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Identificação de melanina em cepas clínicas e ambientais de Burkholderia pseudomallei e atividade in vitro do farnesol como inibidor de β-lactamasesValente, Lívia Gurgel do Amaral January 2012 (has links)
VALENTE, Livia Gurgel do Amaral. Identificação de melanina em cepas clínicas e ambientes de Burkholderia pseudomallei e atividade in vitro do farnesol como inibidor de ß-lactamases. 2012. 81 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-08-12T16:03:59Z
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Previous issue date: 2012 / Burkholderia pseudomallei é um bacilo Gram-negativo causador da melioidose uma doença infecciosa severa e geralmente fatal, a qual pode ser adquirida através da inoculação, inalação e ingestão do microrganismo que se encontra distribuído no ambiente. No Brasil a melioidose é considerada uma doença emergente descrita pela primeira vez em 2003 no Nordeste brasileiro O presente estudo consistiu em identificar o gene hppD que codifica a produção de um precursor importante na síntese de melanina e avaliar fenotipicamente a produção do pigmento em cepas de B pseudomallei através de meios contendo substratos fenólicos. Aliado ao estudo foi realizada a comparação do perfil de sensibilidade e curva de morte entre cepas melanizadas e não melanizada ante ao imipenem além da avaliação da possível ação do sesquiterpeno farnesol como um inibidor de β-lactamases Os isolados utilizados no estudo pertencem ao Laboratório de Patógenos Reemergentes e Emergentes-LAPERE UFC Para o cumprimento da metodologia as cepas foram recuperadas do estoque realizado a extração de DNA e a identificação do gene hppD através de reação de PCR A expressão fenotípica de melanina foi avaliada através de subcultivos em meio Brain Heart infusion (BHI) acrescido de ácido caféico. O teste de sensibilidade com cepas melanizadas e não melanizadas foi realizado utilizando-se o teste de microdiluição em caldo padronizado pelo CLSI segundo documento M07-A8 A curva de morte foi realizada a partir da incubação do inóculo com imipenem no intervalo de 0,125 µg/ mL a 0,5 µg/ mL por 1 e 2 horas, seguida da contagem das colônias A avaliação do farnesol como um possível inibidor de β-lactamases foi realizada através da combinação in vitro do farnesol com antibióticos β-lactâmicos (amoxicilina ampicilina oxacilina imipenem amoxicilina-ácido clavulânico utilizando-se o teste de microdiluição em caldo. O gene hppD foi detectado em todas as cepas de B pseudomallei testadas além da produção de pigmento em meios contendo substratos fenólicos Em relação ao perfil de sensibilidade as cepas não melanizadas e melanizadas apresentaram o mesmo valor de CIM porém as cepas melanizadas demonstraram maior capacidade de sobrevivência quando em contato com a droga do que as cepas não melanizadas. Em relação ao farnesol todas as cepas testadas foram inibidas por este composto com CIM variando de 75 a 150µM Dentre as combinações dos β-lactâmicos testadas com farnesol, todas as drogas apresentaram redução estatisticamente significativa: amoxicilina (p=0,0001) amoxicilina-ácido clavulânico (p=0,0005), ampicilina (p=0,0026), oxacilina (p=0,0001) e imipenem (p=0,0105). Por fim as combinações com amicacina e gentamicina não apresentaram redução estatisticamente significativa pois os aminoglicosídeos praticamente repetiram seus valores quando combinados com farnesol Esse estudo abre perspectivas acerca de um novo fator de virulência melanina ainda não descrita para B pseudomallei, além do sesquiterpeno farnesol como um possível inibidor de β-latamases nessa espécie.
