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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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Morfologia, anatomia e histoquímica de Noteroclada confluens Taylor ex Hook.Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta) / Morphology, anatomy and histochemistry of Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson (Pelliaceae, Marchantiophyta)Carvalho, Aline Tonin January 2010 (has links)
Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson é uma hepática de aparência folhosa, pertencente à família Pelliaceae (Marchantiophyta). Ocorre predominantemente em regiões montanhosas, declives e locais próximos à córregos, em solos argilosos. O presente estudo teve por objetivo descrever a morfologia, anatomia e histoquímica das estruturas do gametófito e esporófito de N. confluens, coletados no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sob microscopia óptica, eletrônica de varredura e confocal de varredura a laser fornecendo, especialmente, dados sobre as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada e assexuada, contribuindo para uma melhor caracterização do gênero e da família. O gametófito de N. confluens apresenta-se na forma de um talo profundamente lobado, com lobos predominantemente com uma única camada de células. Os lobos são conectados a região mediana, mais espessada, rica em grãos de amido. Na região mediana ventral do gametófito, conectam-se inúmeros rizoides unicelulares. Todo o talo é constituído por um parênquima formado por células de paredes delgadas, de constituição pectocelulósica, sem espessamentos angulares. Cada célula apresenta um único e grande vacúolo e diversos oleocorpos. Os oleocorpos formam grupos de corpos esféricos ou ovalados, constituídos por sesquiterpenoides. Pigmentos flavonóides foram encontrados constituindo as paredes de algumas células do talo. A partir da face ventral, podem emergir tubers de formato arredondados, com um parênquima contendo grãos de amido, funcionando como um órgão armazenador de substâncias de reserva. Nas coletas realizadas no Rio Grande do Sul, foram identificados dois morfotipos: morfotipo 1, com poucos oleocorpos por célula e sem tubers; morfotipo 2, com muitos olecorpos por célula e presença de tubers. Os gametângios estão distribuídos em fileiras na região mediana, na face dorsal, sendo normalmente duas fileiras, de anterídios, e uma, de arquegônios. Os arquegônios apresentam um material polissacarídico na região do canal do ventre, o que pode facilitar a entrada dos anterozoides. Os anterídios são pedunculados e ovais, apresentam uma única camada de células estéreis protetora e estão inclusos, individualmente, em uma câmara anteridial, com poro apical. Após a fecundação da oosfera, forma-se um esporófito que permanece circundado pela caliptra e pelo celocaule, até a maturação dos esporos. O esporófito é formado pela cápsula, seta e pé. A parede da cápsula é biestratificada e apresenta espessamentos angulares na epiderme e anelares ou helicoidais, no estrato interno ou subepidérmico. Na base da cápsula, ocorre formação de um denso elateróforo. A cápsula se abre através de quatro fendas longitudinais de deiscência, os estômios, as quais resultam na formação de quatro valvas. A seta é cilíndrica, hialina e levemente estriada, apresentando grãos de amido nas células parenquimáticas da região cortical e epiderme. A elevação ocorre por expansão celular. O pé tem formato de “taça” e apresenta diversos grãos de amido. Na junção gametófitoesporófito (placenta) ocorre um espaço placental. Não foram encontradas células de tranferência na zona da placenta, tanto no gametófito como no esporófito. O tecido esporogênico apresenta células com paredes pectocelulósicas delgadas, a partir do qual se diferenciam dois tipos celulares: os esporócitos, arredondados e com uma parede espessada hialina, e os elaterócitos, mais alongados e com parede espessada de natureza péctica. As células- mãe de esporos são tetralobadas e se individualizam. Nesse estádio apresentam uma parede espessada mais delgada e de natureza hemicelulósica. A meiose leva à formação de quatro esporos unicelulares. Ao redor de cada esporo, deposita-se uma delgada primexina. O desenvolvimento dos esporos é endospórico, e os protonemas jovens, envolvidos ainda pela esporoderme, são esferoidais ou subesferoidais, com células de paredes pectocelulósicas delgadas, muitas vezes repletas de grãos de amido. A esporoderme está estratificada em uma intina, de