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O que passou, passou? Um estudo psicanalítico acerca das vicissitudes da experiência de adoecimento, tratamentos e remissão da doença em pacientes de um serviço de onco-hematologia / What has passed, is it past? A psychoanalytical study about the sickness experiences fates, treatment and remission of the disease within patients of an oncology hematology serviceRua, Cristiana Rodrigues 15 August 2014 (has links)
O presente trabalho se propõe a apresentar uma sistematização teórica de minha experiência clínica enquanto psicanalista, no atendimento com pacientes que, após a remissão de doenças graves tais como diversos tipos de câncer que podem afetar a medula óssea (leucemias e linfomas), apresentavam-se como se ainda estivessem doentes, remetendo-se à doença como se esta fosse um acontecimento atual, identificando-se, em seu discurso, como doentes. Apresentamos dois casos clínicos que estavam com a doença em remissão há mais de dois anos e que foram atendidos em uma instituição hospitalar. O nosso objetivo é possibilitar a compreensão dos processos psíquicos envolvidos nos referidos casos clínicos. Estes atendimentos nortearam a formulação de uma hipótese clinico-teórica. Esta hipótese refere-se à possibilidade de estudar o problema clínico a partir do paradigma conceitual do trauma em Psicanálise, especialmente na acepção desenvolvida por Freud após 1920, com a formulação do segundo dualismo pulsional. Paralelamente, é realizado o percurso teórico que visa discutir a permanência dos pacientes atendidos no lugar de doentes, o que nos conduz à apresentação de um capítulo referente aos paradoxos envolvidos na remissão de uma doença orgânica. A articulação teórico-clínica é baseada em textos de Freud e Ferenczi, além de psicanalistas contemporâneos que têm estes autores como referência. Nesta articulação percorremos os seguintes pontos conceituais: a) a experiência do adoecimento; b) o conceito de trauma e efeito traumático para a Psicanálise; c) as teorias das pulsões; d) o trauma após 1920: as neuroses traumáticas; e) ganho secundário; f) a hipocondria em Freud; g) os paradoxos da cura em Danièle Brun e em Freud; h) sobre o trabalho do luto e da elaboração. A partir da articulação entre a clínica e os conceitos teóricos realizamos a discussão de nossa hipótese clínico-teórica. O percurso teórico-clínico realizado permite verificar que o problema clínico evidenciado pode ser entendido, conforme nossa hipótese clínico-teórica, a partir dos desenvolvimentos de Freud a propósito das neuroses traumáticas, em conjunção com o entendimento de que mesmo algo que era almejado pode não trazer alívio ou realização, mas sofrimento, conforme visto nos paradoxos envolvidos na remissão da doença. O percurso que partiu da clínica nos permite afirmar que o trabalho psicanalítico com pessoas que são acometidas por doenças orgânicas deve contemplar não somente a importância da elaboração psíquica de todo o processo de adoecimento que afeta o corpo, mas também, o que ocorre psiquicamente após a remissão da doença que traz a necessidade de elaboração, pois muitas vezes será no só depois, que estes aspectos poderão ser constatados / The following academic work proposes to present a theoretical systematization of my clinical experience as a psychoanalyst, upon service to patients who, after the remission of severe illnesses such as multiple types of cancer which can affect the bone marrow (leukemia and lymphomas), presented themselves as if they were still sick, referring to the illness as if it was a current event, identifying themselves, within their speeches, as sick people. We present two clinical cases of ones who had had the disease in remission for more than two years and they were cared at a hospital institution. Our goal is to facilitate the comprehension of the psychic processes related in these referred clinical cases. These services have guided the formulation of a clinical-theoretical hypothesis. This hypothesis refers to the possibility of studying the clinical issue from the trauma conceptual paradigm within the Psychoanalysis, especially from the approach developed by Freud after 1920, by formulating the second drives (Trieb) dualism. At the same time, it is done a theoretical trajectory that aims to discuss the attended patients stay at the sick patients place, which conducts us to the presentation of a chapter referring to the paradoxes related to the remission of an organic disease. The theoreticalclinical articulation is based on Freuds and Ferenczis texts, as well as contemporary psychoanalysts who also have these authors as reference. Within this articulation we have scrolled the following conceptual points: a) illness experience; b) the concept of trauma and traumatic effect to Psychoanalysis; c) drivers (Trieb) theories; d) the trauma after 1920: the traumatic neurosis; e) secondary earn; f) hypochondria