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Distribuição dos SCCmec tipos I, II, III e IV em Staphylococcus aureus meticilina-resistente isolados de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto AlegreReiter, Keli Cristine January 2009 (has links)
Staphylococcus aureus resistente a meticilina (methicillin-resistant Staphylococcus aureus - MRSA) é um patógeno frequentemente hospitalar encontrado em diversos locais do mundo, e vem sendo encarado como uma nova ameaça que parte da comunidade. O fenótipo clássico do MRSA é devido à produção de uma proteína ligante de penicilina modificada (PBP-2a), codificada pelo gene mecA. Esse gene, por sua vez, é carreado em um elemento genético móvel chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec). Além da resistência aos antibióticos β-lactâmicos, esse elemento contém outros determinantes de resistência que contribuem para caracterizar diferentes tipos de SCCmec. Outras características para a classificação do elemento SCCmec em seus diferentes tipos são seus dois complexos essenciais, mec e ccr, o que resulta na identificação de sete SCCmec distintos: I a VII, cada tipo com suas peculiaridades. Recentemente um novo tipo está sendo proposto (tipo VIII), que surgiu a partir de recombinação homóloga e ainda está em estudo. Por mais de 40 anos após o início do seu reconhecimento, infecções por MRSA foram confinadas a pacientes que tiveram extensivo contato com o sistema hospitalar de saúde. Entretanto, a epidemiologia do S. aureus está mudando e infecções em pacientes que tiveram pouco ou nenhum contato com o sistema hospitalar de saúde nos últimos anos já foram intensamente descritas. Recentemente, estes organismos emergiram como a maior causa de infecções adquiridas da comunidade, gerando a classificação atualmente aceita para MRSA: MRSA adquirido no hospital (healthcare-acquired MRSA - HA-MRSA) e adquirido na comunidade (communityacquired MRSA - CA-MRSA). Além de diferenças circunstanciais, grandes diferenças genotípicas existem entre esses dois grupos de MRSA, o que tem determinado grande número de estudos relacionados com a epidemiologia de MRSA através da tipagem do SCCmec. Neste estudo, foi determinada a prevalência do gene mecA bem como a distribuição dos tipos de SCCmec mais comuns e extensivamente estudados (I, II, III e IV) em um total de 365 HAMRSA, durante 2007-2008. Os resultados foram interpretados em conjunto com o perfil de susceptibilidade a diversos antibióticos. O gene mecA foi encontrado em 148 (40,5%) isolados e 68,5% destes pertenciam ao SCCmec tipo III, 21,2% ao tipo I e 1,4% aos tipos I e III simultaneamente. Não foram encontrados SCCmec tipos II e IV neste estudo e em 8,9% dos isolados de MRSA a tipagem não foi possível (SCCmec atípico). Os isolados com SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não-β-lactâmicos quando comparado ao SCCmec tipo I, e esta diferença foi estatisticamente significativa para três antimicrobianos: sulfametoxazoltrimetoprim (p<0,001), doxiciclina (p<0,001) e rifampicina (p<0,001). Enfim, este estudo demonstrou que o tipo III, que é um cassete de multiresistência, é o tipo de SCCmec mais prevalente entre pacientes hospitalizados neste hospital e que é possível determinar a resistência esperada aos antimicrobianos de acordo com o tipo de SCCmec encontrado. O fato de que o tipo IV não foi encontrado no nosso estudo pode indicar a ausência de CA-MRSA em pacientes hospitalizados no nosso hospital.
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Caracterização molecular de Klebsiella pneumoniae multirresistentes produtoras de carbapenemase do tipo KPC isoladas em diferentes regiões do BrasilPereira, Polyana Silva January 2012 (has links)
Submitted by Alessandra Portugal (alessandradf@ioc.fiocruz.br) on 2013-10-03T12:11:26Z
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Klebsiella pneumoniae é um patógeno Gram-negativo da família Enterobacteriaceae, frequentemente
associado às infecções. Isolados clínicos de K. pneumoniae usualmente apresentam resistência a classe
dos beta-lactâmicos, devido a produção de carbapenemase do tipo KPC. Além da resistência a todos
os beta-lactâmicos disponíveis, a KPC possui alta capacidade de disseminação, pois tem sido descrita
em plasmídios associados à transposons (Tn4401). Foi descrita inicialmente nos EUA, e atualmente se
tornou uma ameaça global. A sua primeira descrição no Brasil ocorreu em 2006 e desde então sua
incidência tem crescido significativamente. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o
polimorfismo genético, determinar o perfil de resistência a antimicrobianos, identificar o plasmídio
carreador e a região flanqueadora do gene blaKPC de 165 amostras de K.pneumoniae produtoras de
KPC provenientes de doze estados Brasileiros (AL, AM, CE, DF, ES, GO, MG, MA, PE, PI, RJ e SC)
no período de 2006 a 2010. A confirmação da produção de KPC e identificação da variante alélica
foram realizadas por PCR e sequenciamento. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinada
através de difusão em ágar (CLSI, 2011) e determinação da CIM por Etest® (ANVISA N°1/2010).