composição pectocelulósica, e uma exina, impregnada constituída por esporopolenina. A exina forma uma escultura do tipo rugulada. Os elatérios morrem na maturidade e apresentam de duas a três bandas de espessamentos helicoidais, de pigmentação amarronzada e natureza fenólica e polissacarídica. Na exina, a esporoderme apresenta uma região de escultura reduzida. / Noteroclada confluens Taylor ex Hook. & Wilson is a liverwort with a leafy appearance which belongs to the Pelliaceae (Marchantiophyta) family. This species occurs mostly in mountainous regions, descending slopes and places near streams. In this study, the morphology, anatomy and histochemistry of the structures of the gametophyte and sporophyte of N. confluens are described. This species was collected in Rio Grande do Sul state, Brazil. The study in light microscopy, scanning electron microscopy and confocal laser scanning provides, especially, data about structures related to sexual and asexual reproduction, contributing to a better understanding of the genus and family. The gametophyte of N. confluens presents a form of a deeply lobed stem, the lobes predominantly with a single layer of cells. The lobes are connected to a central region, denser, rich in starch grains. Numerous unicellular rhizoids are connected in the ventral surface of the central region. The entire stem is composed by a parenchyma formed by thin-walled pectin and cellulose cells, with no angular thickening. Each cell has a single large vacuole and several oil bodies. The oil bodies form groups of spherical or oval bodies and present sesquiterpenes in its constitution. Flavonoid pigments were found forming the walls of some cells of the stem. In this ventral surface, round shaped tubers may emerge with a parenchyma containing starch grains, acting as a storage organ for substances. Two morphotypes were identified in a collection in Rio Grande do Sul: morphotype 1, with few oil bodies per cell and without tubers; and morphotype 2, with many oil bodies per cell and the presence of tubers. The gametangia are distributed in rows in the central region on the dorsal surface. Usually there are two rows of antheridia and one of archegonia. The archegonia have a polysaccharide material in the channel region of the venter, which may facilitate the entry of antherozoid. The antheridia are stalked and oval. They have a single protective layer of sterile cells and are included individually in a single antheridial chamber, with apical ostiole. After the fertilization of the egg cell, there is the formation of a sporophyte that remains surrounded by calyptra and the caulocalyx until the maturation of the spores. The sporophyte is formed by the capsule, seta and foot. The capsule wall has two layers of cells and presents angular thickening in the epidermis and annular or helical thickening in the internal layer. At the base of the capsule there is a formation of a dense elaterophore. The capsule opens in four longitudinal dehiscence cracks, the stomion, which result in the formation of four valves. The seta is cylindrical, hyaline, slightly striated, showing starch grains in parenchyma cells of the cortical region and epidermis. The increase happens by cell expansion. The foot is cup-shaped and it presents several starch grains. In the gametophyte-sporophyte junction (placenta) there is a placental space. Both gametophyte and sporophyte.do no present transfer cells in the placenta. The sporogenic tissue has cells with pectin and cellulose walls, which are differentiated in two types: the sporocytes, rounded with a thick hyaline wall, and the elaterocytes, more elongated and presenting a wall of pectin. The spore mother cells are tetralobed and become individualized. On this stage, they have a thinner thickened wall cell and it is made of hemicelluloses. After meiosis, four unicellulars spores are formed. Around each spore a thin primexina is deposited. The spore development is endosporic and the young protonemas are spheroidal and still involved by sporoderm. The cells of young protonema have thin cell walls with pectin and cellulose, often presenting many starch grains. The sporoderm presents an intine with pectin and cellulose composition, and an exine, consisting of impregnated esporopolenina. The exine sculpture is rugulate. The elaters die at maturity and have two or three bands of spiral thickening, which have brown pigmentation and a phenolic and polysaccharide composition. the exine, the sporoderm presents a region of small sculpture.
