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Obtenção e avaliação de oleoresina de paprica

Lemos, Ana Lúcia da Silva Corrêa 09 February 1999 (has links)
Orientador: Olavo Rusig / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-25T11:35:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lemos_AnaLuciadaSilvaCorrea_D.pdf: 5595256 bytes, checksum: a3b112d919842edb26e3570195547efb (MD5) Previous issue date: 1999 / Resumo: Frutos maduros de pimentões (Capsicum annuum L.) das variedades NORA e MAGDA foram submetidos à secagem em diferentes temperaturas para obtenção de páprica. O potencial do produto seco (páprica) para obtenção de oleoresina de páprica foi avaliado através de diferentes métodos específicos para determinação de qualidade, todos visando determinar a intensidade de coloração da páprica em pó. Neste estudo foi utilizada este estudo uma páprica em flocos comercial, da variedade MAJORCA III, cuja coloração foi avaliada pelos mesmos métodos utilizados para as demais variedades. Foram estudados diferentes processos de extração de oleoresina de páprica, bem como diferentes solventes e métodos de limpeza, sempre visando maximizar a intensidade de coloração do produto obtido. Ainda foi estudada a eficiência do processo de extração com agitação a quente, a influência do teor de sementes na páprica em pó, além do tempo de extração e proporção páprica em pó: solvente. As oleoresinas foram submetidas à cromatografia em camada delgada e à cromatografia líquida de alta eficiência para avaliação qualitativa das mesmas, através de comparação com uma oleoresina comercial. Foi avaliada a estabilidade da oleoresina de páprica ao calor, ao oxigênio, à luz e ao pH, tendo sido determinada a cinética de degradação da intensidade de coloração de oleoresina extraída com hexano e com o sistema de solventes hexano/acetona/álcool isopropílico (3:2:1), bem como de uma oleoresina comercial. A variedade MAJORCA III mostrou-se a mais adequada para obtenção de oleoresina, embora a variedade NORA tenha apresentado alta intensidade de coloração, podendo, também, ser utilizada na obtenção de oleoresina de páprica para uso como corante em alimentos. A secagem em estufa com circulação de ar pode ser realizada a 70°C para a desidratação dos frutos da variedade NORA. O hexano pode ser utilizado para extração de oleoresina para uso como corante de alimentos. Porém, o sistema hexano/acetona/álcool isopropílico (3:2:1) permitiu um aumento do rendimento massa X cor da ordem de 10%, levando à obtenção de oleoresina com até 200.000 CV a partir de uma matéria-prima com cerca de 260ASTA. O processo de extração que se apresentou como o mais eficiente foi aquele em que o solvente entrou em contato com a matéria-prima a 45°C, com extração por agitação, na proporção páprica: solvente de 1:4 e renovação do solvente após duas horas de contato. A limpeza da oleoresina bruta mostrou-se adequada quando realizada através das lavagens do extrato parcialmente dessolventizado com uma solução 10% de NaCl a 45°C. Até 40% de sementes podem ser adicionadas à páprica para extração de oleoresina. Em relação à estabilidade ao calor, o aquecimento durante 180 min em temperaturas inferiores a 100°C, não provocou alteração na intensidade de coloração das oleoresinas. Até 60 minutos de aquecimento a 100°C não ocasionou redução da intensidade de coloração da oleoresina comercial e da extraída com hexano. A oleoresina extraída com hexano/acetona/álcool isopropílico (3:2:1) apresentou redução de intensidade de coloração de 11 % aos 60 minutos de aquecimento nesta temperatura. A cinética de degradação da intensidade de coloração das oleoresinas a 125°C foi de primeira ordem, sendo a estabilidade da oleoresina extraída, com hexano/acetona/álcool isopropílico inferior à das demais. O pH não provocou alteração na intensidade de coloração das oleoresinas. A luz foi considerada o principal agente da redução de intensidade de coloração das oleoresinas, sendo a cinética de degradação da coloração de ordem zero. A oleoresina extraída com hexano/acetona/álcool isopropílico foi a menos estável, principalmente na presença de ar e luz. No escuro, em presença de ar, ficou evidente o período de indução e a oleoresina extraída com hexano/acetona/álcool isopropílico (3:2:1) apresentou velocidade de degradação de coloração 1,8 vezes superior à das demais, embora na ausência de ar ela tenha se mostrado a mais estável / Abstract: Ripe pepper fruits (Capsicum annuum L.) of the varieties NORA and MAGDA were dried at different temperatures in order to obtain the corresponding paprikas. In order to evaluate the potencial of these varieties to obtain paprika oleoresin, the colour of the dried product was determined by different specific methods. A commercial paprika of the variety MAJORCA III was also evaluated, using the same methods as used for the NORA and MAGDA varieties. Different processes for the extraction and cleaning of paprika oleoresin, as well as the use of different solvents were studied, aiming at maximizing the colour intensity of the products. The influence of the amount of seed added, the ratio paprika powder: solvent and the extraction time were studied, in order to determine the process efficiency for the shaking process at 45°C. The oleoresins obtained were analysed by thin layer chromatograpy and high performance liquid chromatography. The stability of