PFGE e MLST foram utilizados para a análise epidemiológica. Avaliação da região flanqueadora do
gene blaKPC foi realizada através de PCR para detecção do Tn4401. A identificação do plasmídio
carreador do gene blaKPC foi realizada através de extração plasmidial (Kado e Liu, 1981) e
hibridização (Sambrook e Russel, 2001). As amostras foram recuperadas principalmente a partir de
sangue (39%) e urina (37%), e todas as cepas produziram KPC-2. Foi observada resistência a
ciprofloxacina (95,7%), sulfametoxazol/trimetoprima (84,2%), amicacina (34%) e gentamicina (57%),
fosfomicina (7,8%), polimixina B (11%) e tigeciclina (38%). A maioria das cepas se mostrou
multirresistente, sendo três resistentes a todas as classes de antimicrobianos testadas. Através de
PFGE, encontramos 28 grupos clonais, sendo três mais prevalentes: grupo A (40,6%- ES, RJ, SC e
CE); grupo C (23% - CE, DF, MG, GO, PE e RJ); grupo Q (9,7%- AL, ES, DF e PI). Através de
MLST, também se observou 28 clones, mostrando boa correlação. Os grupos clonais A/KpRj, C e Q
foram designados por MLST como ST437, ST11 e ST340 respectivamente. Através de análise
filogenética, observamos três complexos clonais entre nossas amostras: CC11 (ST11, ST340, ST437,
ST757, ST855), CC16-17 e CC758-840. O CC11 apresenta grande importância epidemiológica, pois
inclui dois STs que têm desempenhado papel de destaque em relação à disseminação do gene blaKPC:
ST258 e ST11 (encontrado em nosso trabalho). O gene blaKPC-2 foi encontrado associado ao Tn4401,
isoforma “a” em todas as amostras, e associado à plasmídios em 95,3% das amostras. Desses
plasmídios, 92% eram de 40kb (IncN) e 8% de 55kb (IncL/M). Dessa forma, acreditamos que em
nosso país esteja ocorrendo a disseminação do gene blaKPC tanto devido a dispersão de um mesmo
plasmídio de aproximadamente 40kb do grupo de IncN entre cepas de diferentes STs, como também a
disseminação de um mesmo complexo clonal (CC11), onde os clones A-KpRJ/ST437 e C/ST11 tem
desempenhado importante. / Klebsiella pneumoniae is a Gram-negative pathogen belonging to Enterobacteriaceae family, often
associated with infections. Clinical isolates of K. pneumoniae usually show resistance to beta-lactams,
due to production of KPC-type carbapenemase. In addition to resistance to all beta-lactams available,
this carbapenamase has high capacity to spread, since it has been described in plasmids associated
with transposons (Tn4401). KPC was first described in the U.S., and nowadays is considered a global
threat. The first description of KPC in Brazil occurred in 2006 and since then its incidence has greatly
increased. Thus, the objective of this study was to analyze the genetic polymorphism, determine the
antimicrobial resistance profile, and identify the carrier plasmid and the flanking region of the blaKPC
gene of 165 KPC-producing K.pneumoniae from twelve Brazilian states (AL, AM, CE, DF, ES, GO,
MG, MA, PE, PI, RJ and SC) in the period of years 2006 to 2010. Confirmation of KPC production
and identification of the allele variant were performed by PCR and sequencing. The antimicrobial
susceptibility was determined by agar diffusion (CLSI, 2011) and MIC determination by Etest®
(ANVISA 1/ 2010). PFGE and MLST were used for epidemiological analysis. Evaluation of flanking
region surrounding the blaKPC gene was performed by PCR for the detection of Tn4401. The
identification of the plasmid carrying the blaKPC gene was performed by plasmid extraction (Kado and
Liu, 1981) and hybridization (Sambrook and Russell, 2001). The isolates were mainly recovered from
blood (39%) and urine (37%), and all strains produced KPC-2. Resistance was observed to
ciprofloxacin (95,7%), sulfamethoxazole/trimethoprim (84.2%), amikacin (34%), gentamicin
(57%), fosfomycin (7.8%), polymyxin B (11%) and tigecycline (38%). Most of the strains showed
multidrug resistant pattern, and three of them were resistant to all classes of antimicrobials tested. By
PFGE, we found 28 clonal groups, three being the most prevalent: group A (40.6% - ES, RJ, SC and
EC), group C (23% - CE, DF, MG, GO, RJ and EP); group Q (9.7% - AL, ES, DF and PI). By MLST,
we also found 28 profiles, showing good consistency between these two methodologies. The clonal
group A/KpRj, C and Q were designated by MLST as ST437, ST11 and ST340 respectively.
