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Memórias dos cárceres da ditadura: os testemunhos e as lutas dos presos políticos no Brasil / Memories of prison in the military dictatorship: testimonies and struggles of political prisoners in Brazil

Teles, Janaina de Almeida 26 August 2011 (has links)
O processo de reconstituição factual e de reflexão crítica acerca da ditadura civilmilitar de 1964 e de seu legado permanece incompleto e permeado por zonas de silêncio e interdições. Decorridos pouco mais de trinta anos da Lei de Anistia, muitos acontecimentos permanecem desconhecidos ao tempo em que se observa a existência de importantes lacunas nas articulações entre o passado e o presente e, mais especificamente, entre o legado da ditadura e a memória daqueles que a ela se opuseram ativamente. Visando contribuir para o entendimento desse passado, e de seu legado, esta pesquisa procurou caracterizar o protagonismo dos presos políticos na defesa de transformações sociais e na luta contra a ditadura e, ao mesmo tempo, oferecer um panorama reflexivo sobre a construção de suas memórias a respeito dessas lutas e da experiência-limite da tortura e da prisão. Para alcançar esses objetivos, a pesquisa pautou-se por um amplo registro das memórias desses protagonistas por meio da metodologia da História Oral de Vida um conjunto de 90 entrevistas com ex-presos políticos. O que permitiu a coleta de informações até aqui inéditas no que diz respeito à organização dos presos e à atuação dos órgãos repressivos. A execução e desenvolvimento dessa metodologia deram origem a reflexões teóricas que visaram interpretar o material coletado, contextualizando-o crítica e historicamente. Partiu-se, ainda, da premissa de que tais testemunhos, juntamente com os de advogados, familiares e militantes permitiriam aprofundar as pesquisas desenvolvidas sobre as lutas revolucionárias e de resistência; a clandestinidade; as formas institucionais da repressão política e as disputas políticas estabelecidas dentro e fora dos cárceres. Os depoimentos dos ex-presos permitiram, ainda, a análise de suas estratégias de sobrevivência e memória. Tais estratégias foram aqui discutidas à luz dos esforços empreendidos para a compreensão da maneira como eles próprios reorganizaram identidades, constituíram grupos de ação política e definiram maneiras de se relacionar com o legado das experiências-limite. Reconstruir as tramas dessa história, com o suporte do material coletado, apresenta novas possibilidades de interpretação desse período recente da história brasileira cuja atualidade permanece. / The process of reconstituting the facts and of producing a critical analysis of the civilian-military dictatorship of 1964 and its legacy is incomplete and permeated by interdits and silence. After a little more than thirty years of the Amnesty Law, many events remain unknown, while important lacunae abide between the past and the present and, more specifically, between the legacy of the dictatorship and the memory of those who actively opposed it. Aiming to contribute to the understanding of this past and of its legacy, this study sought to describe the protagonism of political prisoners in the defense of social transformation and in the struggle against the dictatorship. At the same time, it aimed to offer a reflective view on the ways former prisoners have constructed their memories of these struggles and of the limit-experience of torture and prison. To achieve these objectives, the study made use of an extensive record of the memories of these protagonists. Using the methodology of Oral Life History, a set of 90 interviews with ex-political prisoners was conducted, allowing the collection of as yet unpublished information relating to the prisoners organization and the actions of the repressive agencies. The execution and development of this methodology gave rise to theoretical reflections which sought to interpret the material collected by contextualizing it critically and historically. The underlying premise was that these testimonies, together with those of lawyers, family members, and militants of the opposition, would allow us to deepen research on revolutionary struggles and resistance, on life in clandestinity, on the institutional forms of political repression, and on the political debates carried on inside and outside the prisons. The testimonies of the former prisoners also made possible an analysis of their strategies for survival and memory. These strategies were discussed here in an effort to understand the way that the ex-prisoners themselves reorganized identities, constructed political action groups, and defined ways of relating to the legacy of limit-experiences. The reconstruction of the frames of this history, based upon the material collected introduces new oportunities for interpretation of this recent period in Brazilian history, which has echoes in the present day.
