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Avaliação do papel do fator de Von Willebrand em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) / Evaluation of Von Willebrand factor in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)Thiago Prudente Bártholo 17 April 2013 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença que leva à obstrução pulmonar geralmente irreversível e está intimamente relacionada com o hábito de fumar. Ao longo dos anos, ocorre destruição dos septos alveolares com a degradação das fibras elásticas e depósito do colágeno que compõe estes septos. Muito tem se discutido sobre a existência de inflamação sistêmica no paciente com DPOC e sobre as suas possíveis manifestações extra-pulmonares . O processo de aterosclerose pode fazer parte deste espectro inflamatório a partir da presença de dano endotelial. O fator de Von Willebrand é um marcador de dano endotelial e pode ser dosado de forma quantitativa e qualitativa. Este trabalho demonstra uma diferença estatisticamente significativa, qualitativa e quantitativamente, entre os níveis de fator de Von Willebrand em tabagistas e em pacientes com DPOC, quando comparados ao grupo controle. Ao analisarmos os pacientes com DPOC dividindo-os em subgrupos considerando quatro classificações distintas: GOLD 2006 (Anexo A), GOLD 2011 (Anexo B), grau de sintomatologia a partir da escala de dispneia MRC modificada (Anexo C) e número de exacerbações no último ano. Observamos uma diferença estatisticamente significativa, em relação ao nível qualitativo do fator de von Willebrand, apenas quando comparamos pacientes com DPOC sintomáticos e não sintomáticos. Demonstramos ainda uma correlação inversa entre o percentual predito de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%) com os níveis qualitativos de fator de von Willebrand. Desta forma, o fator de von Willebrand está aumentado no paciente com DPOC, sendo um possível marcador sérico de sintomatologia relacionado a esta doença. Apesar de não se conseguir definir gravidade dos pacientes com DPOC pelo GOLD, o fator de von Willebrand estabelece uma correlação inversa com os níveis de VEF1%, sugerindo algum tipo de participação na progressão da doença. / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is an entity that leads to pulmonary obstruction generally irreversible. This is closely related to the smoking habit and leads to alveolar septal destruction with elastic fibres degradation and collagen fibres degradation. There are many argues about the presence of systemic inflammation in the COPD patients. The atherosclerosis process can be part of this inflammation spectrum from the presence of endothelial damage. The von Willebrand factor is a marker of endothelial damage and may be measured in a quantitative and qualitative form. This study demonstrates a significant statistically difference in both qualitative and quantitative form of von Willebrand factor in smokers and COPD patients compared to the control group. When analyzing subgroups in COPD patients considering four different classifications: GOLD 2006, GOLD 2011, degree of symptoms from the MRC dyspnea scale and number of exacerbations in the last year. We observed a significant statistically difference in the level of qualitative von Willebrand factor only in the subgroup of the degree of symptoms. Inverse correlation was observed with the percent of forced expiratory volume in one second (FEV1%) and the qualitative von Willebrand factor. Thus, the von Willebrand factor is increased in COPD patient and could be a possible serum marker of the presence of symptoms in this patient. We cannot identify the severity of COPD patients in GOLD classification using von Willebrand factor, but we established a inverse correlation between qualitative von Willebrand factor and FEV1%, what may suggest a participation in the progression of the disease.
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Análise comparativa dos níveis de proteína C-reativa altamente sensível entre indivíduos portadores e não portadores de lesão periapical crônica / Comparative analysis of C-reactive protein in patients with and without chronic apical periodontitisRoberta Esberard Brosco 16 September 2009 (has links)
As doenças bucais inflamatórias crônicas, como a doença periodontal, estão relacionadas com a etiopatogênese das doenças arteriais coronarianas, causando danos endoteliais e facilitando a formação das placas ateromatosas. As doenças inflamatórias do periápice, assim como a doença periodontal, são doenças bacterianas que ativam a produção localizada de citocinas e outros mediadores próinflamatórios, como a proteína C-reativa (PCR). Essa proteína tem sido utilizada como um marcador sistêmico da inflamação, infecção e da lesão celular. Suas concentrações podem detectar doenças ocultas no organismo e monitorar a resposta ao tratamento de certos processos inflamatórios e infecciosos. O objetivo desse trabalho foi avaliar se as lesões periapicais crônicas podem ativar a resposta inflamatória, gerando repercussões sistêmicas e determinar se o método da PCR altamente sensível (PCR-as) por imunoturbidimetria pode ser utilizado para o diagnóstico e