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A supervisão pela internet para o tratamento comportamental da enurese com aparelho nacional de alarmeCosta, Noel José Dias da 09 September 2010 (has links)
Objetivou-se verificar a viabilidade de uma proposta de aperfeiçoamento a distância para a prática psicológica no atendimento à Enurese (EN) em Serviços-escola, Unidades Básicas de Saúde e consultórios particulares, situados em diferentes regiões do país e se o tempo de experiência dos psicólogos participantes da proposta estava relacionado com algumas variáveis como: o número de contatos de supervisão, o tempo para alta dos clientes, as variações nos escores de problemas de comportamento dos clientes e da intolerância dos pais deles. Foram participantes (N=40) psicólogos de diferentes regiões do país, de ambos os sexos, divididos em dois grupos conforme sua experiência, sendo G1: menos de 10 anos (n=27) e G2: mais de 10 anos (n=13). Os participantes receberam treinamento e supervisão num programa de Educação a Distância (EAD) e atenderam crianças ou adolescentes com queixa de EN. As informações e as questões relativas ao atendimento foram comunicadas ao participante, através da internet, pela qual ele também ofereceu respostas e subsídios para sua prática. Os participantes tiveram total liberdade de consultar o supervisor quantas vezes desejassem para solucionar questões ou buscar orientação. O atendimento que desenvolveram se deu através de intervenção comportamental com uso de aparelho nacional de alarme. A Escala de Intolerância foi utilizada para avaliação dos pais, e para avaliar os filhos utilizou-se o Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência CBCL e o Registro simples de \"molhadas\" (descontrole enurético) ao longo do atendimento. Os resultados foram de dois tipos: dos participantes psicólogos e de seus clientes e pais. Foram comparados os números médios de contatos entre os psicólogos e o supervisor, dos dois diferentes grupos de experiência, e os escores obtidos nos instrumentos de avaliação dos clientes aplicados antes e após a intervenção, a fim de verificar a efetividade do tratamento, além do decréscimo do número de molhadas durante este. Do total de participantes, 15 concluíram o tratamento de seus clientes tendo eles atingido os critérios de sucesso e alta, dois tiveram clientes que concluíram sem sucesso, 13 descontinuaram o tratamento, quatro não conseguiram clientes e seis permanecem atendendo seus clientes que não finalizaram o tratamento ao final da coleta dessa pesquisa. O G1 atingiu alta no tratamento com uma média de 20,1 (dp=9,96) contatos para supervisão ix em 20,4 semanas(dp=5,27). O G2 alcançou alta com média de 10,0 contatos (dp=5,30) em 20,4 semanas (dp=7,13). Observou-se, nos clientes, significativa redução nos escores na escala total de problemas de comportamento dos clientes e de intolerância de seus pais em ambos os grupos de participantes após o tratamento. Os resultados deste estudo são inferiores aos obtidos no atendimento com supervisão presencial realizados no país, mas aproximam-se deles, justificando portanto o seu uso. Esses dados demonstram a viabilidade dessa modalidade de atendimento / The objective was to examine feasibility of a distance improvement program of psychological practice in treating Enuresis (EN) in School-services, Basic Health Units, and private offices, located in different areas of the country and if the amount of experience time of the participating psychologists was in any way related to variables such as: the number of supervision contacts, time for client discharge, and intolerance of their parents. Participants were (N=40) psychologists from different regions of the country, from both genders, divided into two groups according to their experience, where G1: under 10 years (N=27), and G2: over 10 years (N=13). Participants received training and supervision in a Distance Learning program (EAD) and treated children or adolescents complaining about EN. Treatment information and related questions were made known to the participant through the internet, where answers and practice aid were also offered. Participants were totally free to consult with supervisor as many times as desired to solve issues or seek guidance. Developed treatment was performed by behavioral intervention with the use of national alarm device. Throughout treatment, the Intolerance Scale was used for parent evaluation, and the Child Behavior Checklist CBCL, as well as bedwetting Record for evaluating the children. Results were of two kinds: of participating psychologists and their clients and parents. The average number of contacts between participating psychologists and their supervisors, of the two experience groups, and pre and post treatment scores obtained in client evaluation instruments were compared in order to check treatment effectiveness, as well as the decrease in bedwetting throughout it. Of the total number of participants, 15 concluded treatment with client achieving success criteria and discharge, two had clients concluding without success, 13 discontinued treatment, four did not obtain clients, and six remained treating clients who had not finish treatment at the end of data collection for this research. G1 obtained treatment discharge with an average of 20.1 (SD=9.96) contacts for supervision in 20.4 weeks (SD=5.27). G2 obtained treatment discharge with an average of 10.0 contacts (SD=5.30) in 20.4 weeks (SD=7.13). Clients were observed to have a significant decrease in total behavior problems scale scores and parent intolerance in both groups of participants xi after treatment. Results of this study are inferior to the ones obtained in treatment with face to face supervision performed in the country, but are close, therefore justifying their use. Such data demonstrates feasibility for this treatment modality
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"Representação social da dor por doentes de fibromialgia" / The social representation of pain by fibromyalgia patientsFernandes, Angela Maria do Carmo 25 March 2004 (has links)
Para avaliar se ocorreriam mudanças cognitivas, sensoriais, comportamentais e emocionais positivas duradouras em mulheres submetidas à psicoterapia cognitivo-comportamental em grupo em relação à fibromialgia, foram selecionadas 36 doentes do sexo feminino, 18 formando o grupo experimental e 18 o grupo comparativo. O grupo experimental foi submetido a 10 sessões em grupo de psicoterapia cognitivo-comportamental. Os resultados foram comparados e analisados qualitativamente, o que permitiu a elaboração da representação social da mulher com fibromialgia / In order to evaluating if the cognitive-behavioral group psychotherapy would provide cognitive, sensorial, behavioral, emotional, lasting and positive changes in women with fibromyalgia, in comparison to those who had not been submitted to this intervention, thirty-six women participated in this study; eighteen formed an experimental group and eighteen, a comparative group. The experimental group underwent ten sessions of cognitive-behavioral psychotherapy. The recollected data had been compared and analyzed qualitatively, which allowed elaborating the social representation of the woman with fibromyalgia.