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La gauche révolutionnaire et la question carcérale : une approche des années 70 italiennes / The revolutionary Left and the prison issue : an approach for Italian's 70

Santalena, Elisa 08 December 2014 (has links)
Notre thèse porte sur la question carcérale et la gauche révolutionnaire en Italie dans les années 1970 et 1980.La question carcérale devient centrale, en Italie, à partir des années 1970 : ce sont des années de révolte et de revendications de masse, mais aussi la période des mouvements de lutte armée. À ce moment-là, l'État se retrouve confronté à un double problème : d'une part, celui de la réforme du système pénitentiaire, avec des prisons vétustes et des règlements archaïques hérités de la période fasciste, et d'autre part la montée en puissance des mouvements extra-parlementaires et de la lutte armée, qui ne cessent d'augmenter la population carcérale.Cette étude vise à analyser le rôle joué par le système carcéral pendant cette période de crise pour la jeune République italienne, et ceci selon plusieurs points de vue. Nous analysons, d'une part, le mouvement revendicatif des détenus de droit commun, qui se politisent au contact des jeunes extra-parlementaires arrêtés après leurs manifestations. D'autre part, nous étudions la montée en flèche de la violence révolutionnaire qui s'oppose à un État qui, de son côté, accroît l'intensité de la répression et met en place des mesures d'urgence pour contrer la dissidence. Cette confrontation donne naissance à une période particulièrement violente, où la prison fini par assumer une fonction de gestion du conflit politique.À travers la description d'un corpus très varié (articles de journaux, tracts, documents théoriques, documents militants de revendication, archives ministérielles, archives de l'administration pénitentiaire) mais aussi des textes historiographiques et des témoignages directs, cette étude pose la question plus générale du rôle central de l'univers carcéral, comme une véritable clé de lecture sociopolitique des années 70 et 80 italiennes. / Our thesis focuses on the prison issue and the revolutionary Left in Italy during the 1970s and 1980s.The prison question becomes central in Italy from the 1970s: these are the years of revolt and mass claims, but also the period of the armed struggle. At that time, the State faces a double problem: first, the necessary reform of the prison system, with prisons in dilapidated state and archaic regulations inherited from the fascist period ; and secondly the rise of extra-parliamentary movements and armed struggle, which are both increasing the prison population.This study aims at analyzing the part played by the prison system during this crisis period in the young Italian Republic, according to several points of view. We analyze, on the one hand, the protest movement of the common criminals who politicize themselves in contact with the young extra-parliamentary people arrested after their demonstrations. On the other hand, we study the soaring revolutionary violence that opposes the State which, in turn, increases the intensity of repression and sets up emergency measures to counter dissidence. This confrontation gives rise to a particularly violent period in which the prison finally takes up a role of political conflict management.Through the description of a varied corpus (newspaper articles, pamphlets, theoretical documents, activists claim, ministerial archives, archives of the prison administration) as well as historical texts and eyewitness accounts, this study raises the more general question of the prison system as a central key to sociopolitical reading of the Italian Seventies and Eighties.
