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Análises comportamental e morfológica da associação de exposição pré-natal à lipopolissacarídeo e asfixia intrauterina

Raimundo, Maria Augusta Timmen January 2015 (has links)
A exposição do encéfalo imaturo a uma infecção maternal e asfixia perinatal podem predispor ao desenvolvimento da paralisia cerebral (PC) em humanos. A indução desses eventos lesivos isoladamente em roedores não reproduz os déficits motores, cognitivos e morfológicos observados em crianças com PC. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar se a associação desses eventos, inflamação pré-natal por lipopolissacarídeo (LPS) e asfixia intrauterina, produz um fenótipo mais semelhante ao da PC em ratos. Injeções de LPS ou de solução salina estéril foram administradas por via intraperitoneal em ratas prenhas entre o décimo sétimo e vigésimo primeiro dia gestacional. No vigésimo segundo dia de gestação, o procedimento de asfixia intrauterina foi realizado em parte dos animais. Assim, os filhotes foram divididos em quatro grupos: Controle (CT), Asfixia (A), LPS e LPSAsfixia (LA). A partir do terceiro dia pós-natal (P3) até o P14, os filhotes foram avaliados quanto ao desenvolvimento neuromotorneonatal utilizando a avaliação da aquisição de marcos do desenvolvimento. No P29, a função motora e cognitiva desses animais foi observada no rotarod, no grip test e no teste de reconhecimento do objeto reposicionado. Os filhotes foram submetidos à eutanásia no P30 para a obtenção de amostras encefálicas A imunorreatividade para proteína básica de mielina no estriado, e para caspase-3 e sinaptofisina na região hipocampal do giro denteado foi analisada. Os animais dos grupos LPS e A apresentaram menor ganho de peso corporal quando comparados ao controle. O fator LPS sozinho ou em associação com a asfixia retardou o desenvolvimento da resposta auditiva de sobressalto e proprioceptiva de colocação do membro posterior, mas acelerou a resposta de preensão do membro anterior. Nenhum dos grupos apresentou déficits nos testes motores e no teste de reconhecimento do objeto reposicionado. Não houve diferença significativa na imunorreatividade para proteína básica da mielina no estriado em nenhum dos grupos estudados. Nos grupos LPS e LA houve uma redução na expressão de sinaptofisina no giro denteado,a qual foi associada a um aumento na expressão de caspase-3 nesta mesma região no grupo LA. Apesar de ter causado danos e uma redução na atividade sináptica hipocampal, o modelo experimental avaliado neste estudo não alterou o desenvolvimento neuromotorneonatal dos animais e não afetou as funções motoras e cognitivas avaliadas. Desta forma, a associação da inflamação pré-natal e asfixia intra-uterinautilizadas nesse estudo, não foram capazes de reproduzir características comportamentais e/ou defictis funcionais encontrados em modelos de PC em ratos. / The exposure of the developing brain to injuries such as maternal infections and perinatal asphyxia can induces permanent neurological deficits which may be potentially similar to those observed in cerebral palsy (CP). Since motor deficits observed in patients with CP are poorly reproduced in experimental models, the aim of this study was to examine if the combination of prenatal inflammation caused by lipopolysaccharide (LPS) and intrauterine asphyxia reproduces in rats functional and morphological changes similar to those found in patients with CP. Pups were divided in 4 groups: Control (CT), Asphyxia (A), LPS-injected (LPS) and LPS-injected plus asphyxia (LA). Intraperitoneal LPS (in LPS and LA groups) or sterile saline (in CT and A groups) injections was performed in pregnant rats between the 17th and 21st gestational days. At the 22nd gestational day, the asphyxia procedure was carried out in A and LA groups. All animals were weighed daily during the first 14 postnatal days (P14) and at P30. The developmental milestones were assessed between the P3 to P14. Animal’s motor skills were evaluated on the rotarod and grip test at P29. The repositioned object test, used to evaluate spatial memory, was also performed at P29. In the following day, the animals were euthanized and brain samples were collected The caspase-3 and synaptophysin immunoreactivity in the dentate gyrus (DG) region of the hippocampus and myelin basic protein immunoreactivity in the striatum were analyzed. LPS and A groups showed less weight gain compared to control animals. LPS factor alone or in association with asphyxia delayed the acquisition of audio startle response and hindlimb proprioceptive placement, but accelerated the appearance of the forelimb grasp. No motor deficits were observed on rotarod and grip test. Deficits in spatial memory were also not verified. The DG morphological analysis showed that the LPS and LA group had a reduction in synaptophysin expression. Caspase-3 expression increased in DG of LA group compared to the control one. In striatum, no differences in mielin basic protein immunoreactivity was observed between the groups. Although the experimental model used increased cell death and decreased the synaptic activity in hippocampus, only subtle changes were observed in motor behavior abilities of the animals. Besides, the experimental approach used did not affect the myelin in the striatum, an important region for motor control. Thus, the association of prenatal inflammation and intrauterine asphyxia, in association or alone, not shown to be capable of reproducing a PC model in rats.