within Freud; g) the healing paradoxes in Danièle Brun and Freud; h) about the work of grief and the elaboration. From an articulation between the clinic and the theoretical concepts we have discussed our clinicaltheoretical hypothesis. The clinical-theoretical path accomplished allows us to verify that the evident clinical problem can be understood, according to our clinical-theoretical hypothesis, from Freuds developments about traumatic neurosis, in conjunction with the understanding that even something that was desired cannot bring relief or accomplishment, but sorrow, as seen at the paradoxes related on the sickness remission. The path that started with the clinic allows us affirm that the psychoanalytical work towards people that are affected by organic diseases should include not only the importance of the psychic elaboration of the whole illness process that affects the body, but also what occurs mentally after the illness remission that brings the elaboration need, because for several times it will be at deffered action, that these aspects will be able to be determined
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Aspectos da compulsão à repetição na clínica psicanalítica: resistências e toxicomaniaPereira, Douglas Rodrigo 30 August 2013 (has links)
A compulsão à repetição é um conceito fundamental na obra de Freud. Em nosso atual estado da arte, ela está relacionada, mais diretamente, com determinados quadros clínicos, como a toxicomania. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar e discutir as manifestações clínicas da compulsão à repetição: 1) em sua relação com as resistências, em especial com a reação terapêutica negativa; e 2) sua incidência no quadro psicopatológico da toxicomania. Trata-se de um estudo teórico, realizado com o método psicanalítico histórico-crítico de leitura. Foram utilizadas três categorias de análise textual: 1) identificação do tema central e dos temas periféricos; 2) identificação das possíveis contradições, esquecimentos, lacunas argumentativas, repetições e elementos intertextuais; e 3) identificação e contextualização dos diferentes usos que esse conceito tem em cada texto. Constatou-se que, em Freud, existem momentos centrais de análise desse conceito: a) postulação, em 1914, em Recordar, repetir e elaborar. Nessa situação, ela estava circunscrita ao princípio de prazer; b) situada Além do princípio de prazer (1920) e como fenômeno de base para hipótese das pulsões de morte; e c) como resistência do Id, em Inibição, sintoma e angústia (1926). A compulsão à repetição, em conjunto com a necessidade de punição originada no Superego, forma um bloco resistencial maciço, que pode ser identificado na reação terapêutica negativa. Para tanto, utiliza-se de outros tipos de resistências, tais como a transferência, o ganho secundário da neurose e o recalque. Na toxicomania, a acentuada incidência desse fenômeno repetitivo estaria relacionada com o excesso de impulsos em estado bruto, não ligados, assim como uma tendência a descarregá-los por meio de atuações. O prazer encontrado na droga encobriria, em última instância, o trabalho silencioso das pulsões de morte. Haveria uma estreita e complicada articulação entre prazer e desprazer; ausência/presença e falta. Se, por um lado, é importante não esquecermos a repetição do mesmo e os efeitos destrutivos da droga; por outro, é necessário nos lembrarmos de como a droga pode ser utilizada como uma espécie de medicação, para o enfrentamento do sofrimento psíquico. Nesse sentido, ela poderia indicar uma busca irrefreável por ligação (Bindung) e religação / The compulsion for repetition is a fundamental concept in the work of Freud. In our current state of art, it is related more directly to specific clinical pictures, such as drug addiction. Thus, the objective of this work is to identify and discuss the clinical manifestations of compulsion for repetition: 1) in its relation to the resistances, specially with the negative therapeutic reaction; 2) its incidence in the psychopathologic picture of drug addiction. It\'s a theoretical study, accomplished with the historical-critical psychoanalytic method of reading. Three categories of textual analysis were used: 1) identification of the central theme and of the peripheral themes; 2) identification of possible contradictions, forgetfulness, argumentative gaps, repetitions and intertextual elements; and 3) identification and contextualization of the different uses this concept has in each text. It was verified that, in Freud, there are central moments of analysis of compulsion for repetition: a) postulation, in 1914, in Recollecting, repeating and working -through. In this situation, it was circumscribed to the principle of pleasure; b) situated Beyond the pleasure principle (1920) and as base phenomenon for the death drives hypothesis; and c) as resistance of Id, in Inhibition, symptoms and anxiety (1926). The