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Da bossa à barricada? Engajamento político e mercado na carreira de Geraldo Vandré (1961-1968) / Da Bossa à barricada? Political engagement and market Geraldo Vandré Career (1961-1968)

Mesquita, Regina Marcia Bordallo de 27 November 2015 (has links)
Este trabalho teve por objetivo analisar, a partir do estudo da trajetória musical de Geraldo Vandré, no período compreendido entre o surgimento da chamada Bossa Nacionalista na canção popular brasileira e o ano de 1968 - quando da implementação do AI 5 - a mudança de postura de certos setores do campo musical que, acompanhando as transformações ocorridas na conjuntura política do país, paulatinamente vão deixando de lado o caráter inicialmente denunciativo da bossa engajada para ingressar na luta de resistência ao regime militar. Durante este processo, foi possível observar as imbricadas relações entre a construção de um projeto estético ideológico de esquerda e a necessária ligação com o mercado fonográfico e de entretenimento, assim como o entrecruzamento com setores envolvidos com a luta armada contra o governo. / This paper had the aim of analyzing throughout the study of Geraldo Vandrés career compromised in a period between the appearance of Bossa Nacionalista in Brazilian popular song and 1968-during the AI 5 implementation- the different behavior in certain sections of the musical field that following the changes in the countrys political context leaves behind the initial bossas criticizing tone to engage in resistance with the military regime. In this process, it was possible to observe the interlinking relations between the construction of an ideological esthetic Right-wing project and the necessary connection with the entertainment and phonographic market, likewise the intersection with evolved sections with the armed struggle against the military government.
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Da bossa à barricada? Engajamento político e mercado na carreira de Geraldo Vandré (1961-1968) / Da Bossa à barricada? Political engagement and market Geraldo Vandré Career (1961-1968)

Regina Marcia Bordallo de Mesquita 27 November 2015 (has links)
Este trabalho teve por objetivo analisar, a partir do estudo da trajetória musical de Geraldo Vandré, no período compreendido entre o surgimento da chamada Bossa Nacionalista na canção popular brasileira e o ano de 1968 - quando da implementação do AI 5 - a mudança de postura de certos setores do campo musical que, acompanhando as transformações ocorridas na conjuntura política do país, paulatinamente vão deixando de lado o caráter inicialmente denunciativo da bossa engajada para ingressar na luta de resistência ao regime militar. Durante este processo, foi possível observar as imbricadas relações entre a construção de um projeto estético ideológico de esquerda e a necessária ligação com o mercado fonográfico e de entretenimento, assim como o entrecruzamento com setores envolvidos com a luta armada contra o governo. / This paper had the aim of analyzing throughout the study of Geraldo Vandrés career compromised in a period between the appearance of Bossa Nacionalista in Brazilian popular song and 1968-during the AI 5 implementation- the different behavior in certain sections of the musical field that following the changes in the countrys political context leaves behind the initial bossas criticizing tone to engage in resistance with the military regime. In this process, it was possible to observe the interlinking relations between the construction of an ideological esthetic Right-wing project and the necessary connection with the entertainment and phonographic market, likewise the intersection with evolved sections with the armed struggle against the military government.
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Suicídio revolucionário: a luta armada e a herança da quimérica revolução em etapas

Rezende, Claudinei Cássio de [UNESP] 11 March 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:23:37Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-03-11Bitstream added on 2014-06-13T20:48:04Z : No. of bitstreams: 1 rezende_cc_me_mar.pdf: 787310 bytes, checksum: a8059a62e91fa3b1a77e399c9ae429e6 (MD5) / Com o objetivo de dilucidar o processo de exaurição da esquerda comunista no Brasil, esta dissertação analisa o construto acerca da teoria da revolução social na esquerda derrotada pela ditadura bonapartista, colocando em relevo a última fase do pensamento de Carlos Marighella. Perdendo pela primeira vez e definitivamente a hegemonia na esquerda comunista após a instauração, em 1964, da ditadura militar, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) congregou a última esquerda comunista organizada – objetivando a revolução social – que ainda mantinha substantiva inserção sindical, apoio das classes subalternas e posição de centro gravitacional dos movimentos sociais. Ao entrar em processo de depleção após a exacerbação da repressão, o PCB se diluiu numa constelação de agremiações que intempestivamente se desvincularam do interlocutor racional do trabalho, provocando nos movimentos sociais uma ablação do partido. Coordenando a imersão geral da esquerda comunista na luta armada, Carlos Marighella estruturou a Ação Libertadora Nacional (ALN), a mais substantiva facção oriunda da fratura pecebista. Por influência da então recente Revolução Cubana e por imposição violenta da ditadura, a ruptura tática efetuada por Marighella teve como princípio seu descrédito diante das organizações partidárias, motivando a sua convicção de que a guerra de guerrilhas nutriria a vanguarda da revolução brasileira. A