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Epidemia de sarampo no Equador em 2011-2012 : características associadas à ocorrência do surto e análise espacial da desigualdade social na vacinação contra sarampo

Rivadeneira Guerrero, María Fernanda January 2016 (has links)
Depois de mais de uma década sem casos de sarampo, Equador apresentou surto em 2011-2012, que atingiu nove províncias do país, com um total de 329 casos. Nosso objetivo foi avaliar características populacionais associadas ao surto, assim como identificar desigualdades sociais relacionadas com a vacinação contra sarampo. No primeiro artigo nós identificamos as características populacionais associadas ao surto, mediante um estudo ecológico de casos e controles, utilizando dados agregados. A unidade de estudo foram as 1024 paróquias do Equador. A partir do banco de dados da vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis do país foram definidas paróquias-caso aquelas que apresentaram casos confirmados de sarampo, e paróquias-controle as quais não tiveram casos da doença. Dados censitários nacionais além de dados da atenção pré-natal e da vacinação contra sarampo do Ministério de Saúde foram utilizados para avaliar características socioeconômicas, ambientais e de acesso aos serviços de saúde. Delineou-se um modelo de análise hierarquizado, considerando as relações entre as variáveis de acordo com o marco conceitual, e foi aplicada regressão logística múltipla, além da análise descritiva univariada e bivariada respectiva, utilizando o pacote estatístico SPSS versão 21. Parroquias caso foram principalmente urbanas e apresentaram una maior proporção de crianças menores de um ano de idade, assim como chefes de família con maior nível educativo, maior população indígena, menores taxas de imunização contra o sarampo, e menores taxas de atendimento pré-natal. Na análise multivariada, acharam-se associações significativas com o nível de escolaridade do chefe da família ≥ 8 anos (OR: 0,29; IC 95% 0,15-0,57) e ≥ 1,4% população indígena (OR: 3,29; IC 95% 1,63-6,68). O aumento da taxa da imunização contra o sarampo e do atendimento pré-natal teve um efeito de proteção contra o sarampo (P <0,05). Ausência de vacinação contra o sarampo foi o determinante mais importante do surto (P <0,001). Concluímos a partir desses resultados, que populações indígenas e aquelas com menor acesso aos serviços de saúde, manifestadas por coberturas vacinais inferiores, foram os mais vulneráveis durante o surto de sarampo. No segundo artigo apresentamos a análise de desigualdades sociais em saúde relacionadas com a vacinação contra sarampo. Foi utilizada nesse caso, informação coletada por agregados populacionais chamados de cantones, unidade político-territorial maior do que as paróquias. Delineou-se assim um estudo ecológico, incluindo 220 cantões do Equador. As fontes dos dados foram: um inquérito vacinal contra sarampo realizado entre 2011-12, com informação de 3.140.799 pessoas de 6 meses a 14 anos de idade, e o censo demográfico de 2010. Foi realizada regressão com análise espacial e análise de desigualdade social na cobertura. Na análise de dados achou-se que a cobertura vacinal contra sarampo se encontrava associada inversa e significativamente com a proporção de necessidades básicas insatisfeitas urbanas (P<0,01), porcentagem de indígenas e afro-equatorianos (P<0,05), e diretamente com a taxa de emprego no cantão (P<0,05). Houve dependência espacial nas variáveis e agrupamentos de cantões com baixas coberturas. Os percentuais mais baixos de cobertura vacinal ocorreram nos cantões com menor nível socioeconômico (RP 1.72; IC95% 1.69-1.72). Uma diferença na cobertura vacinal de 10,56 pontos percentuais entre os cantões estimados como estando na melhor versus a pior posição socioeconômica foi calculada pelo índice angular de desigualdade. O índice relativo de desigualdade de Kunst e Mackenbach mostrou que a cobertura de vacinação foi 1,12 vezes maior nos cantões com maior nível socioeconômico, quando comparados com os de menor nível. De acordo com esses resultados, concluímos que existem desigualdades sociais na cobertura vacinal afetando os cantões menos privilegiados. Sugere-se avaliar as estratégias atuais de vacinação nas populações menos favorecidas. / After more than a decade without cases of measles, Ecuador presented outbreak in the years 2011-2012, which reached nine provinces of the country, with a total of 329 cases. It is important to assess population characteristics associated with the outbreak, and identify social inequalities related to vaccination against measles, in order to have a coherent subsidy for the development of policies and strategies to prevent and control the disease. In the first article we identify the population characteristics associated with the outbreak through an ecological study of cases and controls, using aggregate data. Units of study were the 1024 parishes of Ecuador, the smallest political and territorial unity of the country. From the surveillance database of communicable diseases in the country, parishes-cases were defined those who had confirmed cases of measles, and parishes-control which had no cases of the disease. National census data as well as prenatal care data and vaccination against measles of Ministry of Health´s data, were used to assess socioeconomic characteristics, environmental and access to health services. A hierarchical model was designed for the analysis, considering the relationship between the variables according to the conceptual framework, and multiple logistic regression was applied in addition to the univariate and bivariate respective descriptiva analysis using the statistical package SPSS version 21. Parishes case were mostly urban and presented una higher proportion of children under one year of age, as well as higher educational level of householders, largest indigenous population, lower immunization rates against measles and lower prenatal care rates. Multivariate analysis found were significant associations with the head of the educational level of the family ≥ 8 years (OR: 0.29; 95% CI 0.15 to 0.57) and ≥ 1.4% indigenous population (OR: 3.29, 95% CI 1.63 to 6.68). The increased rate of measles immunization and prenatal care had a measles protective effect (P <0.05). Measles vaccination absent was the most important determinant of relapse (P <0.001). We conclude from these results that indigenous people and those with less access to health services, expressed by lower vaccination coverage, were the most vulnerable during the measles outbreak. In the second article we present the analysis of social inequalities in health related to vaccination against measles. It was used in this case, information collected by population aggregates called cantons, political-territorial unit larger than the parishes. An ecological study was designed, with 220 cantons of Ecuador included. The sources of data were: a survey about measles vaccination carried out in 2011-12, with information from 3,140,799 people 6 months to 14 years of age, and the national census of 2010. It was conducted regression analysis and spatial analysis of social inequality in coverage. Data analysis was found that vaccination coverage against measles was in reverse and significantly associated with the proportion of urban unsatisfied basic needs (P <0.01), percentage of indigenous and african-Ecuadorians (P <0.05) and directly with the employment rate in the canton (P <0.05). There was spatial dependence on the variables and the cantons of groups with low coverage. The lowest percentage of vaccination coverage occurred in the cantons with lower socioeconomic status (PR 1.72; 95% CI 1.69-1.72). A difference in vaccination coverage of 10.56 percentage points between the estimated cantons in the best versus the worst socioeconomic status was calculated using the angular index of inequality. The relative index of inequality of Kunst and Mackenbach showed that vaccination coverage was 1.12 times higher in cantons with higher socioeconomic level, when compared with the lower level. According to these results, we conclude that there are social inequalities in vaccination coverage affecting the less privileged cantons. It is suggested to assess current vaccination strategies in disadvantaged populations.