compulsion for repetition, together with the need of punishment originated in the Superego, forms a solid block of resistance that can be identified in the negative therapeutic reaction. Thereunto, other types of resistance are used, such as transference, the secondary gain of neurosis and the repression. In drug addiction, the accentuated incidence of this repetitive phenomenon would be related to the excess of impulses in a raw form, not connected, as well as a tendency to unload them through actions. The pleasure found in drugs would ultimately cover the silent work of death drives. There would be a close and complicated articulation between pleasure and displeasure; absence and presence. If, on the one hand, it is important not to forget the repetition and the destructive effects of drugs, on the other hand it is necessary to remember how drugs can be utilized as a type of medication for the confrontation of the psychic suffering. In this way, they could indicate an unrestrainable search for connection (Bindung) and reconnection
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Aspectos da compulsão à repetição na clínica psicanalítica: resistências e toxicomaniaDouglas Rodrigo Pereira 30 August 2013 (has links)
A compulsão à repetição é um conceito fundamental na obra de Freud. Em nosso atual estado da arte, ela está relacionada, mais diretamente, com determinados quadros clínicos, como a toxicomania. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar e discutir as manifestações clínicas da compulsão à repetição: 1) em sua relação com as resistências, em especial com a reação terapêutica negativa; e 2) sua incidência no quadro psicopatológico da toxicomania. Trata-se de um estudo teórico, realizado com o método psicanalítico histórico-crítico de leitura. Foram utilizadas três categorias de análise textual: 1) identificação do tema central e dos temas periféricos; 2) identificação das possíveis contradições, esquecimentos, lacunas argumentativas, repetições e elementos intertextuais; e 3) identificação e contextualização dos diferentes usos que esse conceito tem em cada texto. Constatou-se que, em Freud, existem momentos centrais de análise desse conceito: a) postulação, em 1914, em Recordar, repetir e elaborar. Nessa situação, ela estava circunscrita ao princípio de prazer; b) situada Além do princípio de prazer (1920) e como fenômeno de base para hipótese das pulsões de morte; e c) como resistência do Id, em Inibição, sintoma e angústia (1926). A compulsão à repetição, em conjunto com a necessidade de punição originada no Superego, forma um bloco resistencial maciço, que pode ser identificado na reação terapêutica negativa. Para tanto, utiliza-se de outros tipos de resistências, tais como a transferência, o ganho secundário da neurose e o recalque. Na toxicomania, a acentuada incidência desse fenômeno repetitivo estaria relacionada com o excesso de impulsos em estado bruto, não ligados, assim como uma tendência a descarregá-los por meio de atuações. O prazer encontrado na droga encobriria, em última instância, o trabalho silencioso das pulsões de morte. Haveria uma estreita e complicada articulação entre prazer e desprazer; ausência/presença e falta. Se, por um lado, é importante não esquecermos a repetição do mesmo e os efeitos destrutivos da droga; por outro, é necessário nos lembrarmos de como a droga pode ser utilizada como uma espécie de medicação, para o enfrentamento do sofrimento psíquico. Nesse sentido, ela poderia indicar uma busca irrefreável por ligação (Bindung) e religação / The compulsion for repetition is a fundamental concept in the work of Freud. In our current state of art, it is related more directly to specific clinical pictures, such as drug addiction. Thus, the objective of this work is to identify and discuss the clinical manifestations of compulsion for repetition: 1) in its relation to the resistances, specially with the negative therapeutic reaction; 2) its incidence in the psychopathologic picture of drug addiction. It\'s a theoretical study, accomplished with the historical-critical psychoanalytic method of reading. Three categories of textual analysis were used: 1) identification of the central theme and of the peripheral themes; 2) identification of possible contradictions, forgetfulness, argumentative gaps, repetitions and intertextual elements; and 3) identification and contextualization of the different uses this concept has in each text. It was verified that, in Freud, there are central moments of analysis of compulsion for repetition: a) postulation, in 1914, in Recollecting, repeating and working -through. In this situation, it was circumscribed to the principle of pleasure; b) situated Beyond the pleasure principle (1920) and as base phenomenon for the death drives hypothesis; and c) as resistance of Id, in Inhibition, symptoms and anxiety (1926). The compulsion for repetition, together with the