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Terapia analítico-comportamental: sistematização da definição com base em introduções de textos empíricos / Behavioral-analytic therapy: systematization of the definition based on the introductions of empirical textsSantos, Gabriela Alves Rodrigues dos 20 June 2018 (has links)
A Análise do Comportamento Clínica nasceu da transposição do modelo experimental do laboratório para a aplicação com humanos, logo, mostra-se comprometida com a ciência desde sua concepção. No Brasil, a Análise do Comportamento Clínica tem uma história particular, ela foi gradualmente construída pelos primeiros estudantes de Análise do Comportamento do país e atualmente é denominada como Terapia Analítico-Comportamental (TAC). Apesar da TAC ser comprometida com a ciência desde sua concepção, uma recente revisão integrativa da produção científica da área foi realizada com o objetivo de aproximar a TAC de uma Prática Baseada em Evidências em Psicologia. Os dados demonstraram que ela carece de evidências empíricas que comprovem sua eficácia, tanto pela quantidade quanto pela qualidade dos trabalhos. Uma vez que o ponto principal de qualquer esforço para definir uma prática como baseada em evidências é começar com uma definição rigorosa da prática, o presente trabalho buscou examinar as definições da TAC descritas por autores de pesquisas empíricas. Para isso foram realizados os seguintes passos: (1) atualização da revisão integrativa da literatura de pesquisas empíricas em TAC realizada por Jan Leonardi em 2016; (2) leitura e levantamento das definições à TAC dada pelos autores nas introduções da literatura empírica levantada; (3) categorização das definições em termos de pressupostos, processos, procedimentos e resultados; e (4) análise crítica das definições dadas pelos autores. Na busca foram selecionadas 24 introduções de textos empíricos e extraídos 141 trechos referentes à definição de TAC, totalizando 265 categorizações. Os dados encontrados mostraram que as definições de TAC utilizadas nas introduções contemplam descrições em termos de procedimento, processo, resultado e pressupostos, mas apenas uma pequena parte das definições abrangeu todas essas categorias. A maior parte das descrições encontradas estão relacionadas a procedimento e, em sua maioria, respostas inespecíficas do terapeuta. A categoria de respostas inespecíficas do terapeuta consiste em descrições de ações do terapeuta de forma que não permite que um leitor bem treinado as reproduza. Os dados mostraram uma descrição pouco precisa da TAC nas introduções e, a partir deles, são discutidas as implicações para o ensino, pesquisa e prática clínica. Por fim, sugere-se possíveis diretrizes para descrições de TAC em introduções de futuras publicações, a saber: (a) apresentar os pressupostos filosóficos e teóricos que embasam a TAC fazendo uma relação direta entre estes e as implicações na compreensão, análise do caso e a prática do terapeuta; (b) descrever os fenômenos, o máximo quanto possível, em termos de processos comportamentais; (c) ao descrever procedimentos padronizados, utilizar nomenclaturas já descritas na literatura e evitar nomenclaturas novas, a não ser que esteja propondo um procedimento inédito; (d) ao descrever respostas do terapeuta, especificar quais respostas devem ser emitidas pelos terapeutas diante de quais antecedentes, e quais as consequências esperadas. Essas diretrizes visam promover uma descrição mais precisa a fim de favorecer avanços na área e viabilizar pesquisas que avaliem a eficácia da TAC / Clinical Behavior Analysis was born from the transposition of the laboratorys experimental model to the application with humans, therefore, it has been committed with science from the beginning. In Brazil, Clinical Behavior Analysis has a particular history, it was gradually constructed by the countrys first students of Behavior Analysis and is currently denominated as Behavioral-Analytic Therapy (TAC). Although TAC has been committed to science since its inception, a recent integrative review of the areas scientific production was carried out with the aim of bringing TAC closer to Evidence Based Practice in Psychology. The data demonstrated that it lacks empirical evidence to prove its efficacy, both regarding the quantity and the quality of the work. Since the main point of any effort to define an evidence-based practice is to begin with a rigorous definition of practice, the present work sought to examine the definitions of TAC described by empirical research authors. In order to do that, the following steps were taken: (1) update the integrative review of the empirical research literature on TAC performed by Jan Leonardi on 2016; (2) read and retrieve the definitions of TAC given by the authors in the introductions of the empirical literature; (3) categorize the definitions in terms of assumptions, processes, procedures and results; and (4) critically analyze the definitions given by the authors. In the review, 24 introductions of empirical texts were selected and 141 excerpts referring to the definition of TAC were extracted, totaling 265 categorizations. The data showed that the definitions of TAC used in the introductions include descriptions in terms of procedures, processes, outcomes and assumptions, but only a small part of the definitions covered all of these categories. Most of the descriptions found are related to procedure and, for the most part, nonspecific responses of the therapist. The category of nonspecific responses of the therapist consists of descriptions of the therapist\'s actions in a way that it does not allow for a well-trained reader to reproduce them. The data showed a description of TAC in the introductions with low precision and, from them, the implications for teaching, research and clinical practice are discussed. Finally, it is suggested possible guidelines for descriptions of TAC in introductions of future publications, namely: (a) to present the philosophical and theoretical assumptions that underpin TAC, establishing a direct relation between them and the implications for the understanding, case analysis and the practice of the therapist; (b) describe the phenomena as much as possible in terms of behavioral processes; (c) to use nomenclatures already described in the literature and avoid new nomenclatures when describing standardized procedures, unless it is proposing an unpublished procedure; (d) when describing the therapist\'s responses, specify which responses should be emitted in relation to what antecedents, and what are the expected consequences. These guidelines aim to promote a more precise description in order to promote advances in the area and to enable researches that evaluate the effectiveness of TAC
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A supervisão pela internet para o tratamento comportamental da enurese com aparelho nacional de alarmeNoel José Dias da Costa 09 September 2010 (has links)
