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As trilhas da morte no sertão das Pimenteiras-PI.(1769-1815): caracterização e reconhecimento arqueológico de um territórioNEGREIROS, Rômulo Macedo Barreto de 29 April 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-04-29 / O Sertão das Pimenteiras, último reduto “não civilizado”da Capitania do Piauí, foi, entre os anos 1769 e 1815, palco de conflitos entre os índios Pimenteira e os colonizadores. Os colonos almejavam ocupar essas terras principalmente para dar continuidade à expansão da indústria agro-pastoril no interior da América Portuguesa. Os índios, por longos tempos habitantes efetivos desse sertão, foram para os colonos um empecilho para a ocupação da área. Os Pimenteira atacavam constantemente as fazendas degado, matando e afugentando seus moradores. Levantamos a hipótese de que a motivação dos índios para atacarem as fazendasseria, principalmente, visando proteger e controlar o território e os seus recursos. Partindo da relação espacial que os assentamentos indígenas mantinham com as fazendas de gado atacadas, objetivávamos entender como se configuraram as territorialidades deambos os grupos no sudeste da Capitania do Piauí durante a guerra da conquista O georeferenciamento dos assentamentos de ambos os grupos foi resultado da aplicação de métodos de reconhecimento arqueológico de território no sudeste do Piauí, como o levantamento documental, prospecção de superfície, imagens de satélite e informações orais coletadas nas comunidades. Ao todo foram reconhecidos e identificados dois assentamentos indígenas e onze fazendas de gado. A produção de mapas com a distribuição espacial dos sítios permitiu a realização das análises. Nossos dados mostram que os ataques dos índios ao longo da guerra promoviam sistematicamente a desocupação colonial da região. O mesmo aconteceu do lado dos colonos, vencedores da guerra. Como resultado dessa vitória militar, os índios foram assimilados ao sistema econômico capitalista e o seu território tomado. / The Sertão das Pimenteiras, the last “uncivilized”strongholdof the Captaincyof Piauí, during the years1769and 1815, it was the scene of constant conflicts betweenthe Pimenteira Indiansand the colonizers. The colonizerswished tooccupy theselandsmainlyto carry on theexpansion ofagro-pastoralists in the interiorof Portuguese America. The Indians, for a longtimeresidentsofinteriortroopswere,for the colonizers,a hamper to theoccupation of the area. ThePimenteiraconstantlyattackedcattle farms, killing and driving awaytheir inhabitants. Taking the assumption that the motivationof the Indiansto attackthe farmswould beprimarilyto protect andcontrol both their territoryand resources. Based on thespatial relationshipthatindigenous settlementssubsisted oncattle farmsattacked,we tried to understand how theyshaped theterritorialityof both groupsin southeasternPiauíCaptaincyduringthe warof conquest.The georeferencingof the settlements inboth groupswas the resultof applyingrecognition methodsofarchaeologicalterritoryin southeasternPiauí, as thedocumentary survey, surfaceexploration, satellite images andoral informationcollectedin the communities. As result, werecognizedand identifiedtwonative settlementsand elevencattle ranches. The production ofmaps showingthe spatial distributionof sitesallowedus to perform the analyzes. Our data showthat the attacksof the Indiansthroughout the warsystematicallypromotedthecolonialevictionsof the region. The samehappenedon the sideof the colonists, who won the war.As a result ofmilitary victory, the Indianswereassimilated into thecapitalist economic systemand their territory wastaken.