need of punishment originated in the Superego, forms a solid block of resistance that can be identified in the negative therapeutic reaction. Thereunto, other types of resistance are used, such as transference, the secondary gain of neurosis and the repression. In drug addiction, the accentuated incidence of this repetitive phenomenon would be related to the excess of impulses in a raw form, not connected, as well as a tendency to unload them through actions. The pleasure found in drugs would ultimately cover the silent work of death drives. There would be a close and complicated articulation between pleasure and displeasure; absence and presence. If, on the one hand, it is important not to forget the repetition and the destructive effects of drugs, on the other hand it is necessary to remember how drugs can be utilized as a type of medication for the confrontation of the psychic suffering. In this way, they could indicate an unrestrainable search for connection (Bindung) and reconnection
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O que passou, passou? Um estudo psicanalítico acerca das vicissitudes da experiência de adoecimento, tratamentos e remissão da doença em pacientes de um serviço de onco-hematologia / What has passed, is it past? A psychoanalytical study about the sickness experiences fates, treatment and remission of the disease within patients of an oncology hematology serviceCristiana Rodrigues Rua 15 August 2014 (has links)
O presente trabalho se propõe a apresentar uma sistematização teórica de minha experiência clínica enquanto psicanalista, no atendimento com pacientes que, após a remissão de doenças graves tais como diversos tipos de câncer que podem afetar a medula óssea (leucemias e linfomas), apresentavam-se como se ainda estivessem doentes, remetendo-se à doença como se esta fosse um acontecimento atual, identificando-se, em seu discurso, como doentes. Apresentamos dois casos clínicos que estavam com a doença em remissão há mais de dois anos e que foram atendidos em uma instituição hospitalar. O nosso objetivo é possibilitar a compreensão dos processos psíquicos envolvidos nos referidos casos clínicos. Estes atendimentos nortearam a formulação de uma hipótese clinico-teórica. Esta hipótese refere-se à possibilidade de estudar o problema clínico a partir do paradigma conceitual do trauma em Psicanálise, especialmente na acepção desenvolvida por Freud após 1920, com a formulação do segundo dualismo pulsional. Paralelamente, é realizado o percurso teórico que visa discutir a permanência dos pacientes atendidos no lugar de doentes, o que nos conduz à apresentação de um capítulo referente aos paradoxos envolvidos na remissão de uma doença orgânica. A articulação teórico-clínica é baseada em textos de Freud e Ferenczi, além de psicanalistas contemporâneos que têm estes autores como referência. Nesta articulação percorremos os seguintes pontos conceituais: a) a experiência do adoecimento; b) o conceito de trauma e efeito traumático para a Psicanálise; c) as teorias das pulsões; d) o trauma após 1920: as neuroses traumáticas; e) ganho secundário; f) a hipocondria em Freud; g) os paradoxos da cura em Danièle Brun e em Freud; h) sobre o trabalho do luto e da elaboração. A partir da articulação entre a clínica e os conceitos teóricos realizamos a discussão de nossa hipótese clínico-teórica. O percurso teórico-clínico realizado permite verificar que o problema clínico evidenciado pode ser entendido, conforme nossa hipótese clínico-teórica, a partir dos desenvolvimentos de Freud a propósito das neuroses traumáticas, em conjunção com o entendimento de que mesmo algo que era almejado pode não trazer alívio ou realização, mas sofrimento, conforme visto nos paradoxos envolvidos na remissão da doença. O percurso que partiu da clínica nos permite afirmar que o trabalho psicanalítico com pessoas que são acometidas por doenças orgânicas deve contemplar não somente a importância da elaboração psíquica de todo o processo de adoecimento que afeta o corpo, mas também, o que ocorre psiquicamente após a remissão da doença que traz a necessidade de elaboração, pois muitas vezes será no só depois, que estes aspectos poderão ser constatados / The following academic work proposes to present a theoretical systematization of my clinical experience as a psychoanalyst, upon service to patients who, after the remission of severe illnesses such as multiple types of cancer which can affect the bone marrow (leukemia and lymphomas), presented themselves as if they were still sick, referring to the illness as if it was a current event, identifying themselves, within their speeches, as sick people. We present two clinical cases of ones who had had the disease in remission for more than two years and they were cared at a hospital institution. Our goal is to facilitate the comprehension of the psychic processes related in these referred clinical cases. These