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Avaliação clínica e eletroneurográfica da eficácia do tratamento da neuropatia diabética com ácido tiótico / Clinical and eletroneurographical trial of thioctic acid in the treatment of diabetic neuropathyPuglia, Paula Marzorati Kuntz 26 August 2003 (has links)
A polineuropatia é uma complicação freqüente do diabetes melito, sendo causa de alta morbidade entre pacientes diabéticos. Atualmente o tratamento da polineuropatia diabética consiste na prevenção, através do controle glicêmico, e no tratamento sintomático. O estresse oxidativo assume importante papel na patogenia da polineuropatia diabética, justificando-se o uso de anti-oxidantes no seu tratamento. O ácido tiótico é um co-fator essencial no metabolismo dos carboidratos com propriedades anti-oxidantes. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do uso de ácido tiótico para o tratamento da polineuropatia diabética em pacientes com diabetes melito tipo II, através de exame neurológico e estudo eletroneurográfico comparativo antes e após o uso da medicação. Foi realizado um estudo duplo-cego, cruzado, comparado com placebo, com duração de 24 meses, configurando-se a formação de quatro grupos de pacientes, os quais receberam: 1) placebo durante todo o estudo; 2) ácido tiótico durante todo o estudo; 3) ácido tiótico por um ano, e depois placebo; e 4) placebo por um ano, e ácido tiótico a seguir, por mais um ano. Foram incluídos doentes com glicemia entre 140 e 260 mg/dl, hemoglobina glicosilada menor ou igual a 10% e polineuropatia periférica diabética em graus leve e moderado. O protocolo constou da avaliação de sintomas neuropáticos, como dor, hipoestesia e parestesias; força muscular em segmentos distais dos membros inferiores; reflexos bicipital, patelar e aquileu bilateralmente, teste de sensibilidade dolorosa, tátil, e vibratória, e condução nervosa. As velocidades e amplitudes dos potenciais evocados foram obtidas através de estimulação bilateral dos seguintes nervos: condução motora dos nervos mediano e tibial posterior; condução sensitiva dos nervos mediano, ulnar e sural. Estas variáveis foram quantificadas segundo uma escala pré-estabelecida, diretamente proporcional à gravidade da neuropatia. O acompanhamento clínico foi realizado trimestralmente, com registro dos níveis glicêmicos e hemoglobina glicosilada. Os pacientes foram submetidos a avaliação neurofisiológica após 12 e 24 meses do início do estudo. De 43 doentes diabéticos incluídos aleatoriamente, 25 apresentavam polineuropatia periférica ao exame eletroneuromiográfico. Destes, 18 adequavam-se aos critérios de inclusão e exclusão. Cinco pacientes foram excluídos ao longo do estudo, sendo 4 por abandono do protocolo, e 1 por efeitos colaterais. O tratamento foi administrado por via oral a 13 pacientes, na dose de 600 mg/dia. A idade dos doentes variou entre 48 e 65 anos, sendo 5 do sexo feminino, e 8 do masculino. Não houve diferença significativa entre a média do controle glicêmico do grupo placebo e do grupo droga. Somente as variáveis exame neurológico e eletroneurográfico adequaram-se à distribuição normal. A análise univariada realizada com sintomas, exame neurológico e eletroneurográfico não demonstrou diferença estatisticamente significante entre os grupos, assumindo-se p>0,05. A análise de co-variância realizada com as variáveis exame neurológico e eletroneurografia demonstrou que o ácido tiótico foi capaz de influenciar favoravelmente a evolução da neuropatia nestes doentes. Não foram observados efeitos colaterais no grupo que fez uso de ácido tiótico / Polyneuropathy is a frequent complication of diabetes mellitus, being a major cause of morbidity among diabetic patients. Besides prevention through glicemic control, treatment of diabetic polyneuropathy is nowadays just symptomatic. Oxidative stress plays an important role in diabetic polyneuropathy pathogeny, justifying the use of antioxidant drugs in its treatment. Thioctic acid is an essential cofactor in carbohydrate metabolism with anti-oxidant properties. The aim of this study was to evaluate thioctic acid efficacy in the treatment of diabetic neuropathy in type II diabetes, through comparative neurological examination and electroneurographic studies before and after drug use. It was a double-blind, crossed, placebo-controlled study, lasting 24-months. Four groups were studied:1) placebo and placebo; 2) thioctic acid and thioctic acid; 3) thioctic acid and placebo, and 4) placebo and thioctic acid. Only patients with glicaemia between 140 and 260 mg/dl, glicosilated hemoglobin under 10% and mild or moderate diabetic peripheral polyneuropathy were included. The protocol consisted of evaluation of neuropathic symptoms, like pain, hipoesthesia and paresthesias; distal lower limbs muscle strength, bicipital, patelar and aquilean reflexes, examination of pain, tactile and vibratory sensibility, and nerve conduction studies. Nerve conduction velocities and amplitudes were obtained though bilateral stimulation of the following nerves: motor conduction of median and posterior tibial; sensitive conduction of median, ulnar and sural nerves. These variables were quantified according to a pre-established scale, directly proportional to neuropathy severity. Clinical follow-up was trimestral, with register of glicemic levels and glicosilated haemoglobin. Patients were submitted to neurophysiologic evaluation after 12 and 24 months. Of 43 diabetic patients randomly assigned, 25 presented peripheral polyneuropathy on electroneurography. 18 fit inclusion and exclusion criteria. Five patients were excluded throughout the study, 4 lost follow-up, and one for side effects. The treatment was administered orally to 13 patients, 600 mg daily. The age of these patients ranged from 48 to 65 years, being 5 female, and 8 male. There was no significant difference in glicaemic control between groups. Only neurological examination and electroneurography had normal distribution. Univariated analysis with symptoms, neurological examination, and electroneurography demonstrated there was no statistically significant difference between placebo and drug groups, assuming p>0,05. Co-variance analysis was done with neurological examination and electroneurography variables, showing that thioctic acid favourably influenced the neuropathy outcome of these patients. No adverse effects were observed in the thioctic acid group
