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Diversidade de insetos predadores em pomares cítricos orgânicos e agroflorestais no Vale do Caí, RS / Diversity of predator insects in organic and agroforestry citric orchards in the Caí Valley, RSDalbem, Ricardo Vieira January 2010 (has links)
A biodiversidade tem papel importante no manejo das pragas dos agroecossistemas. Os sistemas de produção orgânico e agroflorestal representam técnicas de manejo que podem contribuir para o estabelecimento de uma maior diversidade, inclusive de organismos benéficos. Dentre estes, destacam-se os insetos predadores, que tem potencial para realizar o controle biológico natural de pragas. Este trabalho teve como objetivo amostrar a diversidade de insetos predadores e verificar se o manejo agroflorestal propicia uma maior diversidade deste grupo em comparação com o manejo orgânico tradicional. Foram realizadas amostragens mensais com uso de guarda-chuva japonês e rede de varredura, ao longo de doze meses, em quatro pomares cítricos em propriedades localizadas no Vale do Caí, duas com manejo agroflorestal e duas com manejo orgânico. Ao todo foram coletados 502 insetos predadores de 43 espécies, distribuídos em cinco ordens e nove famílias. O grupo mais rico foi Coccinelidade (Coleoptera), amostrado majoritariamente nas árvores de citros com o guarda-chuva japonês, enquanto que o mais abundante foi Formicidae (Hymenoptera), amostrado principalmente na vegetação espontânea com a rede de varredura. Os métodos de amostragem se complementam na amostragem da entomofauna presente nos agroecossistemas. Os estimadores de riqueza mostraram que não foi atingida a suficiência amostral. A distribuição de abundância seguiu o padrão para artrópodos em regiões tropicais, com muitas espécies raras. Os pomares agroflorestais tiveram índices de diversidade maiores que os pomares orgânicos. Os pomares com manejo agroflorestal foram mais ricos que os com manejo orgânico, quando a riqueza foi analisada contra a abundância. A composição da fauna foi distinta entre os pomares, mas não entre as estações. Os resultados mostram que o manejo agroflorestal estimula o estabelecimento de uma maior diversidade de insetos predadores. A diversidade estrutural e florística do pomar é importante, assim como as plantas espontâneas e a vegetação do entorno parecem ser reservatórios importantes para estes organismos. / Biodiversity has an important role in the management of pests in agroecosystems. The organic and agroforestry production systems represent management techniques which can contribute to the establishment of a greater diversity, including that of beneficial organisms. Among these, are the predator insects, with potential to the natural biological control of pests. This work aimed to sample the diversity of predator insects and verify if the agroforestry management favors a greater diversity of this group in comparison to the traditional organic management. Monthly samples were done with the use of the beating and sweeping net methods, during twelve (12) months, in four citric orchards in properties situated at the Caí Valley, two with agroforestry management and two with organic management. Overall, 502 predator insects, belonging to 43 species were collected, distributed in five orders and nine families. The richest group was Coccinelidae (Coleoptera), sampled mostly on the citrus trees with the beating method, while the most abundant one was Formicidae (Hymenoptera), sampled mostly in the spontaneous vegetation with the sweeping net method. The sampling methods complement each other in the sampling of the entomofauna present in the agroecosystems. The richness estimators showed that sampling sufficiency was not achieved. The abundance distribution followed the pattern found for arthropods in tropical regions, with a lot of rare species. The agroforestry orchards had higher diversity indexes than the organic orchards. The agroforestry managed orchards were richer than the organic managed ones, when richness was plotted against abundance. The faunal composition was distinct between the orchards, but not among the seasons. Results show that the agroforestry management stimulates the establishment of a higher diversity of predator insects. The orchard structural and floristic diversity is important, as the spontaneous plants and the surrounding vegetation seems to be important reservoirs for these organisms.