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Island biogeography of young land uplift islands - viewed through the lens of bryophytes in a northern Swedish archipelago / Öbiogeografi hos unga landhöjningsöar - betraktad ur ett mossperspektiv.Karlsson Tiselius, Andreas January 2016 (has links)
Increasing habitat fragmentation and rapid global warming is changing the conditions for species populations and ecological communities around the world. This presents challenges for the maintenance of biodiversity and a dominant paradigm for conservation in fragmented habitats is given by island biogeography and metapopulation (or metacommunity) ecology. In this thesis I approach key concepts (area, connectivity and community assembly) in island biogeography and metacommunity ecology within the context of a dynamic land uplift archipelago. The presented work consists of two interwoven themes: (i) A methodological theme in which statistical approaches are developed to deal with the complexities of multispecies dynamic systems, and (ii) an applied theme dealing with community assembly and island biogeography of bryophytes on young land uplift islands. To describe island connectivity for entire species assemblages, an approach using functional principal component analysis (fPCA) on patch connectivity functions (the connectivity of an island as a continuous function of a variable representing the spatial scale of species dispersal capacities) was developed. In addition, a new statistical method, functional co-inertia analysis (fCoIA), for analyzing co-variation between multivariate species data and continuous functions was developed and applied to the relation between bryophyte species incidences and the island age/area-dynamics. Primarily asexual bryophyte species are dispersal limited and presence probabilities are related to island connectivity. No such patterns were found for species, at least occasionally, producing spores. Our results suggest that bryophyte dispersal is regulated by the contribution of spores to a regional spore rain and that bryophyte species with low spore output at the landscape level may be extra vulnerable under habitat fragmentation and loss. Having specialized asexual propagules increases the presence probabilities on islands, partly compensating for the dispersal limitation in asexual species. This suggests a trade-off between dispersal and establishment capacity, but also points to the importance of local dispersal for maintaining populations under the succession driven spatial turnover of microsites on the islands. Bryophyte colonization is strongly limited by habitat availability when a given habitats is rare, but there seems to exist a threshold over which other processes (e.g. dispersal limitation) become more important. Species with more vagile life history strategies appear to be stronger affected by the area of available habitats than many perennial species
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Aspects of heterogeneity : effects of clear-cutting and post-harvest extraction of bioenergy on plants in boreal forestsÅström, Marcus January 2006 (has links)
Abstract. The objectives of this thesis are to evaluate (1) the influence of slope aspect on boreal plant responses to clear-cutting and (2) the effects of post-harvest extraction of bioenergy (logging residues or slash) on plant composition, richness and performance in clear-cuts. Such insight is essential for understanding changes in species composition and richness in response to clear-cutting and application of intensified harvesting systems. The focus is on productive and managed spruce dominated forests and focal organisms are mosses, liverworts (i.e. bryophytes) and vascular plants. Space-for-time substitution studies were performed in south- and north-facing slopes located in 10 forests and 10 adjacent clear-cut stands in central Sweden. Differences between forests and clear-cuts were interpreted as effects of clear-cutting. The results show that the response of all three focal groups differed between aspects. More species were lost in south-facing slopes and clear-cutting reduced species richness of liverworts as well as of bryophytes and vascular plants associated with sheltered habitats. By contrast, clear-cutting caused no reduction in any group and more species were added in north-facing slopes. As a result north-facing clear-cuts generally had higher species richness than their forest counterparts. The disparate patterns in species’ response between aspects were most likely caused by initial microclimatic differences and a greater microclimatic change in south-facing slopes, in response to clear-cutting. A paired comparative study of conventionally harvested (i.e. slash left) and slash-harvested clear-cut stands was performed 5-10 years after clear-cutting in south-central Sweden. Both the species composition and the richness of mosses and liverworts were affected by slash harvest, whereas the composition of vascular plants was not. Slash harvest also reduced richness of mosses and liverworts associated with forests and organic substrates (e.g. dead wood and litter). Species richness of vascular plants and bryophytes associated with inorganic substrates (i.e. mineral soil) was unchanged. Differences between conventionally harvested stands and slash-harvested stands were most likely a result of reduced cover of organic material reducing substrate availability and shelter in the latter. Increased mechanical disturbance in slash-harvested stands that destroys remnant forest vegetation and favours pioneers may also play a role. A bryophyte transplant experiment was performed in seven clear-cuts in central Sweden and monitored over one vegetation period. The results show that logging residues (or slash) and forest edges may shelter ground-dwelling bryophytes by buffering the clear-cut microclimate. In conclusion, both slope aspect and extraction of forest bioenergy affect plant survival in clear-cut boreal forests. As surviving plant populations facilitate re-colonisation, north-facing slopes and conventionally harvested clear-cuts (i.e. slash left) may potentially recover faster than south-facing slopes and slash-harvested clear-cuts.
