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Uma interface fonologia-sintaxe: o uso de "sons preenchedores" da categoria funcional dos determinantes no processo de aquisição de linguagem

Santos, Raquel Santana 15 December 1995 (has links)
Orientador: Ester Miriam Scarpa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-20T19:36:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_RaquelSantana_M.pdf: 22618970 bytes, checksum: d6808254b68d24459f24b4914a4697f6 (MD5) Previous issue date: 1995 / Resumo: Este trabalho desenvolve-se na interface fonologia-sintaxe, defendendo que determinados segmentos vocálicos utilizados pelas crianças para garantir o ritmo das sentenças são também preenchedores de categorias funcionais ainda não adquiridas pela criança. De acordo com nossas expectativas, leituras na área confirmaram a existência de análises de outras linguas (inglês, italiano) em que se propõem o uso de "place:'holders"para categorias funcionais livres. Através da análise dos dados foi-nos possível observar que esses segmentos vocálicos (chamados de "filler-sounds" ou "place-holders", segundo se queira enfatizar sua importância fonológica ou gramatical, respectivamente conforme Scarpa 1993a), têm um papel fundamental tanto para a prosódia (em especial para a entonação e o ritmo) como para a gramática. No que diz respeito à prosódia, esses "filler-sounds" têm papel ativo na aquisição dos contornos entonacionais e do ritmo em português. Observou-se que realmente existe um processo de ancoragem na aquisição da linguagem, como defendem Gerken (1994) e Peters & Menn (1993); nossos sujeitos ancoram sua produção fonético para seu trabalho fonológico e sintático em um determinado modelo prosódico e quando essa ancoragem não mais é necessária eles a abandonam. Comprovou-se que o processo de ancoragem dá-se também entre os níveis hierárquicos prosódicos; o trabalho com o nível rítmico só se dá quando nossos sujeitos já dominam o nível hierarquicamente superior (uma hipótese de aquisição "top-down"), podendo inclusive transgredir princípios que regem os níveis inferiores ao que está sendo trabalhado. Na realidade, essa transgressão, se vista sob a ótica maturacional, não existe, pois não se transgride uma lei, um princípio que não se conhece, e como nossos sujeitos ainda não estão lidando com o nível rítmico, podemos dizer que os princípios que o regem ainda não estão em ação, não maturaram. Este trabalho com os diferentes níveis hierárquicos da grade métrica corrobora a visão de Scarpa (1993b) de que não podemos acreditar numa visão primitiva da prosódia, mas que há um trabalho concomitante entre prosódia e sintaxe. Quanto à sintaxe, através do levantamento dos ambientes de ocorrência dos segmentos vocálicos, da análise das repetições e do uso desses segmentos, pretendemos ter mostrado que a consciência gramatical vai sendo adquirida aos poucos, não como um todo. Tendo como base a Teoria da Regência e Ligação, assumindo a categoria funcional dos determinantes (aqui entendidos como artigos definidos) como um sistema, concordamos com a análise de Hyams (1994) de que, enquanto todo o sistema não emerge, algumas características são ancoradas pragmaticamente (como a subespecificação, que pragmaticamente é entendida no sistema dos determinantes da criança como o "já conhecido ou familiar"); no entanto, não assumimos a sua visão continuísta da aquisição, segundo a qual outros sistemas (cognitivo, pragmático) interferirão na fixação paramétrica e no funcionamento dos morfemas. Segundo nosso ponto de vista, a categoria funcional dos determinantes está ancorada pragmaticamente porque seu sistema ainda não emergiu, e não porque depende de fatores pragmáticos para emergir. O fato da categoria funcional dos determinantes ser precedida por proto-morfemas mostra a importância do parâmetro do determinante na gramática do português. O levantamento dos contextos de enunciado em que nossos sujeitos inserem "filler-sounds"/"place-holders" mostrou-nos também que, como afirmam Bottari, Cipriani & Chilosi (1992), os proto-morfemas surgem e desaparecem em diferentes momentos, conforme os morfemas que deverão ser adquiridos / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Enunciação e polifonia, alias : um estudo argumentativo em lingua portuguesa

