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Análise da microbiota intestinal em adultos com hábitos alimentares distintos e de associações com a inflamação e resistência à insulina / Gut microbiota analysis of adults with distinct dietary habits and associations with inflammation and insulin resistanceAna Carolina Franco de Moraes 02 March 2016 (has links)
Introdução: A microbiota intestinal possui grande diversidade de bactérias, predominantemente dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, com múltiplas funções. A alimentação pode alterar sua composição e função. Alto teor de gordura saturada altera a permeabilidade intestinal, eleva os lipopolissacarídeos e predispõe à inflamação subclínica crônica. Dieta rica em fibras, como a vegetariana, induz elevação de ácidos graxos de cadeia curta e benefícios metabólicos. Objetivos: Para analisar a composição da microbiota intestinal de adventistas com diferentes hábitos alimentares e associá-los à inflamação subclínica e resistência à insulina, esta tese incluiu: 1) revisão dos mecanismos que associam a alimentação à microbiota intestinal e ao risco cardiometabólico; 2) verificação da composição da microbiota intestinal segundo diferentes hábitos alimentares e de associações com biomarcadores de doenças cardiometabólicas; 3) avaliação da associação entre a abundância de Akkermansia muciniphila e o metabolismo da glicose; 4) análise da presença de enterótipos e de associações com características clínicas. Métodos: Este estudo transversal incluiu 295 adventistas estratificados segundo hábitos alimentares (vegetariano estrito, ovo-lacto-vegetariano e onívoro). Foram avaliadas associações com dados clínicos, bioquímicos e inflamatórios. O perfil da microbiota foi obtido por sequenciamento do gene 16S rRNA (Illumina® Miseq). Resultados: 1) Há evidências de que as relações entre dieta, inflamação, resistência à insulina e risco cardiometabólico são em parte mediadas pela composição da microbiota intestinal. 2) Vegetarianos apresentaram melhor perfil clínico quando comparados aos onívoros. Confirmou-se maior abundância de Firmicutes e Bacteroidetes, que não diferiram segundo a adiposidade corporal. Entretanto, vegetarianos estritos apresentaram mais Bacteroidetes, menos Firmicutes e maior abundância do gênero Prevotella quando comparados aos outros dois grupos de hábitos alimentares. Entre os ovo-lactovegetarianos verificou-se maior proporção de Firmicutes especialmente do gênero Faecalibacterium. Nos onívoros, houve super-representação do filo Proteobacteria (Succinivibrio e Halomonas) comparados aos vegetarianos. 3) Indivíduos normoglicêmicos apresentaram maior abundância de Akkermansia muciniphila que aqueles com glicemia alterada. A abundância desta bactéria correlacionou-se inversamente à glicemia e hemoglobina glicosilada. 4) Foram identificados três enterótipos (Bacteroides, Prevotella e Ruminococcaceae), similares àqueles previamente descritos. As concentrações de LDL-C foram menores no enterótipo 2, no qual houve maior frequência de vegetarianos estritos. Discussão: 1) Conhecimentos sobre participação da microbiota na fisiopatologia de doenças poderão reverter em estratégias para manipulá-la para promover saúde. 2) Apoia-se a hipótese de que hábitos alimentares se associam favorável ou desfavoravelmente a características metabólicas e inflamatórias do hospedeiro via alterações na composição da microbiota intestinal. Sugerimos que a exposição a alimentos de origem animal possa impactar negativamente nas proporções de comunidades bacterianas. 3) Sugerimos que a abundância da Akkermansia muciniphila possa participar do metabolismo da glicose. 4) Reforçamos que a existência de três enterótipos não deva ser específica de certas populações/continentes. Apesar de desconhecido o significado biológico destes agrupamentos, as correlações com o perfil lipídico podem sugerir sua utilidade na avaliação do risco cardiometabólico. Conclusões: Nossos achados fortalecem a ideia de que a composição da microbiota intestinal se altera mediante diferentes hábitos alimentares, que, por sua vez, estão associados a alterações nos perfis metabólicos e inflamatórios. Estudos prospectivos deverão investigar o potencial da dieta na prevenção de distúrbios cardiometabólicos mediados pela microbiota. / Introduction: The gut microbiota has great bacterial diversity, predominantly of the phyla Bacteroidetes and Firmicutes, with multiple functions. Diet can alter their composition and function. High amount of saturated fat alters intestinal permeability, raises the lipopolysaccharides and predisposes to low-grade inflammation. High-fiber diet, such as the vegetarian, induces the elevation of short-chain fatty acids and metabolic benefits. Objectives: To analyze the composition of gut microbiota of Adventists with diverse dietary patterns and associate them to the low grade inflammation and insulin resistance this thesis included: 1) review of underlying mechanisms of the association of diet, gut microbiota composition and cardiometabolic risk; 2) analysis of the gut microbiota composition according to different dietary patterns and associations with biomarkers of cardiometabolic diseases; 3) evaluation of the association between the Akkermansia muciniphila abundance and glucose metabolism; 4) analysis of the presence of enterotypes and associations with clinical characteristics. Methods: This cross-sectional study included 295 Adventists stratified according to dietary patterns (strict vegetarian, lacto-ovo-vegetarian and omnivore). Their associations with clinical, biochemical and inflammatory data were evaluated. The microbiota profile was obtained by sequencing 16S rRNA genes (Illumina® Miseq). Results: 1) There are evidences that the relationship among diet, inflammation, insulin resistance and cardiometabolic risk are partly mediated by the gut microbiota. 2) Vegetarians showed better clinical profile when compared to omnivores. It was confirmed greater abundance of Firmicutes and Bacteroidetes, which did not differ according to adiposity. However, strict vegetarians had more Bacteroidetes, fewer Firmicutes and higher abundance of genus Prevotella when compared to the other two groups of dietary patterns. The lacto-ovo-vegetarians had higher proportion of Firmicutes especially the genus Faecalibacterium. In the omnivores, there was overrepresentation of the Gammaproteobacteria (Succinivibrio and Halomonas) compared to vegetarians. 3) Normoglycemic individuals had higher abundance of Akkermansia muciniphila compared to those with abnormal glycemic profile. The abundance of this bacterium was inversely correlated to fasting glucose and glycated hemoglobin. 4) Three enterotypes were identified (Bacteroides, Prevotella and Ruminococcaceae), similar to those previously described. LDL-C concentrations were lower in enterotype 2, in which a higher frequency of strict vegetarians was found. Discussion: 1) Knowledge on the involvement of the microbiota in the pathophysiology of diseases could reverse on strategies to manipulate it to promote health. 2) Our data support the hypothesis that dietary patterns could be favorably or unfavorably associated with metabolic and inflammatory processes, via changes in the gut microbiota composition. We suggest that exposure to animal food could negatively impact on the proportions of bacterial communities. 3) We also suggest that the abundance of Akkermansia muciniphila can participate in the glucose metabolism. 4) We reinforce that the existence of three enterotypes should not be specific to certain populations/continents. Although the biological significance of these clusters remains unknown, the correlations with lipid profile may suggest their usefulness in the assessment of the cardiometabolic risk. Conclusions: Our findings reinforce the idea that the gut microbiota composition is altered by different dietary patterns, which, in turn, are associated with changes in metabolic and inflammatory profiles. Prospective studies should investigate the potential of diet to prevent microbiota-mediated cardiometabolic disorders.
