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Biologia da formiga urbana Monomorium floricola Jerdon (Hymenoptera, Formicidae)

Solis, Daniel Russ. January 2011 (has links)
Orientador: Odair Correa Bueno / Banca: Ana Eugênia de Carvalho Campos / Banca: Mohamed Ezz El-Din Mostafa Habib / Banca: Edilberto Gianotti / Banca: Ana Yoshi Harada / Resumo: Monomorium floricola é uma espécie cosmopolita, adaptada ao meio urbano, que ocasiona incômodos em residências e hospitais. Poucos estudos foram efetuados com esta espécie e para o melhor conhecimento desta formiga, que possa ser utilizado em programas de manejo de pragas, o presente estudo teve como objetivo: analisar a interação com outras formigas urbanas; estudar o comportamento alimentar; descrever a morfologia externa das larvas e adultos reprodutores; verificar possíveis causas para o surgimento de anomalias nas formas reprodutoras; descrever o trato digestório; analisar a tolerância térmica das operárias; e verificar alguns fatores que poderiam interferir na fecundidade das rainhas virgens. As operárias de M. floricola se mostraram mais ofensivas em seu território e defensivas em outros territórios, com o comportamento sendo dependente da espécie de formiga com o qual interage. Com relação ao forrageamento: as substâncias açucaradas foram mais atrativas do que as gordurosas, as operárias despenderam mais tempo na coleta de substâncias açucaradas mais concentradas, e preferiram alimentos em maior quantidade e mais próximas ao ninho. As larvas de M. floricola se diferenciam das outras espécies do gênero, por apresentarem uma maior diversidade de pêlos e terem um número diferente de sensilas nos palpos. Os adultos reprodutores foram descritos com um maior detalhamento, fator importante para analisar com uma maior exatidão as formas anômalas. As anomalias não são causadas pelo choque térmico ou por bactérias simbiontes. O trato digestório das duas espécies de Monomorium apresentou algumas particularidades: a presença de espinhos no papo, e o número de túbulos de Malpighi e papilas retais não variaram entre as castas e idades. As operárias de M. floricola apresentaram uma alta tolerância para temperaturas frias, mas não para as quentes, quando... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Monomorium floricola is a cosmopolitan urban, and a worldwide pest in homes and hospitals. Few studies were directed with this species. With the objective of adding useful information for pest control programs, the present study aimed at analyzing: the interaction of these ants with other species when foraging for food; morphology of immature and adult reproductive forms; possible causes for the appearance of anomalous reproductive forms; internal anatomy of the digestive system; the tolerance of workers to different temperatures; different traits affecting the fecundity of virgin queens. Workers proved more defensive when foraging in enemy or neutral territory, and more aggressive when at their own territory. Their reaction towards alien ants was dependent upon their species. Sugary substances were more attractive than fatty foods, and workers spent more time collecting more concentrated sugary liquids, and give preference to foods at higher amounts and nearer to the nest entrance. Larvae of M. floricola were different from other Monomorium species by their greater diversity of types of body hairs, and by their number of mouthpart sensilla. Reproductive adults were described in richness of details, as we needed parameters to detect the anomalous forms. The appearance of anomalous forms is apparently not caused by temperature variations or by the presence of symbiotic bacteria. The digestive system of adults of M. floricola and M. pharaonis were unique, e.g. by their having spines in the crop and fixed number of Malpighian tubules and rectal pads among specimens of different castes and ages. Workers of M. floricola were tolerant to cold temperatures, but not to high temperatures, in comparison with tested species M. pharaonis and T. bicarinatum. Larvae and workers proved to interfere in the fecundity of virgin queens. We hope the finds of the present study will be of use in improving pest... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Fungos negros presentes no integumento de formigas-cortadeiras (Tribo Attini) /

Toledo, Ana Paula Miranda Duarte. January 2016 (has links)
Orientador: Fernando Carlos Pagnocca / Banca: Luiz Carlos Forti / Banca: Simone Possedente de Lira / Banca: Odair Correa Bueno / Banca: Andre Rodrigues / Resumo: As relações das formigas da tribo Attini com seu fungo mutualista e outros micro-organismos são estudadas há mais de 120 anos, porém o vínculo com fungos negros foi recentemente descoberto e até o momento pouco explorado. O grande incentivo para a pesquisa nessa área ocorreu em 2007 a partir da constatação que fungos negros relacionados ao gênero Phialophora poderiam ser parte ativa da simbiose dessas formigas. Assim, este trabalho teve como objetivo explorar a diversidade de fungos negros no integumento de formigas cortadeiras de folhas (tribo Attini), fomentando a literatura com novas espécies descritas, e melhor esclarecer sua relação ecológica com outros micro-organismos simbiontes. De maneira geral, as principais conclusões da tese são: i) a comunidade de fungos negros no integumento de formigas cortadeiras de folhas é muito diversa. Os isolamentos realizados em dois anos de coleta mostraram espécies desconhecidas e outras reportadas pela primeira vez neste microambiente; ii) o método de pirosequenciamento revelou a presença de diversos fungos não cultiváveis e a predominância marcante do gênero Cladosporium no integumento de formigas cortadeiras de folhas aladas; iii) utilizando análises filogenéticas e morfológicas, seis espécies de Xenopenidiella, uma espécie de Penidiellopsis e um gênero da família Teratosphaeriaceae associados às formigas são descritos; iv) actinobactérias, como Amycolatopsis, Pseudonocardia e Streptomyces, encontradas no integumento de formigas ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The relationship of Attini ants with their mutualistic fungi and other microorganisms are studied for over 120 years, but the connection with black fungi was recently discovered and so far poorly explored. Major incentive for research in this area took place in 2007 when it was reported that black fungi related to the genus Phialophora could be an active part of the ants symbiosis. Thus, this study aimed to explore the diversity of black fungi on the integument of leaf-cutting ants (Attini tribe), improving the literature with new species, and to clarify its ecological relationship with other attine symbiotic microorganisms. Overall, the main conclusions of the thesis are: i) the community of black fungi in leaf-cutting ants' integument is diverse. Isolations performed in two collection years revealed unknown species and others first reported in this microenvironment; ii) the pyrosequencing method showed the presence of several uncultured fungi and the remarkable prevalence of Cladosporium on the integument of winged ants; iii) using phylogenetic and morphological analysis, six Xenopenidiella species, one Penidiellopsis species and one genus in the Teratosphaeriaceae family related to the ants are described; iv) actinomycetes, as Amycolatopsis, Pseudonocardia and Streptomyces, associated with the integument of Attini ants are able to inhibit the growth of a broad range of black fungi, including Phialophora species. Therefore, the integument of leaf-cutting ants proved to be ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque sobre a composição de aranhas e formigas