análise imanente da integralidade dos escritos de Carlos Marighella desvela que sua inflexão que rumou em oposição à matriz tática pecebista – tática que o partido seguia pelo menos desde sua Declaração de Março de 1958, ancorada na orientação soviética da revolução pacífica e do binômio proletariado–burguesia – não experimentara um rompimento de aporte estratégico, retendo intacto o núcleo teórico pecebista mais infesto: a quimérica... / With the objective of explaining the drainage of the communist left in Brazil, this thesis analyzes the construct around the social revolution theory of defeated left by the military dictatorship, raising the last phase of Carlos Marighella’s thoughts in prominence. Loosing the supremacy of the communist left for the first and final time after the instauration of Bonapartist military dictatorship in 1964, the Partido Comunista Brasileiro (PCB) rallied the last communist left members around the revolution, wich had substantially maintained for unionist insertions in support of the working classes, and the gravitational center of the social movements. At the start of process of prostration after the amplification of persecution, the PCB became diluted into a constellation of groupings, which rapidly became detached from the rational interlocutor work causing the emptying of the party in the social movements. Carlos Marighella at the head of the general immersion of the communist left in the armed struggle, formed the Ação Libertadora Nacional (ALN), the most significant branch originating from the PCB breakup. Due to the influence of the recent Cuban Revolution and due to the violent imposition of the military dictatorship the tactical rupture caused by Marighella counted as discredit within the party organizations, giving rise to the conviction that the war of guerrilla were nurturing the Brazilian revolution’s vanguard. The ontological critical on the writings by Carlos Marighella reveals its breakup with the PCB’s tactical matrix – tactical which the party had been following since its Declaration in March of 1958, the Soviet orientation of a pacific revolution and the binomial bourgeoisie–proletariat – does not contain a disruption of strategic contribuition, but maintain the PCB’s theoretical more negative: the chimerical two stage theory
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Os Yao e o contexto da luta armada de independência nacional em Moçambique (1964-1974) / The Yao and the context of the armed struggle for national independence of Mozambique (1964-1974)

Milton Marcial Meque Correia 09 February 2017 (has links)
Nesta tese apresentamos a contribuição da população Yao no contexto da luta armada de independência de Moçambique que teve lugar de 25 de setembro de 1964 a 7 de setembro de 1974. Nesta luta os Yao integraram-se ao movimento armado dirigido pela FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE (FRELIMO), organização nacionalista moçambicana, contra o governo colonial português, tendo se destacado no desenvolvimento dos setores oriental e sul do Niassa e no que este governo designou de Estrada de Mataca. A participação Yao, documentada em fontes coloniais portuguesas, esteve diretamente ligada na importância geoestratégica que este corredor desempenhava ao interligar a Tanzânia, onde estava sediada a FRELIMO, as frentes militares do Niassa e o território do Malawi, pelo interior do Niassa, e os situou no interior do processo efetivo - político e militar - da disseminação do discurso nacionalista moçambicano. A análise da historiografia dos séculos XVIII, XIX e XX sobre os Yao permitiu observar a dinâmica do seu imaginário político que a despeito de suas experiências de poderio económico e militar e de dominação administrativa portuguesa demonstraram sua integração (não isenta de tensões e contradições) na luta armada de independência nacional do país. A pesquisa se baseou na documentação consultada no Arquivo Histórico de Moçambique, em Maputo, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) e no Arquivo Histórico Militar, ambos em Lisboa. / In this thesis, we present the contribution of the Yao population in the context of the armed struggle for independence of Mozambique that took place from September 25, 1964 to September 7, 1974. In this struggle, the Yao joined the armed movement led by the FRONT OF LIBERATION OF MOZAMBIQUE (FRELIMO), a Mozambican nationalist organization, against the Portuguese colonial government, having distinguished itself in the development of the eastern and southern sectors of Niassa and what this government has designated as the \"Mataca Road\". The Yao participation, documented in Portuguese colonial sources, was directly linked to the geostrategic importance that this corridor played in interconnecting Tanzania (where FRELIMO was based), the Niassa military fronts and the Malawian territory, through the interior of Niassa, which placed them within the effective process - political and military - of the dissemination of the Mozambican nationalist discourse. The analysis of the historiography of the eighteenth, nineteenth and twentieth centuries on the Yao made it possible to observe the dynamics of his political imagination which, despite his experiences of economic and military power and Portuguese administrative domination, demonstrated his integration (not free of tensions and contradictions) in Armed struggle of the country\'s national independence. The research was based on the documentation consulted in the Mozambican Historical Archive in Maputo, in the National Archive of the Torre do Tombo (ANTT) and in the Historical Military Archive, both in Lisbon.
