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O inumano e a educaÃÃo: perspectivas Foucaultianas e Agambenianas para a escola do sÃculo XXIDavi da Costa Almeida 27 October 2017 (has links)
nÃo hà / O presente trabalho tem como objetivo problematizar,
a partir das contribuiÃÃes teÃricas de Michel Foucault e Giorgio Agamben, a produÃÃo do inumano atravÃs dos processos educacionais. Portanto, parte-se de dois polos teÃricos diferentes e atà distintos: o anormal, pensado pelas anÃlises foucaultianas, e o Homo Sacer, analisado pelas contribuiÃÃes agambenianas. Neste enfoque, o fracasso escolar daria lugar a uma concepÃÃo de escola como uma grande maquinaria normalizadora e seletiva da produÃÃo de subjetividades e dessubjetividades. A escola seria uma das instituiÃÃes e a principal delas que, por meio de dispositivos bio-disciplinares e de controle, e dispositivos de exceÃÃo, operacionalizaria e agenciaria os sujeitos atravÃs da qualidade, eficÃcia e produtividade dos capitais humanos. Ou seja, a escola contemporÃnea à uma mÃquina biopolÃtica de exceÃÃo, responsÃvel por produzir, classificar, separar, dividir e aperfeiÃoar os âbonsâ capitais humanos ou expurgar e eliminar dos processos escolares e dos processos de concorrÃncia capitalistas os âmausâ capitais humanos considerados lixos e descartÃveis. E, neste contexto, diante das crises do capitalismo contemporÃneo, percebe-se como os empreendedores de si fracassados, biodegradÃveis, tornam-se os anormais contemporÃneos que irÃo se transmutar em Homo Sacer ciganos, oâprecariadoâ, constantemente ameaÃados pela exceÃÃo como regra geral. Os empreendedores de si sÃo uma cesura biopolÃtica ameaÃada constantemente pelo bando soberano e seu estado de exceÃÃo polÃtico-econÃmico, que à um regime de guerra declarado dentro das sociedades contemporÃneas. Os empreendedores de si fracassados sÃo o empresariado da misÃria, pessoas que vivem sempre sob o espectro fantasmagÃrico do Homo Sacer cigano. Assim, a exclusÃo e a precarizaÃÃo dos indivÃduos e dos trabalhadores transmutam-se em processos de eliminaÃÃo e extermÃnio comandados por polÃticas de Estado de ExceÃÃo. / O presente trabalho tem como objetivo problematizar,
a partir das contribuiÃÃes teÃricas de Michel Foucault e Giorgio Agamben, a produÃÃo do inumano atravÃs dos processos educacionais. Portanto, parte-se de dois polos teÃricos diferentes e atà distintos: o anormal, pensado pelas anÃlises foucaultianas, e o Homo Sacer, analisado pelas contribuiÃÃes agambenianas. Neste enfoque, o fracasso escolar daria lugar a uma concepÃÃo de escola como uma grande maquinaria normalizadora e seletiva da produÃÃo de subjetividades e dessubjetividades. A escola seria uma das instituiÃÃes e a principal delas que, por meio de dispositivos bio-disciplinares e de controle, e dispositivos de exceÃÃo, operacionalizaria e agenciaria os sujeitos atravÃs da qualidade, eficÃcia e produtividade dos capitais humanos. Ou seja, a escola contemporÃnea à uma mÃquina biopolÃtica de exceÃÃo, responsÃvel por produzir, classificar, separar, dividir e aperfeiÃoar os âbonsâ capitais humanos ou expurgar e eliminar dos processos escolares e dos processos de concorrÃncia capitalistas os âmausâ capitais humanos considerados lixos e descartÃveis. E, neste contexto, diante das crises do capitalismo contemporÃneo, percebe-se como os empreendedores de si fracassados, biodegradÃveis, tornam-se os anormais contemporÃneos que irÃo se transmutar em Homo Sacer ciganos, oâprecariadoâ, constantemente ameaÃados pela exceÃÃo como regra geral. Os empreendedores de si sÃo uma cesura biopolÃtica ameaÃada constantemente pelo bando soberano e seu estado de exceÃÃo polÃtico-econÃmico, que à um regime de guerra declarado dentro das sociedades contemporÃneas. Os empreendedores de si fracassados sÃo o empresariado da misÃria, pessoas que vivem sempre sob o espectro fantasmagÃrico do Homo Sacer cigano. Assim, a exclusÃo e a precarizaÃÃo dos indivÃduos e dos trabalhadores transmutam-se em processos de eliminaÃÃo e extermÃnio comandados por polÃticas de Estado de ExceÃÃo. / The present work aims to discuss, from theoretical contributions
of Michel Foucault and Giorgio Agamben, the production of inhuman by the educational processes.