services have guided the formulation of a clinical-theoretical hypothesis. This hypothesis refers to the possibility of studying the clinical issue from the trauma conceptual paradigm within the Psychoanalysis, especially from the approach developed by Freud after 1920, by formulating the second drives (Trieb) dualism. At the same time, it is done a theoretical trajectory that aims to discuss the attended patients stay at the sick patients place, which conducts us to the presentation of a chapter referring to the paradoxes related to the remission of an organic disease. The theoreticalclinical articulation is based on Freuds and Ferenczis texts, as well as contemporary psychoanalysts who also have these authors as reference. Within this articulation we have scrolled the following conceptual points: a) illness experience; b) the concept of trauma and traumatic effect to Psychoanalysis; c) drivers (Trieb) theories; d) the trauma after 1920: the traumatic neurosis; e) secondary earn; f) hypochondria within Freud; g) the healing paradoxes in Danièle Brun and Freud; h) about the work of grief and the elaboration. From an articulation between the clinic and the theoretical concepts we have discussed our clinicaltheoretical hypothesis. The clinical-theoretical path accomplished allows us to verify that the evident clinical problem can be understood, according to our clinical-theoretical hypothesis, from Freuds developments about traumatic neurosis, in conjunction with the understanding that even something that was desired cannot bring relief or accomplishment, but sorrow, as seen at the paradoxes related on the sickness remission. The path that started with the clinic allows us affirm that the psychoanalytical work towards people that are affected by organic diseases should include not only the importance of the psychic elaboration of the whole illness process that affects the body, but also what occurs mentally after the illness remission that brings the elaboration need, because for several times it will be at deffered action, that these aspects will be able to be determined
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O conceito de repetição na psicanálise freudiana: ressonâncias clínicas na re-elaboração simbólica do repetido / The concept of repetition in the Freudian psychoanalysis: significance in clinical re-elaboration of symbolic repeatedEsperidião Barbosa Neto 07 January 2010 (has links)
Repetição é um dos conceitos fundamentais da psicanálise. O caráter compulsivo da repetição está ligado à pulsão de morte: pura quantidade, afetos sem representações, projetados a esmo, furiosamente. O sujeito é impelido, contra sua vontade, a re-editar novas edições de acontecimentos traumáticos. A recorrência deste sofrimento, no âmbito da transferência, produz efeitos de cura. Para Freud, o tratamento consiste no uso da palavra: tanto a fala do analisando, quanto a do analista, incide sobre os afetos não representados, silenciados, mas indomados desde o trauma. A interpretação metafórica é capaz de dar nome ao indizível. O sujeito re-significa a experiência emocional à medida que os verbaliza, os atos repetitivos perdem consistência. Nesta pesquisa, de natureza teórica, trabalhou-se o conceito de repetição a partir da teoria de Freud, articulando-o ao tratamento. Contribuições de outros pesquisadores psicanalistas e Ilustrações clínicas foram utilizadas com o objetivo de caracterizar a clínica da transferência como lugar onde a compulsão à repetição pode ser tratada. Propõe-se, como conseqüência da pesquisa, um retorno à clínica. Pretende-se avançar no exame do que até aqui se fez, típico da elaboração científica, e que se constituiu o ofício de Freud. / Repetition is one of the fundamental concepts of psychoanalysis. The compulsive character of repetition is linked to the death drive: pure quantity, affection without representations, designed at random, furiously. The subject is compelled against his will, re-edit new editions of traumatic events. The recurrence of this suffering, in the transfer, took effect healing. For Freud, the treatment is the use of the word: both the speech of the analyzed and the analyst, focuses on feelings not represented, silenced, but untamed since the trauma. The metaphorical interpretation is able to name the unspeakable. The subject re-signifies the emotional experience as the verbalizations, the repetitive acts lose consistency. In this research, theoretical, we worked on the concept of repetition from Freuds theory, linking it to the treatment. Contributions from other psychoanalytic investigators and clinical illustrations were used in order to characterize the clinical transfer as where the repetition compulsion can be treated. It is, as a result of research, a return to the clinic. The aim is to advance the examination of what has been done so far, typical of scientific development, and that was the work of Freud.