monitoramento do tratamento endodôntico destas lesões. Assim, comparou-se os níveis plasmáticos da PCR entre 13 indivíduos portadores e 13 indivíduos não portadores de lesão periapical crônica. Foram comparados também os níveis da PCR dos indivíduos portadores de lesão periapical crônica antes e após o tratamento do dente em questão. Não foi possível observar diferenças estatisticamente significantes entre os valores da PCR dos pacientes portadores de lesão periapical crônica antes e após os tratamentos (p=0,9203 com o teste t para amostras emparelhadas e p=0,94427 com o teste Wilcoxon), nem mesmo quando comparou-se os pacientes com lesão periapical crônica com os pacientes controles (p=0,1012 com o teste t para amostras independentes e p=0,1585 com o teste Mann Whitney). Pode-se concluir, com base na metodologia adotada, que as lesões periapicais crônicas não são capazes de induzir uma resposta inflamatória de repercussão sistêmica e o método da PCR-as por imunoturbidimetria não pode ser utilizado para o diagnóstico das lesões periapicais crônicas e nem mesmo para o monitoramento do tratamento endodôntico destas lesões. / Inflammatory effects from periodontal disease can cause oral bacterial byproducts to enter the bloodstream. These effects may cause blood clots that contribute to a coronary heart disease risk factor. Chronic apical periodontitis are also bacterial diseases that stimulate the production of cytokines and other cell-mediated inflammatory factors such as C-reactive protein (CRP). CRP is one of the acute phase proteins that increase during systemic inflammation. Its been suggested that testing CRP levels in the blood may be an additional way to assess cardiovascular disease risk. The aim of this study was to evaluate if chronic apical periodontitis can ativate inflammatory response leading to systemic effects and to determine if a highly sensitive CRP (hs-CRP) assay is available to diagnose and track the endodontic treatment of these lesions. Plasma levels of hs-CRP were compared in blood of 13 individuals with chronic apical periodontitis and 13 healthy controls. CRP levels were also compared in the individuals with chronic apical periodontitis before and after treatment of the tooth. There was no statistical association among CRP levels of individual with or without chronic apical periodontitis (p=0,1012 for t test and p=0,1585 for Mann Whitney test). There was no statistical association among CRP levels of individual with chronic apical periodontitis before and after dental treatments (p=0,9203 for t test and p=0,94427 for Wilcoxon test). In conclusion, these results suggest that chronic apical periodontitis can not ativate inflammatory response leading to systemic effects and even a highly sensitive CRP (hs-CRP) assay is not available to diagnose and track the endodontic treatment of these lesions.
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Papel da ciclooxigenase-1 no choque endotóxico. / The role of cyclooxygenase-1 during endotoxic shock.Brito, Camila de Fátima Carvalho 16 May 2017 (has links)
A participação da COX-1 na inflamação sistêmica tem sido questionada. Nós investigamos os mecanismos pelos quais a COX-1 participa da inflamação sistêmica mais grave. O inibidor da COX-1 (SC-560) atenuou a hipotermia, o hipometabolismo e a hipotensão induzidos por LPS. Este efeito atenuante teve duas fases: 30-60 min e 60-100 min. Em animais esplenectomizados, o efeito do SC-560 foi observado apenas na primeira fase. O SC-560 não alterou o nível plasmático das citocinas TNF-α, IL-1β e IL-10 em ambas as fases. No entanto, reduziu a expressão de IL-10 no baço, com tendência a aumentar IL-1β (80 min). Eicosanoides (PGE2, PGD2, PGF2, TXB2 e LTC4) foram detectados no baço e na circulação (80 min). Nossos resultados indicam que o mecanismo da COX-1 no choque endotóxico tem duas fases: (i) na fase inicial a COX-1 não é proveniente do baço e age independentemente de citocinas; (ii) na fase tardia da resposta a COX-1 parece agir de forma dependente do baço e através da produção de eicosanoides, independentemente de TNF-α, mas modulando a síntese de IL-10 e IL-1β. / The participation of COX-1 in systemic inflammation has been questioned. We investigated the mechanisms by which COX-1 participates in the most severe systemic inflammation. The COX-1 inhibitor (SC-560) attenuated the hypothermia, hypometabolism and hypotension induced by LPS. This attenuating effect had two phases: 30-60 min and 60-100 min. In splenectomized animals, the effect of SC-560 was observed only in the first phase. SC-560 did not alter the plasma levels of cytokines TNF-α, IL-1β and IL-10 in both phases. However, it reduced IL-10 expression in the spleen, with tendency to increase IL-1β (80 min). Eicosanoids (PGE2, PGD2, PGF2, TXB2 and LTC4) were detected in spleen and circulation (80 min). Our results indicate that the mechanism of COX-1 in endotoxic shock has two phases: (i) COX-1 does not originate from the spleen and acts independently of cytokines; (ii) in the late phase the COX-1 it seems to act in a spleen-dependent manner and through the production of eicosanoids, independently of TNF-α, but modulating the synthesis of IL-10 and IL-1β.
