Sabemos que muitas das crianças abrigadas em instituições para abandonados, infelizmente, não serão beneficiadas pelos Programas de Colocação em Lar Substituto (guarda, tutela e adoção). Desse modo, passam a viver na instituição até que completem a maioridade quando, inevitavelmente, terão que ser desligadas. Este estudo vem focalizar, portanto, a experiência de adolescentes abandonados e institucionalizados frente ao desligamento institucional, em função da maioridade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de base fenomenológica onde buscamos trabalhar com depoimentos de jovens que estão vivenciando o processo de desligamento. A partir da perspectiva destes, estabelecemos uma discussão/reflexão em torno do significado/representação do desligamento na vida dos adolescentes e do papel dos educadores no conjunto das práticas institucionais, encaminhando-nos para possíveis alternativas que viabilizem processos de desligamentos mais satisfatórios tanto para os adolescentes quanto para a equipe de profissionais que com eles trabalham / We are aware that the substitute home placement programs (Keepers, guardianshipo or adoption) will not, unfortunately, benefit many of the children living in abandoned/child institutions. For that reason, they remain at the institution until they are legally of age (majority), when they will be, inevitable, dismissed. The present study focuses, therefore, on the experience of abandoned and institutionalized adolescents in face of being disconnected from the institution due to becoming legally adults. This will be a qualitative research, based on the phenomenology approach, analyzing depositions of teen-agers who are experiencing the disconnection process. Considering their perspective, we establish a discussion/reflection on the meaning/representation the adolescents have of the institutional disconnection and on the role played by the educators in the complex of institutional practices. We point to possible alternatives which will enable more satisfactory disconnection processes for the adolescents as well as for the professionals that work with them

O presente estudo visou a investigar a influência dos diferentes contextos na expressão das emoções morais e da gratidão na vida cotidiana de adolescentes que vivem em situação de risco. O Estudo I avaliou os relatos de episódios emocionais sobre alegria, nojo, pena, desprezo, culpa, vergonha e raiva indicados como significativos na vida de 33 adolescentes em situação de rua e 27 adolescentes que vivem em situação de pobreza com suas famílias e mantém contato estável com a escola, da cidade de Porto Alegre, com idades entre 11 e 16 anos e de ambos os sexos. A análise dos episódios emocionais apontou um total de 639 relatos envolvendo as sete emoções investigadas e não verificou diferença significativa quanto à média de relatos citados pelos grupos, revelando que o risco não impediu o desenvolvimento de aspectos positivos. Os resultados indicaram que à medida que aumentou a freqüência e a intensidade do risco e da adversidade e diminuiu a presença estável de responsáveis na trajetória dos adolescentes diferentes temáticas afetivas e morais foram apresentadas. Os dados mostraram que a percepção de prejuízo e a falta de cuidado orientaram as avaliações morais. O Estudo II visou a investigação da disposição para experenciar gratidão de 856 adolescentes, com idades entre sete e 16 anos, que viviam em diferentes contextos de risco. Os participantes foram distribuídos em dois grupos: G1 contou com a participação de 593 crianças e adolescentes que viviam em situação de pobreza com suas famílias, que mantinham uma relação estável com a escola, com idade média de 11,2 (SD = 1,95). G2 foi constituído por 263 que moravam em instituições, com idade média de 11,19 (SD = 2,08). Foram submetidos à entrevista semi-estruturada, ao Inventário de Eventos Estressores na Adolescência, a Escala de Afeto Positivo e Negativo e a Escala de Gratidão. Os resultados confirmaram que os adolescentes institucionalizados apresentaram uma maior freqüência de eventos estressores (p<0,05), expondo-os à maior vulnerabilidade. Testes bivariados e análises multivariadas não identificaram diferença significativa (p>0,05) entre os grupos para a expressão de gratidão, afeto positivo e afeto negativo. Tais resultados reiteram que as condições de vida impostas pelos contextos de desenvolvimento, representados pela família e pela instituição nesse estudo, não influenciaram na expressão emocional e a gratidão dos jovens, evidenciando que mesmo frente às adversidades os adolescentes mantêm seus recursos emocionais preservados. Entre