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Estudos de Arqueologia Forense aplicados aos remanescentes humanos dos primeiros imperadores do Brasil depositados no monumento à Independência / Studies of forensic archeology applied to the human remains of the first emperors of Brazil deposited on the monument to independenceAmbiel, Valdirene do Carmo 18 February 2013 (has links)
A Cripta Imperial, no Monumento à Independência, localizado às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, foi construída em 1952 para abrigar os remanescentes humanos dos monarcas responsáveis pela Proclamação da Independência do Brasil. O imperador D. Pedro I foi trasladado para São Paulo em 1972, e sua primeira esposa, a Imperatriz D. Maria Leopoldina de Habsburgo-Lorena, em 1954. Em 1982, recebeu os despojos da segunda esposa de D. Pedro I, a Imperatriz D. Amélia de Beauharnais Leuchtenberg. Por muitos anos, o Monumento à Independência foi um dos principais monumentos do país, sendo visitado por vários chefes de Estado que passavam pela capital paulista. Entretanto, apesar de reformas feitas no final dos anos de 1990 e início dos anos 2000, o local sofre há décadas com a infiltração de água, causada pelo relevo natural do terreno em que se encontra e também pela falta de manutenção. Hoje é comum os visitantes não acreditarem que os remanescentes humanos dos primeiros imperadores do Brasil estejam inumados no local. Há até mesmo quem diga que são as cinzas dos monarcas que estão ali. Foi pensando nisso que decidimos fazer este trabalho, buscando respostas sobre esses remanescentes humanos, seu estado de conservação, bem como o do material associado, visando à preservação e possível restauro. / The Imperial Crypt on the Independence Monument, located on the banks of Ipiranga creek in São Paulo city, was built in 1952 to house the human remains of the monarchs responsible for the Proclamation of Independence of Brazil. Emperor Dom Pedro I was transferred from Portugal to São Paulo in 1972 and his first wife, Empress Dona Maria Leopoldina von Habsburg-Lorraine, was transferred in 1954. In 1982 it received the remains of the second wife of Dom Pedro I, the Empress Dona Amélia de Beauharnais-Leuchtenberg. For several years, the Independence Monument was one of the main monuments in the country, visited by many heads of State who passed through the capital of São Paulo State. However, despite reformations made between late 1990 and early 2000, the site suffered for decades with infiltration of water, caused by natural site relief and also by lack of maintenance. It is common now visitors don\'t believe that the human remains of the first emperors of Brazil are buried in the site. There are even those who say that just the ashes of the monarchs are there. By thinking about that we decided to do this work, seeking answers about human remains of the Emperors, their conservation status, as well as the associated material aiming to preserve and possible restoration.
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Identificação das influências construtivas e culturais nas construções praieiras no Nordeste do BrasilLIMA JUNIOR, Genival Costa de Barros 30 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-30 / Há uma rica expressão construtiva que perdura nas praias nordestinas através dos tempos: casas feitas do material fornecido pelo ambiente onde estão inseridas e que refletem uma cultura socioeconômica distinta. Estas construções têm muito a contar sobre sua formação. Este trabalho aprofunda o conhecimento histórico e tecnológico sobre estas construções apontando para sua formação cultural. Através de visitas em todoo litoral nordestino foi feito um levantamento fotográfico, arquitetônico e social sobre o que ainda está intacto tecnológica e culturalmente sobre estas construções para se estabelecer um padrão de pesquisa e análise. Padrão este que determine o nível depreservação cultural da comunidade (a menor influência externa possível) e de manutenção da técnica construtiva. Também se percebeu a necessidade de uma nomenclatura mais apropriada ao tema em questão. Uma nomenclatura que não apenas descreva, mas aponte sua formação e possíveis origens. Esta expressão construtiva é tratada como bem cultural e, portanto, digna de estudos aprofundados. / There isa richconstructive expression that lingersin thenortheastern beaches through time: housesmade frommaterial providedby the environmentwhere they operateand that reflectadistinctsocioeconomic culture.These constructionshave much to say abouttheir generation.This studydeepensthe knowledgeand technologicalhistoryofthese buildingspointing to hiscultural background.Through visitsthroughout thenortheastern coastwas madeaphotographic survey, architectural andsocial on what is still intact technologically and culturallyon thesebuildingsto establisha pattern ofresearch and analysis.Pattern thatdeterminesthe level ofcultural preservationof the community(the smallest possibleexternal influence) andmaintenanceofconstruction technique.Also realized the need fora nomenclaturemoreappropriate to the subjectin question.A nomenclaturethat not onlydescribe, butits formationand possiblepointsources. Thisconstructive expressionis treatedas a cultural asset, and thereforeworthyof detailed studies.
