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A flecha mata porque tem vida: um estudo etnográfico sobre os artefatos de caça dos Gavião Ikólóéhj

Bento, Rodolpho Claret 08 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:00:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5658.pdf: 2179026 bytes, checksum: e6206c78b49364729eadc3192c8bf909 (MD5) Previous issue date: 2013-10-08 / Universidade Federal de Minas Gerais / This work aims to elucidate the relationships the Gavião people of Rondônia engaged when manufacturing and using of hunting artefacts. From an ethnographic approach, I explore pertinent notions to comprehend the agency of warfare objects, hunters, dogs, and enunciations in hunting activity. I develop a parallel between the manufacturing of artefacts bodies and the constitution of artifactual anatomies of men, wishing problematize how encounters between bodies and materials (or substances) conforms the effectiveness of hunters and their hunting instruments. If into Gavião s discourse the arrow kills because has life , I propose to think what is that concept of vitality and the relationships produced about this assumption. It is a challenge outlined by a biographical study of the hunting artefacts, that is presented as an interlacement of vital forces in the interactions between humans, animals, spirits and objects. / Esse trabalho tem como objetivo lançar luz sobre as relações que estão envolvidas na fabricação e uso dos artefatos de caça do povo Gavião de Rondônia. A partir de um estudo etnográfico exploro as noções pertinentes para a compreensão da agência de objetos bélicos, caçadores, cães e enunciados na atividade cinegética. Como fio condutor ao longo do texto, eu desenvolvo um paralelo entre a fabricação de corpos de artefatos e a constituição de anatomias artefactuais de homens, exercício esse que me permite problematizar como os encontros entre corpos e materiais (ou substâncias) conformam a eficácia de caçadores e de seus instrumentos de caça. Se no discurso Gavião a flecha mata porque tem vida , eu proponho pensar ao que corresponde tal vitalidade e as relações produzidas em razão dessa premissa. Trata-se de um desafio delineado mediante um estudo biográfico dos artefatos de caça, o qual se apresenta como um entrelaçamento de forças vitais na interação entre humanos, animais, espíritos e objetos.
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Em busca do diálogo entre duas formas distintas de conhecimentos matemáticos / In search of a dialogue between two distinct forms of mathematical knowledge

Silva, Aparecida Augusta da 24 April 2008 (has links)
Apesar de há muitos anos os índios brasileiros lutarem por uma educação escolar diferenciada, foi apenas a partir da Constituição Federal de 1988 que a Educação Escolar Indígena tornou-se política pública no País e, desde então, aumentou muito o número de educadores envolvidos com a questão, especialmente no que se refere à formação de professores indígenas. No entanto, uma das primeiras questões que emerge desse encontro é como trabalhar de forma diferenciada, se pouco se sabe sobre as mais de 200 etnias do País. Além disso, tem-se, de um lado, a escola munida de um conhecimento em geral instituído por parâmetros nacionais; a escrita com papel central; o professor, em geral, desconhecido do grupo; e o ambiente escolar bastante distinto da residência. De outro, uma cultura onde saberfazer, mito e história se inter-relacionam; o conhecimento, em geral transmitido por um membro mais velho do grupo, é feito de forma oral ou por meio de um saber-fazer diário; e a sala de aula é a própria casa ou a floresta. Nesse sentido, este trabalho, realizado em um processo educacional com professores da etnia Gavião, de Rondônia, buscou, por meio de diálogo, caminhos para possíveis interações de distintas formas de conhecimentos ligados tanto à escola quanto ao saber-fazer indígena e em especial os relacionados à Matemática. Para tanto, foram organizados dois cursos, conduzidos por discussões em torno das construções tradicionais do grupo. Essas discussões possibilitaram vir à tona histórias, mitos, saber-fazer e alguns aspectos relevantes para a cultura do grupo, mas até então desconhecidos até mesmo pelos próprios professores indígenas. Quanto aos aspectos matemáticos, os professores indígenas, auxiliados pela ferramenta da modelagem matemática, puderam decodificar um saber-fazer presente na construção da maloca tradicional e, dessa forma, dar sentido a um conhecimento que anteriormente não fazia sentido ao grupo. Esta pesquisa foi conduzida por uma metodologia de trabalho de ordem qualitativa, de cunho etnográfico, com aspectos históricos e antropológicos e com aporte teórico principal da Etnomatemática. / Despite the fact that Brazilian