Silva, Soeli Maria Schreiber da 18 February 1988 (has links)
Orientador: Eduardo Roberto Junqueira Guimarães / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-16T02:17:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva, Soeli Maria Schreiber da.pdf: 2235813 bytes, checksum: 1766fdd0d2d78f8c6e20168c245e08ef (MD5) Previous issue date: 1988 / Resumo: Inicia-se o estudo com o objetivo de levantar hipóteses sobre o estatuto gramatical do morfema aliás. Em seguida consideram-se basicamente os trabalhos do lingüista Oswald Ducrot. Apresenta-se a abordagem sobre o aliás (Ducrot e outros: 1980b). Questões levantadas nesta primeira abordagem aparecem reinterpretadas a partir da Teoria Polifõnica da Enunciação (Ducrot, 1987), aqui apresentada. Fala-se sobre estudos da Polifonia no Brasil e há uma análise de uma seqüência textual, principalmente com base em Guimarães (1987). Mais adiante caracteriza-se o aliás em relação à Polifonia e Argumentação. Compara-se o aliás com na verdade, de fato, com efeito, além disso, até mesmo. Conclui-se que o aliás apresenta polifonia e seu funcionamento enunciativo aponta, inclusive, para a textualidade. O estudo, ao contrário do que se previa, considera que se o aliás é polifônico e tem a ver com a textualidade, então na seqüência X aliás Y não interessa muito dizer em que classe gramatical essa expressão se encaixa / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Contribuição para a fonologia do dialeto Kaingang de Nonoai

Teixeira, Jose Baltazar 22 December 1988 (has links)
Orientador: Aryon Dall'Igna Rodrigues / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-16T04:18:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Teixeira, Jose Baltazar.pdf: 654509 bytes, checksum: 532a5c7e4fc8f5894b136a408a7efd75 (MD5) Previous issue date: 1988 / Resumo: Este trabalho é o estudo de alguns aspectos fonológicos do dialeto Sudoeste do Kaingâng falado no Posto Indígena de Nonoai, no Município de Nonoai, RS. Foi usado o modelo analítico proposto por Pike (1947). As etapas do trabalho foram: a) descrição dos segmentos consonanais, examinando as relações existentes entre eles e fixando seu status fonológico; b) descrição dos segmentos vocalicos, também por meio da observação das relações entre eles, e fixação de sua condição fonologica; c) tratamento de três situações especiais não consideradas no quadro geral de estabelecimento dos fonemas (consoantes longas, vogais eco, oclusiva glotal) / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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O papel da entoação do portugues brasileiro na descrição de atos de fala

Rizzo, Josefa Freixa Pascual 16 July 2018 (has links)
Orientador: Luiz Carlos Cagliari / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-16T03:34:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rizzo, Josefa Freixa Pascual.pdf: 2065002 bytes, checksum: c75ac7b90e984a97f715283c83ab6b42 (MD5) Previous issue date: 1981 / Resumo: Nosso ponto de partida nesse trabalho é a hipótese de que os atos de fala se manifestam através de padrões entoacionais bem definidos. O objetivo específico, portanto, é mostrar que a entoação tem um papel importante na descrição de atos de fala, ou, de maneira mais geral, na descrição de uma língua, pelo fato de que a escolha de um ou outro tom é significativa gramaticalmente. Assim, a entoação, sendo um elemento supra-segmental, apresenta funções semelhantes à dos elementos segmentais da língua. A partir da hipótese inicial, definimos em primeiro lugar, alguns atos de fala, seguindo Austin (1970), Ducrot (1972), Searle (1974). Em seguida, definimos um procedimento de análise da entoação baseado em estudos de M.A.K. Halliday (1970) para o inglês britânico e alguns estudos sobre a entoação do português brasileiro, de Luiz Carlos Cagliari (1978). A partir disso, tentamos sistematizar a entoação do português brasileiro, e por fim, descrever como esta se manifesta nos atos de fala / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Suya : a lingua da gente "um estudo fonologico e gramatical"