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Patterns and biological implications of DNA content variation in land plantsBainard, Jillian D. 21 October 2011 (has links)
DNA content varies significantly over land plants, and is known to correlate with various aspects of plant form and function. In the present study, two measures of DNA content were examined in taxa across the land plant phylogeny: genome size (or C-value) and endopolyploidy (or endoreduplication index, EI). Additionally, the relationships between DNA content and various morphological and ecological traits were assessed. DNA content was determined for 64 liverwort species from 33 families. There was a large range in 1C-values from 0.27 to 20.46 pg, but no endopolyploidy was observed. There was no correlation between genome size and breeding system (monoecy vs. dioecy). Genome size and degree of endopolyploidy were determined for 74 moss species from 21 families. Genome sizes were constrained in this group, with 1C-values ranging from 0.25 to 1.21 pg. Endopolyploidy was high in all species except from the Sphagnaceae. Additionally, 1C-value was negatively correlated with desiccation tolerance but was not correlated with breeding system. DNA content variation was determined in 31 monilophyte (fern) species (including three horsetails) and 6 lycophyte (clubmoss) species. There was a wide range in 1C-values from 2.79 to 26.90 pg, and there was no indication of endopolyploidy in any of the species.
Multivariate analyses were used to explore the relative contribution of traits and phylogenetic placement to DNA content varation in 41 angiosperm species. Six measures of DNA content (2C-value, 1Cx-value, leaf EI, stem EI, petal EI and root EI) were assessed. Phylogeny explained more of the variation observed in the six measures of DNA content than 21 ecological and morphological traits. However, many of the traits were able to explain some of the variation in DNA content, both with and without phylogeny included as a covaraite. One trait that was consistently correlated with DNA content was the association with arbuscular mycorrhizal (AM) fungi. In a controlled experiment, the EI in root cells colonized by AM fungi significantly increased compared to non-mycorrhizal plants. This thesis increases our knowledge regarding the extent and significance of variation in DNA content in land plants.