paprika oleoresin to heat, oxygen, light and pH was studied as well as the kinetics of colour degradation for the oleoresins extracted by hexane and the mixture hexane/acetone/isopropyl alcohol (3:2:1). The results were compared to those obtained with a commercial oleoresin. The variety MAJORCA III was the most suitable for paprika oleoresin extraction, although the variety NORA showed higher colour intensity, what makes it a potential variety for oleoresin extraction. In hot air fçow drying temperatures from 60 to 70°C showed to be appropriated. Hexane can be used for paprika oleoresin extraction although the system hexane/acetone/isopropyl (3:2:1) showed higher yields. The most efficient extraction process was the one carried out at 45°C, paprika: solvent ratio 1:4, changing the solvent after two hours extraction. The use of a 10% NaCl solution was effective for the clean up of the extract. Up to 40% seeds can be added to the powder for the oleoresin extraction. Heating the oleoresins at temperatures bellow 100ºC showed minor changes in colour intensity during 180 minutes. At 100ºC, the commercial and the hexane extracted oleoresins showed colour degradation only after 60 minutes heating, while the oleoresin extracted with hexane/acetone/isopropyl alcohol showed lower stability at this temperature, since its colour degradation started after 30 minutes of heating. The colour degradation at 125ºC follows a first order kinetics for all oleoresins studied. Among the oleoresins evaluated, the least stable one was that extracted with hexane/acetone/isopropyl alcohol (3:2:1). The pH doesn't seem to affect the colour degradation of the paprika oleoresins. Light showed a strong degradative effect on colour retention in the oleoresins and a zero order kinetics was observed in the presence or absence of air. The oleoresin extracted with hexane/acetone/isopropyl alcohol (3:2:1) was the least stable, especially in the presence of air. In darkness and in the presence of air, an induction period became evident; the oleoresin extracted with hexane/acetone/isopropyl alcohol (3:2:1) showed its colour degradation constant to be 1,8 folds higher than the others, while in the absence of air and light , it was the most stable. / Doutorado / Doutor em Tecnologia de Alimentos
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Quantificação de provitaminas A e carotenoides majoritarios em frutas e hortaliças por cromatografia liquida de alta eficiencia

Wilberg, Viktor Christian 05 February 1992 (has links)
Orientador: Delia Rodriguez-Amaya / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-14T01:50:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Wilberg_ViktorChristian_D.pdf: 3829161 bytes, checksum: 2b1226a4efb043529e6405ec5098f3c1 (MD5) Previous issue date: 1992 / Resumo: Estratos de 4 diferentes tipos de frutas e seus produtos processados, de 5 diferentes Hortaliças folhosas e de sementes de urucum foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) em coluna C-18 com acetonitrila/clorofórmio 92:8 como fase móvel. As provitarainas A e os carotenóides majoritárias foram quantificados através dos métodos de padronização externa e de adição de padrão. Os resultados obtidos foram equivalentes, com uma precisão ligeiramente maior no caso da padronização externa. O emprego de CLAE não mostrou ser vantajoso no caso da determinação dos carotenóides totais do urucum e o método da adição de padrão deve ser utilizado com restrições, sendo recomendado apenas para extratos não saponificados de folhas. Para os demais extratos, a padronização externa deve ser o método de escolha. No entanto, esta técnica requer purificação e manutenção de carotenóides padrões, uma tarefa difícil, considerando a diversidade dos carotenóides e sua susceptibilidade à degradação / Abstract: Extracts from 4 different kinds of fruits and their processed products, from 5 different leafy vegetables and from annatto seeds were analysed by high performance liquid chromatography (HPLC) on a C-18 column with acetonitrile/chloroform 92:8 as mobile phase. The provitamins and major carotenoids were quantified by means of external standardization and standard addition methods. Results showed the two techniques to be equivalent, but external standardization was a little more precise. The use of HPLC demonstrated no advantage in the quantitation of total annatto carotenoids. The standard addition method should be used with restrictions, being suitable only for unsaponified leaf extracts. For all the other samples, the external standardization should be the method of choice. This technique, however, requires the purification and maintenance of carotenoid standards, a difficult task considering the diversity of carotenoids and their susceptibility to degradation / Doutorado / Doutor em Engenharia de Alimentos
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Produção microbiologica de carotenoides em escala industrial

Fernandez Urpi, Mario E 14 July 2018 (has links)