os sexos, apenas no afeto negativo as meninas mostraram escores mais altos do que os meninos (p<0,05). Os dados revelaram, ainda, que o afeto positivo e separação dos pais foram preditores da gratidão, enquanto eventos estressores e a falta de cuidado e de atenção dos pais foram preditores para afeto negativo. Apesar das adversidades vividas, os dados sugeriram que as crianças e os adolescentes deste estudo experenciaram processos de resiliência vinculados, especialmente, às habilidades emocionais para o enfrentamento dos obstáculos impostos pela condição de vida. / This study aimed to investigate moral emotions and gratitude in the lives of at risk adolescents. Study I assessed emotional reports about joy, pity, disgust, contempt, guilt, shame and anger indicated by 33 adolescents who lived in the street and 27 who lived with their families and attended school, of both sexes, aged 11 to 16 years. Results revealed 639 emotional experiences. There were no differences between groups in the frequency of emotional experiences, besides risk did not shape positive development. Moral topics were associated with increased frequency and intensity of risk and reduced responsible parents. Data showed that prejudice and lack of care guided moral evaluations. Study II aimed to investigate gratitude presented for 856 adolescents, aged to 7 to 16 years, who lived in different risk contexts. Poverty was considered as an a priori inclusive condition for the participants, and those who lived with their families and attended school (G1, n= 593) were compared to those who lived in shelters (G2, n= 263). Stressing events evaluations, positive affect, negative affect and gratitude were measures. Sheltered adolescents informed more stressing events (p<0,05), which reported that they were at vulnerability situation. Bivariates and multivariates analyses did not identify a significant difference (p>0,05) between groups for the expression of gratitude, positive affect and negative affect. Results revealed that life conditions did not predict gratitude and emotional response. In spite of adversity adolescents keep their emotional resources preserved. Girls reported more negative affect than boys (p<0,05). Positive affect and parents separation were predictors of gratitude, as stressing events and lack of care and attention of parents were predictors for negative affect. Data suggested that adolescents built resilience process, especially emotional strategies to confront the obstacles imposed by the condition of life.

O presente estudo visou a investigar a influência dos diferentes contextos na expressão das emoções morais e da gratidão na vida cotidiana de adolescentes que vivem em situação de risco. O Estudo I avaliou os relatos de episódios emocionais sobre alegria, nojo, pena, desprezo, culpa, vergonha e raiva indicados como significativos na vida de 33 adolescentes em situação de rua e 27 adolescentes que vivem em situação de pobreza com suas famílias e mantém contato estável com a escola, da cidade de Porto Alegre, com idades entre 11 e 16 anos e de ambos os sexos. A análise dos episódios emocionais apontou um total de 639 relatos envolvendo as sete emoções investigadas e não verificou diferença significativa quanto à média de relatos citados pelos grupos, revelando que o risco não impediu o desenvolvimento de aspectos positivos. Os resultados indicaram que à medida que aumentou a freqüência e a intensidade do risco e da adversidade e diminuiu a presença estável de responsáveis na trajetória dos adolescentes diferentes temáticas afetivas e morais foram apresentadas. Os dados mostraram que a percepção de prejuízo e a falta de cuidado orientaram as avaliações morais. O Estudo II visou a investigação da disposição para experenciar gratidão de 856 adolescentes, com idades entre sete e 16 anos, que viviam em diferentes contextos de risco. Os participantes foram distribuídos em dois grupos: G1 contou com a participação de 593 crianças e adolescentes que viviam em situação de pobreza com suas famílias, que mantinham uma relação estável com a escola, com idade média de 11,2 (SD = 1,95). G2 foi constituído por 263 que moravam em instituições, com idade média de 11,19 (SD = 2,08). Foram submetidos à entrevista semi-estruturada, ao Inventário de Eventos Estressores na Adolescência, a Escala de Afeto Positivo e Negativo e a Escala de Gratidão. Os resultados confirmaram que os adolescentes institucionalizados apresentaram uma maior freqüência de eventos estressores (p<0,05), expondo-os à maior vulnerabilidade. Testes bivariados e análises multivariadas não identificaram diferença significativa (p>0,05) entre