Therefore, the search will start from two different theore
tical and even distinct poles: the abnormal, thought by foucaultians analysis, and the Homo Sacer, analyzed by
the agambenians contributions. In this approach, the school failure would give way to a conception of school as a big regulatory and selective machinery of production of
subjectivities and desubjectivities. The school would be
one of the institutions and the main one that, through bio-disciplinaries and control devices, and exception devices,
would operate and manage the subject through the quality, effectiveness and productivity of human capital. In other words, the school is a contemporary biopolitical machine, responsible for produce, classify, separate, divide and improve
"good" human capital or expunge and eliminate from th
e school processes and capitalist competition processes the "bad" capital humans considered trash and disposable. And, in this context, on the crises of the current capitalism, we notice how the failed and biodegradable self-entrepreneurs become th
e current abnormals who will transmute into gypsies Homo Sacer, the "precariat", constantly threatened by
exception as a general rule. Self-entrepreneurs are a biopolitical caesura constantly threatened by the sovereign flock and its state of political-economic exception, which is a declared war regime within contemporary societies. Th
e failed self-entrepreneurs are the entrepreneurs of misery, people who always live under the phantom ghost of
gypsy Homo Sacer. Thus, exclusion and precariousness of ind
ividuals and workers transmutam in processes of elimination and exterminationpolicy of controlled state of
exception. / The present work aims to discuss, from theoretical contributions
of Michel Foucault and Giorgio Agamben, the production of inhuman by the educational processes.
Therefore, the search will start from two different theore
tical and even distinct poles: the abnormal, thought by foucaultians analysis, and the Homo Sacer, analyzed by
the agambenians contributions. In this approach, the school failure would give way to a conception of school as a big regulatory and selective machinery of production of
subjectivities and desubjectivities. The school would be
one of the institutions and the main one that, through bio-disciplinaries and control devices, and exception devices,
would operate and manage the subject through the quality, effectiveness and productivity of human capital. In other words, the school is a contemporary biopolitical machine, responsible for produce, classify, separate, divide and improve
"good" human capital or expunge and eliminate from th
e school processes and capitalist competition processes the "bad" capital humans considered trash and disposable. And, in this context, on the crises of the current capitalism, we notice how the failed and biodegradable self-entrepreneurs become the current abnormals who will transmute into gypsies Homo Sacer, the "precariat", constantly threatened by
exception as a general rule. Self-entrepreneurs are a biopolitical caesura constantly threatened by the sovereign flock and its state of political-economic exception, which is a declared war regime within contemporary societies. Th
e failed self-entrepreneurs are the entrepreneurs of misery, people who always live under the phantom ghost of
gypsy Homo Sacer. Thus, exclusion and precariousness of ind
ividuals and workers transmutam in processes of elimination and exterminationpolicy of controlled state of
exception.