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Potencial evocado auditivo de tronco encefálico e análise proteômica em ratos expostos a chumbo e suplementados com ferro / Brainstem auditory-evoked potential and proteomic analysis in rats exposed to lead and supplemented with ironZucki, Fernanda 21 June 2013 (has links)
A falta de consenso na literatura acerca dos efeitos tóxicos do chumbo no sistema auditivo é notória, tanto em estudos clínicos quanto experimentais. Em adição, tem sido relatado que o ferro apresenta um efeito protetor na toxicidade cerebral causada pelo chumbo. Assim, estudos clínicos e bioquímicos têm sido realizados no intuito de compreender a relação entre o chumbo e o sistema auditivo, bem como identificar possíveis substâncias protetoras para a toxicidade deste metal. Neste sentido, no presente estudo verificou-se o processo maturacional do nervo auditivo e tronco encefálico, associado à análise proteômica da porção auditiva do tronco encefálico de ratos expostos a acetato de chumbo e suplementados com sulfato ferroso. O experimento foi realizado por seis semanas com 30 ratos (Rattus norvergicus, variedade Wistar) machos, recém-desmamados, divididos em seis grupos de cinco animais cada, sendo um controle, que recebeu água deionizada; dois grupos experimentais que receberam 100 mg/L de Pb(CH3COO)2 na água de beber, sendo administrado simultaneamente para um deles 20 mg/kg de FeSO4 a cada dois dias; dois grupos que receberam a dose de 400 mg/L de Pb (CH3COO)2 na água de beber, onde para um deles foi administrado simultaneamente 20 mg/kg de FeSO4 a cada dois dias e um grupo experimental que recebeu água deionizada e uma solução de 20 mg/kg de FeSO4 a cada dois dias. O processo maturacional do sistema auditivo foi verificado por meio da análise do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) em dois momentos distintos, antes e depois da exposição ao chumbo. Os animais foram então sacrificados, coletado sangue e removido o tronco encefálico. A concentração de chumbo no sangue e tronco encefálico, apresentou um efeito dose-resposta, confirmado pela alta correlação entre a concentração nos dois compartimentos (r2=0,905, p<0,0001), tendo o sulfato ferroso reduzido a concentração de chumbo no sangue e no tecido, embora a diferença só tenha sido significativa para o sangue grupo que recebeu 100 mg/L de Pb(CH3COO)2). Com relação ao PEATE observou-se diferença estatisticamente significativa para o interpico I-II (p=0,049) nos grupos experimentais 100 mg/L Pb(CH3COO)2 e 400 mg/L Pb(CH3COO)2 e interpico I-IV, quando comparados os grupos 100 mg/L Pb(CH3COO)2 e 100 mg/L Pb(CH3COO)2 + FeSO4 (p=0,033). A análise proteômica apontou uma diminuição considerável no número de spots proteicos detectados em todos os grupos experimentais em relação ao controle, bem como uma redução na expressão do padrão proteico. Assim, o presente estudo reforça a hipótese do papel deletério do chumbo nas dosagens de 100 e 400 mg/L de Pb (CH3COO)2 na maturação do nervo auditivo e região do núcleo coclear, com possível efeito protetor do ferro. A análise proteômica do tronco encefálico de ratos demonstrou que o acetato de chumbo altera a expressão proteica desta estrutura, contudo o efeito protetor do sulfato ferroso não foi confirmado nas proteínas identificadas. / There is a lack of consensus in the literature about the toxic effects of lead in the auditory system, both in clinical and experimental studies. In addition to that, it has been reported that iron has a protective effect on brain toxicity caused by lead. Therefore, clinical and biochemical studies have been carried out to understand the relationship between Pb and the auditory function, as well as if the ferreous sulfate as an otoprotectant. In this study the maturational process of the auditory nerve and brainstem and the proteomic profile of the auditory portion of the brainstem of rats exposed to lead and supplemented with iron were evaluated. The experiment was carried out for six weeks with 30 wealing rats (Rattus norvegicus, Wistar), divided into six groups of five animals each: a control group that received deionized water; two experimental groups receiving 100 mg/L Pb(CH3COO)2 in drinking water, being given 20 mg/kg FeSO4 simultaneously to one of them every two days; two groups received 400 mg/LPb(CH3COO)2 in drinking water, where to one of them was given 20 mg/kg FeSO4 simultaneously every two days; and an experimental group that received deionized water and a solution of 20 mg/kg FeSO4 every two days. The maturational process of the auditory system was verified by analyzing the Brainstem Auditory-Evoked Potential (BAEP) at two different times, before and after lead exposure. The animals were sacrificed, their blood collected and brainstem removed. The concentration of lead in blood and brain stem showed a dose-response, confirmed by correlation between the concentration in the two compartments (rr2 = 0.905, p <0.0001). Ferreous sulfate reduced the levels of lead in blood and tissue, although the difference was only significant for blood (group receiving 100 mg/L Pb(CH3COO)2). Concerning to BEAP we observed a statistically significant difference for the interpeak I-II (p = 0.049) in the experimental groups 100 and 400 mg/L Pb(CH3COO)2 and for the interpeak I-IV, when groups 100 and 100 mg/L Pb(CH3COO)2 + FeSO4 were compared (p = 0.033). The proteomic analysis showed a considerable decrease in the number of protein spots detected in all experimental groups compared to control, as well as a reduction in the expression pattern of the proteins. Thus, the present study reinforces the hypothesis of deleterious role of Pb in dosages of 100 and 400 mg/L Pb(CH3COO)2 in the maturation of the auditory nerve and cochlear nucleus region, with a possible protective effect of ferreous sulfate. The proteomic analysis of the brainstem of rats showed that lead acetate alters protein expression of this structure. However, the protective effect of ferreous sulfate was not confirmed for the identified proteins.