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Estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos na bacia hidrográfica do Rio Forqueta (RS, BRASIL) em múltiplas escalas espaciaisStrohschoen, Andreia Aparecida Guimarães January 2011 (has links)
Os macroinvertebrados bentônicos constituem uma importante comunidade em riachos, pois participam do fluxo de energia, sendo um importante recurso alimentar para níveis tróficos adjacentes e superiores. Formam uma fauna bastante diversificada e a estrutura desta comunidade pode ser influenciada por diversos fatores ambientais, os quais variam no tempo, no espaço e na escala analisada. O presente estudo objetivou: a) analisar a estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em uma bacia hidrográfica gaúcha, a saber bacia do rio Forqueta (RS, Brasil) em nível taxonômico e de grupos funcionais; b) investigar a variação sazonal (verão e inverno) e a variação espacial da estrutura da comunidade em função de diferenças espaciais nas características morfo-fisiográficas dos trechos amostrados; c) identificar a variabilidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em três escalas espaciais (rio, segmento de rio e mesohábitat), enfatizando quais escalas espaciais melhor explicam a estrutura da comunidade nesta bacia; d) investigar quais os descritores ambientais mensurados influenciam na estrutura da comunidade e e) qual a porcentagem da variabilidade na riqueza de organismos pode ser explicada pelos descritores ambientais locais mensurados. Realizou-se amostragens de macroinvertebrados bentônicos e descritores ambientais nos períodos de inverno de 2007 e verão de 2008 em oito sítios de amostragem na bacia do rio Forqueta (RS, Brasil). A estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos foi caracterizada por uma baixa diversidade, presença de muitas famílias raras e poucas abundantes. Houve predomínio do grupo funcional de coletores nos ambientes analisados. Observou-se maior diversidade nos locais amostrados localizados na unidade geomorfológica Serra Geral, denotando a importância da geomorfologia na estruturação das comunidades aquáticas. Para a análise da estrutura da comunidade em escalas espaciais, as amostragens seguiram um delineamento amostral hierárquico. Foram analisados oito segmentos de rio, considerando os mesohábitats: corredeira e remanso, no verão de 2008. A análise nested Anova mostrou que a comunidade de macroinvertebrados bentônicos varia nas escalas analisadas, sendo que a comunidade está estruturada principalmente de acordo com a escala de mesohábitat. 46,5% da variação na riqueza foi explicada pelas diferenças entre os mesohábitats. Nesta escala houve maior variação na estrutura da comunidade, segundo a Permanova. A Análise de Redundância parcial (pRDA) evidenciou pH, largura do leito do rio, velocidade da corrente e alcalinidade como os descritores que mais contribuiram para explicar a estrutura espacial da comunidade. A partilha da variância mostrou que 12,5% da variabilidade da comunidade foi explicada puramente pelos descritores ambientais. Os resultados mostraram a correspondência entre a distribuição das comunidades de macroinvertebrados bentônicos e os descritores ambientais, demonstrando a importância das variações em mesoescala para o estudo da distribuição destes organismos nesta bacia. / The benthic macroinvertebrate constitute an important community in streams, as part of the flow of energy, being an important food resource for adjacent and higher trophic levels. Form a very diverse fauna and the structure of this community can be influenced by several environmental factors, which vary in time, in space and on the scale considered. This study aimed to: a) analyze the community structure of benthic macroinvertebrate in Forqueta river basin (RS, Brazil) in level taxonomic and functional groups, during winter 2007 and summer 2008, b) investigate the seasonal variation (summer and winter) and the spatial variation of community structure due to spatial differences in morpho-physiographic, d) identify the variability of the macroinvertebrate community at three spatial scales (river, river segment and mesohabitat), emphasizing spatial scales which best explain the community structure in this basin, e) investigate the descriptors which measured environmental influences on community structure and f) what percentage of the variability in the richness of organisms can be explained by local environmental descriptors. The structure of the benthic macroinvertebrate community was characterized by a low diversity, the presence of many rare and few abundant families. There was a higher of the functional group of collectors in the environments analyzed. There was greater diversity in Serra Geral geomorphological unit, emphasizing the importance of geomorphology in structuring aquatic communities. For the analysis of community structure in spatial scales, the sampling followed a hierarchical sampling design. We analyzed the eight segments of the river, considering the mesohabitats: riffles and pools, in the summer of 2008. The nested ANOVA showed that the benthic macroinvertebrate community changes in scales, and that the community is organized mainly according to the scale of mesohabitat. 46.5% of the variation in richness was explained by differences between the mesohabitats. This scale was greater variation in community structure, according to Permanova. Partial Redundancy Analysis (pRDA) showed pH, width of the river bed, flow and alkalinity as the descriptors that contributed most to explain the spatial structure of the community. The partition of variance showed that 12.5% of the variability of community was explained by purely environmental descriptors. The results showed the correlation between the distribution of benthic macroinvertebrate communities and environmental descriptors, demonstrating the importance of variations in mesoscale to study the distribution of these organisms in this basin.
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Helmintos parasitos de Rhinella Fernandezae (Gallardo, 1957) (Anura, Bufonidae) do município de Imbé, Rio Grande do Sul, BrasilSantos, Viviane Gularte Tavares dos January 2008 (has links)
Os anuros são os anfíbios mais conhecidos no mundo, com aproximadamente 5.067 espécies identificadas. O Brasil abriga a maior riqueza de anuros do planeta. Os sapinhosde- jardim, Rhinella fernandezae, são incluídos na família Bufonidae, para qual tem aumentado anualmente o número de espécies conhecidas. Para o Rio Grande do Sul existem registros de 17 espécies de anuros bufonídeos. Mesmo o Brasil abrigando a maior riqueza de anuros, estudos sobre a helmintofauna destes ainda são escassos. Espécimes de Rhinella fernandezae foram capturados, manualmente, com auxílio de páde- jardim em Imbé, RS. Os sapos foram transportados em recipientes plásticos para o Laboratório de Helmintologia do Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde foram mantidos em terrário contendo substrato umidificado do local. Foram mortos com lidocaína e foram necropsiados. Todos foram identificados e depositados na Coleção de Anfíbios do Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Os órgãos internos foram individualizados em placas de petri para exame e coleta dos helmintos. Os helmintos foram processados, corados e/ou diafanizados de acordo com o grupo. Foram encontradas 13 espécies de helmintos: quatro digenéticos (Catadiscus sp., Gorgoderina festoni, Gorgoderina sp. e metacercárias de diplostomídeo), dois cestóides (Cylindrotaenia americana e plerocercóides de Proteocefalidea), dois acantocéfalos (Acanthocephalus lutzi e cistacantos de Centrorhynchus sp.) e cinco nematóides (Cosmocerca parva, Aplecatana meridionalis, Strongyloides carinii, Rhabdias fuelleborni e Oswaldocruzia sp.). Sendo que 10 espécies foram encontradas em forma adulta e três em forma larval (metacercária, plerocercóide e cistacanto). A intensidade média de infecção foi de 26,73 helmintos/hospedeiro. Os nematóides apresentaram maior representatividade, com 80% dos helmintos coletados e com 39% do total de espécies encontradas em R. fernandezae. Os digenéticos representaram 31% do total de espécies encontradas. O maior número de espécies e a alta representatividade de nematóides devem estar associados ao hábito terrestre da espécie hospedeira. A abundância e a prevalência de helmintos não foram afetadas pelo sexo do hospedeiro. A riqueza parasitária não foi influenciada pelo tamanho (comprimento e peso) do hospedeiro. A correlação entre comprimento dos hospedeiros e abundância de helmintos apresentou resultados significativos para duas espécies (Aplectana meridionalis e Centrorhynchus sp.). A correlação entre comprimento dos hospedeiros e a prevalência de helmintos também apresentou resultados significativos para uma espécie (Aplectana meridionalis). A comunidade parasitária do sapinho-dejardim do município de Imbé, RS, apresenta a segunda maior riqueza parasitária para bufonídeos já registrada no mundo e se caracteriza como uma comunidade parasitária do tipo isolacionista.