Orientador: Nestor Mascotti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Tecnologia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-14T10:50:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FernandezUrpi_MarioE_M.pdf: 1470411 bytes, checksum: 852d6964b00fe5f3cc93e4a95a1fa28d (MD5) Previous issue date: 1972 / Resumo: As industrias de produtos alimentícios ao submeterem as matérias primas aos distintos processos de beneficiamentos transformação, e conservação, freqüentemente produzem modificações da coloração das mesmas, razão porque torna-se necessário a utilização de corantes para sua reintegração. li ciência juntamente com a industria, nas ultimas décadas, têm se dedicado à tarefa de investigar diferentes caminhos para obtenção de tais substancias requerendo inocuidade a baixo custo. A cromatografia, e em especial a cromatografia de absorção, a espectroscopia de massas resson5noia magnética nucléar (NMR), infra-vermelho e ultra-violeta, assim como o aprimoramento das técnicas analíticas de extração têm permitido grandes progress6s neste campo durante os últimos anos. Nesta investigação bibliográfica se discutem os caminhos seguidos pelos pesquisadores com o objetivo de buscar a produção de certos corantes naturais (carotenóides), através de fermentações com diferentes microrganismos.:; em especial certos fungos da família phycomycetes, da ordem das Mucorales espécie Blakeslea trispora. Este microrganismo apresenta ambas as formas sexuais (+ e -), e que quando cultivadas em culturas combinadas (+ e -) atinge rendimentos de 273mg/100 ml de meio de B-caroteno. O meio básico é comum para o desenvolvimento da maioria dos fungos compondo-se especialmente de uma fonte de carbono (carboidratos) e fonte de nitrogênio (uréias, caseína hidrolisadas, extrato de leveduras etc), são também essenciais certas substâncias estimulantes como beta-ionona, isonicotinoil-idrazina, óleos vegetais surfactantes, etc, e as condições exigem aeração, agitação, temperatura ideal de 28ºC e pH 6,8. Procuram-se, desse modos as melhores condições para a produção dos pigmentos carotenóides em escala industrial, capaz de competir com os processos de síntese química dessas substâncias. / Abstract: In order to improve, transform and conserve food products, food processing methods frequently result in undersireable colour changes, thus necessitating the utilisation of food colouring additives. In the last few decades, scientists, in conjunction with industries have been investigating different ways of producing inocuous low cost colouring materials for this purpose. In the last few years3 chromatographY3 in particular absorption chromatography massa spectroscopy nuclear magnetic resonance3 and infra-red and ultra-violet spectroscopY3 together with analytical extraction techniques2 have produced considerable advances in this field. This literature survey consist of a discussion of the variou8 approaches by different researches in the field3 more specifically with respect to the production of the natural carotenoid pigments as a resuZt of microbial fermentations by fungi of the family Phycomycetes order Mucorales3 species Blakeslea triapora. This microorganism exists in both made and female forma (+ and -), and when both are propagated tog~ ther3 produces up to 273mg of beta carotene per ml of medium. The basic medium for the production of most fungi3 consists of a carbon source (carbohydrate) and a nitrogen source (urea, hydrodyzed casein, yeast extract, etc.). Certain activating substances are also essencial3 subh as beta-ionone, isonicotinolhydrazine, vegetable oils and surfactants. The ideal conditions consist of a temperature of 28ºC and a pH of 6.8, together with constant aeration and agitation. By searching for the best conditions for the production of these carotenoid pigments on an industrial scale, it may be possible to compete with the chemical synthesis of these substances. / Mestrado / Mestre em Tecnologia de Alimentos
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Determinação simultanea e não-destrutiva de solidos totais e soluveis, licopeno e beta-caroteno em produtos de tomate por espectroscopia no infravermelho proximo utilizando calibração multivariada

Pedro, Andre Messias Krell 09 March 2004 (has links)
Orientador: Marcia Miguel Castro Ferreira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Quimica / Made available in DSpace on 2018-08-04T07:55:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pedro_AndreMessiasKrell_M.pdf: 1430817 bytes, checksum: eb44b479e05288a5ad7fbdb82c18e309 (MD5) Previous issue date: 2004 / Mestrado / Físico-Química / Mestre em Química
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Flocos desidratados de abóbora na prevenção e controle da carência de vitamina A

Lygia Burgos Ambrósio, Carmem January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8754_1.pdf: 4510335 bytes, checksum: 5ed12fa264cc9ea80753bf57011c97c9 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / A hipovitaminose A é um dos principais problemas de saúde pública que afeta milhares de crianças em países em desenvolvimento acarretando xeroftalmia, cegueira e morte. As provitaminas vegetais constituem a maior porção das vitaminas dietéticas, podendo chegar a 88% nestes países e a quantidade de retinol obtido a partir dos carotenóides é questionada. A falta de informação da população no que diz respeito às fontes alimentares e os fatores que interferem na biodisponibilidade dos carotenóides citados na literatura com a mnemônica SLAMENGHI são possíveis causas associadas à contradição: grande disponibilidade de fontes de carotenóides e alto índice de hipovitaminose A em países em desenvolvimento. O artigo de revisão Carotenóides como alternativa contra a hipovitaminose A aborda