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Efeitos da asfixia perinatal sobre a Tireotropina (THS) e os hormônios da tireóide

Pereira, Denise Neves January 2000 (has links)
Objetivo: A proposta deste estudo foi comparar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso e TSH entre recém-nascidos a termo, asfixiados ou não, no sangue do cordão umbilical e com 18 a 24 horas de vida. A incidência da síndrome do doente eutireóideo (SDE), sua relação com a gravidade do caso e a correlação de níveis hormonais com prognóstico do recém-nascido asfixiado também foram estudadas. Método: Foi realizado um estudo do tipo exposto-controle. O grupo de estudo foi formado por recém-nascidos a termo, com escore de Apgar < 7 no primeiro e quinto minutos e pH no sangue do cordão umbilcal < 7,2. O grupo controle foi formado por recém-nascidos a termo com escore de Apgar ~ 8 no primeiro e quinto minutos de vida e pH no sangue do cordão umbilical ~ 7,2. Sangue do cordão umbilical e sangue coletado 18 a 24 horas após o nascimento foram utilizados para determinar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso, TSH, pH, pC02, p02 e excesso de base. Todos os recém-nascidos foram acompanhados até a alta hospitalar. O tamanho amostrai foi calculado em 14 recém-nascidos em cada grupo, a partir de dados da literatura. Resultados: Houve 17 recém-nascidos em cada grupo. Ambos os grupos tinham composição semelhante quanto a idade gestacional, peso de nascimento, sexo, adequação para idade gestacional, tipo de parto e cor. Escores de Apgar no primeiro e quinto minutos de vida foram significativamente mais baixos no grupo dos asfixiados do que no grupo controle. No sangue do cordão, os recém-nascidos asfixiados tinham pH, pOz e excesso de base mais baixos e pC02 mais alto do que os recém-nascidos normais. Não houve diferença na dosagem do TSH e dos hormônios tireóideos, com exceção do T3 reverso que foi mais elevado no grupo que sofreu asfixia. Com 18 a 24 horas de vida, não houve diferenças entre ambos os grupos com relação ao pH, pC02 e excesso de base. A p02 foi significativamente mais alta no grupo dos asfixiados. Os níveis hormonais foram significativamente menores no grupo dos asfixiados, não havendo diferença na dosagem de T3 reverso entre os dois grupos. A SDE foi vista em 14 pacientes asfixiados (82,3%) e em 5 não asfixiados (29,4%). Não se constatou associação entre SDE e gravidade dos casos. Entre os asfixiados, o prognóstico foi pior nos pacientes com níveis baixos de T4livre (inferiores a 2,18 ng/ml). Conclusões: Os dados sugerem que a asfixia provoca uma falha no aumento de T4, T3, T4livre e TSH, fazendo com que suas concentrações sejam menores que a do sangue do cordão. A SDE foi bastante freqüente entre os recém-nascidos asfixiados, mas não houve associação entre a sua ocorrência e a gravidade do caso. Níveis de T4 livre 2': 2,18 ng/ml conferem proteção ao recém-nascido asfixiado, refletindo um menor comprometimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo. / Objective: The purpose of this study was to compare plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH leveis in cord blood and peripheral blood collected 18 to 24 hours after birth of asphyxiated and normal term newborn infants. The incidence of the euthyroid sick syndrome (ESS), its relation with case gravity and the correlation between hormone leveis and the prognosis of asphyxiated newborn infants were also studied. Methods: An exposed-control study was performed. The study group was formed by term newborn infants with Apgar scores < 7 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH < 7.2. The control group was formed by term newborn infants with Apgar scores 2: 8 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH 2: 7.2. Umbilical cord blood and blood collected 18 to 24 hours after birth were utilized to determine plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH concentrations, pH, pC02, p02 and base excess. All the newborn infants were followed until discharge. Based on data reported in literature, a sample size of 14 newborn infants for each group was calculated. Results: There were 17 newborn infants in each group. Both groups were similar in respect to gestational age, mode of delivery and color. Apgar scores in the first and fifth minutes of life were significantly lower in the asphyxiated group compared to the control group. The asphyxiated newbom infants had a lower pH, p02 and base excess and a significantly higher pC02 in cord blood than the normal newborn infants. There weren't differences in the thyroid hormone concentrations and TSH, except reverse T3 , which was higher in the asphyxiated group. At 18 to 24 hours after birth, there were no differences between both groups in respect to pH, pC02 and base excess. The p02 was significantly higher in the asphyxiated group. Plasmatic hormone leveis were significantly lower in the asphyxiated group, but there wasn't difference in the plasmatic reverse T3 levei between both groups. The ESS was observed in 14 asphyxiated newbom infants (82.3%) and in 5 normal newbom infants (29.4%). There wasn't any association between ESS and case gravity. The prognos1s was worse in the patients with low free T 4 leveis ( < 2.18 ng/ml). Conclusions: The data suggest that asphyxia cause a failure of T4, T3, free T4 and TSH to rise, making their concentrations in the newbom infants Iower than the cord blood. The ESS was very frequent in the asphyxiated newbom infants, but there was no association between its incidence and case gravity. Free T4 leveis 2 2.18 ng/ml give protection to the asphyxiated newbom infant, indicating a Iower alteration in the hypothalamic-pituitary-thyroid axis.
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Efeitos da asfixia perinatal sobre a Tireotropina (THS) e os hormônios da tireóide

Pereira, Denise Neves January 2000 (has links)