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Partição aditiva da diversidade de nematoda em lagoas costeiras : componentes espaciais e ambientais / Additive partitioning of Nematoda diversity in coastal lakes: spatial and environmental componentsFlach, Pamela Ziliotto Sant Anna January 2009 (has links)
A partição aditiva da diversidade tem recebido cada vez mais atenção dos ecólogos, sendo utilizada como uma abordagem para fracionar a diversidade ao longo de múltiplas escalas. A abordagem permite ainda testar se a diversidade em cada uma das escalas é maior ou menor do que o esperado segundo uma distribuição de indivíduos ao acaso nas unidades amostrais. Este trabalho avalia a diversidade alfa e beta de nematódeos em cinco escalas espaciais (de cm a km). A importância de componentes ambientais e geográficos (dentro de lagoas e entre lagoas) na diversidade desses organismos também é estimada. Como medida de diversidade utilizou-se a riqueza de morfotipos. Através de dados da literatura, comparou-se a diversidade de Nematoda com os padrões de diversidade descritos para organismos unicelulares de mesmo tamanho (menores de 2 mm). A expectativa era que a assembléia de nematódeos apresentasse uma alta diversidade alfa nas escalas espaciais inferiores, como ocorre para protistas, e valores baixos para diversidade beta, uma vez que a variação na composição da nematofauna refletiria principalmente mudanças nas características ambientais. Foram registrados 13.358 indivíduos e 59 morfoespécies de nematódeos. A partição aditiva da diversidade revelou que a importância da diversidade beta nas escalas maiores (dentro e entre ambientes e entre lagoas) foi maior que o esperado. Através da Análise de Correspondência Canônica Parcial (pCCA), verificou-se que componentes ambientais explicaram 26,95% da variação na composição da nematofauna, enquanto componentes espaciais explicaram 9,93%. Os resultados indicam que nematódeos, ao contrário dos protistas, apresentaram uma baixa riqueza de espécies local (diversidade alfa), apesar de sua alta diversidade de espécies global. Além do mais, parece haver uma seleção de habitat por parte da nematofauna, o que é normalmente verificado para organismos multicelulares e de maior tamanho. / Additive diversity partitioning has received increasing attention of ecologists as a tool to apportioning the diversity across multiple scales and test whether each scale harbors more or less diversity than what would be expected by the random assignment of individuals to sample units. This study assessed alpha and beta diversities of nematodes in five spatial scales (from cm to km). The importance of environmental and spatial determinants of variation in nematodes composition (within and between lakes) was also evaluated. Morphospecies richness was used as a metric to estimate diversity. Using available literature data, observed Nematoda diversity was compared to patterns of diversity described to unicellular organisms with the same size (smaller than 2 mm). It was expected that a high alpha diversity in the lowest spatial scales, as described to protist species, and low beta diversity. Additionally, environmental differences between sites should explain higher variation in Nematoda composition than geographical distance. A total of 13,358 individuals belonging to 59 morphospecies were obtained. Additive partitioning showed that the importance of beta diversity at the higher scales was higher than expected. Using partial Canonical Correspondence Analysis (pCCA), it was found that environmental components (26.95%) explained more variation in community structure than spatial components (9.93%). In relation to known patterns of diversity of protists, local species richness (alpha diversity) of nematodes was low compared to their relative high worldwide richness. Moreover, nematodes tend to shown stronger habitat associations than protists, as usually observed for large multicellular organisms.