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Memórias dos cárceres da ditadura: os testemunhos e as lutas dos presos políticos no Brasil / Memories of prison in the military dictatorship: testimonies and struggles of political prisoners in Brazil

Janaina de Almeida Teles 26 August 2011 (has links)
O processo de reconstituição factual e de reflexão crítica acerca da ditadura civilmilitar de 1964 e de seu legado permanece incompleto e permeado por zonas de silêncio e interdições. Decorridos pouco mais de trinta anos da Lei de Anistia, muitos acontecimentos permanecem desconhecidos ao tempo em que se observa a existência de importantes lacunas nas articulações entre o passado e o presente e, mais especificamente, entre o legado da ditadura e a memória daqueles que a ela se opuseram ativamente. Visando contribuir para o entendimento desse passado, e de seu legado, esta pesquisa procurou caracterizar o protagonismo dos presos políticos na defesa de transformações sociais e na luta contra a ditadura e, ao mesmo tempo, oferecer um panorama reflexivo sobre a construção de suas memórias a respeito dessas lutas e da experiência-limite da tortura e da prisão. Para alcançar esses objetivos, a pesquisa pautou-se por um amplo registro das memórias desses protagonistas por meio da metodologia da História Oral de Vida um conjunto de 90 entrevistas com ex-presos políticos. O que permitiu a coleta de informações até aqui inéditas no que diz respeito à organização dos presos e à atuação dos órgãos repressivos. A execução e desenvolvimento dessa metodologia deram origem a reflexões teóricas que visaram interpretar o material coletado, contextualizando-o crítica e historicamente. Partiu-se, ainda, da premissa de que tais testemunhos, juntamente com os de advogados, familiares e militantes permitiriam aprofundar as pesquisas desenvolvidas sobre as lutas revolucionárias e de resistência; a clandestinidade; as formas institucionais da repressão política e as disputas políticas estabelecidas dentro e fora dos cárceres. Os depoimentos dos ex-presos permitiram, ainda, a análise de suas estratégias de sobrevivência e memória. Tais estratégias foram aqui discutidas à luz dos esforços empreendidos para a compreensão da maneira como eles próprios reorganizaram identidades, constituíram grupos de ação política e definiram maneiras de se relacionar com o legado das experiências-limite. Reconstruir as tramas dessa história, com o suporte do material coletado, apresenta novas possibilidades de interpretação desse período recente da história brasileira cuja atualidade permanece. / The process of reconstituting the facts and of producing a critical analysis of the civilian-military dictatorship of 1964 and its legacy is incomplete and permeated by interdits and silence. After a little more than thirty years of the Amnesty Law, many events remain unknown, while important lacunae abide between the past and the present and, more specifically, between the legacy of the dictatorship and the memory of those who actively opposed it. Aiming to contribute to the understanding of this past and of its legacy, this study sought to describe the protagonism of political prisoners in the defense of social transformation and in the struggle against the dictatorship. At the same time, it aimed to offer a reflective view on the ways former prisoners have constructed their memories of these struggles and of the limit-experience of torture and prison. To achieve these objectives, the study made use of an extensive record of the memories of these protagonists. Using the methodology of Oral Life History, a set of 90 interviews with ex-political prisoners was conducted, allowing the collection of as yet unpublished information relating to the prisoners organization and the actions of the repressive agencies. The execution and development of this methodology gave rise to theoretical reflections which sought to interpret the material collected by contextualizing it critically and historically. The underlying premise was that these testimonies, together with those of lawyers, family members, and militants of the opposition, would allow us to deepen research on revolutionary struggles and resistance, on