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Efeitos do tratamento com DHEA sobre o metabolismo de ratosHoefel, Ana Lúcia January 2015 (has links)
Estudos que avaliam o metabolismo fornecem subsídios para entender como os organismos reagem em relação a tratamentos e dietas. O sobrepeso e a obesidade estão alcançando elevadas proporções ao redor do mundo e os governos, e a própria sociedade, têm se empenhado na tentativa de combater esta epidemia. Outro aspecto que devemos relacionar nos estudos de metabolismo é a questão de gênero, pois a maioria dos estudos utiliza como modelo experimental ratos e camundongos machos. Entretanto, quando se propõe protocolos de tratamento, temos a tendência a extrapolar os resultados também para as fêmeas, o que na realidade não parece muito adequado. Atualmente, essa ideia vem mudando e alguns pesquisadores têm considerado a proposta de realizar estudos experimentais utilizando machos e fêmeas, até mesmo para experimentos que utilizem células. Ainda em relação ao metabolismo, podemos evidenciar o problema da obesidade que tem se tornado uma epidemia mundial recebendo o nome de “Globesidade”. As dietas hiperlipídicas e hipercalóricas têm levado a população mundial a apresentar alterações de seu metabolismo principalmente relacionadas às dislipidemias, as quais podem ter como consequência o desenvolvimento de alterações cardiovasculares. Assim, os estudos experimentais que investigam o metabolismo do coração também se tornam importantes, particularmente em nível celular, pois é o local onde os eventos metabólicos acontecem. A Desidroepiandrosterona (DHEA) é um hormônio esteroide que tem efeitos sobre o metabolismo, síndrome metabólica, obesidade, resistência à insulina e doenças cardiovasculares. Há na literatura, alguns estudos que relatam que a administração de DHEA produz efeitos diferentes em machos e em fêmeas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da DHEA em: a) ratos Wistar, machos e fêmeas ovarectomizadas, com dieta padrão e que recebiam tratamento com diferentes doses de DHEA, b) ratos Wistar machos, submetidos ou não a uma dieta hipercalórica e tratados com DHEA (25mg/kg), c) linhagem celular (H9C2) de ventrículo cardíaco de ratos submetidas, ou não, à hipóxia e reoxigenação e tratadas com DHEA. A análise dos resultados mostrou que o tratamento com DHEA tem efeito sobre o metabolismo e os resultados são diferentes quando comparamos machos e fêmeas ovarectomizadas. A avaliação do metabolismo da glicose no fígado mostrou que este substrato tem uma utilização diferente entre os sexos, sendo que nos machos a conversão de glicose a CO2 é maior do que nas fêmeas ovarectomizadas, mas o tratamento com DHEA não teveefeito. A conversão de glicose em lipídeos foi maior nos machos e o tratamento com DHEA diminuiu a lipogênese hepática a partir de glicose somente nas fêmeas ovarectomizadas. Com relação à síntese de glicogênio a partir de glicose, houve diferença entre os sexos, sendo que as fêmeas ovarectomizadas apresentaram níveis maiores que os machos e o efeito do tratamento ocorreu apenas nas fêmeas. O metabolismo da glicose no tecido adiposo também mostrou diferença entre os sexos, sendo a captação de glicose maior nas fêmeas e o tratamento com DHEA reduziu essa captação apenas nas fêmeas. No músculo, a captação de glicose é maior nas fêmeas do que nos machos e a administração de DHEA não produziu efeito significativo. O metabolismo da leucina mostrou diferença entre os sexos, sendo sua oxidação e a síntese de lipídeos e proteínas menor nas fêmeas do que nos machos. Em machos que receberam dietas hipercalóricas, a DHEA não reduziu a ingestão alimentar e o ganho de peso, porém, teve efeito melhorando o resultado do teste de tolerância à glicose. O peso total do fígado nos animais com dieta hipercalórica foi maior quando comparado aos animais com dieta normocalórica e a DHEA não reverteu este parâmetro. No metabolismo hepático da glicose, tanto o tratamento com DHEA quanto a dieta hipercalórica produziram uma redução da oxidação de glicose (glicose convertida em CO2). A síntese hepática de glicogênio a partir de alanina foi reduzida com o tratamento com DHEA nos grupos que receberam dieta hipercalórica. A dieta hipercalórica diminuiu, em aproximadamente 19%, a captação de glicose no tecido adiposo quando comparado ao grupo com dieta normocalórica e os animais tratados com DHEA apresentaram um aumento na captação de glicose independente da dieta, inclusive revertendo a redução causada pela dieta hipercalórica. Na oxidação de glicose, houve interação entre dieta e tratamento no tecido adiposo, ou seja, o tratamento com DHEA diminuiu significativamente a oxidação de glicose no grupo controle e produziu um aumento no grupo com dieta hipercalórica No músculo gastrocnêmio, a captação de glicose foi reduzida com a dieta hipercalórica. A produção de CO2 e a síntese de glicogênio no músculo sóleo aumentaram somente nos grupos que receberam a dieta hipercalórica. No músculo cardíaco, o tratamento com DHEA aumentou a concentração de glicogênio apenas no grupo com dieta hipercalórica. Além disso, neste mesmo tecido, a DHEA causou um aumento de 55% na expressão proteica da pAKT no grupo com dieta hipercalórica. No estudo com cardiomiócitos foram avaliados parâmetros de proteção contra a formação de radicais livres após as células serem submetidas à hipóxia e reoxigenação, e foi encontrado que o tratamento com DHEA diminui a quantidade de radicais livres intracelulares. Também foi avaliada a expressão das enzimas SOD e CAT, as quais não tiveram uma alteração significativa com o tratamento. Em relação ao processo de apoptose, a expressão da caspase 3 apresentou uma redução no grupo tratado com DHEA nas células submetidas à hipóxiareoxigenação. Assim, podemos concluir que a DHEA não alterou significativamente os parâmetros metabólicos nos ratos machos enquanto que nas fêmeas a DHEA produziu efeitos significativos sobre o metabolismo destas. Nos ratos submetidos à dieta hipercalórica a DHEA melhorou o metabolismo de carboidratos. Em relação aos cardiomiócitos, observamos que a DHEA protege parcialmente as células após um evento de hipóxia-reoxigenação. Porém, mais estudos necessitam ser realizados a fim de investigar os mecanismos que são ativados após o tratamento com DHEA e que podem alterar os padrões metabólicos e celulares. / Studies evaluating the metabolism provide subsidies to understand how organisms react in relation to treatments and diets. Overweight and obesity are reaching high proportions around the world and governments, and society itself, they have been engaged in trying to combat this epidemic. Another aspect that we should relate to metabolism studies is a gender issue because most studies used as an experimental model male rats and mices. However, when proposing treatment protocols, we extrapolate the results also for females, which in reality does not seem very appropriate. Today, this idea is changing and some researchers have considered the proposal to conduct experimental studies using male and female, even for experiments using cells. Also in relation to metabolism, we can highlight