Indigenous Peoples have long fought for appropriate schooling, it was only with the promulgation of the Brazilian Federal Constitution of 1988 that Indigenous School Education acquired the status of a public policy in the country, and since then there has been a significant increase in the number of educators engaged in that matter, especially as regards the formation of indigenous teachers. However, a preliminary question that arises is to how to accomplish a differentiated work given that little is known about the more than 200 ethnic groups in Brazil. Besides that, we have, on the one hand, schools provided with a knowledge often established by national parameters; writing ability having a central role; the teacher, in general, being unknown to the group; school environment radically different from living place. On the other side, there is a culture in which know how, myths and history are tightly interrelated; knowledge, often transmitted by an older member of the group, is done orally or through daily know how; the classroom is their own house or the forest itself. In this sense, the present work, carried out in an educational process with teachers from the Gavião ethnic group, in Rondônia, aimed, through dialogues, to devise ways of establishing interactions among different forms of knowledge related to school and indigenous know how as well, focusing especially on Mathematics. In order to do that, two courses were given in which indigenous constructions were taken as the moving power of the debates. Such discussions gave rise to stories, myths and know how as well as some other aspects relevant to the groups culture, as yet unknown even to the indigenous teachers themselves. Concerning mathematical aspects, the indigenous teachers, with the aid of mathematical modeling tools, were able to decode a know how present in the construction of the traditional maloca, and thus giving meaning to a knowledge that made no sense to the group until then. The research was carried out with a qualitative methodology of work, having an ethnographic character, with historical and anthropological aspects, Ethnomathematics being its main theoretical framework.
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Xíxìhra Ikólóéhj : a criança na perspectiva da formação de professores indígenas Gavião

Rodrigues, Laudinéa de Souza 30 April 2014 (has links)
Submitted by Valquíria Barbieri (kikibarbi@hotmail.com) on 2017-07-31T19:48:32Z No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Laudinéa de Souza Rodrigues.pdf: 4447991 bytes, checksum: 2dd343509a92a6e656a8511ab61f6299 (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-08-07T16:33:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Laudinéa de Souza Rodrigues.pdf: 4447991 bytes, checksum: 2dd343509a92a6e656a8511ab61f6299 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-07T16:33:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Laudinéa de Souza Rodrigues.pdf: 4447991 bytes, checksum: 2dd343509a92a6e656a8511ab61f6299 (MD5) Previous issue date: 2014-04-30 / Na presente pesquisa, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, do Campus Universitário de Rondonópolis, Universidade Federal de Mato Grosso (PPGEdu/CUR/UFMT), na linha de Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais, discutiu-se a criança e a infância na perspectiva da formação indígena para a docência a partir da Licenciatura em Educação Básica Intercultural, ofertada pela Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), e do Magistério Indígena Projeto Açaí II, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação de Rondônia. A proposta foi analisar se os cursos de formação para a docência – Magistério Indígena Projeto Açaí II e Licenciatura em Educação Básica Intercultural – traziam em suas propostas curriculares discussões relacionadas à criança e infância indígena. E, ainda, verificar quais estudos teóricos foram utilizados para fundamentar a concepção sobre criança e infância apresentada na proposta curricular dos cursos de formação para a docência em que os professores participavam; averiguar se, na elaboração de suas propostas curriculares, os cursos consideraram a diversidade étnica, tendo em vista as especificidades culturais do povo em questão. Outro propósito da pesquisa foi conhecer a perspectiva dos professores indígenas em relação à criança e infância indígena. Este trabalho parte da apropriação das possibilidades investigativas da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, respaldando-se principalmente em Bogdan e Biklen (1994). Tem como locus a Aldeia Igarapé Lourdes, localizada na Terra Indígena que possui o mesmo nome, localizada no Município de Ji-Paraná, região leste do Estado de Rondônia. Os dados foram coletados a partir de observações