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O conceito de repetição na psicanálise freudiana: ressonâncias clínicas na re-elaboração simbólica do repetido / The concept of repetition in the Freudian psychoanalysis: significance in clinical re-elaboration of symbolic repeatedBarbosa Neto, Esperidião 07 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-01-07 / Repetition is one of the fundamental concepts of psychoanalysis. The compulsive character of repetition is linked to the death drive: pure quantity, affection without representations, designed at random, furiously. The subject is compelled against his will, re-edit new editions of traumatic events. The recurrence of this suffering, in the transfer, took effect healing. For Freud, the treatment is the use of the word: both the speech of the analyzed and the analyst, focuses on feelings not represented, silenced, but untamed since the trauma. The metaphorical interpretation is able to name the unspeakable. The subject re-signifies the emotional experience as the verbalizations, the repetitive acts lose consistency. In this research, theoretical, we worked on the concept of repetition from Freud s theory, linking it to the treatment. Contributions from other psychoanalytic investigators and clinical illustrations were used in order to characterize the clinical transfer as where the repetition compulsion can be treated. It is, as a result of research, a return to the clinic. The aim is to advance the examination of what has been done so far, typical of scientific development, and that was the work of Freud. / Repetição é um dos conceitos fundamentais da psicanálise. O caráter compulsivo da repetição está ligado à pulsão de morte: pura quantidade, afetos sem representações, projetados a esmo, furiosamente. O sujeito é impelido, contra sua vontade, a re-editar novas edições de acontecimentos traumáticos. A recorrência deste sofrimento, no âmbito da transferência, produz efeitos de cura. Para Freud, o tratamento consiste no uso da palavra: tanto a fala do analisando, quanto a do analista, incide sobre os afetos não representados, silenciados, mas indomados desde o trauma. A interpretação metafórica é capaz de dar nome ao indizível. O sujeito re-significa a experiência emocional à medida que os verbaliza, os atos repetitivos perdem consistência. Nesta pesquisa, de natureza teórica, trabalhou-se o conceito de repetição a partir da teoria de Freud, articulando-o ao tratamento. Contribuições de outros pesquisadores psicanalistas e Ilustrações clínicas foram utilizadas com o objetivo de caracterizar a clínica da transferência como lugar onde a compulsão à repetição pode ser tratada. Propõe-se, como conseqüência da pesquisa, um retorno à clínica. Pretende-se avançar no exame do que até aqui se fez, típico da elaboração científica, e que se constituiu o ofício de Freud.
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A repetição na psicanálise e suas repercussões clínica com o aporte do conceito de repetição em KierkegaardEsperidião Barbosa Neto 15 January 2015 (has links)
O tema da repetição atravessa toda a teoria psicanalítica, tendo se constituído um dos seus conceitos fundamentais. Freud elaborou o conceito de repetição a partir de sua experiência clínica e Lacan o situou na ordem do Real. No campo da Filosofia, a repetição foi conceituada pelo filósofo Kierkegaard, pensador dinamarquês do Século XIX. O conceito psicanalítico de repetição é distinto do da Filosofia, no entanto, eles se entrelaçam em alguns pontos. A clínica psicanalítica se apresenta como lugar da repetição e da fala; nela, conforme a articulação que fazemos, o sujeito é pensado, também, a partir da existência, segundo a concepção kierkegaardiana. Esta pesquisa é de natureza teórica e utiliza alguns fragmentos clínicos; tem como objetivo geral analisar o conceito de repetição na Psicanálise, com o aporte do conceito kierkegaardiano de repetição, ressaltando as repercussões clínicas na interface dos dois conceitos. Os objetivos específicos são: investigar o conceito de repetição em Freud e Lacan; estudar o conceito de repetição em Kierkegaard; situar a clínica psicanalítica como lugar da repetição e da fala; destacar a criatividade no processo clínico, considerando a positividade da repetição segundo o ponto de vista de Kierkegaard articulado ao da Psicanálise. Como referencial teórico, utilizaremos as teorias de Freud, Lacan e Kierkegaard. O texto é apresentado em três capítulos: no primeiro, trabalhamos o conceito de repetição a partir das elaborações teóricas de Freud e a contribuição teórica de Lacan; no segundo capítulo, apresentamos o conceito de repetição em Kierkegaard; no terceiro capítulo, situamos as repercussões clínicas do conceito psicanalítico de repetição na interface com o conceito kierkegaardiano, considerando a demanda do sofrimento no contexto do sujeito na atualidade. Como conclusão, apresentamos uma reflexão a respeito do sujeito enquanto capaz de elaborar a experiência afetiva do trauma e toda a excitação recebida como herança, no sentido de construir algo que lhe pertença. Esperamos que a aproximação entre a Psicanálise e a Filosofia kierkegaardiana contribua para uma melhor compreensão do conceito de repetição e, sobretudo, para enriquecer o trabalho clínico.