the problem of obesity which has become a worldwide epidemic given the name "Globesity". The hyperlipidemic and hypercaloric diets have led to the present world population changes in its metabolism mainly related to dyslipidemia, which may result in the development of cardiovascular diseases. Thus, experimental studies investigating the metabolism of the heart also become important, particularly at the cellular level, where the metabolic events take place. The dehydroepiandrosterone (DHEA) is a steroid hormone that has effects on metabolism, metabolic syndrome, obesity, insulin resistance and cardiovascular disease. In the literature, some studies report that DHEA administration produces different effects on males and females. The objective of this study was to evaluate the DHEA effect: a) wistar rats, male and female, with standard diet and received treatment with different doses of DHEA, b) male wistar rats, submitted or not to a hypercaloric diet and treated with DHEA (25 mg / kg), c) cell line (H9C2) cardiac ventricle of rats subjected or not to hypoxia and reoxygenation and treated with DHEA The results showed that DHEA treatment has an effect on the metabolism and the results are different when comparing the males and females. The evaluation of glucose metabolism in the liver showed that this substrate has a different use between the sexes, and in males the glucose oxidation to CO2 is higher than in females, but the treatment with DHEA had no effect. The lipids formation from glucose was higher in males and treatment with DHEA decreased the hepatic lipogenesis from glucose only in females. Regarding the synthesis of glycogen from glucose, there were differences between the sexes, and females had higher levels than males and the treatment effect was observed only in females. Glucose metabolism in adipose tissue also showed differences between the sexes, with the uptake of glucose greater in females and DHEA treatment reduced this funding only in females. In muscle glucose uptake is higher in females than in males and DHEA administration did not produce significant effect. The metabolism of leucine showed differences between the sexes, and their oxidation and synthesis of lipids and proteins smaller in females than in males. In males fed with a high fat diet, DHEA did not reduce food intake and weight gain, however, had an effect of improving the results of glucose tolerance test. The total weight of liver in animals with higher calorie diet was compared to animals with diet and normocaloric DHEA did not reverse this parameter. In the hepatic metabolism of glucose, either treatment with DHEA as hypercaloric diet produced a reduction in glucose oxidation (glucose converted to CO2). Liver glycogen synthesis from alanine was reduced with treatment with DHEA in the groups that received hypercaloric diet The high calorie diet decreased by approximately 19%, glucose uptake in adipose tissue when it was compared to the group with normocaloric diet and the animals treated with DHEA had an increase independent dietary glucose and reversing the reduction caused by hypercaloric diet. In glucose oxidation was no interaction between diet and adipose tissue treatment, its mean that the treatment with DHEA significantly decreased glucose oxidation in the control group and the group produced an increase in calorie diet. In the gastrocnemius muscle glucose uptake was reduced with a high calorie diet. The CO2 production and glycogen synthesis in soleus muscle increased only in the groups receiving the high calorie diet. In cardiac muscle, treatment with DHEA increased glycogen concentration only in the group with hypercaloric diet. Moreover, in this same tissue, DHEA caused a 55% increase in protein expression of pAKT in the group with hypercaloric diet. In the study with cardiomyocyte the protection parameters were evaluated against free radical formation after cells were subjected to hypoxia and reoxygenation, and it was found that treatment with DHEA decreases the amount of intracellular free radicals. We also evaluated the expression of enzymes SOD and CAT, which did not have a significative change with treatment. Regarding the process of apoptosis, caspase 3 expression showed a reduction in group treated with DHEA in cells subjected to hypoxiareoxygenation. Thus, we can conclude that DHEA did not significantly changes in the metabolic parameters in males while in females DHEA to produce significative effects. In rats with high calorie diet DHEA improved carbohydrate metabolism. Regarding cardiomyocytes, we found that DHEA partially protects cells after a hypoxia20 reoxygenation event. Further studies need to be conducted in order to investigate the mechanisms that are activated after treatment with DHEA that can changes the cellular metabolism.
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Isquemia e reperfusão normotérmica hepática e efeitos do alopurinol : estudo experimental em ratosRhoden, Ernani Luis January 1998 (has links)
Evidências acumuladas em diversos estudos tem demonstrado que as Espécies Ativas do Oxigênio (EAO) contribuem para o dano celular decorrente da isquemia e reperfusão de órgãos, principalmernte, em função da propriedade oxidativa das mesmas sobre os constituintes lipídicos das membranas celulares. O alopurinol tem sido sugerido como droga capaz de interferir beneficamente diminuindo o dano celular decorrente da reperfusão de órgãos previamente isquêmicos, tendo em vista o seu potencial de inibir a enzima xantina-oxidase, a mais frequentemente referida como geradora de EAO. Este estudo foi desenvolvido como o objetivo de avaliar os efeitos da isquemia e reperfusão hepática em ratos e também os efeitos do prétratamento com o alopurinol, sobre a função deste órgão, lipoperoxidação das membranas celulares dos hepatócitos e, características histopatológicas decorrentes. Para tanto, ratos Wistar, pesando entre 250 e 300 gramas foram utilizados e divididos em 6 experimentos interdependentes. Experimento 1: realizado para avaliar os efeitos de diferentes procedimentos sobre a função hepática. Os animais foram divididos em 4 grupos de 1 O animais cada: Grupo 1- ratos controle; Grupo 2- ratos submetidos a isquemia troncular total e intermitente durante um tempo de 45 minutos, tendo sido permitida a reperfusão durànte 5 minutos após os dois primeiros intervalos de 15 minutos; Grupo 3- ratos submetidos a hepatectomia parcial (lobo médio e esquerdo); Grupo 4- ratos submetidos a isquemia conforme descrito e, no final do período, a hepatectomia parcial como no grupo anterior. Colheitas de sangue 12, 24, 48, 72, 96, 120 horas e no 14, 21 e 28 dias foram obtidas para determinação da atividade das transaminases oxalo-pirúvicas (AL T), oxaloacética (AST) e fosfatase alcalina (FA). Experimento 2: realizado para avaliar o grau de lipoperoxidação das membranas celulares dos hepatócitos, através dos métodos de Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) e da Quimiluminescência (QL), em diferentes tempos de reperfusão sanguínea. Para tanto, 40 ratos foram utilizados e divididos em 4 grupos de 1 O animais cada: Grupo 1: ratos controle (submetidos a laparotomia); Grupo 2- ratos submetidos a isquemia total durante 60 minutos não tendo sido permitida a reperfusão; Grupo 3- lsquemia total de 60 minutos e reperfusão por 30 minutos; Grupo 4- lsquemia total de 60 minutos e reperfusão por igual tempo. A ressecção do lobo médio, ao final de cada tempo operatório, foi realizada e, o tecido removido utilizado para medidas do grau de lipoperoxidação pelos métodos do TBARS e QL. Experimento 3: realizado para avaliar os efeitos do alopurinol sobre a função hepática em situações de isquemia e reperfusão. Para tanto 30 ratos foram utilizados, e divididos em 3 grupos de 1 O animais cada: Grupo 1- ratos controle, submetidos ao pré-tratamento com 50 mg/ Kg de peso da suspensão de alopurinol 5 e 1 hora antes da laparatomia, sem nenhum procedimento adicional; Grupo 2- lsquemia seletiva do lobo médio e esquerdo durante 45 minutos, porém em ratos pré-tratados com suspensão de alopurinol nas doses descritas anteriormente; Grupo 3- ratos submetidos a isquemia seletiva conforme descrito anteriormente. Medidas da ALT, AST e FA foram realizadas 12, 24, 48 e 72 horas após os procedimentos. Experimento 4: avaliar o efeito do alopurinol sobre o grau de lipoperoxidação das membranas celulares dos hepatócitos. Para tanto, 30 ratos foram utilizados e divididos em 3 grupos com 1 O animais cada: Grupo 1- ratos controle, submetidosum período de anestesia e laparotomia de 1 hora e 45 minutos; Grupo 2- ratos submetidos a isquemia de 45 minutos e reperfusão de 1 hora porém, pré-tratados com suspensão de alopurinol conforme descrição prévia. Grupo 3- ratos submetidos a isquemia de 45 minutos e reperfusão de 1 hora. Após os respectivos tempos operatórios,os animais foram submetidos a ressecção do lobo médio, utilizado para as medidas da lipoperoxidação pelos métodos do TBARS e QL. Experimento 5: avaliar os efeitos do alopurinol sobre a mortalidade pósoperatória em ratos submetidos a isquemia e reperfusão. Para tanto, 30 ratos foram utilizados e divididos em 3 grupos: Grupo 1- ratos controle, submetidos ao pré-tratamento com 50 mg/ Kg de peso da suspensão de alopurinol 5 e 1 hora antes da laparatomia, sem nenhum procedimento adicional; Grupo 2- ratos submetidos a isquemia seletiva do lobo médio e esquerdo durante 45 minutos, porém com pré-t r~tamento com suspensão de alopurinol nas doses descritas anteriormente. Grupo 3- lsquemia seletiva conforme descrito anteriormente. Experimento 6: avaliar as alterações histopatológicas da isquemia hepática em ratos pré-tratados e não com alopurinol. Para tanto, 60 ratos foram utilizados e divididos em 3 grupos de 20 animais: Grupo 1- ratos controle, submetidos ao pré-tratamento com 50 mg/ Kg de peso da suspensão de alopurinol 5 e 1 hora antes da laparatomia, sem nenhum procedimento adicional; Grupo 2- ratos submetidos a isquemia seletiva do lobo médio e esquerdo, durante 45 minutos, porém em ratos pré-tratados com suspensão de alopurinol nas doses descritas anteriormente. Grupo 3- lsquemia seletiva conforme descrito anteriormente. A cada 24 horas durante 4 dias, 5 animais de cada grupo eram sacrificados e, os lobos médio e esquerdo foram removidos para estudo histopatológico. Experimento 1- Significativa elevação nas concentrações séricas, nas medidas das 12 e 24 horas após o procedimento, das enzimas AL T e AST foram observadas nos Grupos 2 e 3 em relação ao grupo controle (Grupo 1) (p<O.OS). Além disso, naqueles animais do Grupo 4 elevações mais pronunciadas foram eveifenciadas em relação aos demais grupos nas determinações efetuadas 12, 24 e 48 após a cirurgia (p<O.OS). A soma dos valores das medidas individuais dos Grupo 2 e 3 não se distinguiram daquelas obtidas no Grupo 4 (p>O.OS). A concentração sérica da FA foi mais elevada em todas as determinações efetuadas naqueles animais submetidos a hepatectomia (G.3 e 4) em relação aos grupos de animais nos quais este procedimento não foi efetuado (Grupos 1 e 2) (p<O.OS). Experimento 2- Foi observado uma maior formação de malondialdeído (TBARS) nos tecidos hepáticos dos Grupos 3 e 4 em relação aos Grupos 1 e 2 (p<O.OS) e, além disso, ausência de diferença entre os Grupos 3 e 4 e entre os Grupos 1 e 2 (p>O.OS). Resultados semelhantes foram obtidos pelo método da QL. Experimento 3- A concentração sérica da AL Te AST foi superior (p<O.OS) nos Grupos 2 e 3 em relação ao grupo controle (Grupo 1) nas medidas efetuadas 12 e 24 horas após o procedimento e, nas determinações das 48 horas do Grupo 3 em relação aos demais (p<O.OS). A FA foi semelhante em todos os grupos de animais (p>O.OS). Experimento 4- A formação de malondialdeído foi maior nos animais do Grupo 3 em relação aos Grupo 1 e 2 (p<O.OS). Entre estes dois últimos grupos não houve diferença estatisticamente detectável (p>O.OS). Além disso, a QL demonstrou uma maior emissão de energia luminosa no Grupo 3 em relação aos demais (p<0.05) e, entre estes dois últimos os resultados foram semelhantes (p>0.05). Experimento 5- A taxa de mortalidade no grupo de animais submetidos a isquemia sem pré-tratamento como alopurinol (Grupo 3) foi de 40% nas primeiras 24h após o procedimento, estatisticamente distinta quando comparado ao Grupo 1 (cbntrole)(p<0.05). Entretanto, entre os animais do Grupo 2, ou seja, submetidos a isquemia e pré-tratamento com alopurinol, 13.3% foram ao óbito e este valor não se distingue dos animais do Grupo 1 (p>0.05). A avaliação entre os Grupos 2 e 3 não demonstrou diferença estatística (p>0.05). A mortalidade na avaliação das 48 horas foi igual entre os dois grupos (6.6% e 6.6%) (2 e 3) e não distintas, estatisticamente (p>0.05). Os demais animais sobreviveram durante o período de observação. Experimento 6- Congestão vascular hepática e necrose hepatocitária foram significativamente mais pronuncidas nos animais dos Grupos 2 e 3 em relação aos animais do grupo controle na avaliação efetuada 24 e 48 horas após a isquemia (p<0.05) e, além disso, a necrose foi maior nos animais do Grupo 3 em relação aos do Grupo 2 (p<0.05) apenas na avaliação das primeiras 24 horas após o procedimento cirúrgico. Não se observaram diferenças estatisticamente demonstráveis nas avaliações realizadas 72 e 96 horas após a cirurgia(p>0.05). Estes resultados sugerem que a via da xantina oxidase é uma das mais importantes rotas metabólicas envolvidas na geraçãode EAO, elementos quimicamente reativos e com potencial lesivo ao nível das membranas celulares dos hepatócitos e, que pelo menos em parte, são responsáveis pelos danos funcionais do fígado na síndrome da isquemia e reperfusão. Além disso, o alopurinol demonstrou efeitos protetores contra a lipoperoxidação decorrente da injúria reperfusional, embora a análise histopatológica não tenha demonstrado uma diferença estatisticamente significativa, o que pode ser justificado pelo fato das alterações provocadas nesta síndrome ocorram a nível de biomembranas celulares e de organelas não adequadamente visualizáveis pela microscopia óptica. / lt has been demonstrated that the oxygen free radical (EAO) contributes to the cellular damage induced by ischemia/reperfusion, probably mainly due to its lipid-oxidative characteristics. lt has been suggested that