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A influência das respostas auditivas do estado estável nas respostas auditivas ao implante coclear / Auditory steady-state response influence on cochlear implant auditory responseChiossi, Julia Santos Costa 28 August 2017 (has links)
Introdução: O potencial evocado auditivo de estado estável (PEAEE) é um exame eletrofisiológico que permite a testagem simultânea e binaural do limiar auditivo por frequência específica. Por seu caráter objetivo vem sendo recomendada sua inclusão na bateria de testes para diagnóstico de crianças com deficiência auditiva. A possibilidade de diagnóstico precoce da perda de audição em crianças é fundamental para a redução dos agravos decorrentes da privação sensorial e a tomada de decisão quanto à intervenção adequada, como o uso do implante coclear (IC). A determinação do sucesso do uso do IC é dependente de múltiplos cofatores, entre eles, sugere-se que a presença de audição residual prévia ao implante poderia possibilitar a preservação das vias auditivas e áreas auditivas corticais, proporcionando melhor desenvolvimento das habilidades auditivas e de produção oral da linguagem com o reestabelecimento da entrada sensorial. Objetivo: Verificar a relação entre o PEAEE pré-operatório e a resposta auditiva pós-implante de crianças submetidas ao IC. Casuística e Método: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, desenvolvido a partir da análise de prontuários de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, submetidos à cirurgia de IC. Foram incluídas 47 crianças menores de 6 anos à data de realização da cirurgia, diagnosticadas com perda auditiva neurossensorial pré-lingual de grau profundo. Foram coletadas informações audiológicas pré-implantação - PEAEE, PEATE, audiometria comportamental e demais aspectos de caracterização da perda auditiva; a categoria de percepção auditiva e de expressão oral da linguagem antes e após a implantação; além de informações socioeconômicas e da intervenção terapêutica. Resultados: O registro do PEAEE esteve presente em 34 (72,3%) crianças com limiar médio de 89,7 ± 10,2 dB NA na orelha implantada, consideradas as frequências de 0,5; 1; 2 e 4 kHz. A reavaliação foi conduzida em média 7,2 ± 2,1 meses após a cirurgia de IC, quando 23 (49%) sujeitos apresentaram avanço de uma categoria no desenvolvimento da percepção de fala e 4 (8,5%) alcançaram um desempenho dois níveis superior ao da avaliação anterior. O limiar obtido na audiometria em campo com o uso de IC teve média de 44,4 ± 12,4 dB NA, consideradas as frequências de 0,5; 1; 2 e 4 kHz. Quanto à expressão oral da linguagem, 13 (27,6%) crianças tiveram melhora em seu desempenho. Não houve correlação entre os resultados do PEAEE pré-implante e o limiar auditivo (p-valor=0,338) ou a categoria de linguagem (p-valor=0,358) com uso de IC quando controlado pela idade; nem em relação à melhora no desempenho de linguagem oral (p-valor= 0,095). Conclusão: Não houve correlação direta entre o limiar eletrofisiológico mensurado por meio do PEAEE e a resposta auditiva com uso de IC, quando analisados o limiar auditivo comportamental com IC ou a categoria de percepção de fala. / Background: The Auditory Steady State Response (ASSR) is an electrophysiological exam that allows simultaneous and binaural frequency specific testing of hearing thresholds. Considering its objectivity, the test has been recommended for hearing loss diagnosis in young children. This possibility of early identification of hearing impairment is fundamental for minimizing handicaps caused by sensory deprivation and for planning proper intervention, for example, suggesting the use of cochlear implants (CI). The determination of the success of CI prognosis depends on several cofactors. Researchers suggest that residual hearing and hearing thresholds before CI surgery could allow auditory pathways preservation and enable the development of hearing abilities, as well as speech production skills, after the reestablishment of sensory input. Objective: To verify the relation between pre-operatory ASSR and post-CI auditory response in young children. Casuistic and Method: An observational retrospective study was conducted. Medical records were assessed in 47 children, younger than six years old at the CI surgery, diagnosed with sensorineural pre-linguistic hearing loss of profound degree. Information was collected about (a) audiological data - ASSR, ABR, behavioral audiometry, and other hearing loss aspects; (b) category of speech perception and oral language production before and after CI; (c) socioeconomics data and therapy attendance. Results: ASSR record was present in 34 (72.4%) children with mean threshold of 89.7 (10.2 SD) dB HL in the implanted ear, considering the frequencies of 0.5; 1; 2 and 4 kHz. Post-implant evaluation was conducted after a mean of 7.2 (2.1 SD) months of surgery. Then, 23 (49%) subjects enhanced one category of speech perception and four (8.5%) improved two categories, compared to previous evaluation. Field auditory threshold with CI was measure at 44.4 (12.4 SD) dB HL in mean, considering the frequencies of 0.5; 1; 2 and 4 kHz. Analyzing language expression development, 13 (27.6%) children improved their performance. To the age at CI surgery there was no correlation between ASSR thresholds and CI thresholds (p-value=0.338) or speech perception category (p-value=0.358) after CI. No correlation has been found between ASSR and expressive language development (p-value=0.095). Conclusion: There was no direct correlation between electrophysiological thresholds measured by ASSR and hearing response after CI, when analyzed behavioral CI threshold or speech perception.
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A influência das respostas auditivas do estado estável nas respostas auditivas ao implante coclear / Auditory steady-state response influence on cochlear implant auditory responseJulia Santos Costa Chiossi 28 August 2017 (has links)
Introdução: O potencial evocado auditivo de estado estável (PEAEE) é um exame eletrofisiológico que permite a testagem simultânea e binaural do limiar auditivo por frequência específica. Por seu caráter objetivo vem sendo recomendada sua inclusão na bateria de testes para diagnóstico de crianças com deficiência auditiva. A possibilidade de diagnóstico precoce da perda de audição em crianças é fundamental para a redução dos agravos decorrentes da privação sensorial e a tomada de decisão quanto à intervenção adequada, como o uso do implante coclear (IC). A determinação do sucesso do uso do IC é dependente de múltiplos cofatores, entre eles, sugere-se que a presença de audição residual prévia ao implante poderia possibilitar a preservação das vias auditivas e áreas auditivas corticais, proporcionando melhor desenvolvimento das habilidades auditivas e de produção oral da linguagem com o reestabelecimento da entrada sensorial. Objetivo: Verificar a relação entre o PEAEE pré-operatório e a resposta auditiva pós-implante de crianças submetidas ao IC. Casuística e Método: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, desenvolvido a partir da análise de prontuários de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, submetidos à cirurgia de IC. Foram incluídas 47 crianças menores de 6 anos à data de realização da cirurgia, diagnosticadas com perda auditiva neurossensorial pré-lingual de grau profundo. Foram coletadas informações audiológicas pré-implantação - PEAEE, PEATE, audiometria comportamental e demais aspectos de caracterização da perda auditiva; a categoria de percepção auditiva e de expressão oral da linguagem antes e após a implantação; além de informações socioeconômicas e da intervenção terapêutica. Resultados: O registro do PEAEE esteve presente em 34 (72,3%) crianças com limiar médio de 89,7 ± 10,2 dB NA na orelha implantada, consideradas as frequências de 0,5; 1; 2 e 4 kHz. A reavaliação foi conduzida em média 7,2 ± 2,1 meses após a cirurgia de IC, quando 23 (49%) sujeitos apresentaram avanço de uma categoria no desenvolvimento da percepção de fala e 4 (8,5%) alcançaram um desempenho dois níveis superior ao da avaliação anterior. O limiar obtido na audiometria em campo com o uso de IC teve média de 44,4 ± 12,4 dB NA, consideradas as frequências de 0,5; 1; 2 e 4 kHz. Quanto à expressão oral da linguagem, 13 (27,6%) crianças tiveram melhora em seu desempenho. Não houve correlação entre os resultados do PEAEE pré-implante e o limiar auditivo (p-valor=0,338) ou a categoria de linguagem (p-valor=0,358) com uso de IC quando controlado pela idade; nem em relação à melhora no desempenho de linguagem oral (p-valor= 0,095). Conclusão: Não houve correlação direta entre o limiar eletrofisiológico mensurado por meio do PEAEE e a resposta auditiva com uso de IC, quando analisados o limiar auditivo comportamental com IC ou a categoria de percepção de fala. / Background: The Auditory Steady State Response (ASSR) is an electrophysiological exam that allows simultaneous and binaural frequency specific testing of hearing thresholds. Considering its objectivity, the test has been recommended for hearing loss diagnosis in young children. This possibility of early identification of hearing impairment is fundamental for minimizing handicaps caused by sensory deprivation and for planning proper intervention, for example, suggesting the use of cochlear implants (CI). The determination of the success of CI prognosis depends on several cofactors. Researchers suggest that residual hearing and hearing thresholds before CI surgery could allow auditory pathways preservation and enable the development of hearing abilities, as well as speech production skills, after the reestablishment of sensory input. Objective: To verify the relation between pre-operatory ASSR and post-CI auditory response in young children. Casuistic and Method: An observational retrospective study was conducted. Medical records were assessed in 47 children, younger than six years old at the CI surgery, diagnosed with sensorineural pre-linguistic hearing loss of profound degree. Information was collected about (a) audiological data - ASSR, ABR, behavioral audiometry, and other hearing loss aspects; (b) category of speech perception and oral language production before and after CI; (c) socioeconomics data and therapy attendance. Results: ASSR record was present in 34 (72.4%) children with mean threshold of 89.7 (10.2 SD) dB HL in the implanted ear, considering the frequencies of 0.5; 1; 2 and 4 kHz. Post-implant evaluation was conducted after a mean of 7.2 (2.1 SD) months of surgery. Then, 23 (49%) subjects enhanced one category of speech perception and four (8.5%) improved two categories, compared to previous evaluation. Field auditory threshold with CI was measure at 44.4 (12.4 SD) dB HL in mean, considering the frequencies of 0.5; 1; 2 and 4 kHz. Analyzing language expression development, 13 (27.6%) children improved their performance. To the age at CI surgery there was no correlation between ASSR thresholds and CI thresholds (p-value=0.338) or speech perception category (p-value=0.358) after CI. No correlation has been found between ASSR and expressive language development (p-value=0.095). Conclusion: There was no direct correlation between electrophysiological thresholds measured by ASSR and hearing response after CI, when analyzed behavioral CI threshold or speech perception.