life in clandestinity, on the institutional forms of political repression, and on the political debates carried on inside and outside the prisons. The testimonies of the former prisoners also made possible an analysis of their strategies for survival and memory. These strategies were discussed here in an effort to understand the way that the ex-prisoners themselves reorganized identities, constructed political action groups, and defined ways of relating to the legacy of limit-experiences. The reconstruction of the frames of this history, based upon the material collected introduces new oportunities for interpretation of this recent period in Brazilian history, which has echoes in the present day.
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Marinheiros contra a ditadura brasileira: AMFNB, prisão, guerrilha - nacionalismo e revolução? / Mariners against Brazilian dictatorship: AMFNB, prison, guerrilla - nationalism and revolution?

Rodrigues, Flávio Luís 29 March 2017 (has links)
Nas páginas desta Tese, procuramos entender o surgimento e a trajetória de um grupo de ex-marinheiros, que participou da diretoria da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, AMFNB, entre maio de 1963 e o Golpe de 1964. Suas origens remontam à crise de 1961, quando os ministros militares brasileiros tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros. Esse grupo, que denominamos Coletivo, inseriu-se no movimento mais amplo dos militares subalternos das Forças Armadas, que teve seu auge na chamada Revolta dos Sargentos de setembro de 1963. A partir do Golpe de 1964, o Coletivo entrou nas organizações guerrilheiras, passando por uma transição de nacionalistas a revolucionários. Os membros desse Coletivo, algumas vezes, estiveram dispersos, mas voltavam sempre a se reunir como se estivessem ligados a um compromisso surgido nos tempos da AMFNB. O grupo foi preso e encaminhado para a Penitenciária Professor Lemos Brito. Nesse lugar, ocupando pontos estratégicos na Administração Penitenciária, pode executar atividades que melhoraram a vida dos presos comuns, bem como de preparar sua fuga da prisão. Para a execução do plano de fuga, denominado Operação Liberdade, criou-se uma organização guerrilheira clandestina, com o sugestivo nome MAR Movimento de Ação Revolucionária (a sigla se confundia com o substantivo mar), envolvendo várias pessoas de fora da Penitenciária. Sua fuga da prisão não significou afastamento da política. Ingressaram novamente na guerrilha no combate à ditadura civil-militar. Alguns de seus membros foram presos novamente, outros saíram do país e seu líder, Marcos Antônio da Silva Lima, foi morto numa emboscada da polícia, quando militava no PCBR. O caminho percorrido pelo Coletivo, após o Golpe, permite compreender as estratégias e a ideia que tinham as organizações guerrilheiras de revolução. Realizando as entrevistas com membros desse Coletivo, conseguimos acesso a suas avaliações sobre as organizações guerrilheiras pelas quais passaram e sobre aquela jornada histórica. / This thesis tries to understand the emergence and trajectory of a ex-sailors group who attended the board of the Association of Sailors and Marines of Brazil (Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, AMFNB) from May 1963 to the coup of 1964. Its origins date back to the 1961 crisis, when Brazilian military ministers tried to prevent the vice-president João Goulart possession, after the resign of president Janio Quadros. This group, which we call Collective, was part of the broader movement of the subaltern Armed Forces personnel, which had its heyday in the named Revolt of the Sergeants September 1963. From the 1964 coup, the Collective entered guerrilla organizations, through a transition from the nationalist to revolutionaries. The members of this Collective sometimes been dispersed, but they always returned to meet as if they were connected to a compromise emerged in AMFNB times. The group was arrested and taken to the Penitentiary Teacher Lemos Brito. There, occupying strategic points in Prison Administration, it could perform activities that improved the lives of ordinary prisoners, and to prepare his escape from prison. They created for the implementation