allopurinol has beneficiai effects in reducing the injury due to the reperfusion of previously ischemic organs, in this syndrome, as a result of its property of inhibiting the enzyme xanthine oxidase, most frequently referred as responsible for the EAO generation. This study was carried out with the purpose of elucidating the effects of hepatic ischemia-reperfusion in rats, the effects of allopurinol in this syndrome, the development of the assay for lipid peroxidation of hepatocyte membranes and the histopathologic features. To achieve this goal, the functional repercussion and the histopathologic features (analized 24 hours and eight days after surgery) were evaluated in wistar rats weighing 250-300 g. Experíment 1: performed for evaluating the way in which different procedures reflected upon the hepatic function. The animais were divided into 4 groups of 1 O rats each. Group 1- Contrais (sham operation); Group 2- rats submitted to total intermittent hepatic ischemia for 45 minutes: the first two 15-minute periods of ischemia were intercalated with 5 minutes of reperfusion; Group 3- rats which underwent partia! hepatectomy (mediai and left lobes). Group 4- lschemia as described above and at the end of partia! hepatectomy. Blood samples were obtained at 12, 24, 48, 72, 96 and 120 hours and 4, 21 and 28 days after the procedure to determine the leveis of the enzymes oxalopiruvic transaminase (AL T), oxaloacetic transaminase (AST) and alkaline phosphatase (AF). Experiment 2: performed for evaluating the lipoperoxidation of hepatocyte membranes by the methods of thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) and Chemoluminescence (QL) at different times of reperfusion. The animais were divided into 4 groups of 10 rats each: Group 1- Contrais (sham operation); Group 2- rats submitted to total hepatic ischemia for 60 minutes ; Group 3- total hepatic ischemia for 60 minutes and reperfusion for 30 minutes; Group 4- total hepatic ischemia for 60 minutes and reperfusion for 60 minutes. At the end of each operation time, a resection of the mediai lobe was performed, and hepatic tissue was removed and used for measuring lipid peroxidation by the methods described above. Experiment 3: performed for evaluating the effects of allopurinol on hepatic function in the setting of ischemia-reperfusion. The animais were divided into 3 groups of 1 O rats each: Group 1- Contrais (sham operation) treated 5 hours and 1 hour before the procedure with two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 2- rats submitted to selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia during 45 minutes and treated 5 hours and 1 hour before the procedure with two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 3- rats submitted to 45 minutes of selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia followed by 5 minutes of reperfusion 22,5 minutes later. Blood samples were obtained 12, 24, 48 and 72 hours after the procedure to determine the activities of the AL T, AST and AF enzymes. Experiment 4: performed for evaluating the effects of allopurinol on hepatocyte membrane lipoperoxidation by the methods of thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) and Chemoluminescence (QL). The animais were divided into 3 groups of 1 O rats each: Group 1- Contrais (sham operation) treated 5 hours and 1 hour before the procedure with two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 2- rats submitted to 45 minutes of selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia followed by 60 minutes of reperfusion and treated 5 hours and 1 hour before the procedure with two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 3- rats submitted to selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia during 45 minutes and reperfusion during 60 minutes. After the respective surgical times, the left and mediai lobes were removed and used for the lipoperoxidation assay by the TBARS and QL methods. Experiment 5: performed for evaluating the effects of allopurinol on mortality after the ischemia-reperfusion procedure. Forty animais were used and divided into 3 groups: Group 1- 10 control rats (sham operation) treated 5 hours and 1 hour before the procedure with two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 2- 15 rats submitted to selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia during 45 minutes and treated 5 hours and 1 hour before the procedure wíth two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 3: 15 rats submitted to 45 minutes of selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia followed by 5 minutes of reperfusion 22,5 minutes later. The animais were observed for 7 days after the procedure. Experiment 6: performed for analyzing the hepatic histopathologic features and the effects of the pre-treatment wíth allopurinol in the rats submitted to ischemia-reperfusion. Sixty animais were used and divided into three groups of twenty animais each: Group 1- Contrai rats (sham operation) treated 5 hours and 1 hour before the procedure wíth two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 2- rats submitted to selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia during 45 minutes and treated 5 hours and 1 hour before the procedure wíth two doses of 50 mg/kg of allopurinol suspension administered intraperitoneally; Group 3- rats submitted to selective (mediai and left lobes) hepatic ischemia during 45 minutes. Twenty-four, 48, 72 and 96 hours after the procedure, 5 rats of each group were sacrificed, and their left and right lobes were removed for histopathologic study (vascular congestion, necrosis and steatosis). Experiment 1: The determination of the AL T and AST leveis, after the procedure, demonstrated that these leveis were significantly higher in the groups 2 and 3 than in group 1 (p<0,05). Besides, among the animais of ali groups, those of group 4 had the highest leveis 12, 24 and 48 hours after the surgery. When the values of group 3 were added to the values of group 2, the results were not different from the values of group 4 (p>0,05). AF was higher in ali determinations, in the animais which underwent hepatectomy (groups 3 and 4) compared to those which were not submitted to this procedure (groups 1 and 2) (p< 0,05). Experiment 2: Malondialdehyde (TBARS) formation was higher in the groups 3 and 4 than in the groups 1 and 2 (p<0,05); besides, no difference was observed between the groups 3 and 4 and between the groups 1 and 2 (p>0,05). Similar results were observed with the QL method. These results suggest that the enzyme xanthine oxidase is one of the most important pathways involved in the generation of the EAbs, chemical reactive elements with injury potential at the levei of the hepatocyte membranes in the ischemia-reperfusion syndrome. At last, the results showed that allopurinol had beneficiai effects on hepatic function and lipid peroxidation and protective effects against hepatic ischemia-reperfusion injury. The histopathologic findings can be explained by the fact that the changes induced by this mechanism occur in organelles and biomembranes which are not visualized by light microscopy.