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Efeito da inflamação sistêmica na qualidade do sêmen de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise : análise dos níveis de ferritina e transferrina seminalSilva, Gilmar Pereira 27 February 2018 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2018. / Submitted by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-08-17T20:50:51Z
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Previous issue date: 2018-08-17 / Introdução: a disfunção gonadal instala-se no curso de muitas doenças agudas ou crônicas como resultado da ação de toxinas endógenas ou exógenas, processos inflamatórios e oxidativo agudos ou crônicos. A disfunção gonadal promove alterações nos níveis de hormônios sexuais e na qualidade seminal, manifestando-se clinicamente por alterações de fertilidade (sub/infertilidade). Mesmo não se encontrado estudos que avaliem o percentual de portadores de doença renal crônica hemodialítica no sexo masculino com alterações na qualidade seminal, admite-se que não seja desprezível o percentual daqueles com alterações importantes de qualidade seminal manifestada por oligospermia, teratospermia e azoospermia. Os estudos até então existentes atribuem estas alterações neste grupo de doentes predominantemente a fatores urêmicos e oxidativo comumente associados aos mesmos. Considerando que cerca de 40-60% dos doentes renais crônicos em hemodiálise apresentam processo inflamatório sistêmico crônico, resolveu-se verificar se inflamação sistêmica interfere nos níveis de ferritina seminal (Fts) e transferrina seminal (Tfs) e se estas estão associadas aos parâmetros seminais(PS) e índice de fertilidade(IF), considerando a possível propriedade antioxidativa atribuída a estas proteínas. Metodologia: estudo transversal realizado no Setor de Hemodiálise do Hospital Universitário da Universidade de Brasília entre julho de 2016 e dezembro de 2016 em homens com idade entre 18 e 60 anos, sem hepatopatia aguda ou crônica e eugonádicos. Aqueles com diagnóstico de hemocromatose ou doenças do metabolismo do ferro foram excluídos. Amostra composta de 60 casos de doença renal hemodialítica crônica subdividida em três subgrupos de acordo com o nível sérico de proteína C-reativa (PCR) ultra-sensível: grupo 1 ("com inflamação" n = 30, CRP> 5 ng / ml), grupo 2 (sem inflamação, n = 30, PCR ≤ 5ng / ml), grupo 3 (grupo 1 + grupo 2) e grupo 4 (controle saudáveis, n = 30, PCR ≤ 1 ng / ml). Foram utilizadas amostras de sangue e colheita de esperma para analisar os parâmetros bioquímicos e hematológicos (ureia, creatinina, frações de albumina, globulina e hemograma completo), parâmetros hormonais (hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (HL), testosterona total (TT), prolactina (PRL), Fts e Tfs, PCR sérica, parâmetro seminal (espermograma - método manual), cálculo de IF e preparação de fluido seminal por centrifugação. Resultados: parâmetros hematológicos e bioquímicos (hemoglobina, ureia, creatinina e albumina); PS; parâmetros hormonais (FSH, LH, TT e PRL); IF e Tfs foram significativamente menores no grupo 3 que no grupo 4. Não houve diferenças significativas para variáveis idade, globulina e Fts. O fator inflamatório analisado isoladamente parece não interferir nos subgrupos casos (grupos 1 e 2), mas houve diferenças significativas (P<0,05) encontrados entre grupos 3 e 4 para as variáveis (parâmetros bioquímicos, seminal, hormonal, IF e Tfs). A Fts não se correlacionou (p>0,05) com IF, PS, FSH, TT e Tfs, independentemente do status inflamatório. A Tfs correlacionou-se positivamente (p≤0,001), independente do status inflamatório, com IF e parâmetros seminais, exceto a morfologia espermática no grupo sem inflamação (r=0,272; p=0,146) e hormônios. A PCR correlacionou-se com Fts e motilidade espermática no grupo sem inflamação. Conclusões: sendo a inflamação sistêmica crônica prevalente nos pacientes renais crônicos, o presente estudo tem sua importância por ser o primeiro a verificar o possível efeito do fator inflamatório, definido pelos níveis de PCR sérica, sobre a qualidade seminal, considerando que estudos prévios atribuem estas alterações predominantemente a fatores uréticos, oxidativos e hormonais. Os resultados aqui obtidos sugerem que a inflamação sistêmica parece não interferir significativamente nos níveis de ferritina/transferrina seminal. Mas a transferrina seminal parece útil na avaliação inicial destes pacientes com suspeita de infertilidade por alteração na qualidade seminal por se mostrar associada a todos os parâmetros seminais e índice de fertilidade. / Introduction: gonadal dysfunction occurs in the course of many acute or chronic diseases as a result of the action of endogenous or exogenous toxins, acute or chronic inflammatory and oxidative processes. The gonadal dysfunction promotes changes in sex hormone levels and seminal quality, manifested clinically by changes in fertility (sub / infertility). Even if we did not find studies that evaluate the percentage of patients with chronic hemodialytic kidney disease in males with changes in seminal quality, it is admitted that the percentage of such as important seminal quality changes manifested by oligospermia, teratospermia and azoospermia is not negligible. Previous studies have attributed these changes in this group of patients, predominantly to uremic and oxidative factors commonly associated with them. Considering that about 40-60% of chronic renal patients undergoing hemodialysis present a chronic systemic inflammatory process, it was decided to verify if systemic inflammation interferes in the levels of seminal ferritin (Fts) and seminal transferrin (Tfs) and whether these are associated with seminal parameters and fertility index (IF), considering the possible antioxidative property attributed to these proteins. Methodology: a cross-sectional study carried out in the Hemodialysis Sector of the University Hospital of the University of Brasília between July 2016 and December 2016 in men aged between 18 and 60 years, without acute or chronic hepatopathy and eugonadic. They were excluded those with a diagnosis of hemochromatosis or diseases of iron metabolism. Sample composed of 60 cases of patients on chronic hemodialysis subdivided into three subgroups according