atualidades referentes a biodisponibilidade e fontes alternativas de carotenóides como os óleos de dendê e buriti, pupunha, pequi e flocos desidratados de abóbora no intuito de possibilitar um posicionamento na utilização dos carotenóides no combate a hipovitaminose A. No artigo Aceitabilidade de flocos desidratados de abóbora foi avaliada a aceitabilidade de um produto alternativo fonte de carotenóides. Os flocos encontravam-se adequados para o consumo e a aceitabilidade de 95,21% para os adultos e 95,52% para as crianças indicaram que os flocos desidratados de abóbora podem ser utilizados em larga escala para o estudo do efeito deste produto no combate a hipovitaminose A. No artigo Eficácia de flocos desidratados de abóbora na prevenção e controle da carência de vitamina A, crianças com idade entre 12 e 72 meses foram submetidas ao teste da RDR (Resposta Relativa à Dose), no início do estudo e 90 dias após o consumo dos flocos. Foram colhidas amostras de sangue em jejum para análise do retinol sérico no início do estudo, 30 dias e 90 dias após o consumo. O nível médio de retinol sérico nas crianças aumentou de 1,438 ± 0,45 μmol/L (tempo 0) para 1,659 ± 0,51 μmol/L (30 dias) e 1,928 ± 0,70 μmol/L (90 dias). No início do estudo, 18,56% das crianças apresentavam níveis de retinol sérico abaixo do ponto de corte de 1,05 μmol/L, proporção que caiu para 7,6% depois de 30 dias e 0% após 90 dias de estudo. No final do período de estudo (90 dias) nenhuma criança apresentou uma RDR positiva. Os resultados obtidos permitiram concluir que os flocos são eficazes tanto na prevenção como no tratamento da carência de vitamina A
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Provaveis correlações entre a biossintese de carotenoides e a maturação de maracuja

Silva, Carlos Alberto Bento da 15 July 2018 (has links)
Orientador: Ottilio Guernelli / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-15T13:48:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva_CarlosAlbertoBentoda_M.pdf: 3240697 bytes, checksum: f0ce8b02cfbc0773bb36603c69a8a3b5 (MD5) Previous issue date: 1972 / Resumo:o maracujá é um fruto que, ultimamente, está chamando atenção para sua industrialização, principalmente pela aceitação comercial de seu suco. Várias aplicações estão sendo exploradas, tais como suco puro ou suco diluído, esterilizados ou preservados (mais comuns no Brasil); suco congelado, misturas com outros sucos = como, por exemplo, mistura de 5 a 10 % com suco de maçã - ou preparação de "punches", "cordials", "squashes", bebidas carbonatadas, em mistura com bebidas alcoólicas e como aromatizante em produtos de confeitaria. O maracujá roxo (Passiflora edulis Sims.) e o maracujá amarelo (Passiflora edulis forma flavicarpa Degener) são os mais explorados comercialmente. A colheita do maracujá é feita; geralmente após a queda do fruto da planta sem que sejam utilizados como referências; resultados de análises físico químicas do suco. o teor em suco está acima de 30 % em relação ao peso do fruto. Seus constituintes químicos seguem mais ou menos padrão de outros frutos, ressaltando-se apenas a presença de amido. Os pigmentos identificados em suco de maracujá roxo são os carotenóides fitoflueno, alfa-caroteno, beta-caroteno e zeta-caroteno. Existem xantofilas mas não estão identificadas. Alguns exemplos da ocorrência de carotenóides em sucos de frutos explorados industrialmente são dados neste trabalho, mostrando que os carotenóides que ocorrem em suco de maracujá estão bem disseminados no reino vegetal. Em maturação de frutos, o normal é ocorrer um aumento teor de carotenóides, os quais, geralmente, são visualisados após o desaparecimento da clorofila. A biossíntese de carotenóides, que deve ocorrer durante o processo de maturação dos frutos, não está ainda completamente esclarecida. Diversas evidências são tomadas para a proposição de caminhos de formação dêsses compostos. Partindo-se de acetato (ou acetil coenzima A), uma série de transformações bioquímicas dá origem a ácido mevalônico que, por sua vez, produz isopentenil pirofosfato. Este, em uma série de reações de condensação, chega a geranilgeranil pirofosfato, composto de 20 carbonos. Admite-se que duas moléculas de geranilgeranil pirofosfato unem-se para dar origem ao fitoeno de 40 carbonos, e primeiro composto de uma série proposta para explicar a formação de outros carotenóides. O fitoeno sofre uma série de desaturações, produzindo vários intermediários, entre os quais fitoflueno, zeta-caroteno, licopeno e neurosporeno. Licopeno e neurospeno, por outros mecanismos, dariam origem a alfa-caroteno e beta-caroteno. Os carotenos incorporam oxigênio, formando as xantofilas. Muitas dessas passagens não estão bem esclarecidas, tais como os sistemas enzimáticos envolvidos, mecanismos de união de moléculas, de desaturação de ciclização e de incorporação de oxigênio. Os pigmentos identificados no suco de maracujá roxo estão localizados nos esquemas propostos para formação dos diversos carotenóides. Há necessidade de que se estabeleçam correlações bioquímicas entre a formação e o teor de pigmentos e outros constituintes importantes do suco de maracujá, para que se chegue a um padrão para colheita dos frutos / Abstract:The passion fruit is a fruit which has recently come into proeminence with regard to its possible industrialization, principally with respect to the commercial acceptibility