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Necro-Rhetorical Constructions of the Migrant: An Image of Death on the BorderJanuary 2020 (has links)
abstract: This thesis examines the rhetorical relationship between migrant death and American culture, with an emphasis on how postmortem treatment of the deceased gives shape to anti-migrant attitudes. By isolating one instance of death on the border and considering the discourse that ensued in the following two months, this research assesses mechanisms of a rhetoric of death (necrorhetoric) as they relate to sociopolitical constructions of the migrant. The political apparatus of the State as a natural extension of biopower confers upon it the authority to produce sacred life or bare life (homo sacer). This process of production creates conditions of being which precede the potential to kill without allegation of murder, constructs the content of sovereign power, and results in a social sense-making, or public doxa, that informs cultural values and justifies collective attitudes. As the process is perfected, meticulous and calculated demonstrations of force become a crucial exercise of sovereignty. Efforts to enforce and maintain control of the border develop into increasingly streamlined methods, placing the state on an incremental trajectory of power that inaugurates ritualized and state sanctioned violence. The aggrieved take on a sociopolitical role that renders their lives less than fully human, allowing further alienation and segregation to occur. The desire to maintain sovereign power is the typifying force around which United States history has been shaped, and this desire continues to inform contemporary American policy. Analysis of legal, presidential, and news documents pertaining to the deaths of Oscar Martinez Ramirez and his twenty-three-month-old daughter, Valeria, reveals a network of rhetorical maneuvering that gives evidence of a necropolitical environment defined by its intentional and obscure brutality. / Dissertation/Thesis / Masters Thesis English 2020
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Islam, Sacrifice, and Political Theology in John Milton's Samson AgonistesMarvin, Renee 01 May 2014 (has links)
A shift in gaze has occurred in the study of the early modern period, one which has begun to examine the Western world in a more global and comprehensive context. This shift has been extensively written upon with regards to a historical consideration by researchers like Nabil Matar, Jeremy Brotton, Gerald MacLean, and others. This “re-orientationâ€, as MacLean calls it, has extended itself into the realm of literature studies, though Shakespeare and his works have been the focus of much of the scholarship circulating today. While the Bard has much to tell us, in the spirit of this expansion my thesis will focus on the work of another early modernist: poet, activist, and scholar John Milton. Utilizing both the knowledge provided by historicist scholars for contextualization and the critical apparatus of scholars like Gil Anidjar and Daniel Vitkus as a framework, my thesis will work to examine the possibility of the Islamic holy text, the Qur’an, as an influence for Milton. Focusing on the text of Samson Agonistes as a site for this influence and interaction, it will be my intention to deconstruct specific passages from Milton’s text and verses from the Qur’an in order to expose a thematic and dialectic connection between these two seemingly incongruous corpi. I will accomplish this through a careful deconstruction of elements of monotheistic religious violence and political theology as well as an examination of the inclusion or exclusion of certain events, people, or themes in Milton’s text which deviate from their Judeo-Christian origins. Finally, I will discuss the early modern Christians’ historical fear of Islamic conversion and conquer alongside an examination of Samson’s destruction of the Philistine temple in the context of political theology, in an attempt at elucidating the link between this historical fear of “turning Turk†and the supposed justification for violence against an ideological other that drives Samson towards his violent and self-conclusive act. Through this research I intend to broaden the scope of Miltonic and early modern literature studies in the hopes of creating a more global and considerate understanding of Milton’s texts.
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Por que a guerra? Política e subjetividade de jovens envolvidos na guerra do tráfico de drogas: um ensaio sem resposta / Why the war? Politics and subjectivity of the youth involved in drug dealing: an unfinished inquiryAline Souza Martins 17 September 2014 (has links)
A guerra do tráfico de drogas é uma espécie de conflito que acontece nas periferias das grandes cidades brasileiras. Consiste em uma batalha armada entre gangues rivais, motivada por desavenças pessoais ou vinganças direcionadas aos grupos inimigos. Este fenômeno é o maior responsável por mortes de jovens no país. A partir de grupos de conversa com jovens envolvidos com o tráfico de drogas e usando a psicanálise como método de escuta e análise, a presente pesquisa faz uma descrição de caso que tem como papel elucidar a dinâmica de funcionamento da guerra do tráfico no aglomerado Santa Lúcia, em Belo Horizonte-MG. O objetivo inicial foi responder ao enigma: por que os jovens se envolvem na guerra do tráfico, mesmo sabendo do grande risco de morte? A hipótese que se depreendeu daí foi a existência de um fator oculto, com dimensão política e subjetiva que sustentaria essa escolha. Entretanto, o que se encontrou como resultado foi um aprofundamento da questão, entendendo o posicionamento desse grupo de jovens na sociedade como Homo Sacers, posição esta produzida e sustentada pelo discurso em torno da violência e pelo reconhecimento desses sujeitos como exceção. Passamos, portanto, pelo conceito de guerra, elucidando sua dinâmica de funcionamento na política, segundo Clausewitz e Foucault, e no sujeito, com Freud e Lacan. Partimos então para o entendimento de como essa posição seria sustentada na sociedade através de uma discussão sobre o discurso, a partir de Foucault e Lacan, e posteriormente explorando o conceito de Homo Sacer, de Agamben, amparado por suas bases na concepção de Campo de Arendt e biopolítica de Foucault. O trajeto de pesquisa foi constantemente marcado pela formulação de uma metodologia que acompanhasse as demandas do objeto, que não se deixa apreender e está constantemente provocando o pesquisador no seu lugar de cidadão de uma sociedade em guerra. Esse percurso provocou a ampliação do campo de estudo para o além da guerra, deslocando o modo de reconhecer o outro. Uma torção que conduziu o trabalho para a necessidade de ver o homem por trás do guerreiro, e gerou novas perguntas, \"o que é e por que a paz?