Guedes, Marymarcia 17 May 1993 (has links)
Orientador: Luiz Carlos Cagliari / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-18T07:37:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Guedes_Marymarcia_D.pdf: 4728018 bytes, checksum: 46a49fd0aec77469d4b715c6f823f3f9 (MD5) Previous issue date: 1993 / Resumo: A Língua Suyá é falada por cerca de 160 índios que habitam a aldeia Ricô, no Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso. Este trabalho tem como objetivo principal o estudo de aspectos da fonologia, da morfologia e da sintaxe do Suyá. Na fonologia, observou-se a existência de alofonia em relação aos fonemas consonantais, característica comum às línguas da Família Jê. A análise morfológica revela que o Suyá apresenta uma série de marcadores de caso, diferenciando-a de outras línguas da mesma família. Quanto à sintaxe, observou-se que o padrão mais recorrente dos constituintes oracionais é SOV. O Suyá apresenta estruturalmente características pertinentes a línguas aglutinantes, sendo, aparentemente, uma língua "split". Este trabalho se constitui, também, de um panorama das classificações das Línguas da Família Jê, de estudos realizados com outras línguas da mesma família, mais especificamente, o Xavante, o Xerente, o Canela-Krahô, o Kayapó, o Tapayuna, o Apinayé e o Panará e de um panorama dos estudos realizados até o presente momento com a Língua Suyá. Somando-se, ainda, uma breve discussão sobre a questão língual dialeto / Abstract: The Suyá consist of an estimated 160 native speakers, living at Ricô village within the Xingu Indigenous Park, Mato Grosso state, Brazil. The purpose of this study, it will be present a description of aspects concerning with the phonologycal, morphologycal, and syntactical structure of the Suyá language. In consonants, the allophonic variations show a complex process quite common to the Jê family's languages. The morphological analysis gives a series of suffixes (case markers) which occur, for example, with noun phrases. This caracteristic distinguishes the Suyá from others languages such as: Xavante, Xerente, Canela-Krahô, Kayapó, Tapayuna, Apinayé, Panará. In the Suyá, the very common basic constituent order is SOV and tAe language presents word structures of the type agglutinating. Some evidences suggest that the Suya is a "split" language. This study shows a brief historical about Jê Family languages classifications and the issues about others Jê Family languages: Xavante, Xerente, Canela-Krahô, Kayapó, Tapayuna, Apinayé, and Panará. It will include a description of the studies realizated with the Suyá until now, and a discution concerning about language/ dialect / Doutorado / Doutor em Ciências
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Algumas considerações sobre o problema da abstração das representações fonologicas

Possenti, Sírio, 1947- 19 July 2018 (has links)
Orientador: Maria Bernadete Abaurre Gnerre / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-19T00:11:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Possenti_Sirio_M.pdf: 10641785 bytes, checksum: e695f70a20e60ca5f074a197cc447a7f (MD5) Previous issue date: 1977 / Resumo: Este trabalho é uma discussão do problema da abstração das representações fonológicas. Aceita, fundamentalmente, os horizontes da Gramática Gerativa. No seu interior,confronta duas propostas a respeito da questão da abstração: a da Fonologia Gerativa Transformacional e a da Fonologia Gerativa Natural,aquela permitindo e esta impedindo a abstração. Através da análise de alguns problemas de línguas particulares, por um lado, e, por outro, de algumas implicações de ambas as propostas em particular as relativas à aquisição da linguagem, acaba por afirmar que a abordagem da FGN é mais adequada. Redefinem-se, nesta teoria, as regras fonológicas,e se propõem regras morfológicas e via-rules. Como conseqüência, elimina-se a ordenaçao extrinseca de regras. Ao lado destas questoes centrais, discute alguns outros problemas da Gramática Gerativa, como, por exemplo, seu confronto com o estruturalismo taxinômico, como filosofia de ciência, o problema da realidade psicológica da gramática postulada pelo lingüista, a questão do inatismo, a dos universais, etc. ,assinalando, de passagem, o que pareceu serem as bases e as implicações ideológicas da teoria gerativa, na tentativa de compreender como se firmou tão rapidamente. No final, propõe a necessidade de não desprezar a variável Bociológica, na tentativa de explicar a aquisição da linguagem / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Análise cognitiva e acústica da percepção e produção dos sons /i:/ e /ɪ/ de estudantes brasileiros de inglês como língua estrangeira /