of its juice. Various possibilities are currently being investigated, such as the manufacture of the pure or diluted juicer, in either sterilized, preserved (more common in Brazil) or frozen form, its combination with other juices; such as 5 to 10 % apple juice, its incorporation into punches, cordials and squashes, carbonated beverages or alcoholic drinks, or finally its use as a flavoring agent in confectioneries. The purple passion fruit (Passiflora edulis Sims) and the yellow passion fruit (Passiflora edulis forma flavicarpa Degener) are the most commonly exploited fruits. The fruit is harvested without the use of any physico-chemical analysis of the juice, since it is generally harvested affter the fruit has fallen from the plant. The yield of juice is about 30 % by weight of the fruit. Chemically it is very similar to the standard constituents of other fruits, although it has a higher than average starch con tent. The following carotenoid pigments have been isolated in the juice of the purple passion fruit: phytofluene, alpha-carotene, beta-carotene and zeta-carotene. Xanthophylls are known to be present, but as yet have not been identified. In this review, some examples of the occurrence of carotenoids in industrially exploited fruit juices are given, showing that the carotenoids of the passion fruit juice are well distributed in the vegetable realm. During the maturation of fruits, there is generally an increase in the quantity of carotenoids present, these becoming visible after the disappearance of the chlorophyll. The biosynthesis of the carotenoids, which must occur during maturation, is not as yet completely understood. Various possible pathways have been proposed on the basis of known facts. Arisinq from acetate ( or acetyl coenzyme A ), a series of biochemical transformations give rise to mevalonic acid, which in turn produces isopentenyl pyrophosphate. This, after a series of condensation reactions produces geranylgeranyl pyrophosphate, a 20-carbon compound. Assuming that the two molecules of geranylgeranyl pyrophosphate unite to form the 40-carbon compound phytoene, this would provide the first compound in a proposed chain for the formation of the other carotenoids. The phytoene undergoes a series of desaturation reactions, producing various intermediaries including phytofluene, zeta-carotene, lycopene and neurosporene. Lycopene and neurosprene, via other pathways, give rise to alpha and beta-carotenes. Incorporation of oxygen into the carotenes gives rise to the xanthophylls. Many aspects of these pathways are still poorly understood, such as the enzyme systems involved, and the mechanisms of molecular union desaturation and cyclical reactions, and the incorporation of oxygen. The pigments identified in the juice of the purple passion fruit, are all encountered in the proposed schemes the formation of carotenoids. It is necessary to establish biochemical correlations between the formation and the quantity of pigments and the other important constituents of the passion fruit juicer, in order to determine a standard for the harvest of the fruit / Mestrado / Mestre em Ciências e Tecnologia de Alimentos
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Carotenoides e valores de vitamina A de verduras folhosas : metodos analiticos, influencias de alguns fatores e composição em verduras folhosas nativas

Mercadante, Adriana Zerlotti, 1962- 22 March 1989 (has links)
Orientador : Delia Rodriguez-Amaya / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-15T18:48:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mercadante_AdrianaZerlotti_M.pdf: 15908596 bytes, checksum: 473abed23ccd86bc4573d1b382e03dfe (MD5) Previous issue date: 1989 / Resumo: Devido ao alto custo de cromatografia líquida de alta eficiência, propõe-se o uso de fase reversa C-18, como adsorvente, em coluna aberta, como alternativa para países do terceiro mundo. Foram comparados, então, métodos utilizando coluna de fase reversa desenvolvida com acetonitrila: metanol: clorofórmio (Simpson et al., 1987) e também por acetona: água (fase reversa modificado), e coluna de MgO: hiflosupercel (fase normal) desenvolvida por concentrações crescentes de acetona em éter de petróleo (Rodriguez et al., 1976). As porcentagens de recuperação do ß-caroteno nas colunas foram 98, 96 e 98% e do procedimento analítico completo (ß-caroteno adicionado à couve) 92, 89 e 92 %, respectivamente, para os métodos de Rodriguez et al., de Simpson et al. e de fase reversa modificado. Não houve diferença significativa entre o método de fase reversa modificado e o de Rodriguez et al. quanto à quantidade de pró-vitamina A (exclusivamente (ß-caroteno) em verduras folhosas. Já o de Simpson et al. apresentou um teor significativamente menor de ß-caroteno. A coluna de fase normal foi a única capaz de separar todos os carotenóides. Para alimentos que contém outras pró-vitaminas A, além do ß-caroteno, a análise torna-se ainda mais complexa. Para abóbora, os dois tipos de adsorventes podem ser usados para separar a- e ß-caroteno; enquanto que para tomate e mamão vermelho, o uso de fase reversa não é recomendado devido à presença de licopeno que se mistura com (ß-caroteno, embora ocorra a separação de ß-criptoxantina. Mais uma vez, somente a coluna de MgO:hiflosupercel permite a determinação da composição completa de carotenóides. Os efeitos de diversos fatores