Objetivo: A proposta deste estudo foi comparar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso e TSH entre recém-nascidos a termo, asfixiados ou não, no sangue do cordão umbilical e com 18 a 24 horas de vida. A incidência da síndrome do doente eutireóideo (SDE), sua relação com a gravidade do caso e a correlação de níveis hormonais com prognóstico do recém-nascido asfixiado também foram estudadas. Método: Foi realizado um estudo do tipo exposto-controle. O grupo de estudo foi formado por recém-nascidos a termo, com escore de Apgar < 7 no primeiro e quinto minutos e pH no sangue do cordão umbilcal < 7,2. O grupo controle foi formado por recém-nascidos a termo com escore de Apgar ~ 8 no primeiro e quinto minutos de vida e pH no sangue do cordão umbilical ~ 7,2. Sangue do cordão umbilical e sangue coletado 18 a 24 horas após o nascimento foram utilizados para determinar as concentrações plasmáticas de T4, T3, T4 livre, T3 reverso, TSH, pH, pC02, p02 e excesso de base. Todos os recém-nascidos foram acompanhados até a alta hospitalar. O tamanho amostrai foi calculado em 14 recém-nascidos em cada grupo, a partir de dados da literatura. Resultados: Houve 17 recém-nascidos em cada grupo. Ambos os grupos tinham composição semelhante quanto a idade gestacional, peso de nascimento, sexo, adequação para idade gestacional, tipo de parto e cor. Escores de Apgar no primeiro e quinto minutos de vida foram significativamente mais baixos no grupo dos asfixiados do que no grupo controle. No sangue do cordão, os recém-nascidos asfixiados tinham pH, pOz e excesso de base mais baixos e pC02 mais alto do que os recém-nascidos normais. Não houve diferença na dosagem do TSH e dos hormônios tireóideos, com exceção do T3 reverso que foi mais elevado no grupo que sofreu asfixia. Com 18 a 24 horas de vida, não houve diferenças entre ambos os grupos com relação ao pH, pC02 e excesso de base. A p02 foi significativamente mais alta no grupo dos asfixiados. Os níveis hormonais foram significativamente menores no grupo dos asfixiados, não havendo diferença na dosagem de T3 reverso entre os dois grupos. A SDE foi vista em 14 pacientes asfixiados (82,3%) e em 5 não asfixiados (29,4%). Não se constatou associação entre SDE e gravidade dos casos. Entre os asfixiados, o prognóstico foi pior nos pacientes com níveis baixos de T4livre (inferiores a 2,18 ng/ml). Conclusões: Os dados sugerem que a asfixia provoca uma falha no aumento de T4, T3, T4livre e TSH, fazendo com que suas concentrações sejam menores que a do sangue do cordão. A SDE foi bastante freqüente entre os recém-nascidos asfixiados, mas não houve associação entre a sua ocorrência e a gravidade do caso. Níveis de T4 livre 2': 2,18 ng/ml conferem proteção ao recém-nascido asfixiado, refletindo um menor comprometimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo. / Objective: The purpose of this study was to compare plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH leveis in cord blood and peripheral blood collected 18 to 24 hours after birth of asphyxiated and normal term newborn infants. The incidence of the euthyroid sick syndrome (ESS), its relation with case gravity and the correlation between hormone leveis and the prognosis of asphyxiated newborn infants were also studied. Methods: An exposed-control study was performed. The study group was formed by term newborn infants with Apgar scores < 7 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH < 7.2. The control group was formed by term newborn infants with Apgar scores 2: 8 in the first and the fifth minutes of life and umbilical cord pH 2: 7.2. Umbilical cord blood and blood collected 18 to 24 hours after birth were utilized to determine plasmatic T4, T3, free T4, reverse T3 and TSH concentrations, pH, pC02, p02 and base excess. All the newborn infants were followed until discharge. Based on data reported in literature, a sample size of 14 newborn infants for each group was calculated. Results: There were 17 newborn infants in each group. Both groups were similar in respect to gestational age, mode of delivery and color. Apgar scores in the first and fifth minutes of life were significantly lower in the asphyxiated group compared to the control group. The asphyxiated newbom infants had a lower pH, p02 and base excess and a significantly higher pC02 in cord blood than the normal newborn infants. There weren't differences in the thyroid hormone concentrations and TSH, except reverse T3 , which was higher in the asphyxiated group. At 18 to 24 hours after birth, there were no differences between both groups in respect to pH, pC02 and base excess. The p02 was significantly higher in the asphyxiated group. Plasmatic hormone leveis were significantly lower in the asphyxiated group, but there wasn't difference in the plasmatic reverse T3 levei between both groups. The ESS was observed in 14 asphyxiated newbom infants (82.3%) and in 5 normal newbom infants (29.4%). There wasn't any association between ESS and case gravity. The prognos1s was worse in the patients with low free T 4 leveis ( < 2.18 ng/ml). Conclusions: The data suggest that asphyxia cause a failure of T4, T3, free T4 and TSH to rise, making their concentrations in the newbom infants Iower than the cord blood. The ESS was very frequent in the asphyxiated newbom infants, but there was no association between its incidence and case gravity. Free T4 leveis 2 2.18 ng/ml give protection to the asphyxiated newbom infant, indicating a Iower alteration in the hypothalamic-pituitary-thyroid axis.
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Evolução neurologica de recem-nascidos com asfixia neonatal

Rosa, Izilda Rodrigues Machado, 1953- 30 September 2005 (has links)
Orientadores: Sergio Tadeu Martins Marba, Maria Valeriana Leme de Moura-Ribeiro / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-05T15:52:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosa_IzildaRodriguesMachado_D.pdf: 472020 bytes, checksum: daecfbd67be470bdc680787e5e55c343 (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do exame neurológico e do desenvolvimento, pelo Denver developmental screening test (DDST), no primeiro ano de vida e a associação dessa evolução com variáveis maternas, obstétricas, perinatais, neonatais e pós-neonatais, numa população de 81 recém-nascidos de termo com asfixia neonatal, na Maternidade do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas, de janeiro de 1991 a janeiro de 1999. Foi realizado um estudo descritivo observacional de coorte retrospectiva, do seguimento desses recém-nascidos, realizado em consultas com três, seis meses e um ano. Asfixia neonatal foi diagnosticada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: Apgar de 5º minuto menor que seis, tempo de reanimação maior que um minuto, comprometimento neurológico e comprometimento sistêmico. Inicialmente foi feita análise descritiva do exame neurológico nas diversas consultas, análise comparativa das diversas consultas, com o teste de McNemar para amostras emparelhadas e a seguir análise bivariada e múltipla para as variáveis independentes e a evolução neurológica e de desenvolvimento de um ano. Com um ano, 54 ( 66,6%) crianças eram normais e destas, 34 tiveram alterações transitórias em pelo menos uma das consultas e 27 (33,3%) tinham exame neurológico anormal. O DDST mostrou 66 (81,5%) normais e 15 (18,5%) com atraso. Na análise bivariada, as variáveis estatisticamente significativas, para exame neurológico alterado com um ano, foram a hipertensão arterial sistêmica materna, edema cerebral no ultra-som, o exame neurológico de uma semana e tempo de internação > 12 dias. Na análise múltipla, somente mostraram associação independente, o edema pelo ultra-som e a hipertensão