Phylogenetic analysis showed three clonal complexes: CC11 (ST11, ST340, ST437, ST757, ST855),
CC16-17 and CC758-840. The CC11 has great epidemiological importance, because it includes two
STs that have been playing a prominent role in the spread of the blaKPC gene: ST258 and ST11 (found
in our work). The blaKPC-2 gene was found associated with Tn4401, isoform "a" in all samples, and
associated with plasmids in 95.3% of them. Of these plasmids, 92% had 40kb belonging to the IncN
group and 8% had 55kb (IncL/M). Thus, we believe that our country is experiencing the spread of the
gene blaKPC both associated with the dispersion of a single plasmid of approximately 40kb of the IncN
group among strains of different STs, but also by the spread of the same clonal complex (CC11),
where the clones A-KpRJ/ST437 and C/ST11 has played an important role.
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Distribuição dos SCCmec tipos I, II, III e IV em Staphylococcus aureus meticilina-resistente isolados de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto AlegreReiter, Keli Cristine January 2009 (has links)
Staphylococcus aureus resistente a meticilina (methicillin-resistant Staphylococcus aureus - MRSA) é um patógeno frequentemente hospitalar encontrado em diversos locais do mundo, e vem sendo encarado como uma nova ameaça que parte da comunidade. O fenótipo clássico do MRSA é devido à produção de uma proteína ligante de penicilina modificada (PBP-2a), codificada pelo gene mecA. Esse gene, por sua vez, é carreado em um elemento genético móvel chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec). Além da resistência aos antibióticos β-lactâmicos, esse elemento contém outros determinantes de resistência que contribuem para caracterizar diferentes tipos de SCCmec. Outras características para a classificação do elemento SCCmec em seus diferentes tipos são seus dois complexos essenciais, mec e ccr, o que resulta na identificação de sete SCCmec distintos: I a VII, cada tipo com suas peculiaridades. Recentemente um novo tipo está sendo proposto (tipo VIII), que surgiu a partir de recombinação homóloga e ainda está em estudo. Por mais de 40 anos após o início do seu reconhecimento, infecções por MRSA foram confinadas a pacientes que tiveram extensivo contato com o sistema hospitalar de saúde. Entretanto, a epidemiologia do S. aureus está mudando e infecções em pacientes que tiveram pouco ou nenhum contato com o sistema hospitalar de saúde nos últimos anos já foram intensamente descritas. Recentemente, estes organismos emergiram como a maior causa de infecções adquiridas da comunidade, gerando a classificação atualmente aceita para MRSA: MRSA adquirido no hospital (healthcare-acquired MRSA - HA-MRSA) e adquirido na comunidade (communityacquired MRSA - CA-MRSA). Além de diferenças circunstanciais, grandes diferenças genotípicas existem entre esses dois grupos de MRSA, o que tem determinado grande número de estudos relacionados com a epidemiologia de MRSA através da tipagem do SCCmec. Neste estudo, foi determinada a prevalência do gene mecA bem como a distribuição dos tipos de SCCmec mais comuns e extensivamente estudados (I, II, III e IV) em um total de 365 HAMRSA, durante 2007-2008. Os resultados foram interpretados em conjunto com o perfil de susceptibilidade a diversos antibióticos. O gene mecA foi encontrado em 148 (40,5%) isolados e 68,5% destes pertenciam ao SCCmec tipo III, 21,2% ao tipo I e 1,4% aos tipos I e III simultaneamente. Não foram encontrados SCCmec tipos II e IV neste estudo e em 8,9% dos isolados de MRSA a tipagem não foi possível (SCCmec atípico). Os isolados com SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não-β-lactâmicos quando comparado ao SCCmec tipo I, e esta diferença foi estatisticamente significativa para três antimicrobianos: sulfametoxazoltrimetoprim (p<0,001), doxiciclina (p<0,001) e rifampicina (p<0,001). Enfim, este estudo demonstrou que o tipo III, que é um cassete de multiresistência, é o tipo de SCCmec mais prevalente entre pacientes hospitalizados neste hospital e que é possível determinar a resistência esperada aos antimicrobianos de acordo com o tipo de SCCmec encontrado. O fato de que o tipo IV não foi encontrado no nosso estudo pode indicar a ausência de CA-MRSA em pacientes hospitalizados no nosso hospital.