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Correlação entre perfil lipídico, estado menopausal e câncer de mamaAltino, José 01 November 2012 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2016-06-22T18:42:10Z
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Previous issue date: 2012-11-01 / Introduction: Breast cancer has a high prevalence and mortality in women. The family history in first-degree relatives is the main risk factor for the disease, accounting for 20-25% of cases. The remaining cases are caused by multiple factors, such as obesity, dyslipidemia, use of hormone therapy (HT). However it is unclear the effect of the combination of these factors in breast cancer. Objective: To evaluate the relationship between hormone levels and lipid profile and its influence on the immunohistochemical expression of receptors in breast tumors in postmenopausal women with or without HT, and to assess some risk factors and prognosis of breast cancer. Casuistic and Method: We studied 50 post-menopausal women with breast cancer, divided into two groups: G1 without, and G2 - with HT, at least 5 years, with HT suspended for cancer diagnosis. We analyzed lipid profile including total cholesterol (TC) and fractions (LDLc, HDLc, VLDLc) and triglycerides (TG), and the hormonal profile (estradiol, follicle stimulating hormone (FSH) and luteinizing hormone (LH). The analysis of immunohistochemical expression comprised estrogen receptors (ER), progesterone (PR) and human epidermal factor type 2 (HER-2). We also evaluated the value prognosis of these receptors and the body mass index (BMI). Higher significance level of P <0.05 was considered. Results: Values of serum TC, LDLc, and HDLc were according to recommended limits in both groups (P> 0.05), while increased median values were observed for VLDLc and TG in G1 (36, 180 mg / dL, respectively ) versus G2 (28; 142 mg / dL, respectively, P = 0.048 for both). The presence of ER, PR, and HER-2 and itsrelationship with lipid profile and hormonal profile were similar between the groups (P> 005). The median values for hormone profile were similar in both groups (P> 005), except in the group analysis for LH values in pre-and postmenopausal women, especially the HT group, with 28% of patients with levels LH corresponding to premenopausal women (P = 0.010). A positive correlation was observed between levels of LDLc with CT. VLDLc, and TG for G1 (P ≤ 0.001) and G2 (P <0.05) positive correlation between TG and VLDLc in G1 (P <0.001) and G2 (P <0.001) negative correlation between the level of HDL-C and LH in G1 (P = 0.023); positive correlation between FSH and LDLc in G2 (P = 0.041), positive correlation between FSH and LH in G2 (P = 0.048); negative correlation between FSH and estradiol in G1 (P = 0.001). Risk factors (lipid profile and lipid BMI) and prognostic factors (absence of ER and PR, and presence or absence of HER-2) were similar in G1 and G2 for disease-free survival and overall (P> 0.05). Conclusion: Changes in hormonal and lipid profile did not influence the immunohistochemical expression of tumor tissue, prognostic factor in breast cancer, therefore, does not interfere with overall survival and free- tumor recurrence. / Introdução - O câncer de mama apresenta alta taxa de prevalência e mortalidade nas mulheres. A história familiar em parentes em primeiro grau é o principal fator de risco para a doença, sendo responsável por 20-25% dos casos. Os demais casos são decorrentes de múltiplos fatores, como obesidade, dislipidemia, uso de terapia hormonal (TH). No entanto, ainda é obscuro o efeito da associação dos referidos fatores no câncer de mama. Objetivos - Avaliar a relação entre perfil lipídico e níveis hormonais, e sua influência na expressão de receptores imunohistoquímico nos tumores de mama, em mulheres na pós-menopausa, com ou sem TH, e avaliar fatores de risco e prognóstico do câncer de mama. Casuística e Métodos - Foram estudadas 50 mulheres com câncer de mama na pós-menopausa, distribuídas em dois grupos: G1 – sem, e G2 – com uso de TH, no mínimo por 5 anos, TH suspenso ao diagnóstico do câncer. Analisou-se perfil lipídico incluindo níveis séricos de colesterol total (CT) e frações (LDLc, HDLc, VLDLc) e triglicérides (TG), além do perfil hormonal [estradiol, hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH)]. A análise da expressão imunohistoquímica compreendeu receptores de estrógeno (RE), progesterona (RP) e fator epidermal humano do tipo 2 (HER-2). Avaliou-se também o valor prognóstico dos referidos receptores e o índice de massa corporal (IMC). Admitiu-se nível de significância para P<0,05. Resultados - Valores séricos de CT, LDLc, e HDLc mostraram-se nos limites recomendados em ambos os grupos (P>0,05), enquanto valores aumentados de mediana foram observados para VLDLc e TG no G1 (36; 180 mg/dL, respectivamente), versus G2 (28; 142 mg/dL, respectivamente; P=0,048, para ambos) A presença de RE, RP, e HER-2, e sua relação com perfil lipídico, e perfil hormonal foram semelhantes entre os grupos (P>0,05). Os valores de mediana para perfil hormonal foram semelhantes em ambos grupos (P>0,05), exceto na análise dos grupos para valores de LH na pré e pós-menopausa, destacando-se o grupo com TH, com 28% das pacientes com níveis de LH correspondente a pré-menopausa (P=0,010). Observou-se correlação positiva entre níveis de CT com LDLc, VLDLc, e TG para G1 (P≤0,001) e G2 (P<0,05); correlação positiva entre TG e VLDLc em G1 (P<0,001) e G2 (P<0,001); correlação negativa entre HDLc e LH em G1(P=0,023); correlação positiva entre LDLc e FSH em G2 (P=0,041); correlação positiva entre FSH e LH em G2 (P=0,048); correlação negativa entre FSH e estradiol em G1 (P=0,001). Fatores de risco (perfil lipídico e IMC) e fatores prognósticos (ausência de RE e RP, e presença ou ausência do HER-2) foram semelhantes em G1 e G2 para sobrevida livre de doença e global (P> 0,05). Conclusão – As mudanças no perfil lipídico e hormonal não tem relação com a expressão imunohistoquímica do tecido tumoral, dados imunohistoquímicos são fatores prognóstico no câncer de mama e, portanto, estas mudanças não apresentam interferência na sobrevida global e livre de recidiva tumoral.
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Enteric and feces methane emissions, fermentative ruminal parameters and feeding behavior of cattle fed cottonseed and vitamin E / Emissões de metano entérico e das fezes, parâmetros fermentativos ruminais e comportamento ingestivo de bovinos alimentados com caroço de algodão e vitamina ENogueira, Ricardo Galbiatti Sandoval 10 March 2017 (has links)
Problems about greenhouse gas emissions attributed to cattle production and improvements in the productivity of these animals has been growing and becoming increasingly important. Cattle releases methane as part of their digestive process, and this represents loss of energy for the animal. The decomposition of feces releases methane and it can be recovered by digester and transformed into different types of energy. Thus, aiming to quantify the potential production of enteric methane and anaerobic fecal decomposition, as well as to evaluate ruminal and behavioral parameters of cattle fed with cottonseed and vitamin E. Six cannulated cows (864±16 kg) were distributed in a replicate 3x3 Latin square. Treatments were: 1) control diet; 2) CS: basal diet plus 30% cottonseed and 3) CSVitE: basal diet plus 30% of cottonseed plus 500 UI of vitamin E. Results were compared through orthogonal contrast and values were considered significant when P0,05. No differences were observed for dry matter intake (DMI), as well as digestibility of DM and neutral detergent fiber (NDF). Animals supplemented with cottonseed spent more time eating and ruminating and less time in idles. Reduction in the concentration and production of acetate, butyrate and the acetate: propionate ratio was observed in animals fed cottonseed compared to the control. Enteric methane mitigation was observed for the cottonseed treatments compared to the control. Changes in the substrates characteristics used to load the digesters were observed. However, no differences were verified for the total biogas production, methane yield and capacity to recover the energy of the feces in the form of methane. Inclusion of 30% cottonseed can be used as a strategy to mitigate enteric methane, without causing losses in the DMI, nutrients digestibility and anaerobic digestion of feces. In addition, it promoted favorable changes in the ingestive behavior, ruminal fermentation products, as well as in the energy partition of the gastrointestinal tract. Vitamin E when is used as antioxidant had not effect on ruminal fermentation, feeding behavior and feces anaerobic digestion, thus the inclusion is not advised due absence of positive results. / A problemática das emissões de gases de efeito estufa atribuída à produção de bovinos e melhorias na produtividade desses animais vem crescendo e se tornando cada vez mais importante. Bovinos emitem metano como parte do seu processo digestivo, e isto representa perda de energia para o animal. A decomposição das fezes gera metano, este pode ser recuperado por biodigestores e transformado em diferentes tipos de energia. Assim, objetivou-se quantificar o potencial de produção do metano entérico e da decomposição anaeróbia das fezes, bem como avaliar parâmetros ruminais e comportamentais de bovinos alimentados com caroço de algodão e vitamina E. Foram utilizadas seis vacas fistuladas não gestantes e não lactantes (876 kg±16). Os tratamentos foram: 1) Controle: dieta basal; 2) CA: dieta basal mais 30% de caroço de algodão; 3) CAVitE: dieta basal mais 30% de caroço de algodão mais 500 UI vitamina E. O delineamento experimental utilizado foi o quadrado latino. Os resultados foram comparados por contrastes ortogonais e foram considerados significantes valores de P0,05. Não foram verificadas diferenças para o consumo de matéria seca (MS), bem como digestibilidade da MS e da fibra em detergente neutro (FDN). Os animais suplementados com caroço de algodão passaram maior tempo comendo e ruminando e menor tempo em ócio. Houve redução na concentração e produção de acetato, butirato e da relação acetato:propionato dos animais que receberam caroço de algodão comparado ao controle. A inclusão do caroço de algodão provocou mitigação das emissões de metano entérico. Houve alteração nas características dos substratos utilizados para abastecer os biodigestores. No entanto, não foram verificadas diferenças para a produção total de biogás, rendimento de metano e capacidade dos biodigestores em recuperar a energia das fezes na forma de metano. A inclusão de 30% caroço de algodão pode ser utilizada como estratégia para mitigar metano entérico, sem causar perdas no consumo, digestibilidade dos alimentos e na biodigestão anaeróbia das fezes. Além disso, sua inclusão promoveu alterações favoráveis no comportamento ingestivo, nos produtos da fermentação ruminal, bem como na partição de energia do trato gastrointestinal. A vitamina E quando utilizada como antioxidante não possui efeitos sobre a fermentação ruminal, comportamento ingestivo e biodigestão anaeróbia das fezes, assim sua inclusão não é indicada devido a ausência de resultados favoráveis a sua utilização.