ultrasensitive c-reactive protein (CRP) serum level: group 1 (“with inflammation”, n = 30, CRP> 5 ng / ml), group 2(without inflammation, n = 30, PCR ≤ 5ng / ml), group 3 (group 1 + group 2) and group 4 (healthy controls, n = 30, PCR ≤ 1ng / ml). Blood samples and sperm harvested to indicate biochemical and hematological parameters (urea, creatinine, albumin and globulin fractions and complete blood count), hormonal parameters (follicle stimulating hormone(FSH), luteinizing hormone(LH), total testosterone(TT), prolactin(PRL), SF and ST, serum CRP and SP(spermogram - manual method), calculation of fertility index(FI) and preparation of seminal fluid by centrifugation. Results: hematological and biochemical parameters (hemoglobin, urea, creatinine and albumin); SP; hormonal parameters (FSH, LH, TT and PRL); FI and ST were significantly lower in the group 3 compared to the group 4. There were no significant differences for age, globulin and SF variables (P <0.05). The inflammatory factor analyzed alone does not seem to interfere in the subgroups cases (groups 1 and 2), but there were significant differences (P <0.05) found between groups 3 and 4 for the variables (biochemical, seminal and hormonal parameter, FI and ST. SF did not correlate (p> 0.05) with FI, SP, FSH, TT and ST, independently of the inflammatory status. ST was positively correlated (p≤0.001), independently of inflammatory status, with FI and seminal parameters, except the sperm morphology of the without inflammation group (r = 0.272, p = 0.146) and hormones. CRP correlated with SF and sperm motility in the without inflammation group. Conclusions: since chronic systemic inflammation is prevalent in chronic renal patients, the present study is important because it is the first to verify the possible effect of the inflammatory factor defined by serum CRP levels on seminal quality, whereas that previous studies have attributed these changes predominantly to the uremic and oxidative factors commonly associated with these patients. The results obtained here suggest that systemic inflammation does not appear to significantly interfere with seminal ferritin / transferrin levels. But seminal transferrin seems useful in the initial evaluation of these patients with suspected infertility by alteration in seminal quality because it is associated with all seminal parameters and fertility index.
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Avaliação do papel do fator de Von Willebrand em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) / Evaluation of Von Willebrand factor in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)Thiago Prudente Bártholo 17 April 2013 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença que leva à obstrução pulmonar geralmente irreversível e está intimamente relacionada com o hábito de fumar. Ao longo dos anos, ocorre destruição dos septos alveolares com a degradação das fibras elásticas e depósito do colágeno que compõe estes septos. Muito tem se discutido sobre a existência de inflamação sistêmica no paciente com DPOC e sobre as suas possíveis manifestações extra-pulmonares . O processo de aterosclerose pode fazer parte deste espectro inflamatório a partir da presença de dano endotelial. O fator de Von Willebrand é um marcador de dano endotelial e pode ser dosado de forma quantitativa e qualitativa. Este trabalho demonstra uma diferença estatisticamente significativa, qualitativa e quantitativamente, entre os níveis de fator de Von Willebrand em tabagistas e em pacientes com DPOC, quando comparados ao grupo controle. Ao analisarmos os pacientes com DPOC dividindo-os em subgrupos considerando quatro classificações distintas: GOLD 2006 (Anexo A), GOLD 2011 (Anexo B), grau de sintomatologia a partir da escala de dispneia MRC modificada (Anexo C) e número de exacerbações no último ano. Observamos uma diferença estatisticamente significativa, em relação ao nível qualitativo do fator de von Willebrand, apenas quando comparamos pacientes com DPOC sintomáticos e não sintomáticos. Demonstramos ainda uma correlação inversa entre o percentual predito de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%) com os níveis qualitativos de fator de von Willebrand. Desta forma, o fator de von Willebrand está aumentado no paciente com DPOC, sendo um possível marcador sérico de sintomatologia relacionado a esta doença. Apesar de não se conseguir definir gravidade dos pacientes com DPOC pelo GOLD, o fator de von Willebrand estabelece uma correlação inversa com os níveis de VEF1%, sugerindo algum tipo de participação na progressão da doença. / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is an entity that leads to pulmonary obstruction generally irreversible. This is closely related to the smoking habit and leads to alveolar septal destruction with elastic fibres degradation and collagen fibres degradation. There are many argues about the presence of systemic inflammation in the COPD patients. The atherosclerosis process can be part of this inflammation spectrum from the presence of endothelial damage. The von Willebrand factor is a marker of endothelial damage and may be measured in a quantitative and qualitative form. This study demonstrates a significant statistically difference in both qualitative and quantitative form of von Willebrand factor in smokers and COPD patients compared to the control group. When analyzing subgroups in COPD patients considering four different classifications: GOLD 2006, GOLD 2011, degree of symptoms from the MRC dyspnea scale and number of exacerbations in the last year. We observed a significant statistically difference in the level of qualitative von Willebrand factor only in the subgroup of the degree of symptoms. Inverse correlation was observed with the percent of forced expiratory volume in one second (FEV1%) and the qualitative von Willebrand factor. Thus, the von Willebrand factor is increased in COPD patient and could be a possible serum marker of the presence of symptoms in this patient. We cannot identify the severity of COPD patients in GOLD classification using von Willebrand factor, but we established a inverse correlation between qualitative von Willebrand factor and FEV1%, what may suggest a participation in the progression of the disease.