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Distribuição dos SCCmec tipos I, II, III e IV em Staphylococcus aureus meticilina-resistente isolados de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto AlegreReiter, Keli Cristine January 2009 (has links)
Staphylococcus aureus resistente a meticilina (methicillin-resistant Staphylococcus aureus - MRSA) é um patógeno frequentemente hospitalar encontrado em diversos locais do mundo, e vem sendo encarado como uma nova ameaça que parte da comunidade. O fenótipo clássico do MRSA é devido à produção de uma proteína ligante de penicilina modificada (PBP-2a), codificada pelo gene mecA. Esse gene, por sua vez, é carreado em um elemento genético móvel chamado staphylococcal cassette chromosome (SCCmec). Além da resistência aos antibióticos β-lactâmicos, esse elemento contém outros determinantes de resistência que contribuem para caracterizar diferentes tipos de SCCmec. Outras características para a classificação do elemento SCCmec em seus diferentes tipos são seus dois complexos essenciais, mec e ccr, o que resulta na identificação de sete SCCmec distintos: I a VII, cada tipo com suas peculiaridades. Recentemente um novo tipo está sendo proposto (tipo VIII), que surgiu a partir de recombinação homóloga e ainda está em estudo. Por mais de 40 anos após o início do seu reconhecimento, infecções por MRSA foram confinadas a pacientes que tiveram extensivo contato com o sistema hospitalar de saúde. Entretanto, a epidemiologia do S. aureus está mudando e infecções em pacientes que tiveram pouco ou nenhum contato com o sistema hospitalar de saúde nos últimos anos já foram intensamente descritas. Recentemente, estes organismos emergiram como a maior causa de infecções adquiridas da comunidade, gerando a classificação atualmente aceita para MRSA: MRSA adquirido no hospital (healthcare-acquired MRSA - HA-MRSA) e adquirido na comunidade (communityacquired MRSA - CA-MRSA). Além de diferenças circunstanciais, grandes diferenças genotípicas existem entre esses dois grupos de MRSA, o que tem determinado grande número de estudos relacionados com a epidemiologia de MRSA através da tipagem do SCCmec. Neste estudo, foi determinada a prevalência do gene mecA bem como a distribuição dos tipos de SCCmec mais comuns e extensivamente estudados (I, II, III e IV) em um total de 365 HAMRSA, durante 2007-2008. Os resultados foram interpretados em conjunto com o perfil de susceptibilidade a diversos antibióticos. O gene mecA foi encontrado em 148 (40,5%) isolados e 68,5% destes pertenciam ao SCCmec tipo III, 21,2% ao tipo I e 1,4% aos tipos I e III simultaneamente. Não foram encontrados SCCmec tipos II e IV neste estudo e em 8,9% dos isolados de MRSA a tipagem não foi possível (SCCmec atípico). Os isolados com SCCmec tipo III foram mais resistentes aos antibióticos não-β-lactâmicos quando comparado ao SCCmec tipo I, e esta diferença foi estatisticamente significativa para três antimicrobianos: sulfametoxazoltrimetoprim (p<0,001), doxiciclina (p<0,001) e rifampicina (p<0,001). Enfim, este estudo demonstrou que o tipo III, que é um cassete de multiresistência, é o tipo de SCCmec mais prevalente entre pacientes hospitalizados neste hospital e que é possível determinar a resistência esperada aos antimicrobianos de acordo com o tipo de SCCmec encontrado. O fato de que o tipo IV não foi encontrado no nosso estudo pode indicar a ausência de CA-MRSA em pacientes hospitalizados no nosso hospital.