na composição de carotenóides foram avaliados utilizando o método de Rodriguez et al. em amostras de couve. Os seguintes resultados foram obtidos: i-A cultivar tronchuda apresentou maior concentração de ß-caroteno e valor de vitamina A, e menor de zeaxantina que a manteiga no inverno e verão; 2-Os teores de luteína , violaxantina e total de carotenóides foram significativamente maiores na cultivar tronchuda apenas no verão; 3-ß-Caroteno, valor de vitamina A e zeaxantina apresentaram-se significativamente maiores no inverno nas duas cultivares; 4-Os teores de luteína e total de carotenóides foram também maiores no inverno na couve manteiga; 5-O conteúdo de violaxantina apresentou-se maior no verão na couve tronchuda; 6-Os teores de ß-caroteno, luteína, zeaxantina violaxantina, total de carotenóides e valor de vitamina A de couve manteiga proveniente da horta natural foram significantemente maiores que os da horta convencional, que utilizou herbicida e inseticida. Foi também determinada a composição completa de carotenóides em cinco verduras folhosas nativas brasileiras. A luteína esteve presente em maior quantidade, perfazendo 59, 58, 61, 60 e 54% do total em caruru, mentruz, taioba, serralha e beldroega, respectivamente. Os teores de (ß-caroteno e valores de vitamina A foram 109,85 e 1838,1; 84,65 e 1410,8; 67,32 e 1123,0; 62,86 e 1050,0; 29,79 µg/g e 499,3 RE/100g, respectivamente. As xantofilas a-criptoxantina, violaxantina e zeaxantina também foram quantificadas / Abstract: Considering the high cost of HPLC, the use of preparative C-18 packing material as stationary phase in classical open columns has been proposed as an alternative for the third world. In the present study, three methods were compared, two utilizing C-18 reverse phase columns developed with CH3CN: MeOH: CHC13 (Simpson et al., 1987) or with decreasing concentrations of water in acetone (modified reverse phase method) and one utilizing the normal phase MgO: hylfoSupercel column, developed with increasing concentration of acetone in petroleum ether (Rodriguez et al., 1976). Percent recoveries of (ß-carotene from the columns were 98, 96 and 98% and of the entire analysis (ß-carotene added to kale) 92, 89 and 92%, respectively, for the Rodriguez et al., Simpson et al. and the modified RP methods. No significant difference was observed in the provitamin A contents (exclusively ß-carotene) of 2 leafy vegetables obtained by the modified reverse phase and normal phase methods. Significantly lower values were obtained by the method of Simpson et al.. Only the normal phase column was capable of separating all constituent carotenoids. The situation became more complicated when samples containing other provitamins were analyzed. For squash the two types of stationary phase could separate a- and ß-carotene. For tomato and red-fleshed papaya, part of lycopene remaind mixed with (ß-carotene, although ß-cryptoxanthin was separated. Once again, only the MgO: HyfloSupercel permitted separation of the different carotenoids. The effects of certain factors on the carotenoid composition were evaluated utilizing the method of Rodriguez et al. and kale as sample. The following results were obtained: 1-The cultivar "tronchuda" presented higher concentration of ß-carotene and vitamin A value and lower zeaxanthin than the cultivar "manteiga" during both the winter and summer seasons; 2-The lutein, violaxanthin and total carotenoid levels were significantly higher in the cultivar "tronchuda" but only in the summer; 3-ß-Carotene, vitamin A value and zeaxanthin were significantly higher during winter in both cultivars; 4-The lutein and total carotenoid levels were also significantly higher in the winter in the kale "manteiga"; 5-Violaxanthin was significantly higher in the cultivar "tronchuda" in the summer; 6-Significant1y higher levels of ß-carotene, lutein, zeaxanthin, violaxanthin, total carotenoid and vitamin A value were observed in the kale "manteiga" cultivated on a "natural" farm as compared to a convencional farm which utilized herbicide and insecticide. The complete carotenoid composition of five native Brazilian leafy vegetables were determined. Lutein was the principal pigment, accounting for 59, 58, 61, 60, and 54% of the total in "caruru", "mentruz", "taioba", "serralha" and "beldroega", respectively. The (ß-carotene contents and vitamin A values were 109,85 and 1838,1; 84,65 and 1410,8; 67,32 and 1123,0; 62,86 and 1050,0; 29,79 µg/g and 499,3 RE/100g, respectively. The xanthophylls a-cryptoxanthin, violaxanthin and zeaxanthin were also quantified / Mestrado / Mestre em Ciência de Alimentos
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Produção de extratos concentrados de carotenoides a partir de oleo de dende

Trujillo Quijano, Jose Anibal 11 March 1988 (has links)
Orientador : Walter Esteves / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-16T06:32:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TrujilloQuijano_JoseAnibal_M.pdf: 25572839 bytes, checksum: 1d43a66c844db8afe6e2be4e488acf96 (MD5) Previous issue date: 1988 / Resumo: O resumo poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: The abstract is available with the full electronic document / Mestrado / Mestre em Tecnologia de Alimentos
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Obtenção e avaliação de bixina a partir de extrato de urucum (Bixa orellana L.)

