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LITERATURA E MEMÓRIA ENTRE OS LABIRINTOS DA CIDADE: REPRESENTAÇÕES NA POÉTICA DE FERREIRA GULLAR E H. DOBAL

SANTOS, Silvana Maria Pantoja dos 31 January 2013 (has links)
Submitted by Chaylane Marques (chaylane.marques@ufpe.br) on 2015-03-09T18:32:57Z No. of bitstreams: 2 Tese SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS.pdf: 1607883 bytes, checksum: fd14126ec5492967858bfae01731214b (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-09T18:32:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS.pdf: 1607883 bytes, checksum: fd14126ec5492967858bfae01731214b (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013 / A criação literária resulta, dentre outros fatores, da relação que o artista da palavra estabelece com a realidade social, articulada a acontecimentos históricos, sociais, culturais de forma intercambiada. Logo, a tecelagem da escrita poética da memória implica os modos como o sujeito agencia os conteúdos introjetados por meio desses vínculos. A memória, entremeada de vivências, é perpassada pela subjetividade, pelos afetos, ainda que estes se processem por vias desviantes, alterando as formas como o escritor interage com a rememoração e as converte em discurso literário. Se a memória depende da relação entre homem e mundo, então podemos pensar a cidade como espaço de influência no processo de rememoração. Diante disso, objetivamos com este trabalho analisar na obra Poema sujo de Ferreira Gullar e A cidade substituída de H. Dobal, a memória da cidade que se inscreve em gretas, fissuras e ruínas, por meio das memórias de seus sujeitos poéticos. A forma como os poetas em questão se relacionam com a mesma cidade, depende do lugar de onde se enunciam, logo adotam visões de dentro e de fora, respectivamente, que influenciam suas escritas de memória. Para tanto, vale questionar se os sujeitos poéticos das obras em questão estariam motivados por consciências críticas, ainda que de forma subliminar, sobre o que significa repensar a memória citadina, a partir de um presente impactado pela fluidez e fragmentação próprios da modernidade. Por meio da poética de Gullar e de Dobal, compreendemos que é possível a dialética entre o antigo e o novo, a permanência e a ruptura; em aceitar que os mesmos espaços comportem vivências, em contextos e tempos diferentes, sem que referências anteriores se desfaçam por completo. Constatamos que, diante das rápidas transformações da paisagem urbana e da falta de solidez dos espaços, a transmutação de matéria de memória da cidade em matéria poética funciona como mecanismo de defesa em face à fragmentação e dispersão, impostas pela modernidade.
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Arquitetura e cidade na tratadística dorenascimento italiano

de Andrade Abreu e Lima, Fellipe January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:32:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5485_1.pdf: 6501399 bytes, checksum: 986fd0a4985baeb909217d3585b63ff2 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Uma constante preocupação, no estudo da teoria da arquitetura é a relação entre os edifícios e o espaço urbano. Neste campo podem ser tomados como objeto de estudo alguns tratados escritos durante o Renascimento italiano, onde se manifesta pela primeira vez a preocupação de relacionar a arquitetura com o espaço urbano. Os primeiros tratadistas consagrados do Renascimento italiano, Leon Battista Alberti, Francesco di Giorgio Martini e Antonio di Pietro Averlino anunciaram, nos seus escritos, que a relação envolvendo arquitetura e espaço urbano, é uma das condições para a qualidade espacial da cidade. Todavia, essa correspondência entre arquitetura e cidade diluiu-se na cultura tratadística ao longo do Renascimento, devido a condicionantes técnicos, culturais e econômicos que transformaram a maneira de pensar a arquitetura e a cidade. Autores como Andrea Palladio e Sebastiano Serlio, que escreveram seus tratados no final do Renascimento já não dissertaram mais sobre a relação entre o espaço urbano e os edifícios. O objetivo desta dissertação é analisar a relação entre arquitetura e cidade em cinco tratados do Renascimento italiano e esclarecer os motivos que levaram a esta mudança, segundo a ótica da teoria da arquitetura
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Relações políticas e tradição romana na retórica empregada por Agostinho na obra De Civitate Dei (412-426)