arterial crônica. Em relação ao DDST, com um ano, a análise bivariada mostrou associação com atraso, do acometimento de mais de três sistemas, encefalopatia hipóxico-isquêmica grau 2 e 3, convulsões nas 24 horas, ventilação neonatal, tempo de alimentação via oral > 4 dias e tempo de permanência hospitalar > 12 dias e na regressão logística, somente o exame neurológico da primeira semana mostrou associação independente com o atraso. A avaliação de interações de variáveis mostrou na análise bivariada, que a interação exame neurológico até sete dias com ventilação neonatal e interação neurológico até sete dias com edema cerebral no ultra-som, estiveram associadas ao exame neurológico de um ano alterado, e na análise múltipla, somente a interação exame até sete dias com edema cerebral permaneceu associada à alteração do exame neurológico de um ano. Quando avaliada a primeira consulta, como variável independente, ela mostrou associação independente com exame neurológico alterado com um ano e com o atraso no teste de Denver Conclui-se que, a asfixia neonatal ainda contribui para grande número de comprometimentos neurológicos, que estão associados a eventos clínicos, precoces ou tardios, que isoladamente ou em associação podem predizer má evolução, e a importância das manifestações clínicas deve ser analisada da perspectiva do diagnóstico, para tratamento precoce e do prognóstico, para aconselhamento das famílias e encaminhamento a programas de prevenção. Há, entretanto, um contingente de situações transitórias, cujo conhecimento é importante, para evitar o pessimismo nesse aconselhamento / Abstract: The aim of this study was to evaluate the neurological examination and neurodevelopment by Denver Development Screening Test (DDST) evolution, at one year and its association with clinical variables, in 81 term neonates with birth asphyxia, born in the Maternity Unit of the Center for Integral Assistance to Women¿s Health at the State University of Campinas, from january 1991 to january 1999. The study had a observational rectrospective cohort design, of the folow-up of these neonates at three, six months and one year. Neonatal asphyxia was diagnosed by the presence of at least three of the folowing criteria: an Apgar score of less than six at five minutes, a need for positive pressure ventilation via an endotracheal tube for more than one minute after delivery, hipoxic-ischemic encephalopathy, and sistemic abnormalities during neonatal period. The statistical analysis employed, was innitially descriptive of different consultations, then, comparative, with McNemar test for matched samples and then, bivariate and multiple, to evaluate the relationship between independent variables or interactions of variables and abnormal neurological examination and delayed DDST. At year, 54 (66,6 %) infants were normal, 34 of wich, had transient abnormalities, at least in one of consultations and 27 (33,3%) had normal neurological examination. The DDST showed to be normal in 66 (81,5) and delayed in 15 (18,5%). In bivariate analysis, maternal chronic hipertension, ultrassonografy with brain edema, neurological examination at seven days and discharge, a lenght of hospital stay more than 12 days, were factors associated with abnormal neurologic outcome and hipoxic-ischemic encephalopathy, seizures, more than three sistemic abnormalities, renal failure, neonatal ventilation, starting oral feeding more than four days, neurological examination at seven days and discharge, and a lenght of hospital stay, more than 12 days, were factors associated with delayed DDST. After multiple analysis, chronic maternal hipertension and neurological examination at seven days, were significantly associated variables. Concerning DDST at year, bivariate analysis, showed more than three sistemic abnormalities, hipoxic-ischemic encephalopathy 2 or 3, seizures at 24 hours, neonatal ventilation, starting oral feeding > 4 days, and lenght of hospital stay more than 12 days, associated with delay. In the logístic regression, only neurological examination reamained as independent variable, associated with delay. Bivariate analysis of interactions, showed that neurological examination with neonatal ventilation and interaction neurological examination with brain edema, in ultrassonografy, were associated with abnormal neurological outcome. In multiple analysis, only the first interaction remained as independent variable associated with abnormal neurological outcome. When neurological examination at first consultation was studied as independent factor, it showed independent association with abnormal neurological outcome and DDST delay. We conclude that, neonatal asphyxia still contributes to a great number of neurological abnormalities, wich are associated with clinical events, wich, isolated or in interactions, can predict desfavorable evolution, and it is important to analyse the diagnosis, to permit early treatment, and prognosis, to permit counselling parents and referral to early intervention programs. There are, however, a distinct group of infants, with transient abnormalities, wich knowledge is important to avoid pessimism in this counselling / Doutorado / Pediatria / Doutor em Saude da Criança e do Adolescente
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Efeitos metabólicos da asfixia perinatal em diferentes estruturas cerebrais

Souza, Samir Kahl de January 2014 (has links)
A asfixia perinatal está entre as principais causas diretas de óbito neonatal, sendo um grande determinante de morbidade e comprometimento neurológicos. Sua origem é associada à inadequada perfusão e oxigenação tecidual. Assim, o tipo de dano causado pela asfixia tem relação com o tempo de duração e com a fase do desenvolvimento fetal. Respostas fisiológicas adaptativas, tais como o direcionamento do fluxo sanguíneo para órgãos vitais e o aumento do metabolismo anaeróbico, nem sempre são suficientes para evitar a ocorrência de alterações significativas nas reservas energéticas, na atividade da enzima Na+/K+-ATPase e na concentração de glutamato extracelular. Fêmeas de ratos Wistar, no 22° dia de prenhes foram submetidas à cesariana para a remoção dos dois cornos uterinos. Naquele com menor número de fetos foi realizada a incisão imediata para obtenção dos animais controles. O outro corno uterino foi isolado e mantido em solução salina a 37°C por 15 min para ocasionar a asfixia intra-uterina. Alguns controles foram decapitados imediatamente (controle agudo) enquanto outros foram estimulados a respirar e mantidos a 34°C, por 60 min, em normóxia (controle com recuperação). Ao término da asfixia, alguns neonatos foram imediatamente decapitados (asfixiado agudo) e os restantes foram mantidos a 34°C, por 60 min, em normóxia (asfixiado com recuperação). No presente estudo, foram