions that need to be corrected in order to came to an adequate answer to the demand for surgical sterilization / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia
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A prescrição da pílula anticoncepcional na década de 1960: a perspectiva de médicos ginecologistas / The contraceptive pill prescription in the 1960s: the perspective of gynecologists

Francine Even de Sousa Cavalieri 21 February 2017 (has links)
Introdução: A prescrição da pílula anticoncepcional passa a ser realizada no Brasil a partir de 1962. Sua prática trouxe transformações políticas e sociais ao país: a pílula passa a ter grande aceitabilidade das mulheres e permanece como o método anticoncepcional mais utilizado por elas até a atualidade. Seu uso influenciou na queda da taxa de fecundidade e compõe, atrelada a uma série de outros fatores, um conjunto de transformações que modifica a formulação de políticas públicas referentes à saúde reprodutiva e à saúde sexual feminina. Objetivo: Compreender como a prescrição da pílula anticoncepcional por médicos ginecologistas era realizada no Brasil na época em que começa a ser utilizada no país. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como material empírico as narrativas de seis médicos ginecologistas que atuaram na década de 1960, no estado de São Paulo. Resultados e Discussão: A partir das entrevistas, foram identificados quatro eixos temáticos de análise, que contemplaram a descrição Introdução: A prescrição da pílula anticoncepcional passa a ser realizada no Brasil a partir de 1962. Sua prática trouxe transformações políticas e sociais ao país: a pílula passa a ter grande aceitabilidade das mulheres e permanece como o método anticoncepcional mais utilizado por elas até a atualidade. Seu uso influenciou na queda da taxa de fecundidade e compõe, atrelada a uma série de outros fatores, um conjunto de transformações que modifica a formulação de políticas públicas referentes à saúde reprodutiva e à saúde sexual feminina. Objetivo: Compreender como a prescrição da pílula anticoncepcional por médicos ginecologistas era realizada no Brasil na época em que começa a ser utilizada no país. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como material empírico as narrativas de seis médicos ginecologistas que atuaram na década de 1960, no estado de São Paulo. Resultados e Discussão: A partir das entrevistas, foram identificados quatro eixos temáticos de análise, que contemplaram a descrição sobre o primeiro contato dos médicos com a pílula, seguido das diferentes formas de utilização da pílula anticoncepcional como uma nova tecnologia. Também foi identificada a relação entre a prescrição médica e a indústria farmacêutica, assim como o uso da pílula anticoncepcional e a construção do discurso médico sobre o corpo feminino. Esses achados foram analisados à luz dos estudos sobre medicalização do corpo feminino, e como a sua prescrição foi sendo incluída na clínica médica a partir da década de 1960. Considerações Finais: O uso da pílula anticoncepcional apresentou-se como uma nova tecnologia de controle da reprodução e dos corpos femininos. Compreender a história da prescrição da pílula é levar em consideração os múltiplos agentes, interesses e práticas que ainda se inscrevem sobre os corpos das mulheres / Introduction: The prescription of the contraceptive pill began in Brazil in 1962. This practice brought political and social changes to the country: the pill becomes highly accepting of women and remains the contraceptive method most used by them until nowadays. The pill use has influenced the fall in fertility rate and, based on a series of other factors, is a set of transformations that modifies the formulation of public policies regarding reproductive health and female sexual health. Goal: To understand how the prescription of the contraceptive pill happened in Brazil, carried by gynecologists at the time when it begins to be used in the country. Methodology: This is a qualitative research, having as empirical material the narratives of six gynecologists who worked in the 1960s, at São Paulo state. Results and Discussion: From the interviews, four thematic axes of analysis were identified, which included the description of the first contact of the doctors with the pill, followed by different ways of using the contraceptive pill as a new technology. Also, were identified the relationship between medical prescription and the pharmaceutical industry, as well as the use of the contraceptive pill and the construction of the medical discourse about the female body. These findings were analyzed in light of the studies on medicalization of the female body, and how the contraceptive pill prescription was included in the medical clinic from the 1960s. Final Considerations: The use of the contraceptive pill was presented as a new technology for the control of Reproduction and of female bodies. Understanding the history of pill prescription is to take into account the multiple agents, interests, and practices that are still inscribed on women\'s bodies
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Padrões e determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso de pílula oral, hormonal injetável e preservativo masculino / Patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injections and condoms