Objetivou-se verificar a viabilidade de uma proposta de aperfeiçoamento a distância para a prática psicológica no atendimento à Enurese (EN) em Serviços-escola, Unidades Básicas de Saúde e consultórios particulares, situados em diferentes regiões do país e se o tempo de experiência dos psicólogos participantes da proposta estava relacionado com algumas variáveis como: o número de contatos de supervisão, o tempo para alta dos clientes, as variações nos escores de problemas de comportamento dos clientes e da intolerância dos pais deles. Foram participantes (N=40) psicólogos de diferentes regiões do país, de ambos os sexos, divididos em dois grupos conforme sua experiência, sendo G1: menos de 10 anos (n=27) e G2: mais de 10 anos (n=13). Os participantes receberam treinamento e supervisão num programa de Educação a Distância (EAD) e atenderam crianças ou adolescentes com queixa de EN. As informações e as questões relativas ao atendimento foram comunicadas ao participante, através da internet, pela qual ele também ofereceu respostas e subsídios para sua prática. Os participantes tiveram total liberdade de consultar o supervisor quantas vezes desejassem para solucionar questões ou buscar orientação. O atendimento que desenvolveram se deu através de intervenção comportamental com uso de aparelho nacional de alarme. A Escala de Intolerância foi utilizada para avaliação dos pais, e para avaliar os filhos utilizou-se o Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência CBCL e o Registro simples de \"molhadas\" (descontrole enurético) ao longo do atendimento. Os resultados foram de dois tipos: dos participantes psicólogos e de seus clientes e pais. Foram comparados os números médios de contatos entre os psicólogos e o supervisor, dos dois diferentes grupos de experiência, e os escores obtidos nos instrumentos de avaliação dos clientes aplicados antes e após a intervenção, a fim de verificar a efetividade do tratamento, além do decréscimo do número de molhadas durante este. Do total de participantes, 15 concluíram o tratamento de seus clientes tendo eles atingido os critérios de sucesso e alta, dois tiveram clientes que concluíram sem sucesso, 13 descontinuaram o tratamento, quatro não conseguiram clientes e seis permanecem atendendo seus clientes que não finalizaram o tratamento ao final da coleta dessa pesquisa. O G1 atingiu alta no tratamento com uma média de 20,1 (dp=9,96) contatos para supervisão ix em 20,4 semanas(dp=5,27). O G2 alcançou alta com média de 10,0 contatos (dp=5,30) em 20,4 semanas (dp=7,13). Observou-se, nos clientes, significativa redução nos escores na escala total de problemas de comportamento dos clientes e de intolerância de seus pais em ambos os grupos de participantes após o tratamento. Os resultados deste estudo são inferiores aos obtidos no atendimento com supervisão presencial realizados no país, mas aproximam-se deles, justificando portanto o seu uso. Esses dados demonstram a viabilidade dessa modalidade de atendimento / The objective was to examine feasibility of a distance improvement program of psychological practice in treating Enuresis (EN) in School-services, Basic Health Units, and private offices, located in different areas of the country and if the amount of experience time of the participating psychologists was in any way related to variables such as: the number of supervision contacts, time for client discharge, and intolerance of their parents. Participants were (N=40) psychologists from different regions of the country, from both genders, divided into two groups according to their experience, where G1: under 10 years (N=27), and G2: over 10 years (N=13). Participants received training and supervision in a Distance Learning program (EAD) and treated children or adolescents complaining about EN. Treatment information and related questions were made known to the participant through the internet, where answers and practice aid were also offered. Participants were totally free to consult with supervisor as many times as desired to solve issues or seek guidance. Developed treatment was performed by behavioral intervention with the use of national alarm device. Throughout treatment, the Intolerance Scale was used for parent evaluation, and the Child Behavior Checklist CBCL, as well as bedwetting Record for evaluating the children. Results were of two kinds: of participating psychologists and their clients and parents. The average number of contacts between participating psychologists and their supervisors, of the two experience groups, and pre and post treatment scores obtained in client evaluation instruments were compared in order to check treatment effectiveness, as well as the decrease in bedwetting throughout it. Of the total number of participants, 15 concluded treatment with client achieving success criteria and discharge, two had clients concluding without success, 13 discontinued treatment, four did not obtain clients, and six remained treating clients who had not finish treatment at the end of data collection for this research. G1 obtained treatment discharge with an average of 20.1 (SD=9.96) contacts for supervision in 20.4 weeks (SD=5.27). G2 obtained treatment discharge with an average of 10.0 contacts (SD=5.30) in 20.4 weeks (SD=7.13). Clients were observed to have a significant decrease in total behavior problems scale scores and parent intolerance in both groups of participants xi after treatment. Results of this study are inferior to the ones obtained in treatment with face to face supervision performed in the country, but are close, therefore justifying their use. Such data demonstrates feasibility for this treatment modality
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Terapia analítico-comportamental: sistematização da definição com base em introduções de textos empíricos / Behavioral-analytic therapy: systematization of the definition based on the introductions of empirical textsGabriela Alves Rodrigues dos Santos 20 June 2018 (has links)
A Análise do Comportamento Clínica nasceu da transposição do modelo experimental do laboratório para a aplicação com humanos, logo, mostra-se comprometida com a ciência desde sua concepção. No Brasil, a Análise do Comportamento Clínica tem uma história particular, ela foi gradualmente construída pelos primeiros estudantes de Análise do Comportamento do país e atualmente é denominada como Terapia Analítico-Comportamental (TAC). Apesar da TAC ser comprometida com a ciência desde sua concepção, uma recente revisão integrativa da produção científica da área foi realizada com o objetivo de aproximar a TAC de uma Prática Baseada em Evidências em Psicologia. Os dados demonstraram que ela carece de evidências empíricas que comprovem sua eficácia, tanto pela quantidade quanto pela qualidade dos trabalhos. Uma vez que o ponto principal de qualquer esforço para definir uma prática como baseada em evidências é começar com uma definição rigorosa da prática, o presente trabalho buscou examinar as definições da TAC descritas por autores de pesquisas empíricas. Para isso foram realizados os seguintes passos: (1) atualização da revisão integrativa da literatura de pesquisas empíricas em