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Identificação microbiologica em dentes com necrose pulpar e abscessos periapicais e a suscetibilidade antimicrobiana de algumas bacterias anaerobias isoladas / Microbial identification in teeth with pulpar necrosis and periapical abscess and the antimicrobial susceptibility of some anaerobic bacteriaMontagner, Francisco 13 August 2018 (has links)
Orientadores: Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes, Rogerio de Castilho Jacinto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-13T00:24:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Os objetivos do presente estudo foram analisar a microbiota endodôntica em dentes que se apresentavam com necrose pulpar e abscesso periapical; investigar a presença de enterococos, fungos e enterobactérias na saliva e nos canais radiculares; e, determinar in vitro a suscetibilidade antimicrobiana de bactérias anaeróbias estritas isoladas com método de E-test e produção de _-Lactamases. Coletas microbiológicas de 30 canais radiculares e 30 amostras de saliva dos mesmos pacientes foram processadas e identificadas empregando-se métodos de cultura microbiana e testes bioquímicos. Análise estatística foi realizada através dos testes Qui-quadrado de Pearson ou de Fisher. Dos 159 microrganismos isolados nos canais radiculares, predominaram anaeróbios estritos e bactérias Gram-positivas, sendo Peptostreptococcus micros a espécie mais freqüentemente isolada. Fungos, enterobactérias e enterococos foram pouco isolados dos canais radiculares, sendo mais freqüentemente observados em amostras de saliva. Associações de espécies e sinais e sintomas de origem endodôntica foram encontrados. Penicilina G, amoxicilina, amoxicilina + ácido clavulânico, metronidazol foram bastante efetivos frente aos microrganismos testados. Todas as cepas de P. buccae, P. intermedia/nigrescens, P. disiens, P. micros e P. propionicum foram sensíveis à amoxicilina e ao metronidazol. F. nucleatum demonstrou ser bastante resistente aos antibióticos lactâmicos. Observou-se proporção variável de cepas capazes de produzir lactamases. Os resultados sugerem que a infecção endodôntica primária associada a casos sintomáticos é mista, com predomínio de anaeróbios estritos. A presença de fungos, enterococos e enterobactérias não foi significativa tanto nos canais radiculares quanto nas amostras de saliva. Os antibióticos testados mostraram-se efetivos, no entanto resistência microbiana foi detectada em taxas variáveis de acordo com a espécie estudada. / Abstract: The aim of the present study was to analyze the endodontic microbiota of teeth with pulp necrosis and spontaneous pain; detect the presence of enterococci, fungi and enteric bacteria in saliva and root canals; and, to determine, in vitro the antimicrobial sensitivity of anaerobic isolates by E-test and _-lactamasis production. Thirty samples were collected from both root canals and saliva, and processed using strict microbiological techniques. Statistical analysis was performed with Persons X2 test or Fisher's Exact Test, as appropriated. A hundred and fifty nine strains were isolated from the root canals, with a predominance of strict anaerobes and gram-positive bacteria, and Peptostreptococcus micros was the most frequently isolated species. Fungi, enterobacteria and enterococci were seldom found in root canals. There were no Enterobacteria in both places. Positive associations between specific species and signs and symptoms of endodontic origin were present. Penicillin G, amoxicillin, amoxicilin + clavulanate, and metronidazole were effective against the tested microorganisms. All strains of P. buccae, P. intermedia/nigrescens, P. disiens, P. micros e P. propionicum were susceptible to amoxicillin and metronidazole. About 12% to 33% of the isolates were able to produce beta-lactamasis. The present results suggested that the primary endodontic infection in symptomatic teeth was mixed, and was predominantly formed by strict anaerobic strains. Fungi, enterococci and enterobacteria were not significantly found in root canals and saliva. The tested antibiotics were effective, however resistance was detected in several clinical isolates. / Mestrado / Endodontia / Mestre em Clínica Odontológica