Osmara Alves dos Santos 21 March 2018 (has links)
Introdução: O uso de métodos anticonceptivos modernos pela maior parte das mulheres brasileiras não diminuiu, conforme esperado, assim como a ocorrência de gestações não desejadas, abortamentos e, consequentemente, mortes maternas, o que revela uso com perfil irregular e descontínuo. No Brasil, há pouca informação sobre os padrões e os determinantes da ocorrência dessas descontinuidades contraceptivas. Devido às inconsistências no uso de métodos serem relativamente comuns, é necessário mensurar o quanto as mulheres interrompem seu uso a despeito de não desejarem engravidar e/ou os alternam inúmeras vezes, nem sempre com opção por um método mais eficaz. Objetivo: Analisar os padrões e os determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso da pílula oral, do hormonal injetável e do preservativo masculino. Método: Estudo longitudinal retrospectivo, conduzido com amostra probabilística de 1.551 mulheres de 18 a 49 anos de idade, usuárias de 57 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo/SP (2015) e Aracaju/SE (2016). Os dados foram coletados por entrevista face a face usando o calendário contraceptivo. No Stata 14.2, as análises das taxas de descontinuidade contraceptiva no período de doze meses foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e dos fatores associados por meio dos Modelos de Riscos Proporcionais de Cox, ambos para descontinuidade total, abandono, troca para método menos eficaz e troca para método mais eficaz. Resultados: A taxa de descontinuidade total no uso de métodos foi 41,9% aos doze meses, sendo maior entre usuárias do preservativo masculino (48,1%), seguida de hormonal injetável (39,0%) e pílula oral (38,6%). Entre as usuárias de pílula oral, a taxa de abandono foi a maior; entre as usuárias do hormonal injetável, foi a troca para um método menos eficaz; e, entre as usuárias do preservativo masculino, foi a troca para um método mais eficaz. Os aspectos associados às descontinuidades variam segundo o tipo de método. A descontinuidade no uso da pílula oral foi associada à idade (18-24 anos), vivência de abortamento, incerteza quanto à intenção reprodutiva e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do hormonal injetável foi associada ao maior número de parceiros sexuais, à vivência de abortamento e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do preservativo masculino foi associada à idade (25-34 e 35-49 anos), à união conjugal, ao menor poder aquisitivo (classe econômica D/E) e ao maior número de filhos vivos. Conclusões: Foram observadas altas taxas de descontinuidades no uso de métodos contraceptivos, que variaram conforme o tipo de método. Chama a atenção o papel dos efeitos colaterais na determinação da ocorrência de descontinuidade no uso dos métodos hormonais. Por sua vez, a troca por método mais eficaz foi pouco frequente, com exceção das usuárias de preservativo masculino. Sugere-se ampliar o acesso aos métodos contraceptivos mais eficazes e de longa duração e melhorar a assistência em contracepção nos serviços do Sistema Único de Saúde, de forma a contemplar as necessidades de saúde das mulheres e seus direitos sexuais e reprodutivos. / Introduction: Use of modern contraceptive methods by the majority of Brazilian women did not reduce the occurrence of unintended pregnancies, abortions or maternal deaths as expected, which means that it might be an irregular and discontinuous use. In Brazil, there is a little information on the patterns and determinants of the occurrence of these contraceptive discontinuations. Because inconsistencies in the use of methods are relatively common, it is necessary to measure how much women discontinue their use despite they are willing to get pregnant and/or switching them countless times, not always with the option of a more efficient method. Objective: Our purpose is to investigate patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injection and condom. Method: We conducted a retrospective longitudinal study with probabilistic sample of 1,551 women among 18-49 year old who are primary users of 57 health care facilities, both in Sao Paulo (2015) city and Aracaju city (2016). Data were collected by face-to-face interview in line with contraceptive calendar. In Stata 14.2 analyzes of 12-month contraceptive discontinuation rates were performed using the Kaplan-Meier Survival Estimates method and associated factors using the Cox Proportional Hazards Models, both for total discontinuation, abandonment, and switching to a less efficient method and switching to more efficient method. Results: The discontinuation rate in the use of methods was 41.9% at 12 months, being higher among male condom users (48.1%), followed by hormonal injection (39.0%) and oral pill (38.6%). Among oral pill users, the abandon rate was the highest; among users of hormonal injections, was the switching to a less efficient method; and among male condom users, it was the switching to a more efficient method. The aspects associated to the discontinuations varied according to the type of method. Discontinuation of oral pill users was associated with age (18-24 years old), experience of abortion, uncertainty about reproductive intention and side effects/health concern. Discontinuation in the use of hormonal injections was associated with a greater number of sexual partners, the experience of abortion, and the side effects/health concern. Discontinuation of condom users was associated with age (25-34 and 35-49 years old), marital union, lower income and the highest number of live children. Conclusion: High discontinuation rates were observed in the use of contraceptive methods, which varied according to the type of method. The role of side effects/health concern in determining the occurrence of discontinuation in the use of hormonal methods is noteworthy. On the other hand, switching to more efficient method was infrequent, except for the male condoms users. It is suggested to amplify access to the more effective methods as well as long active also improving care in contraception in the all health care facilities services, in order to take into account both women health needs and their sexual and reproductive rights.

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