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Estudo ecológico e análise espacial da hanseníase no estado do Ceará / Study ecological and spatial analysis of leprosy in Ceará

Montenegro, Ana Claudia Dorta January 2002 (has links)
MONTENEGRO, Ana Cláudia Dorta. Estudo ecológico e análise espacial da hanseníase no Estado do Ceará. 2002. 93 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2002. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-11T15:53:07Z No. of bitstreams: 1 2002_dis_acdmontenegro.pdf: 1267918 bytes, checksum: 1f5afd84da05185793912ffa713549e1 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2013-11-11T15:53:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2002_dis_acdmontenegro.pdf: 1267918 bytes, checksum: 1f5afd84da05185793912ffa713549e1 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-11-11T15:53:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2002_dis_acdmontenegro.pdf: 1267918 bytes, checksum: 1f5afd84da05185793912ffa713549e1 (MD5) Previous issue date: 2002 / This research aims at studying hanseniasis, ancient disease which is a serious public health affair in Brazil and, particularly in Ceará. Cases detection in this state have being arising and the highest indexes can be noticed in possible focus of the disease. Therefore, the influence of some specific factors such as social, economical, demographical, and environmental have been studied in the distribution of this disease in Ceará through a descriptive study of the ecological type. Data related to the disease have been used (average of the incidence index between 1991 and 1999 concerning the cities in the state) and, information from IBGE, Human Brazilian Development Atlas, IPLANCE (Planning Institute of Ceará) e FUNCEME (Meteorology Foundation of Ceará). Initially, a linear regression analysis has been done, through Stata Software. Following, the spatial analysis of the data has been used in order to investigate the existence of spatial dependence of the outcome variable. Decomposition of spatial variable has been done in wide and narrow scale. In order to measure the variation of the hanseniasis index in a wide scale, the patterns responsible for the data analysis have been used. The variation in a narrow scale have been evaluated considering the index I by Moran, which pointed the existence of spatial autocorrelation. The spatial analysis has been done by using Arcview 3.1, S-Plus 2000 and S+Spatialstats softwares. / Este trabalho tem como objeto de estudo a hanseníase, doença secular que representa um sério problema de saúde pública no Brasil e, em particular, no Ceará. A detecção de casos no Estado permanece em ascenção e as taxas mais elevadas apresentam-se aglomeradas em possíveis “focos” da doença. Dessa forma, buscou-se investigar a influência de alguns fatores (sócio-econômicos, demográficos e ambientais) na distribuição da incidência de hanseníase no Ceará através de um estudo descritivo do tipo ecológico. Foram utilizados dados relacionados à doença (média das taxas de incidência de 1991 a 1999 para os municípios do Estado) e, variáveis provenientes do IBGE, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, IPLANCE (Instituto de Planejamento do Ceará) e FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia). Inicialmente, foi feita análise de regressão linear que se deu através do Software Stata. Em seguida, a análise espacial dos dados foi utilizada a fim de investigar a presença de dependência espacial da variável desfecho. Foi realizada decomposição da variação espacial em larga e pequena escala. Para medir a variação da taxa de hanseníase em larga escala, utilizou-se modelo (loess) responsável pelo “alisamento” dos dados. A variação em pequena escala foi avaliada em função do Índice I de Moran que apontou a existência de autocorrelação espacial. A Análise espacial foi feita através dos softwares Arcview 3.1, S-Plus2000 e módulo S+Spatialstats.