TAC realizada por Jan Leonardi em 2016; (2) leitura e levantamento das definições à TAC dada pelos autores nas introduções da literatura empírica levantada; (3) categorização das definições em termos de pressupostos, processos, procedimentos e resultados; e (4) análise crítica das definições dadas pelos autores. Na busca foram selecionadas 24 introduções de textos empíricos e extraídos 141 trechos referentes à definição de TAC, totalizando 265 categorizações. Os dados encontrados mostraram que as definições de TAC utilizadas nas introduções contemplam descrições em termos de procedimento, processo, resultado e pressupostos, mas apenas uma pequena parte das definições abrangeu todas essas categorias. A maior parte das descrições encontradas estão relacionadas a procedimento e, em sua maioria, respostas inespecíficas do terapeuta. A categoria de respostas inespecíficas do terapeuta consiste em descrições de ações do terapeuta de forma que não permite que um leitor bem treinado as reproduza. Os dados mostraram uma descrição pouco precisa da TAC nas introduções e, a partir deles, são discutidas as implicações para o ensino, pesquisa e prática clínica. Por fim, sugere-se possíveis diretrizes para descrições de TAC em introduções de futuras publicações, a saber: (a) apresentar os pressupostos filosóficos e teóricos que embasam a TAC fazendo uma relação direta entre estes e as implicações na compreensão, análise do caso e a prática do terapeuta; (b) descrever os fenômenos, o máximo quanto possível, em termos de processos comportamentais; (c) ao descrever procedimentos padronizados, utilizar nomenclaturas já descritas na literatura e evitar nomenclaturas novas, a não ser que esteja propondo um procedimento inédito; (d) ao descrever respostas do terapeuta, especificar quais respostas devem ser emitidas pelos terapeutas diante de quais antecedentes, e quais as consequências esperadas. Essas diretrizes visam promover uma descrição mais precisa a fim de favorecer avanços na área e viabilizar pesquisas que avaliem a eficácia da TAC / Clinical Behavior Analysis was born from the transposition of the laboratorys experimental model to the application with humans, therefore, it has been committed with science from the beginning. In Brazil, Clinical Behavior Analysis has a particular history, it was gradually constructed by the countrys first students of Behavior Analysis and is currently denominated as Behavioral-Analytic Therapy (TAC). Although TAC has been committed to science since its inception, a recent integrative review of the areas scientific production was carried out with the aim of bringing TAC closer to Evidence Based Practice in Psychology. The data demonstrated that it lacks empirical evidence to prove its efficacy, both regarding the quantity and the quality of the work. Since the main point of any effort to define an evidence-based practice is to begin with a rigorous definition of practice, the present work sought to examine the definitions of TAC described by empirical research authors. In order to do that, the following steps were taken: (1) update the integrative review of the empirical research literature on TAC performed by Jan Leonardi on 2016; (2) read and retrieve the definitions of TAC given by the authors in the introductions of the empirical literature; (3) categorize the definitions in terms of assumptions, processes, procedures and results; and (4) critically analyze the definitions given by the authors. In the review, 24 introductions of empirical texts were selected and 141 excerpts referring to the definition of TAC were extracted, totaling 265 categorizations. The data showed that the definitions of TAC used in the introductions include descriptions in terms of procedures, processes, outcomes and assumptions, but only a small part of the definitions covered all of these categories. Most of the descriptions found are related to procedure and, for the most part, nonspecific responses of the therapist. The category of nonspecific responses of the therapist consists of descriptions of the therapist\'s actions in a way that it does not allow for a well-trained reader to reproduce them. The data showed a description of TAC in the introductions with low precision and, from them, the implications for teaching, research and clinical practice are discussed. Finally, it is suggested possible guidelines for descriptions of TAC in introductions of future publications, namely: (a) to present the philosophical and theoretical assumptions that underpin TAC, establishing a direct relation between them and the implications for the understanding, case analysis and the practice of the therapist; (b) describe the phenomena as much as possible in terms of behavioral processes; (c) to use nomenclatures already described in the literature and avoid new nomenclatures when describing standardized procedures, unless it is proposing an unpublished procedure; (d) when describing the therapist\'s responses, specify which responses should be emitted in relation to what antecedents, and what are the expected consequences. These guidelines aim to promote a more precise description in order to promote advances in the area and to enable researches that evaluate the effectiveness of TAC
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Prática baseada em evidências em psicologia e a eficácia da análise do comportamento clínica / Evidence-based practice in psychology and the efficacy of clinical behavior analysisJan Luiz Leonardi 07 April 2016 (has links)
Tradicionalmente, a escolha pelo tipo de intervenção psicoterápica para diferentes quadros clínicos depende fundamentalmente da experiência profissional do terapeuta e de sua predileção por determinadas estratégias clínicas. Esse cenário, entretanto, tem se modificado no contexto da prática baseada em evidências, definida pela American Psychological Association como o processo individualizado de tomada de decisão clínica que ocorre por meio da integração da melhor evidência disponível com a perícia clínica no contexto das características, cultura e preferências do cliente. O paradigma de prática baseada em evidências está em perfeita harmonia com a ideologia da análise do comportamento aplicada, que, desde a sua origem, apresenta um forte comprometimento com a sustentação empírica de seus procedimentos terapêuticos. Apesar desse comprometimento, é de fundamental importância avaliar em que medida a área está ou não produzindo evidências de eficácia. Em vista disso, o presente trabalho teve por objetivo analisar a produção de evidências empíricas da terapia analítico-comportamental (TAC) e da psicoterapia analítica-funcional (FAP), na literatura nacional e internacional, de modo a complementar as revisões sistemáticas já realizadas sobre outras modalidades de análise do comportamento clínica terapia de aceitação e compromisso (ACT), terapia comportamental dialética (DBT) e ativação comportamental (BA). Para cumprir esse objetivo, foi realizada uma revisão da literatura conduzida de forma a localizar o maior número possível de estudos