LIMA, B. S. 13 April 2018 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:44:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9712_DISSERTAÇÃO - BRUNO SOARES.pdf: 801205 bytes, checksum: 2c5add6904c85f17d2816a2bb4ca87d5 (MD5) Previous issue date: 2018-04-13 / O presente estudo analisa o livro De Civitate Dei escrito por Agostinho de Hipona entre 412 426 E.C sob a perspectiva das relações políticas e tradições romanas relatadas no discurso retórico e ressaltando a visão do texto que enfoca a imagem da Cidade de Deus sobre a cidade de Roma. O problema formulado questiona a retórica arrumada ao longo da obra tendo em vista a hipótese de que a Roma construída no texto de Agostinho atende a um objetivo que é servir de defesa contra a acusação vinda dos romanos pagãos de que a invasão de Roma foi culpa dos romanos não cristãos. O objetivo deste estudo é mostrar a construção das tradições romanas e das relações políticas na retórica de Agostinho como uma abordagem do documento para discutir aspectos históricos do De Civitate Dei através das contribuições teóricas e metodológicas da História Social. Esta discussão incidirá nos conceitos desenvolvidos por Max Weber, Serge Bertein, Roger Chartier e Pierre Bourdier. Faz uso da metodologia da análise do discurso francês de acordo com especialista em análise do discurso Dominique Maingueneau.
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A Cidade (PÃs)moderna e suas Tramas Espaciais, Temporais e Afetivas nas Narrativas LiterÃrias de Daniel Galera e Daniel Pellizzari

Guilherme Linhares Neto 20 October 2009 (has links)
A presente dissertaÃÃo tem como objetivo analisar as obras literÃrias de Daniel Galera e Daniel Pellizzari detectando influÃncias do espaÃo urbano em suas narrativas a partir de vÃrias perspectivas: referÃncias à arquitetura e esfera social urbana; experiÃncia das passagens de tempo; pluralidades de vivÃncias e percepÃÃes a que estÃo submetidos os habitantes da urbe. Procurarei assim desvendar as tramas espaciais, temporais e afetivas ligadas à urbanidade do novo milÃnio, que a literatura à capaz de revelar atravÃs de sua linguagem auto-referencial. Galera e Pellizzari comeÃaram a editar seus livros nos anos 2000 â conjuntura histÃrica em que as cidades contemporÃneas trazem de uma maneira complementar e interativa redes telecomunicacionais e de infra-estrutura fÃsica â e inicialmente ficaram conhecidos atravÃs de textos veiculados na internet. AlÃm da anÃlise das narrativas, outra questÃo relevante que faz parte do trabalho à um percurso histÃrico sobre a constituiÃÃo da modernidade e pÃs-modernidade na cidade, e como a tecnologia està presente no seu cotidiano.
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As lutas dos trabalhadores por moradia em Foz do Iguaçu, Paraná (1970-1990)