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Associação dos ácidos graxos séricos com disfunção endotelial e lipídeos séricos em pacientes com diabete melito tipo 2Perassolo, Magda Susana January 2007 (has links)
Os ácidos graxos (AG) são ácidos carboxílicos que compõe a estrutura fundamental dos lipídeos e possuem uma cadeia hidrocarbonada (4 a 26 C) e um grupamento carboxila terminal (ácidos carboxílicos). Eles são capazes de gerar mediadores ativos e modular a resposta a hormônios, como também influenciam a resposta imunológica, inflamatória e secreção de insulina e de outros hormônios. Além do efeito sobre o perfil das lipoproteínas plasmáticas, os AG atuam nos processos inflamatórios, têm papel importante na função endotelial, sensibilidade à insulina e mecanismos trombogênicos. Neste sentido, avaliou-se a associação de disfunção endotelial com a proporção de AG séricos em pacientes com diabete melito tipo 2. Os níveis séricos de endotelina-1 apresentaram correlação positiva com os AG saturados e negativa com os AG poliinsaturados (AGP), demonstrando que a composição de AG séricos está independentemente relacionada com disfunção endotelial, avaliada pela dosagem de endotelina-1.Além de estarem relacionados com disfunção endotelial, os AG medidos nos lipídeos totais, apresentam melhor associação com os AG medidos na fração triglicerídeos e também melhor correlação com os lipídeos séricos (colesterol e triglicerídeos) e se correlacionam com os AG de dieta (AGP). Isto demonstra que os AG dosados nos lipídeos totais representam melhor as funções metabólicas dos AG no soro.
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Estresse oxidativo de duas espécies de macrófitas aquáticas em diferentes condições ambientais em um estuário de região neotropical /Paulino, Rachel Santini. January 2018 (has links)
Orientador: Antônio Fernando Monteiro Camargo / Banca: Rogério Falleiros Carvalho / Banca: Irineu Bianchini Junior / Resumo: O estresse oxidativo causado pela produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) é uma das respostas que as plantas apresentam frente a um estresse ambiental. Nosso objetivo foi avaliar o estresse oxidativo das macrófitas aquáticas Crinum americanum e Spartina alterniflora em duas condições: salinidade e nutrientes que ocorrem no estuário do rio Itanhaém (SP). Raízes e folhas (5 plantas) de C. americanum foram coletadas em cada área (5 amostras/área). O material vegetal para análises de clorofila (a+b), carotenóides, peróxido de hidrogênio (H2O2), malonaldeído (MDA) e enzimas antioxidantes SOD e CAT foram acondicionado em N2 líquido no campo e posteriormente armazenado em freezer a -80 °C. Também foram coletados em cada réplica material vegetal para avaliar o teor de N e P totais da planta e do sedimento Os dados obtidos foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e comparados pelo teste de Tukey (p < 0,05). Os resultados obtidos mostraram que: C. americanum e S. alterniflora sofreram maior estresse oxidativo em alto e médio estuário, respectivamente; Os indivíduos de S. alterniflora sofreram maior estresse na área de lançamento de esgoto. / Abstract: The oxidative stress caused by the production of reactive oxygen species (ROS) is one of the responses that plants exhibit facing environmental stress. Our objective was to evaluate the oxidative stress of the aquatic macrophytes Crinum americanum and Spartina alterniflora under two conditions: salinity and nutrients that occur in the estuary of the Itanhaém river (SP). Roots and leaves (5 plants) of C. americanum were collected in each area (5 samples / area). The plant material for analysis of chlorophyll (a + b), carotenoids, H2O2, MDA and antioxidant enzymes SOD and CAT with platform in N2 without field and liquid in freezer at -80 ° C. Vegetable material was also collected in each replicate to evaluate the total N and P content of the plant and of the sediment. The data were submitted to Analysis of Variance (ANOVA) and compared by the Tukey test (p <0.05). The results showed that: C. americanum and S. alterniflora suffered higher oxidative stress in upper and middle estuary, respectively; The State of São Paulo changes have suffered greater stress in the area of sewage / Mestre
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Estresse salino em plantas jovens de cana-de-açúcar : respostas bioquímicas e fisiológicas /Chiconato, Denise Aparecida. January 2016 (has links)
Orientador: Durvalina Maria Mathias dos Santos / Coorientador: Rana Munns / Banca: Jose Antonio Proença Vieira de Moraes / Banca: Priscila Lupino Gratão / Banca: Raffaella Rossetto / Banca: Arthur Bernardes Cecílio Filho / Resumo: A cana-de-açúcar é uma cultura mundialmente importante. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e se destaca na comercialização e exportação de açúcar e etanol originados a partir desta cultura. Os diferentes estresses abióticos alteram negativamente o desenvolvimento das plantas e, entre os estresses, a salinidade de solos se apresenta pela grave redução de produtividade, sendo o principal fator estressante em regiões de clima árido e semiárido. Este trabalho objetivou verificar os efeitos do NaCl sobre o desenvolvimento de plantas jovens de cana-de-açúcar, cultivares SP 81-3250 e IAC 87-3396, mediante o estudo de variáveis fisiológicas-bioquímicas: (I) os osmoprotetores prolina, glicina betaína e sacarose, (II) a ocorrência de alterações nutricionais pela relação Na+/K+, (III) a peroxidação lipídica (IV) a influência do NaCl na atividade da enzima redutase do nitrato; (V) o efeito do estresse salino nas trocas gasosas; (VI) o crescimento de parte aérea e raízes das diferentes cultivares de cana-de-açúcar sob estresse salino. Para tanto, foram utilizadas quatro concentrações de NaCl (0, 40, 80 e 160 mM) e realizadas as seguintes avaliações: teores de Na+ e K+ nas folhas e raízes, os osmólitos compatíveis prolina, glicina betaína e sacarose, potencial hídrico, a peroxidação lipídica, atividade da enzima redutase do nitrato, trocas gasosas, clorofilas totais, rendimento quântico do FSII e crescimento de parte aérea e raiz aos 15 e 30 dias de desenvolvimento após aplicação do estresse. A partir dos resultados, observou-se maior suscetibilidade das plantas da cv. IAC 87-3396 pelo maior acúmulo de Na+ e relação Na+/K+, maior