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Avaliação da audição residual em candidatos a implantes coclear atráves da resposta auditiva de estado estável / Evaluation of residual hearing in cochlear implants candidates using auditory steady-state responseRamos, Henrique Faria 02 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A identificação e preservação da audição residual em candidatos a implante coclear vêm assumindo maior importância clínica. A resposta auditiva de estado estável (RAEE) pode fornecer informação frequência-específica sobre o limiar auditivo em níveis de intensidade máximos de 120 dB NA, possibilitando a investigação da audição residual. Os objetivos deste estudo são avaliar a audição residual em candidatos a implante coclear, comparando os limiares eletrofisiológicos da RAEE com os limiares psicoacústicos da audiometria nas frequências de 500, 1 000, 2 000 e 4 000 Hz. MÉTODO: Foram avaliados 40 candidatos a implante coclear (80 orelhas) com perda auditiva neurossensorial severa a profunda bilateral. A audiometria foi realizada com o tom \"warble\" nas frequências de 500, 1 000, 2 000 e 4 000 Hz com intensidade máxima de estimulação de 120 dB NA. A RAEE foi obtida através da estimulação dicótica de uma frequência de tons contínuos sinusoidais modulados 100% em amplitude exponencial e 20% em frequência, nas frequências portadoras de 500, 1 000, 2 000 e 4 000 Hz, com estimulação máxima de 117, 120, 119 e 118 dB NA, respectivamente. RESULTADOS: Foram obtidos limiares mensuráveis em 62,5% de todas as frequências estudadas na audiometria tonal e em 63,1% na RAEE. A RAEE apresentou sensibilidade de 96% e especificidade de 91,6% na detecção da audição residual. As diferenças médias entre os limiares da audiometria tonal e da RAEE não apresentaram significância estatística em nenhuma das frequências. As correlações entre os limiares comportamentais e da RAEE foram significantes em todas as frequências avaliadas, sendo fortes em 500, 1 000 e 2 000 Hz e moderada em 4 000 Hz, com coeficiente de correlação de Pearson entre 0,65 e 0,81. Em 90% dos casos, os limiares da RAEE foram adquiridos nos limites de 10 dB dos limiares comportamentais. CONCLUSÕES: As correlações entre os limiares tonais e da RAEE foram significantes nas frequências de 500, 1 000, 2 000 e 4 000 Hz. A RAEE apresentou alta sensibilidade e especificidade na detecção da audição residual em candidatos a implante coclear, em comparação com a audiometria tonal / INTRODUCTION: Identification and preservation of residual hearing in cochlear implantation are becoming more important lately. Auditory steadystate response (ASSR) can provide frequency-specific information regarding the auditory thresholds at maximum intensity levels of 120 dB HL, allowing investigation of residual hearing. The study objectives are to assess residual hearing in cochlear implant candidates by comparing the electrophysiological thresholds obtained in ASSR with psychoacoustic thresholds of audiometry at 500, 1 000, 2 000 and 4 000 Hz. METHOD: Forty cochlear implant candidates (80 ears) with bilateral severe-to-profound sensorineural hearing loss were studied. Warble-tone audiometry was performed at the frequencies 500, 1 000, 2 000 e 4 000 Hz, with stimuli up to 120 dB HL. ASSR was obtained with dichotic single-frequency stimulation of sinusoidal continuous tones modulated in exponential amplitude of 100% and in frequency of 20%, at the carrier frequencies of 500, 1 000, 2 000 and 4 000 Hz at maximum stimulation levels of 117, 120, 119 and 118 dB HL, respectively. RESULTS: Thresholds were obtained in 62,5% of all frequencies evaluated in warbletone audiometry and in 63,1% in the ASSR. ASSR showed sensitivity of 96% and specificity of 91,6% in the detection of residual hearing. The mean difference between the thresholds of behavioral audiometry and ASSR were not statistically significant in any of the frequencies. Strong correlations between behavioral and ASSR thresholds were observed in 500, 1 000 and 2 000 Hz and moderate in 4 000 Hz, with Pearson correlation coefficient between 0,65 and 0,81. In 90% of the occasions, ASSR thresholds were within 10 dB of behavioral thresholds. CONCLUSIONS: The correlations between behavioral and ASSR thresholds were significant at 500, 1 000, 2 000 and 4 000 Hz. ASSR showed high sensitivity and specificity in the detection of residual hearing in cochlear implant candidates, compared to warble-tone audiometry
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Potenciais evocados auditivos de longa latência em indivíduos com apneia obstrutiva do sono / Long latency auditory evoked potentials in individuals with obstructive sleep apneaPedreno, Raquel Meirelles 18 May 2017 (has links)
Introdução: A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma das entidades clínicas mais encontradas na população, sendo caracterizada por obstruções parcial ou total recorrente da via aérea durante o sono, levando a hipóxia intermitente e fragmentação do sono. Suas consequências envolvem sonolência excessiva, risco de acidentes de trabalho e de trânsito, déficits cognitivos e doenças cardiovasculares. Os potenciais evocados auditivos avaliam a atividade neuroelétrica na via auditiva, fornecendo uma medida objetiva do funcionamento do sistema auditivo. Visto que as alterações cognitivas na AOS podem ser múltiplas, espera-se que os potenciais evocados auditivos de longa latência (PEALL) possam ser utilizados como uma ferramenta de avaliação nos pacientes com AOS, mostrando uma melhor compreensão dos prejuízos da AOS e auxiliando no tratamento. Objetivo: Caracterizar os potenciais evocados auditivos de longa latência em indivíduos portadores de AOS de grau leve, moderado e grave, correlacionando os achados eletrofisiológicos com a severidade do distúrbio do sono, além de comparar com os resultados obtidos em indivíduos sem AOS. Método: Participaram deste estudo 59 indivíduos, na faixa etária de 22 a 54 anos (média de 34,87 anos) e de ambos os gêneros (52 homens e 07 mulheres). Os voluntários foram divididos em quatro grupos: sem AOS, com AOS leve, com AOS moderada e com AOS grave. Todos os participantes realizaram a polissonografia (PSG) para fornecer o grau da severidade da AOS, mesmo os voluntários sem queixa para AOS, para se descartar a possibilidade de apresentar a doença. Os indivíduos também foram submetidos à avaliação audiológica convencional. Para a obtenção dos componentes P1, N1, P2, N2 e P3 do PEALL, foram utilizados dois estímulos acústicos: fala (sílabas /ba/ e /da/), e tone-burst (frequências de 1000 Hz e 2000Hz), ambos na intensidade de 75dBnNA. Foram analisadas as latências (em ms) dos componentes P1, N1, P2, N2 e P3 e as amplitudes (em uv) P1- N1, P2-N2 e P3. Resultados: No PEALL com estímulo fala, o grupo grave apresentou a menor latência no N2 (p-valor < 0,001) e para o P3, todos os grupos apresentaram maior latência na orelha direita (p-valor=0,016). Houve diferença estatisticamente significante para amplitude do P3 (p-valor=0,016), com maior amplitude para orelha esquerda em todos os grupos. No PEALL com estímulo tone burst, apenas as latências dos componentes P2 e N2 apresentaram diferença estatisticamente significante (p-valor=0,010 e p-valor= 0,010, respectivamente), com menor latência para o grupo com AOS grave. Nestes mesmos componentes, houve diferença entre as orelhas. Foi encontrada diferença na amplitude