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Estudos de Arqueologia Forense aplicados aos remanescentes humanos dos primeiros imperadores do Brasil depositados no monumento à Independência / Studies of forensic archeology applied to the human remains of the first emperors of Brazil deposited on the monument to independenceValdirene do Carmo Ambiel 18 February 2013 (has links)
A Cripta Imperial, no Monumento à Independência, localizado às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, foi construída em 1952 para abrigar os remanescentes humanos dos monarcas responsáveis pela Proclamação da Independência do Brasil. O imperador D. Pedro I foi trasladado para São Paulo em 1972, e sua primeira esposa, a Imperatriz D. Maria Leopoldina de Habsburgo-Lorena, em 1954. Em 1982, recebeu os despojos da segunda esposa de D. Pedro I, a Imperatriz D. Amélia de Beauharnais Leuchtenberg. Por muitos anos, o Monumento à Independência foi um dos principais monumentos do país, sendo visitado por vários chefes de Estado que passavam pela capital paulista. Entretanto, apesar de reformas feitas no final dos anos de 1990 e início dos anos 2000, o local sofre há décadas com a infiltração de água, causada pelo relevo natural do terreno em que se encontra e também pela falta de manutenção. Hoje é comum os visitantes não acreditarem que os remanescentes humanos dos primeiros imperadores do Brasil estejam inumados no local. Há até mesmo quem diga que são as cinzas dos monarcas que estão ali. Foi pensando nisso que decidimos fazer este trabalho, buscando respostas sobre esses remanescentes humanos, seu estado de conservação, bem como o do material associado, visando à preservação e possível restauro. / The Imperial Crypt on the Independence Monument, located on the banks of Ipiranga creek in São Paulo city, was built in 1952 to house the human remains of the monarchs responsible for the Proclamation of Independence of Brazil. Emperor Dom Pedro I was transferred from Portugal to São Paulo in 1972 and his first wife, Empress Dona Maria Leopoldina von Habsburg-Lorraine, was transferred in 1954. In 1982 it received the remains of the second wife of Dom Pedro I, the Empress Dona Amélia de Beauharnais-Leuchtenberg. For several years, the Independence Monument was one of the main monuments in the country, visited by many heads of State who passed through the capital of São Paulo State. However, despite reformations made between late 1990 and early 2000, the site suffered for decades with infiltration of water, caused by natural site relief and also by lack of maintenance. It is common now visitors don\'t believe that the human remains of the first emperors of Brazil are buried in the site. There are even those who say that just the ashes of the monarchs are there. By thinking about that we decided to do this work, seeking answers about human remains of the Emperors, their conservation status, as well as the associated material aiming to preserve and possible restoration.
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Uma arqueologia das Casas Fortes: organização militar, território e guerra na Capitania do Rio Grande - Século XVIISilva, Roberto Airon 22 November 2010 (has links)
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Tese de Roberto Airon Silva.pdf: 30241271 bytes, checksum: 9fc7f1fa36dc4d4dd9e357b15f37d416 (MD5) / CAPES / Este trabalho se insere na perspectiva de preencher lacunas nos estudos arqueológicos sobre o
Rio Grande do Norte, principalmente, quanto à necessidade de promover o aprofundamento
no campo da arqueologia histórica ou arqueologia das sociedades modernas. O que significa,
então, promover a aproximação da arqueologia das outras ciências humanas e sociais, no que
concerne a análise da configuração social que está por detrás dos vestígios materiais deixados
por certa sociedade. As casas fortes, enquanto parte componente do projeto colonial de poder
e de ação militar foi o objeto de estudo desta tese pelo interesse de se estudar a presença
destas no espaço colonial e em função dos vestígios materiais existentes. Esta pesquisa
buscou então, identificar, classificar, descrever e analisar as casas fortes no contexto das
capitanias do Estado do Brasil, desde a segunda metade do século XVII ao início do XVIII. A
presença de edificações preparadas para servir de residência, espaço de defesa e marco
territorial de posse senhorial tem suas origens no espaço ibérico de fins da Idade Média e se
estendem, com adaptações próprias, aos diversos espaços coloniais portugueses, inclusive o
Brasil. As casas fortes, mesmo com as especificidades de sua presença no Rio Grande do
Norte colonial, foram parte de um longo processo que foi o da formação territorial e do
projeto de ação militar no enfrentamento de grupos étnicos resistentes à colonização, que
foram os grupos indígenas do sertão, os índios tapuias. A metodologia da pesquisa orientouse
em três perspectivas na coleta de dados empíricos, que se iniciou com a análise
bibliográfica e documental, e seguiu, posteriormente, com a leitura de relatos etnográficos e a
cartografia histórica, e por último, com a coleta, classificação e interpretação arqueológica dos
vestígios materiais nos próprios sítios. Além da elaboração de um quadro de definições dessas
estruturas construídas no século XVII, foram feitas análises da variabilidade e da mobilidade
de definição e significados de casas fortes, bem como as suas especificidades no contexto do
Brasil e do Rio Grande do Norte colonial e das características gerais e pontuais dos dois
exemplos de análise arqueológica.