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Epidemia de sarampo no Equador em 2011-2012 : características associadas à ocorrência do surto e análise espacial da desigualdade social na vacinação contra sarampo

Rivadeneira Guerrero, María Fernanda January 2016 (has links)
Depois de mais de uma década sem casos de sarampo, Equador apresentou surto em 2011-2012, que atingiu nove províncias do país, com um total de 329 casos. Nosso objetivo foi avaliar características populacionais associadas ao surto, assim como identificar desigualdades sociais relacionadas com a vacinação contra sarampo. No primeiro artigo nós identificamos as características populacionais associadas ao surto, mediante um estudo ecológico de casos e controles, utilizando dados agregados. A unidade de estudo foram as 1024 paróquias do Equador. A partir do banco de dados da vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis do país foram definidas paróquias-caso aquelas que apresentaram casos confirmados de sarampo, e paróquias-controle as quais não tiveram casos da doença. Dados censitários nacionais além de dados da atenção pré-natal e da vacinação contra sarampo do Ministério de Saúde foram utilizados para avaliar características socioeconômicas, ambientais e de acesso aos serviços de saúde. Delineou-se um modelo de análise hierarquizado, considerando as relações entre as variáveis de acordo com o marco conceitual, e foi aplicada regressão logística múltipla, além da análise descritiva univariada e bivariada respectiva, utilizando o pacote estatístico SPSS versão 21. Parroquias caso foram principalmente urbanas e apresentaram una maior proporção de crianças menores de um ano de idade, assim como chefes de família con maior nível educativo, maior população indígena, menores taxas de imunização contra o sarampo, e menores taxas de atendimento pré-natal. Na análise multivariada, acharam-se associações significativas com o nível de escolaridade do chefe da família ≥ 8 anos (OR: 0,29; IC 95% 0,15-0,57) e ≥ 1,4% população indígena (OR: 3,29; IC 95% 1,63-6,68). O aumento da taxa da imunização contra o sarampo e do atendimento pré-natal teve um efeito de proteção contra o sarampo (P <0,05). Ausência de vacinação contra o sarampo foi o determinante mais importante do surto (P <0,001). Concluímos a partir desses resultados, que populações indígenas e aquelas com menor acesso aos serviços de saúde, manifestadas por coberturas vacinais inferiores, foram os mais vulneráveis durante o surto de sarampo. No segundo artigo apresentamos a análise de desigualdades sociais em saúde relacionadas com a vacinação contra sarampo. Foi utilizada nesse caso, informação coletada por agregados populacionais chamados de cantones, unidade político-territorial maior do que as paróquias. Delineou-se assim um estudo ecológico, incluindo 220 cantões do Equador. As fontes dos dados foram: um inquérito vacinal contra sarampo realizado entre 2011-12, com informação de 3.140.799 pessoas de 6 meses a 14 anos de idade, e o censo demográfico de 2010. Foi realizada regressão com análise espacial e análise de desigualdade social na cobertura. Na análise de dados achou-se que a cobertura vacinal contra sarampo se encontrava associada inversa e significativamente com a proporção de necessidades básicas insatisfeitas urbanas (P<0,01), porcentagem de indígenas e afro-equatorianos (P<0,05), e diretamente com a taxa de emprego no cantão (P<0,05). Houve dependência espacial nas variáveis e agrupamentos de cantões com baixas coberturas. Os percentuais mais baixos de cobertura vacinal ocorreram nos cantões com menor nível socioeconômico (RP 1.72; IC95% 1.69-1.72). Uma diferença na cobertura vacinal de 10,56 pontos percentuais entre os cantões estimados como estando na melhor versus a pior posição socioeconômica foi calculada pelo índice angular de desigualdade. O índice relativo de desigualdade de Kunst e Mackenbach mostrou que a cobertura de vacinação foi 1,12 vezes maior nos cantões com maior nível socioeconômico, quando comparados com os de menor nível. De acordo com esses resultados, concluímos que existem desigualdades sociais na cobertura vacinal afetando os cantões menos privilegiados. Sugere-se avaliar as estratégias atuais de vacinação nas populações menos favorecidas. / After more than a decade without cases of measles, Ecuador presented outbreak in the years 2011-2012, which reached nine provinces of the country, with a total of 329 cases. It is important to assess population characteristics associated with the outbreak, and identify social inequalities related to vaccination against measles, in order to have a coherent subsidy for the development of policies and strategies to prevent and control the disease. In the first article we identify the population characteristics associated with the outbreak through an ecological study of cases and controls, using aggregate data. Units of study were the 1024 parishes of Ecuador, the smallest political and territorial unity of the country. From the surveillance database of communicable diseases in the country, parishes-cases were defined those who had confirmed cases of measles, and parishes-control which had no cases of the disease. National census data as well as prenatal care data and vaccination against measles of Ministry of Health´s data, were used to assess socioeconomic characteristics, environmental and access to health services. A hierarchical model was designed for the analysis, considering the relationship between the variables according to the conceptual framework, and multiple logistic regression was applied in addition to the univariate and bivariate respective descriptiva analysis using the statistical package SPSS version 21. Parishes case were mostly urban and presented una higher proportion of children under one year of age, as well as higher educational level of householders, largest indigenous population, lower immunization rates against measles and lower prenatal care rates. Multivariate analysis found were significant associations with the head of the educational level of the family ≥ 8 years (OR: 0.29; 95% CI 0.15 to 0.57) and ≥ 1.4% indigenous population (OR: 3.29, 95% CI 1.63 to 6.68). The increased rate of measles immunization and prenatal care had a measles protective effect (P <0.05). Measles vaccination absent was the most important determinant of relapse (P <0.001). We conclude from these results that indigenous people and those with less access to health services, expressed by lower vaccination coverage, were the most vulnerable during the measles outbreak. In the second article we present the analysis of social inequalities in health related to vaccination against measles. It was used in this case, information collected by population aggregates called cantons, political-territorial unit larger than the parishes. An ecological study was designed, with 220 cantons of Ecuador included. The sources of data were: a survey about measles vaccination carried out in 2011-12, with information from 3,140,799 people 6 months to 14 years of age, and the national census of 2010. It was conducted regression analysis and spatial analysis of social inequality in coverage. Data analysis was found that vaccination coverage against measles was in reverse and significantly associated with the proportion of urban unsatisfied basic needs (P <0.01), percentage of indigenous and african-Ecuadorians (P <0.05) and directly with the employment rate in the canton (P <0.05). There was spatial dependence on the variables and the cantons of groups with low coverage. The lowest percentage of vaccination coverage occurred in the cantons with lower socioeconomic status (PR 1.72; 95% CI 1.69-1.72). A difference in vaccination coverage of 10.56 percentage points between the estimated cantons in the best versus the worst socioeconomic status was calculated using the angular index of inequality. The relative index of inequality of Kunst and Mackenbach showed that vaccination coverage was 1.12 times higher in cantons with higher socioeconomic level, when compared with the lower level. According to these results, we conclude that there are social inequalities in vaccination coverage affecting the less privileged cantons. It is suggested to assess current vaccination strategies in disadvantaged populations.