Hernandez, Carlos Prentice 02 December 1994 (has links)
Orientador: Olavo Rusig / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-19T17:26:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Hernandez_CarlosPrentice_D.pdf: 32663172 bytes, checksum: f815bc300d530b9c81ba2bf4bc41e637 (MD5) Previous issue date: 1994 / Resumo: Foi obtido um extrato purificado de bixina, de coloração vermelha escura, a partir de extrato-base de urucum (Bixa. orellana. L.). Este corante natural foi obtido por precipitação ácida e alcalina dos cristais de bixina. A estabilidade do pigmento foi estudada em função da temperatura (105°C) e luz (900 lux) bem como a umidade crítica apresentada pelos extratos. O extrato-base de urucum foi obtido utilizando álcool etílico como solvente. A bixina purificada foi obtida por precipitação ácida, depois de extrair o corante com solventes de diferentes polaridades, tais como a acetona e o álcool isopropíli-co, comparando esta metodologia com a precipitação ácida e alcalina e a cristalização a frio do extrato obtido apartir de sementes de urucum.O rendimento de extração de bixina em base seca variou de 35,5 a 65,5%. A purificação dos extratos com 65,5% de bixina em acetona e isopropanol a 35°C, forneceu cristais de bixina com 94,7% de pureza, sendo o incremento na pureza de 1,45 vezes. Em ex- tratos obtidos a partir de sementes de urucum. utilizando métodos alcalinos sob temperatura ambiente, foi obtida bixina com 73,4% de pureza. Isto foi comparado com um método integrado de extração e purificação que forneceu 69,3% de bixina. Os efeitos da temperatura e luz sobre a estabilidade da bixina foi estudada pela perda da absorbância com o tempo.Desses dados, a velocidade de reação e o tempo-de-meía-vida para bixina em cada sistema foram determinados. A temperatura foi o agente mais destrutivo, seguido da luz. Foi determinada a umidade crítica utilizando isotermas de adsorção para o extrato purificado de bixina obtido do extrato-base de urucum, em comparação com um extrato de urucum hidromiscivel seco por atomização que mostrou maior capacidade de absorção de água. Estes extratos também foram utilizados para preparar uma bebida empregando uma formulação comercial / Abstract: Purified dark red extract of bixin was obtained from crude extract of annatto (Bixa. orellana L.) This natural colorant was obtained by acid and alkaline precipitation of the crystals of bixin. The stability of the pigment was studied as a function of temperature (105°C) and as well ligth as critical moisture from the extracts. Crude extract of annatto was obtained with ethyl alcohol as solvent. Purified bixin was obtained by acid precipitation, after extraction of colorant with other solvents of different polarities, such as acetone and isopropyl alcohol. This methodology was compared with the acid and alkaline precipitation and cold crystallization of extract obtained from annatto seeds. The extraction yield of bixin on a dry weight basis, varied between 35.5 and 65.5%. Purification of extracts with 65.5% bixin in acetone and isopropyl alcohol at 35 °C, furnished bixin crystals of 94.7% purity, with an increase in purity being 1.5 fold. In extracts obtained from annatto seeds, using alkaline methods under ambient temperature, bixin with 73.4% purity was obtained. This was compared with an integrated method of extraction and purification that furnished 69.3% of bixin. The effects of temperature and ligth on the stability of the bixin was studied by measuring the loss of absorbance with time. From these data, the reaction rate and half life for bixin in each system were determined. Temperature was the most destructive agent, followed by light. Critical moisture was determined using sorption isotherms determined for the purified extract of bixin obtained from crude extract of annatto, and compared with water-miscible extract obtained by spray-drying, which showed the highest capacity of water absorption. These extracts were also used to prepare a drink employing a commercial formulation / Doutorado / Doutor em Tecnologia de Alimentos
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Diversidade de Carotenóides Antioxidantes em frutos de espécies de Solanum (seção Lycopersicon) : caracterização via Cromatografia Líquida de Alta Resolução (CLAE) e análise filogenética do gene codificador da enzima Licopeno-β-ciclase

Morais, Ana Heloneida de Araújo 12 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-13T16:50:18Z No. of bitstreams: 1 Tese_2007_AnaHeloneidadeAraujo.pdf: 1481379 bytes, checksum: ccc57c523d2cdc59792b24e53b0a6d8b (MD5) / Approved for entry into archive by Georgia Fernandes(georgia@bce.unb.br) on 2009-01-15T12:34:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese_2007_AnaHeloneidadeAraujo.pdf: 1481379 bytes, checksum: ccc57c523d2cdc59792b24e53b0a6d8b (MD5) / Made available in DSpace on 2009-01-15T12:34:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_2007_AnaHeloneidadeAraujo.pdf: 1481379 bytes, checksum: ccc57c523d2cdc59792b24e53b0a6d8b (MD5) / O tomateiro (Solanum lycopersicum L.) apresenta um papel de destaque na dieta humana de diferentes etnias e regiões geográficas. Entre as estratégias para aumentar e/ou permitir um consumo adequado de nutrientes essenciais, destacam-se a introdução de alimentos ricos em carotenóides na dieta, além do melhoramento genético visando aumentar o teor pró-vitamínico e de antioxidantes em culturas adaptadas para plantio e com tradição de consumo nas regiões geográficas onde ocorrem carências nutricionais. Um dos objetivos neste trabalho foi avaliar os tipos e o conteúdo de carotenóides visando selecionar genótipos com melhores características nutricionais. Outro objetivo foi, baseado em informações genéticas para genes que codificam enzimas envolvidas na via biossíntetica de carotenóides, gerar