determinados os níveis de lactato plasmático, de glicemia, a quantidade de glicogênio no fígado, no músculo esquelético, no córtex cerebral e no hipocampo. Também foram avaliados os níveis de ATP no córtex cerebral e a captação de glutamato no córtex cerebral. A avaliação da atividade da Na+/K+-ATPase foi realizada somente no córtex cerebral, nos sinaptossomas obtidos deste tecido e no hipocampo dos grupos agudo. Os resultados indicam que a asfixia perinatal causou aumento significativo na lactacidemia e na glicemia dos animais asfixiados do grupo agudo e do grupo asfixiado com recuperação. Houve redução significativa na quantidade de glicogênio do fígado e do músculo esquelético dos demais grupos em relação ao grupo controle agudo. No córtex cerebral, foi identificada redução significativa de glicogênio no grupo asfixiado agudo e no grupo asfixiado com recuperação em relação aos respectivos grupos controle. Não foi encontrada redução significativa nos níveis de glicogênio do hipocampo nos grupos asfixiado agudo e com recuperação, em relação aos grupos controle. A concentração de ATP diminuiu significativamente no grupo asfixiado e no grupo asfixiado com recuperação em relação ao controle agudo. Não houve diferença significativa na captação de glutamato, no córtex cerebral dos asfixiados agudo e com recuperação. A atividade da enzima Na+/K+-ATPase não foi alterada significativamente nos grupos asfixiado agudo. Conclui-se que a asfixia perinatal causou alterações no metabolismo dos animais, as quais perduraram após 60 min de recuperação. Os resultados sugerem que o córtex cerebral possui uma grande capacidade adaptativa frente à asfixia, o que poderia explicar a manutenção do transporte de glutamato mesmo com uma redução significativa nos níveis de ATP neste tecido. Estudos adicionais serão necessários para identificar estes mecanismos adaptativos que parecem causar diferentes efeitos após a asfixia no córtex cerebral e no hipocampo. / Perinatal asphyxia is among the major direct causes of neonatal death, being a great determinant of morbidity and neurological impairment. Its origin is associated with inadequate tissue oxygenation and perfusion. Thus, the type of damage caused by asphyxia is related to its duration and stage of fetal development. Physiological responses promote adaptation across the perinatal asphyxia, such as the blood flow’s shunting to vital organs and anaerobic metabolism increasing. However, sometimes adaptive responses are not enough to compensate effects of asphyxia, causing significant changes in energy reserves, Na+/K+-ATPase enzyme activity and glutamate extracellular concentration. Female Wistar rats on day 22° of pregnant were subjected to cesarean section and both uterine horns were removed. Control animals fetuses were obtained through immediate incision of one uterine horn. The other one was isolated and maintained in 0.9 % saline solution at 37°C, for 15 min, to obtain asphyxiated neonates. Some controls were immediately decapitated (acute control), while others were stimulated to breathe and kept at 34°C, for 60 min, in normoxia (control with recovery). At the end of asphyxia, some neonates were immediately decapitated (acute asphyxia) and the remaining were kept at 34°C, for 60 min, in normoxia (asphyxia with recovery). In this study, the levels of lactate, glucose, the amount of glycogen in the liver, skeletal muscle, cerebral cortex and hippocampus were determined. ATP levels so as glutamate uptake in the cerebral cortex were also evaluated. Then, the Na+/K+-ATPase activity assay from acute groups was performed in hippocampal tissue, cerebral cortex and synaptosomes obtained from cerebral cortex. These results indicate that perinatal asphyxia caused in acute asphyxia group and asphyxia with recovery group significant increases plasmatic lactate and glucose. In cerebral cortex, acute asphyxia and asphyxia with recovery group showed significant glycogen reduction compared to respective control groups. Differently, it was not observed in hippocampus. ATP concentrations decreased in acute asphyxia and asphyxia with recovery group compared to acute control. There was no significant difference in glutamate uptake of cerebral cortex in acute asphyxia and asphyxia with recovery. Na+/ K+-ATPase enzyme activity was not altered in acute asphyxia related to acute control group. In conclusion, perinatal asphyxia caused changes in animal metabolism, which persisted after 60 min of recovery. Moreover, cerebral cortex after asphyxia, even with a significant reduction in ATP levels, is more capable to maintain glutamate transport compared to hippocampus. More studies are necessary to identify mechanisms that cause different effects in cerebral cortex and hippocampus.
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Diagnóstico prenatal ultrasonográfico de circular de cordón con repercusión asfíctica fetal

Charapaqui Poma, Roberto, Charapaqui Poma, Héctor January 2003 (has links)
Se realizó un estudio observacional analítico de tipo casos y controles en gestantes con fetos vivos a término en presentación de vértice, sin malformaciones congénitas, para demostrar que la medición ultrasonográfica transabdominal ante parto de la profundidad y amplitud de la muesca del cordón y de la distancia perpendicular del punto medio de la muesca a la calota fetal puede predecir asfixia neonatal por la presencia de circular de cordón al cuello en fetos en el Instituto Materno Perinatal durante el período diciembre 2002 - febrero 2003. Se compararon 120 gestantes con sospecha ultrasonográfica prenatal de circular de cordón al cuello fetal, confirmada al nacimiento dentro de las 48 horas del examen, con 135 gestantes que no presentaron circular de cordón La amplitud y profundidad de la muesca del cordón umbilical media fue 23,1 mm +/- 5,9 DE y 8,3 mm +/- 2,9 DE); respectivamente. La media de la distancia perpendicular del punto medio de la muesca a la calota fetal fue 12,1 +/- 4,8 mm DE. La media del pH fue 7,23 +/- 0,45 DE en pacientes con sospecha ecográfica de circular de cordón confirmada al nacimiento y 7,24 +/- 0,72 DE en el de pacientes sin circular. No se encontró diferencia estadísticamente significativa (p es mayor que 0,05). Existió relación entre líquido amniótico meconial al nacimiento y la presencia de circular de cordón; p = 0,000001 (RR = 2,81; IC al 95% 1,78 – 44,4); y entre el valor del pH ≤ 7,20 y la presencia de circular de cordón, con diferencia estadísticamente significativa; p = 0,002 (RR = 11,25; IC al 95% 1,46 – 86,6). La profundidad de la muesca del cordón umbilical se relacionó con pH ≤ 7,20. Se concluyó que para encontrar un pH ≤ 7,20 la profundidad de la muesca mínima debe ser 7,55 mm. Palabras Claves: Circular de cordón, asfixia neonatal, ultrasonografía, predicción.