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Restrição dietética de magnésio associada à dieta hiperlipídica: implicações sobre a homeostase do mineral e sensibilidade à insulina / Dietary magnesium restriction associated with a high-fat diet: implications on mineral homeostasis and insulin sensitivityAmanda Batista da Rocha Romero 20 August 2018 (has links)
A resistência dos tecidos à ação da insulina é uma das principais complicações do excesso de peso. O aumento da gordura corporal, decorrente do consumo excessivo de nutrientes, é acompanhado por um quadro de inflamação crônica de baixa intensidade que está relacionado com a fisiopatologia da resistência à insulina. O magnésio (Mg) é um mineral envolvido com diversos processos fisiológicos e bioquímicos, especialmente aqueles relacionados ao metabolismo energético e ao controle glicêmico. Apesar de a deficiência deste mineral estar relacionada com condições pré-diabéticas, não está claro se a inadequação dietética promove alterações na sensibilidade à insulina e/ou se condições de resistência à insulina causam distúrbios na homeostase de Mg. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da restrição dietética de Mg e sua associação com o excesso de lipídios sobre a homeostase do mineral e a sensibilidade à insulina. Ratos Wistar, machos, com peso entre 97-123 g, permaneceram em gaiolas individuais por 24 semanas. Os animais receberam rações normolipídicas (CON, 7% de lipídios) ou hiperlipídicas (HL, 32% de lipídios), adequadas (CON e HL Mg; 500 mg de Mg/kg de ração; n = 6 para cada grupo) ou com restrição de Mg (Mg[50] e HL Mg[50]; 50 mg de Mg/kg de ração; n = 6 para cada grupo). O consumo da dieta HL promoveu maior acúmulo de tecido adiposo e maior ganho de peso corporal (p < 0,05). Os animais que consumiram rações com restrição de Mg apresentaram hipomagnesemia (p<0,01), menor excreção urinária (p < 0,01) e fecal (p < 0,001) de Mg e menor concentração óssea desse mineral (p < 0,001). No entanto, não foram observadas alterações no Mg muscular (p > 0,05). O grupo HL Mg[50] apresentou maior concentração de Mg no eritrócito quando comparado aos outros grupos. A restrição dietética de Mg, isoladamente, não promoveu alterações na sensibilidade à insulina (avaliada pelo teste de tolerância à insulina). Quando associada à dieta hiperlipídica, resultou em aumento da glicemia de jejum e em redução da sensibilidade à insulina, após 16 semanas (p < 0,01). Em nível molecular, a fosforilação da proteína quinase B (Akt) no músculo e no fígado foi significantemente menor no grupo HL Mg[50] (p < 0,05). A restrição dietética de Mg induziu ao aumento do conteúdo proteico dos canais TRPM6 e TRPM7 no rim, independentemente da sensibilidade à insulina. Os resultados deste estudo apontam que a deficiência de Mg tende a agravar as repercussões metabólicas do consumo de dietas hiperlipídicas na sensibilidade à insulina e que a resistência à insulina altera a compartimentalização do Mg. / Insulin resistance is one of the main complications of overweight. Increase body fat, due to excessive consumption of nutrients is accompanied by a chronic low-grade inflammation related to insulin resistance pathophysiology. Magnesium (Mg) is a mineral involved in many physiological and biochemical processes, especially those related to energy metabolism and glycemic control. Although Mg deficiency is related to pre-diabetic conditions, it is unclear whether dietary inadequacy promotes changes in insulin sensitivity and/or if conditions of insulin resistance cause disturbances in Mg homeostasis. This work aimed to investigate the effects of dietary Mg restriction and its association with high-fat diet on mineral homeostasis and insulin sensitivity. Male Wistar rat (97-123 g) remained in individual cages for 24 weeks. Animals received normolipid diet (CON, 7% lipid) or high-fat diet (HF, 32% lipid), adequate (CON and HF, 500 mg Mg / kg diet, n = 6 for each group) or Mg restricted (Mg[50] and HF Mg[50], 50 mg of Mg / kg of diet, n = 6 for each group). High-fat diet promoted a greater adipose tissue excess and body weight gain (p<0.05). Animals with Mg restricted diet had hypomagnesemia (p<0.01), lower Mg urinary (p<0.01) and faecal loss (p<0.001) and lower bone Mg concentration (p<0.001). However, no changes were observed in muscle Mg (p>0.05). HF Mg[50] group presented higher concentration of erythrocyte Mg when compared to the other groups. Singly, dietary Mg restriction did not induce changes in insulin sensitivity (as assessed by the insulin tolerance test). When associated with high-fat diet, dietary Mg restriction resulted in higher fasting glycemia and lower insulin sensitivity after 16 weeks (p<0.01). At the molecular level, protein kinase B (Akt) phosphorylation in muscle and liver was significantly lower in HFMg [50] group (p<0.05). Dietary Mg restriction induced increased protein content of renal TRPM6 and TRPM7 channels, regardless of insulin sensitivity. The results of this study indicate that Mg deficiency worsens metabolic effects of high-fat diet on insulin sensitivity. In addition, insulin resistance changes Mg compartmentalization.