Gaspar, Lucas Eduardo 12 May 2017 (has links)
Submitted by Helena Bejio (helena.bejio@unioeste.br) on 2017-11-15T18:14:19Z No. of bitstreams: 2 Lucas E Gaspar 2017.pdf: 2519890 bytes, checksum: 2177816ab358e55a43f869659700e542 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-15T18:14:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Lucas E Gaspar 2017.pdf: 2519890 bytes, checksum: 2177816ab358e55a43f869659700e542 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-05-12 / Nenhum / Look at a city and realize the importance of social practices of workers Is one of the main efforts of this work. The decade of the 1970s, 1980s and 1990s, Were the scene of transformations in the city of Foz do Iguaçu, in addition to the common transformations, reproduced by the official history (construction of the Itaipu Plant, advancement of trade and tourism), this work proposes an analysis of the period under another perspective. Departing essentially from the trajectories of the working class of the city It was possible to investgate various practices and conflicts, in the course of three decades in relation to housing. Reflecting on how different forms of housing struggles carried out by workers in Foz do Iguaçu, We can approach deeper questions about how these subjects attribute meanings as social practices, as their variable practices and also how this theme allows to glimpse in a more general way The workers' struggle for permanence and for the city itself. The selected spatial cutout has the largest areas of the city - the Porto Meira Region and the São Francisco Region - which are predominantly composed by workers areas and constitute disputes areas during the history of Foz do Iguaçu. / Olhar para a cidade e perceber a importância das práticas sociais dos trabalhadores é um dos esforços principais deste trabalho. A década de 1970, 1980 e 1990 foram palco de transformações na cidade de Foz do Iguaçu, para além das transformações comumente reproduzidas pela história oficial (construção da Usina de Itaipu, avanço do comércio e turismo) este trabalho propõe a análise deste período sob outra perspectiva. Partindo essencialmente das trajetórias da classe trabalhadora do município foi possível investigar diversas práticas e conflitos no de correr de três décadas em relação a moradia. Refletindo sobre as diferentes formas de luta por habitação realizadas pelos trabalhadores em Foz do Iguaçu podemos abordar questões mais profundas sobre como estes sujeitos atribuíram sentidos as suas práticas sociais, como suas práticas foram variadas e também como este tema permite vislumbrar de maneira mais geral a luta dos trabalhadores pela permanência e pela própria cidade. O recorte espacial selecionado foram as duas maiores regiões do município – Região do Porto Meira e Região do São Francisco –, que são áreas em que residem predominantemente trabalhadores e constituem-se como espaços de grades disputas ao decorrer da história de Foz do Iguaçu.
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Universidade vivenciada na cidade: estudantes da Unioeste em Marechal Cândido Rondon/PR (1994-2009) / The University experienced in the city: Unioeste Students from Marechal Cândido Rondon/PR (1994-2009)

Reisdörfer, Thiago 29 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T17:56:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Thiago_Reisdorfer.pdf: 1588752 bytes, checksum: f7b16e79508a0478808c719e07174391 (MD5) Previous issue date: 2011-08-29 / This search discusses youth experiences of students from Universidade Estadual do Oeste do Paraná (West Paraná State University), Unioeste, campus of Marechal Cândido Rondon/PR, on the Brazil and Paraguay border, analyzing the temporal clipping from 1994 to 2009. The University, commonly conceived as an desire field, it is assumed, however, in this work, as a place of multiple conflicts, tensions, exchanges and dialogues, evaluating the meanings that the joining in this social life circumstances assumes in the students narratives from many places of this region and country. The University and the Marechal Cândido Rondon town were reported as a place of intercultural experiences, trying not losing the idea that this space is usually and concomitantly a social space as well as desired. This way, the University is experienced in and through the city, and this problematic can highlight specific issues concerning the historicity of those experiences. About these issues, it is paid more attention tothe multiple and complex relationships between the university students coming from other cities to live there with different social groups in the city. The methodology terms are emphasizedin the use of oral sources, discussing memories of young university students from the theoretical-methodological contributions of the Oral History. These discussions are shown in this research in a dialogic way and mainly concerned on three points: first, to discuss the multiple paths and expectations that led youths to Unioeste and Marechal Cândido Rondon; then, it is given special attention to intercultural experiences in the relationship between the city and University; and, at last, it isanalyzed verge experiences about the moment of the graduation conclusion. / Esta pesquisa problematiza vivências de jovens estudantes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste, campus de Marechal Cândido Rondon/PR, na fronteira entre Brasil e Paraguai, tendo como recorte temporal o período entre os anos de 1994 e 2009. A universidade, comumente idealizada enquanto espaço de desejos, neste trabalho foi tomada como lugar de múltiplas tensões, conflitos, trocas e diálogos, sendo valorizadas as significações que o ingresso nesta circunstância da vida social assume nas narrativas de estudantes provenientes de vários espaços dessa região e do país. Tanto como a universidade, a cidade de Marechal Cândido Rondon foi problematizada como lugar de vivências interculturais, buscando não perder de vista a ideia de que este espaço é, na maioria das vezes, e concomitantemente, um espaço social também desejado. Nesse sentido, a universidade é vivenciada na e através da cidade, sendo que este imbricamento de questões pode evidenciar problemáticas específicas relativas à historicidade de suas vivências. Nesta trama de questões, atenta-se principalmente para múltiplas e complexas relações entre universitários provenientes de outras localidades, que estabelecem moradia neste espaço urbano com diferentes grupos sociais nele constituídos. Em termos metodológicos, enfatiza-se o uso de fontes orais, problematizando memórias de jovens universitários a partir de contribuições teórico-metodológicas da história oral. Estas discussões aparecem no texto de maneira dialógica e aprofundadas em três pontos. Primeiramente, problematiza-se a multiplicidade de caminhos e expectativas que levaram os jovens à Unioeste e a Marechal Cândido Rondon. Depois foi dada atenção às vivências interculturais na relação cidade/universidade. E por último, analisadas experiências limiares acerca do momento de conclusão do ensino superior.
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Os caminhos do olhar : circulação, propaganda e humor Recife, 1880-1914