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Caracterização genética e avaliação da diversidade de leveduras associadas a bromélias no Parque de Itapuã-Viamão/RS / Genetic characterization and assessment of the diversity of yeasts associated with bromeliads in Itapuã park, Viamão/RSLandell, Melissa Fontes January 2009 (has links)
Durante o período de abril de 2004 a fevereiro de 2007, foram coletadas 73 amostras de folhas de bromélias do Parque de Itapuã, Viamão, RS, com o objetivo de descrever as espécies de leveduras presentes, elucidar a ecologia destes microrganismos nesse habitat e avaliar o perfil enzimático das leveduras isoladas. Fragmentos das folhas foram submetidos a lavagens sucessivas com 0,5% Tween 20. Diluições decimais seriadas da última lavagem, amostras de água dos tanques de bromélias e de flores foram inoculadas em meio YM (levedura-malte) modificado e incubadas a 25°C por 5-7 dias. Representantes dos diferentes morfotipos foram selecionados, purificados e mantidos a 4ºC até a caracterização molecular. Dos 178 isolados obtidos, 148 foram identificados por meio do seqüenciamento da região D1/D2 do rDNA e/ou ITS, sendo 6% de afinidade ascomicética e 94% de afinidade basidiomicética. Do total identificado, cerca de 61% são espécies ainda não descritas de leveduras. Os gêneros Cryptococcus e Rhodotorula foram predominantes, seguidos por Farysizyma gen. nov. e Sporobolomyces. Dentre as leveduras já descritas, as espécies Rhodotorula marina (n=12), e Cryptococcus flavescens (n=16) foram as mais freqüentes. A espécie de afinidade basidiomicética denominada Farysizyma itapuensis foi descrita no presente trabalho e demonstrou ser freqüente (n=18). Além dessa espécie, foi descrita uma nova espécie de levedura basidiomicética pigmentada: Cryptococcus bromeliarum sp. nov.. Entre os ascomicetos, duas espécies novas foram identificadas e descritas, Candida aechmeae sp. nov. e Candida vrieseae sp. nov.. Alguns isolados designados como Cryptococccus sp. nov. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 e Rhodotorula sp. nov. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, entre outros menos frequentes, também pertencem a novas espécies e estão em processo de descrição. A diversidade e a riqueza de leveduras, calculadas pelo índice de Shannon-Weaver, foram maiores na Praia da Fora (H=3,471 e S=41) que na Praia da Pedreira (H=3,007 e S=32). Cento e quinze isolados tiveram sua capacidade para produzir enzimas amilase, celulase, proteinase e pectinase testadas, 107 foram testadas para hidrólise de azeite e 114 para tween 80. Desses, cerca de 13% foram positivos para amilase, 35,5% para proteinase, 17% para celulase, aproximadamente 3% para hidrólise de azeite e 72% para tween 80. Nenhum isolado apresentou resultado positivo para pectinase. Os resultados obtidos revelaram o grande potencial do filoplano de bromélias como substrato para o estudo e identificação de novas espécies de leveduras, assim como um bom substrato para o isolamento de leveduras produtoras de enzimas de interesse industrial. / From April 2004 until February 2007, 73 samples of leaves of bromeliads were collected in Itapuã Park, Viamão, RS, with the objective of describing the yeast species present, elucidating the ecology of these microorganisms in this habitat and evaluating the enzymatic profile of yeasts isolates. Leaf pieces were submitted to successive washings with 0.5%Tween 20. Decimal serial dilutions from the last washing, samples of tank water, and flowers were inoculated in modified YM medium, and incubated at 25°C for 5-7 days. Representatives of different morphotypes were selected, purified and stored at 4°C until molecular characterization. Of the 178 isolates obtained, 148 were identified by sequencing the D1/D2 region of rDNA and / or ITS, being 6% of ascomycetous affinity and 94% of basidiomycetous affinity. Of the total identified, about 61% are undescribed yeast species. The genus Cryptococcus and Rhodotorula were predominant, followed by Farysizyma gen. nov. and Sporobolomyces. Among the yeasts already described, Rhodotorula marina (n = 12) and Cryptococcus flavescens (n = 16) were the most frequent. The species of basidiomycetous affinity named Farysizyma itapuensis was described in this work and proved to be frequent (n = 18). Besides this species, a new species of basidiomicetous pigmented yeast was also described: Cryptococcus bromeliarum sp. nov.. Among the ascomycetes, two new species were identified and described, Candida aechmeae sp. nov. and Candida vrieseae sp. nov.. Some isolates designated as Cryptococccus sp. nov. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 and 11 and Rhodotorula sp. nov. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, among other less frequent, also belong to new species and are in the process of description. The diversity and richness of yeasts, calculated by the Shannon-Weaver index, were higher in Fora Beach (H = 3.471 and S = 41) than Pedreira Beach (H = 3.007 and S = 32). One hundred and fifteen isolates had their ability to produce amylase, proteinase, cellulase and pectinase tested, 107 isolates were tested for olive oil consumption and 114 for tween 80. Of these, 13% were positive for amylase, 35.5% for proteinase, 17% for cellulase, 3% for olive oil and 72% for Tween 80. No isolate was positive for pectinase. The results revealed the great potential of phylloplane bromeliads as a substrate for the study and identification of new species of yeasts, as well as a good substrate for the isolation of yeasts producing enzymes of industrial interest.