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A repetição na psicanálise e suas repercussões clínica com o aporte do conceito de repetição em KierkegaardBarbosa Neto, Esperidião 15 January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-01-15 / The theme of repetition crosses the entire psychoanalytic theory, having become one of its fundamental concepts. Freud developed the concept of repetition from his clinical experience and Lacan placed the order of the Real. In the field of Philosophy, repetition was defined by the philosopher Kierkegaard, a Danish thinker of the nineteenth century. The psychoanalytic concept of repetition is distinct from philosophy; however, they are intertwined in some points. The psychoanalytic clinic is presented as a place of repetition and speech; therein, according to the articulation we made, the subject is also thought from the existence, according to Kierkegaard's conception. This research is of theoretical nature and uses clinical fragments; has as main objective to analyze the concept of repetition in psychoanalysis, with the contribution of Kierkegaardian concept of repetition, highlighting the clinical implications at the interface of the two concepts. The specific objectives are: to investigate the concept of repetition in Freud and Lacan; study the concept of repetition in Kierkegaard; situate the psychoanalytic clinic as a place of repetition and speech; highlight the creativity in the clinical process, considering the positivity of repetition from the point of view of Kierkegaard articulated with the Psychoanalysis. As theoretical reference we use the theories of Freud, Lacan and Kierkegaard. The text is presented in three chapters: in the first chapter, we work with the concept of repetition from the theoretical elaborations of Freud and Lacan's theoretical contribution; in the second chapter, we present the concept of repetition in Kierkegaard; in the third chapter, we situate the clinical implications of the psychoanalytic concept of repetition in the interface with the Kierkegaardian concept, considering the demand of the suffering in the subject‟s present context. In conclusion, we present a reflection on the subject as capable of developing an affective experience of trauma and all the excitement received as inheritance, to build something that belongs to him. We hope that the approach between psychoanalysis and Kierkegaard's philosophy contributes to a better understanding of the concept of repetition and, above all, enriches the clinical work. / O tema da repetição atravessa toda a teoria psicanalítica, tendo se constituído um dos seus conceitos fundamentais. Freud elaborou o conceito de repetição a partir de sua experiência clínica e Lacan o situou na ordem do Real. No campo da Filosofia, a repetição foi conceituada pelo filósofo Kierkegaard, pensador dinamarquês do Século XIX. O conceito psicanalítico de repetição é distinto do da Filosofia, no entanto, eles se entrelaçam em alguns pontos. A clínica psicanalítica se apresenta como lugar da repetição e da fala; nela, conforme a articulação que fazemos, o sujeito é pensado, também, a partir da existência, segundo a concepção kierkegaardiana. Esta pesquisa é de natureza teórica e utiliza alguns fragmentos clínicos; tem como objetivo geral analisar o conceito de repetição na Psicanálise, com o aporte do conceito kierkegaardiano de repetição, ressaltando as repercussões clínicas na interface dos dois conceitos. Os objetivos específicos são: investigar o conceito de repetição em Freud e Lacan; estudar o conceito de repetição em Kierkegaard; situar a clínica psicanalítica como lugar da repetição e da fala; destacar a criatividade no processo clínico, considerando a positividade da repetição segundo o ponto de vista de Kierkegaard articulado ao da Psicanálise. Como referencial teórico, utilizaremos as teorias de Freud, Lacan e Kierkegaard. O texto é apresentado em três capítulos: no primeiro, trabalhamos o conceito de repetição a partir das elaborações teóricas de Freud e a contribuição teórica de Lacan; no segundo capítulo, apresentamos o conceito de repetição em Kierkegaard; no terceiro capítulo, situamos as repercussões clínicas do conceito psicanalítico de repetição na interface com o conceito kierkegaardiano, considerando a demanda do sofrimento no contexto do sujeito na atualidade. Como conclusão, apresentamos uma reflexão a respeito do sujeito enquanto capaz de elaborar a experiência afetiva do trauma e toda a excitação recebida como herança, no sentido de construir algo que lhe pertença. Esperamos que a aproximação entre a Psicanálise e a Filosofia kierkegaardiana contribua para uma melhor compreensão do conceito de repetição e, sobretudo, para enriquecer o trabalho clínico.