Maria Queiroz Pereira da Luz, Noemia 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:30:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3366_1.pdf: 10412265 bytes, checksum: 1ba746a3586ef7894ee0f999cbc77baf (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O olhar deste trabalho circula no diálogo estabelecido entre a tradição e o moderno, que provoca resistências e encantamentos, em segmentos da população da cidade do Recife entre 1880 e 1914. Período quando a modernidade é apenas vislumbrada e o novo para se afirmar tem como ponto de partida o encontro com a tradição, a qual, às vezes, se transforma para adequar-se às necessidades vigentes e, em outros momentos o novo contrapõe-se a ela, ratificando uma ruptura com o já vivido. A análise do diálogo estabelecido entre a tradição e o moderno é o fio condutor desse trabalho, que tem por temas a modernização, o processo de urbanização, a circulação de pessoas e mercadorias, o humor e a propaganda como veículos de crítica, expressão e difusão da modernização da cidade do Recife. O objetivo alcançado é uma escrita sobre a vida na cidade, o que nela muda com o aparato técnico instalado, as respostas dadas pelas pessoas às mudanças a partir da criação de desenhistas, artistas, humoristas e fotógrafos.
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Posturas do Recife Imperial

SOUZA, Maria Ângela de Almeida January 2002 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:30:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7620_1.pdf: 3344163 bytes, checksum: b030e86e7d187072bd2b3aecc1a80487 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2002 / A história da cidade do Recife através das suas posturas municipais é o tema central deste estudo. Abrangendo o período do Império brasileiro, este estudo enfoca a construção do conjunto de normas e preceitos estabelecido pela Câmara Municipal do Recife, que obriga os munícipes a cumprirem certos deveres de ordem pública, especialmente aqueles ligados à organização, ao disciplinamento e à construção do espaço da cidade. A análise da cidade tem como objeto a sua representação através das regras que tratam o espaço construído e as atividades urbanas nele desenvolvidas como um dever ser . Apesar de circunscrito temporalmente ao Império, este estudo vai buscar as bases da constituição das posturas municipais do Recife na história portuguesa, para identificar as mudanças nelas ocorridas no processo de construção do Estado brasileiro. O relevo dado nas posturas municipais do Recife à questão da estética urbana, nos anos de 1830, contribui para definir o padrão arquitetônico dos sobrados da cidade, que expressam os princípios da arquitetura e do urbanismo clássicos, em vigor no século XIX. Já as preocupações higienistas, que tomam vulto a partir de meados do mesmo século, absorvem as idéias desenvolvidas na Europa, e passam a respaldar os melhoramentos urbanos relacionados ao saneamento do Recife. A repercussão dessas idéias nas leis referentes ao espaço construído da cidade só adquire expressão no início do século XX, quando se assiste a uma paulatina substituição da tradição portuguesa pelos preceitos do urbanismo moderno
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Corrige os costumes rindo: humor, vergonha e decoro na sociabilidade mundana de Fortaleza (1850-1890)