P2-N2, com menor amplitude para o grupo com AOS grave (p-valor < 0,001). Conclusão: Indivíduos com AOS apresentam um aumento progressivo da latência do componente P3 dos PEALL conforme aumento da severidade da doença para o estímulo fala, bem como uma diminuição da amplitude P2-N2 para estímulo tone-burst no grupo com AOS grave quando comparada com os demais grupos, sugerindo interferência do grau de severidade da doença nos PEALL. De uma maneira geral, indivíduos com AOS grave apresentaram latências prolongadas e amplitudes reduzidas no PEALL quando comparados com indivíduos sem AOS / Introduction: The Obstructive Sleep Apnea (OSA) is one of the most common disease found in the population, characterized by partial or full airways obstruction during the sleep, leading to hypoxia and frequent awakenings. Its consequences are daytime sleepless, risk of work and car accidents, cognitive deficit and cardiovascular disease. The auditory evoked potential evaluates the neuroelectric activity in the auditory pathway, giving an objective measure about the auditory system function. Since the OSA cognitive dysfunctions can be multiples, it is expected that the Long Latency Auditory Evoked Potential (LLAEP) could be used as an evaluation tool in the patients with OSA, showing a better comprehension of its injuries and helping on the treatment. Objective: To characterize the long latency auditory evoked potentials in individuals with mild, moderate and severe OSA, comparing the results with the severity of the disease, and also comparing the results with individuals without OSA. Method: 59 individuals participated of this research, with ages bettwen 22 and 54 years old (average 34.87) and from both genders (52 men and 7 women). The volunteers were divided in four groups: without OSA, with mild OSA, moderate OSA and with severe OSA. All participants performed the polysomnography (PSG) for classifying the OSA severity, even the volunteers without OSA, to guarantee the inexistence of the disease. They were also submitted to a conventional audiology evaluation. To obtain the components P1, N1, P2, N2 and P3 in LLEAP, it was used two acoustic stimulus: speech (syllables / ba / e / da /), and tone-burst (frequencies of 1000 Hz and 2000 Hz), both with 75 dBnNA intensity. It were analyzed the latencies (in ms) of the components P1, N1, P2, N2 and P3 and the amplitudes (in uv) P1-N1, P2-N2 and P3 .Results: In the LLEAP with speech stimulus, the severe group presented the lowest latency in N2 (p-value < 0.001) and for P3, all groups had delay of latency in the right ear (p-value = 0.016). There was a significantly difference for P3 amplitude (p-value = 0.016), with higher amplitude for the left ear in all groups. In the LLAEP with tone burst stimulus, only the P2 and N2 latencies presented a significantly difference (P-value = 0.010 and P-value = 0.010, respectively), with lower latency for the group with severe OSA. In these same components, there was difference between the ears. A difference in the P2-N2 amplitude was found, with a lower amplitude for the group with severe OSA (p-value < 0.001). Conclusion: Individuals with OSA showed a progressive increase in the latency according to the severity of the disease in the component P3 in LLAEP for the speech stimulus, as well as lower amplitude in P2-N2 with tone burst stimulus for the severe OSA group, suggesting interference of the disease severity degree in the LLAEP. In general, individuals with severe OSA presented increased latencies and lower amplitudes in the LLAEP when compared to individuals without OSA
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Benefícios do implante auditivo de tronco cerebral em adultos e crianças / Benefits of auditory brainstem implant in adults and childrenFernandes, Nayara Freitas 12 April 2018 (has links)
A avaliação do benefício do implante auditivo de tronco cerebral consiste em obter informações sobre o desempenho dos usuários nas atividades cotidianas e também verificar como o sistema auditivo central reage frente à estimulação elétrica, a fim de auxiliar a prática clínica e nortear o processo de reabilitação auditiva nesta população. Este estudo teve como objetivo caracterizar os benefícios do implante auditivo de tronco cerebral, a partir dos resultados da satisfação com o dispositivo, qualidade de vida, potencial evocado auditivo cortical e percepção da fala de adultos e crianças. Trata-se de um estudo clínico transversal descritivo prospectivo realizado na Divisão de Clínica Otorrinolaringológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Participaram desta pesquisa 24 usuários de implante auditivo de tronco cerebral, de ambos os sexos, sendo 12 adultos pós-linguais com idade variando de 26 a 60 anos de idade e tempo de uso do dispositivo variando de dez meses a 11 anos e 12 crianças/adolescentes pré-linguais com idade variando de quatro anos e três meses a 15 anos e tempo de uso do dispositivo variando de um ano e seis meses a oito anos e seis meses. Para avaliar todos os aspectos foram utilizados testes de reconhecimento de palavras e sentenças em contexto aberto e fechado, teste de leitura orofacial (modo visual e auditivo + visual), os questionários de qualidade de vida KINDLR (Questionnaire for Measuring Health-Related Quality of Life in Children and Adolescents) para crianças e adolescentes, pais e/ou cuidadores e o questionário WHOQOL-BREF para os participantes adultos, o questionário SADL (Satisfaction with Amplification in Daily Life), adaptado culturalmente para o português brasileiro e a captação do potencial evocado auditivo cortical foi realizada em campo livre com os estímulos tone burst e complexo de Fala nas intensidades de 70 dB NA e 90 dB NA. Com relação à percepção da fala, os resultados mostraram que todos os adultos foram capazes de reconhecer palavras, quatro adultos conseguiram reconhecer sentenças em contexto fechado e dois adultos reconheceram sentenças em contexto aberto. No que diz respeito às crianças, todas foram capazes de detectar a presença de sinal de sons ambientais e/ou de fala, quatro crianças foram capazes de diferenciar palavras por meio dos traços suprassegmentares, todas as crianças usaram vocalizações indiferenciadas para se comunicar e cinco crianças foram capazes de usar palavras isoladas. Quanto à leitura orofacial, os resultados indicaram que dois sujeitos apresentaram melhora no desempenho, quando realizaram o reconhecimento de sentenças por meio da leitura orofacial somada à audição; quatro usuários permaneceram com o mesmo resultado e seis adultos pioraram o desempenho. No que se refere à qualidade de vida, os resultados indicaram que tanto os adultos quanto os pais das crianças usuárias de implante auditivo de tronco cerebral classificaram a qualidade de vida como boa e apresentaram resultados acima da média para todos os domínios avaliados. Quanto à satisfação com o dispositivo, os resultados indicaram que os adultos estão satisfeitos com os dados das subescalas efeitos positivos, fatores negativos e serviços e custos e encontram-se insatisfeitos em relação ao escore global e à subescala de imagem pessoal e os pais das crianças estão satisfeitos apenas com a subescala de serviços e custos. Com relação ao potencial evocado auditivo cortical, oito adultos e três crianças apresentaram presença de respostas eletrofisiológicas e no registro do P300 apenas dois adultos obtiveram