Stabile, Leonardo 23 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-16T21:17:13Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Fapesb / A hipótese da heterogeneidade do habitat assume que habitats estruturalmente complexos podem promover uma maior diversidade de nichos permitindo que os organismos explorem os recursos do ambiente de maneira diversificada, resultando no aumento da diversidade em espécies (Bazzaz 1975, Tews et al. 2004). Esse representa um conceito chave para ecologia, manejo e conservação de organismos (Morris 2000). Em muitos ambientes, as comunidades de plantas determinam a estrutura física desses e, portanto, promovem efeitos sobre a diversidade, distribuição e interações de espécies animais (Lawton 1983). O reflexo disso transparece em 85% dos estudos sobre esse tema, os quais mostram haver correlação positiva entre diversidade de espécies e variáveis estruturais da vegetação (Tews et al. 2004). Essas podem variar de acordo com os parâmetros analisados, o tipo de organismo avaliado, bem como em relação à escala espacial, que pode levar a utilização de parâmetros inconsistentes, dificultando as comparações entre os estudos (Tews et al. 2004, Riihimäki et al. 2006). Devido às dificuldades práticas de se trabalhar em ambiente natural, muitos estudos tendem a subestimar a complexidade da arquitetura da planta usando parâmetros secundários (Woodcock et al. 2007). Para avaliar os efeitos da estrutura do habitat sobre as comunidades biológicas é, então, fundamental a escolha de bons modelos (Tews et al. 2004). Assim estudos sobre microcosmos naturais são bons modelos de sistemas para experimentos em ecologia, uma vez que seus atributos são complexos e realísticos como os sistemas naturais e, ao mesmo tempo, tão versáteis quanto microcosmos artificiais (Srivastava et al. 2004). Outra característica desses microambientes naturais é que eles apresentam habitats naturalmente replicados, sendo possível medir de forma mais precisa tanto as características estruturais quanto todos os indivíduos que ocorrem nelas. Consequentemente acessar toda uma comunidade natural taxonomicamente diversa e bem definida, bem como seus fatores determinantes (Armbruster et al. 2002). Portanto, estudos sobre o microcosmo de bromélias podem ser utilizados a fim de responder questões ecológicas fundamentais, as quais seriam mais difíceis de responder em ecossistemas mais complexos como florestas tropicais (Richardson 1999). Bromélias epífitas são consideradas plantas chaves em ecossistemas tropicais (Nadkarni 1994). Essas são essenciais para a sobrevivência de muitas espécies de animais, bem como de outros organismos como plantas em ambientes xéricos. Nesses ambientes as bromélias são pioneiras e têm grande importância na sucessão ecológica devido aos processos de facilitação, promovendo a colonização de outras espécies de plantas formando moitas (Zaluar e Scarano 2000). Além disso, têm um importante papel na ciclagem de nutrientes em ambientes tropicais como a Floresta Atlântica brasileira (Oliveira 2004), Floresta Montana costa-riquenha (Nadkarni e Matelson 1991, 1992) e em ambientes oligotróficos como as restingas (Hay e Lacerda 1984). A importância ecológica das bromélias é resultado das interações que essas plantas apresentam com diferentes tipos de organismos. Essas interações podem ocorrer em diferentes níveis tróficos (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), no nível populacional ou de comunidades (hierarquia ecológica), de forma direta ou indireta (Srivastava 2006), obrigatórias ou facultativas (Romero e Vasconcellos-Neto 2006, Romero et al. 2006, 2007, 2008b), positivas ou negativas (Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Muitos estudos indicam que a arquitetura em roseta das bromélias fornece micro habitats para diversos tipos de organismos, desde protozoários (Foissner 2003, Foissner et al. 2003) até animais, que as utilizam como abrigo contra predação e dessecação, para reprodução e forrageamento (Cotgreave et al. 1993, Oliveira et al. 1994, Peixoto 1995, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Juncá et al. 2002, Stuntz et al. 2002, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005 a, b). Variáveis estruturais tais como número de folhas, água e detritos acumulados, são os que mais explicam a variação da fauna associada (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), com efeitos tanto diretos quanto indiretos (Srivastava 2006). Esses efeitos podem ocorrer devido a forte influência que a complexidade estrutural da arquitetura de bromélias exerce nas comunidades faunísticas associadas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Srivastava 2006), onde a capacidade-suporte desses microcosmos pode estar relacionada à estrutura das plantas (Zotz e Thomas 1999, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). A família Bromeliaceae divide-se em três subfamílias, Bromelioideae, Pitcairnioideae e Tillandsioideae (Benzing 2000), e agrupa algumas espécies que têm grande capacidade de acúmulo de água, e que são denominadas bromélias tanque (Smith e Downs 1974, Hay e Lacerda 1982, Oliveira et al. 1994). Essa capacidade decorre da disposição das folhas em roseta, permitindo o acúmulo de água em suas bainhas (axilas das folhas) e na porção central (Zotz e Thomas 1999, Medina 1990). Essa água acumulada possibilita a manutenção e colonização por animais aquáticos ou que desenvolvem parte do seu ciclo de vida na água dessas plantas. Além do mais, essa característica exerce grande influência sobre essas espécies animais (Armbruster et al. 2002). As bromélias-tanque podem conter uma quantidade variável de nutrientes em suspensão ou dissolução na água acumulada, oriundos da decomposição de materiais orgânicos (folhas caídas, frutos, restos de animais mortos, excretas, etc.) depositados em suas rosetas. Esse material é utilizado pela planta como recurso nutricional através de absorção pelos tricomas especializados localizados na base das folhas (Nadkarni e Primack 1989, Medina 1990, Martin 1994, Oliveira et al. 1994). Isso permite a essas plantas a conquista de certa independência em relação aos recursos de água e nutrientes do solo (Zotz e Thomas 1999). Os detritos acumulados nas rosetas exercem uma forte influência sobre a riqueza de espécies associadas às bromélias-tanque (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), devido a sua posição basal na cadeia alimentar e da sua participação no processo de ciclagem. Esses recursos podem gerar efeitos tanto diretos quanto indiretos na fauna associada e dependente da complexidade estrutural dessas plantas (Srivastava 2006). Uma vez que, devido ao aporte