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A teoria pulsional freudiana à luz da leitura de Green: uma alternativa ao biologismo mítico / Freuds drive theory in the light of Greens readings: an alternative to mythical biologismCano, Tatiana Monreal 15 May 2015 (has links)
Diante da explicação freudiana para o fenômeno da compulsão à repetição através da tese da pulsão de morte concebida enquanto retorno ao estado inorgânico, formula-se a seguinte questão: seria possível, por um lado, recusar a explicação freudiana pautada em seu biologismo mítico e, por outro lado, aceitar a tese de que a pulsão de morte seja uma força de desligamento? Para responder a essa pergunta encontramos um vasto material na obra publicada por André Green ao longo de sua carreira de mais de quarenta anos sob a rubrica trabalho da pulsão de morte, mais tarde, substituída por trabalho do negativo. Este texto tem como objetivo sistematizar a leitura e os aportes de Green à teoria das pulsões freudiana, sobretudo em relação ao segundo dualismo pulsional. Ele se divide em duas partes. Na primeira, destaca-se a análise de Green sobre as relações entre a pulsão de morte e a teoria do narcisismo na obra freudiana; na segunda, sua crítica em relação ao solipsismo freudiano e a necessidade de sua superação através das teorizações contemporâneas em torno às noções de objeto e de espaço potencial. Estas são complementadas por uma teoria da temporalidade do psiquismo. O trabalho defende a tese de que Green aceita o conceito freudiano de pulsão de morte enquanto força de desligamento, mas recusa o biologismo mítico subjacente à ideia do retorno ao estado inorgânico. Além disso, se Green concorda com a explicação freudiana para a pulsão de morte enquanto força de desligamento expressada no narcisismo negativo , ele se recusa a conceber que o processo de desligamento possa se instaurar de maneira espontânea ou automática. Para ele, este processo deve ser pensado mediante a articulação do funcionamento pulsional e da reposta do objeto que, neste caso, falha no estabelecimento do princípio do prazer; em outras palavras, o fracasso na instalação da espera institui a compulsão à des-fazer e des-ligar. De tal modo, a compulsão à repetição mortífera, ao contrário de repetir o desejo inconsciente e, portanto, estar referida à intemporalidade do inconsciente e à lógica da esperança é, na verdade, um anti-tempo. Nesse sentido, presente, passado e futuro ficam reduzidos ao instante da descarga completa de toda tensão, impossibilitando qualquer projeto. Dado o anterior, resulta que as teorizações de Green em relação ao trabalho do negativo, ainda que avessas à tese freudiana do retorno ao estado inorgânico, aceitam, não obstante, a tese da pulsão de morte enquanto processo de desligamento desde que esta seja pensada através da articulação das dimensões intrapsíquica e intersubjetiva. Isso implica pensar na resposta do objeto e fazê-lo responsável pelo malogro na instalação da heterocronia no psiquismo. 8 Conclui-se que a obra de Green oferece uma alternativa original ao biologismo mítico para a explicação da pulsão de morte / Given the Freudian explanation for the phenomenon of compulsion to repeat based on the death drives thesis, conceived as a return to the inorganic state, one formulates the following question: would it be possible, on the one hand, to refuse the Freudian explanation guided by its mythical biologism, and on the other hand accept the thesis that the death drive is a disengagement force? To answer this question we find a vast amount of material on the work published by André Green throughout his career of more than forty years under the title \"work of the death drive\", later renamed \"work of the negative\". This thesis aims to systematize Greens reading and contributions to the Freudian drive theory, especially regarding the second drive dualism. It is divided into two parts. The first one is Green\'s analysis of the relationship between death drive and theory of narcissism on Freud\'s work; the second one is about his criticism of Freud\'s solipsism and the need to its overcome through contemporary theories around the notions of object and potential space. These will be complemented by a theory of the temporality of the psyche. The present work supports the thesis that Green accepts the Freudian concept of death drive as a disengagement force, but refuses the mythical biologism subjacent to the return to the inorganic states idea. Furthermore, if Green agrees with the Freudian explanation of the death drive as a disengagement force expressed in the negative narcissism he will refuse to conceive that the disengagement process will be established spontaneously or automatically. To him, this process should be thought through the articulation of instintual functioning and the objects response that in this case fails in establishing the principle of pleasure; in other words, the failure of the waiting installation establishes the compulsion to disengage and to disconnect. Insomuch, the deadly compulsion to repeat, instead of repeating the unconscious desire and therefore be referred to the intemporality of the unconscious and to the logic of hope is actually an anti-time. In this sense, present, past and future are reduced to the instant of total discharge of all tension, precluding any project. Given the above it follows that Greens theorization regarding the work of the negative, though averse to the Freudian thesis of the return to the inorganic state, accept however the thesis of death drive as a shutdown process provided that this is thought through the articulation of the intrapsychic and intersubjective dimensions. This implies thinking of the objects response and make it responsible for the failure in the installation of heterochrony in the psyche. It concludes that the work of Green offers an original alternative to the mythical biologism regarding the explanation of the death drive
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