of the escape plan, called Freedom Operation, a clandestine guerilla organization, with the suggestive name MAR - Revolutionary Action Movement (the acronym was confused with the noun SEA), involving several people outside the penitentiary. Their prison break did not mean retirement from politics. Once again joined the guerrillas in fighting Brazilian civil-military dictatorship. Some of its members were arrested again, others left the country and its leader, Marcos Antonio da Silva Lima, was killed in a police ambush, when militated in PCBR. The path taken by the Collective after the coup allows us to understand the strategies and the concept of revolution which guerrilla organizations had. We got access to their reviews of the guerrilla organizations through which passed and on that historic journey conducting interviews with members of the Collective.
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Marinheiros contra a ditadura brasileira: AMFNB, prisão, guerrilha - nacionalismo e revolução? / Mariners against Brazilian dictatorship: AMFNB, prison, guerrilla - nationalism and revolution?

Flávio Luís Rodrigues 29 March 2017 (has links)
Nas páginas desta Tese, procuramos entender o surgimento e a trajetória de um grupo de ex-marinheiros, que participou da diretoria da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, AMFNB, entre maio de 1963 e o Golpe de 1964. Suas origens remontam à crise de 1961, quando os ministros militares brasileiros tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros. Esse grupo, que denominamos Coletivo, inseriu-se no movimento mais amplo dos militares subalternos das Forças Armadas, que teve seu auge na chamada Revolta dos Sargentos de setembro de 1963. A partir do Golpe de 1964, o Coletivo entrou nas organizações guerrilheiras, passando por uma transição de nacionalistas a revolucionários. Os membros desse Coletivo, algumas vezes, estiveram dispersos, mas voltavam sempre a se reunir como se estivessem ligados a um compromisso surgido nos tempos da AMFNB. O grupo foi preso e encaminhado para a Penitenciária Professor Lemos Brito. Nesse lugar, ocupando pontos estratégicos na Administração Penitenciária, pode executar atividades que melhoraram a vida dos presos comuns, bem como de preparar sua fuga da prisão. Para a execução do plano de fuga, denominado Operação Liberdade, criou-se uma organização guerrilheira clandestina, com o sugestivo nome MAR Movimento de Ação Revolucionária (a sigla se confundia com o substantivo mar), envolvendo várias pessoas de fora da Penitenciária. Sua fuga da prisão não significou afastamento da política. Ingressaram novamente na guerrilha no combate à ditadura civil-militar. Alguns de seus membros foram presos novamente, outros saíram do país e seu líder, Marcos Antônio da Silva Lima, foi morto numa emboscada da polícia, quando militava no PCBR. O caminho percorrido pelo Coletivo, após o Golpe, permite compreender as estratégias e a ideia que tinham as organizações guerrilheiras de revolução. Realizando as entrevistas com membros desse Coletivo, conseguimos acesso a suas avaliações sobre as organizações guerrilheiras pelas quais passaram e sobre aquela jornada histórica. / This thesis tries to understand the emergence and trajectory of a ex-sailors group who attended the board of the Association of Sailors and Marines of Brazil (Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, AMFNB) from May 1963 to the coup of 1964. Its origins date back to the 1961 crisis, when Brazilian military ministers tried to prevent the vice-president João Goulart possession, after the resign of president Janio Quadros. This group, which we call Collective, was part of the broader movement of the subaltern Armed Forces personnel, which had its heyday in the named Revolt of the Sergeants September 1963. From the 1964 coup, the Collective entered guerrilla organizations, through a transition from the nationalist to revolutionaries. The members of this Collective sometimes been dispersed, but they always returned to meet as if they were connected to a compromise emerged in AMFNB times. The group was arrested and taken to the Penitentiary Teacher Lemos Brito. There, occupying strategic points in