maior de detritos, conseguem suportar uma maior quantidade de predadores de topo (Armbruster et al. 2002, Srivastava 2006). Dentre os animais encontrados em bromélias em florestas neotropicais, aproximadamente 25% são predadores (Armbruster et al. 2002). As aranhas (Arachnida: Araneae) formam o grupo de predadores terrestres com maior riqueza de espécies nessas plantas (Cotgreave et al. 1993, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Estes animais são distribuídos por todo o mundo, exceto nas regiões polares, sendo mais abundantes em áreas tropicais (Foelix 1996). Até o momento foram descritas 40.998 espécies, agrupadas em 3.747 gêneros e 109 famílias (Platnick 2009). As aranhas são habitantes típicos de bromeliáceas (Frank et al. 2004) e objeto de numerosos estudos envolvendo as interações com essas plantas devido a sua freqüente associação (Barth et al. 1988, Dias et al. 2000, Rossa-Feres et al. 2000, Santos et al. 2002, Dias e Brescovit 2003, 2004, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005a, b, Romero et al. 2006, 2007, 2008b, Omena e Romero 2008). São predadores frequentes em ecossistemas terrestres, de hábito alimentar quase que estritamente carnívoro generalista. Primariamente se alimentam de insetos, mas também podem capturar outros invertebrados, incluindo outras aranhas e até mesmo vertebrados (Wise 1993, Foelix 1996). Em razão da sua capacidade predatória, as aranhas podem afetar profundamente a dinâmica das populações, como também a estrutura de comunidades de suas presas, além de servir de recurso para demais animais, inclusive outras aranhas (Wise 1993). A heterogeneidade do habitat é bastante importante para a diversidade e distribuição de aranhas (Colebourn 1974, Uetz 1975, Herberstein 1997) e está fortemente relacionada à estrutura vegetal (Gunnarsson 1990, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et al. 2008). Adicionalmente outros fatores podem definir as comunidades de aranhas, tais como fatores abióticos: temperatura, umidade, vento, luminosidade, e fatores bióticos: disponibilidade de presas e interações, como competição e predação (Wise 1993, Foelix 1996, Halaj et al 1998). As interações entre as aranhas e plantas são, na sua maioria, positivas, pois as aranhas, além de não se alimentarem de plantas, podem diminuir as taxas de herbivoria nessas através da predação de insetos herbívoros (Carter e Rypstra 1995, Snyder e Wise 2001, Denno et al. 2002, Moran e Scheidler 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004b, Sanders e Platner 2007, Sanders et al 2008, Romero et al. 2008a). Essas também podem exercer efeitos negativos devido a seu comportamento de forrageio em flores, predando visitantes florais, emboscando-os ou mesmo interferindo na funcionalidade dos polinizadores através da diminuição da frequência e duração das visitas, que pode levar à diminuição do sucesso reprodutivo de plantas (Morse 1981, 1983, 1987, Dukas 2001, Dukas e Morse 2003, 2005, Suttle 2003, Heiling e Herberstein 2004a, b, Gonçalves-Souza et al. 2008). Algumas espécies de aranhas possuem relações estritas e até mesmo mutualísticas (Romero et al. 2006, 2008b) com bromélias, sendo afetadas pelo tamanho e pela densidade dessas plantas (Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). Essas aranhas são capazes de avaliar o micro habitat em fina escala e selecionar o ambiente através das características da arquitetura da planta (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Omena e Romero 2008). Os principais fatores que influenciam a colonização e densidade de algumas aranhas nas bromélias são a presença de folhas secas na roseta, inflorescência ou infrutescência e o tamanho das bromélias. Logo, mudanças na arquitetura da planta tais como tamanho e morfologia, podem gerar instabilidade em associações de algumas aranhas com bromeliáceas (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Há estudos com diversas espécies de aranhas indicando que, apesar de existir uma forte associação entre esses animais e bromeliáceas, elas não demonstram uma preferência por determinada espécie de planta hospedeira. As diferenças entre arquitetura, número de folhas e superfície foliar não afetam nem a abundância de aranhas nem a seleção do micro habitat por essas (Dias e Brescovit 2004). Além disso, é possível que outros fatores, tais como disponibilidade de presas, exerçam efeitos simultâneos concomitantemente à complexidade do habitat (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Além das aranhas, as bromélias-tanque são frequentemente habitadas por colônias de formigas (Hymenoptera: Formicidae) (Blüthgen et al. 2000, Cogni e Oliveira 2004). Esse é o grupo animal encontrado em maior abundância nessas plantas, com aproximadamente 11% de toda a fauna associada em floresta neotropical (Armbruster et al. 2002), e até centenas de indivíduos em uma única bromélia. Isso se dá em razão da sua organização social, além das formigas serem também altamente diversificadas (Oliveira et al. 1994, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Existem atualmente 12.473 espécies de formigas descritas (Agosti e Johnson 2009), reunidas em uma única família (Formicidae) de insetos da ordem Hymenoptera, sendo todas eusociais ou secundariamente parasitas sociais. Mantêm relações simbióticas com bactérias, fungos, plantas superiores e diversos animais (Brandão 2003), participando de processos ecológicos fundamentais como ciclagem de energia e nutrientes em nível ecossistêmico, além de ser o grupo animal dominante na maioria dos ecossistemas terrestres (Fowler et al. 1991). As formigas podem apresentar associações positivas com plantas mirmecófitas oferecendo proteção contra herbívoros em associações mutualísticas obrigatórias ou facultativas (Freitas e Oliveira, 1996, Heil e McKey 2003, Quek et al. 2004, Frederickson 2005, Moreira e Del-Klaro 2005). Afetam ainda positivamente as plantas através da dispersão de suas sementes (Passos e Oliveira 2002), porém podem afetar negativamente através da herbivoria como ocorre com formigas cortadeiras (Fowler et al. 1991). As formigas possuem hábitos alimentares bastante variados. E existem certos grupos que possuem esses hábitos bem definidos, sendo predadoras, granívoras, cortadeiras, etc. Outras são amplamente generalistas classificadas como onívoras, possuindo uma alta plasticidade na exploração dos recursos, desde herbivoria a predação e até mesmo a necrofagia, buscando o recurso alimentar como proteína e carboidratos independentemente da fonte para satisfazer as necessidades da colônia, desde que os atributos digestivos permitam (Fowler et al. 1991). Variações abióticas como temperatura e umidade ou bióticas como competição e predação, bem como a complexidade do habitat, podem determinar os padrões de forrageamento das formigas (Cogni e Oliveira 2004). Estudos indicam que esses organismos, apesar de serem abundantes, não são considerados exclusivos de bromeliáceas apesar de poderem ser afetados por parâmetros estruturais dessas plantas (Blüthgen et al. 2000, Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004). A elevada frequência desses insetos nas bromélias pode ser produto de seu comportamento