Costa, Tamiris Destro. January 2017 (has links)
Orientador(a): Egisvanda Isys de Almeida Sandes / Coorientador(a): Sandra Mari Kaneko-Marques / Banca: Sandra Madureira / Banca: Luiz Carlos Cagliari / Resumo: No contexto de ensino e aprendizagem de língua inglesa para aprendizes brasileiros, nota-se que o foco de ensino ainda é centrado em questões gramaticais e lexicais, sendo o aspecto fônico, fundamental para uma produção de fala fluida e sem ruídos, muitas vezes facultado ou abordado de forma inadequada em sala de aula. Isto ocorre, por conta, principalmente, da falta de formação e de conhecimentos específicos dos professores em relação aos aspectos articulatórios e acústicos da língua materna (doravante LM) do estudante e da língua estrangeira (doravante LE). Considerando as várias diferenças nos níveis segmental e prosódico e os âmbitos acústico e articulatório entre ambas as línguas, o presente trabalho aborda uma intervenção didática para aprimorar a pronúncia em língua inglesa de estudantes de graduação em Letras de uma universidade pública do interior do Estado de São Paulo e investigar a produção dos sons vocálicos da língua inglesa /i:/ e /ɪ/ desses estudantes pré e pós essa intervenção por meio de um experimento de natureza fonético-acústica. A inexistência da distinção entre /i:/ e /ɪ/ na língua portuguesa pode resultar em dificuldades na percepção desses sons vocálicos em língua inglesa e, consequentemente, na sua produção, trazendo possíveis problemas de inteligibilidade e, em alguns casos, de fossilização para os aprendizes. Portanto, seu tratamento em sala de aula é fundamental. Para a realização de uma análise mais específica da aquisição e aprendizagem de sons ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: In the context of teaching and learning the English language for Brazilian learners, it is noted that the educational focus is still centered on grammatical and lexical issues, and the phonic aspect, essential for fluid speech production and no disturbance, is often provided or approached inappropriately in class. This occurs, mainly due to the lack of training and expertise of teachers in relation to the articulatory and acoustic aspects of the student's mother tongue and his/her foreign language. Considering the various differences between the segmental and prosodic levels and the acoustic and articulatory levels of the two languages, this paper approaches a didactic intervention to improve the English language pronunciation of undergraduate students in Language and Literature in a public university in the state of São Paulo. It also investigates the production of the English vowel sounds /i:/ e /ɪ/ of these students pre and post this intervention by means of an acoustic-phonetic experiment. The nonexistence of the distinction between /i:/ e /ɪ/ in Portuguese may result in difficulties in the perception of these vowel sounds in English, and consequently in their production, contributing to possible intelligibility problems and, in some cases, fossilization for the learners, thus its treatment in the classroom is essential. To conduct a more specific analysis of acquisition and learning sounds of a foreign language, we rely on the concepts of "Phonological Deafness" of Poliv... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Fonologia segmental e supra-segmental do Quimbundo: variedades de Luanda, Bengo, Quanza Norte e Malange / Segmental and supra-segmental phonology of Kimbundu: Regiolects of Luanda, Bengo, Cuanza Norte and Malange

Xavier, Francisco da Silva 16 August 2010 (has links)