os grupos para a expressão de gratidão, afeto positivo e afeto negativo. Tais resultados reiteram que as condições de vida impostas pelos contextos de desenvolvimento, representados pela família e pela instituição nesse estudo, não influenciaram na expressão emocional e a gratidão dos jovens, evidenciando que mesmo frente às adversidades os adolescentes mantêm seus recursos emocionais preservados. Entre os sexos, apenas no afeto negativo as meninas mostraram escores mais altos do que os meninos (p<0,05). Os dados revelaram, ainda, que o afeto positivo e separação dos pais foram preditores da gratidão, enquanto eventos estressores e a falta de cuidado e de atenção dos pais foram preditores para afeto negativo. Apesar das adversidades vividas, os dados sugeriram que as crianças e os adolescentes deste estudo experenciaram processos de resiliência vinculados, especialmente, às habilidades emocionais para o enfrentamento dos obstáculos impostos pela condição de vida. / This study aimed to investigate moral emotions and gratitude in the lives of at risk adolescents. Study I assessed emotional reports about joy, pity, disgust, contempt, guilt, shame and anger indicated by 33 adolescents who lived in the street and 27 who lived with their families and attended school, of both sexes, aged 11 to 16 years. Results revealed 639 emotional experiences. There were no differences between groups in the frequency of emotional experiences, besides risk did not shape positive development. Moral topics were associated with increased frequency and intensity of risk and reduced responsible parents. Data showed that prejudice and lack of care guided moral evaluations. Study II aimed to investigate gratitude presented for 856 adolescents, aged to 7 to 16 years, who lived in different risk contexts. Poverty was considered as an a priori inclusive condition for the participants, and those who lived with their families and attended school (G1, n= 593) were compared to those who lived in shelters (G2, n= 263). Stressing events evaluations, positive affect, negative affect and gratitude were measures. Sheltered adolescents informed more stressing events (p<0,05), which reported that they were at vulnerability situation. Bivariates and multivariates analyses did not identify a significant difference (p>0,05) between groups for the expression of gratitude, positive affect and negative affect. Results revealed that life conditions did not predict gratitude and emotional response. In spite of adversity adolescents keep their emotional resources preserved. Girls reported more negative affect than boys (p<0,05). Positive affect and parents separation were predictors of gratitude, as stressing events and lack of care and attention of parents were predictors for negative affect. Data suggested that adolescents built resilience process, especially emotional strategies to confront the obstacles imposed by the condition of life.

No Brasil, a porcentagem de pessoas idosas e sua expectativa de vida aumentam gradualmente. O envelhecimento é considerado um fenômeno natural, social, cultural e econômico. Ademais, a redução da taxa de fecundidade, diminuição de integrantes das famílias, as mudanças nos padrões de nupcialidade e a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho reduzem a disponibilidade de cuidadores familiares; tudo isso torna o idoso mais suscetível ao stress. Assim, pensar em questões referentes ao envelhecimento e ao dia a dia dos idosos passa a ser uma necessidade dentro da realidade brasileira. Entre os serviços especializados voltados para a população idosa em nosso país, estão as ILPIs (Instituição de Longa Permanência para Idosos), responsáveis por auxiliar os idosos em suas tarefas diárias e/ou dificuldades relacionadas ao envelhecimento físico, psicológico, cognitivo e social. O aumento paradoxal do nível de stress na vida cotidiana e da longevidade dos seres humanos convida a refletir sobre as estratégias desenvolvidas para minimizar o efeito deletério do agente stressor. Assim, este estudo pretende compreender e descrever o stress, a partir da perspectiva ainda pouco estudada, de idosos em situação de dependência física e/ou financeira, com autonomia cognitiva-funcional, residentes em ILPIs. Investigaremos a relação entre a história pessoal e o nível de stress nessa população, buscando compreender e descrever o impacto de eventos estressores em sua qualidade de vida. Foram entrevistados apenas idosos em condição de autonomia cognitivo-funcional, com idade igual ou superior a 70 anos, que residem em ILPI, na cidade de Santos SP. Para tanto, foram aplicados um Quesionário de