de forrageio em que operárias visitam as plantas vizinhas de onde está instalada a colônia (Oliveira et al. 1994). Porém a ocorrência de formigueiros nas bromélias e o comportamento dessas indicam que as formigas não utilizam as bromélias de maneira fortuita (Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004), porém isso deve ser analisado (Blüthgen et al. 2000). Entender os fatores que influenciam a diversidade e estrutura de comunidades narurais é fundamental em estudos ecológicos (Armbruster et al. 2002). Os efeitos da complexidade estrutural do habitat sobre predadores terrestres, tais como aranhas e formigas, foram amplamente discutidos na literatura com diversos tipos de abordagens e em diferentes tipos de ecossistemas, sendo esses fatores cruciais tanto para herbívoros quanto para seus predadores (Colerbourn 1974, Uetz 1975, Uetz et al. 1978, Bultman & Uetz 1982, Greenstone 1984, Gunnarsson 1990, 1996, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et.al. 1998, 2008, Langellotto & Deno 2006, Riihimäki et al. 2006, Sanders et al. 2008). No entanto, os estudos sobre a influência da estrutura do habitat em comunidades bióticas ainda apresentam muitas lacunas a serem preenchidas (Tews et al. 2004), sobretudo em estudos sobre microcosmos naturais, como as bromeliáceas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Srivastava et al. 2004). O presente estudo tem por objetivo entender a influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque terrestres sobre predadores generalistas como as aranhas e animais sociais como as formigas. / Salvador, Bahia
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Otimização do planejamento mestre da produção por colônia de formigas e uma comparação com programação matemática / Liara Juliane Minikovski ; orientador, Guilherme E. Vieira

Minikovski, Liara Juliane January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2008 / Bibliografia: f. 76-79 / O Planejamento Mestre da Produção (MPS - Master Production Scheduling) transforma a previsão de vendas em um plano de produção possível de ser executado, o que permite a verificação dos recursos críticos existentes para cumprir o programa proposto por uma / Master Production Scheduling (MPS) transforms the forecasting of sales into a plan of possible production to be executed, so it opens the possibility to find the critical facilities necessary to accomplish the production program. This work presents a comp
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Ação de fungos entomopatogênicos na mortalidade e no sistema imune de formigas- cortadeiras / Activity of entomopathogenic fungi on mortality and in the immune system of leaf- cutting ants

Couceiro, Joel da Cruz 26 March 2015 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-02-15T10:25:28Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 799374 bytes, checksum: 48ad1bf284d72b05051fcbc5968a3766 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-15T10:25:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 799374 bytes, checksum: 48ad1bf284d72b05051fcbc5968a3766 (MD5) Previous issue date: 2015-03-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / De forma a proteger a colônia de micro-organismos que habitam o solo e são capazes de infectar operárias e seu jardim de fungo, as formigas-cortadeiras desenvolveram diversos mecanismos de defesa, como por exemplo, o sistema imune capaz de encapsular pequenas partículas infecciosas, a produção de antimicrobianos pelas glândulas metapleurais, e a simbiose com actinomicetos, bactérias filamentosas presentes na cutícula e que também produzem antimicrobianos. A partir disso, o objetivo deste trabalho foi infectar três grupos de operárias de Acromyrmex subterraneus subterraneus e Acromyrmex subterraneus molestans (operárias externas ao jardim de fungo, operárias do jardim sem camada visível de actinomicetos e operárias do jardim com camada visível de actinomicetos) com duas espécies de fungos entomopatogênicos, Aspergillus ochraceus e Metarhizium anisopliae, e verificar se a presença das bactérias filamentosas influenciaria na capacidade de sobrevivência e na resposta imune das formigas. Nos testes de mortalidade, as operárias foram infectadas e isoladas individualmente em placas de Petri, sendo avaliadas durante 10 dias. As suspensões de esporos aumentaram as taxas de mortalidade em ambas as subespécies. Porém, em nenhuma delas foi encontrada relação entre a presença dos actinomicetos e a maior capacidade de sobrevivência dos grupos de operárias. Quando os efeitos das suspensões de esporos foram comparados em cada grupo de operárias, ocorreram efeitos semelhantes nos dois grupos de Ac. subterraneus subterraneus que não possuíam camada visível de actinomicetos; em Ac. subterraneus molestans, as suspensões causaram efeitos semelhantes apenas nas operárias internas sem camada visível das bactérias filamentosas. A resposta imune foi medida através do processo de encapsulação. Enquanto M. anisopliae causou efeito imunossupressor, A. ochraceus não produziu o mesmo resultado. Ambas as suspensões mostraram que as operárias externas ao jardim de fungo possuem sistema imune mais eficiente. / To protect the colony from microorganisms which inhabit the soil and are capable of infecting workers and their fungus garden, leaf-cutting ants developed many defense mechanisms, e.g., the immune system capable of encapsulating small infectious particles, the production of antimicrobial substances by metapleural glands, and the symbiosis with actinomycete, filamentous bacteria that live in the cuticle and are also capable of producing antimicrobial substances. The objective of this study was to infect three groups of Acromyrmex subterraneus subterraneus and Acromyrmex subterraneus molestans workers (those outside the fungus garden, those inside the fungus garden without visible actinomycete covering the body, and those inside the fungus garden with visible actinomycete covering the body) with two species of entomopathogenic fungi, Aspergillus ochraceus and Metarhizium anisopliae, and to verify if the filamentous bacteria presence would influence the survival capacity and the immune response of the ants. During mortality tests, workers were infected and individually isolated in Petri dishes and evaluated during 10 days. We found that spore suspensions increased the mortality rates of both subspecies. However, in none of them there was a relationship between actinomycete presence and the increased capacity of survival of the groups of workers. When the effects of the spore suspensions were compared in each of the groups of workers, similar effects occurred in the two groups of Ac. subterraneus subterraneus which didn’t have visible actinomycete covering the body; in Ac. subterraneus molestans, the suspensions caused similar effects only in the workers inside fungus garden without visible actinomycete covering the body. The immune response was measured through encapsulation. While M. anisopliae caused immunosuppressive effect, A. ochraceus did not produce the same result. Both suspensions indicated that workers outside fungus garden have a more effective immune system.