empíricos sobre TAC e FAP, publicados ou não, que abarcou onze bases de dados globais e três bases de dados específicas da análise do comportamento. A seleção dos estudos obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: ser relato de caso, experimento de caso único ou pesquisa de grupo que descreve os resultados obtidos num processo de terapia individual; ter participantes com desenvolvimento típico e idade igual ou superior a 18 anos; ter ocorrido exclusivamente no ambiente de consultório; ser fundamentado no behaviorismo radical e utilizar conceitos da análise do comportamento na descrição do processo terapêutico. No total, foram selecionados 54 trabalhos que apresentaram 72 casos. As informações de cada um dos casos foram organizadas numa planilha do Microsoft Excel e diferentes categorias de análise foram construídas de modo a possibilitar dois tipos de análise. A primeira, descritiva, abarcou a denominação dada à terapia, idade, gênero e diagnóstico dos clientes, método de pesquisa, número de sessões, avaliação da fidelidade ao procedimento, apresentação de análise de contingências, alvos da intervenção, procedimentos utilizados, eficácia, medidas de resultado e follow-up. A segunda análise consistiu em diversos cruzamentos entre esses dados. Os resultados obtidos permitem concluir que a TAC e a FAP carecem de evidências empíricas que comprovem ou rejeitem sua eficácia. À luz desses dados e das revisões sistemáticas sobre ACT, DBT e BA, argumenta-se que terapeutas e pesquisadores brasileiros têm três opções: (1) utilizar apenas os princípios comportamentais básicos, isto é, a teoria, para guiar sua prática clínica, o que é insuficiente para garantir a eficácia da intervenção; (2) adotar um dos modelos internacionais de análise do comportamento clínica; (3) sistematizar a TAC para, posteriormente, pesquisá-la experimentalmente. Espera-se que, além de oferecer o estado da arte da pesquisa clínica sobre TAC e sobre FAP, este trabalho contribua para o desenvolvimento científico das terapias comportamentais e para o fortalecimento da análise do comportamento como ciência e profissão / Traditionally, the choice of the type of psychotherapeutic intervention for various clinical conditions fundamentally depends on the professional experience of the therapist and his/her predilection for certain clinical strategies. However, this scenario has been changing in the context of evidence-based practice, defined by the American Psychological Association as the individualized process of clinical decision-making that takes place through the integration of the best available evidence with clinical expertise in the context of the characteristics, culture and preferences of the client. The paradigm of evidence-based practice is in perfect harmony with the applied behavior analysis ideology, which, since its inception, has a strong commitment to the empirical support of its therapeutic procedures. Despite this commitment, it is of fundamental importance to assess to what extent the area is or is not producing evidence of efficacy. In view of this, this thesis aimed to analyze the production of empirical evidence of behavioral-analytic therapy (TAC) and functional-analytic psychotherapy (FAP), in national and international literature, in order to complement the systematic reviews already conducted on other modalities of clinical behavior analysis acceptance and commitment therapy (ACT), dialectical behavior therapy (DBT), and behavioral activation (BA). To achieve this goal, a review of the literature was conducted in order to find the largest possible number of empirical studies of TAC and FAP, published or not, which covered eleven global databases and three specific databases of behavior analysis. The selection of studies followed the following inclusion criteria: to be a case report, single-case experiment or group research that describes the results obtained in an individual therapy process; to have participants with typical development and age up to 18 years of age; to have taken place exclusively in the office environment; to be based on radical behaviorism and to use behavior analysis concepts in the description of the therapeutic process. In total, 54 works that presented 72 cases were selected. The information regarding each one of the cases has been organized in a Microsoft Excel worksheet and different analysis categories have been designed so as to enable two kinds of analysis. The first kind was a descriptive one, and embraced the name given to the therapy, age, gender and diagnosis of clients, research method, number of sessions, evaluation of procedure fidelity, description of analysis of contingencies, targets of intervention, procedures used, efficacy, outcome measures and follow-up. The second kind consisted of the analysis of different combinations of these data. The results lead to the conclusion that TAC and FAP lack empirical evidence to support or reject their efficacy. In light of these data and the systematic reviews on ACT, DBT and BA, it is argued that Brazilian therapists and researchers have three options: (1) use only the basic behavioral principles, i.e. the theory, to guide their clinical practice, which is insufficient to ensure the efficacy of the intervention; (2) adopt one of the international models of clinical behavior analysis; (3) systematize TAC so that it can be researched experimentally afterwards. It is expected that, in addition to offering the state of the art of clinical research on TAC and on FAP, this work will contribute to the scientific development of behavioral therapies and to the strengthening of behavior analysis as a science and profession
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"Representação social da dor por doentes de fibromialgia" / The social representation of pain by fibromyalgia patientsAngela Maria do Carmo Fernandes 25 March 2004 (has links)
Para avaliar se ocorreriam mudanças cognitivas, sensoriais, comportamentais e emocionais positivas duradouras em mulheres submetidas à psicoterapia cognitivo-comportamental em grupo em relação à fibromialgia, foram selecionadas 36 doentes do sexo feminino, 18 formando o grupo experimental e 18 o grupo comparativo. O grupo experimental foi submetido a 10 sessões em grupo de psicoterapia cognitivo-comportamental. Os resultados foram comparados e analisados qualitativamente, o que permitiu a elaboração da representação social da mulher com fibromialgia / In order to evaluating if the cognitive-behavioral group psychotherapy would provide cognitive, sensorial, behavioral, emotional, lasting and positive changes in women with fibromyalgia, in comparison to those who had not been submitted to this intervention, thirty-six women participated in this study; eighteen formed an experimental group and eighteen, a comparative group. The experimental group underwent ten sessions of cognitive-behavioral psychotherapy. The recollected data had been compared and analyzed qualitatively, which allowed elaborating the social representation of the woman with fibromyalgia.