Prison Administration, it could perform activities that improved the lives of ordinary prisoners, and to prepare his escape from prison. They created for the implementation of the escape plan, called Freedom Operation, a clandestine guerilla organization, with the suggestive name MAR - Revolutionary Action Movement (the acronym was confused with the noun SEA), involving several people outside the penitentiary. Their prison break did not mean retirement from politics. Once again joined the guerrillas in fighting Brazilian civil-military dictatorship. Some of its members were arrested again, others left the country and its leader, Marcos Antonio da Silva Lima, was killed in a police ambush, when militated in PCBR. The path taken by the Collective after the coup allows us to understand the strategies and the concept of revolution which guerrilla organizations had. We got access to their reviews of the guerrilla organizations through which passed and on that historic journey conducting interviews with members of the Collective.
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Ditadura militar, esquerda armada e memória social no Brasil

Angelo, Vitor Amorim de 18 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:24:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3959.pdf: 1655292 bytes, checksum: 707a457777782cfe766baf2661c3c77b (MD5) Previous issue date: 2011-05-18 / Universidade Federal de Sao Carlos / The thesis discusses the relationship between the Brazilian s military dictatorship and the armed left in the years 1960-70 and its effects on the social memory about that period. The preparation of the 1964 coup and the structuring of the military regime are often attributed to the National Security Doctrine (DSN), which would have be the rational basis of the action and the thought of the Brazilian military. From this point of view, build an efficient information-repressive apparatus would result by the DSN s guidelines. However, as the thesis demonstrates, the armed left never represented a real threat to the dictatorship. Using precisely the guerrillas as a justification for the intensification of the regime, part of the Armed Forces tried to impose on other military trends. Later, when the social memory about the military period began to be built, the armed left appeared as responsible for the end of the dictatorship, when we know that the regime was the one who gained strength in the combating of guerrillas. The establishment, consolidation and reproduction of this and other myths about the old left armed occurred during the amnesty mobilization, in the late of the 1970 s, and the Diretas Já!, in the next decade, when the former guerrillas have been in contact with several sectors society that opposed the dictatorship and fought for the return of democracy. / A tese discute a relação entre a ditadura militar e a esquerda armada brasileira nos anos 1960- 70 e seus reflexos na memória social a respeito daquele período. A preparação do golpe de 1964 e a estruturação do regime militar freqüentemente são atribuídas à Doutrina de Segurança Nacional (DSN), que teria fundamentado racionalmente a ação e o pensamento dos militares brasileiros. Desse ponto de vista, a montagem de um eficiente aparato informativorepressivo seria resultante das diretrizes da DSN. Porém, como o trabalho demonstra, a esquerda armada jamais representou uma ameaça concreta à ditadura. Usando precisamente a guerrilha como justificativa para o recrudescimento do regime, parte das Forças Armadas buscou se impor sobre as demais tendências militares. Mais tarde, quando a memória social acerca do período militar começou a ser construída, a esquerda armada apareceu como uma das responsáveis pelo fim da ditadura, quando se sabe que o regime foi quem se fortaleceu no combate à guerrilha. A criação, consolidação e reprodução desse e de outros mitos a respeito da antiga esquerda armada ocorreu durante a mobilização pela anistia, no final dos anos 1970, e nas Diretas Já!, na década seguinte, quando ex-guerrilheiros estiveram em contato com amplos setores da sociedade que se opunham à ditadura e lutavam pela volta da democracia.

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