Informações Gerais, O Mini Exame do Estado Mental, o Life Events Units (LEU/VAS) e algumas Questões Complementares. Entre os eventos de vida com nível de stress mais relevantes, estão Morte do Cônjuge, Acidente ou Doença, Casamentos, Aposentadoria, Gravidez, Nascimento de Crianças na Família, Morte de Alguém na Família, Mudança na Condição Financeira, Férias e Cirurgia. Foi possível observar que, os eventos citados atingiram nível de stress altíssimo no período em que foram vividos e nível alto ainda nos dias de hoje. Apesar dos altos níveis de stress encontrados, o grupo em que houve diminuição do nível de stress corresponde a 100% da amostra / The percentage of senior citizens and their life expectancy have been increasing gradually in Brazil. Aging is considered to be a natural, social, cultural and economic phenomenon. Therefore, questions concerning this phenomenon and the daily life of the elderly people have become a necessity in the Brazilian society. The ILPIs (long stay old age homes) are the institutions responsible for assisting the senior citizens in need of special care such as carrying out daily chores and/or difficulties related to physical, psychological, cognitive and social aging. Furthermore, factors like the decrease of the fertility rate, the decrease of members in families, changes in marriage patterns and the increase of the participation of women at the work market , have affected the availability of relatives to become care takers. Therefore, the elderly have become more susceptible to stress as before. The absurd rise of stress levels in our daily lives and the increase of our longevity, invite us to reflect upon the strategies which should be developed in order to minimize the harmful effect of the stress then.That being the case, this study intends to cast light on the comprehension and description of stress in the elderly people who find themselves in an economical and/or physical dependency but are still cognitively and functionally fit and living in the ILPIs, mentioned above. We will investigate the relationship between their life history and the stress level while living in the old age homes. Only cognitively and functionally fit elderly people have taken part in our research, at the age of 70 and older. The following tests and questionnaires have been applied: Firstly, a general questions questionnaire, then The mental health status examination, The Life Events Units(LEU/VAS) and other complementary questions. Relevant events which are linked to the rise of the stress levels are: the death of a spouse, accident or illness, marriage, retirement, pregnancy, the birth of children in the family, death in the family, financial difficulties, holidays, and surgery. It is important to mention that the stress levels have reached their highest during the occurrence of these life events mentioned before, and they still have an impact on the stress levels presently. Despite of the high levels of stress, we could observe that the people in the group which had a stress reduction corresponds to 100% of the samples taken

Se ha estudiado una muestra de 130 niños , internados en una Institución por problemáticas sociofamiliuares, a los cuales se dividió en dos grupos según su rendimiento académico, aceptable o deficiente.Analizadas las variables individuales y socioambientales que diferenciaban ambos grupos, mediante análisis estadísticos multivariantes, los resultados evidenciaron que los trastornos conductuales, la conducta antisocial y los trastornos psicoafectivos, están relacionados cn un rendimiento escolar deficiente. También se observó que un buen nivel de adaptación y una relación familiar favorableestán relacionados con un rendimiento escolar aceptable y por último, los resultados reflejaron una mayor vulnerabilidad en las niñas que en los niños al estrés psicosocial / We have studied a sample of children living in a institution because of social and family problems, who were divided into two groups according to their academic performance acceptable and deficient.After we have analysed both the individual and the social and environmental variants which differentiated both groups through multivariates statistical analysis, the results showed that the disturbances of behaviour, the nos social behaviour and the emotional disturbances, has bearing on an deficient school performance.And also the results showed that a good adaptation level and a favourable family relationship has a bearing on an acceptable schol performance. The findings show a greater vulnerability of girls to psicosocial stress.

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