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Efeito da restrição calórica e do treinamento resistido em marcadores de resistência à insulina de ratas ovariectomizadas / Effect of calorie restriction and strength training on markers of insulin resistance in ovariectomized rats.Daiana Vianna 29 October 2015 (has links)
Neste estudo, avaliamos o efeito da restrição calórica e do treinamento resistido na massa corporal e na sensibilidade à insulina de ratas ovariectomizadas. 80 ratas fêmeas da linhagem Holtzman foram distribuídas em 8 grupos (n=10 cada): ovariectomizado (OVX), ovariectomizado com restrição calórica (OVX RC), ovariectomizado com treinamento resistido (OVX TR), ovariectomizado com restrição calórica e treinamento resistido (OVX TR+RC), Sham operado (SHAM), Sham com restrição calórica (SHAM RC), sham com treinamento resistido (SHAM TR), sham com restrição calórica e treinamento resistido (SHAM TR+RC). Após 13 semanas de intervenção, foram analisados: massa corporal, gordura corporal; concentrações sanguíneas de glicose, insulina e adiponectina; conteúdo de AKT total e fosforilada, pi3k e Glut 4 (nos tecidos adiposos subcutâneo e retroperitoneal). As ratas ovariectomizadas (OVX, OVX RC, OVX TR e OVX TR+RC) apresentaram maior massa corporal e gordura corporal quando comparadas ao grupo SHAM. As concentrações de glicose e insulina foram semelhantes em todos os grupos experimentais, porém a concentração de adiponectina foi menor nos grupos ovariectomizados (OVX, OVX RC, OVX TR e OVX TR+RC), quando comparados ao grupo SHAM. A RC e o TR aumentaram a concentração de adiponectina quando comparado ao grupo OVX. Não houve diferença entre os grupos em relação à via de sinalização da insulina nos tecidos adiposos subcutâneo e retroperitoneal. Concluímos que a ovariectomia causa aumento de massa e gordura corporal, levando à menor concentração de adiponectina, e que a RC e o TR alteram estas modificações. / In this study, we evaluated the effect of calorie restriction and strength training on the body weight and insulin sensitivity of ovariectomized rats. Eighty female Holtzman rats were divided into eight groups (n=10 per group): ovariectomized (OVX), ovariectomized plus calorie restriction (OVX-CR), ovariectomized plus strength training (OVX-ST), ovariectomized plus strength training and calorie restriction (OVX-ST+CR), sham operated (SHAM), sham plus calorie restriction (SHAM-CR), sham plus strength training (SHAM-ST), and sham plus strength training and calorie restriction (SHAM-ST+CR). The following variables were analyzed after 13 weeks of intervention: body weight; body fat; blood concentrations of glucose, insulin and adiponectin; total and phosphorylated AKT content; pi3k and Glut 4 (in subcutaneous and retroperitoneal adipose tissues). Ovariectomized rats (OVX, OVX-CR, OVX-ST, and OVX-ST+CR) had a higher body weight and body fat than SHAM animals. Glucose and insulin concentrations were similar in all experimental groups, but adiponectin concentration was lower in the ovariectomized groups (OVX, OVX-CR, OVX-ST, and OVX-ST+CR) when compared to the SHAM group. Calorie restriction and ST increased the concentration of adiponectin when compared to the OVX group. There was no difference between groups in terms of insulin signaling in subcutaneous or retroperitoneal adipose tissue. We conclude that ovariectomy increases body weight and body fat, reducing adiponectin concentration, and that CR and ST alter these modifications.
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Efeitos da metformina nos níveis séricos de insulina, de hormônio anti-mulleriano e no hiperandrogenismo em pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos / Effects of metformin on insulin resistance, serum hyperandrogenism and anti-mullerian hormone levels in women with polycystic ovary syndromeAreana Diogo Nascimento 08 September 2008 (has links)
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) constituia causa mais freqüente de infertilidade, anovulação e hiperandrogenismo atualmente. Sua fisiopatogenia é em parte obscura. O hormônio anti-mülleriano (HAM),uma glicoproteína produzida pelas células da granulosa dos folículos pré-antrais e folículos antrais pequenos, parece exercer papel fundamental para seu surgimento, exacerbando o hiperandrogenismo intra-folicular e interferindo no mecanismo de seleção do folículo dominante. Além das alterações ovulatórias, há repercussões metabólicas decorrentes da síndrome, como a resistência à insulina (RI), que afeta entre 45 a 70% das mulheres com SOP em idade reprodutiva. Estratégias para aumentar a sensibilidade à insulina poderiam reduzir o impacto reprodutivo e metabólico da RI. Entre elas, destaca-se a metformina, uma droga anti-diabética oral, cuja utilização levaria a uma melhora dos padrões metabólicos e restabelecimento da ovulação. No presente estudo, foram avaliados a relação entre os níveis séricos de HAM e resistência insulínica antes e após o tratamento com metformina, comparados os níveis séricos de HAM na fase folicular precoce entre pacientes com e sem SOP e correlacionados os níveis de HAM com os níveis séricos de insulina, gonadotrofinas e androgênios. Foram realizadas dosagens séricas de HAM, androgênios e gonadotrofinas em 36 pacientes (16 com SOP e resistência insulínica e 20 eumenorreicas, sendo grupos pareados quanto à idade e índice de massa corpórea). No grupo SOP, foram avaliados níveis de HAM, insulina, glicemia e QUICKI (quantitative insulin check index) antes e depois do tratamento com metformina 1500 mg/dia por oito semanas. Foram encontrados níveis de HAM mais elevados no grupo SOP do que no grupo controle (49,9 ± 6,1 pmol/L versus 4,5 ± 2,1 pmol/L, p < 0,0001), assim como os níveis de hormônio luteinizante (LH) (10,3± 1,5 mUI/L versus 3,5 ±0,5 mUI/L, p=0,0004), testosterona (64,9 ± 5 ng/mL versus 41,1 ±4,7 ng/mL, p=0,0017) e 17-hidroxiprogesterona (17OHP) ( 90 ±16,8ng/ml versus 49,1 ±6,6 ng/ml; p= 0,03). Nas pacientes com SOP, houve correlação positiva forte entre os níveis de HAM pré-tratamento e testosterona (coeficiente r dePearson - R - de 0,83; p<0,0001). Também foi encontrada correlação positiva e significativa entre HAM e LH (R = 0,51; p = 0,04). As demais variáveis não apresentaram correlação significativa com o HAM pré-tratamento. Após o tratamento, houve redução significativa dos níveis de insulina (16,4 ± 2,6 mUI/ml versus 12 ± 1,9 mUI/ml; p=0,0132). Os níveis de HAM tiveram redução, porém sem diferença estatística (49,9 ± 6,1 versus 41,5 ± 5,6 pmol/L; p=0,06). Houve redução significativa nos níveis de testosterona (64,9 ± 5 ng/mL versus 49,3 ± 14 ng/mL). A correlação do HAM com os níveis de testosterona não persistiu após o tratamento com a metformina (R=0,08 e p=0,76). Assim, a manutenção dos níveis séricos de HAM após o uso da metformina, mesmo com a comprovada melhora metabólica e redução dos níveis de gonadototrofinas sugere que o papel do HAM na SOP baseia-se num mecanismo intrínseco ovariano, independente do eixo hipotálmo-hipófise-ovário e não influenciado pela resistência insulínica. / Polycystic ovary syndrome (PCOS) is the most