This research is in prospect to fill gaps in the archaeological studies on the Rio Grande do
Norte, mainly on the need to promote further the field of archeology, in this case the historical
archeology or archeology of modern societies. What does it mean, then, to promote the
rapprochement of the archeology of the other humanities and social sciences, regarding the
analysis of the social setting that is behind the material traces left by a certain human
groups. The “casas fortes”, while a component part of the colonial project of power and
military action was the object of study in this thesis by the interest in studying the colonial
presence in the area and depending on the material remains available. This research therefore
sought to identify, classify, describe and analyze the “casas fortes” in the context of the
captaincy of the State of Brazil, since the second half of the seventeenth century to the
beginning of the eighteenth. The presence of buildings equipped to serve as a residence, space
and defense of territorial possession in manorial marking has its origins in the Iberian of the
late Middle Age and extend, with their own adaptations, the various Portuguese colonial
spaces, including Brazil. The “casas fortes”, even with the specifics of its presence in Rio
Grande do Norte colonial, were part of a long process that was the colonial territoriality
mechanism and the design of military action in confronting the ethnic groups resistant to
colonization, the indigenous groups that were the interior, the Indians Tapuias. The research
methodology was guided into three perspectives in empirical data collection, which began
with a literature review and documentary, and followed later with the reading of the
ethnographic and historical cartography, and finally, to the collection, classification and
interpreting the material remains in archaeological sites themselves. Besides drawing up a
framework of definitions of structures built in the seventeenth century, was analyzed the
variability and mobility of the definition and significance of “casas fortes” and their
specificities in the context of Brazil and Rio Grande do Norte and general characteristics of
colonial and off the two examples of archaeological analysis.
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Sergipe no contexto da Segunda Guerra Mundial (1942) : uma abordagem da Arqueologia de ambientes aquáticosRosa, Roberta da Silva 31 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research aims to discuss critically about some aspects of the social context experienced in Sergipe, during the Second World War, through the analysis and interpretation of the material culture of that time. For this, we used as a theoretical and methodological approach, the approaches of Maritime Archeology and Historical Archeology, through which we investigated the tragic-naval episodes occurred with Brazilian merchant vessels - Baependy, Araraquara and Aníbal Benévolo - which were torpedoed and sunk by the German submarine U-507, in August 1942, between the coast of Sergipe and Bahia, that caused more than 500 deaths of men, women and children, and this event, one of the biggest reasons that led Brazil to declare a State of War throughout the country. / A presente pesquisa tem como objetivo discutir de maneira crítica sobre alguns aspectos do contexto social vivenciado em Sergipe, durante a Segunda Guerra Mundial, através da análise e interpretação de parte da cultura material da época. Para isso, utilizamos como aporte teórico-metodológico, as abordagens da Arqueologia de Ambientes Aquáticos e da Arqueologia Histórica, por meio das quais investigamos alguns episódios trágico-navais ocorridos com as embarcações mercantes brasileiras - Baependy, Araraquara e Aníbal Benévolo -, que foram torpedeadas e afundadas pelo submarino alemão U-507, em agosto de 1942, entre o litoral de Sergipe e da Bahia, e que provocou mais de 500 mortes entre homens, mulheres e crianças, sendo este acontecimento, um dos motivos maiores que levou o Brasil a declarar Estado de Guerra em todo território nacional.
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A Rejuvenating Resort Remembered: The Use of Folklore and Archaeology in the Investigation of the Historic Massey Springs Resort in South-Central KentuckyPinkston, Renee 01 August 2014 (has links)
Using only one line of evidence for a study of historic sites can be problematic if it does not provide a complete picture of the material culture or lifeways of a people, group, or community. In order to understand the ideas and objects, of culture present at historic sites, it is necessary to use archaeological methodologies with vernacular architecture studies and folklore to create a more holistic image of the world and its inhabitants. To facilitate this, I conducted original research on a mineral spring resort, Massey Springs Resort (Massey Springs) in Warren County, Kentucky, a popular resort in the early 1900s. This project examines the site in terms of its archaeological resources, primary and secondary archival data, and vernacular architectural resources. Since there are no standing structures, Massey Springs is worthwhile example of the explicit need of using a multidisciplinary and integrated approach to investigate past lifeways.