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Análise de contingências de orientações e auto-orientações em intervenções clínicas comportamentais / Contingency analysis of orientation and self-orientation in behavioral clinical interventionsDonadone, Juliana Cristina 18 December 2009 (has links)
Há debates sobre quais são os mecanismos responsáveis por mudanças ocorridas em psicoterapias. Pergunta-se se são as técnicas específicas ou as variáveis da relação terapêutica que propiciam os efeitos da terapia. Também tem sido questionado se mudanças comportamentais produzidas pela terapia são modeladas por contingências da relação terapêutica ou são governadas por novas regras produzidas na terapia. Nas pesquisas sobre emissão de regras (orientação) e autorregras (auto-orientação) anteriores a esta pesquisa não foram encontradas variáveis responsáveis por sua emissão. A determinação da utilização da estratégia de orientação ora parecia ser o cliente, ora o terapeuta, ora nenhum deles, ora o tema abordado, e possivelmente uma complexa combinação destas e de outras variáveis. O estudo detalhado das orientações e auto-orientações de 81 sessões de terapia analítico-comportamental foi realizado nesta pesquisa com o objetivo de verificar quais as variáveis responsáveis pela emissão de orientação e auto-orientação em intervenções clínicas comportamentais. Os resultados indicaram que a maioria dos terapeutas emitiu de 40 a 60 orientações nas nove sessões analisadas. Os clientes dos terapeutas independente da experiência apresentaram poucas auto-orientações. O número de orientações diminuiu para menos da metade quando se contaram apenas orientações com conteúdos e funções diferentes, indicando que os terapeutas tendem a \'repetir\' funcionalmente a orientação. Para as auto-orientações houve diminuição de um quarto ao se contarem aquelas com conteúdo e função diferente. O conjunto de terapeutas emitiu mais orientações para ação específica e genérica; e de forma similar os clientes estes terapeutas emitiram mais auto- orientações para ação específica e auto-orientações para ação genérica. Episódios de orientação/auto-orientação foram identificados nas 81 sessões, ocupando em média um terço das sessões dos terapeutas experientes e um quarto das sessões dos terapeutas pouco experientes. E nesses episódios havia diversos tipos de intervenção do terapeuta além da orientação. Orientações são emitidas de modo geral no seguinte contexto: clientes relatam uma situação vivenciada e algumas intervenções do terapeuta ocorrem. Quando clientes mostram dificuldade em assumir responsabilidade, enfrentar e avaliar seus comportamentos há fornecimento de regras pelo terapeuta. Os clientes na maioria das vezes concordam com as orientações recebidas, em um quarto das ocasiões se opõem a ela e em um sexto recebem novas orientações. Dois terços das auto-orientações foram seguidos de aprovação do terapeuta, mas ocorreram também reprovações. As variáveis intervenientes \"temas\", \"motivação\" e \"escolaridade\" foram consideradas e correlacionadas: existe pouca relação entre tema abordado e presença de orientação/auto-orientação; clientes motivados receberam mais orientações que os desmotivados e resistentes; quanto maior a escolaridade do cliente maior o número de auto-orientações. 10% da amostra foram avaliados por um juiz, com índices de concordância juiz-pesquisador satisfatórios indicando validade externa. Futuras pesquisas devem ser realizadas para correlacionar o uso de regras e os resultados das intervenções clínicas comportamentais. / Mechanisms responsible for changes that occur in psychotherapy are subject to debate. The question is whether specific techniques or variables of the therapeutic relationship promote the effects of the therapy. Another question is whether behavioral changesproduced by therapy are shaped by contingencies of the therapeutic relationship or ifthey are governed by new rules produced in therapy. In researches about emission of rules (orientation) and self emitted rules (self-orientation) prior to this research, novariables responsible for their emission were found. The use of the orientation strategy seemed to be determined either by the client, or by the therapist, sometimes by neither, and at times by the theme, and possibly by a complex combination of these and other variables. A detailed study of orientations and self-orientations in 81 sessions of behavior analytic therapy was carried out in this research to ascertain which variables were responsible for the emission of orientation and self-orientation in behavioralclinical interventions. The findings indicated that each therapist issued an average of 40to 60 orientations during their nine sessions. The clients of both experienced and inexperienced therapists presented few self-orientations. The number of orientationsdecreased to less than half when only rules with different contents and functions were counted, indicating that therapists tend to functionally \'repeat\' the rule. The self-orientations decreased one quarter when those with different content and function were considered. The group of therapists issued more orientations for specific and generic action; similarly, the clients of these therapists issued more self-orientations for specific and generic action. Episodes of orientation/self-orientation were identified in the 81 sessions, occupying an average of one third of the sessions of experienced therapists, and one quarter of the sessions of inexperienced therapists. These episodes involved several types of intervention by the therapist besides orientation. Orientations were generally issued within the following context: clients report a situation they have experienced and the therapist makes some interventions. When clients show difficulty in assuming responsibility, facing and evaluating their behavior, the therapist providesrules. Clients usually agree with the rules they receive, but on one quarter of occasions they oppose them and, and in one sixth of occasions they receive new orientations. Two thirds of self-orientations were approved by the therapist, but there were alsodisapprovals. There was little correlation between the theme and the presence of orientation/self-orientation. Motivated clients received more orientation than unmotivated and resistant clients; the higher the client\'s level of education the greaterthe number of self-orientation. Ten percent of the sessions were evaluated by a judge, with satisfactory indices of judge-researcher agreement indicating external validity. Future researches should be conducted to correlate the use of rules and the results of behavioral clinical interventions.
