Esta dissertação aborda o Direito Ático por um prisma axiológico. Admite a influência dos valores na formulação de normas e institutos, e destaca um valor que considera como dos mais importantes na cultura grega dos séculos V e IV a.C., a saber, a honra. Uma primeira parte do trabalho se propõe a delimitar a honra, distinguindo seu uso em dois sentidos principais de: valor que se tem, e de fenômeno da percepção deste valor. Uma segunda parte demonstra a origem do apreço pela honra e pela excelência na poesia épica, esclarecendo depois que posição a honra ocupa na escala grega de valores. Trata-se ainda da guerra como local para o nascimento e consolidação dos significados de honra de que dispomos, e em seguida, aborda a tormentosa situação enfrentada por Drácon por conta da prática da vingança privada, destacando a vinculação desta ao restabelecimento da honra e comentado as características da lei de homicídio de Drácon. A terceira parte dedica-se a detalhado exame de três institutos jurídicos Áticos que têm na honra sua razão de ser: perda dos direitos civis, atimía; serviços ao povo de Atenas, liturgias; a tratamento e punição da hýbris. / The present work examines Attic Law through an axiological perspective. Admits the role of values in forming norms and juridical institutes, focusing in a special value considered to be one of the main forms of excellence in 5th and 4th century: honor. The first part of the work delimits honor, indicating two meanings for the term: a value that the subject has, and the perception of such a value by others. A second part demonstrates the origin of the greek concern with honor and excellence in Homer´s epic poetry, establishing a post for honor in greek axiological rankings. Identifies war as the birthplace of the meanings of honor we discussed, and analyzes the difficult social condition that Draco had to face in its time, related to private revenge, emphasizing it connection with the theme of honor and commenting Draco´s Homicide Law. The third part brings a detailed exam of three of attic law´s institutes related to honor: disenfranchisement, atimía; public service in Athens, liturgies; treatment and punishment of hýbris.

Esta dissertação aborda o Direito Ático por um prisma axiológico. Admite a influência dos valores na formulação de normas e institutos, e destaca um valor que considera como dos mais importantes na cultura grega dos séculos V e IV a.C., a saber, a honra. Uma primeira parte do trabalho se propõe a delimitar a honra, distinguindo seu uso em dois sentidos principais de: valor que se tem, e de fenômeno da percepção deste valor. Uma segunda parte demonstra a origem do apreço pela honra e pela excelência na poesia épica, esclarecendo depois que posição a honra ocupa na escala grega de valores. Trata-se ainda da guerra como local para o nascimento e consolidação dos significados de honra de que dispomos, e em seguida, aborda a tormentosa situação enfrentada por Drácon por conta da prática da vingança privada, destacando a vinculação desta ao restabelecimento da honra e comentado as características da lei de homicídio de Drácon. A terceira parte dedica-se a detalhado exame de três institutos jurídicos Áticos que têm na honra sua razão de ser: perda dos direitos civis, atimía; serviços ao povo de Atenas, liturgias; a tratamento e punição da hýbris. / The present work examines Attic Law through an axiological perspective. Admits the role of values in forming norms and juridical institutes, focusing in a special value considered to be one of the main forms of excellence in 5th and 4th century: honor. The first part of the work delimits honor, indicating two meanings for the term: a value that the subject has, and the perception of such a value by others. A second part demonstrates the origin of the greek concern with honor and excellence in Homer´s epic poetry, establishing a post for honor in greek axiological rankings. Identifies war as the birthplace of the meanings of honor we discussed, and analyzes the difficult social condition that Draco had to face in its time, related to private revenge, emphasizing it connection with the theme of honor and commenting Draco´s Homicide Law. The third part brings a detailed exam of three of attic law´s institutes related to honor: disenfranchisement, atimía; public service in Athens, liturgies; treatment and punishment of hýbris.

Les romancières du XVIIIe siècle ont rencontré – en leur temps – un succès réel et vif à l’échelle européenne. Elles ont pourtant été écartées de la transmission du patrimoine littéraire. Il importe d’élucider les causes et les circonstances de cette mise à l’écart. Elles bousculent, avec une rare insolence, les présupposés liés à l’auctorialité, au genre romanesque et à l’écriture des femmes. Ce travail explore les destinées de quelques-unes de ces romancières – Mme Riccoboni, Mme de Tencin, Mme d’Epinay – et de leurs textes afin de prendre la mesure des représentations imaginaires qui ont façonné leur réception. Il s’agit par conséquent de renouveler la lecture de ces textes que, peut-être, nous ne savons pas, ou plus, lire. C’est ce que permet la notion de décalage. Par le jeu des discours, les romans de Mme de Tencin et de Mme de Fontaines subvertissent l’ordre symbolique de la société patriarcale. De ces romans se dégagent les spécificités d’une position féminine. Ces textes ont tendance, pourtant, à figer in fine les termes du discours romanesque. L’ironie aux multiples usages est le discours qui permet de sortir des impasses discursives rencontrées dans cette étude. Dans sa diversité, l’ironie est la plus à même de maintenir, pour les personnages féminins de Mme de Souza, de Mme Cottin ou dans les romans de Mme de Charrière, l’ouverture du décalage, l’insolence du questionnement, véritable condition du littéraire et du féminin. / 18th century female novelists enjoyed, in their time, strong and vibrant acclaim throughout Europe. Their work nonetheless did not become part of the literary heritage. It is important to analyse the circumstances and reasons for this exclusion.They irreverently question the codes and conventions of authorship, as well as fiction and women’s writing. This work explores the fate of some of these writers – Mme Riccoboni, Mme de Tencin, Mme d’Epinay – and their work, so as to understand the full extent of the collective projections that explain how they have been perceived.Hence, we need to go back on these novels which, maybe, we no longer know how to read. This is made possible by the notion of distance, incongruence or discrepancy. Through the play of different discourses, Mme de Tencin’s and Mme de Fontaines’ novels subvert the symbolic order of patriarchal society. Their novels set out the contours and specifics for the position of women. Yet, they tend to overly constrain the rules of fictional discourse.Irony, in its multiple shapes, is the discourse that allows to circumvent the discursive traps encountered in this study. In its diversity, irony is best suited to sustain – for the female characters of Mme de Souza, Mme Cottin or those in Mme de Charrière’s novels – the opening brought about by distance, the irreverence of questioning – true requirement for literature as well as for all that is feminine.