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Epidemia de sarampo no Equador em 2011-2012 : características associadas à ocorrência do surto e análise espacial da desigualdade social na vacinação contra sarampo

Rivadeneira Guerrero, María Fernanda January 2016 (has links)
Depois de mais de uma década sem casos de sarampo, Equador apresentou surto em 2011-2012, que atingiu nove províncias do país, com um total de 329 casos. Nosso objetivo foi avaliar características populacionais associadas ao surto, assim como identificar desigualdades sociais relacionadas com a vacinação contra sarampo. No primeiro artigo nós identificamos as características populacionais associadas ao surto, mediante um estudo ecológico de casos e controles, utilizando dados agregados. A unidade de estudo foram as 1024 paróquias do Equador. A partir do banco de dados da vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis do país foram definidas paróquias-caso aquelas que apresentaram casos confirmados de sarampo, e paróquias-controle as quais não tiveram casos da doença. Dados censitários nacionais além de dados da atenção pré-natal e da vacinação contra sarampo do Ministério de Saúde foram utilizados para avaliar características socioeconômicas, ambientais e de acesso aos serviços de saúde. Delineou-se um modelo de análise hierarquizado, considerando as relações entre as variáveis de acordo com o marco conceitual, e foi aplicada regressão logística múltipla, além da análise descritiva univariada e bivariada respectiva, utilizando o pacote estatístico SPSS versão 21. Parroquias caso foram principalmente urbanas e apresentaram una maior proporção de crianças menores de um ano de idade, assim como chefes de família con maior nível educativo, maior população indígena, menores taxas de imunização contra o sarampo, e menores taxas de atendimento pré-natal. Na análise multivariada, acharam-se associações significativas com o nível de escolaridade do chefe da família ≥ 8 anos (OR: 0,29; IC 95% 0,15-0,57) e ≥ 1,4% população indígena (OR: 3,29; IC 95% 1,63-6,68). O aumento da taxa da imunização contra o sarampo e do atendimento pré-natal teve um efeito de proteção contra o sarampo (P <0,05). Ausência de vacinação contra o sarampo foi o determinante mais importante do surto (P <0,001). Concluímos a partir desses resultados, que populações indígenas e aquelas com menor acesso aos serviços de saúde, manifestadas por coberturas vacinais inferiores, foram os mais vulneráveis durante o surto de sarampo. No segundo artigo apresentamos a análise de desigualdades sociais em saúde relacionadas com a vacinação contra sarampo. Foi utilizada nesse caso, informação coletada por agregados populacionais chamados de cantones, unidade político-territorial maior do que as paróquias. Delineou-se assim um estudo ecológico, incluindo 220 cantões do Equador. As fontes dos dados foram: um inquérito vacinal contra sarampo realizado entre 2011-12, com informação de 3.140.799 pessoas de 6 meses a 14 anos de idade, e o censo demográfico de 2010. Foi realizada regressão com análise espacial e análise de desigualdade social na cobertura. Na análise de dados achou-se que a cobertura vacinal contra sarampo se encontrava associada inversa e significativamente com a proporção de necessidades básicas insatisfeitas urbanas (P<0,01), porcentagem de indígenas e afro-equatorianos (P<0,05), e diretamente com a taxa de emprego no cantão (P<0,05). Houve dependência espacial nas variáveis e agrupamentos de cantões com baixas coberturas. Os percentuais mais baixos de cobertura vacinal ocorreram nos cantões com menor nível socioeconômico (RP 1.72; IC95% 1.69-1.72). Uma diferença na cobertura vacinal de 10,56 pontos percentuais entre os cantões estimados como estando na melhor versus a pior posição socioeconômica foi calculada pelo índice angular de desigualdade. O índice relativo de desigualdade de Kunst e Mackenbach mostrou que a cobertura de vacinação foi 1,12 vezes maior nos cantões com maior nível socioeconômico, quando comparados com os de menor nível. De acordo com esses resultados, concluímos que existem desigualdades sociais na cobertura vacinal afetando os cantões menos privilegiados. Sugere-se avaliar as estratégias atuais de vacinação nas populações menos favorecidas. / After more than a decade without cases of measles, Ecuador presented outbreak in the years 2011-2012, which reached nine provinces of the country, with a total of 329 cases. It is important to assess population characteristics associated with the outbreak, and identify social inequalities related to vaccination against measles, in order to have a coherent subsidy for the development of policies and strategies to prevent and control the disease. In the first article we identify the population characteristics associated with the outbreak through an ecological study of cases and controls, using aggregate data. Units of study were the 1024 parishes of Ecuador, the smallest political and territorial unity of the country. From the surveillance database of communicable diseases in the country, parishes-cases were defined those who had confirmed cases of measles, and parishes-control which had no cases of the disease. National census data as well as prenatal care data and vaccination against measles of Ministry of Health´s data, were used to assess socioeconomic characteristics, environmental and access to health services. A hierarchical model was designed for the analysis, considering the relationship between the variables according to the conceptual framework, and multiple logistic regression was applied in addition to the univariate and bivariate respective descriptiva analysis using the statistical package SPSS version 21. Parishes case were mostly urban and presented una higher proportion of children under one year of age, as well as higher educational level of