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A ocupação do século XX : um novo olhar sobre o Solar Lopo Gonçalves / The occupation of the twentieth century: a new look at the Solar Lopo Goncalves.Fraga, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
A presente pesquisa tem como palco e plateia o Solar Lopo Gonçalves, atual sede do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Trata-se de uma residência construída por Lopo Gonçalves Bastos para abrigar sua família nos finais de semana, uma provável casa de veraneio, em meados do século XIX e que até hoje orna o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (RS). Em 1878, após a morte sua esposa, os descendentes de Lopo, o casal Joaquim Bastos Monteiro e Maria Luiza Bastos tornou o Solar residência oficial dos Bastos Monteiro. O assobradado foi herdado pelos filhos de Joaquim e Maria Luiza em 1919, permanecendo no seio familiar até 1946 quando foi vendida, fechando oficialmente o ciclo da família no prédio. Um diálogo aberto com o interior e as estruturas que compõe o Solar, além de seus residentes e dos rejeites enterrados em seus fundos durante parte do século XX, permite uma pesquisa que segue o ciclo da arqueologia do tempo presente ao considerar a trajetória dos artefatos. As intervenções arqueológicas no sítio RS.JA-04 (Sítio Solar Lopo Gonçalves) permitiram conceber parte de sua história ainda não contada: a história da ocupação do século XX. As exumações nos fundos dessa unidade doméstica ocorreram em 1996 e em 2005. Diante de 29m² escavados, os artefatos referentes ao contexto novecentista serviram como esteira para as inferências sobre e acerca do Solar. O recorte cronológico proposto busca o quotidiano de seus residentes, sendo este abordado através do último conjunto de artigos do Código de Posturas de 1892, seguindo a partir do século XIX os passos dados por pesquisadores que estudaram este espaço, mas sob o enfoque do século XX, um viés que carece de estudos. A cultura material das intervenções arqueológicas em louça e em vidro interpretadas e analisadas como parte que integra as diversas temporalidades, materialidades e o próprio assobradado, possibilitou compor parte da biografia de seu espaço. Reflexões essas que estão inseridas e que permitiram se aproximar do quotidiano de uma família porto-alegrense através de suas rupturas, permanências, práticas de consumo, práticas de descarte, disposição e anatomia de seu lixo, costumes e de representatividades diversas, por vezes, não visíveis. / The present research has as stage and audience the Solar Lopo Gonçalves, current headquarters of the Museum of Porto Alegre Joaquim José Felizardo. It is a residence built by Lopo Gonçalves Bastos to house his family on weekends, a probable summer house, in the middle of the nineteenth century and that until today belongs to the Cidade Baixa neighborhood, in Porto Alegre (RS). In 1878, after the death his wife, the descendants of Lopo, the couple Joaquim Bastos Monteiro and Maria Luiza Bastos became the official residence of Bastos Monteiro. The joint was inherited by the children of Joaquim and Maria Luiza in 1919, remaining in the family until 1946 when it was sold, officially closing the family cycle in the building. An open dialogue with the interior and the structures that make up the Solar, and its residents and reject buried in their funds for part of the twentieth century, allows a search that follows the present time archeology cycle when considering the trajectory of the artifacts. The archaeological excavations at the site RS.JA-04 (Solar Lopo Goncalves Site) allowed conceive of his untold story yet: the story of the occupation of the twentieth century. Exhumations at the back of this domestic unit occurred in 1996 and in 2005. Faced with 29m² excavated, the artifacts referring to the nineteenth century context served as a wake for the inferences about and about the Solar. The proposed chronological search seeks the daily life of its residents, being approached through the last set of articles of the Code of Postures of 1892, following from the nineteenth century the steps taken by researchers who studied this space, but under the focus of the twentieth century, a viés that lacks studies. The material culture of the archaeological interventions in glass and crockery interpreted and analyzed as part that integrates the various temporalities, materialities and the own ensemble, made possible to compose part of the biography of its space. Reflections those that are inserted and allowed to approach the daily life of a Porto Alegre family through their breaks, continuities, consumption practices, disposal practices, disposal and anatomy of your trash, customs and diverse representativity and sometimes not visible.