\". Ela é apenas o equilíbrio de uma sociedade injusta? Desse modo, concluímos que a pergunta por que a guerra? não pode ser respondida, pois o que os sujeitos nos falam em contexto de pesquisa é dependente da dinâmica de reconhecimento e laço social, e, assim, as respostas serão sempre parciais, subordinadas à maneira como reconhecemos o outro / The drug dealing war is a kind of conflict that happens in the outskirts of Brazilian major cities. It consists of a gun battle between rival gangs, motivated by personal disagreements or vendettas directed towards enemy groups. This phenomenon is the most responsible for youth mortality in the country. Using conversations with adolescents involved in drug dealing groups and also, psychoanalysis as the method of listening and analysis, this research attempts at a case description. Its role is to elucidate the dynamics of such dealing war in the Santa Lucia district, in Belo Horizonte - MG. The initial goal was to answer the question: why do young people become involved in the drug war, knowing the high risks of death? The hypothesis was that there was a hidden factor, with political and subjective dimension, that would support the choice. However, the result\'s complexity extended our comprehension of the issue. We began to understand this group of youngsters in society as Homo Sacers, a position that was produced and sustained by the violence speech and recognition of such subjects as exception. Therefore, we invested acute attention in the concept of war, providing insights into the political field, according to Clausewitz and Foucault, as well as insights about the subject, with Freud and Lacan. Subsequently, we proceeded to the understanding of how this position would be sustained in society through a discussion of the speech, in both Foucaultian and Lacanian terms. At that point, we explored Agamben\'s concept of Homo Sacer, supported by the following bases: the notion of Camp in Arendt, and biopolitcs in Foucault. The search was constantly marked by the formulating of a new methodology, attending the object\'s demands, because this object is not easily apprehended and it is constantly displacing the researcher the researcher and her place as a citizen of a society at war. This route search caused the expansion of the study field beyond the war, shifting how to recognize the other. This twist conducted the work for the need to see the man behind the soldier, and generated a new question, \"what and why peace?\". Is it simply the balance of an unfair society? We concluded that the question \"why war?\" can not be answered, because the subjects speech in the research context is dependent on the dynamics of recognition and social bonding, and thus the answers are always partial , subordinated to the way we recognize each other
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Por que a guerra? Política e subjetividade de jovens envolvidos na guerra do tráfico de drogas: um ensaio sem resposta / Why the war? Politics and subjectivity of the youth involved in drug dealing: an unfinished inquiryMartins, Aline Souza 17 September 2014 (has links)
A guerra do tráfico de drogas é uma espécie de conflito que acontece nas periferias das grandes cidades brasileiras. Consiste em uma batalha armada entre gangues rivais, motivada por desavenças pessoais ou vinganças direcionadas aos grupos inimigos. Este fenômeno é o maior responsável por mortes de jovens no país. A partir de grupos de conversa com jovens envolvidos com o tráfico de drogas e usando a psicanálise como método de escuta e análise, a presente pesquisa faz uma descrição de caso que tem como papel elucidar a dinâmica de funcionamento da guerra do tráfico no aglomerado Santa Lúcia, em Belo Horizonte-MG. O objetivo inicial foi responder ao enigma: por que os jovens se envolvem na guerra do tráfico, mesmo sabendo do grande risco de morte? A hipótese que se depreendeu daí foi a existência de um fator oculto, com dimensão política e subjetiva que sustentaria essa escolha. Entretanto, o que se encontrou como resultado foi um aprofundamento da questão, entendendo o posicionamento desse grupo de jovens na sociedade como Homo Sacers, posição esta produzida e sustentada pelo discurso em torno da violência e pelo reconhecimento desses sujeitos como exceção. Passamos, portanto, pelo conceito de guerra, elucidando sua dinâmica de funcionamento na política, segundo Clausewitz e Foucault, e no sujeito, com Freud e Lacan. Partimos então para o entendimento de como essa posição seria sustentada na sociedade através de uma discussão sobre o discurso, a partir de Foucault e Lacan, e posteriormente explorando o conceito de Homo Sacer, de Agamben, amparado por suas bases na concepção de Campo de Arendt e biopolítica de Foucault. O trajeto de pesquisa foi constantemente marcado pela formulação de uma metodologia que acompanhasse as demandas do objeto, que não se deixa apreender e está constantemente provocando o pesquisador no seu lugar de cidadão de uma sociedade em guerra. Esse percurso provocou a ampliação do campo de estudo para o além da guerra, deslocando o modo de reconhecer o outro. Uma torção que conduziu o trabalho para a necessidade de ver o homem por trás do guerreiro, e gerou novas perguntas, \"o que é e por que a paz?