householders, largest indigenous population, lower immunization rates against measles and lower prenatal care rates. Multivariate analysis found were significant associations with the head of the educational level of the family ≥ 8 years (OR: 0.29; 95% CI 0.15 to 0.57) and ≥ 1.4% indigenous population (OR: 3.29, 95% CI 1.63 to 6.68). The increased rate of measles immunization and prenatal care had a measles protective effect (P <0.05). Measles vaccination absent was the most important determinant of relapse (P <0.001). We conclude from these results that indigenous people and those with less access to health services, expressed by lower vaccination coverage, were the most vulnerable during the measles outbreak. In the second article we present the analysis of social inequalities in health related to vaccination against measles. It was used in this case, information collected by population aggregates called cantons, political-territorial unit larger than the parishes. An ecological study was designed, with 220 cantons of Ecuador included. The sources of data were: a survey about measles vaccination carried out in 2011-12, with information from 3,140,799 people 6 months to 14 years of age, and the national census of 2010. It was conducted regression analysis and spatial analysis of social inequality in coverage. Data analysis was found that vaccination coverage against measles was in reverse and significantly associated with the proportion of urban unsatisfied basic needs (P <0.01), percentage of indigenous and african-Ecuadorians (P <0.05) and directly with the employment rate in the canton (P <0.05). There was spatial dependence on the variables and the cantons of groups with low coverage. The lowest percentage of vaccination coverage occurred in the cantons with lower socioeconomic status (PR 1.72; 95% CI 1.69-1.72). A difference in vaccination coverage of 10.56 percentage points between the estimated cantons in the best versus the worst socioeconomic status was calculated using the angular index of inequality. The relative index of inequality of Kunst and Mackenbach showed that vaccination coverage was 1.12 times higher in cantons with higher socioeconomic level, when compared with the lower level. According to these results, we conclude that there are social inequalities in vaccination coverage affecting the less privileged cantons. It is suggested to assess current vaccination strategies in disadvantaged populations.
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Pobreza, desigualdade e assistência social : um estudo dos programas de transferência de renda do México, Brasil, Colômbia e Chile

Damasceno, Luiz Rogério da Silva January 2017 (has links)
DAMASCENO, Luiz Rogério da Silva. Pobreza, desigualdade e assistência social: um estudo dos programas de transferência de renda do México, Brasil, Colômbia e Chile. 2017. 138 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Direito, Fortaleza, 2017. / Submitted by Vera Martins (vera.lumar@hotmail.com) on 2017-07-03T12:15:55Z No. of bitstreams: 1 2017_dis_lrsdamasceno.pdf: 2374411 bytes, checksum: 05c678514bdb0399a060fac3ffb10f88 (MD5) / Approved for entry into archive by Camila Freitas (camila.morais@ufc.br) on 2017-07-04T10:34:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_dis_lrsdamasceno.pdf: 2374411 bytes, checksum: 05c678514bdb0399a060fac3ffb10f88 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-04T10:34:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_dis_lrsdamasceno.pdf: 2374411 bytes, checksum: 05c678514bdb0399a060fac3ffb10f88 (MD5) Previous issue date: 2017 / The present dissertation sought to analyze social assistance as the predominant public policy of intervention in the issue of poverty in its different dimensions and conceptions, emphasizing for both its character of fundamental and human right, using as theoretical reference the conceptions of social justice of John Rawls and Amartya Sen, also addressing solidarity and inequality as related issues. Starting from a historical foreshortening around the reconstruction of the concept of poverty, the evolution of the assistance action destined to the needy was verified, which went through a primitive period in which the mendicancy was object of exclusion and punishment until arriving at the present moment, where Poverty is seen as the real social issue, the result of political choices and the prevailing social will, and, on account of that, deserves social protection. Finally, the direct transfer of financial resources to the poorest was analyzed with the main public assistance policy, based on conditional income transfer programs in four Latin American countries (Mexico, Brazil, Colombia and Chile). / A presente dissertação buscou analisar a assistência social como política pública predominante de intervenção na questão da pobreza em suas diferentes dimensões e concepções, ressaltando-se para tanto seu caráter de direito fundamental e humano, utilizando como referencial teórico as concepções de justiça social de John Rawls e Amartya Sen, abordando ainda a solidariedade e a desigualdade como temas correlatos. Partindo de um escorço histórico em torno de reconstrução do conceito de pobreza, verificou-se a evolução da ação assistencial destinada aos necessitados, a qual passou por um período primitivo no qual a mendicância era objeto de exclusão e punição até chegar ao momento atual, onde a pobreza é vista como a verdadeira questão social, fruto das opções políticas e da vontade social prevalecente, e, por conta disso, merecedora de proteção social. Por fim, analisou-se a principal política pública assistencial da atualidade consistente na transferência direta de recursos financeiros aos mais pobres, tomando como referência programas de transferência de renda condicionada em quatro países da América Latina (México, Brasil, Colômbia e Chile).