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Estudo da interação entre a formiga Camponotus punctulatus Mayr (hymenoptera: formicidae) e o pulgão-preto-dos-citros Toxoptera citricidus (Kirkaldy) (Hemiptera: Aphididae) / On the interaction between the ant Camponotus punctulatus Mayr (hymenoptera: formicidae) and the brown citrus aphid Toxoptera citricidus (Kirkaldy) (Hemiptera: Aphididae)

Fleig, Eduardo Diehl January 2011 (has links)
A relação entre hemípteros produtores de honeydew e formigas é geralmente definida como mutualista, com benefício para ambos os parceiros da interação. Nos afídeos, estudos mostraram que o atendimento pelas formigas aumenta a sobrevivência e a reprodução das colônias, principalmente pela proteção provida ao ataque de inimigos naturais. Entretanto, são raros os trabalhos que avaliam o efeito das formigas atendentes diretamente sobre os indivíduos, sem a presença de outros organismos. Neste trabalho, estudou-se o efeito da formiga atendente Camponotus punctulatus Mayr sobre a história de vida do pulgão Toxoptera citricidus (Kirkaldy) mantido individualmente em Citrus sinensis (L.) Osbeck na ausência de inimigos naturais para três experimentos. Avaliou-se também o comportamento das formigas na presença de adultos e imaturos de Cycloneda sanguinea (L.) em colônias do pulgão em mudas de Poncirus trifoliata (Raf.). A sobrevivência ninfal, a fecundidade total, o período reprodutivo e pós-reprodutivo dos pulgões não foram influenciados pela presença das formigas em todos os experimentos. Entretanto, pulgões atendidos, em dois experimentos, apresentaram aumento da fecundidade média e diária, da taxa líquida de reprodução (ro), da taxa intrínseca de crescimento (rm) e da taxa finita de aumento (λ), e redução do intervalo médio entre gerações (img) e do tempo de duplicação (td). A redução da longevidade foi detectada em um dos experimentos. O aumento da fecundidade diária dos pulgões atendidos, principalmente nos primeiros dias, teve um papel importante no crescimento populacional simulado. O comportamento das formigas foi semelhante independentemente do sexo das joaninhas ou do tamanho das colônias de formigas. As larvas são mais toleradas do que os adultos em colônias do pulgão. Com base em trabalhos publicados, são levantadas hipóteses para explicar as diferenças encontradas. / The relationship between honeydew-producing hemipteran and ants is usually defined as mutualistic, with benefits for both interacting partners. For aphids, studies have shown that attending ants promote colony survivorship and reproduction, mainly by protection against natural enemies. However, only a few studies have been conducted on the effect of attending ants directly onto the individuals, free of other organisms. In this study, we evaluated the effect of the attending ant Camponotus punctulatus Mayr on the life history of the brown citrus aphid Toxoptera citricidus (Kirkaldy) growing in Citrus sinensis (L.) Osbeck free of natural enemies during three experiments. The behavior of ants towards adults and immatures of Cycloneda sanguinea (L.) in aphid colonies kept on seedlings of Poncirus trifoliata (L.) Raf. was also evaluated. Nymph survivorship, adult total fertility, reproductive and post-reproductive period were not affected by attending ants in all experiments. However, for two experiments, attended aphids had increased mean and daily fecundity, net reproductive rate (ro), intrinsic rate of increase (rm) and finite rate of increase (λ), and reduced mean generation time (img) and doubling time (td). Reduced longevity was observed in one of the experiments. The increased daily fecundity of attended aphids, mainly on the first days, had a major impact on the simulated population growth. Ants behaved similarly regardless of lady beetle sex or ant colony size. Larvae are more tolerated than adults in aphid colonies. Based on the literature, several hypotheses are raised to account for the differences found.
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Distribuição de guildas de herbívoros em florestas montanas da Mata Atlântica, em resposta a perturbação e ao mosaico de formigas.

Lourenço, Giselle Martins January 2013 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2014-12-02T19:48:08Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22190 bytes, checksum: 19e8a2b57ef43c09f4d7071d2153c97d (MD5) DISSERTAÇÃO_DistribuiçãoGuildasHerbívoros.pdf: 1868754 bytes, checksum: ed698cf51b016b9a911486846dbb0953 (MD5) / Approved for entry into archive by Gracilene Carvalho (gracilene@sisbin.ufop.br) on 2014-12-04T16:51:25Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22190 bytes, checksum: 19e8a2b57ef43c09f4d7071d2153c97d (MD5) DISSERTAÇÃO_DistribuiçãoGuildasHerbívoros.pdf: 1868754 bytes, checksum: ed698cf51b016b9a911486846dbb0953 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-04T16:51:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22190 bytes, checksum: 19e8a2b57ef43c09f4d7071d2153c97d (MD5) DISSERTAÇÃO_DistribuiçãoGuildasHerbívoros.pdf: 1868754 bytes, checksum: ed698cf51b016b9a911486846dbb0953 (MD5) Previous issue date: 2013 / O dossel da floresta tropical é um dos habitats terrestres mais diversos da Terra e está entre os menos estudados. Os efeitos da perturbação antrópica e da interação entre espécies na distribuição das guildas de herbívoros no dossel são ainda menos conhecidos. O objetivo do estudo foi investigar os padrões de distribuição de riqueza e abundância das guildas de herbívoros (e a soma de todas potenciais presas) e suas respostas à perturbação passada, sazonalidade e ao efeito dos mosaicos de formigas, em duas escalas de análise (dossel e copa da árvore). As coletas foram realizadas no Parque Estadual do Itacolomi, Ouro Preto e Mariana, MG, durante duas estações chuvosas (2007 e 2011) e duas estações secas (2011 e 2012), em três áreas com diferentes níveis de impacto (intenso, intermediário e leve). Em cada área foram amostrados oito segmentos de dossel (= 4 a 7 árvores contínuas), utilizando o método de batimento com o guarda chuva entomológico. Na escala do dossel, a área menos perturbada apresentou maior riqueza e abundância de sugadores e presas, já os herbívoros mastigadores não responderam à diferença de perturbação entre as áreas. A presença do mosaico teve efeito apenas sobre a abundância dos sugadores, de forma que a mesma é maior nos locais com mosaico simples, reforçando a ideia de que formigas dominantes monopolizam o recurso decorrente de exsudatos açucarados derivados de insetos (honeydew). Na escala da copa das árvores, a abundância de insetos, independente da guilda, e a riqueza de sugadores e o total de presas foram maiores na área menos perturbada. Porém, a riqueza e a abundância do inseto em árvores específicas dependem da abundância das formigas dominantes e da guilda em questão, sendo apenas a abundância dos sugadores favorecida, principalmente aqueles trofobiontes. Os resultados enfatizam a importância de analisar concomitantemente o maior número possível de variáveis que afetam a distribuição de insetos em dosséis florestais tropicais e, além disso, pela primeira vez a baixa diversidade/densidade de herbívoros/invertebrados no dossel foi adequadamente investigada e mostrou-se que estes locais são, pelo menos parcialmente, relacionada com a presença de mosaicos de formigas. ______________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: Tropical forest canopies comprise some of the most diverse terrestrial habitats on earth and among the lesser studied. The effects of forest disturbance on antagonic interactions, and subsequent consequences on the distribution of insect herbivores guilds in the canopy is even less understood. The aim of this study was to investigate the distribution patterns of species richness, abundance and composition of herbivore guilds and their responses to disturbance, seasonality and the effect of ant species mosaics in two scales of analysis (canopy and tree crowns). The samples were taken in the Parque Estadual do Itacolomi, during two rainy seasons (of 2007 and 2011) and two dry seasons (of 2011 and 2012), in three areas with different levels of impact (intense, intermediate and moderate). In each area were sampled eight canopy segments (= 4 to 7 continuous trees), using a beating sampling device. At the scale of the canopy, the moderately disturbed area showed higher species richness and abundance of sap-sucking and preys, while chewing herbivores did not respond to the effect disturbance. Finally, the presence of the mosaic only had an effect on the abundance of the sap-sucking species, so that it is greater in locations with simple mosaic, reinforcing the idea that the dominant ant monopolize the canopy honeydew. On the scale of the tree crown, insect abundance, independent of the guild, and species richness of sap-sucking and “likely ant preys” (hereafter, only preys) were greater in the moderately disturbed areas, but sap-sucking were also favoured by the dominant ants territories, especially those involved in trophobiont. The present study emphasizes the importance of analyzing concomitantly the most possible number of variables affecting the distribution of insects on tropical forest canopies. In addition, for the first time the existence of low herbivore/invertebrate diversity/density spots in the canopy was properly investigated, and shown to be, at least partially, related to the presence of ant mosaics.