oligonucleotídeos iniciadores (primers) universais para uso em PCR. Estes primers foram utilizados para isolar alelos do gene que codifica a enzima licopeno β-ciclase em diferentes acessos de tomate. Os dados obtidos destas seqüências foram avaliados para estimar as relações filogenéticas dentro do gênero Solanum (seção Lycopersicon). Esta análise foi comparada com estudos anteriores utilizando o gene waxy ou GGSSI (Grandule-bound starch syntase). Esta análise foi informativa e a sua utilização forneceu uma boa resolução na definição das espécies de tomate. Demonstrou ainda que as espécies com frutos verdes, amarelos e vermelhos pertencem a um grupo monofilético, além de revelar a proximidade entre as espécies de tomate com frutos com pigmentação verde. Os resultados aqui apresentados forneceram ainda o perfil de carotenóides de tomates de coloração verde, mostrando estas espécies como essenciais fontes de carotenóides luteína e zeaxantina. Um carotenóide já reconhecido nutricionalmente, mas não encontrado em concentrações significativas em tomates comerciais, o beta caroteno, foi identificado nas espécies S. cheesmaniae, S. galapagense e S. pimpinellifolium, que possuem frutos com pigmentação amarela. Destaca-se ainda o S. pimpinelifolium vermelho como sendo a melhor opção em cruzamentos visando o melhoramento no conteúdo e na diversidade de carotenóides. A geração dos oligonucleotídeos iniciadores universais, específicos para o isolamento de alelos dos genes das enzimas fitoeno sintase, licopeno ε-ciclase e licopeno β-ciclase foi satisfatória, uma vez que foram específicos para os genes em estudo. À disponibilização do catálogo de tipos e teores de carotenóides em um subconjunto do germoplasma destas espécies e o desenvolvimento de ferramentas moleculares com potencial uso em sistemas de seleção assistida cria perspectivas de aumento da eficiência do melhoramento visando o aumento do teor e a diversidade de carotenóides em tomate. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The cultivated tomato (Solanum lycopersicum L. Mill) plays an important role in the human diet in distinct ethnic groups and geographical regions, being a major source of vitamins and antioxidants. One of the most efficient strategies to increase and/or to allow the satisfactory intake of essential nutrients is to introduce in the daily diet improved food crop cultivars with higher nutritional/nutraceutical value. Breeding cultivars displaying regional adaptation for higher pro-vitamin A and antioxidant contents would be an effective way of minimizing/alleviating nutritional deficiencies in geographic areas with sub-optimum levels of intake of these compounds. One of the main objectives of the present thesis was to evaluate the profile and content of carotenoids in a germplasm collection of tomato and in its wild and semi-domesticated relatives [Solanum (section Lycopersicon)]. This germplasm displayed a wide range of fruit color varying from greenish to yellow up to deep red. The final aim of this study is to improve diversity and content of this group of potent antioxidants in the cultivated tomato via conventional and molecular breeding. A second objective was to isolate a sub-set of genes coding for structural enzymes of carotenoid biosynthesis in accessions of this germplasm and to generate a set of “universal” primers derived from the genetic information of these genes for use in PCR assays. This approach was employed to isolate alleles of the gene coding for the enzyme lycopene β-cyclase from the distinct accessions and the sequence data obtained was evaluated to estimate the phylogenetic relationships of the genus Solanum (section Lycopersicon). This analysis was informative and displayed enough resolution to discriminate the distinct species within the genus. A monophylletic group was composed by the green, yellow and red fruit species. A close relationship was also observed among greenfruited species, which was in agreement with the results reported in the literature using both classical and molecular tools. Therefore, the sequence of the lycopene β-ciclase gene could represent an additional tool for phylogenetic analysis in the genus Solanum (section Lycopersicon) as well as in closely related sections. The results indicated a wide range of carotenoid types and blends in the accessions of species belonging to the genus Solanum (section Lycopersicon). Green-fruited tomatoes accumulated lutein and zeaxanthin, two carotenoids that are not commonly found in cultivated tomatoes. The carotenoid β-carotene was identified in accessions of the S. cheesmaniae, S. galapagense and S. pimpinellifolium (yellow-fruit mutant). Therefore, these species might represent important sources of gene controlling β-carotene accumulation. However, the most diverse profiles of carotenoids were found in accessions of S. pimpinelifolium with red fruit phenotype. These would be the preferential sources for use in breeding programs. PCR primers were developed for universal, gene-specific isolation of alleles of the following genes: phytoene synthase, lycopene ε- cyclase and lycopene β-ciclase. The establishment of a catalog of content and types of carotenoids in representative accessions of species belonging to the genus Solanum (section Lycopersicon) and the development of molecular tools with potential utility in classical breeding as well as in marker assisted selection systems. The isolation of new genes/alleles from wild and semi-domesticated species related to the cultivated tomato has also a potential scientific and technological impact allowing the identification and cloning of genes of the carotenoid pathway able to modulate distinct blends of antioxidants carotenoids in fruits of this important vegetable crop.

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