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Aborto inseguro: determinantes sociais e iniquidades em saúde em uma população vulnerável – Favela Inajar de Souza, São Paulo, SP, Brasil / Unsafe Abortion: social determinants and health inequities in a vulnerable population – Favela Inajar de Souza, São Paulo, SP, Brazil

Fusco, Carmen Linda Brasiliense [UNIFESP] 27 July 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-07-27 / Após 17 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), Cairo, 1994, a situação do Aborto Inseguro (AI), nela contemplado como um grave problema de Saúde Pública, permanece inalterada no Brasil. O aborto inseguro é a principal causa de mortalidade materna na América Latina e Caribe, região que possui a mais alta taxa de abortos inseguros, ilegais e clandestinos. Em torno de 21% das mortes maternas na região devem-se às complicações relacionadas ao aborto inseguro. Esta pesquisa foi sediada em uma comunidade da periferia da cidade de São Paulo: um estudo transversal que teve por objetivos estimar a prevalência de mulheres com aborto inseguro, bem como identificar as características sociodemográficas (CSD) a ele associadas, e sua morbidade. Foram entrevistadas todas as mulheres entre 15 e 54 anos residentes na comunidade (Censo). Na análise dos dados, após medidas de associação, foram efetuadas análises univariadas de Regressão Logística Multinomial (RLM) para as categorias AP (aborto provocado inseguro) e AE (aborto espontâneo) tendo como referência a categoria NA (sem aborto). As variáveis que mostraram associações com p<0,20 foram selecionadas para entrar em um modelo inicial de RLM Múltipla (RLMM) para identificação das variáveis que permaneceriam no modelo final, com estimação das Odds Ratio (IC=95% e p<0,05). Nos resultados, as CSD cujas variáveis categorizadas permaneceram nos 2 modelos finais da análise de RLMM foram: idade da 1ª relação sexual menor que 16 a, defasagem NV ≥ Ideal, número de parceiros no último ano anterior à pesquisa maior que dois, escolaridade < 4a, etnia negra/cor preta, estado civil “não casadas” e aceitação do aborto por falta de condições econômicas. Após os resultados obtidos, foi efetuado estudo que teve por finalidade analisar a influência exercida pelos determinantes sociais da saúde (DSS) na ocorrência do AI e CSD associadas e as iniquidades em saúde por eles geradas, tomado como desfecho de saúde principal o abortamento inseguro, com suas consequências e/ou complicações. São discutidas nessa análise as CSD cujas variáveis permaneceram nos resultados, além da renda per capita e alta morbidade, com uma abordagem voltada aos determinantes sociais da saúde (DSS), segundo conceito e modelo adotados pela WHO, e às iniquidades em saúde provocadas na população. Verificou-se que o AI e CSD associadas são influenciados pelos DSS descritos, gerando nessa população iniquidades em saúde de proporções diversas. / Seventeen years after the International Conference on Population and Development (ICPD), Cairo, 1994, the situation of Unsafe Abortion (UA), considered a serious public health issue by the time the conference was held, remains the same in Brazil. Unsafe abortion is the main cause of maternal death in Latin America and the Caribbean, a region containing the highest unsafe, illegal and clandestine abortion rate. Approximately 21% of maternal deaths in the region occur due to complications related to unsafe abortion. This research took place on a peripheral community in the city of Sao Paulo: a cross-sectional study with the objective of estimating the prevalence of women that undergo unsafe abortions as well as identifying the social demographic characteristics (SDC) associated with it and its mortality rate. Interviews were conducted with women ranging from 15 to 54 years of age living in the community (Census). In the data analysis, after applying measures of association, univariate analyses of Multinomial Logistic Regression (MLR) were conducted for the IA (unsafe induced abortion) and SA (spontaneous abortion) categories having as a reference the NA (no abortion) category. The variables that resulted in associations with p<0.20 were selected for a Multiple MLR (MMLR) initial model for identifying the variables that would remain in the final model, with estimated Odds Ratio (CI=95% and p<0.05). In the results, the SDC whose variables remained in the final models of the MMLR analysis were: age at first sexual intercourse (< 16 years), gap (LB ≥ IN), number of sex partners (> 2), low schooling (< 4 years), ethnicity/color (black), marital status (not married) and acceptance of abortion due to insufficient economic conditions. From the results obtained, a study was developed in order to analyze the influence made by social determinants of health (SDH) on the occurrence of UA and associated SDC and the health inequities generated by them, whereas the main outcome in terms of health is unsafe abortion, along with its consequences and/or complications. This analysis discusses the SDC whose variables remain in the results, in addition to the per capita income and high morbidity rate, under an approach aimed at social determinants of health (SDH) according to the WHO concept and model and health inequities inflicted on the population. It was verified that UA and associated SDC are influenced by the described SDH, thus causing health inequities on several levels. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Vidas negras que se esvaem: experiencias de saude dos funcionarios escolares em situacao de trabalho

Chaves, Fatima Machado. January 2004 (has links) (PDF)
Doutor -- Escola Nacional de Saude Publica, Rio de Janeiro, 2004.