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Ecologia da nidificação de formigas (Hymenoptera, Formicidae) em indivíduos pós-reprodutivos secos de Actinocephalus polyanthus (Eriocaulaceae) em ambientes de restinga, Florianópolis, Sul do Brasil

Schmidt, Gustavo de Oliveira January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-06-25T20:27:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 314955.pdf: 1324503 bytes, checksum: 726c8e99dc896feb0bc1de05b2e91c67 (MD5) / Dentre as características que possibilitaram o grande sucesso das formigas na adaptação a diferentes ambientes, a grande diversidade de locais para a nidificação é uma das mais importantes. Formigas são animais oportunistas com relação à utilização de espaços em plantas, sendo que muitas delas constroem seus ninhos em locais efêmeros, como troncos apodrecidos, plantas mortas ou galhos caídos das árvores. As colônias de formigas variam muito em tamanho, existindo uma relação entre o local de um ninho e o tamanho das colônias, isto é, espécies que nidificam em locais efêmeros, como troncos podres ou madeira em decomposição, formarão colônias menores do que aquelas que nidificam no solo ou no dossel das árvores. Outra relação bem conhecida é o aumento na densidade e riqueza de espécies de formigas de acordo com o aumento na densidade da vegetação do local. Actinocephalus polyanthus é um arbusto encontrado nos campos arenosos litorâneos do Sul do Brasil, que morre após um único evento reprodutivo durante seu ciclo de vida. Quando morta e seca, forma-se uma cavidade cilíndrica no interior dessa estrutura, que pode ser ocupada por formigas. Nesse trabalho, dividido em dois capítulos, foram testadas as hipóteses de que uma maior cobertura vegetal proporciona uma maior riqueza de espécies de formigas que nidificam no interior de A. polyanthus secos, bem como a hipótese de que o tamanho das colônias está correlacionado ao espaço interno disponível nas plantas. O primeiro capítulo, além de identificar as espécies de formigas que nidificam em indivíduos secos de A. polyanthus, teve como objetivos estimar a durabilidade das plantas como recurso para a nidificação e também testar a hipótese de que uma maior cobertura vegetal no entorno dos ninhos favoreça uma maior riqueza de espécies de formigas. As coletas foram realizadas entre os meses de maio e junho de 2011, em uma área de restinga pertencente ao Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis, Brasil. Foram utilizadas parcelas para encontrar sete espécies de formiga nidificando no interior de A. polyanthus secos (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pheidole sp., Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), sendo Solenopsis sp.1 a mais frequente. Mais da metade das plantas (52,67%) encontrava-se ocupada por formigas. A durabilidade das plantas secas foi estimada em onze meses, sugerindo que as formigas devam migrar para outros locais. A riqueza de formigas e a proporção de plantas ocupadas estiveram correlacionadas com a cobertura vegetal no entorno dos ninhos, corroborando com resultados encontrados na literatura. O segundo capítulo buscou caracterizar os ninhos das espécies que nidificam no interior de indivíduos secos de A. polyanthus (número de operárias, larvas, pupas, rainhas e tamanho das operárias), bem como testar a hipótese de que o tamanho das plantas limitaria o tamanho das colônias. Foram coletados cinco ninhos de cada uma das seis espécies de formigas (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), resultando em trinta plantas secas coletadas. As espécies Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2 apresentaram as maiores colônias, onde a ausência de rainhas em algumas plantas sugere a possibilidade de colônias polidômicas. O volume interno das plantas somente esteve correlacionado ao tamanho das colônias de C. alboannulatus e P. gracilis. De fato essas foram as espécies com as maiores operárias, não conseguindo ocupar todos os espaços da planta. Há também a possibilidade de que, para essa região de estudo, a escassez de recursos alimentares seja o fator limitante mais importante para o crescimento das colônias. Ou ainda podemos estar tratando de colônias jovens e que ainda não atingiram seus tamanhos máximos.<br> / Abstract : Among the characteristics that enabled the great success of ants in adaptation to different environments, the great diversity of sites for nesting is one of the most important. Ants are opportunistic animals with regard to the use of spaces in plants, many of which building their nests in ephemeral resources as rotting logs, dead plants and fallen branches of trees. Ant colonies vary widely in size and there is a relationship between the location of a nest and the size of the colonies, that is, species that breed in ephemeral sites like rotten logs or decaying wood will form smaller colonies than those that nest on the ground or in the canopy of trees. Another well-known relationship is the increase in ants density and species richness in accordance with the increase in the vegetation density of the site. Actinocephalus polyanthus is a shrubby plant of the coastal dunes in southern Brazil which dies after a single reproductive event. When dry, the plant becomes hollow and can be used for the nesting of ants. In this study, divided into two chapters, we tested the hypothesis that greater plant cover provides greater ant species richness that nests inside dead A. polyanthus, and the assumption that the colony size is correlated to the internal space available in plants. The first chapter, besides identifying the ant species that nest in dry individuals of A. polyanthus, aimed to estimate the durability of plants as a resource for nesting and also test the hypothesis that greater vegetation cover in the vicinity of nests lead to greater ant species richness. Samples were collected between the months of May and June 2011, in an area that belongs to the Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis, Brazil. Plots were used to find seven species of ant nesting inside dry A. polyanthus (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pheidole sp., Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, Solenopsis sp.1 and Solenopsis sp.2), being Solenopsis sp. 1 the most frequent one. More than half of the plants (52.67%) was occupied by ants. The dried plants durability was estimated as eleven months, suggesting that the ants must migrate to other locations. The ants# richness and the proportion of occupied plants were correlated with vegetation cover in the vicinity of nests, confirming results found in literature. The second chapter aimed to characterize the nests of ant species that nest inside dry A. polyanthus individuals (number of workers, larvae, pupae, queens and size of workers) as well as test the hypothesis that the plant size would limit the colony size. Five nests were collected from each of the six species of ants (Camponotus alboannulatus, Myrmelachista gallicola, Pseudomyrmex flavidulus, Pseudomyrmex gracilis, and Solenopsis sp.1 e Solenopsis sp.2), resulting in thirty dried plants collected. Solenopsis sp.1 and Solenopsis sp.2 had the largest colonies, where the absence of queens in some plants suggests the possibility of polydomic nests. The internal volume of the plants was only correlated to the size of the colonies of C. alboannulatus and P. gracilis. In fact these were the species with the largest workers, failing to occupy all the spaces of the plant. There is also the possibility that, for this study area, the scarcity of food is the most important limiting factor for the growth of the colonies. Or we may be dealing with colonies young and have not yet reached their maximum sizes.