de campo, entrevistas semiestruturadas com os professores indígenas da escola e análise das propostas curriculares dos cursos. As categorias de análise foram: cuidados e produção do corpo da criança indígena; a criança indígena e o sobrenatural; suas relações com o outro: possibilidades de aprendizado; brincadeira e trabalho: o que fazem as meninas e os meninos no cotidiano da Aldeia; escola na Aldeia: a criança indígena torna-se aluna. As análises referentes à criança e infância foram respaldadas na Antropologia da Criança, com estudos de Tassinari (2001, 2007, 2009), Cohn (2000, 2002, 2009), entre outros, e também na Sociologia da Infância, com pesquisadores como Sarmento (2005, 2008), Brougère (2010), Corsaro (2011) e outros. Os resultados indicaram que, mesmo não tendo explicitada uma concepção de infância, os professores demonstraram clareza do que é ser criança entre os Ikólóéhj. Já as propostas curriculares dos cursos apresentaram fragilidade em relação à discussões acerca da infância e criança indígena, visto que poucas disciplinas possuíam em suas ementas títulos que tratassem da temática. Para discutir a formação docente indígena, o trabalho se apoiou em Grupioni (2008), Maher (2006), Silva (2012), além de outros autores. Portanto pretende-se contribuir com os professores indígenas no aprofundamento da reflexão sobre a infância e seu sujeito. Em relação aos cursos de formação docente, este trabalho oferece subsídios para as instituições formadoras no processo de elaboração de suas propostas curriculares ao considerar a criança e a infância indígena em sua singularidade e complexidade. / In this research in Teacher Training and Educational Public Policy, linked to the Federal University of Mato Grosso Post Graduation Program in Education ( PPGEDU / CUR / UFMT ), Campus of Rondonópolis, it‟s discussed the child and childhood from the perspective of indigenous education for teachers at the Intercultural Basic Education , offered by the Federal University Foundation of Rondônia (UNIR – from the Portuguese acronym ), and from indigenous mastership Açaí Project II , offered by the Estate Secretary of Education of Rondônia. Proposal was to analyze whether or not the teacher training courses for teaching - indigenous mastership Açaí Project II and Intercultural Basic Education - brought in their curricular proposal discussions related to children and indigenous childhood. And also check which theoretical studies were used as support to the conception of children and childhood presented in the curricular proposal for teacher training courses in which teachers participated; make sure whether or not, in drafting its proposed curriculum, courses took in consideration ethnical diversity regarding the cultural characteristics of the aimed people. Another research purpose was to understand the perspective of indigenous teachers with respect to children and indigenous children. This work assumes the ownership of investigative possibilities of qualitative ethnographic research is endorsing mainly in Bogdan and Biklen (1994). Its locus is Igarapé Lourdes Village, located in the indigenous land, which has the same name, located in the city of Ji-Paraná, eastern of the state of Rondônia. Data were collected from field observations, semi structured interviews with teachers from indigenous school, and analysis of curricular proposal of courses. Analysis categories were: production and body care of indigenous children, indigenous children and the supernatural; their relationships with others: learning possibilities; play and work: girls‟ and boys‟ activities in the everyday village; the village school: indigenous child becomes a student. Analyses related to children and childhood were supported on Children Anthropology, and learned from Tassinari (2001, 2007, 2009), Cohn (2000, 2002, 2009), among others, and also in the sociology of childhood, with researchers like Sarmento (2005, 2008) Brougère (2010), Corsaro (2011) and others. Results indicated that, even if with no explicit childhood conception, teachers demonstrated clear awareness of what being a child among Ikólóéhj means. On the other side, courses curricular proposals have hold weakness in relation to discussions on children and indigenous children, since just a few subjects hold topics addressing such issue. To discuss the indigenous teacher training, work relied on Grupioni (2008), Maher (2006), Silva (2012), and other authors. Therefore, we intend to contribute to indigenous teachers in further reflection on childhood and its subject. Regarding teacher education courses, this work provides for the educational institutions in the development process of their curricular proposals to consider the child and indigenous children into their uniqueness and complexity.