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Avaliação da atenção pré-natal no Rio Grande do Sul : um estudo sobre as desigualdades regionais e sociais

Bonacina, Caroline Maria January 2015 (has links)
Introdução: A atenção pré-natal (APN) é um componente prioritário da atenção básica (AB). Atualmente, existe um conjunto de indicadores de cobertura que avalia a APN. Os principais desfechos adversos da gestação (prematuridade e baixo peso) e a mortalidade neonatal também são indicadores utilizados para avaliar a qualidade da APN. O objetivo deste trabalho é avaliar desigualdades na APN, a partir dos indicadores de cobertura da APN e indicadores de desfechos adversos e mortalidade neonatal, no estado do Rio Grande do Sul (RS), conforme as regiões de saúde e vulnerabilidade social, de 2010 a 2013. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, baseado na epidemiologia social, com delineamento de série histórica e estudo ecológico, no qual os indicadores foram agregados por macrorregiões e regiões de saúde e índice de vulnerabilidade social.Para a avaliação dos indicadores na perspectiva de possíveis desigualdades sociais, foram escolhidos dois índices: o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS-5) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divididos em categorias. Para o cálculo dos indicadores, os dados foram extraídos dos seguintes Sistemas de Informação em Saúde (SIS) do DATASUS: Sala de Apoio à Gestão Estratégica Situacional (SAGE), Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Resultados: Houve aumento da cobertura de estratégia de saúde da família (ESF) e equipes de saúde bucal (ESB) no RS ao longo dos anos. A análise por macrorregiões e regiões de saúde mostrou elevadas coberturas da APN na maioria dos locais. Foram observadas desigualdades de cobertura, ocorrência dos desfechos negativos e mortalidade neonatal por macrorregiões e regiões de saúde. A análise por IVS-5 permitiu observar que nas categorias com municípios mais vulneráveis, há um expressivo incremento nas coberturas de ESF e ESB, que se traduzem em melhores indicadores da APN e menores taxas de desfechos adversos e mortalidade neonatal. O IDHM não se mostrou como um bom índice para este trabalho. Considerações finais: Há disparidades em termos de cobertura de ESF e ESB no RS quando observadas as macrorregiões, regiões e categorias de IVS-5. Desigualdades são observadas nas coberturas de APN, desfechos adversos e mortalidade neonatal entre macrorregiões e regiões de saúde. Os indicadores de cobertura de APN são melhores nas categorias de IVS-5-3 e IVS-5-4, categorias formadas pelos municípios mais vulneráveis. Nesse sentido, pode-se concluir que há uma preocupação do estado em investir em equipes em áreas mais vulneráveis, seguindo-se o princípio da equidade. Possivelmente, se não houvesse esse incremento em ESF e ESB, seriam observadas baixas coberturas de APN e elevados índices de desfechos adversos da gestação e mortalidade neonatal nas categorias de municípios mais vulneráveis. / Introduction: Prenatal care (PNC) is a main component of primary care (PC). Currently, there is a set of coverage indicators that assess PNC. The main adverse results of pregnancy (preterm birth and low weight) and neonatal mortality are also indicators used to assess the quality of PNC. The goal of this work is to evaluate inequalities in APN, from the coverage indicators of APN and indicators of adverse outcomes and neonatal mortality, in the estate of Rio Grande do Sul (RS) sorted by healthcare regions and social vulnerability, from 2010 to 2013. Methods: This is a quantitative study based on social epidemiology, with a historical series and ecological study design, in which indicators were pooled by macro region, healthcare region and social vulnerability index. To assess indicators for potential social inequalities, two indexes were chosen: the Social Vulnerability Index (IVS-5) and the Municipal Human Development Index (MHDI), divided into categories. For the calculation of indicators, data were retrieved from the following Health Information Systems (SIS) of DATASUS: Situational Strategic Management Support Room (SAGE), Primary Care Information System (SIAB), Live Birth Information System (SINASC), and Mortality Information System (SIM). Results: There was an increase in the coverage of family health strategy (ESF) and oral health teams (ESB) in the RS over the years. The analysis according to macro regions and healthcare regions showed high PNC coverage in most locations. Coverage inequalities, occurrence of negative outcomes and neonatal mortality by macro regions and healthcare regions were observed. The IVS-5 analysis allowed us to observe that, in categories with more vulnerable municipalities, there was a sharp increase in ESF and ESB coverage, which translated into better PNC indicators and lower rates of adverse outcomes and neonatal mortality. The MHDI was not shown to be a good index for this study. Final considerations: There were discrepancies regarding ESF and ESB coverage in the RS when macro regions, regions and IVS-5 categories were observed. Inequalities were observed in PNC coverage between macro regions and healthcare regions. PNC indicators were better in the IVS-5-3 and IVS-5-4 categories, which comprised more vulnerable cities. Therefore, we can conclude that there is a concern in the state with investing in health teams in more vulnerable locations in accordance with the principle of equity. Possibly, if this increase in ESF and ESB had not taken place, low PNC coverage and high rates of adverse outcomes from pregnancy and neonatal mortality would be seen in the categories comprising more vulnerable cities.