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Caracterização de cepas de Pseudomonas spp isoladas de efluente hospitalar não tratado : resistência a beta-lactâmicos e presença de integrons / Characterization of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents: beta-lactams resistance and presence of integronsSpindler, Aline January 2009 (has links)
As bactérias contendo este elemento de mobilidade genética podem contribuir para a disseminação de determinantes de resistência, bem como servir de reservatório em potencial para estes genes. / Pseudomonas genus, widely distributed in the environment, is often found associated to determinants of beta-lactams resistance and presence of integrons. The present study was conducted to investigate the resistance profile of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents, likewise beta-lactamase genes and integrons. Untreated hospital effluents were collected from four hospitals in Porto Alegre, RS. Non-fermenter bacteria were isolated; the identification was confirmed by 16S rRNA PCR. Susceptibility testing was determined by the disk-diffusion method using 11 different betalactams antimicrobials. The beta-lactamase genes blaIMP, blaVIM, blaSPM-1, blaOXA-23-like, blaOXA-24-like, blaOXA-51-like and blaGES-like genes and the integrons genes intI1, intI2 and intI3 were determined by PCR using specific primers. One hundred and twenty-eight isolates were recovered; the most common species was P. pseudoalcaligenes. The resistance level found was considered high, 62 (50%) isolates were multi-resistants. No isolate carrying the beta-lactamase genes tested was found among the strains. Of 68 isolates considered positives for integrons, 52 were identified as carrying the class 1 integron gene, intI1. No isolate carrying class 1 or class 2 integrons was found among the strains. Untreated hospital effluents could be a source of environmental contamination due to discharge of antimicrobial resistant bacteria, in the case of the present study, also integron positives. Bacteria carrying this genetic mobile element can contribute for the dissemination of resistance determinants and also act like a potential reservoir for many types of resistance genes.
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Caracterização de cepas de Pseudomonas spp isoladas de efluente hospitalar não tratado : resistência a beta-lactâmicos e presença de integrons / Characterization of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents: beta-lactams resistance and presence of integronsSpindler, Aline January 2009 (has links)
As bactérias contendo este elemento de mobilidade genética podem contribuir para a disseminação de determinantes de resistência, bem como servir de reservatório em potencial para estes genes. / Pseudomonas genus, widely distributed in the environment, is often found associated to determinants of beta-lactams resistance and presence of integrons. The present study was conducted to investigate the resistance profile of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents, likewise beta-lactamase genes and integrons. Untreated hospital effluents were collected from four hospitals in Porto Alegre, RS. Non-fermenter bacteria were isolated; the identification was confirmed by 16S rRNA PCR. Susceptibility testing was determined by the disk-diffusion method using 11 different betalactams antimicrobials. The beta-lactamase genes blaIMP, blaVIM, blaSPM-1, blaOXA-23-like, blaOXA-24-like, blaOXA-51-like and blaGES-like genes and the integrons genes intI1, intI2 and intI3 were determined by PCR using specific primers. One hundred and twenty-eight isolates were recovered; the most common species was P. pseudoalcaligenes. The resistance level found was considered high, 62 (50%) isolates were multi-resistants. No isolate carrying the beta-lactamase genes tested was found among the strains. Of 68 isolates considered positives for integrons, 52 were identified as carrying the class 1 integron gene, intI1. No isolate carrying class 1 or class 2 integrons was found among the strains. Untreated hospital effluents could be a source of environmental contamination due to discharge of antimicrobial resistant bacteria, in the case of the present study, also integron positives. Bacteria carrying this genetic mobile element can contribute for the dissemination of resistance determinants and also act like a potential reservoir for many types of resistance genes.