frequent cause of infertility, anovulatory disordes and hyperandrogenism in young women. Its pathophisiology remains unclear and anti-mullerian hormone (AMH), a glycoprotein produced by the granulose cells of early developing follicles, seems to be fundamental to its development, by enhancing the intra-follicular hyperandrogenism and interfering in the selection of a dominant follicle. PCOS also causes metabolic disorders, such as insulin resistance (IR), that affects 45 to 70% of women with PCOS. Strategies to improve insulin sensitivity could reduce the reproductive and metabolic impact of IR.Metformin, a insulin-sensitizing agent, appears to improve the metabolicparameters and reestablish ovulatory cycles. In this study, we evaluated the relationship between anti-mullerian hormone serum levels and IR before and after protracted treatment with meformin; we also compared the anti-mullerian hormone levels in PCOS in the early follicular phase to normo-ovulatory women. The correlation of anti-mullerian hormone levels to insulin, gonatotropins and androgen serum levels was also evaluated. The study included 36 pacients (20 with PCOS and IR and 16 with ovulatory cycles). Anti-mullerian hormone serum levels, insulin, glucose and QUICKI (quantitative insulin check index) were evaluated in patients with PCOS before and after treatment with metformina 1500 mg/day during eight weeks. Anti-mullerian hormone serum levels were higher in PCOS (49,9 ± 6,1 pmol/L versus 4,5 ± 2,1 pmol/L, p < 0,0001), as well as luteinizing hormone (LH) levels (10,3± 1,5 mUI/L versus 3,5 ±0,5 mUI/L, p=0,0004), testosterone (64,9 ± 5 ng/mL versus 41,1 ±4,7 ng/mL, p=0,0017) and 17-ydroxyprogesterone (17OHP) ( 90 ±16,8ng/ml versus 49,1 ±6,6 ng/ml; p= 0,03). In PCOS, there is a positive correlation between anti-mullerian hormoneserum levels and testosterone (R= 0,83; p<0,0001) before treatment; this correlation did not persisted after treatment (R=0,08 e p=0,76). There is also a positive correlation between anti-mullerian hormone serum levels before metformin treatment and LH (R= 0,83; p<0,0001). No correlations were found between anti-mullerian hormone serum levels before treatment and other parameters. After treatment, insulin serum levels reduced (16,4 ± 2,6 mUI/ml versus 12 ± 1,9 mUI/ml; p=0,0132). AMH serum levels also reduced, but therewas no statically significant difference (49,9 ± 6,1 versus 41,5 ± 5,6 pmol/L; p=0,06). Testosterone serum levels decreased significantly (64,9 ± 5 ng/mL versus 49,3 ± 14 ng/mL). No correlation between AMH and testosterone levels was found after treatment (r=0, 08 e p=0, 76). The maintenance of AMH serum levels after treatment with metformin, despite the enhance of metabolic parameters and reduction of the gonadrotopins levels, suggests that AMH acts in the pathophisiology of PCOS by a intra-ovarian mechanism, that does not depend on the neuroendrocine axis and that is not influenced by IR.
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Impacto da ingestão de proteínas do soro do leite pré-hidrolisadas na diabetes melitus induzida em ratos = Impact of pre-hydrolyzed milk whey protein intake on induced diabetes mellitus in rats / Impact of pre-hydrolyzed milk whey protein intake on induced diabetes mellitus in ratsSantos, Kelly Ferreira dos, 1988- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Jaime Amaya Farfán / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-08-25T04:18:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade da proteína do soro do leite, sob suas duas formas (concentrada e hidrolisada) em auxiliar na prevenção do desenvolvimento de obesidade e diabetes em ratos Wistar diabéticos. Foram utilizados 40 ratos machos Wistar de 8 semanas, alimentados com dieta hiperlipídica por 31 dias. No 20º dia de dieta, os animais receberam uma dosagem de 40mg/kg de estreptozotocina (STZ). Os grupos experimentais eram: CASControl ¿ animais alimentados com dieta normolipídica AIN-93G, contendo caseína como fonte proteica; HFCAS ¿ dieta hiperlipídica, com 62% do valor calórico total (VCT) em lipídios, e caseína como fonte proteica; HFPSL - dieta hiperlipídica, com 62% do VCT em lipídios e concentrado de proteína do soro do leite como fonte proteica; HFPSLH ¿ dieta hiperlipídica, com 62% do VCT em lipídios e proteína do soro de leite hidrolisada como fonte proteica. Foi realizado teste de tolerância à glicose (GTT) e, ao término do experimento, as dosagens séricas de glicose, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase ALT, albumina, proteínas totais, colesterol total, HDL-c, triacilgliceróis e insulina, além de análise da composição centesimal das carcaças liofilizadas e fígados dos animais. O grupo HFPSLH apresentou menor ganho ponderal em relação aos demais grupos tratados com dieta hiperlipídica, além de tendência a uma melhor reação glicêmica no GTT. Após administração de STZ, todos os grupos com dieta hiperlipídica desenvolveram hiperglicemia e alguns danos hepáticos. Os dados sugerem que substituição da caseína pela proteína do soro do leite hidrolisada foi significativamente positiva no sentido de amenizar o excessivo ganho de peso e o nível hiperglicêmico produzidos pelo tratamento. Por outro lado, o parâmetro clássico da função hepática, ALT, e os níveis de triacilgliceróis séricos sugeriram a existência de um possível antagonismo entre o uso da hepatotóxica estreptozotocina e as proteínas do soro lácteo / Abstract: The purpose of this study was to explore the possible ability of the milk whey protein, under its two forms (concentrated and hydrolyzed) to assist in preventing the development of obesity and diabetes in rats submitted to a diabetes-induction procedure. Forty 8-week old male Wistar rats were fed a high fat (HF) diet for 31 days and, on day 20, received an injection of 40mg/kg streptozotocine (STZ). The experimental groups were: CAS Control (animals fed the AIN 93-G normolipidic diet, containing casein as protein source); HFCAS (HF diet, with 62% TCV in lipids plus casein as protein source); HFWPC (HF diet, with 62% TCV in lipids plus whey-protein concentrate (WPC) as protein source); HFWPH (HF diet, with 62% TCV in lipid plus whey-protein hydrolyzate (WPH) as a protein source). At the end of the feeding experiment, the following tests were performed: glucose tolerance test (GTT), serum glucose, AST, ALT, albumin, total protein, total cholesterol, HDL-c, triacylglycerols and insulin, as well as analysis of the chemical composition of lyophilized carcasses and livers of the animals. The HFWPH group exhibited lower weight gain than the other groups treated with HF diet, and a tendency to a better glycemic response in the GTT. After administration of the STZ, all groups developed the expected hyperglycemia, body-fat accumulation and some liver damage. The data suggest that replacement of casein by the whey-protein hydrolyzate was significantly positive in order to mitigate excessive weight gain and the hyperglycemia produced by the treatment. On the other hand, the classic parameter of liver function, ALT and serum triacylglycerols suggested the existence of a possible antagonism between the use of hepatotoxic streptozotocin and whey proteins / Mestrado / Nutrição Experimental e de Alimentos / Mestra em Alimentos e Nutrição