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Estratégias reprodutivas de briófitas em dois habitats distintos da floresta atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar / Reproductive strategies of bryophytes in two habitats of the brazilian atlantic Florest ("Serra do Mar" State Park, São Paulo)Maciel-Silva, Adaíses Simone 17 August 2018 (has links)
Orientador: Ivany Ferraz Marques Valio / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-17T13:14:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: O objetivo da tese foi aumentar o conhecimento e o entendimento sobre estratégias reprodutivas de briófitas presentes em floresta tropical úmida, especificamente em dois habitats distintos da Floresta Ombrófila densa (Floresta Montana e de Restinga) do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo. A seguinte hipótese foi testada: o sistema reprodutivo (e.g. monóico versus dióico) das espécies e o habitat que ocupam influenciam as estratégias reprodutivas e conseqüentes características de história de vida em briófitas de dois habitats distintos de Floresta Atlântica. Três principais perguntas foram acessadas: (1) o desenvolvimento de estruturas reprodutivas (de gametângios a esporófitos) varia entre populações de briófitas presentes em habitats distintos de floresta tropical? (2) O desempenho reprodutivo (via reprodução sexuada) de briófitas presentes em floresta tropical é influenciado pelo sistema reprodutivo das espécies ou pelas características do habitat que ocupam? (3) Características do habitat e sistemas reprodutivos das espécies são importantes para explicar os padrões de bancos de diásporos de briófitas observados em dois habitats de floresta tropical? O desenvolvimento de estruturas reprodutivas seguiu os índices de pluviosidade nos dois habitats de floresta (apenas com pequenos ajustes), com elevada fertilização durante os períodos mais chuvosos e dispersão de esporos nos períodos mais secos. Tanto o sistema reprodutivo quanto o habitat foram importantes fatores que explicam o desempenho reprodutivo de briófitas. Nem todas as espécies dióicas falharam em produzir estruturas sexuadas sob números similares aos das espécies monóicas, porém as fases de fertilização e produção dos esporófitos foram reduzidas nas espécies dióicas. A raridade de colônias masculinas, assim como as altas razões sexuais de gametângios (>1 ?:?) entre plantas da Floresta de Restinga comparadas àquelas da Floresta Montana, auxiliam a entender como as plantas de Restinga compensaram o baixo desempenho de alguns estádios do ciclo reprodutivo investindo em mais estruturas reprodutivas nas fases iniciais do ciclo e aumentando as probabilidades de fertilização. Características das espécies, sobretudo filo e sistema reprodutivo, foram importantes na formação de bancos de diásporos em distintos substratos (solo < casca de árvore < tronco morto em decomposição). Os dois habitats de floresta, embora com pequenas diferenças, apresentam reservas compostas principalmente por diásporos de musgos monóicos, que investem largamente em reprodução sexuada, e de musgos dióicos com eficientes métodos de propagação assexuada. Quando comparadas as proporções de espécies dióicas vs. monóicas presentes no banco de diásporos dos dois habitats de floresta estudados, com levantamentos das espécies de briófitas em vegetação da mesma floresta, a contribuição de espécies dióicas foi superior na vegetação, enquanto que espécies monóicas foram mais bem representadas no banco de diásporos. Briófitas presentes na Floresta Atlântica apresentaram diferentes estratégias reprodutivas, moldadas pelo sistema reprodutivo das espécies e pelo habitat que ocuparam. Mais especificamente, outros fatores como filo e formas de crescimento das espécies, e características microambientais também influenciaram as estratégias de vida adotadas pelos grupos de briófitas. A presente tese é pioneira na investigação dos temas abordados aqui do ponto de vista das briófitas, sobretudo em florestas tropicais. Os dados referentes à fenologia reprodutiva, desempenho da reprodução sexuada e formação de bancos de diásporos de briófitas auxiliarão a compreender como e porque essas plantas têm papel destacado em florestas tropicais úmidas / Abstract: The main goal of this thesis was to increase the knowledge and understanding on reproductive strategies of bryophytes in tropical rain forests, specifically in two habitats of the Ombrophilous Dense Forest (montane and sea level sites) of the Serra do Mar State Park, São Paulo, Brazil. The following hypothesis was tested: breeding system and habitat drive the reproductive strategies and life-history traits of bryophytes in two habitats of a Brazilian Atlantic Forest. Three questions