Desde os primeiros trabalhos lingüísticos efetuados sobre o quimbundo, língua banta H20 na classificação de Guthrie (1948), nota-se uma ausência de informações detalhadas e confiáveis a respeito de elementos sua estrutura prosódica e de sua fonologia como um todo. Essa lacuna me instigou a realizar, seguindo o quadro de pesquisas sobre as línguas africanas estabelecido pelo Departamento de Lingüística da Universidade de São Paulo, um estudo descritivo da fonologia segmental e supra-segmental do quimbundo, cujos resultados se organizam nesta tese de doutorado. O presente trabalho, tomando como base de investigação quatro variedades regionais representadas por cinco falantes nativos do quimbundo, abrange, no bojo da descrição lingüística, fenômenos verificáveis na estrutura segmental e prosódica da língua, tais como a harmonia vocálica, alterações de natureza fonética na configuração da estrutura silábica, casos de mudança de timbre vocálico, apagamento de segmentos, direção e extensão do espraiamento de traços consonantais e de tons fonológicos. Finalmente, a observação e a análise do fenômeno de sândi ao nível dos suprasegmentos permitem afirmar que o quimbundo utiliza variações de altura com valor distintivo apenas numa perspectiva paradigmática, o que comprova, portanto, seu estatuto de língua tonal. Acredito que a descrição aqui realizada é uma forma de lançar visibilidade ao quimbundo nas pesquisas sobre as línguas africanas e de atualizar as perspectivas de estudo da língua dentro das teorias lingüísticas. / From the first linguistic works on Kimbundu, a Bantu language coded as H20 according to Guthries zone classification (1948), there has been a lack of detailed and reliable information about the elements comprising its prosodic structure, and its phonology altogether. This gap has instigated my conducting a detailed description of both segmental and prosodic phonology of Kimbundu within the research framework for African languages set forth by the Linguistics Department of the University of São Paulo, and whose results make up this Ph.D. dissertation. Based on four regiolects represented by five native Kimbundu speakers, this descriptive study covers phenomena which can be found in the segmental and prosodic structure of this language, such as vowel harmony, phonetic alternations in the setup of the syllable structure, vowel quality changes, segment deletion, and the direction and range of consonantal feature and phonological tone spreading. Finally, the study of prosodic sandhi corroborates that Kimbundu makes use of different distinctive pitches only on a paradigmatic perspective, which proves true the claim that this is a tonal language. I strongly believe that this description work can be used to shed light upon Kimbundu on further research on African languages, in addition to updating the prospect studies of this language within linguistic theories.
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Teoria fonológica e variação: a queda de sílaba em Capivari e em Campinas / Fonological Theory and Variation: Syllable drop in Capivari and Campinas

Eneida de Goes Leal 06 March 2012 (has links)
Esta tese trata da comparação dos dialetos de Capivari e de Campinas, com o objetivo de verificar se há uma mesma regra de queda de sílaba nas duas cidades ou se cada um dos dialetos tem características diferentes para o processo. O trabalho tem base na teoria fonológica gerativista e na sociolinguística variacionista, analisando variáveis linguísticas e sociais. As interferências linguísticas analisadas foram os segmentos do contexto de queda de sílaba (com a geometria de traços, cf. Clements & Hume 1995), as estruturas silábicas (cf. Selkirk 1982), a estrutura métrica (Hayes 1995), a prosódia (Nespor & Vogel 1986) e, da palavra sujeita à queda, verificamos o número de sílabas e a frequência de uso; quanto às sociais, analisamos a escolaridade, o gênero, a faixa etária e a cidade dos informantes. No nível segmental, vimos que a igualdade dos segmentos não interfere em Capivari, mas há uma interferência em Campinas. Com relação às consoantes, pudemos observar que coronais favorecem e nasais desfavorecem, em ambos os dialetos. No entanto, há uma grande diferença na implementação no contexto consonantal com dorsais: o processo é favorecido em Capivari e desfavorecido em Campinas. No que concerne às vogais, pudemos verificar que há diferenças nas duas cidades, pois sequências [coronal + coronal] e [dorso-labial + coronal] são neutras ao processo em Capivari e favorecem em Campinas. No nível suprassegmental, para as estruturas das sílabas, as cidades diferem se a primeira sílaba for uma CV seguida de outras estruturas: há uma neutralidade em Capivari e em Campinas há um favorecimento. Com relação a número de sílabas, o tamanho da palavra importa para Capivari (quanto maior a palavra, há um leve favorecimento), enquanto que esta variável não foi selecionada em Campinas. No âmbito lexical, foi visto que a frequência de uso da palavra sujeita à queda importa para o dialeto de Campinas (palavras de frequência média de uso favorecem levemente; palavras de frequência alta, há uma neutralidade; e palavras de baixa vii frequência desfavorecem um pouco). Uma vez que esta variável não foi selecionada em Capivari, podemos concluir que há uma diferença na queda de sílaba nas duas cidades, com relação a frequência de uso da primeira palavra. Assim, podemos afirmar que há diferenças segmentais, suprassegmentais e lexicais nas duas cidades; só há semelhanças com relação à Cavidade Oral das Consoantes sem distinguir a nasalidade entre as variantes (pois esta variável não foi selecionada em nenhuma das cidades), e com relação à Prosódia (os resultados foram muito parecidos: há um leve favorecimento entre duas frases fonológicas, neutralidade entre grupos clíticos e um pouco de desfavorecimento entre frases entonacionais). / This thesis deals with a comparing between Capivari e de Campinas dialects aiming to verifying whether there is one single phonological rule for syllable drop or two distinct dialects concerning the process. The basis on this work is generative phonological theory and variacionist sociolinguistics, hence we analyze both linguistic and social variables. The linguistic factors analyzed were the segments (feature geometry, Clements & Hume 1995), syllable structure (cf. Selkirk 1982), metrical structure (Hayes 1995), prosody (Nespor & Vogel 1986) and both number of syllables and usage frequency for the first word in the context. As for the social factors, we analyzed the subjects schooling, gender, age and city. At segmental level, we have found out that it is not important for the segments to be equal in Capivari, but it is in Campinas. As for the consonants, coronals are biased, and nasals disfavor the process, in both cities. On the other hand, there is a great difference in consonantal context concerning to dorsals: syllable drop is favored in Capivari and disfavored in Campinas. Considering the vowels, there are differences between the cities, since sequences of [coronal + coronal] and [dorso-labial + coronal] are unbiased in Capivari and favor in Campinas. At the suprasegmental level, the cities behave differently as for syllable structure if the first one is CV followed by other types of structures: the process is neutralized in Capivari and there is a favoring effect in Campinas. Regarding number of syllables, the size of the word undergoing the process is important in Capivari (bigger words are slightly biased), and this variable has not been selected in Campinas. In relation to the lexical level, usage frequency of the word subjected to syllable drop matters in Campinas (average frequency words favor slightly; high frequency words are unbiased, and low frequency words disfavor somewhat). Since this variable was not selected in Capivari, we understand that there is a difference in usage frequency of ix words between the cities. Therefore, we can conclude that there are segmental, suprasegmental e lexical differences in Capivari and Campinas. There are equal effects in the variable Oral Cavity of Consonants if [nasal] feature is not separated (since this variable was never selected in the cities), and equal effects in Prosody variable (the results were very similar: the process is a slightly favored between phonological phrases, it is unbiased between clitic groups and it is slightly disfavored between entonational phrases).