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Aborto inseguro: freqüência e características sociodemográficas associadas, em uma população vulnerável - Favela Inajar de Souza, São Paulo

Fusco, Carmen Linda Brasiliense [UNIFESP] January 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:44:54Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006 / O Aborto Inseguro e, ainda, um grave problema de Saúde Publica. E o aborto a principal causa de Mortalidade Materna na America Latina e Caribe (OPS). No Brasil, 21% das mortes maternas devem-se as complicacoes do Aborto Clandestino Inseguro (OMS). A quase totalidade desses obitos poderia ser evitada nao fosse a clandestinidade dos abortos e as condicoes inseguras como sao praticados. Faltam estudos epidemiologicos sobre Aborto Inseguro, em populacoes em situacao de pobreza, de forma que se possa estimar seu real impacto em Saúde Reprodutiva. Objetivo: As ponderacoes acima justificam este Projeto: um estudo transversal que tem por Objetivo estimar o total de abortos ocorridos, a frequencia de mulheres com Aborto Inseguro, bem como determinar os fatores socio-demograficos associados a ele, em uma populacao em situacao de pobreza. Metodos: Esta pesquisa foi sediada em uma comunidade da Z. Norte da cidade de São Paulo, Favela Inajar de Souza. Foram entrevistadas todas as mulheres de 15 a 54 anos nela residentes (Censo), no 2º semestre de 2005. O levantamento de dados foi efetuado por meio de entrevista estruturada, de forma direta, face a face, por entrevistadoras treinadas, no domicilio da entrevistada. Na analise dos dados buscou-se detectar associacoes, pelos testes de qui-quadrado e Fisher, entre a variavel resposta u aborto inseguro - e cada uma das variaveis independentes. A analise dos Resultados aponta um alto numero de abortos inseguros, 144 para 375 mulheres, sendo de 82 a parcela relativa apenas aos abortos provocados, maior que a de outras pesquisas domiciliares realizadas na Cidade de São Paulo. Resultados e Conclusoes: 1. Encontrou-se, na populacao estudada, um alto numero de abortos inseguros. Em relacao ao aborto inseguro provocado (AP), a despeito de o maior numero de abortos ter ocorrido entre mulheres de 13 a 24 anos, e a frequencia de mulheres com AP tambem ter sido maior nesse estrato, as mulheres com mais de 25 anos tiveram proporcionalmente mais abortos provocados (AP) que nascidos vivos (NV), demonstrando a utilizacao do aborto como controle da fecundidade. Ainda, em relacao ao AP, a maioria das mulheres que o induziu, de maneira insegura e clandestina, estava solteira, ou sem companheiro fixo, e declarou maior aceitacao a recorrencia ao aborto no caso de gestacao indesejada (56%) e nao desejar engravidar novamente (76,5%). 2. As mulheres em situacao de pobreza, recorrem, comprovadamente, ao abortamento inseguro como forma de regulacao da fecundidade, como denotam as taxas de Gestacao, sendo que, somente neste grupo populacional, nota-se tao elevada porcentagem de complicacoes pos-aborto revertidas em internacoes hospitalares (82,79%). 3. Foram encontradas, para o Total de Mulheres, associacoes estatisticamente significativas entre Aborto Inseguro e Renda/Escolaridade, Aborto Inseguro e Cor/Etnia, Aborto Inseguro e Migracao Interna, e Aborto Inseguro e Nao Apoio do parceiro u o que torna esta populacao especialmente vulneravel ao aborto inseguro frente as violencias estruturais (desigualdade social, desigualdade de genero, racismo e migracao). 4. A vulnerabilidade, individual, social e programatica, ao aborto inseguro e, por extensao, aos agravos a Saúde da mulher, nesta populacao, mostrou-se elevada (alta) / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Vidas negras que se esvaem: experiências de saúde dos funcionários escolares em situação de trabalho / Black lives that if dissipate: experiences of the school employees' health in work situation

Chaves, Fátima Machado January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-05T18:24:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 201.pdf: 3291702 bytes, checksum: ac4841c2f91a9c0e67450408f10788f6 (MD5) Previous issue date: 2004 / Investigamos como as desigualdades sócio-econômicas, em sua transversalidade com as raciais e as de gênero contribuem para o processo saúde/doença de serventes e merendeiras, responsáveis pela limpeza e pelo preparo e distribuição da alimentação em escolas municipais da cidade do Rio de Janeiro. Elas são, em geral, mulheres negras e pobres, ex-empregadas domésticas. Nas escolas encontram condições de trabalho extremamente precarizadas, contudo conseguem realizar satisfatoriamente as tarefas prescritas, pois contam com as competências adquiridas no universo feminino, criando modos operatórios adequados à variabilidade do processo de trabalho. A dupla, ou até tripla, jornada de trabalho exercida interfere em suas vidas e trabalhos remunerados, potencializando adoecimentos propiciados pelo ambiente escolar, observado pelo número de licenças e/ou readaptações médicas, devido às responsabilidades domésticas, a ausência de descanso e lazer e a repetição dos conteúdos de suas atividades, tipo domésticas. O valor social negativo do trabalho doméstico no Brasil deve-se à sua estigmatização desde o período escravista até a atualidade. Esse trabalho, ainda de responsabilidade feminina, configura-se como um dos fatores de exploração econômica e de dominação de gênero, porém, em maior grau, para as mulheres negras e pobres. As entrevistadas sofreram o racismo brasileiro , nunca institucionalizado, de forma circunstancial e interacional. As estratégias de enfrentamento ao racismo foram: negar a existência, ignorando-o; fingir que não aconteceu com elas, apenas com o outro . Nas escolas, é pouco visto, mas sentido com os alunos. Algumas enfrentaram-no, valorizando a cultura negra e uma educação inclusiva. As relações entre racismo e saúde podem ser indiretas, derivadas das condições sociais objetivas produtoras de circularidades entre vida, trabalho e adoecimento ou podem ser diretas, vindas das condições subjetivas que acarretam sofrimentos silenciosos. Paradoxalmente, as evidências empíricas das desigualdades sociais geradas pelo racismo não têm sensibilizado os pesquisadores para avaliar seus efeitos na saúde

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