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Perfis comportamentais e estilos de mobilização de enfermeiros gestores de um serviço de medicina diagnóstica / Behavioral profiles and mobilization styles of managing nurses of a diagnostic medicine serviceSápia, Tatiana 26 June 2009 (has links)
O mercado de trabalho para os enfermeiros vem sofrendo mudanças, constatando-se que os profissionais têm ampliado seus papéis profissionais, requerendo que desenvolvam um leque maior de competências. Nesse contexto, este estudo objetivou caracterizar demograficamente os enfermeiros gestores de um serviço de medicina diagnóstica; identificar os perfis comportamentais e estilos de mobilização dos enfermeiros gestores; relacionar os perfis comportamentais com as competências individuais dos enfermeiros gestores, conforme definidas pela empresa; e, por fim, subsidiar políticas de treinamento e desenvolvimento de enfermeiros que atuam nesse setor. A investigação caracteriza-se como pesquisa exploratória, do tipo descritiva, desenvolvida na modalidade de estudo de caso. O cenário do estudo foi uma organização privada, prestadora de serviços de saúde, com a particularidade de atuar no campo da medicina diagnóstica. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos pela totalidade dos 36 enfermeiros gestores atuantes nas unidades de atendimento, assessoria e diretoria de educação da empresa. A coleta de dados foi realizada em duas etapas, entre agosto e outubro de 2008. A primeira etapa consistiu de uma pesquisa documental. Na segunda etapa houve a aplicação de um questionário com questões norteadoras que permitissem caracterizar demograficamente os enfermeiros gestores e também foi entregue o questionário diagnóstico M.A.R.E.® das orientações motivacionais, visando identificar os perfis comportamentais e os estilos de mobilização dessas lideranças. Participaram do estudo 35 dentre os 36 gestores de enfermagem, representando 97,22% do grupo. O tratamento estatístico dos dados relacionados às respostas das questões desse instrumento permitiu apresentar os seguintes resultados: o estilo de mobilização com maior representatividade no grupo de gestores de enfermagem é o Negociador, totalizando 25,71%, o que representa nove gestores; seguido pelo Mantenedor, 17,14%, o que representa seis gestores; 14,29%, cinco gestores, têm estilo de mobilização Especialista; 14,29%, cinco gestores, têm estilo de mobilização Conquistador; 11,43%, quatro gestores, têm estilo de mobilização Realizador; 8,57%, representando três gestores, têm estilo de mobilização Competidor e, por fim, 8,57%, três gestores, têm estilo de mobilização Colaborador. Em relação às características de cada estilo, destaca-se que a competência inteligência emocional, ressaltada nos diferentes estilos de mobilização, é, e será sempre, um indicador de tendência e não algo que possa ser considerado adquirido. Considerando as características dos elementos específicos dos processos de trabalho, assistencial e gerencial, e a forte articulação que os mesmos devem ter entre si no trabalho desenvolvido pelo grupo de enfermeiros gestores, os dados do estudo revelam que os perfis de mobilização apresentados favorecem o desempenho das funções de liderança que são peculiares no serviço, bem como o atendimento de expectativas da empresa no alcance de metas. Cabe destacar que os pontos de fragilidade de cada perfil precisam continuamente de investimentos na forma de educação permanente, bem como os pontos fortes precisam de feedback constante por parte da cúpula que define metas estratégicas / The work market for the nurses is changing, confirming that the professionals have amplified their professional roles, requiring that they develop a higher gamma of competences. In this context, this study aimed to characterize demographically the managing nurses of diagnostic medicine service; identify the behavioral profiles and mobilization styles of the managing nurses; relate the behavioral profiles to the individual competences of the managing nurses; as defined by the company and, finally, finance policies of training and development of nurses, who act in this sector. The investigation is characterized as exploratory research, descriptive type, developed in the modality of case study. The setting of the study was a private organization, health services rendering company, with the particularity of acting in the diagnostic medicine field. The subjects of the research were constituted by the total of 36 managing nurses in the units of healthcare advisory and board of directors of education of the company. The data collection was performed in two steps, between August and October, 2008. The first step was constituted of documentary research. In the second step, there was an application of a questionnaire with guiding questions, which allow to characterize demographically the managing nurses and, also, was delivered the diagnostic questionnaire of the motivational guidance, aiming to identify the behavioral profiles and mobilization styles of these leaderships. Thirty-five out of 36 managing nurses participated in the study, representing 97,22% of the group. The statistical treatment of the data, related to the answers of the questions of this instrument allowed to present the following results: the mobilization style with higher representativity in the nursing managers group is the negotiator, totalizing 25,71%, which represents nine managers; followed by the supporter, 17,14%, which represents six managers; 14,29%, five managers have specialist mobilization style; 14,29%, five managers have conqueror mobilization style; 11,43%, four managers have creator mobilization style; 8,57%, representing three managers, have competitor mobilization style and, finally, 8,57%, three managers have cooperator mobilization style. Regarding to the characteristics of each style, it is highlighted that the competence emotional intelligence, underscored in the different mobilization styles is, and will always be, an indicative of trend and not something which may be deemed as acquired. Considering the specific elements characteristics of the work processes, attendance and managerial, and the strong articulation, which the same should have among themselves, in the work developed by the managing nurses group, the study data reveal that the mobilization profiles presented favor the development of the leadership functions, which are peculiar in the service, as well, the company expectations achievement, in the satisfaction of goals. It should be highlighted that the fragile points of each profile need continually of investments as permanent education, as well, the strong points need the constant feedback by the board of directors, which defines strategic goals