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Teoria fonológica e variação: a queda de sílaba em Capivari e em Campinas / Fonological Theory and Variation: Syllable drop in Capivari and Campinas

Leal, Eneida de Goes 06 March 2012 (has links)
Esta tese trata da comparação dos dialetos de Capivari e de Campinas, com o objetivo de verificar se há uma mesma regra de queda de sílaba nas duas cidades ou se cada um dos dialetos tem características diferentes para o processo. O trabalho tem base na teoria fonológica gerativista e na sociolinguística variacionista, analisando variáveis linguísticas e sociais. As interferências linguísticas analisadas foram os segmentos do contexto de queda de sílaba (com a geometria de traços, cf. Clements & Hume 1995), as estruturas silábicas (cf. Selkirk 1982), a estrutura métrica (Hayes 1995), a prosódia (Nespor & Vogel 1986) e, da palavra sujeita à queda, verificamos o número de sílabas e a frequência de uso; quanto às sociais, analisamos a escolaridade, o gênero, a faixa etária e a cidade dos informantes. No nível segmental, vimos que a igualdade dos segmentos não interfere em Capivari, mas há uma interferência em Campinas. Com relação às consoantes, pudemos observar que coronais favorecem e nasais desfavorecem, em ambos os dialetos. No entanto, há uma grande diferença na implementação no contexto consonantal com dorsais: o processo é favorecido em Capivari e desfavorecido em Campinas. No que concerne às vogais, pudemos verificar que há diferenças nas duas cidades, pois sequências [coronal + coronal] e [dorso-labial + coronal] são neutras ao processo em Capivari e favorecem em Campinas. No nível suprassegmental, para as estruturas das sílabas, as cidades diferem se a primeira sílaba for uma CV seguida de outras estruturas: há uma neutralidade em Capivari e em Campinas há um favorecimento. Com relação a número de sílabas, o tamanho da palavra importa para Capivari (quanto maior a palavra, há um leve favorecimento), enquanto que esta variável não foi selecionada em Campinas. No âmbito lexical, foi visto que a frequência de uso da palavra sujeita à queda importa para o dialeto de Campinas (palavras de frequência média de uso favorecem levemente; palavras de frequência alta, há uma neutralidade; e palavras de baixa vii frequência desfavorecem um pouco). Uma vez que esta variável não foi selecionada em Capivari, podemos concluir que há uma diferença na queda de sílaba nas duas cidades, com relação a frequência de uso da primeira palavra. Assim, podemos afirmar que há diferenças segmentais, suprassegmentais e lexicais nas duas cidades; só há semelhanças com relação à Cavidade Oral das Consoantes sem distinguir a nasalidade entre as variantes (pois esta variável não foi selecionada em nenhuma das cidades), e com relação à Prosódia (os resultados foram muito parecidos: há um leve favorecimento entre duas frases fonológicas, neutralidade entre grupos clíticos e um pouco de desfavorecimento entre frases entonacionais). / This thesis deals with a comparing between Capivari e de Campinas dialects aiming to verifying whether there is one single phonological rule for syllable drop or two distinct dialects concerning the process. The basis on this work is generative phonological theory and variacionist sociolinguistics, hence we analyze both linguistic and social variables. The linguistic factors analyzed were the segments (feature geometry, Clements & Hume 1995), syllable structure (cf. Selkirk 1982), metrical structure (Hayes 1995), prosody (Nespor & Vogel 1986) and both number of syllables and usage frequency for the first word in the context. As for the social factors, we analyzed the subjects schooling, gender, age and city. At segmental level, we have found out that it is not important for the segments to be equal in Capivari, but it is in Campinas. As for the consonants, coronals are biased, and nasals disfavor the process, in both cities. On the other hand, there is a great difference in consonantal context concerning to dorsals: syllable drop is favored in Capivari and disfavored in Campinas. Considering the vowels, there are differences between the cities, since sequences of [coronal + coronal] and [dorso-labial + coronal] are unbiased in Capivari and favor in Campinas. At the suprasegmental level, the cities behave differently as for syllable structure if the first one is CV followed by other types of structures: the process is neutralized in Capivari and there is a favoring effect in Campinas. Regarding number of syllables, the size of the word undergoing the process is important in Capivari (bigger words are slightly biased), and this variable has not been selected in Campinas. In relation to the lexical level, usage frequency of the word subjected to syllable drop matters in Campinas (average frequency words favor slightly; high frequency words are unbiased, and low frequency words disfavor somewhat). Since this variable was not selected in Capivari, we understand that there is a difference in usage frequency of ix words between the cities. Therefore, we can conclude that there are segmental, suprasegmental e lexical differences in Capivari and Campinas. There are equal effects in the variable Oral Cavity of Consonants if [nasal] feature is not separated (since this variable was never selected in the cities), and equal effects in Prosody variable (the results were very similar: the process is a slightly favored between phonological phrases, it is unbiased between clitic groups and it is slightly disfavored between entonational phrases).

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