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Marcadores prognósticos de evolução neonatal de recém-nascidos de termo portadores de asfixia perinatal / Prognostic markers of neonatal outcome newborn term patients with perinatal asphyxia

Vargas, Nadia Sandra Orozco 11 June 2012 (has links)
A asfixia perinatal e sua mais grave complicação, a encefalopatia hipóxicoisquêmica (EHI) são causas de elevada mortalidade e de sequelas neurológicas no recém-nascido (RN). Evidencias de comprometimento cerebral podem ser detectadas logo na primeira semana de vida e o diagnóstico precoce é de grande importância para o tratamento e seguimento. OBJETIVOS: Verificar a prevalência de asfixia perinatal e de EHI; analisar a utilidade de quatro marcadores sanguíneos: transaminase glutâmica oxalacética (TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP), desidrogenasse láctica (DHL) e Creatina Quinase MB (CK-MB) coletados ao nascimento, com 24 e 72 horas de vida, como sinalizadores de lesões cerebrais nos RN asfixiados; identificar a presença de alterações neurológicas clínicas pelo Escore de Sarnat e Sarnat (1976) com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida e identificar e descrever a presença de lesões cerebrais detectadas pela ultrassonografia de crânio com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida. MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo no qual foram incluídos RN de termo que apresentaram asfixia perinatal pelo critério de Buonocore (presença ao nascimento de pelo menos dois das seguintes condições clínico-laboratoriais: acidose metabólica com níveis de pH 7,20, Boletim de Apgar no quinto minuto de vida < 6, necessidade de fração inspirada de oxigênio 0,40 para manter uma saturação de oxigênio de 86%). Para realização do pH e dos marcadores bioquímicos foi coletado sangue logo ao nascimento, com 24 e 72 horas de vida. O exame clínico segundo critérios de Sarnat e Sarnat foi realizado com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida e a ultrassonografia de crânio nos mesmos momentos. RESULTADOS: De 2.989 nascidos vivos durante o período do estudo, 28 recém-nascidos apresentaram asfixia perinatal (1% do total de nascimentos) e a EHI foi evidenciada em 21,42%. A enzima CK-MB se mostrou um bom marcador de asfixia, pois todos os valores foram superiores a 5,10 ng/ml, e se correlacionaram positivamente com as alterações apresentadas no exame clínico de Sarnat e com a ultrassonografia transfontanela. Os valores das outras enzimas como TGO (24h), TGO e TGP (72h) também se correlacionaram positivamente com as alterações ultrassonográficas as quais mostraram alteração em 3,5% dos pacientes com 24 horas de vida, 25% com 72 horas e 28,6% com 28 dias. A ultrassonografia de crânio com 28 dias mostrou aumento estatisticamente significante, no percentual de resultados anormais quando comparado com o observado com 24h (p=0,039), apesar dos estágios de Sarnat terem melhorado, com maior número de pacientes com estágio I no decorrer dos 28 dias. CONCLUSOES: A prevalência de asfixia perinatal e da EHI estão dentro da faixa citada na literatura. O melhor marcador bioquímico nesta casuística foi a isoenzima CK-MB e se correlacionou com as alterações apresentadas no exame clínico de Sarnat e na USG de crânio. A curva ROC mostrou: os valores de CK-MB de 24 horas em relação à USG de crânio de 72 horas Sensibilidade de 85,7%, Especificidade de 85,7% e Acurácia de 85,7%. O escore clínico de Sarnat não se alterou depois de 72 horas e apresentou correlação com as alterações na USG de crânio e este método de imagem foi adequado para detecção de lesões crebrais precoces e com 28 dias de vida / Perinatal asphyxia and its most serious complication, hypoxic-ischemic encephalopathy (HIE) are causes of high mortality and neurological sequelae in the newborn (NB). Evidence of cerebral impairment can be detected in the first week of life and early diagnosis is very important for the treatment and follow-up. OBJECTIVES: To assess the prevalence of perinatal asphyxia and HIE; consider the usefulness of four blood markers: glutamic oxaloacetic transaminase (GOT), glutamic pyruvic transaminase (GPT), lactate dehydrogenase (LDH) and creatine kinase MB (CK-MB) collected the birth, with 24 and 72 hours of life, as markers of brain damage in asphyxiated infants, to identify the presence of neurological clinical score by Sarnat and Sarnat (1976) with 24 and 72 hours and 28 days of life and describe the presence of brain lesions detected by cranial ultrasound with 24 and 72 hours and 28 days. METHOD: A prospective cohort study which included fullterm infants who had perinatal asphyxia by Buonocore criteria (presence at birth of at least two of the following clinical and laboratory conditions: metabolic acidosis with pH levels of the umbilical vein 7.20, Apgar score in the fifth minute of life <6, need for inspired oxygen fraction (FiO2) 0.40 to maintain an oxygen saturation of 86%). To perform the pH and biochemical markers of blood was collected at birth, 24 and 72 hours of life. Clinical examination according to criteria of Sarnat and Sarnat was performed with 24 and 72 hours and 28 days of life and cranial ultrasound was performed in the same time. RESULTS: Of 2989 live births during the study period, 28 had asphyxia (1% of total births) and HIE was found in 21.42%. The CK-MB showed that all above normal values (<5.10ng/ml) and correlated with the changes presented in the clinical examination of Sarnat and the USG transfontanelle. The values of other enzymes such as GOT (24h), GOT and GPT (72h) also correlated positively with the brain lesins detected by cranial ultrasound in 3.5% of patients with 24 hours of life, 25% at 72 hours and 28 6% after 28 days. Ultrasonography of brain at 28 days showed a statistically significant increase in the percentage of abnormal results when compared with that observed at 24h (p = 0.039), despite the Sarnat stages have improved, with larger numbers of patients with stage I during the 28 days. CONCLUSION: The prevalence of perinatal asphyxia and HIE is within the range cited in literature. The best biochemical marker in this series was the CK-MB and correlated with the changes presented in the clinical examination of Sarnat and ultrasound transfontanelle. The ROC curve showed: values of CK-MB of 24 hours and USG 72 hours sensitivity of 85.7%, specificity of 85.7% and accuracy of 85.7%. The clinical Sarnat score did not change after 72 hours and correlated with changes in ultrasound transfontanelle and this imaging method proved to be an appropiate study to detect brain lesions early and with 28 days of life
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Marcadores prognósticos de evolução neonatal de recém-nascidos de termo portadores de asfixia perinatal / Prognostic markers of neonatal outcome newborn term patients with perinatal asphyxia

Nadia Sandra Orozco Vargas 11 June 2012 (has links)