\". Ela é apenas o equilíbrio de uma sociedade injusta? Desse modo, concluímos que a pergunta por que a guerra? não pode ser respondida, pois o que os sujeitos nos falam em contexto de pesquisa é dependente da dinâmica de reconhecimento e laço social, e, assim, as respostas serão sempre parciais, subordinadas à maneira como reconhecemos o outro / The drug dealing war is a kind of conflict that happens in the outskirts of Brazilian major cities. It consists of a gun battle between rival gangs, motivated by personal disagreements or vendettas directed towards enemy groups. This phenomenon is the most responsible for youth mortality in the country. Using conversations with adolescents involved in drug dealing groups and also, psychoanalysis as the method of listening and analysis, this research attempts at a case description. Its role is to elucidate the dynamics of such dealing war in the Santa Lucia district, in Belo Horizonte - MG. The initial goal was to answer the question: why do young people become involved in the drug war, knowing the high risks of death? The hypothesis was that there was a hidden factor, with political and subjective dimension, that would support the choice. However, the result\'s complexity extended our comprehension of the issue. We began to understand this group of youngsters in society as Homo Sacers, a position that was produced and sustained by the violence speech and recognition of such subjects as exception. Therefore, we invested acute attention in the concept of war, providing insights into the political field, according to Clausewitz and Foucault, as well as insights about the subject, with Freud and Lacan. Subsequently, we proceeded to the understanding of how this position would be sustained in society through a discussion of the speech, in both Foucaultian and Lacanian terms. At that point, we explored Agamben\'s concept of Homo Sacer, supported by the following bases: the notion of Camp in Arendt, and biopolitcs in Foucault. The search was constantly marked by the formulating of a new methodology, attending the object\'s demands, because this object is not easily apprehended and it is constantly displacing the researcher the researcher and her place as a citizen of a society at war. This route search caused the expansion of the study field beyond the war, shifting how to recognize the other. This twist conducted the work for the need to see the man behind the soldier, and generated a new question, \"what and why peace?\". Is it simply the balance of an unfair society? We concluded that the question \"why war?\" can not be answered, because the subjects speech in the research context is dependent on the dynamics of recognition and social bonding, and thus the answers are always partial , subordinated to the way we recognize each other
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Testemunhas do esquecimento: uma análise do auto de resistência a partir do estado de exceção e da vida nua / Witness from oblivion: an analysis od resistance act as from the state of exception and bare lifeNatália Damazio Pinto Ferreira 29 August 2013 (has links)
O Auto de Resistência, uma figura atípica no Direito Penal, é utilizado comumente pelas forças de Segurança Pública do Estado, e vêm sendo legitimado pelo discurso punitivo, presente não apenas no judiciário, mas na sociedade brasileira de forma geral. Este dispositivo é analisado neste trabalho como um sintoma de uma questão muito mais profunda, arraigada dentro da própria origem do direito. Na grande maioria dos casos, o Auto de Resistência são, na realidade, execuções sumárias realizadas pelas forças de Segurança Pública estatais, mas que tornam-se legitimadas pela alegação de legítima defesa policial. No entanto, a incidência desta violação em áreas pobres e sobre indivíduos negros, aponta que este é apenas um dos dispositivos que permitem a seletividade de um sistema penal e de segurança pública fundamentalmente racista e elitista.
As categorias presentes na teoria de Giorgio Agamben e Walter Benjamin parecem lançar nova luz sobre a realidade política brasileira, principalmente, ao se analisar o aparato biopolítico da segurança pública. Este sistema, desde sua origem excludente, confirma que os oprimidos, ou homo sacer, se manifestam em nossa sociedade no pobre e negro. Estes sujeitos singulares encontram-se no estado de exceção permanente, não havendo sob a perspectiva brasileira nenhuma experiência de ruptura emancipatória, mas sim, alternações de ciclos de violência que põe o direito (como a transição do sistema oligárquico para a República, ou da ditadura para a democracia) e que mantém o direito (como a presente no atual suposto Estado de Direito). Mantiveram-se as estruturas e reforçaram-se os estereótipos penais e discriminatórios. Questiona-se então a importância de se pensar uma justiça anamnética, uma potência testemunhal do oprimido como força messiânica que faz com que o passado e o presente se unam em um só tempo na busca de reparação. / The Resistance Act, na atipical figure in Criminal Law, is utilized, commonly, by Public Security forces of the State, what has being legitimized by the punitive discourse, presents not only in the judiciary, but in brazillian society in general. This apparatus is analised in this work as a symptom of a deeper question, present inside of the origins of Law and of the State of Law. In the majority of cases, the Resistance Act use to materialize itself through summary executions made by the Public Security Forces, which became legitimized by the allegation of police self-defense. Despite that, the higher rates of this violation in poor areas e upon black individuals shows that this is just one apparatus that alows the criminal and public security system selectivity to work based on racism and elitism.