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TLR4 em células derivadas da medula óssea é um mediador da resistência à insulina associada à obesidade / TLR4 in bone marrow-derived cells is a mediator of obesity-related insulin resistanceRazolli, Daniela Soares, 1984- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Licio Augusto Velloso / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T09:35:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A ativação de TLR4 por ácidos graxos saturados presentes na dieta é um dos mais importantes mecanismos envolvidos no desenvolvimento da resistência à insulina. Entretanto, não está claro se este efeito decorre da ativação de TLR4 em células derivadas da medula óssea, em células de tecidos insulino-sensíveis, ou em ambos. O objetivo de nosso estudo foi investigar se a ausência ou presença de TLR4 exclusivamente em células derivadas da medula óssea (BM) é suficiente para modular a ação da insulina no fígado e no tecido adiposo de camundongos com obesidade induzida por dieta. Camundongos mutantes (TLR4-/-) ou selvagens (WT) para TLR4 foram irradiados em fonte de cobalto 60 e submetidos ao transplante de medula óssea (BMT). TLR4-/- receberam medula óssea de camundongos WT e vice-versa. Após a recuperação, os animais foram alimentados com dieta rica em gordura saturada ou dieta padrão para roedores por oito semanas. Foram avaliados ganho de peso, ingestão alimentar, gasto energético e marcadores de termogênese no tecido adiposo marrom (BAT). A sensibilidade à insulina foi analisada por ITT e pela fosforilação de AKT no fígado e tecido adiposo. O metabolismo de glicose foi avaliado por GTT e pela expressão relativa de PEPCK e G6PASE no fígado. Ainda, marcadores de inflamação foram avaliados no fígado e tecido adiposo por PCR em tempo real, e o acúmulo de gordura hepática foi analisado pela marcação por OilRed. Nossos resultados revelaram que em camundongos WT recebendo BM de doadores TLR4-/- ocorreu proteção contra o desenvolvimento de obesidade e resistência à insulina induzida por dieta. Em camundongos TLR4-/- recebendo BM de doadores WT houve perda da proteção contra a obesidade e resistência à insulina induzida por dieta. A transferência de fenótipo relativo a massa corporal foi acompanhada de modificação na eficiência energética e na expressão de UCP1 em tecido adiposo marrom. A transferência de fenótipo relativo a resistência à insulina foi acompanhado da modificação do padrão de ativação de transdução do sinal da insulina por meio de AKT em fígado e tecido adiposo. Particularmente no fígado, a presença de TLR4 funcional em células derivadas da BM foi fator determinante no desenvolvimento da esteatose. Por fim, a presença de TLR4 funcional em células derivadas da BM foi acompanhada da expressão de níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e nível reduzido de pelo menos uma citocina anti-inflamatória em fígado e tecido adiposo, sendo que a ausência de TLR4 nas células derivadas da BM resultou em fenótipo inverso. Desta forma, conclui-se que a presença ou ausência de TLR4 em células derivadas da BM tem papel determinante, sendo simultaneamente necessário e suficiente para o desenvolvimento do fenótipo de obesidade e resistência à insulina induzida por dieta / Abstract: Saturated fatty acid-induced activation of TLR4 is one of the most important mechanisms involved in the development of insulin resistance. However, it is not clear if this effect is due to activation of TLR4 present in bone marrow (BM)-derived cells, in cells present in tissues that are targets for insulin action, or in both. The aim of the present study was to investigate if a defective TLR4 signaling in bone-marrow (BM) derived cells is sufficient to modulate the whole-body insulin action. TLR4-mutant (TLR4-/-) and wild-type (WT) mice were irradiated in a cobalt 60 source and submitted to bone marrow transplantation (BMT). TLR4-/- received BM from WT and vice-versa. After recovery, mice were fed on a high fat diet (HFD) or standard chow for eight weeks. We evaluated body mass gain, food intake, energy expenditure and markers of thermogenesis in brown adipose tissue (BAT). Insulin sensitivity was analyzed by GTT, ITT and AKT phosphorylation in liver and adipose tissue. In addition, markers of inflammation were evaluated in both tissues by real-time PCR. WT submitted to BMT from TLR4-/- donors were protected from HFD-induced obesity and insulin resistance. In TLR4-/- submitted to BMT from WT donors this effect was blunted and mice gained weight and became insulin resistant. Phenotype transfer regarding body mass was accompanied by change in energy efficiency and expression of UCP1 in brown adipose tissue. Phenotype transfer regarding insulin resistance was accompanied by changes in insulin signal transduction through AKT in liver and adipose tissue. Particularly, in the liver, the presence of a functional TLR4 in BM-derived cells was a determinant factor for the development of steatosis. Finally, the presence of a functional TLR4 in BM-derived cells was accompanied by the increased expression of inflammatory cytokines and reduced expression of at least one anti-inflammatory cytokine in the liver and adipose tissue. Thus, we conclude that the presence or absence of TLR4 in BM-derived cells is both sufficient and necessary for the induction of obesity and insulin resistance induced by diet / Doutorado / Fisiopatologia Médica / Doutora em Ciências
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Papel da transidrogenase de nucleotídeo de nicotinamida mitocondrial (NNT) sobre a homeostase glicêmica e lipídica : estudo em camundongos da linhagem C57BL6 / The role of nicotinamide nucleotide transhydrogenase mitochondrial (NNT) on the glycemic homeostasis and lipidic : study in C57BL6 miceRovani, Juliana Cristine, 1988- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Helena Coutinho Franco de Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-25T17:01:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: A transidrogenase de nucleotídeo de nicotinamida mitocondrial (NNT) é a principal fonte geradora de NADPH da organela, o qual é utilizado pelo sistema antioxidante das mitocôndrias. Estudos prévios mostraram que a mutação nessa enzima está associada a alterações do estado redox de mitocôndrias e alterações do metabolismo glicídico e lipídico em animais C57BL6/J provenientes do Jackson Laboratory (B6-J). A síndrome metabólica é caracterizada pela presença de no mínimo três distúrbios cardio-metabólicos associados dentre obesidade visceral, dislipidemia, intolerância à glicose e/ou resistência à insulina e hipertensão. A restrição calórica tem sido indicada para prevenir e tratar estes distúrbios metabólicos. Compostos sintéticos têm sido testados como potenciais miméticos da restrição calórica. O 2,4-dinitrofenol (DNP) é uma droga que aumenta o gasto energético por provocar redução da eficiência da fosforilação oxidativa e aumentar o metabolismo