A asfixia perinatal e sua mais grave complicação, a encefalopatia hipóxicoisquêmica (EHI) são causas de elevada mortalidade e de sequelas neurológicas no recém-nascido (RN). Evidencias de comprometimento cerebral podem ser detectadas logo na primeira semana de vida e o diagnóstico precoce é de grande importância para o tratamento e seguimento. OBJETIVOS: Verificar a prevalência de asfixia perinatal e de EHI; analisar a utilidade de quatro marcadores sanguíneos: transaminase glutâmica oxalacética (TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP), desidrogenasse láctica (DHL) e Creatina Quinase MB (CK-MB) coletados ao nascimento, com 24 e 72 horas de vida, como sinalizadores de lesões cerebrais nos RN asfixiados; identificar a presença de alterações neurológicas clínicas pelo Escore de Sarnat e Sarnat (1976) com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida e identificar e descrever a presença de lesões cerebrais detectadas pela ultrassonografia de crânio com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida. MÉTODO: Estudo de coorte prospectivo no qual foram incluídos RN de termo que apresentaram asfixia perinatal pelo critério de Buonocore (presença ao nascimento de pelo menos dois das seguintes condições clínico-laboratoriais: acidose metabólica com níveis de pH 7,20, Boletim de Apgar no quinto minuto de vida < 6, necessidade de fração inspirada de oxigênio 0,40 para manter uma saturação de oxigênio de 86%). Para realização do pH e dos marcadores bioquímicos foi coletado sangue logo ao nascimento, com 24 e 72 horas de vida. O exame clínico segundo critérios de Sarnat e Sarnat foi realizado com 24 e 72 horas e com 28 dias de vida e a ultrassonografia de crânio nos mesmos momentos. RESULTADOS: De 2.989 nascidos vivos durante o período do estudo, 28 recém-nascidos apresentaram asfixia perinatal (1% do total de nascimentos) e a EHI foi evidenciada em 21,42%. A enzima CK-MB se mostrou um bom marcador de asfixia, pois todos os valores foram superiores a 5,10 ng/ml, e se correlacionaram positivamente com as alterações apresentadas no exame clínico de Sarnat e com a ultrassonografia transfontanela. Os valores das outras enzimas como TGO (24h), TGO e TGP (72h) também se correlacionaram positivamente com as alterações ultrassonográficas as quais mostraram alteração em 3,5% dos pacientes com 24 horas de vida, 25% com 72 horas e 28,6% com 28 dias. A ultrassonografia de crânio com 28 dias mostrou aumento estatisticamente significante, no percentual de resultados anormais quando comparado com o observado com 24h (p=0,039), apesar dos estágios de Sarnat terem melhorado, com maior número de pacientes com estágio I no decorrer dos 28 dias. CONCLUSOES: A prevalência de asfixia perinatal e da EHI estão dentro da faixa citada na literatura. O melhor marcador bioquímico nesta casuística foi a isoenzima CK-MB e se correlacionou com as alterações apresentadas no exame clínico de Sarnat e na USG de crânio. A curva ROC mostrou: os valores de CK-MB de 24 horas em relação à USG de crânio de 72 horas Sensibilidade de 85,7%, Especificidade de 85,7% e Acurácia de 85,7%. O escore clínico de Sarnat não se alterou depois de 72 horas e apresentou correlação com as alterações na USG de crânio e este método de imagem foi adequado para detecção de lesões crebrais precoces e com 28 dias de vida / Perinatal asphyxia and its most serious complication, hypoxic-ischemic encephalopathy (HIE) are causes of high mortality and neurological sequelae in the newborn (NB). Evidence of cerebral impairment can be detected in the first week of life and early diagnosis is very important for the treatment and follow-up. OBJECTIVES: To assess the prevalence of perinatal asphyxia and HIE; consider the usefulness of four blood markers: glutamic oxaloacetic transaminase (GOT), glutamic pyruvic transaminase (GPT), lactate dehydrogenase (LDH) and creatine kinase MB (CK-MB) collected the birth, with 24 and 72 hours of life, as markers of brain damage in asphyxiated infants, to identify the presence of neurological clinical score by Sarnat and Sarnat (1976) with 24 and 72 hours and 28 days of life and describe the presence of brain lesions detected by cranial ultrasound with 24 and 72 hours and 28 days. METHOD: A prospective cohort study which included fullterm infants who had perinatal asphyxia by Buonocore criteria (presence at birth of at least two of the following clinical and laboratory conditions: metabolic acidosis with pH levels of the umbilical vein 7.20, Apgar score in the fifth minute of life <6, need for inspired oxygen fraction (FiO2) 0.40 to maintain an oxygen saturation of 86%). To perform the pH and biochemical markers of blood was collected at birth, 24 and 72 hours of life. Clinical examination according to criteria of Sarnat and Sarnat was performed with 24 and 72 hours and 28 days of life and cranial ultrasound was performed in the same time. RESULTS: Of 2989 live births during the study period, 28 had asphyxia (1% of total births) and HIE was found in 21.42%. The CK-MB showed that all above normal values (<5.10ng/ml) and correlated with the changes presented in the clinical examination of Sarnat and the USG transfontanelle. The values of other enzymes such as GOT (24h), GOT and GPT (72h) also correlated positively with the brain lesins detected by cranial ultrasound in 3.5% of patients with 24 hours of life, 25% at 72 hours and 28 6% after 28 days. Ultrasonography of brain at 28 days showed a statistically significant increase in the percentage of abnormal results when compared with that observed at 24h (p = 0.039), despite the Sarnat stages have improved, with larger numbers of patients with stage I during the 28 days. CONCLUSION: The prevalence of perinatal asphyxia and HIE is within the range cited in literature. The best biochemical marker in this series was the CK-MB and correlated with the changes presented in the clinical examination of Sarnat and ultrasound transfontanelle. The ROC curve showed: values of CK-MB of 24 hours and USG 72 hours sensitivity of 85.7%, specificity of 85.7% and accuracy of 85.7%. The clinical Sarnat score did not change after 72 hours and correlated with changes in ultrasound transfontanelle and this imaging method proved to be an appropiate study to detect brain lesions early and with 28 days of life
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Inflamação pré-natal, asfixia perinatal e restrição sensório-motora : implicações para um modelo de paralisia cerebral em ratos

Stigger, Felipe de Souza January 2013 (has links)