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A ocupação do século XX : um novo olhar sobre o Solar Lopo Gonçalves / The occupation of the twentieth century: a new look at the Solar Lopo Goncalves.Fraga, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
A presente pesquisa tem como palco e plateia o Solar Lopo Gonçalves, atual sede do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Trata-se de uma residência construída por Lopo Gonçalves Bastos para abrigar sua família nos finais de semana, uma provável casa de veraneio, em meados do século XIX e que até hoje orna o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (RS). Em 1878, após a morte sua esposa, os descendentes de Lopo, o casal Joaquim Bastos Monteiro e Maria Luiza Bastos tornou o Solar residência oficial dos Bastos Monteiro. O assobradado foi herdado pelos filhos de Joaquim e Maria Luiza em 1919, permanecendo no seio familiar até 1946 quando foi vendida, fechando oficialmente o ciclo da família no prédio. Um diálogo aberto com o interior e as estruturas que compõe o Solar, além de seus residentes e dos rejeites enterrados em seus fundos durante parte do século XX, permite uma pesquisa que segue o ciclo da arqueologia do tempo presente ao considerar a trajetória dos artefatos. As intervenções arqueológicas no sítio RS.JA-04 (Sítio Solar Lopo Gonçalves) permitiram conceber parte de sua história ainda não contada: a história da ocupação do século XX. As exumações nos fundos dessa unidade doméstica ocorreram em 1996 e em 2005. Diante de 29m² escavados, os artefatos referentes ao contexto novecentista serviram como esteira para as inferências sobre e acerca do Solar. O recorte cronológico proposto busca o quotidiano de seus residentes, sendo este abordado através do último conjunto de artigos do Código de Posturas de 1892, seguindo a partir do século XIX os passos dados por pesquisadores que estudaram este espaço, mas sob o enfoque do século XX, um viés que carece de estudos. A cultura material das intervenções arqueológicas em louça e em vidro interpretadas e analisadas como parte que integra as diversas temporalidades, materialidades e o próprio assobradado, possibilitou compor parte da biografia de seu espaço. Reflexões essas que estão inseridas e que permitiram se aproximar do quotidiano de uma família porto-alegrense através de suas rupturas, permanências, práticas de consumo, práticas de descarte, disposição e anatomia de seu lixo, costumes e de representatividades diversas, por vezes, não visíveis. / The present research has as stage and audience the Solar Lopo Gonçalves, current headquarters of the Museum of Porto Alegre Joaquim José Felizardo. It is a residence built by Lopo Gonçalves Bastos to house his family on weekends, a probable summer house, in the middle of the nineteenth century and that until today belongs to the Cidade Baixa neighborhood, in Porto Alegre (RS). In 1878, after the death his wife, the descendants of Lopo, the couple Joaquim Bastos Monteiro and Maria Luiza Bastos became the official residence of Bastos Monteiro. The joint was inherited by the children of Joaquim and Maria Luiza in 1919, remaining in the family until 1946 when it was sold, officially closing the family cycle in the building. An open dialogue with the interior and the structures that make up the Solar, and its residents and reject buried in their funds for part of the twentieth century, allows a search that follows the present time archeology cycle when considering the trajectory of the artifacts. The archaeological excavations at the site RS.JA-04 (Solar Lopo Goncalves Site) allowed conceive of his untold story yet: the story of the occupation of the twentieth century. Exhumations at the back of this domestic unit occurred in 1996 and in 2005. Faced with 29m² excavated, the artifacts referring to the nineteenth century context served as a wake for the inferences about and about the Solar. The proposed chronological search seeks the daily life of its residents, being approached through the last set of articles of the Code of Postures of 1892, following from the nineteenth century the steps taken by researchers who studied this space, but under the focus of the twentieth century, a viés that lacks studies. The material culture of the archaeological interventions in glass and crockery interpreted and analyzed as part that integrates the various temporalities, materialities and the own ensemble, made possible to compose part of the biography of its space. Reflections those that are inserted and allowed to approach the daily life of a Porto Alegre family through their breaks, continuities, consumption practices, disposal practices, disposal and anatomy of your trash, customs and diverse representativity and sometimes not visible.