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Os Corais Construtores da Estrutura Holocênica do Recife da Coroa Vermelha, Abrolhos, BahiaVasconcelos, Mayanne Jesus Oliveira January 2014 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-20T19:07:31Z
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Dissertação_MayanneVasc_Jul.2014.pdf: 5807579 bytes, checksum: 41c4d1a3ea140e79a0c77ca7b802e443 (MD5) / Os recifes de coral costeiros de Abrolhos começaram a crescer há cerca de 7.500 anos A.P., quando o mar já havia inundado a plataforma continental. Com o crescimento dos corais acompanhando a subida do nível do mar, formou-se uma estrutura rochosa que serviu de suporte para a fixação de organismos possuidores de esqueleto calcário, dando origem a uma rocha carbonática recifal, de idade holocênica, que serve de suporte para o crescimento dos organismos constituintes dos recifes atuais. Dados das idades dos corais, comparados com a história do nível relativo do mar na costa da Bahia, nos últimos 7.500 anos, revelam que os recifes cresceram acompanhando a subida do nível do mar, atingindo seu clímax à aproximadamente 5.000 anos A.P. coincidindo com a altura máxima do mar que, nesta época, estava cerca de 5 m acima do nível atual. Esta fase de subida do nível relativo do mar, durante o Holoceno, favoreceu o desenvolvimento dos recifes ao longo de todo o litoral da Bahia. Em decorrência da regressão marinha que sucedeu este nível máximo do mar, os recifes costeiros ficaram em regiões mais rasas e mais próximas da linha de costa expondo os corais à erosão e intensa radiação solar. Quando a atividade humana começou a causar impacto na Terra, começaram a ocorrer mudanças nas condições oceânicas e atmosféricas e, consequentemente, na distribuição da biodiversidade. No Brasil estão registradas várias ameaças das atividades antropogênicas sobre os recifes de coral. Em Abrolhos estas ameaças estão relacionadas particularmente à ocupação urbana na costa provocando o desmatamento das zonas ribeirinhas e o consequente aumento da sedimentação nas áreas recifais; ao uso inadequado dos recifes pelo turismo subaquático; à sobrepesca e poluição marinha. Para avaliar se os efeitos destes impactos na região dos recifes costeiros de Abrolhos provocaram mudanças na biodiversidade dos corais construtores dos recifes entre o Holoceno (7.220 a 4.530 anos cal. A.P., idade do testemunho analisado) e a fauna coralina atual, foram levantados dados da composição do testemunho e da cobertura viva dos recifes atuais. Oito espécies dos corais construtores da sequência holocênica ocorreram com percentuais variando entre 1% e 37%, sendo que duas espécies endêmicas do gênero Mussismilia e uma espécie de hidrocoral (Millepora alcicornis) constituem as espécies mais abundantes da fauna holocênica. Como componentes da fauna coralina atual foram registradas nove espécies com percentuais variando entre 1% e 45% e mais uma vez duas espécies do gênero Mussismilia predominaram. Estas evidências provam que as atividades decorrentes desde quando o Homem se tornou uma força global sobre o planeta (período Antropoceno) não estão enfraquecendo, ainda, a robusta fauna endêmica dos recifes de Abrolhos. / ABSTRACT - The Abrolhos coastal reefs began to grow about 7,500 years B.P., when sea had inundated the continental shelf. With the growth of corals following the rise of sea level, a rocky structure was formed, which served as support for the establishment of organisms with calcareous skeletons, giving rise to a reefal carbonate rock of Holocene age,that gave support to the growth of present day reefs. Data from the age of corals, compared with the history of relative sea level along the coast of Bahia, in the last 7,500 years, reveal that reefs grew following the rising sea level, reaching its climax at approximately 5,000 years B.P., coincident with the maximum height of the sea that, at this time, was about 5 m above present level. This phase of relative sea level rise, during the Holocene, favored the development of coral reefs along the coast of Bahia. As a result of the marine regression that succeeded this maximum sea level, the coastal reefs were located in shallower areas and closest to the shoreline, exposing corals to erosion and intense solar radiation. When human activity begins to have impact on Earth, changes in oceanic and atmospheric conditions started to occur and, consequently, affected biodiversity distribution. In Brazil various threats of anthropogenic activities on coral reefs are registered. In Abrolhos these threats are related, particularly, to the urban development along the coast contributing to the deforestation and the consequent increase in sedimentation rates in the reef areas; the inadequate use of the reefs by underwater tourists; overfishing and marine pollution. In order to evaluate if the effects of these impacts on the coastal reefs of Abrolhos had caused changes in the biodiversity of the reef builder corals between the Holocene (7.220 to 4.530 cal. Years B.P., age of the studied reef core) and the present day coral fauna, data from the composition of the Holocene core was compared with the living coral coverage of present day reefs. Eight species of corals from the Holocene sequence occur with percentages varying between 1% and 37%, and two endemic species of the genus Mussismilia and a species of hidrocoral (Millepora alcicornis) constitute the most abundant species of the Holocene fauna. Nine species with percentages varying between 1% and 45% are the major components of the living fauna and, once more, two species of the genus Mussismilia predominate. These evidences prove that the activities since Man became a global force on the planet (Anthropocene period) are not, yet, weakening the robust endemic coral fauna of the Abrolhos reefs.
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Biodiversidade e interações positivas em moitas de restingaSilva, Fabiana Oliveira January 2012 (has links)
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TESE_Silva FO_ 02 03 12.pdf: 4002362 bytes, checksum: 4955067979cfb364d976b5f9169a9a3b (MD5) / Capes / Muitos estudos desenvolvidos nas últimas décadas demonstram a importância da
diversidade biológica na manutenção de interações ecológicas e processos ecossistêmicos fundamentais em diferentes escalas espaciais. Em escala local, alteração nos padrões locais de diversidade de espécies pode alterar a probabilidade de ocorrência de interações positivas, as quais são determinantes da estrutura das comunidades em ambientes estressantes.