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Assembleias de formigas subterrâneas ( Hymenoptera: formicidae) de três regiões do sul do Brasil : diferentes sistemas de uso do solo e a avaliação da temátoca TSBF para amostragem

Martins, Mila Ferraz de Oliveira January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Rodrigo M. Feitosa / Coorientador : Dr. Marcílio J. Thomazzini (Embrapa Florestas) / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Entomologia). Defesa: Curitiba, 17/02/2017 / Inclui referências / Área de concentração : Entomologia / Resumo: A agricultura tem papel fundamental no desenvolvimento da sociedade humana. No entanto, um sistema de produção intensivo, com o uso acentuado de maquinário, inseticidas e herbicidas, tem elevado a preocupação com a degradação do solo. Sistemas mais sustentáveis de uso do solo têm sido implementados em substituição aos convencionais. Além disso, medidas de monitoramento foram adotadas, como os propostos pelo Programa Tropical Soil Biology and Fertility (TSBF) para a avaliação de impactos do uso do solo sobre a macrofauna. Um dos métodos sugeridos pelo programa, e que leva o mesmo nome, é a extração de monólitos de 25 x 25 x 30 cm. Os monólitos são separados em camadas de 10 cm e então a macrofauna edáfica é retirada. Dentre os integrantes da macrofauna encontram-se as formigas. Diversos métodos já foram empregados na tentativa de amostrar formigas subterrâneas e a utilização de monólitos tem se mostrado promissora. A ampla utilização do TSBF acaba gerando um grande volume de material que, em geral, é subaproveitado com relação a estudos específicos com formigas. No presente trabalho fizemos a caracterização das assembleias de formigas subterrâneas de três regiões do sul do Brasil amostradas pelo método de extração de monólitos TSBF (Capítulo I) e avaliamos a influência dos sistemas de uso na diversidade (riqueza e composição) de formigas em diferentes sistemas de uso do solo (Capítulo II), já que as extrações foram realizadas em diferentes áreas de produção agrícola. As áreas amostradas pertencem a municípios de três regiões do Sul do Brasil: Ponta Grossa, nos Campos Gerais do PR; Santa Teresinha do Salto, Otacílio Costa e Campo Belo do Sul, no Planalto de SC; e Xanxerê, São Miguel do Oeste e Chapecó, no Oeste-SC. Foram avaliados sete sistemas de uso em Ponta Grossa (Campos Gerais, Floresta nativa, Integração Lavoura-pecuária-floresta, Integração Lavoura-pecuária, Campo nativo pastejado, Plantio de Eucalyptus e Plantio direto) e cinco em Santa Catarina (Floresta nativa, Integração Lavoura-pecuária, Campo nativo pastejado, Plantio de Eucalyptus e Plantio direto). Conseguimos identificar 67 espécies subterrâneas, nas três regiões, e o TSBF demonstrou que é eficiente na amostragem de formigas hipogeicas por capturar formigas pouco frequentes ou ausentes nas amostras de armadilhas epigeicas . O TSBF registrou um maior número de espécies na profundidade 0-10 cm, sendo eficiente na amostragem de formigas subterrâneas. Observamos alteração tanto na riqueza quanto na composição de espécies nas áreas avaliadas. E encontramos um gradiente de riqueza inverso ao gradiente de manejo das áreas, sendo as áreas de plantio direto e integração lavoura-pecuária as de menor riqueza. Desta forma concluimos que a utilização do TSBF na amostragem de formigas pode ser eficaz na coleta de espécies subterrâneas. Além disso, pode ser uma importante ferramenta na amostragem de formigas em estudos de avaliação da qualidade do solo. Palavras-chave: TSBF, formigas hipogeicas, sistemas de uso do solo. / Abstract: Agriculture has a central role on the development of the human society. However, an intensive system of production, with the hardly use of machinery, insecticides and herbicides, was increased the preoccupation with the degradation of soil. Sustainable land-uses had been implemented in substitution of the conventional system. Furthermore, monitoring procedures for the evaluation of the impacts of land-use systems on the macrofauna are adopted, as the proposed by the Programme Tropical Soil Biology and Fertility (TSBF). One of the suggested methods, which has the same name, is the extraction of a monolith with 25 x 25 x 30 cm. The monoliths were separated in layers with 10 cm and the edaphic macrofauna was sampled. Some methods were designed for sampling subterranean ants, but the majority uses attractive (baits), this fact can influence the determination of species occurrence when we evaluate the vertical stratification of the communities. However, the use of monoliths has shown favorable to get information about vertical stratification. In the present work, we characterized subterranean ant assemblages from three regions of southern Brazil sampled by TSBF (Chapter I) and evaluate the influence of land-use systems on diversity of ants (richness and composition) (Chapter II). The sampled areas belong to cities of three regions of South Brazil: Ponta Grossa, Campos Gerais do PR; Santa Teresinha do Salto, Otacílio Costa and Campo Belo do Sul, in the Plateau of SC and Xanxerê, São Miguel do Oeste and Chapecó, in West - SC. Distinct experimental designs were applied,with seven land-use evaluated in Ponta Grossa (Campos Gerais, Native Forest, Integrated-crop-livestock-forest system, Integrated-crop-livestock, Pasture with native fields, Eucalyptus plantation and No-tillage) and five in Santa Catarina (Native Forest, Integrated-crop-livestock, Pasture with native fields, Eucalyptus plantation and No-tillage. We identified 67 subterranean ants in all three regions and the TSBF demonstrated that it is efficient in hypogaeic ant sampling for catching infrequent or absent ants in epigaeic traps. The TSBF registered more species at 0-10 cm layer, been efficient for sampling subterranean ants. We observed changes in both richness and species composition, in the evaluated areas. We found an inverse richness gradient to the management of the areas, with no-tillage and crop-livestock integration being the lowest richness indexes. In this sense, we suggest the use of TSBF in ant sampling for its potential in the collection of subterranean species. Furthermore, can be an important sampling method for studies about quality soil. Key- words: TSBF, hipogaeic ants, land-use systems.