O objetivo desta tese foi avaliar o efeito de distintos eventos agressivos, pertinentes ao contexto fisiopatológico da Paralisia Cerebral, na gênese de um modelo animal capaz de reproduzir as alterações anatômicas, bioquímicas e funcionais a fim de que se obtenha um fenótipo comportamental e neuropatológico mais semelhante à doença. Para isso, foram realizados três experimentos. No primeiro, foram examinados os efeitos de baixas doses da endotoxina bacteriana (lipopolissacarídeo, LPS), associada ou não com a anóxia perinatal (AP), nos parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo no córtex cerebral de filhotes de ratos Wistar machos recém nascidos. Foram avaliadas os níveis de TNF-α, IL-1, IL-4, SOD, CAT e DCF. Outros animais foram submetidos à avaliação dos marcos do desenvolvimento do dia 1º ao 21º dia de vida (P1 - P21). O comportamento motor também foi avaliado no P29 utilizando-se o campo aberto e o Rotarod. O LPS e a AP sozinhos obtiveram impactos diferentes na atividade de SOD e nos níveis de IL-1, TNF-α e radicais livres acompanhados com leve impacto no desenvolvimento e desempenho motor. Quando o LPS e a AP foram combinados, as mudanças nos parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo foram maiores. Adicionalmente, na combinação dos eventos, maiores limitações no desenvolvimento motor e na coordenação foram observadas. No segundo e terceiro experimentos, investigamos parâmetros de plasticidade morfológica na medula espinal de ratos submetidos à restrição sensório-motora (RS), associada ou não à estimulação locomotora. Ratos Wistar machos foram expostos à RS do P2 ao P28. Ratos controle e experimentais foram submetidos ao treinamento de estimulação locomotora em esteira com duração de três semanas (do P31 até P52). Foram determinadas a área de secção transversal (AST) de motoneurônios ao nível da lombar (L5), assim como de fibras nervosas mielinizadas do nervo isquiático (segundo experimento). Também, foram avaliadas a imunorreatividade à sinaptofisina e à caspase-3 no corno ventral da medula espinal (L5; terceiro experimento). Após a RS, a área média do soma dos motoneurônios foi reduzida, acompanhada pela redução da AST média das fibras nervosas do nervo isquiático. Adicionalmente, houve redução na imunorreatividade à sinaptofisina, associada a um aumento na expressão de caspase-3. Essas alterações foram revertidas, alcançando níveis do grupo controle, quando os animais submetidos à RS foram expostos à estimulação locomotora. Nossos resultados sugerem que, em ratos, infecções/inflamação, asfixia perinatal e a inatividade no início da vida pós-natal podem criar substratos para reproduzir um fenótipo clínico relevante e similar aos observados na PC. / The aim of this thesis was to evaluate the effect of different aggressive events, relevant to pathophysiological context involved in Cerebral Palsy (CP), in the genesis of an animal model able to reproduce the anatomical, biochemical and functional alterations in order to obtain a behavioral and neuropathological phenotype more similar to CP. For this, we made three experiments. In the first one, the effects of maternal exposure to low doses of bacterial endotoxin (lipopolysaccharide, LPS) associated or not with perinatal anoxia (PA) on oxidative stress and inflammatory parameters which were examined in cerebral cortices of newborns Wistar male pups. Concentrations of TNF-α, IL-1, IL-4, SOD, CAT and DCF were measured. Other newborn rats were assessed for neonatal developmental milestones from day 1 to 21 (P1 – P21). Motor behavior was also tested at P29 using openfield and Rotarod. LPS and PA alone had different impacts on SOD activity and IL-1, TNF- α and free radicals levels accompanied with slight impact on development and motor performance. When LPS and PA were combined, changes in inflammatory and oxidative stress parameters were greater. In addition, greater motor development and coordination impairments were observed. In the second and third experiments, we investigated morphologic parameters of spinal cord plasticity in rats that undergone through sensorimotor restriction (SR), associated or not to locomotor stimulation. Male Wistar rats were exposed to SR from P2 to P28. Control and experimental rats underwent locomotor stimulation training in a treadmill for three weeks (from P31 to P52). The cross-sectional area (CSA) of spinal motoneurons at lumbar level (L5) as well of myelinated fibers from ischiatic were determined. Also, the intensity of the synaptophysin and caspase-3 immunoreaction was assessed within ventral horn of spinal cord (L5; third experiment). After SR, the mean motoneuron soma size was reduced accompanied by a reduction in the mean fiber and axon CSA of ischiatic nerve. In addition, there was a synaptophysin immunoreactivity reduction accompanied by an increased caspase-3 immunoreactivity. Those alterations were reversed and reached the control levels when animals submitted to SR were exposed to locomotor stimulation. Our results suggest that, in rodents, infections/inflammation, perinatal anoxia and inactivity during early postnatal life could play an important role by creating substrates for the pathological behavior thus, contributing to reproduce clinically relevant phenotype similar to those observed in CP.
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Diagnóstico prenatal ultrasonográfico de circular de cordón con repercusión asfíctica fetal

Charapaqui Poma, Héctor, Charapaqui Poma, Roberto January 2003 (has links)
Se realizó un estudio observacional analítico de tipo casos y controles en gestantes con fetos vivos a término en presentación de vértice, sin malformaciones congénitas, para demostrar que la medición ultrasonográfica transabdominal ante parto de la profundidad y amplitud de la muesca del cordón y de la distancia perpendicular del punto medio de la muesca a la calota fetal puede predecir asfixia neonatal por la presencia de circular de cordón al cuello en fetos en el Instituto Materno Perinatal durante el período diciembre 2002 - febrero 2003. Se compararon 120 gestantes con sospecha ultrasonográfica prenatal de circular de cordón al cuello fetal, confirmada al nacimiento dentro de las 48 horas del examen, con 135 gestantes que no presentaron circular de cordón La amplitud y profundidad de la muesca del cordón umbilical media fue 23,1 mm +/- 5,9 DE y 8,3 mm +/- 2,9 DE); respectivamente. La media de la distancia perpendicular del punto medio de la muesca a la calota fetal fue 12,1 +/- 4,8 mm DE. La media del pH fue 7,23 +/- 0,45 DE en pacientes con sospecha ecográfica de circular de cordón confirmada al nacimiento y 7,24 +/- 0,72 DE en el de pacientes sin circular. No se encontró diferencia estadísticamente significativa (p es mayor que 0,05). Existió relación entre líquido amniótico meconial al nacimiento y la presencia de circular de cordón; p = 0,000001 (RR = 2,81; IC al 95% 1,78 – 44,4); y entre el valor del pH ≤ 7,20 y la presencia de circular de cordón, con diferencia estadísticamente significativa; p = 0,002 (RR = 11,25; IC al 95% 1,46 – 86,6). La profundidad de la muesca del cordón umbilical se relacionó con pH ≤ 7,20. Se concluyó que para encontrar un pH ≤ 7,20 la profundidad de la muesca mínima debe ser 7,55 mm. Palabras Claves: Circular de cordón, asfixia neonatal, ultrasonografía, predicción.

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