peroxidação lipídica pelo acúmulo de MDA e maior efeito negativo sobre as trocas gasosas. Ambas as cultivares apresentaram acúmulo de prolina sob estresse, porém, plantas da cv. SP 81-3250 apresentaram, além de mais rápido acúmulo deste aminoácido... / Abstract: Sugarcane is a globally important crop. Brazil is the largest producer of sugarcane and stands out in the marketing and exportation of sugar and ethanol derived from this culture. The various abiotic stresses adversely change plant growth and between the stresses, soil salinity is presented by the severe reduction in productivity, it is the main stressor in arid and semi-arid climates. This study aimed to verify the effects of NaCl on the development of sugarcane young plants, SP 81- 3250 and IAC 87-3396 cultivars, through the study of physiological-biochemical variables: (I) the osmoprotectors proline, glycine betaine and sucrose, (II) the occurrence of nutritional changes the ratio Na+/K+ (III) lipid peroxidation (IV) effect of NaCl in the activity of nitrate reductase enzyme; (V) the effect of salt stress on gas exchange; (VI) the growth of shoots and roots of the sugarcane cultivars under salt stress. Thus, it was used four concentrations of NaCl (0, 40, 80 and 160 mM) and made the following assessments: Na+ and K+ accumulation in the leaves and roots, compatible osmolytes: proline, glycine betaine and sucrose, water potential, peroxidation lipid, activity of nitrate reductase enzyme, gas exchange, total chlorophyll, quantum yield of PSII and shoot and root growth at 15 and 30 days of development after stress application. The results showed higher susceptibility of the cv. IAC 87-3396 by higher accumulation of Na+ and Na+/K+ ratio, increase in lipid peroxidation by MDA accumulation and greater negative effect on gas exchange. Both cultivars showed proline accumulation under stress, however, the cv. SP 81- 3250 showed in addition faster accumulation of this amino acid, reduced lipid peroxidation and higher growth. Under severe salt stress cv. IAC 87-3396 is more susceptible / Doutor
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Estudo da utilização de campo elétrico moderado na extração de lipídeos e carotenoides a partir da microalga Chlorella spJaeschke, Débora Pez January 2015 (has links)
Microalgas são conhecidas como excelentes fontes de lipídeos, vitaminas e carotenoides. Contudo, os métodos de extração de compostos intracelulares tradicionais são dispendiosos e não têm se mostrado eficientes. Assim, o desenvolvimento de métodos de extração com maior rendimento e com a substituição de solventes tóxicos por solventes ambientalmente amigáveis se torna essencial para viabilizar a produção em grande escala de produtos derivados das microalgas. Este trabalho teve como objetivo principal avaliar a utilização de campo elétrico moderado (MEF) na extração de carotenoides e lipídeos a partir da microalga Chlorella sp.. Para tanto, foram estudadas diferentes tensões (0-180 V) numa etapa de pré-tratamento de extração. Além disso, o presente trabalho também avaliou a utilização de etanol como solvente de extração; foi avaliada uma concentração fixa de 25 % (v/v) durante a etapa de pré-tratamento em presença de campo elétrico moderado e diferentes concentrações de etanol numa etapa difusiva (25-75 %, v/v). Ainda, este trabalho avaliou a utilização do método sulfo-phospho-vanilina (SPV) como método de quantificação de lipídeos totais em microalgas. Os resultados mostraram que a extração de carotenoides teve influência significativa (p < 0,05) da aplicação de MEF e da concentração de etanol (%), sendo observado um efeito positivo e combinado de ambas as variáveis avaliadas. Esse resultado se deve, possivelmente, ao efeito que o MEF exerceu sobre os cloroplastos; acredita-se que a aplicação de campo elétrico promoveu a eletroporação reversível das membranas dos cloroplastos, favorecendo a extração de carotenoides. Em contrapartida, somente a concentração de etanol apresentou efeito significativo positivo na extração de lipídeos. Dessa forma, a permeabilização reversível da membrana celular não contribuiu para um aumento da extração de lipídeos. Vale enfatizar que, utilizando a tecnologia de MEF, um processo de baixa demanda energética, e etanol, um solvente ambientalmente amigável obteve-se uma extração de até 73 e 83 % de carotenoides e lipídeos, respectivamente. Ainda, o método SPV utilizado para quantificação de lipídeos totais em microalgas, se mostrou uma metodologia simples, rápida e adequada para quantificação de lipídeos em microalgas. / Microalgae are known as good sources of lipids, vitamins and carotenoids. The intracellular compounds extraction methods are time consuming and, in some cases, inefficients. Therefore, the development of new extraction methodologies is important to enable large scale extraction of compounds of interest derived from microalgae. The aim of the present work was to evaluate moderate electric field (MEF) application on lipid and carotenoid extraction from the microalgae Chlorella sp.. For this purpose, voltage was evaluated on a pre-treatment, varying from 0 to 180 V. Also, ethanol was evaluated as extraction solvent during the pre-treatment in the presence of MEF (25%, v/v) and during the diffusive step, at concentrations varying from 25 to 75 %, (v/v). Moreover, this work evaluated sulfo-phospho-vanillin method (SPV) as a total lipid quantification method in microalgae. The results showed that MEF and ethanol concentration significantly influenced (p < 0.05) carotenoid extraction, and a positive combined effect of both variables was observed. It is believed that, MEF promoted reversible electroporation of the cellular and chloroplast membranes. MEF possibly promoted an elongation on chloroplasts structure, which contributed to the increase on carotenoid extraction. On the other hand, only the ethanol concentration showed a positive effect on lipid extraction. In this case, the reversible electroporation on cellular membrane was not sufficient to increase lipid extraction. It is important to point out that the application of MEF and ethanol, an environmentally friendly solvent, promoted an extraction yield of up to 73 and 80 % of carotenoid and lipids, respectively. Also, SPV method showed to be an attractive fast lipid quantification method.