respostas. Pode-se concluir que o implante auditivo de tronco cerebral trouxe benefícios para os usuários com uma ampla variedade de resultados e percepções relacionadas à percepção da fala, ao potencial evocado auditivo cortical, a qualidade de vida e satisfação com o dispositivo / The evaluation of the benefit of the auditory brainstem implant intends to obtain information about the performance of users in daily activities and also to verify how the central auditory system reacts to electrical stimulation in order to assist clinical practice and guide the process of auditory rehabilitation in this population. This study aimed to characterize the benefits of auditory brainstem implant, based on the results of device satisfaction, quality of life, auditory cortical evoked potentials, and speech perception of adults and children. This is a prospective, descriptive, cross-sectional clinical study conducted at the Otorhinolaryngology Clinic Division of the Hospital of Clínicas in the Faculty of Medicine, University of São Paulo. Twenty-four post-lingual adults with ages varying from 26 to 60 years of age and time of use of the device ranging from ten months to 11 years and 12 pre-lingual children / adolescents ranging from four years and three months to 15 years and time of use of the device ranging from one year and six months to eight years and six months. In order to evaluate all aspects, it was used the word and sentence recognition tests in open and closed context, lip reading test (visual and auditory + visual mode), KINDLR (Questionnaire for Measuring Health-Related Quality of Life in Children and Adolescents) for children and adolescents, parents and / or caregivers and the WHOQOL-BREF questionnaire for adult participants, the SADL (Satisfaction with Amplification in Daily Life) questionnaire, culturally adapted to Brazilian Portuguese and the capture of evoked potential auditory cortical was performed in the free field with the tone burst and Speech stimuli at the intensities of 70 dB NA and 90 dB NA. Regarding speech perception, the results showed that all adults were able to recognize words, four adults were able to recognize sentences in closed set and two adults were able to recognize sentences in open set. All children were able to detect the presence of environmental and / or speech sounds, four children were able to differentiate words through the suprasegmental traits, all children used undifferentiated vocalizations to communicate and five children were able to use isolated words. Regarding lip reading, the results indicated that two subjects showed improvement in performance, when the sentence was recognized through lip reading and hearing; four users remained the same result and six adults had worse performance. Regarding quality of life, the results indicated that both adults and parents of children rated quality of life as good and presented above-average results for all domains evaluated. Regarding satisfaction with the device, the results indicated that adults are satisfied with the data of the subscales positive effects, negative factors and services and costs and are dissatisfied with the overall score and subscale of personal image and parents of children are satisfied only with the subscale of services and costs. Regarding cortical auditory evoked potentials, eight adults and three children presented electrophysiological responses and in the P300 record only two adults obtained responses. It can be concluded that auditory brainstem implantation has brought benefits to users with a wide variety of outcomes and perceptions related to speech perception, auditory cortical evoked potential, quality of life and device satisfaction
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Achados audiológicos de indivíduos com a síndrome G/BBB / Hearing findings in subjects with G / BBB syndromeCassab, Tatiana Vialogo 12 November 2010 (has links)
Objetivo: Investigar a função auditiva, periférica e central, em pacientes com o diagnóstico da síndrome G/BBB, quanto à ocorrência ou não de perda auditiva e, a condução nervosa auditiva periférica e central, em nível do tronco encefálico. Modelo: Análise prospectiva descrevendo os achados audiológicos em indivíduos com a síndrome G/BBB. Local de Execução: Setor de Genética, HRAC-USP. Participantes: 14 pacientes na faixa etária de 7 a 34 anos, do gênero masculino. Variáveis: Limiares audiométricos em decibels nas frequências de 0,25 a 8 kHz nas duas orelhas, tipo de curva timpanométrica nas duas orelhas, latências absolutas das ondas I, III e V; latências interpicos I-V, III-V e I-III e diferença interaural da onda V do PEATE, em milissegundos, para cada orelha. Resultados: Limiares audiométricos normais em 12 (66,7%) pacientes da amostra, e 2 (33,3%) com perda auditiva, sendo 1 do tipo condutiva e 1 neurossensorial. Quanto aos resultados do PEATE, foram encontrados: latências absolutas da onda I dentro dos padrões de normalidade em todos os pacientes, aumento das latências absolutas da onda III e V em 2 e 6 pacientes respectivamente; e as latências interpicos I-III, III-V e I-V se apresentaram aumentadas em 4, 3 e 8 pacientes respectivamente. Conclusões: Frente aos resultados obtidos podemos concluir que pacientes com a síndrome G/BBB podem apresentar perdas auditivas periféricas, condutivas e neurossensoriais, entretanto, não há subsídios para afirmar que as mesmas são em decorrência da síndrome ou da associação com a fissura de palato. Há evidências de comprometimento das vias auditivas centrais em nível do tronco encefálico, embora as alterações estruturais do SNC relatadas nesta síndrome não estejam relacionadas diretamente com as vias auditivas. Estudos com enfoque no perfil audiológico desta população com exames de imagem são necessários para maior clareza dos achados clínicos. / Objective: To investigate the peripheral and central auditory function in patients with G/BBB syndrome and the occurrence of hearing loss in these patients. Model: Prospective study describing the audiological findings in subjects with G/BBB syndrome. Setting: Genetics Department, HRAC-USP. Participants: 14 male patients aged from 7 to 34 years. Variables: Audiometric thresholds in decibels at frequencies of 0.25 to 8 KHz in both ears, tympanometric curve in both ears, absolute latencies of waves I, III and V, interpeak latencies I-V, III-V and I-III and wave V interaural difference of ABR, in milliseconds, for each ear. Results: Normal audiometric thresholds were found in 12 (66.7%) patients, 2 (33.3%) had hearing loss, one type conductive and one sensorioneural. ABR results were: absolute latencies of wave I within normal limits in all patients, an increase of absolute latencies of wave III and V in 2 and 6 patients respectively, and interpeak latencies I-III, IV and V were increased in 4, 3 and 8 patients respectively. Conclusions: Patients with G/BBB syndrome may have peripheral conductive or sensorineural hearing loss; however, there are no subsidies to attribute the etiology to the syndrome itself or to the presence of cleft palate, which was found in all patients. There is evidence of central auditory pathways involvement in the brainstem level, although the structural CNS abnormalities reported in this syndrome are not directly related to the auditory pathways evaluated. Studies focusing on the audiological profile of this population with imaging studies are recommended.