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A ocupação do século XX : um novo olhar sobre o Solar Lopo Gonçalves / The occupation of the twentieth century: a new look at the Solar Lopo Goncalves.Fraga, Rodrigo Garcia January 2016 (has links)
A presente pesquisa tem como palco e plateia o Solar Lopo Gonçalves, atual sede do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Trata-se de uma residência construída por Lopo Gonçalves Bastos para abrigar sua família nos finais de semana, uma provável casa de veraneio, em meados do século XIX e que até hoje orna o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (RS). Em 1878, após a morte sua esposa, os descendentes de Lopo, o casal Joaquim Bastos Monteiro e Maria Luiza Bastos tornou o Solar residência oficial dos Bastos Monteiro. O assobradado foi herdado pelos filhos de Joaquim e Maria Luiza em 1919, permanecendo no seio familiar até 1946 quando foi vendida, fechando oficialmente o ciclo da família no prédio. Um diálogo aberto com o interior e as estruturas que compõe o Solar, além de seus residentes e dos rejeites enterrados em seus fundos durante parte do século XX, permite uma pesquisa que segue o ciclo da arqueologia do tempo presente ao considerar a trajetória dos artefatos. As intervenções arqueológicas no sítio RS.JA-04 (Sítio Solar Lopo Gonçalves) permitiram conceber parte de sua história ainda não contada: a história da ocupação do século XX. As exumações nos fundos dessa unidade doméstica ocorreram em 1996 e em 2005. Diante de 29m² escavados, os artefatos referentes ao contexto novecentista serviram como esteira para as inferências sobre e acerca do Solar. O recorte cronológico proposto busca o quotidiano de seus residentes, sendo este abordado através do último conjunto de artigos do Código de Posturas de 1892, seguindo a partir do século XIX os passos dados por pesquisadores que estudaram este espaço, mas sob o enfoque do século XX, um viés que carece de estudos. A cultura material das intervenções arqueológicas em louça e em vidro interpretadas e analisadas como parte que integra as diversas temporalidades, materialidades e o próprio assobradado, possibilitou compor parte da biografia de seu espaço. Reflexões essas que estão inseridas e que permitiram se aproximar do quotidiano de uma família porto-alegrense através de suas rupturas, permanências, práticas de consumo, práticas de descarte, disposição e anatomia de seu lixo, costumes e de representatividades diversas, por vezes, não visíveis. / The present research has as stage and audience the Solar Lopo Gonçalves, current headquarters of the Museum of Porto Alegre Joaquim José Felizardo. It is a residence built by Lopo Gonçalves Bastos to house his family on weekends, a probable summer house, in the middle of the nineteenth century and that until today belongs to the Cidade Baixa neighborhood, in Porto Alegre (RS). In 1878, after the death his wife, the descendants of Lopo, the couple Joaquim Bastos Monteiro and Maria Luiza Bastos became the official residence of Bastos Monteiro. The joint was inherited by the children of Joaquim and Maria Luiza in 1919, remaining in the family until 1946 when it was sold, officially closing the family cycle in the building. An open dialogue with the interior and the structures that make up the Solar, and its residents and reject buried in their funds for part of the twentieth century, allows a search that follows the present time archeology cycle when considering the trajectory of the artifacts. The archaeological excavations at the site RS.JA-04 (Solar Lopo Goncalves Site) allowed conceive of his untold story yet: the story of the occupation of the twentieth century. Exhumations at the back of this domestic unit occurred in 1996 and in 2005. Faced with 29m² excavated, the artifacts referring to the nineteenth century context served as a wake for the inferences about and about the Solar. The proposed chronological search seeks the daily life of its residents, being approached through the last set of articles of the Code of Postures of 1892, following from the nineteenth century the steps taken by researchers who studied this space, but under the focus of the twentieth century, a viés that lacks studies. The material culture of the archaeological interventions in glass and crockery interpreted and analyzed as part that integrates the various temporalities, materialities and the own ensemble, made possible to compose part of the biography of its space. Reflections those that are inserted and allowed to approach the daily life of a Porto Alegre family through their breaks, continuities, consumption practices, disposal practices, disposal and anatomy of your trash, customs and diverse representativity and sometimes not visible.
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