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Estudo comparativo de efetividade da terapia cognitivo-comportamental em grupo e dos inibidores seletivos de recaptação da serotonina em pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo: um ensaio clínico pragmático / Comparative effectiveness study of group cognitive-behavioral therapy and of selective serotonin reuptake inhibitors in patients with obsessive-compulsive disorder: a pragmatical clinical trialSilva, Cristina Belotto da 04 March 2009 (has links)
Introdução: A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são considerados os tratamentos de primeira linha para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) nos ensaios clínicos randomizados (ECR). No entanto, a maior parte destes estudos exclui grande parte dos pacientes (em torno de 50%) por apresentarem comorbidades psiquiátricas. Ensaios clínicos pragmáticos e de efetividade, que costumam simular ambientes clínicos naturalísticos ao estudar amostras que representam melhor a população real comparando tratamentos ativos, são de grande importância para as decisões tomadas por um sistema de saúde e poucos têm sido feitos para avaliar a efetividade dos tratamentos para o TOC. O objetivo do presente estudo foi comparar os tratamentos de primeira linha para o TOC em uma amostra mais próxima da população que procura atendimento e avaliar características clínicas associadas às respostas aos tratamentos. Metodologia: Pacientes de 18 a 65 anos de idade, com escore de linha de base da YBOCS de pelo menos 16 para obsessões e compulsões, ou pelo menos 10 apenas para obsessões ou compulsões e com possíveis comorbidades psiquiátricas adicionais foram alocados seqüencialmente para tratamento de TCC em grupo (TCCG; n = 70) ou para tratamento medicamentoso (ISRS; n = 88). A TCCG consistiu em doze sessões semanais de duas horas cada com grupos de 6 a 8 pacientes, baseadas em um manual validado (Cordioli, 2002). O medicamento utilizado foi a fluoxetina com dosagem máxima de 80mg/dia. Foram analisadas respostas aos tratamentos como variáveis contínua (redução percentual na YBOCS) e categórica (redução de pelo menos 35% na YBOCS e ICG 1 muito melhor ou 2 melhor. Resultados: Os escores da YBOCS reduziram 23,13% no grupo tratado com TCCG e 21,54% no grupo tratado com ISRS, sem diferença estatística entre os grupos de tratamento (p = 0,875). Foi encontrada em 33,3% dos pacientes de TCCG e 27,7% dos pacientes de ISRS a redução de pelo menos 35% no escore da YBOCS e resposta à ICG 1 ou 2 (p = 0,463). O número médio de comorbidades psiquiátricas por paciente foi 2,7; e 81,4% da amostra apresentou pelo menos uma comorbidade. A redução na YBOCS foi significativamente menor entre os pacientes com uma ou mais comorbidade psiquiátrica (21,15% e 18,73%, respectivamente) do que entre os pacientes com TOC puro (34,62%) (p = 0,034). Sexo masculino, apresentar um escore inicial mais alto na Beck-A, ter abandonado o tratamento e apresentar comorbidade com Transtorno Depressivo Maior ou Distimia foram associados com taxas mais baixas de resposta ao tratamento, independente do tratamento recebido. Os resultados sugeriram que em uma população mais heterogênea os tratamentos de primeira linha para o TOC são menos efetivos. É necessário o desenvolvimento de intervenções que sejam efetivas para uma população da prática clínica / Introduction: Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) and selective serotonin reuptake inhibitors (SSRI) are considered the first line treatments for Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) in randomized controlled trials (RCT). However, most of these trials exclude a great amount of patients (around 50%) for presenting psychiatric comorbidities. Pragmatical and effectiveness clinical trials simulate natural clinical environments and compare active treatments in samples that represent the real population. These trials are of great importance for decision makers of the health public system, and only a few trials have investigated the effectiveness of treatments to OCD. The aim of this study was to compare the first line OCD treatments in a sample closer to the OCD real population, and to evaluate clinical characteristics associated to responses to treatments. Methodoly: Patients (1865 years; baseline Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (YBOCS) scores 16; potentially presenting additional psychiatric comorbidities) were sequentially allocated for treatment with group CBT (GCBT; n=70) or pharmacological treatment (SSRI; n=88). GCBT consisted in twelve two hours weekly sessions with groups of 6 to 8 patients, based in a validated manual (Cordioli, 2002). Medication utilized in SSRI group was fluoxetine, 80mg/day. Response to treatment was analyzed as continuous variable (percent reduction on YBOCS) and as categorical variable (reduction of at least 35% on YBOCS and CGI 1 much better or 2 better. Results: Mean Y-BOCS scores fell by 23.13% in the GCBT and 21.54% in the SSRI group. Symptom reduction did not differ between groups (p = 0.875). A reduction of at least 35% in baseline Y-BOCS score and a CGI rating of 1 (much better) or 2 (better) was achieved by 33.3% of patients in the GCBT and 27.7% in the SSRI group (p=0.463). Patients presented 2.7 mean number of psychiatric comorbidity, and 81.4% showed at least one additional disorder. The YBOCS reduction was significantly lower in patients with one or more psychiatric comorbidities (21.15%, and 18.73%, respectively) than those with pure OCD (34.62%) (p = 0.034). Low responses to treatments were found to be associated to: being male, presenting a high initial Beck-A score, comorbid major depression, dysthymia and abandoning treatment, independently of the treatment received. The development of effective interventions to a real population is necessary
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