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Desenvolvimento das funções de acuidade visual e sensibilidade ao contraste visual medidas por potenciais visuais provocados de varredura em crianças nascidas a termo e prematuras / Development of visual acuity functions and visual contrast sensitivity mesaured by visual evoked potentials in premature and term babiesOliveira, André Gustavo Fernandes de 08 August 2007 (has links)
A prematuridade ao nascimento é um fator de risco para a visão, podendo causar retinopatia, uma condição em que há descolamento da retina. Retinopatia da prematuridade ocorre em uma parcela relativamente pequena dos recém nascidos prematuros e não sabemos se os demais, cujo desenvolvimento visual é aparentemente normal, seguem de fato o mesmo curso que o observado em bebes nascidos após uma gestação completa, ou se também sofrem algum prejuízo devido ao nascimento prematuro. Alternativamente, estes bebês poderiam ter um desenvolvimento visual acelerado pela sua exposição mais longa ao mundo visual. Para saber se a condição de prematuridade acelera, retarda, ou não altera o desenvolvimento da visão, o presente trabalho comparou o desenvolvimento das funções de acuidade visual e de sensibilidade ao contraste espacial de luminância em bebês nascidos prematuros e a termo. O estudo utilizou o método dos Potenciais Visuais Corticais Provocados de Varredura para examinar essas funções. Possíveis correlações entre os limiares visuais obtidos durante o primeiro ano de vida e idade gestacional, índices de Apgar, e valores de peso ao nascimento, foram examinadas. Os participantes foram 57 bebês de ambos os sexos encaminhados pelo Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, dos quais 31 prematuros e 26 nascidos a termo. As avaliações foram realizadas principalmente em 3 fases do desenvolvimento visual: 4, 6 e 12 meses de vida. Os bebês prematuros tiveram suas idades corrigidas com relação à idade gestacional para a comparação com os grupos de termos. Um grupo de 14 sujeitos adultos também foi avaliado com os mesmos estímulos visuais. As avaliações das funções de acuidade visual e sensibilidade ao contraste foram realizadas através do método de potenciais visuais corticais provocados de varredura. Eletrodos posicionados no escalpo da região occipital dos pacientes captaram as respostas eletrofisiológicas provocadas por estímulos gerados em um monitor de alta resolução por um sistema computadorizado (sistema NuDiva). Estes estímulos consistiam de grades quadradas com valor de contraste fixo (80%) para avaliação da acuidade visual, e grades senoidais de 4 freqüências espaciais: 0,2 , 0,8 , 2,0 e 4,0 ciclos por grau para a avaliação da sensibilidade ao contraste. Prematuros e termos não apresentaram diferenças estatísticas significantes nas funções visuais avaliadas em nenhuma fase do desenvolvimento. O pico de sensibilidade ao contraste ocorreu entre .8 e 2.0 cpg de 4 meses de idade. No sexto mês o pico deslocou-se para 2.0 cpg, e entre os meses 9 e 12 passou para freqüências espaciais mais altas, por volta de 4.0 cpg coincidindo com o pico encontrado para os adultos. Nossos dados sugerem que nem a experiência visual, maior nos prematuros em relação aos termos, nem o tempo de gestação, maior nos termos em relação aos prematuros, afetam o desenvolvimento da visão espacial em humanos. / Prematurity at birth is a risk factor for vision, since it may lead to retinopathy - a condition in which there is retinal detachment. Retinopathy of prematurity occurs in a relatively small percentage of premature infants and it is not known if the remainder, whose visual development is apparently normal, follow the same course as in term babies after a complete gestational period, or if they also suffer some loss from having been born before complete development. Alternatively, these babies might have an accelerated visual development due to their longer exposure to the visual world, compared to term babies. To examine if prematurity accelerates, slows down, or does not affect visual development, the present study compared the development of visual acuity and contrast sensitivity in premature and term babies. The study used the methodology of the sweep visual evoked potentials to examine these functions. Possible correlations between visual thresholds obtained during the first year of life and gestational age, apgar index and birth weight, were examined. Participants were 57 infants of both genders, recruited by the University Hospital of São Paulo University, of which 31 were prematurely born and 26 were term infants. Evaluations were performed at three visual developmental epochs: 4, 6 e 12 months of age. The age of preterm infants was corrected by their gestational ages in order to allow comparison with the term infants. Another group with 14 adult subjects was tested with the same visual stimulus. Visual acuity and contrast sensitivity tests were performed with the sweep visual evoked potential method. Electrodes placed over the infant\'s scalp at the occipital role recorded electrophysiological responses evoked to visual stimuli generated by a high resolution monitor of a computerized system. The stimuli were square wave gratings with 80% of contrast to evaluate visual acuity, and sine wave gratings of 4 spatial frequencies: 0,2 , 0,8 , 2,0 e 4,0 cycles per degree to evaluate contrast sensitivity. Preterm and term infants did not show statistical differences in the evaluated visual functions in any developmental phase. The contrast sensitivity peak occurred between 0.8 and 2.0 cpd at 4 months of age. At the sixth month the peak moved to 2.0 cpd and it was displaced to a higher spatial frequency (4.0 cpd) at 12 months, where it coincides with the adult SCS peak. Our data suggest that neither visual experience, longer in the preterm, nor gestational age, longer in the term infants, seems to affect spatial vision functions in humans.