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Papel da leptina na hipotermia associada ao choque endotóxico. / The role of leptin on hypothermia during endotoxic shock.Elizabeth Alexandra Flatow 11 November 2016 (has links)
A hipotermia é uma das respostas presentes em casos mais graves de sepse. Em modelos animais, essa hipotermia parece regulada e pode ter valor adaptativo quando a febre torna-se uma ameaça ao hospedeiro. A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo e está envolvido com balanço energético. Geralmente descrita como pró-inflamatória, a leptina ainda tem o seu papel controverso. Neste trabalho, avaliamos a leptina em doses fisiológicas em modelo de choque endotóxico em ratos. A leptina mostrou-se anti-inflamatória atenuando a hipotermia e a hipotensão induzidas por lipopolissacarídeo bacteriano (LPS) e reduzindo a secreção de TNF-α. O mesmo efeito não foi observado quando infundida no sistema nervoso central. In vitro, a leptina não alterou a produção de TNF-α, IL-1β e IL-10 em macrófagos peritoneais e alveolares estimulados com LPS. Podemos concluir que, em doses fisiológicas, a leptina pode atuar em outras células da periferia que contêm seu receptor alterando a produção de TNF-α e mediando a inflamação sistêmica. / Hypothermia is associated with most severe cases of sepsis. In animal models, this hypothermia may be regulated and may have adaptive value when fever becomes harmful to the host. Leptin is a hormone produced by fat tissue and involved in energy balance. Generally described as pro-inflammatory, leptin also has its controversial role. In this paper, we evaluate leptin in physiologic doses in model of endotoxin shock in rats. Leptin was found to be anti-inflammatory attenuating hypothermia and hypotension induced by bacterial lipopolysaccharide (LPS) and also reducing TNF-α secretion. The same effect was not observed when infused into the central nervous system. In vitro, leptin did not change the TNF-α, IL-1β and IL-10 in peritoneal and alveolar macrophages stimulated with LPS. We can conclude that in physiologic doses, leptin can act on other peripheric cells that contain its receptor, changing TNF-α production and mediating systemic inflammation.
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Perfil inflamatório de pacientes submetidos à endarterectomia de carótida e sua relação com doença periodontal crônica / Inflammatory profile of patients undergoing carotid endarterectomy and its relationship to chronic periodontal diseaseAdriana Moura Foz 10 June 2015 (has links)
A relação entre periodontite e doenças cardiovasculares (DCV) tem sido amplamente discutida, embora os mecanismos de interação não estejam claros. Foi sugerido que pacientes com periodontite apresentam inflamação sistêmica e um pequeno aumento no risco cardiovascular. Patógenos periodontais foram encontrados em placas de ateroma, mas a influência destes microrganismos na aterosclerose ainda não é compreendida. O objetivo primário deste estudo foi delinear o perfil inflamatório sistêmico de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea. Os objetivos secundários foram associar o perfil inflamatório dos participantes à condição periodontal e à presença de patógenos orais encontrados na cavidade oral e em placas de ateroma. Trinta e cinco pacientes submetidos à endarterectomia carotídea foram incluídos neste estudo. Antes da cirurgia vascular, um exame clínico periodontal foi realizado e foram coletadas amostras de sangue, saliva e biofilme subgengival. Durante a endarterectomia, uma amostra da placa de ateroma foi coletada. As amostras de soro foram testadas com o ensaio imunoenzimático de alta sensibilidade Multiplex para dezessete marcadores de células Th17. Amostras de saliva, biofilme subgengival e placa de ateroma foram submetidas ao PCR quantitativo para avaliação de dez patógenos periodontais. Este estudo foi capaz de detectar vários marcadores inflamatórios circulantes, o que indica a presença de inflamação sistêmica como uma característica da população. T. forsythia foi o microrganismo mais frequentemente encontrado em amostras de ateroma (37% das amostras). Níveis de T. forsythia em amostras de ateroma foram positivamente correlacionados com os níveis séricos de IL-7, IL-6, IL-17, IL-13, IL-12p70, IFN-?, GCS-F (p<0,05) e IL-10 (p<0,01). Níveis séricos de IL-2 foram positivamente correlacionados com os concentrações salivares de P. intermedia, P. endodontalis (p<0,05) e T. denticola (p<0,01). Níveis séricos de TNF-? foram positivamente correlacionados com concentrações salivares de P. endodontalis (p<0,01). Concentrações de P. endodontalis em amostras subgengivais foram correlacionadas positivamente com IL-2 (p<0,05). A inflamação periodontal (PISA) foi positivamente correlacionada com IL-2 (p<0,05). A coexistência de patógenos periodontais comuns na cavidade oral e na placa de ateroma está associada a um estado inflamatório sistêmico, o que poderia ser relevante para a compreensão dos mecanismos que ligam periodontite com DCV. / The relationship between periodontitis and cardiovascular diseases (CVD) has been widely discussed, although the mechanisms of interaction are not