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Estudo químico de plantas com atividades sobre insetos sociais / Chemical investigation of active plants against social insects

Almeida, Sheylla Susan Moreira da Silva de 05 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:34:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2062.pdf: 9961674 bytes, checksum: ae76d0243438c1fa97a683dba8570a8c (MD5) Previous issue date: 2007-12-05 / Universidade Federal de Sao Carlos / The chemical control of pest, which uses conventional insecticides, shows a number of advantages to agriculturists due to its efficiency, lower cost and facility of use in related to others. However, the utilization of the chemical control with nonselective insecticides, without culture rotation, could cause instability eliminating beneficial insects, increasing populations of pests, and mainly loosing insecticide efficacy due to natural selection from insects resistant to these chemicals. Besides that, there are more negative aspects referring to environmental contamination, such soil, water, atmosphere and others organisms contaminations, and accidental damage caused by bad utilization of insecticides. The investigation for substances with insecticide activity from plants aims the insect control and lower environmental impact. Based on agriculturist information about plants utilized for leaf-cutting ant control, field observations and chemosystematic data from the literature, the Natural Products Group from the Chemistry Department of São Carlos Federal University together the Study Center of Social Insects of UNESP in Rio Claro have been studied the effects of plants potentially toxic to those ants. The fall disease , as it is known by beekeepers, consists in death of Apis mellifera in autumn and it is caused by toxic compounds, which are carried to beehives with nectar, has also been studied by this team. This work describes the chemical study of Dimorphandra mollis, Sthyphnodendro adstringens and Helietta puberula associated to their actions in ants and bees. The toxicity study in model fish aims to evaluate the impact that several substances with insecticide activity could cause to the environment. The phytochemical study, besides the search for secondary metabolic, aimed to contribute to chemosystematic of vegetal species. It was employed traditional chromatographic techniques and even on-line ones such as GC-MS and LC-UV-MS to obtain compounds from the plants studied and also to chemistry identification, associated with NMN spectroscopic experiments. From extracts fractionation were obtained several compounds of various classes such as alcohols (S17), fatty acids (S18 S43, S52 S62, S89 S95), hydrocarbons (S4 S16), cinnamic acid derivative (S47, S48, S50, S51, S63 e S64), glycosides (S65 S67), steroids (S44 - S46, S96 - S99), triterpenes (S100), flavonoids (S1 S3, S68 S88, S100 S105) and alkaloids (S49). The extracts from the vegetable species studied showed insecticide activity against at least one tested model. The flavonoids astilbin, isoastilbin and catechin, obtained from D. mollis, were tested in model fish and they did not show toxic activity, therefore they could be promising for the use in plantations near aquatic environments since they will not damage these ecosystems. Once identified and isolated the compounds with insecticide activity from plants with potential utilization in the production of natural products, it is expected a reduction in the environmental ecosystems impact caused by synthetic insecticides. It is possible to note that the development of prospecting research and evaluation of plants with insecticide activity have great economic importance, as well as for environmental conservation of agroecosystems where the active fractions from these plants could be utilized as natural insecticides in pest integrated management. / O controle químico de pragas, feito com utilização de inseticidas convencionais, é o que apresentam as maiores vantagens ao agricultor devido à sua eficiência, baixo custo e facilidade de uso em relação aos demais. Todavia, a contínua utilização do controle químico com agrotóxicos não seletivos, sem a rotação de culturas, pode causar desequilíbrios mediante a eliminação de insetos benéficos, explosões populacionais de pragas, e principalmente, a perda de eficácia de inseticidas mediante a seleção natural de linhagens de insetos resistentes a estes compostos químicos. Acrescentem-se ainda aspectos negativos relativos à contaminação do meio ambiente (solo, água, atmosfera e seres vivos) e danos acidentais ocasionados pela má utilização de agrotóxicos. A pesquisa por busca de substâncias com atividade inseticida por meio de plantas visa o controle de insetos e baixo impacto ambiental. Partindo de informações de agricultores sobre a utilização de plantas para o controle de saúvas, observações de campo e de dados quimiossistemáticos da literatura, o Grupo de Produtos Naturais do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos e do Centro de Estudo de Insetos Sociais da UNESP de Rio Claro vem estudando os efeitos de plantas potencialmente tóxicas para essas formigas. O mau de outono , como é conhecido pelos apicultores, que consiste na morte de abelhas melíferas no outono e que é causado por compostos tóxicos que são levados ao ninho das abelhas juntamente com o néctar das plantas, tem sido também estudado por este grupo. Este trabalho descreve o estudo químico de Dimorphandra mollis, Stryphnodendron adstringens e Helietta puberula associadas as suas ações em formigas cortadeiras e abelhas. O estudo de toxicidade biológica em peixes modelo para esta atividade visou avaliar o impacto que algumas substâncias com atividade inseticida pudessem causar ao meio ambiente. O estudo fitoquímico, além da busca de metabólitos secundários para avaliação da atividade inseticida, visou contribuir com a quimiosistemática das espécies vegetais. As técnicas cromatográficas usadas foram desde técnicas clássicas, até técnicas ifenadas como GC-MS e LC-UV-MS visando à obtenção dos constituintes químicos bem como ajuda na identificação, juntamente com os experimentos espectroscópicos de RMN. Do fracionamento dos extratos foram obtidas substâncias de classes diversas como álcoois (S17) e ésteres graxos (S18 S43, S52 S62, S89 S95), hidrocarbonetos (S4 S16), derivados de ácido cinâmico (S47, S48, S50, S51, S63 e S64), açúcares (S65 S67), esteróides (S44 - S46, S96 - S99), triterpeno (S100), flavonóides (S1 S3, S68 S88, S100 S105) e alcalóide (S49). Os extratos obtidos das espécies vegetais apresentaram atividades inseticidas frente à pelo menos um dos modelos testados. Os flavonóides astilbina, isoastilbina e catequina, obtidos de D. mollis, foram ensaiados em peixes modelo e não apresentou atividade tóxica, sendo assim, promissores para uso em plantações próximas a ambientes aquático, visto que, provavelmente, não causará danos a estes ecossistemas. Uma vez isolados e identificados os compostos com atividade inseticida de plantas com potencial para utilização na produção de inseticida natural, espera-se uma redução do impacto ambiental nos ecossistemas causados por inseticidas sintéticos. Ressalta-se assim, que o desenvolvimento de ações de pesquisa no sentido da prospecção e avaliação de plantas com atividade inseticida é de grande importância econômica, assim como para a conservação ambiental dos agro-ecossistemas onde as frações ativas destas plantas poderão ser utilizadas como inseticidas naturais no manejo integrado de pragas.

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