The categories presented in Giorgio Agamben and Walter Benjamins theories seems to put new light upon the political brazillian reality, mainly, when we analyse the bipolitical apparatus of public security. This system, since its origin. is excludent, what confirms that the oppressed or homo sacer, manifests itself in the brazillian society through the black and the poor. This singular subjects still find themselves in a permanent state of exception, not beign through any emancipatory rupture of this system in Brazil. This system has being alternateing among cicles of violences that puts the law ( like the passage from the oligarquic system to the Republic, or from the dictatorship to democracy), and cicles of violence that maintains the law (as the one present in the supposed State of Law). The structures have being maintained, and the criminal stereotypes and discriminatory behavior have only be gaining strength. I question the importance of thinking about an anamnetic justice, an testimonial potencial expressed trough testimony as messianic strength, which make present and past coincide in order to search for reparation.
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Testemunhas do esquecimento: uma análise do auto de resistência a partir do estado de exceção e da vida nua / Witness from oblivion: an analysis od resistance act as from the state of exception and bare lifeNatália Damazio Pinto Ferreira 29 August 2013 (has links)
O Auto de Resistência, uma figura atípica no Direito Penal, é utilizado comumente pelas forças de Segurança Pública do Estado, e vêm sendo legitimado pelo discurso punitivo, presente não apenas no judiciário, mas na sociedade brasileira de forma geral. Este dispositivo é analisado neste trabalho como um sintoma de uma questão muito mais profunda, arraigada dentro da própria origem do direito. Na grande maioria dos casos, o Auto de Resistência são, na realidade, execuções sumárias realizadas pelas forças de Segurança Pública estatais, mas que tornam-se legitimadas pela alegação de legítima defesa policial. No entanto, a incidência desta violação em áreas pobres e sobre indivíduos negros, aponta que este é apenas um dos dispositivos que permitem a seletividade de um sistema penal e de segurança pública fundamentalmente racista e elitista.
As categorias presentes na teoria de Giorgio Agamben e Walter Benjamin parecem lançar nova luz sobre a realidade política brasileira, principalmente, ao se analisar o aparato biopolítico da segurança pública. Este sistema, desde sua origem excludente, confirma que os oprimidos, ou homo sacer, se manifestam em nossa sociedade no pobre e negro. Estes sujeitos singulares encontram-se no estado de exceção permanente, não havendo sob a perspectiva brasileira nenhuma experiência de ruptura emancipatória, mas sim, alternações de ciclos de violência que põe o direito (como a transição do sistema oligárquico para a República, ou da ditadura para a democracia) e que mantém o direito (como a presente no atual suposto Estado de Direito). Mantiveram-se as estruturas e reforçaram-se os estereótipos penais e discriminatórios. Questiona-se então a importância de se pensar uma justiça anamnética, uma potência testemunhal do oprimido como força messiânica que faz com que o passado e o presente se unam em um só tempo na busca de reparação. / The Resistance Act, na atipical figure in Criminal Law, is utilized, commonly, by Public Security forces of the State, what has being legitimized by the punitive discourse, presents not only in the judiciary, but in brazillian society in general. This apparatus is analised in this work as a symptom of a deeper question, present inside of the origins of Law and of the State of Law. In the majority of cases, the Resistance Act use to materialize itself through summary executions made by the Public Security Forces, which became legitimized by the allegation of police self-defense. Despite that, the higher rates of this violation in poor areas e upon black individuals shows that this is just one apparatus that alows the criminal and public security system selectivity to work based on racism and elitism.