SILVA, Marcos Aurélio Ferreira da January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7756_1.pdf: 1230733 bytes, checksum: 5090506d47db545420a1d360bbe248ad (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente tese tem por objeto de estudo os hábitos e os costumes de uma sociabilidade mundana que se instalava na cidade de Fortaleza na segunda metade do século XIX, em pleno clima de modificações urbanas pelas quais passava a cidade alencarina. Assim, trilhamos um caminho reflexivo sobre a sua convivência social a partir, preferencialmente, das folhas pasquineiras e de um referencial conceptual de uma "História cultural do humor", das práticas sociais cômicas e de um riso de cunho moral e de exclusão. Ou seja, a estrada escolhida foi a prática cômica vivida quotidianamente por indivíduos, que comunicavam e defendiam seus interesses sociais e políticos por intermédio do exercício humorístico e que teve como veículo de comunicação os pasquins pilhéricos, que apesar de se proporem a promover o lazer, traziam consigo um forte discurso de moralização. E a linguagem humorística, insultuosa e pornográfica das pequenas folhas volantes, que funcionou como um instrumento ativo do poder; foi eficaz por usar de um "cômico de palavras" capaz de gerar uma lógica do prazer que tanto excitava quanto docilizava os corpos. Produzia-se, com isso, um tipo de "humor a favor", o "humor costumbrista" ("humor de costumes"), que buscava por meio do riso corrigir, regular e modelar hábitos. Um riso com a função de correção e de flexibilizar o desvio social. Através da prática cômica (caráter éticomoral) se provocava o sentimento de vergonha e de embaraço, para que o elemento desviante (com comportamento não civilizado) ao ser constrangido, consertasse e/ou internalizasse o que esperava e impunha a classe dominante, desejosa que estava de fazer reconhecer como necessária e incontestável a implantação de uma sociedade mais urbana, moderna e ajustada às regras de civilidade
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As singularidades da modernização na Cidade da Parahyba nas décadas de 1910 a 1930

Ferreira Chagas, Waldeci January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:23Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7777_1.pdf: 3319581 bytes, checksum: 242aabbc7374b529add92362b1bdef36 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Neste trabalho, investigamos a Cidade da Parahyba durante as três primeiras décadas do século XX, entre os anos 1910 e 1930 e atentamos para as formas como as elites e as classes pobres vivenciaram o processo de urbanização/modernização pelo qual essa urbe passou. Tendo em vista o fato de que, nesse período, o algodão se manteve como principal produto econômico, o capital algodoeiro foi utilizado na transformação da cidade, sobretudo porque era preciso dotá-la de condições a receber a elite rural que a descobrira como espaço saudável e digno a quem desejasse apresentar-se moderno. A manutenção dessa perspectiva de compreensão e de apropriação da cidade implicou na implementação de serviços e equipamentos urbanos, com o intuito de suprir a urbe com aquilo de que ela ainda se ressentia, a exemplo do calçamento e alargamento das ruas, instalação da luz elétrica, substituição do bonde de tração animal por elétrico, da instalação do serviço de água encanada e saneamento, além da construção e manutenção das praças e jardins públicos. A partir de então, a rua, outrora vista como fétida e insalubre, se tornou o lugar dos encontros e desencontros, ou seja, da sociabilidade e afirmação da modernidade. A configuração dessa nova condição implicou na disciplinarização do uso e permanência no espaço público, de forma que a modernização se mantivesse e as elites pudessem mostrar o quanto eram modernas. Não demorou e a rua deixou de ser o lugar de todos os homens e de todas as mulheres, e passou a ser de alguns, o que implicou no afastamento das classes pobres para os arredores da cidade. Esse processo, à medida que deu configuração ao bairro de Jaguaribe, tornou evidente a singularidade da modernização e da modernidade instalada na área central da Cidade da Parahyba, haja vista os administradores públicos terem implementado já os referidos serviços. Mas, devido à insuficiência dos recursos econômicos aplicados, foi utilizada uma tecnologia já obsoleta. Isso na época diferenciou a Parahyba das demais urbes brasileiras, sobretudo porque não garantiu bem-estar às elites. Mesmo as elites apresentando-se modernas, reproduziram um modelo de comportamento protecionista nas relações estabelecidas com as classes pobres

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