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Em busca do diálogo entre duas formas distintas de conhecimentos matemáticos / In search of a dialogue between two distinct forms of mathematical knowledge

Aparecida Augusta da Silva 24 April 2008 (has links)
Apesar de há muitos anos os índios brasileiros lutarem por uma educação escolar diferenciada, foi apenas a partir da Constituição Federal de 1988 que a Educação Escolar Indígena tornou-se política pública no País e, desde então, aumentou muito o número de educadores envolvidos com a questão, especialmente no que se refere à formação de professores indígenas. No entanto, uma das primeiras questões que emerge desse encontro é como trabalhar de forma diferenciada, se pouco se sabe sobre as mais de 200 etnias do País. Além disso, tem-se, de um lado, a escola munida de um conhecimento em geral instituído por parâmetros nacionais; a escrita com papel central; o professor, em geral, desconhecido do grupo; e o ambiente escolar bastante distinto da residência. De outro, uma cultura onde saberfazer, mito e história se inter-relacionam; o conhecimento, em geral transmitido por um membro mais velho do grupo, é feito de forma oral ou por meio de um saber-fazer diário; e a sala de aula é a própria casa ou a floresta. Nesse sentido, este trabalho, realizado em um processo educacional com professores da etnia Gavião, de Rondônia, buscou, por meio de diálogo, caminhos para possíveis interações de distintas formas de conhecimentos ligados tanto à escola quanto ao saber-fazer indígena e em especial os relacionados à Matemática. Para tanto, foram organizados dois cursos, conduzidos por discussões em torno das construções tradicionais do grupo. Essas discussões possibilitaram vir à tona histórias, mitos, saber-fazer e alguns aspectos relevantes para a cultura do grupo, mas até então desconhecidos até mesmo pelos próprios professores indígenas. Quanto aos aspectos matemáticos, os professores indígenas, auxiliados pela ferramenta da modelagem matemática, puderam decodificar um saber-fazer presente na construção da maloca tradicional e, dessa forma, dar sentido a um conhecimento que anteriormente não fazia sentido ao grupo. Esta pesquisa foi conduzida por uma metodologia de trabalho de ordem qualitativa, de cunho etnográfico, com aspectos históricos e antropológicos e com aporte teórico principal da Etnomatemática. / Despite the fact that Brazilian Indigenous Peoples have long fought for appropriate schooling, it was only with the promulgation of the Brazilian Federal Constitution of 1988 that Indigenous School Education acquired the status of a public policy in the country, and since then there has been a significant increase in the number of educators engaged in that matter, especially as regards the formation of indigenous teachers. However, a preliminary question that arises is to how to accomplish a differentiated work given that little is known about the more than 200 ethnic groups in Brazil. Besides that, we have, on the one hand, schools provided with a knowledge often established by national parameters; writing ability having a central role; the teacher, in general, being unknown to the group; school environment radically different from living place. On the other side, there is a culture in which know how, myths and history are tightly interrelated; knowledge, often transmitted by an older member of the group, is done orally or through daily know how; the classroom is their own house or the forest itself. In this sense, the present work, carried out in an educational process with teachers from the Gavião ethnic group, in Rondônia, aimed, through dialogues, to devise ways of establishing interactions among different forms of knowledge related to school and indigenous know how as well, focusing especially on Mathematics. In order to do that, two courses were given in which indigenous constructions were taken as the moving power of the debates. Such discussions gave rise to stories, myths and know how as well as some other aspects relevant to the groups culture, as yet unknown even to the indigenous teachers themselves. Concerning mathematical aspects, the indigenous teachers, with the aid of mathematical modeling tools, were able to decode a know how present in the construction of the traditional maloca, and thus giving meaning to a knowledge that made no sense to the group until then. The research was carried out with a qualitative methodology of work, having an ethnographic character, with historical and anthropological aspects, Ethnomathematics being its main theoretical framework.

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