oxidativo. Neste trabalho, demonstramos que camundongos com mutação no gene da NNT (B6-J) apresentaram aumento de adiposidade visceral, aumento do teor de triglicérides hepático, intolerância à glicose, resistência à insulina e hipersecreção de insulina pelas ilhotas pancreáticas isoladas e in vivo, quando comparados aos camundongos que tem a NNT intacta (B6-UNI). Diante destes distúrbios metabólicos, submetemos os animais à restrição alimentar (RA) ou ao tratamento com DNP durante 3 meses. Observamos que os animais B6-J sob RA apresentaram redução da adiposidade, esteatose hepática corrigida, melhora da resistência à insulina e diminuição da secreção de insulina. Por outro lado, o tratamento com DNP nos animais B6-J não modificou o metabolismo lipídico, reduziu a insulinemia de jejum e a secreção de insulina e melhorou a sensibilidade periférica à insulina, mas não alterou a tolerância à glicose. Concluímos que a linhagem portadora da deleção do gene da NNT tem maior predisposição à síndrome metabólica, e que, ambos os tratamentos de RA e DNP corrigiram, pelo menos parcialmente, os distúrbios metabólicos dos animais B6-J, sendo que a RA foi mais efetiva que o DNP / Abstract: The nicotinamide nucleotide transhydrogenase (NNT) catalyses the production of NADPH, that is consumed by the mitochondrial antioxidant enzymatic system. Previous studies have shown that NNT mutation causes redox abnormalities in mitochondria and alterations in glucose and lipid metabolism in C57BL6/J mice from The Jackson Laboratory. Metabolic syndrome is characterized by an association of cardio-metabolic disturbances such as visceral obesity, dyslipidemias, glucose intolerance and/or insulin resistance and hypertension. Caloric restriction has been recommended to prevent or treat such metabolic disturbances. Synthetic compounds have been tested as putative mimetic for caloric restriction. The 2,4 dinitrophenol (DNP) is one of this drugs that increase the metabolic rates due to a reduction in the oxidative phosphorylation efficiency and elevation of oxidative metabolism. In this study we demonstrated that mice that carry a NNT gene mutation (B6-J) exhibit increased visceral adiposity, increased liver triglyceride content, glucose intolerance, insulin resistance, and insulin hypersecretion, when compared to control mice with functional NNT. In face of these disturbances, mutant B6-J mice were submitted to a food restriction (FR) or treatment with DNP during 3 months. We observed that B6-J mutant mice under FR present a reduction in adiposity and liver steatosis, improvement of glucose tolerance and insulin resistance and normalization of insulin secretion. After DNP treatment, B6-J mice showed no alterations in lipid disturbances but improved insulin resistance and insulin secretion. These findings suggest that 1- the mouse substrain that carries NNT mutation is predisposed to develop metabolic syndrome, 2- both treatments, FR and DNP, correct, at least partially, the metabolic disturbances of B6-J mutant mice, and 3- FR treatment was more effective than DNP / Mestrado / Fisiologia / Mestra em Biologia Funcional e Molecular
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Índice TyG (triglicerídeos/glicose) na avaliação da resistência à insulina em adolescentes : estudo de validação frente ao clamp hiperglicêmico / Index TyG (triglycerides/glucose) in the assessment of insulin resistance in adolescents : validation study front of the hyperglycemic clampSilva, Cleliani de Cassia da, 1976- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Mariana Porto Zambon, Bruno Geloneze Neto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T12:05:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Objetivo: Avaliar a relação do índice TyG com componentes da síndrome metabólica e outros marcadores antropométricos e bioquímicos relacionados a risco cardiometabólico, e como indicador de resistência à insulina pelo clamp hiperglicêmico em adolescentes com diferentes níveis de adiposidade e estadios puberais. Materiais e métodos: Estudo transversal multicêntrico. Avaliou-se 835 adolescentes de 10-19 anos (489 meninas, média de 15,1 ± 2,4 anos e 346 meninos, média de 14,7 ± 2,4 anos). Realizou-se avaliação antropométrica, de composição corporal e bioquímica. O estadio puberal foi obtido por meio de autoavaliação, e a pressão arterial pelo método auscultatório. A resistência à insulina foi avaliada pelos índices TyG e HOMA2-IR, e pelo clamp hiperglicêmico (n = 42). A correlação entre duas variáveis foi avaliada pelo coeficiente de correlação parcial com ajuste para o estadio puberal. Na análise entre o índice TyG e o clamp hiperglicêmico foram analisados: qui-quadrado (X2), Kappa (k), curva ROC (Receiver Operating Characteristic), áreas abaixo das curvas (AUC), intervalos de confiança de 95% (IC95%) e determinado o ponto de corte para o índice TyG diagnosticar resistência à insulina. Resultados: Em ambos os sexos, o índice TyG correlacionou-se de forma positiva com circunferência da cintura (r = 0,30 feminino e 0,41 masculino; p<0,001), pressão arterial sistólica (r = 0,18; p<0,001 feminino e r = 0,13; p = 0,03 masculino) e diastólica (r = 0,20; p<0,001 feminino e r = 0,16; p = 0,005 masculino) e com o índice HOMA2-IR (r = 0,36 feminino e r = 0,45 masculino; p<0,001), e negativa com HDL-colesterol (r = -0,21 feminino e r = -0,41 masculino; p<0,001). Observou-se correlação inversa entre o clamp com o índice TyG (r = -0,55; p<0,001) e com o índice HOMA2-IR (r = -0,33; p = 0,03). Observou-se associação significante entre a presença de sensibilidade à insulina diminuída avaliada pelo clamp e a resistência à insulina aumentada segundo o índice TyG (X2 = 6,7; p = 0,009). O teste Kappa mostrou concordância satisfatória entre o índice TyG e a sensibilidade à insulina obtida a partir do clamp (k = 0,4; p = 0,009). O índice TyG mostrou bom desempenho para identificar resistência à insulina (AUC = 0,72; p = 0,02). Considerando os pacientes com índice TyG acima do percentil 90 como indivíduos resistentes à insulina, encontrou-se um valor limite para resistência à insulina de 4,47. Conclusão: O índice TyG é um instrumento válido na estimativa do grau da resistência à insulina e alterações nos componentes da síndrome metabólica e nos indicadores de risco cardiometabólico em adolescentes, tendo sido validado diante do clamp hiperglicêmico / Abstract: Objective: To evaluate the relationship of the TyG index with the metabolic syndrome components and other anthropometric and biochemical markers related to cardiometabolic risk, and as an indicator of insulin resistance by hyperglycemic clamp in adolescents with different levels of adiposity and pubertal stages. Materials and methods: A cross-sectional multicenter study. There were evaluated 835 adolescents aged 10-19 years (489 girls, mean 15.1 ± 2.4 years and 346 boys, mean 14.7 ± 2.4 years). There were performed anthropometric, body composition and biochemistry measurements. The pubertal stage was obtained through self-assessment, and blood pressure by auscultation method. The insulin resistance was assessed by TyG