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Elaboração de curva brasileira de normalidade de excitabilidade cortical / Normative data of cortical excitability in a Brazilian populationMoscoso, Ana Sofia Cueva 15 January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A obtenção de medidas de excitabilidade cortical mediante a estimulação magnética transcraniana tem surgido nos últimos anos como método de avaliação da integridade funcional do trato cortico-spinal e rede interneuronal no córtex primário motor, abrindo perspectiva de utilizá-la na prática clínica. Alterações nos parâmetros de excitabilidade cortical tem sido relatados na síndrome fibromiálgica e outras síndromes dolorosas, se correlacionando com a gravidade de diferentes componentes dessas síndromes e mudando conforme o tratamento. Entretanto, apesar do seu potencial benefício, existe uma pequena quantidade de estudos disponíveis na literatura que tenham proposto a obtenção de dados de normalidade para esses parâmetros, com casuísticas pequenas, não pareadas por fatores que potencialmente alteraram seus valores. O presente estudo procurou montar uma curva de normalidade de parâmetros de excitabilidade cortical com cálculo de amostra, pareamento por idade e sexo, com estudo dos efeitos da lateralidade hemisférica e dominância, fase do ciclo menstrual e variabilidade inter e intraexaminador. MÉTODOS: Após cálculo amostral, foram convocados voluntários saudáveis do sexo masculino e feminino, pareados por idade. No total, 216 voluntários completaram o estudo. O potencial evocado motor, inibição intracortical e facilitação intracortical foram medidas no músculo primeiro interósseo dorsal após estímulo dos córtices motor primário bilateral. O grupo de 15 mulheres fez a primeira medição do uso de anticoncepcional oral e a segunda medição na fase de descanso do mesmo. A variabilidade interexaminador e intraexaminador foi aferida em 20 voluntários para cada uma das situações. RESULTADOS: A comparação entre os parâmetros de voluntários menores que 50 anos e maiores que 50 anos mostrou diferenças significativas. Foram obtidos os valores de normalidade para menores de 50 anos e maiores de 50 anos (média e desvio padrão): 1.Menores ou igual que 50 anos: LMR: 49 ± 9,39%; PEM 120%: 587,63±779,52 V; MEP 140%: 1413,08±1343,18 V; MEP 120/140%: 3,83±5,39 V; IIC 2ms: 0,40 ±0,44 V; IIC 4ms: 0,61± 0,84 V; IIC: 0,56± 0,63 V; FIC 10ms: 1,95 ±1,82 V; FIC 15ms: 1,80±1,73 V; FIC: 1,87±1,64 V. 2. Maiores de 50 anos: LMR: 49,1 ± 9.58%; PEM 120%:467,71±650,61 V; PEM 140%:1172,43±1158,47 V; PEM 120/140%: 4,04±4,27 V; IIC2ms: 0,73± 1,26 V; IIC 4ms: 1,04±1,67 V; IIC:0,81±1,03 V; FIC 10ms:2,46±3,85 V; FIC 15ms: 2,12±3,05 V; FIC: 2,28±3,32 V. Houve semelhança entre homens e mulheres( p>0,3). Os córtices motores direito e esquerdo apresentaram parâmetros semelhantes de excitabilidade cortical (p>0,25) para todas as análises. Assim, os valores para o hemisfério direito e esquerdo e os dados de homens e mulheres foram agrupados. Não houve diferença estatística significativa entre destros e sinistros (p>0,20). A variabilidade inter e intraexaminador é alta para a maior parte dos parâmetros, porém, com alta correlação para o limiar motor em repouso e potenciais evocados motores. A inibição e facilitação cortical tiveram baixa correlação, mas confiabilidade aceitável. Não houve diferença importante entre a quantidade de medidas anormais obtidas entre as fases do ciclo menstrual com ou sem o uso do anticoncepcional oral. CONCLUSÕES: Foram levantados os parâmetros de normalidade para adultos saudáveis acima e abaixo de 50 anos. A idade não tem um efeito linear sobre a excitabilidade cortical. Não há diferenças significativas entre sexo, lateralidade de hemisfério ou dominância sobre parâmetros de excitabilidade cortical. Não há correlação significativa entre as fases de uso de anticoncepcional oral e do seu descanso (período menstrual) com as medidas de excitabilidade cortical / BACKGROUND AND AIMS: Measures of cortical excitability parameters by transcranial magnetic stimulation have gained increasing interest as a way to obtain information on the functional integrity of the cortico-spinal tract and interneuronal networks within the primary motor cortex. Changes in cortical excitability parameters have been reported in fibromyalgia and neuropathic pain syndromes showing correlation with the severity of different symptoms of these pain syndromes, and seeming to change during treatment. Despite its potential use, there is a paucity of normative data for cortical excitability parameters. We aimed to obtain normative data for cortical excitability in healthy volunteers. METHODS: A sample size of men and women were matched according to age. In total 216 healthy volunteers completed the study. Rest motor threshold (RMT), motor evoked potentials (MEP), intracortical inhibition (ICI) and facilitation (ICF) were measured in the first dorsal interosseous muscle for both primary motor cortex A group of 15 women were measured twice, first during use of oral contraceptive and a second measure was obtained when not in use of it (menstruations phase). The inter and intrainvestigator variability was assessed in a sample of 20 healthy volunteers. RESULTS: The comparison between the cortical excitability parameters from volunteers younger than 50 years old and volunteers older than 50 years showed significant differences. Normative data for younger than 50 years and older than 50 years were obtained (mean and standard deviation): 1. Age of 50 years or younger: RMT: 49 ±9.39%; MEP120%: 587.63±779.52 V; MEP140%: 1413.08±1343.18 V; MEP120/140%: 3.83±5.39 V; ICI2ms: 0.40 ±0.44; ICI4ms: 0.61 ±0.84 V; ICI: 0.56±0.63 V; ICF10ms: 1.95 ±1.82 V; ICF15ms: 1.80±1.73 V; ICF: 1.87±1.64 V. 2. Older than 50 years: RMT: 49.1±9.58%; MEP120%: 467.71±650.61 V; MEP140%: 1172.43±1158.47 V; MEP120/140%: 4.04±4.27V; ICI2ms: 0.73± 1.26 V; ICI4ms: 1.04±1.67 V; ICI: 0.81±1.03 V; ICF10ms:2.46±3.85 V; ICF15ms: 2.12±3.05 V; ICF: 2.28±3.32 V. There was similarity between genders (p>0,3.) There was no difference between left and right hemispheres (p>0,25). Consequently data from both hemispheres and genders were grouped. There was no significant statistical difference between handedness. We found a good inter/intrainvestigator correlation for RMT and MEP. ICI and ICF had low correlations but an acceptable reliability. CONCLUSIONS: We reported normative data for cortical excitability in adult individuals younger and older than 50 years old. Age has a non-linear effect on cortical excitability. We found no left-right cortex asymmetries or differences related to gender or handedness. We found no correlation between the phases of contraceptive use and the menstruation phase and the cortical excitability parameters
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