A conservação da diversidade biológica em ecossistemas tropicais é um desafio, diante
do ainda grande desconhecimento dos padrões e acelerada perda de área nativa. A restinga
constitui um exemplo, onde muitas questões ecológicas permanecem pouco entendidas, especialmente no que se refere as relações entre padrões locais de biodiversidade,
heterogeneidade de recurso e interações facilitadoras. Assim, o papel funcional de muitas espécies permanece subestimado ou desconhecido, bem como o potencial das interações facilitadoras na geração e manutenção da biodiversidade.
A restinga é adequada ao teste de hipóteses envolvendo interações interespecíficas
positivas, sendo a facilitação apontada em estudos precedentes como relevante na estruturação e manutenção de padrões locais de diversidade. Assim, visando investigar a relação entre biodiversidade (riqueza/características funcionais) e facilitação escolhemos como cenário um
remanecente de restinga costeira, localizado dentro da Área de Proteção Ambiental das
Lagoas e Dunas do Abaeté. A pergunta central é qual o mecanismo pelo qual a biodiversidade
favorece a coexistência em moitas? Uma das hipóteses é que a diversidade (riqueza de
espécies, diversidade de características funcionais) em moitas aumenta as chances de
estabelecimento de interações positivas entre as espécies. Com esse estudo pretendemos gerar um conjunto de informações que permitam relacionar os padrões locais de diversidade da comunidade vegetal em moitas com processos ecológicos locais. Mais especificamente buscamos avaliar a participação de interações facilitadoras entre plantas e os mecanismos envolvidos. Com estes propósitos em mente, organizamos a tese em quatro capítulos independentes. As questões abordadas em cada capítulo geram informações que subsidiam os capítulos subseqüentes.
Inicialmente, no capitulo 1, descrevemos o contexto ambiental e a estrutura da
comunidade em moitas. Assim, visando contribuir para o conhecimento dos padrões locais de diversidade, este estudo apresenta (1) a lista de espécies vegetais atualizada para a área da APA do Abaeté com base nos registros de herbário; (2) descreve a comunidade vegetal em moitas utilizando parâmetros de estrutura (riqueza, formas de vida, cobertura e distribuição vertical); (3) analisa a relação entre o número de espécies nas moitas com medidas de cobertura, isolamento e área de borda das moitas; e (4) investiga a existência de associação espacial entre fanerófitas abundantes localmente, visando identificar espécies potencialmente facilitadoras. Este estudo foi submetido a publicação pela revista Biota Neotropica, por isso está organizada segundo as normas do referido periódico.
No capítulo 2 realizamos uma revisão do estado da arte do conhecimento sobre os
estudos de facilitação, destacando a facilitação indireta via polinizadores A ênfase neste tipo de facilitação indireta diferencia esta revisão das anteriores, as quais enfocam facilitação direta. Assim, nesta revisão analisamos a literatura sobre facilitação direta e facilitação indireta via atração mutua de polinizadores em comunidades terrestres visando: quantificar
temporalmente os trabalhos sobre facilitação via polinizadores em comunidades e detectar as lacunas do conhecimento sobre este tema. Este capítulo está organizado de acordo com as normas de publicação da revista AoB Plants.
Os dois capítulos subsequentes investigam possíveis mecanismos pelos quais a
diversidade em moitas (riqueza de espécies vegetais) influencia a diversidade de visitantes florais (capítulo 3) e ameniza condições abióticas pelo aporte e acumulação de serapilheira (capítulo 4). Em função da interdependência dos assuntos, algumas informações são repetidas nos capítulos subsequentes.
A pergunta central do capítulo 3 é qual a relação entre a diversidade de visitantes e os padrões locais de riqueza e diversificação morfológica das flores em moitas? Para isso, caracterizamos o padrão local de riqueza de espécies e a diversidade de tipos florais em moitas. A seguir, discutimos se as relações encontradas entre estes aspectos e a diversidade de visitantes nas moitas evidenciam a hipótese de facilitação via atração compartilhada de polinizadores.
No capítulo 4 investigamos o aporte e acumulação de serapilheira sob a copa de
fanerófitas abundantes, relacionando-o como possível mecanismo facilitador de diversidade
em moitas de restinga aberta. Assim, esperamos encontrar correlações positivas entre a riqueza e abundância de fanerófitas e a quantidade de serapilheira nas moitas. Postulamos ainda que se P. bahianum Daly é facilitadora, esperamos encontrar maior riqueza associada a sua ocorrência nas moitas e maior aporte e acumulação de serapilheira sob esta espécie em relação a outras fanerófitas abundantes. Para isso, relacionamos parâmetros de riqueza nas
moitas à ocorrência de P. bahianum e à quantidade de serapilheira acumulada sob sua copa; e analisamos qualitativa e quantitativamente a contribuição relativa de P. bahianum, em relação a outras fanerófitas abundantes na formação de serapilheira na restinga estudada.
Ao final da tese, no item considerações finais, apresentamos uma síntese das principais relações e evidências relacionando biodiversidade e interações positivas em moitas de restinga; destacamos ainda as principais contribuições deste estudo.