index, HOMA2-IR and hyperglycemic clamp (n = 42). The correlation between two variables was assessed by partial correlation coefficient adjusted for pubertal stage. In the analysis between the TyG index and the hyperglycemic clamp, there were analyzed: chi-square (X2), Kappa (k), ROC (Receiver Operating Characteristic) curve, areas under the curve (AUC), confidence intervals of 95% (CI95%) and determined the cut-off point for the TyG index to diagnose insulin resistance. Results: In both genders, the TyG index correlated positively with waist circumference (r = 0.30 female and r = 0.41 male; p<0.001), systolic blood pressure (r = 0.18, p<0.001 female and r = 0.13, p = 0.03 male) and diastolic (r = 0.20, p<0.001 female and r = 0.16, p = 0.005 male) and with the HOMA2-IR index (r = 0.36 female and r = 0.45 male, p<0.001), and negatively with HDL-cholesterol (r = -0.21 female and r = -0.41 male, p<0.001). There were observed inverse correlation between the clamp with TyG index (r = -0.55, p<0.001) and with the HOMA2-IR index (r = -0.33, p = 0.03). There was observed significant association between the presence of decreased insulin sensitivity measured by clamp and increased insulin resistance according to the TyG index (X2 = 6.7, p = 0.009). The Kappa test showed satisfactory agreement between the TyG index and insulin sensitivity obtained from the clamp (k = 0.4, p = 0.009). The TyG index showed good performance to identify insulin resistance (AUC = 0.72, p = 0.02). Considering patients with TyG index above the 90th percentile as insulin-resistant subjects, there was found a threshold value for insulin resistance of 4.47. Conclusion: The TyG index is a valid tool to estimate the degree of insulin resistance and changes in the metabolic syndrome components and cardiometabolic risk factors in adolescents, having been validated with the hyperglycemic clamp / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestra em Ciências
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Atividade moduladora da alga Chlorella vulgaris sobre os parâmetros imunohematopoéticos, metabólicos e de sinalização de insulina em animais obesos / Modulation by the algae Chlorella vulgaris on immunohemtaopoetic metabolic and insulin signaling parameters in obese animalsVecina, Juliana Falcato, 1981- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Mary Luci de Souza Queiroz, Mario Jose Abdalla Saad / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T12:21:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A obesidade é um problema de epidemia mundial. Considerada um processo inflamatório crônico, favorece a resistência à insulina e o desenvolvimento do Diabetes Mellitus tipo 2. Além disso, pode gerar diversos mediadores capazes de influenciar a complexa regulação hematopoética. A procura de agentes naturais que minimizam os transtornos da obesidade está recebendo uma atenção da comunidade científica. Nesse sentido, a Chlorella vulgaris (CV) surge como uma alternativa terapêutica e profilática das complicações da obesidade. Estudos realizados por nosso grupo demonstraram o efeito da alga na restauração da mielossupressão em diferentes modelos experimentais. Considerando estes aspectos, o presente estudo teve como objetivo avaliar a ação profilática da CV na modulação imunohematopoética, metabólica e de sinalização da insulina em animais obesos. Para tanto, camundongos Balb/C foram divididos em 4 grupos: controle (C), dieta padrão e CV (C+CV), dieta hiperlipídica (DH) e DH+CV, em diferentes períodos. A administração de CV restaurou a redução da hematopoese medular e o aumento na hematopoese extramedular promovidos pela DH. A CV aumentou os níveis de atividade estimuladora de colônias (CSA) em todos os grupos estudados, sendo que o grupo DH+CV produziu um aumento adicional de 2 vezes em todos os períodos avaliados. O grupo DH apresentou diminuição no número de progenitores de granulócitos-monocítico na medula, a CV reverteu tal alteração. Em relação ao metabolismo e sinalização de insulina, o grupo DH demonstrou glicemia significativamente elevada em relação ao grupo C, CV foi capaz de reduzi-la neste grupo. Além disso, o grupo DH+CV mostrou maior tolerância à glicose e insulina, paralelamente a melhora na fosforilação de IR?, IRS-1 e AKT no fígado, músculo esquelético e tecido adiposo. Como esperado, o grupo DH apresentava níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-?, TGF-? e INF?) confirmando a presença de inflamação subclínica nesses animais. A CV reduziu significativamente os níveis séricos dessas citocinas. Além disso, o grupo DH apresentou diminuição dos níveis de IL-10, sendo que a CV reverteu tais valores. A CV manteve os níveis de ácidos graxos livres, corpos cetônicos, triglicérides, colesterol e suas frações dentro dos valores fisiológicos no grupo DH+CV. Portanto, tais resultados mostram que a CV foi capaz de modular os parâmetros imunohematopoéticos e prevenir os efeitos deletérios induzidos pela DH em camundongos obesos. Sendo assim, a alga Chlorella vulgaris surge como uma promissora alternativa terapêutica e/ou complementar no tratamento da obesidade e suas complicações / Abstract: Obesity is a worldwide epidemic problem. Considered a chronic inflammatory process, promotes insulin resistance and development of Diabetes Mellitus type 2 (DM2). In addition, could generate several mediators, which are capable to influence the complex hematopoiesis regulation, including tumor necrosis factor-? (TNF-?), Interleukin-1 (IL-1), Interleukin-6 (IL-6) and leptin. The search for natural agents that minimize obesity-associated disorders is receiving attention from the scientific community. In this sense, Chlorella vulgaris (CV) has emerged as an alternative treatment and prophylaxis agent against obesity-related complications. Studies by our group have demonstrated the alga effect in myelosuppression recovery in different experimental models. Considering these aspects, the present study aimed to evaluate the prophylactic effect of CV on immunohematopoietic modulation, metabolic and insulin signaling in obese animals. To this, Balb/C mice were divided into 4 groups (n=6): control (C), standard diet and CV (C+CV), high-fat diet (HFD), HFD and CV (HFD+CV) in different periods. The administration of CV restored medullar hematopoiesis reduction and increased extramedullar hematopoiesis promoted by HFD. The CV increased the CSA levels in all groups. While, HFD+CV group produced a twice additional increase in the CSA levels in all periods studied. Only HFD group showed decrease in the number of GMP in BM, CV reverted this change. In relation to metabolism and insulin signaling, HFD group showed a significant increase in blood glucose compared to C, CV was able to decrease blood glucose on this group. In addition, HFD+CV group improve tolerance of glucose and insulin, together with the improvement of IR?, IRS-1, and AKT phosphorylation in the liver, skeletal muscle and adipose tissue. As expected, HFD group showed increased levels of pro-Inflammatory cytokines (IL-1, IL-6, TNF-?, TGF-? and IFN?), confirming the presence of subclinical inflammation in these animals. The CV causes a significant reduction in serum levels of these cytokines in this group. Moreover, HFD group showed reduced levels of IL-10, and the CV reverted such values. The CV maintained the levels of free fatty acids, ketone bodies, triglycerides, cholesterol and its fractions within the physiological values in HFD+CV group. Therefore, these results show that CV was able to modulate the immunohematopoietic parameters and prevent the deleterious effects of diet-induced obese mice. Thus, the alga Chlorella vulgaris appears as a promising prophylactic and therapeutic agent against obesity-related complications / Doutorado / Farmacologia / Doutora em Farmacologia