clear. It has been suggested that patients with periodontitis exhibit systemic inflammation and mild increase in future cardiovascular risk. Periodontal pathogens have been found in atheromatous plaques, but their exact role in atherosclerosis are not yet undertstood. The primary aim of this study was to screen the systemic inflammation profile in patients undergoing carotid endarterectomy. The secondary aims were to associate participant\'s inflammatory profiles with periodontal status and the presence of periodontal pathogens found in oral cavity and atheromatous plaques. Thirty-five patients who underwent carotid endarterectomy were enrolled in this study. Prior to the vascular surgery, a clinical periodontal exam was conducted, and samples of blood, saliva and subgingival biofilm were collected. During endarterectomy, a sample of the atheromatous plaque was retrieved. Serum samples were assayed with high sensitivity Multiplex assay for seventeen Th17 biomarkers. Saliva, subgingival biofilm and atheromatous plaque samples were submited to quantitative PCR for ten periodontal pathogens. This study was able to detect several circulating inflammatory markers, indicating the systemic inflammatory burden as a characteristic of this population. T. forsythia was the more frequent microorganism found in atheromatous samples (37% of the samples). T. forsythia titres in atheromatous samples were positively correlated with serum levels of IL-7, IL-6, IL-17, IL-13, IL-12p70, IFN- ?, GCS-F (p<0.05) and IL-10 (p<0.01). Circulating levels of IL-2 were positively correlated with salivary titres of P. intermedia, P. endodontalis (p<0.05) and T. denticola (p<0.01). Circulating levels of TNF-? were positively correlated with salivary titres of P. endodontalis (p<0.01). Subgingival levels of P. endodontalis were positively correlated with IL-2 (p<0.05). Periodontal inflammation (PISA) was positively correlated with IL-2 (p<0.05). The co-existence of common periodontal pathogens in the oral cavity and in atheromatous plaque is associated with a systemic inflammatory state that could be relevant to understanding the mechanisms linking periodontitis to CVD.
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Perfil inflamatório de pacientes submetidos à endarterectomia de carótida e sua relação com doença periodontal crônica / Inflammatory profile of patients undergoing carotid endarterectomy and its relationship to chronic periodontal diseaseFoz, Adriana Moura 10 June 2015 (has links)
A relação entre periodontite e doenças cardiovasculares (DCV) tem sido amplamente discutida, embora os mecanismos de interação não estejam claros. Foi sugerido que pacientes com periodontite apresentam inflamação sistêmica e um pequeno aumento no risco cardiovascular. Patógenos periodontais foram encontrados em placas de ateroma, mas a influência destes microrganismos na aterosclerose ainda não é compreendida. O objetivo primário deste estudo foi delinear o perfil inflamatório sistêmico de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea. Os objetivos secundários foram associar o perfil inflamatório dos participantes à condição periodontal e à presença de patógenos orais encontrados na cavidade oral e em placas de ateroma. Trinta e cinco pacientes submetidos à endarterectomia carotídea foram incluídos neste estudo. Antes da cirurgia vascular, um exame clínico periodontal foi realizado e foram coletadas amostras de sangue, saliva e biofilme subgengival. Durante a endarterectomia, uma amostra da placa de ateroma foi coletada. As amostras de soro foram testadas com o ensaio imunoenzimático de alta sensibilidade Multiplex para dezessete marcadores de células Th17. Amostras de saliva, biofilme subgengival e placa de ateroma foram submetidas ao PCR quantitativo para avaliação de dez patógenos periodontais. Este estudo foi capaz de detectar vários marcadores inflamatórios circulantes, o que indica a presença de inflamação sistêmica como uma característica da população. T. forsythia foi o microrganismo mais frequentemente encontrado em amostras de ateroma (37% das amostras). Níveis de T. forsythia em amostras de ateroma foram positivamente correlacionados com os níveis séricos de IL-7, IL-6, IL-17, IL-13, IL-12p70, IFN-?, GCS-F (p<0,05) e IL-10 (p<0,01). Níveis séricos de IL-2 foram positivamente correlacionados com os concentrações salivares de P. intermedia, P. endodontalis (p<0,05) e T. denticola (p<0,01). Níveis séricos de TNF-? foram positivamente correlacionados com concentrações salivares de P. endodontalis (p<0,01). Concentrações de P. endodontalis em amostras subgengivais foram correlacionadas positivamente com IL-2 (p<0,05). A inflamação periodontal (PISA) foi positivamente correlacionada com IL-2 (p<0,05). A coexistência de patógenos periodontais comuns na cavidade oral e na placa de ateroma está associada a um estado inflamatório sistêmico, o que poderia ser relevante para a compreensão dos mecanismos que ligam periodontite com DCV. / The relationship between periodontitis and cardiovascular diseases (CVD) has been widely discussed, although the mechanisms of interaction are not clear. It has been suggested that patients with periodontitis