Após este item, com base nos resultados sintetizados nesta tese, redigimos um artigo de divulgação científica “A restinga da Área de Proteção Ambiental do Abaeté: Patrimônio
natural urbano ameaçado”. O mesmo encontra-se anexado como APÊNDICE ao final desta tese. Este artigo destina-se a divulgação rápida dos resultados do nosso estudo a comunidade em geral, técnicos ambientais e gestores públicos. Com isso, pretendemos atender a demanda local de informações sobre a APA do Abaeté, chamar a atenção do grande público sobre a importância de áreas naturais urbanas para a conservação da biodiversidade e, facilitar a
inserção dos resultados da nossa pesquisa nas inciativas de manejo e conservação. / Salvador
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Recifes de Corais da Baia de Todos os Santos, Caracterização, Avaliação e Identificação de Áreas Prioritárias para Conservação SalvadorCruz, Igor Cristino Silva 22 August 2013 (has links)
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Cruz _ Igor CS Dissertação 2008.pdf: 2605256 bytes, checksum: 709a03b369d823217748672c12eec219 (MD5) / Fapesb / A Baía de Todos os Santos integra uma Área de Proteção Ambiental que pode viabilizar a conservação de dois grupos de recifes de corais da região de maior biodiversidade do Atlântico Sul. Entretanto, esta unidade de conservação não possui um plano de manejo, tendo efetividade nula sobre os recifes e os
demais ecossistemas. Estes recifes encontram em diferentes condições de hidrodinâmica e efeitos antrópicos. Uma série de impactos humanos foi registrada nesta baía, tornando urgente a adoção de medidas que assegurem
sua conservação. Este trabalho tem como objetivo fornecer informações que subsidiem a elaboração deste plano de manejo sugerindo locais para criação de áreas intangíveis. Para isso, verificou-se a diferença ente os dois grupos de recifes quanto à comunidade bentônica e a comunidade de coral.
Posteriormente foram identificados quais são os recifes com maior relevância para conservação com base em indicadores de integridade ambiental, resiliência e riqueza de espécies. Os resultados indicam que os recifes externos e internos são distintos. Isto demonstra a necessidade de criação de
áreas intagiveis distintas para os dois grupos de recifes, garantindo assim a conservação de suas peculiaridades. Sete das 23 estações apresentaram relevância para conservação, com três representantes dos recifes externos e quatro dos internos. O método utilizado mostrou-se eficiente para a escolha de áreas de relevância para a conservação de recifes de corais. Entretanto, para a efetividade da conservação destes ambientes é necessário, além da criação de
duas áreas intangíveis, a eliminação de dois problemas, a pesca predatória e a qualidade da água desta baía. / Salvador, Bahia
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Estrutura das comunidades bentônicas sésseis em recifes de arenito na Costa Oeste do Ceará, Nordeste do Brasil: variação espacial e índice relativo de pressão ambientalPortugal, Adriana Brizon January 2016 (has links)
PORTUGAL, A. B. Estrutura das comunidades bentônicas sésseis em recifes de arenito na Costa Oeste do Ceará, Nordeste do Brasil: variação espacial e índice relativo de pressão ambiental. 2016. 166 f. Tese (Doutorado em Ciências Marinhas Tropicais), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Geovane Uchoa (geovane@ufc.br) on 2017-03-07T15:24:51Z
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Previous issue date: 2016 / Tropical sandstone reefs are being affected by multiple human stressors and information about environmental degradation are alarming. However, knowledge about possible impacts on sandstone reefs in the tropical zone of the planet is still insufficient. The study added multiple factors of anthropogenic pressure through the relative environmental pressure index (REPI) and related to species richness, diversity of Shannon-Wiener and evenness of Pielou, furthermore the variation of the benthic community in intertidal over the west coast of Ceará was assessed. The original research was conducted in five sandstone reefs distributed on the west coast of Ceará, Northeastern Brazil (Tropical Southwestern Atlantic). The reefs are distant westbound from the city of Fortaleza. The collections of samples were carried out in the dry season in low-water spring tide. Sessile benthic communities in intertidal zone were sampled quali-quantitatively by nondestructive method - the percentage coverage of species - using the fotoquadrat. The results show greater richness and diversity in the lower areas of the reef, as well as was identified that there is a significant negative correlation (R² = 0.82, p = 0.03) between the REPI and richness of species. We observe that in areas with the highest number of human activities, we had lower number of species. The most active factors to lower biodiversity were urbanized area, the jetties to control coastal erosion, the kiosks and restaurants on the beachfront and storm sewers due clandestine sewage connections. Thus, we suggest to future work on multiple anthropogenic impacts about biological communities that aggregate indicators should be used (such as REPI) and be identified which factors have more influence on local biodiversity. The tropical zone is important, due to increased urbanization and anthropogenic pressures and is considered one of the areas of greatest marine biodiversity on the planet. The present results point to the need for better planning of infrastructure and the need for strict monitoring because the areas under greater influence of multiple human pressures are those with lower biodiversity. / Os recifes de arenito tropicais estão sendo afetados por múltiplos estressores humanos e as informações sobre a degradação ambiental são