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Características clínicas, laboratoriais e ultrassonográficas de adolescentes obesos com esteatose hepática / Clinical, laboratory and ultrasonographic characteristics of obese adolescents with hepatic steatosisGobato, Amanda Oliva, 1985- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Gabriel Hessel, Antônio Azevedo Barros Filho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T14:11:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Introdução: A prevalência da obesidade tem aumentado rapidamente nas ultimas décadas. A preocupação com a obesidade na infância e adolescência relaciona-se ao desenvolvimento das comorbidades e das complicações geradas pelo excesso de peso. A prevenção e vista como a melhor estratégia para reter o continua aumento da prevalência da obesidade. Objetivos: 1. Verificar a prevalência da síndrome metabólica (SM) e da resistência a insulina (RI) em adolescentes obesos e correlacioná-los aos diferentes indicadores bioquímicos, antropométricos e de composição corporal. 2. Descrever a prevalência da esteatose hepática (EH) diagnosticada por ultrassonografia abdominal (US) e avaliar o desempenho de indicadores bioquímicos, antropométricos e de composição corporal para identificar a esteatose hepática em adolescentes obesos. Métodos: Estudo transversal com 79 adolescentes obesos de 10 a 18 anos. A EH foi diagnosticada por US quando o contraste hepatorenal apresentava-se moderado ou intenso e/ou diferença no histograma >8 em relação ao córtex do rim direito. A SM foi diagnosticada segundo os critérios de Cook et al (2003) e a RI pelo índice de HOMA-IR para valores >3,16. Os indicadores antropométricos e de composição corporal avaliados foram: índice de massa corporal (IMC), % gordura corporal circunferência abdominal (CA) e gordura subcutânea. Foram dosadas as enzimas hepaticas: aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamiltransferase (GGT) e fosfatase alcalina (FALC), glicemia e insulina de jejum e perfil lipidico. A analise de Curvas ROC foi utilizada para avaliar o desempenho dos indicadores antropométricos, bioquímicos e a % gordura corporal em identificar adolescentes com EH, o IMC e a CA em identificar a RI e a SM. Resultados: A SM foi diagnosticada em 45,5% dos pacientes e a RI em 29,1%. A RI apresentou associação com o HDL-colesterol e com a SM e se correlacionou com todos os indicadores antropométricos e de composição corporal avaliados. Na avaliação dos pontos de corte, os valores de 23,5 e 36,3% acima do valor de referencia do IMC mostraram-se capazes em identificar a RI e a SM. O melhor ponto de corte da CA para identificar a RI foi de 40%. A EH esteve presente em 16 pacientes (20,3%). A GGT e o HOMA-IR mostraram ser bons indicadores na predição da EH, com ponto de corte de 1,06 vezes acima do valor de referencia para a GGT e 3,28 para o HOMA-IR. Os indicadores antropométricos, % gordura corporal, perfil lipidico, glicemia e AST não apresentaram resultados significantes. Conclusão: A prevalência de EH em adolescentes obesos foi de 20,3%. Todos os indicadores antropométricos e de composição corporal avaliados apresentaram correlação com a RI e apenas o IMC se correlacionou com a SM. O IMC mostrou-se o indicador antropométrico mais efetivo na identificação da RI. Pacientes com elevação de GGT e/ou com HOMA-IR devem ser submetidos ao exame de US com grande probabilidade de se obter como resultado a EH / Abstract: Background: Obesity prevalence has increased rapidly in recent decades. The concern with obesity in childhood and adolescence is related to the development of comorbidities and complications generated by excess weight. Prevention is seen as the best strategy for retaining the continuous increase in obesity prevalence. Objectives: 1. to verify metabolic syndrome (MS) and insulin resistance (IR) prevalence in obese adolescents and correlate them with different biochemical, anthropometric and body composition indicators. 2. To describe hepatic steatosis (HS) prevalence diagnosed by abdominal ultrasound (AU) and evaluates the performance of biochemical, anthropometric and body composition indicators to identify hepatic steatosis in obese adolescents. Methods: A transversal study comprising 79 obese adolescents aged 10-18 years. HS was diagnosed by AU when hepatorenal contrast presented moderated or intense and/or there was a difference greater than 8 in relation to the right kidney cortex in histogram. MS was diagnosed according to the criteria by Cook et al (2003) and IR, by using the homeostatic model assessment (HOMA) index for values greater than 3.16. The following anthropometric and body composition indicators were evaluated: body mass index (BMI), body fat percentage, abdominal circumference (AC) and subcutaneous fat (SF). Hepatic enzymes - aspartate aminotransferase (AST), alanine aminotransferase (ALT), gamma-glutamyltransferase (GGT) and alkaline phosphatase (FALC) -, glycemia, fasting insulin and lipid profile were measured. ROC Curve analysis was used for accessing the performance of biochemical, anthropometric and body composition indicators, which identified adolescents with HS; BMI and AC identified IR and MS. Results: MS was diagnosed in 45.5% of patients, and IR, in 29.1%. IR showed association with HDL-cholesterol and MS, correlating with all evaluated anthropometric and body composition indicators. In the evaluation of cutoff points, values of 23.5 and 36.3% above the BMI reference value showed capable of identifying IR and MS. The best cutoff point of AC to identify IR was of 40%. Sixteen patients (20.3%) were diagnosed with HS. GGT and HOMA-IR showed to be good indicators in predicting HS, with cutoff point of 1.06 times above the reference values for GGT and 3.28 for HOMA-IR. Anthropometric, body fat percentage, lipid profile, glycemia xi and AST did not present significant results. Conclusion: The HS prevalence in obese adolescents was of 20.3%. All evaluated anthropometric and body composition indicators presented correlation with IR, and only BMI showed correlation with MS. BMI showed to be the most effective anthropometric indicator in identifying IR. Patients with elevation of GGT and/or HOMA-IR should be submitted to US examination with great probability of obtaining HS as a result / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestra em Ciências
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