exhibit systemic inflammation and mild increase in future cardiovascular risk. Periodontal pathogens have been found in atheromatous plaques, but their exact role in atherosclerosis are not yet undertstood. The primary aim of this study was to screen the systemic inflammation profile in patients undergoing carotid endarterectomy. The secondary aims were to associate participant\'s inflammatory profiles with periodontal status and the presence of periodontal pathogens found in oral cavity and atheromatous plaques. Thirty-five patients who underwent carotid endarterectomy were enrolled in this study. Prior to the vascular surgery, a clinical periodontal exam was conducted, and samples of blood, saliva and subgingival biofilm were collected. During endarterectomy, a sample of the atheromatous plaque was retrieved. Serum samples were assayed with high sensitivity Multiplex assay for seventeen Th17 biomarkers. Saliva, subgingival biofilm and atheromatous plaque samples were submited to quantitative PCR for ten periodontal pathogens. This study was able to detect several circulating inflammatory markers, indicating the systemic inflammatory burden as a characteristic of this population. T. forsythia was the more frequent microorganism found in atheromatous samples (37% of the samples). T. forsythia titres in atheromatous samples were positively correlated with serum levels of IL-7, IL-6, IL-17, IL-13, IL-12p70, IFN- ?, GCS-F (p<0.05) and IL-10 (p<0.01). Circulating levels of IL-2 were positively correlated with salivary titres of P. intermedia, P. endodontalis (p<0.05) and T. denticola (p<0.01). Circulating levels of TNF-? were positively correlated with salivary titres of P. endodontalis (p<0.01). Subgingival levels of P. endodontalis were positively correlated with IL-2 (p<0.05). Periodontal inflammation (PISA) was positively correlated with IL-2 (p<0.05). The co-existence of common periodontal pathogens in the oral cavity and in atheromatous plaque is associated with a systemic inflammatory state that could be relevant to understanding the mechanisms linking periodontitis to CVD.
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Avaliação da prevalência e das repercussões clínicas da associação entre doença pulmonar obstrutiva crônica e doença coronariana crônica / The prevalence and clinical implications of the association between chronic obstructive pulmonary disease and chronic coronary diseaseCoelho, Liana Sousa [UNESP] 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / A associação entre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Doença Arterial Coronariana (DAC) é importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes com DPOC. Dados da literatura mostram que essa associação ocorre independente de fatores de risco comuns – tabagismo, idade e gênero e que o processo inflamatório pode ser o elo entre essas doenças. Além disso, a presença de comorbidades pode alterar de forma significativa a gravidade da DPOC e/ou DAC. O presente estudo tem como objetivos avaliar a prevalência da associação entre DPOC e DAC em pacientes com diagnóstico primário de uma das doenças e avaliar as características gerais dos pacientes com DPOC, DAC e ambas as doenças. Além disso, avaliar intensidade da dispneia, tolerância ao exercício, qualidade de vida, estado inflamatório e achados ecocardiográficos em cada grupo de pacientes. Foram avaliados 95 pacientes, de ambos os gêneros e idade ≥ 40 anos. Destes, 43 foram diagnosticados com DPOC, 47 com DAC e 5 com ambas as doenças. Todos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiograma de tórax, avaliação da composição corporal, teste de caminhada de 6 minutos (DP6), exames laboratoriais, espirometria e responderam aos questionários de qualidade de vida. A prevalência de DAC em DPOC foi de 10,4%, enquanto que no grupo de pacientes com DAC a prevalência de DPOC foi de 9,6% e, quando avaliados DAC tabagistas, foi de 17,2%. O grupo DPOC apresentou maior percepção de dispneia (p<0,001), menor DP6 (p=0,037), pior qualidade de vida, avaliada pelo SF-36 (p<0,001) e aumento da proteína C-reativa (PCR) (p=0,020) em comparação com grupo DAC. Regressão linear não identificou correlação entre o estado inflamatório avaliada por PCR e IL-6 à presença de DAC (p=0,992 e p=0,978, respectivamente). Em nosso estudo, a prevalência de DAC em DPOC assemelhou-se aos menores valores encontrados na literatura. Pacientes com ambas as doenças apresentaram maior intensidade de dispneia, pior qualidade de vida e maior estado inflamatório que os outros grupos. Não encontramos relação entre o estado inflamatório e a prevalência de DAC em DPOC; esta associação parece dever-se à alta prevalência dos fatores de risco clássicos para DAC nos pacientes com DPOC. / The association between Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) and coronary artery disease (CAD) is an important cause of morbidity and mortality in patients with COPD. Published data show that this association is independent of common risk factors - smoking, age and gender, and that the inflammatory process may be a link between these diseases. Furthermore, the comorbidities can significantly alter the severity