The categories presented in Giorgio Agamben and Walter Benjamins theories seems to put new light upon the political brazillian reality, mainly, when we analyse the bipolitical apparatus of public security. This system, since its origin. is excludent, what confirms that the oppressed or homo sacer, manifests itself in the brazillian society through the black and the poor. This singular subjects still find themselves in a permanent state of exception, not beign through any emancipatory rupture of this system in Brazil. This system has being alternateing among cicles of violences that puts the law ( like the passage from the oligarquic system to the Republic, or from the dictatorship to democracy), and cicles of violence that maintains the law (as the one present in the supposed State of Law). The structures have being maintained, and the criminal stereotypes and discriminatory behavior have only be gaining strength. I question the importance of thinking about an anamnetic justice, an testimonial potencial expressed trough testimony as messianic strength, which make present and past coincide in order to search for reparation.
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A (DE)SACRALIDADE DA VIDA EM SEIS NARRATIVAS CURTAS DE RUBEM FONSECAAlves, Adriano Rodrigues 12 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-12 / This aim of this study is to understand, due to the assumptions of comparative literature, the sacredness of life on the fictional construction, problematizing the intersubjective relations of the characters and their interactions in the urban environment of Rubem Fonseca s literary works. In order to achieve this, besides the specific contributions of literary approach, contributions of anthropology and philosophy were used. The study was based on three short stories of Amálgama (2013) and three short stories of Axilas e outras histórias indecorosas (2011a). The presupposition is that the Literature helps us to question the world that surround us, because the form and the content of the narrations are interrelated. Rubem Fonseca s short stories approach events which, at first glance, refer to an idea of the violence trivialization in different social areas, but the main idea is the questioning about the meaning of life and its ambiguities. In this regard, the emphasized violence on the short stories highlights its contrary, what is outside them and what dialogues with them: the sacredness of life. For the theoretical approach to the subject of the sacredness of life, we chose the reflections about homo sacer, over paper the "scapegoated" in the relationship between the sacred and violence and about biopolitics. / Este trabalho tem como objetivo compreender, a partir dos pressupostos da literatura comparada, o tema da sacralidade da vida na construção ficcional, problematizando as relações intersubjetivas dos personagens e suas interações no contexto urbano na obra literária do autor Rubem Fonseca. Para isso, além das contribuições específicas das abordagens literárias, foram utilizadas contribuições antropológicas e da filosofia. Foram estudados três contos da coletânea Amálgama (2013) e três contos da coletânea Axilas e outras histórias indecorosas (2011a). A pressuposição é a de que a literatura nos ajuda a requestionar o mundo que nos cerca, pois a forma e o conteúdo das narrativas estão a ele inter-relacionados. Os contos de Rubem Fonseca abordam eventos que à primeira vista remetem à ideia da banalização da violência cotidiana em diferentes espaços sociais, mas o que parece estar no centro é um questionamento sobre os significados da vida e suas ambiguidades. Sob esse aspecto, a violência colocada em evidência nos contos realça o seu contrário, o que está fora deles e o que dialoga com eles: a sacralidade da vida. Para a abordagem teórica sobre o assunto de sacralidade da vida, optou-se pelas reflexões sobre o homo sacer, sobre o papel da vítima expiatória na relação entre o sagrado e a violência e sobre a biopolítica
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O negro ser matável: pelo não direito à igualdadeElias, Victor Miranda 23 February 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-04-11T17:57:44Z
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Previous issue date: 2018-02-23 / A dissertação O negro ser matável: pelo não direito à igualdade realiza num primeiro momento a crítica a perspectiva do princípio da igualdade, enquanto elemento ideológico e utópico, que nasce na modernidade – nos marcos das Declarações dos Direitos do Homem e do direito à igualdade enquanto significado meramente jurídico-formal-substancial, que não se efetiva em objetividade material e concreto. A igualdade, procura-se correlacioná-la ou contrabalanceá-la com a questão da matabilidade do negro ser matável, identificando elementos de negativa deste direito à igualdade – no contexto do Estado de exceção. Considerando ainda, todo um processo social, conjuntural e estrutural do capitalismo – em crise, a categoria "ser". E ainda, a discussão da figura do homo