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Efeito da retirada da carne vermelha da dieta sobre a função renal e perfil lipídico sérico de pacientes com diabetes melito tipo 2 e nefropatia diabéticaMello, Vanessa Derenji Ferreira de January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Homocisteína, fator von Willebrand e lipídeos em ratos albinos portadores de diabetes melito induzido por estreptozotocina / Homocysteine, von Willebrand factor and lipids in albino rats with diabetes mellitus streptozotocinLopes, Renato Delascio [UNIFESP] January 2006 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2006 / Objetivos: Estudar em ratos albinos portadores de diabetes melito induzido por estreptozotocina: 1. Valores plasmáticos de homocisteína. 2. Concentrações plasmáticas de fator von Willlebrand. 3. Valores séricos de colesterol total e
frações e triglicérides. 4. Possíveis correlações entre valores plasmáticos de homocisteína, fator von Willebrand, colesterol total e frações e triglicérides. Métodos: 35 ratos (rattus norvegicus albinus), machos, adultos (peso 180-200g), com glicemias aferidas foram randomizados em três grupos: 1. Controle (n=10) - não receberam droga ou veículo; 2. “Sham” (n=10) - receberam solução (tampão
citrato 0.1M, pH4.5) veículo da estreptozotocina e 3. Diabetes (n=15) - receberam estreptozotocina (Sigma® ) para indução do diabetes melito (60 mg/kg de peso) em dose única; via intraperitoneal, diluída em 0.3mL de solução veículo. Foram considerados diabéticos todos os ratos cujos valores de glicemia foram iguais ou superiores a 250mg/dL. Após 08 semanas de indução do diabetes melito os ratos
foram pesados, as glicemias aferidas e anestesiados com ionembutal (Sigma® ) via intraperitoneal (50mg/kg peso). Colheu-se sangue da artéria aorta abdominal para determinação dos valores de homocisteína plasmática total seguindo metodologia descrita, através de ensaio HPLC (Shimadzu® ). O sangue restante foi
centrifugado e o soro e o plasma aliquotados e congelados até determinação do fator von Willebrand (técnica de ELISA) e concentrações séricas de glicose de jejum final, colesterol total e frações HDL-, LDL- e VLDL-colesterol, triglicérides e creatinina. Os resultados foram expressos em média + desvio padrão. Para
análise estatística utilizou-se a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de comparações múltiplas de Tukey e quando necessário o teste Brown Forsythe, seguido do procedimento de comparações múltiplas de Dunnett. Para a construção dos diagramas de dispersão das variáveis calculou-se os coeficientes
de correlação de Pearson. Resultados: O modelo foi reprodutível em 100% dos animais. A média dos valores de glicemia inicial foi: 88,7±5,9mg/dL (controle); 88,9±8,2mg/dL (“sham”) e 85,1±5,2mg/dL (diabetes). Através da ANOVA não houve diferença das médias de glicemia inicial entre os grupos (p=0,24). A média da glicemia final foi: 85,0±7,1mg/dL (controle); 80,9±5,0mg/dL (”sham”) e
353,5±98,2mg/dL (diabetes). Houve diferença estatisticamente significante entre o grupo diabetes e os demais (p<0,01). A média das concentrações plasmáticas de homocisteína foi: 7,9±2,3µmol/L (controle); 8,6±2,2µmol/L (“sham”) e 6,1±1,3µmol/L (diabetes), com diferença entre os grupos (p<0,01). A média dos valores do fator von Willebrand foi 0,15±0,3U/L (controle), 0,16±0,2U/L (“sham”) e
0,18±0,4U/L (diabetes), com diferença entre os grupos (p<0,05). Os valores de colesterol total tiveram médias de: 123,9±40,8mg/dL (controle); 107,0±38,6mg/dL (“sham”) e 87,5±5,9mg/dL (diabetes). A ANOVA mostrou diferença entre os grupos (p<0,05). No grupo diabetes houve correlação inversa entre glicemia final e ganho
de peso, homocisteína e colesterol total, homocisteína e fração VLDL-colesterol e homocisteína e triglicérides. Conclusões: Neste estudo, utilizando como modelo biológico o diabetes melito induzido por estreptozotocina em ratos albinos, nas condições de experimento apresentadas, torna-se lícito concluir: 1. Os ratos
diabéticos apresentaram valores menores de homocisteína. 2. O grupo diabetes apresentou valores maiores de fator von Willebrand. 3. Houve correlação inversa entre homocisteína e colesterol total, homocisteína e fração VLDL-colesterol e homocisteína e triglicérides. 4. Não houve correlação entre glicemia final e
homocisteína, glicemia final e fator von Willebrand e homocisteína e fator von Willebrand nos ratos diabéticos. 5. Houve correlação inversa entre ganho de peso e glicemia final nos ratos diabéticos. / Purpose: To determine plasma levels of homocysteine, von Willebrand factor,
triglycerides and total cholesterol and fractions, in rats with diabetes induced by
streptozotocin and evaluate possible correlations among these parameters.
Methods: Adult male norvegicus albino rats (n=35), weigh (180-200g) were
randomized into three groups: treated group (n=15), with diabetes induced by
streptozotocin; sham group (n=10), treated with saline solution and normal control
group (n=10), no treated. Initial fasting glucose was determinated before diabetes
induction. Diabetes was induced by a single bolus intraperitoneal injection of
streptozotocin, 60mg/kg/dose, diluted in citrate buffer (0.1M, pH4.5). Diabetes was
confirmed by blood glucose levels ≥250mg/dL. Eight weeks after diabetes
induction, animals were weighted and blood samples were collected from
abdominal aorta for plasma levels of total homocystein, von Willebrand factor, final
fasting glucose, total cholesterol and fractions (HDL-, LDL- and VLDL-cholesterol),
triglycerides and creatinin. The results were expressed as the mean+SD. Data
were analyzed using analysis of variance (ANOVA) followed by Tukey test or
Brown Forsythe test followed by Dunnett test. Pearson test was used to correlate
the parameters. The level of significance was set at p<0.05. Results: Disease
model reproducibility was observed in 100% of tested animals. Mean plasma levels
of initial fasting glucose according to animal group were: 85.1±5.2mg/dL for treated
group, 88.9±8.2mg/dL for sham and 88.7±5.9mg/dL for control group. Statistical
analysis (ANOVA) showed no significant difference among the three groups
(p=0.24). Mean plasma levels of final fasting glucose, according to animal group
were: 353.5±98.2mg/dL for treated group, 80.9±5.0mg/dL for sham and
85.0±7.1mg/dL for normal control. Statistical analysis showed that the difference
between the treated group and the two other groups was statistically significant
(p<0.01). Mean plasma concentration of homocystein according to animal groups
was: 6.1±1.3µmol/L for treated group, 8.6±2.2µmol/L for sham and 7.9±2.3µmol/L
for control group. Statistical analysis showed a significant difference in the three
groups (p<0.01). Mean values for von Willebrand factor were: 0.18±0.4U/L for
treated group, 0.16±0.2U/L for sham group and 0.15±0.3U/L for control group. Significant statistical difference was found among the three groups (p<0.05). Mean
plasma levels of total cholesterol according to animal groups were: 87.5±5.9mg/dL
for treated group, 107.0±38.6mg/dL for sham and 123.9±40.8mg/dL for control
group. Significant statistical difference was found among the three groups
(p<0.05). There was no statistical significant difference in the mean values of
cholesterol fraction (LDL, HDL, VLDL), triglycerides and creatinin among the three
groups. A negative correlation between final plasma glucose and weight gain,
homocystein and total cholesterol, homocystein and VLDL-cholesterol and
homocystein and triglycerides was found in the treated (diabetes) group.
Conclusions: In this study, results from streptozotocin-induced diabetes rats
showed: 1. Lower levels of homocystein; 2. Higher levels of von Willebrand factor;
3. Negative correlation between homocystein and total cholesterol; 4. No
correlations between final fasting glucose and homocystein, final fasting glucose
and von Willebrand factor and homocystein and von Willebrand factor; 5. Negative
correlation between weight gain and final fasting glucose. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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