of COPD and/or CAD. This study aims to evaluate the prevalence of the association between COPD and CAD in patients with a primary diagnosis of a disease and assessing the general characteristics of patients with COPD, CAD and both diseases. Also, to assess the severity of dyspnea, exercise tolerance, health status, inflammatory status, echocardiographic findings in each group of patients. We evaluated 95 patients of both genders and age ≥ 40 years-old. Of these, 43 were diagnosed with COPD, 47 with CAD and 5 with both diseases. All patients underwent clinical evaluation, electrocardiogram, echocardiogram, chest X-ray, assessment of body composition, 6-minute walk test, laboratory tests, spirometry and answered all health status’ questionnaires. The prevalence of CAD in COPD was 10.4% while in patients with CAD, the prevalence of COPD was 9.6%, and in DAC with smoking history, the prevalence was 17.2%. The COPD group had a higher perception of dyspnea (p<0.001), lower 6-minute walking distance (6MWD) (p=0.037), worse health status assessed by the SF-36 (p<0.001) and increased C-reactive protein (CRP) (p=0.020) compared to CAD group. Linear regression did not identify correlation between inflammatory status, assessed neither by CRP nor by IL-6, and the presence of CAD (p 0.992 and p 0.978, respectively). In our study, the prevalence of CAD in COPD resembles the lower values found in the literature. Patients with both diseases presented more intense dyspnea, lower exercise tolerance, worse health status and higher inflammatory status than other groups. There was no relationship between inflammatory status and the prevalence of CAD in COPD; this association is probably due to the high prevalence of classic risk factors for CAD in patients with COPD.
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Avaliação da prevalência e das repercussões clínicas da associação entre doença pulmonar obstrutiva crônica e doença coronariana crônicaCoelho, Liana Sousa January 2016 (has links)
Orientador: Irma de Godoy / Resumo: A associação entre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Doença Arterial Coronariana (DAC) é importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes com DPOC. Dados da literatura mostram que essa associação ocorre independente de fatores de risco comuns – tabagismo, idade e gênero e que o processo inflamatório pode ser o elo entre essas doenças. Além disso, a presença de comorbidades pode alterar de forma significativa a gravidade da DPOC e/ou DAC. O presente estudo tem como objetivos avaliar a prevalência da associação entre DPOC e DAC em pacientes com diagnóstico primário de uma das doenças e avaliar as características gerais dos pacientes com DPOC, DAC e ambas as doenças. Além disso, avaliar intensidade da dispneia, tolerância ao exercício, qualidade de vida, estado inflamatório e achados ecocardiográficos em cada grupo de pacientes. Foram avaliados 95 pacientes, de ambos os gêneros e idade ≥ 40 anos. Destes, 43 foram diagnosticados com DPOC, 47 com DAC e 5 com ambas as doenças. Todos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiograma de tórax, avaliação da composição corporal, teste de caminhada de 6 minutos (DP6), exames laboratoriais, espirometria e responderam aos questionários de qualidade de vida. A prevalência de DAC em DPOC foi de 10,4%, enquanto que no grupo de pacientes com DAC a prevalência de DPOC foi de 9,6% e, quando avaliados DAC tabagistas, foi de 17,2%. O grupo DPOC apresentou maior percepção de dispneia (p<0,001), m... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The association between Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) and coronary artery disease (CAD) is an important cause of morbidity and mortality in patients with COPD. Published data show that this association is independent of common risk factors - smoking, age and gender, and that the inflammatory process may be a link between these diseases. Furthermore, the comorbidities can significantly alter the severity of COPD and/or CAD. This study aims to evaluate the prevalence of the association between COPD and CAD in patients with a primary diagnosis of a disease and assessing the general characteristics of patients with COPD, CAD and both diseases. Also, to assess the severity of dyspnea, exercise tolerance, health status, inflammatory status, echocardiographic findings in each group of patients. We evaluated 95 patients of both genders and age ≥ 40 years-old. Of these, 43 were diagnosed with COPD, 47 with CAD and 5 with both diseases. All patients underwent clinical evaluation, electrocardiogram, echocardiogram, chest X-ray, assessment of body composition, 6-minute walk test, laboratory tests, spirometry and answered all health status’ questionnaires. The prevalence of CAD in COPD was 10.4% while in patients with CAD, the prevalence of COPD was 9.6%, and in DAC with smoking history, the prevalence was 17.2%. The COPD group had a higher perception of dyspnea (p<0.001), lower 6-minute walking distance (6MWD) (p=0.037), worse health status assessed by the SF-36 (p<0.001) ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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