alarmantes. Entretanto, o conhecimento sobre possíveis impactos nos recifes de arenito na zona tropical do planeta ainda é insuficiente. O presente estudo integrou múltiplos fatores de pressões antrópicas através do índice relativo de pressão ambiental (REPI) e o relacionou com a riqueza de espécies, diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou, assim como avaliou a variação da comunidade bentônica no entremarés ao longo da costa oeste do Ceará. A pesquisa inédita foi conduzida em cinco recifes de arenito distribuídos na costa oeste do Ceará, Nordeste do Brasil (Atlântico Sudoeste Tropical). Os recifes se distanciam no sentido oeste da cidade de Fortaleza. As coletas das amostras foram realizadas no período seco em baixamar de sizígia. As comunidades bentônicas sésseis da zona entremarés foram amostradas quali-quantitativamente através do método não destrutivo - a porcentagem de cobertura das espécies - utilizando o fotoquadrat. Os resultados mostram maior riqueza e diversidade nas zonas inferiores dos recifes, assim como foi identificado que existe uma relação negativa significativa (R2 = 0.82, p = 0.03) entre o REPI e a riqueza de espécies. Foi observado que a medida que aumenta o valor do REPI diminui o valor da riqueza de espécies. Os fatores antrópicos mais atuantes para a menor riqueza de espécies foram o percentual da área urbanizada, os molhes para controle da erosão costeira, as barracas e restaurantes na orla da praia e as galerias pluviais devido ligações clandestinas de esgoto. Desta forma, sugerimos aos trabalhos futuros sobre múltiplos impactos antrópicos nas comunidades biológicas sejam utilizados indicadores agregados (como o REPI) e identificados quais fatores apresentam mais influência sobre a biodiversidade local. A zona tropical é importante, devido ao aumento da urbanização e das pressões antrópicas e ser considerada uma das zonas de maior biodiversidade marinha do planeta. Os presentes resultados apontam para a necessidade de um melhor planejamento de infra-estruturas e a necessidade de um monitoramento rigoroso, porque as áreas sob maior influência das múltiplas pressões humanas são aqueles com menor biodiversidade.
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Revisão taxonômica do gênero Speocarcinus Stimpson, 1859 (Crustacea: Brachyura: Xanthidae), com a descrição de uma nova espécie / Revision of the genus Speocarcinus Stimpson, 1859 (Crustacea: Brachyura: Xanthidae), with description of one new speciesBaptista, Marianna Brandão 01 March 2011 (has links)
This review was based on the taxonomic study of collections of specimens belonging to the genus Speocarcinus Stimpson, 1859, deposited at the Museum of Zoology, University of São Paulo (MZUSP), Department of Oceanography, Federal University of Pernambuco (DOUFPE) and the National Museum of Natural History, Smithsonian Institution (USNM). All species (S. amazonicus Brandão, Tavares & Coelho-Filho, 2010, S. carolinensis Stimpson, 1859, S. lobatus Guinot, 1969, S. granulimanus Rathbun, 1894, S. meloi D Incao & Silva, 1991, S . monotuberculatus Felder & Rabalais, 1986 and S. spinicarpus Guinot, 1969) currently assigned to the genus were studied, except the fossil species S. berglundi Tucker, Feldmann & Powell, 1994. The present study enabled to correct identification errors, faults and inaccuracies in descriptions and diagnoses of species. Upon completion of this work Speocarcinus includes nine species: S. berglundi, S. amazonicus, S. carolinensis, S. lobatus, S. granulimanus, S. meloi, S. monotuberculatus, S. spinicarpus and Speocarcinus sp. n. Speocarcinus amazonicus and Speocarcinus sp. n. comes from the brazilian coast, and has been mistakenly attributed to S. carolinensis. The geographical distribution of S.carolinensis is restricted to the region between North Carolina and the Gulf of Mexico and West Indies, not happening in Brazil so far. Currently two endemic species occur in Brazil: S. meloi and Speocarcinus sp. n. And one of them, S. meloi, has expanded its geographic north, occurring in Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo and Rio Grande do Sul / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / A presente revisão taxonômica se baseou no estudo de coleções de exemplares pertencentes ao gênero Speocarcinus Stimpson, 1859, depositados no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), no Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (DOUFPE) e no National Museum of Natural History, Smithsonian Institution (USNM). Todas as espécies (S. amazonicus Brandão, Tavares & Coelho-Filho, 2010, S. carolinensis Stimpson, 1859, S. lobatus Guinot, 1969, S. granulimanus Rathbun, 1894, S. meloi D Incao & Silva, 1991, S. monotuberculatus Felder & Rabalais, 1986 e S. spinicarpus Guinot, 1969) atualmente atribuídas ao gênero foram estudadas, exceto a espécie fóssil S. berglundi Tucker, Feldmann & Powell, 1994. O presente estudo possibilitou a correção de erros de identificação, falhas e imprecisões de descrições e diagnoses das espécies. Ao término deste trabalho Speocarcinus inclui nove espécies: S. berglundi, S. amazonicus, S. carolinensis, S. lobatus, S. granulimanus, S. meloi, S. monotuberculatus, S. spinicarpus e Speocarcinus sp. n. Speocarcinus amazonicus e Speocarcinus sp. n. provêm da costa brasileira, e têm sido, equivocamente, atribuídas a S. carolinensis. A distribuição geográfica de S. carolinensis é restrita à região compreendida entre a Carolina do Norte e o Golfo do México e Antilhas, não ocorrendo no Brasil até o momento. Atualmente duas espécies endêmicas ocorrem no Brasil: S. meloi e Speocarcinus sp. n. E uma delas, S. meloi, teve sua distribuição geográfica ampliada ao Norte, ocorrendo em Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
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