sacer, em Agamben (2007), a violência letal e os índices de homicídio no Brasil e a vulnerabilidade do jovem negro, a partir de estudos desenvolvidos em fontes identificadas no Atlas da Violência, Mapa da Violência e bibliografias similares. Apresenta-se elementos da segurança pública e do Caso Amarildo, ainda, para compreensão da categoria problematizada: negro ser matável. / The essay "The Negro is Maturable: for the Non-Right to Equality" criticizes the perspective of the principle of equality as an ideological and utopian element born in modernity - within the framework of the Declaration of Human Rights and the right to equality as a merely legal-formal-substantial meaning, which is not effective in material and concrete objectivity. Equality seeks to correlate or counterbalance it with the question of the black's matability being killable, identifying elements of denial of this right to equality - in the context of the state of exception. Considering also, a whole social, conjunctural and structural process of capitalism - in crisis, the category "to be." Also, the discussion of the homo sacer figure in Agamben (2007), the lethal violence and homicide rates in Brazil and the vulnerability of the young black man, based on studies developed in sources identified in the Atlas of Violence, Map of Violence and similar bibliographies. It presents elements of public security and the Amarildo Case, yet, to understand the problematized category: negro is Maturable
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Vulnerabilidade extrema e pot?ncia de vida: o homo sacer contempor?neo em face da bio?tica / Extreme vulnerability and potency of life: the contemporary homo sacer in the face of bioethicsCarvalho, Ricardo Geraldo de 05 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-05 / A presentifica??o do fen?meno religioso na realidade da finitude humana, enquanto possibilidade de transforma??o em condi??es de absoluta adversidade ou de extremo sofrimento, procurar? desvelar profundamente a vida, a temporalidade, as emo??es e a f? esperan?osa que anima os seres humanos a superar situa??es extremas que atentam contra a vida. Nesta perspectiva, surge um questionamento: de que maneira uma pessoa em situa??o de sofrimento consegue humanamente re-significar sua finitude atrav?s do fen?meno religioso que permeia a rela??o entre iman?ncia e transcend?ncia? A resposta a essa quest?o vir? a partir de reflex?o te?rica pr?pria ao campo da bio?tica, da teologia como, ainda, da filosofia, em especial, das formula??es relativas ? absoluta exclus?o humana presente na contemporaneidade, provenientes da teoria de Giorgio Agamben acerca do Homo Sacer. Configura-se uma realidade que est? al?m da possibilidade de controle das pessoas, por se tratar de uma conjectura globalizante, segundo a qual um conceito mais abrangente de vulnerabilidade faz-se necess?rio. Destarte, o fen?meno religioso iluminado pelo ?evangelho? da Vida deduz que ao sofrimento pode-se dar sentido, de modo a tornar-se acontecimento de salva??o, ao respeitar a vida e orientar o ser humano para o seu desenvolvimento integral. Em realidades de sofrimento, ? poss?vel constatar-se que na manifesta??o da pot?ncia de vida, a pessoa desenvolve a pedagogia da resili?ncia e tangencia de forma adequada a conting?ncia das circunst?ncias existenciais; com liberdade interior ativa, reconhece sua humanidade e de outrem. / A presentifica??o do fen?meno religioso na realidade da finitude humana, enquanto possibilidade de transforma??o em condi??es de absoluta adversidade ou de extremo sofrimento, procurar? desvelar profundamente a vida, a temporalidade, as emo??es e a f? esperan?osa que anima os seres humanos a superar situa??es extremas que atentam contra a vida. Nesta perspectiva, surge um questionamento: de que maneira uma pessoa em situa??o de sofrimento consegue humanamente re-significar sua finitude atrav?s do fen?meno religioso que permeia a rela??o entre iman?ncia e transcend?ncia? A resposta a essa quest?o vir? a partir de reflex?o te?rica pr?pria ao campo da bio?tica, da teologia como, ainda, da filosofia, em especial, das formula??es relativas ? absoluta exclus?o humana presente na contemporaneidade, provenientes da teoria de Giorgio Agamben acerca do Homo Sacer. Configura-se uma realidade que est? al?m da possibilidade de controle das pessoas, por se tratar de uma conjectura globalizante, segundo a qual um conceito mais abrangente de vulnerabilidade faz-se necess?rio. Destarte, o fen?meno religioso iluminado pelo ?evangelho? da Vida deduz que ao sofrimento pode-se dar sentido, de modo a tornar-se acontecimento de salva??o, ao respeitar a vida e orientar o ser humano para o seu desenvolvimento integral. Em realidades de sofrimento, ? poss?vel constatar-se que na manifesta??o da pot?ncia de vida, a pessoa desenvolve a pedagogia da resili?ncia e tangencia de forma adequada a conting?ncia das circunst?ncias existenciais; com liberdade interior ativa, reconhece sua humanidade e de outrem.
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