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Caracterização de cepas de Pseudomonas spp isoladas de efluente hospitalar não tratado : resistência a beta-lactâmicos e presença de integrons / Characterization of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents: beta-lactams resistance and presence of integronsSpindler, Aline January 2009 (has links)
As bactérias contendo este elemento de mobilidade genética podem contribuir para a disseminação de determinantes de resistência, bem como servir de reservatório em potencial para estes genes. / Pseudomonas genus, widely distributed in the environment, is often found associated to determinants of beta-lactams resistance and presence of integrons. The present study was conducted to investigate the resistance profile of Pseudomonas spp strains isolated from untreated hospital effluents, likewise beta-lactamase genes and integrons. Untreated hospital effluents were collected from four hospitals in Porto Alegre, RS. Non-fermenter bacteria were isolated; the identification was confirmed by 16S rRNA PCR. Susceptibility testing was determined by the disk-diffusion method using 11 different betalactams antimicrobials. The beta-lactamase genes blaIMP, blaVIM, blaSPM-1, blaOXA-23-like, blaOXA-24-like, blaOXA-51-like and blaGES-like genes and the integrons genes intI1, intI2 and intI3 were determined by PCR using specific primers. One hundred and twenty-eight isolates were recovered; the most common species was P. pseudoalcaligenes. The resistance level found was considered high, 62 (50%) isolates were multi-resistants. No isolate carrying the beta-lactamase genes tested was found among the strains. Of 68 isolates considered positives for integrons, 52 were identified as carrying the class 1 integron gene, intI1. No isolate carrying class 1 or class 2 integrons was found among the strains. Untreated hospital effluents could be a source of environmental contamination due to discharge of antimicrobial resistant bacteria, in the case of the present study, also integron positives. Bacteria carrying this genetic mobile element can contribute for the dissemination of resistance determinants and also act like a potential reservoir for many types of resistance genes.
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Sintese de B-piperonil-y-butirolactona e B-lactamas utilizando reações de Morita-Baylis-Hillman / Synthesis of beta-piperonil-gamma-butirolactone and beta-lactams using reactions of Morita-Baylis-HilmanAndré, Marcelo Fabiano, 1978- 03 June 2009 (has links)
Orientador: Fernando Antonio Santos Coelho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Quimica / Made available in DSpace on 2018-08-14T14:24:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: As b-piperonil-g-butirolactonas são intermediários importantes, tendo em vista que a partir delas é possível dar origem a uma série de lignanas, classe de substâncias de grande interesse científico, por apresentarem diversas atividades biológicas, tais como: antiretroviral, antitumoral, antimalárica, entre outras. Neste trabalho realizamos estudos visando melhorar a diastereosseletividade na preparação de g-butirolactonas com estereoquímica relativa trans, já que a cis já era preparada com boa diastereosseletividade em nosso laboratório. A metodologia desenvolvida baseia-se na redução de um b-ceto-éster obtido a partir da oxidação de um a-ciano-metil-b-hidroxi-éster, este último obtido com um bom rendimento a partir de uma reação de adição de Michael sobre um aduto de Morita-Baylis-Hillman ( MBH). Na segunda parte do trabalho preparamos b-amino-ésteres a partir dos adutos de Morita-Baylis- Hillman (MBH). Utilizamos como estratégia uma reação de adição do tipo Michael com várias aminas. Os b-amino-ésteres foram obtidos com rendimentos variando de 78-93%. Os produtos foram caracterizados e a estereoquímica relativa foi determinada, por nOe, através da formação de um intermediário oxazinanona. Esses b-amino-ésteres são importantes intermediários para a síntese de heterociclos, tais como b-lactamas e oxazinanonas funcionalizadas. / Abstract: The b-piperonil-g-butirolactones are important synthetic intermediates, since they can be used as substrates for the synthesis of different type of lignans, a class of substances of great scientific interest. Lignans exhibit relevant biological activites, as anti-tumoral, anti-retroviral, anti-malarial, etc. In this work, studies have been carried out aiming at improving the diastereoselectivity for the preaparation of butirolactones having anti relative stereochemistry. A method to synthesize g-butirolactone have already been established in our laboratory. The methodology used was based on the the stereoselective reduction of a b-ketoester prepared from the oxidation of a a-cyanomethyl-b-hydroxy-ester. The latter was promptly prepared, in good yields, from a cyanide 1,4 addition over the double bond of Morita-Baylis-Hillman (MBH) adducts. In the second part of this work, we have prepared several b-amino-esters from Morita-Baylis- Hillman (MBH) adducts. The strategy was based also on a Michael addition of different amines over the double bond of MBH adducts. The b-amino-esters were obtained in good yield. Their stereochemistries were determined by nOe experiments of the corresponding oxazinanones. These b-amino-esters are important intermediates for the synthesis of heterocycles, as b-lactams and functionalized oxazinanones. / Mestrado / Quimica Organica / Mestre em Química
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