were assessed: (1) Do the development of sexual reproductive structures (gametangia to sporophytes) vary among populations in two distinct habitats of tropical rain forest? (2) Is the sexual reproductive performance of bryophytes in tropical rain forest influenced by breeding system or habitat characteristics? (3) Are habitat and breeding system important to explain the patterns of bryophyte diaspore banks in tropical rain forests? Development of sexual reproductive structures followed the pluviosity in the two Forest sites, with slight adjustments. There was high fertilization during the wettest periods and the spore dispersal was common in the driest months. Both breeding system and habitat were important factors explaining the reproductive performance of bryophytes. Some dioicous species do not fail to produce sexual reproductive structures, presenting similar values to monoicous ones. However, dioiocus species fail mostly in relation to fertilization and sporophyte production. The rarity of male colonies and female biased sexual ratios of gametangia among plants at sea level compared to montane, help us to understand how plants in the sea level site compensate the low performance of some sexual phases by investing more in structures at initial cycle, and increasing the fertilization chances. Species traits, such as phylum and breeding system of bryophytes were relevant for diaspore bank formation from different substrates (soil < tree bark < decaying wood). The two forest sites, although with little differences, had reserves mostly composed by monoicous mosses that invest in sexual reproduction, and dioicous mosses with efficient asexual propagation. When we compared the diaspore bank and vegetation composition from previous bryophyte surveys in the same forest, different breeding system roles were found. The dioicous bryophytes were over-represented in the vegetation and monoicous ones well represented in the diaspore bank. Bryophytes in the Atlantic Forest had different reproductive strategies, driven by the breeding system and habitat of the species. More specifically, other factors such as phylum and growth form, and microhabitat characteristics also influenced the life strategies of the bryophyte groups. This thesis is pioneer investigating the subjects here studied for bryophytes, mostly in tropical forests. The data on reproductive phenology, sexual performance and diaspore bank formation of bryophytes will help us to understand how and why bryophytes have an important role in tropical rain forests / Doutorado / Biologia Vegetal
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Estudo florístico e ecológico das briófitas da Serra Negra (Minas Gerais) e sua relação com outras áreas do sudeste do BrasilAmorim, Eduardo Toledo de 08 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-08 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / As briófitas representam um grupo parafilético de plantas terrestres, que inclui três divisões monofiléticas: Bryophyta (musgos), Marchantiophyta (hepáticas) e Anthocerotophyta (antóceros). No Brasil, a maioria dos estudos relacionados a briófitas é de caráter florístico, contudo, o conhecimento da brioflora brasileira ainda é escasso. Em Minas Gerais, a Serra Negra está localizada entre os municípios de Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte e Olaria e apresenta altitudes variando de 800m a 1698m. Sua composição vegetal é formada por um mosaico de fragmentos florestais e afloramentos rochosos. O presente trabalho teve por objetivos reconhecer e estudar a brioflora da Serra Negra, no estado de Minas Gerais, analisar a similaridade brioflorística local com outras áreas do sudeste brasileiro e os fatores ambientais que influenciam a distribuição destas espécies. As coletas foram realizadas pelo método do caminhamento, em trilhas pré-existentes na área, em diferentes fitofisionomias, a fim de cobrir a maior extensão possível. Para as análises ecológicas, foi elaborado um banco de dados com 621 espécies, incluindo-se aquelas coletadas na Serra Negra e outras, encontradas em levantamentos brioflorísticos de diferentes localidades do sudeste brasileiro. Foram executadas as análises de similaridade (empregando-se o índice de Sørensen), de Agrupamento das áreas (utilizando o algoritmo UPGMA), correlação de Spearman, de Correspondência Distendida (DCA) e de Correspondência Canônica (CCA). Os resultados permitem o reconhecimento de 218 espécimes na Serra Negra, perfazendo 36 famílias, com um total de 92 espécies, distribuídas em 57 musgos e 35 hepáticas. As famílias de musgos mais representativas foram Leucobryaceae (10) e Sematophyllaceae (6). As famílias de hepáticas mais representativas foram Lejeuneaceae (10) e Plagiochilaceae (6). A análise de Agrupamento demonstrou uma baixa similaridade entre as diferentes áreas testadas. Contudo, o dendrograma de similaridade indicou uma relação da Serra Negra com aquelas que compartilham características fitofisionômicas, como áreas de campo rupestre associados a solos quartizíticos e fragmentos florestais acima de 1.500m de altitude. A DCA demonstra a separação das áreas do interior e as áreas litorâneas. A CCA corroborou o gradiente observado pela DCA. A precipitação anual, a temperatura máxima e a distância do oceano foram os fatores ambientais que mais apresentaram influência no estabelecimento das correlações entre as áreas analisadas. / Bryophytes are a paraphyletic group of terrestrial plants that assembles three monophyletic divisions: Bryophyta (mosses), Marchantiophyta (liverworts) and Anthocerotophyta (hornworts). In Brazil, the majority of the studies regarding bryophytes deals with floristics, however the knowledge of Brazilian bryophyte flora is still poor. In Minas Gerais, the Serra Negra is situated among Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte and Olaria municipalities and has an altitudinal range of 800m to 1968m. The vegetational composition is formed by a mosaic of forest fragments and rocky outcrops. The aims of this study were to recognize and to study the bryoflora of Serra Negra in Minas Gerais state, to analyze the local bryofloristic similarity with others areas in Brazilian Southeastern Region, and to investigate environmental factors that influence the distribution of these species. The specimens were collected by “método do caminhamento”, in pre-existing trails of different physiognomies in order to investigate the whole area. For ecological analyses, it was elaborated a database with 621 species, including those ones collected in Serra Negra and others found on bryofloristic researches developed at different localities in Brazilian Southeastern Regions. The analyses of similarity were conducted using Sørensen index, cluster analysis of the areas (UPGMA algorithm), detrended correspondence (DCA) and canonical correspondence analysis (CCA). The results showed 218 collected specimens, distributed in 36 families and 92 species (57 mosses and 35 liverworts). The most representative mosses families were Leucobryaceae (10) and Sematophyllaceae (6), while for liverworts, they were Lejeuneaceae (10) and Plagiochilaceae (6). The cluster analysis showed a low similarity among the different areas tested. However, the dendrogram indicated a relationship between Serra Negra and those which have commom phytophysiognomical characteristics, such as rocky outcrops associated with quartzite soils and forest fragments above 1.500m altitud. The detrended correspondence analysis revealed the gradient formed by the inland areas and coastal areas. The canonical correspondence analysis corroborated the gradient observed by DCA. The CCA corroborated the gradient formed by DCA. The annual precipitation, maximum temperature, and distance from the ocean were the environmental factors that had more influence on the establishment of correlations between the analyzed areas.
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Associações de espécies, estrutura de comunidades e comparações metodológicas para estudo de briófitas do Parque Estadual do Ibitipoca (Minas Gerais, Brasil)Siviero, Tatiana Silva 14 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-14 / Briófitas são plantas terrestres, criptogâmicas, representadas por três unidades monofiléticas:
hepáticas, antóceros e musgos. São cosmopolitas, entretanto, devido à dependência de água
para reprodução e crescimento vegetativo, são mais frequentes em áreas úmidas, como
florestas tropicais, sendo muito representativas em áreas do Domínio da Floresta Atlântica, no
Brasil. O Parque Estadual do Ibitipoca está inserido no Domínio da Floresta Atlântica, no
estado de Minas Gerais, e é composto por diferentes fitofisionomias florestais, campestres,
arbustivas e savânicas. O objetivo do presente trabalho foi estudar a ecologia de briófitas no
Parque Estadual do Ibitipoca. As plantas foram amostradas seguindo-se dois métodos de
coleta: caminhamento e parcelas. Foram avaliadas características das associações de briófitas
ao longo de diferentes fitofisionomias do Parque, para verificar se há competição entre as
plantas estudadas; foram analisadas as estruturas das comunidades de musgos da borda e
interior da fitofisionomia Floresta Latifoliada Nebular Perenifólia Tropical Superomontana, a
fim de avaliar se há diferença entre essas comunidades; e foram comparados os resultados
obtidos através dos dois métodos de coleta, a fim de determinar o melhor método para estudo
de briófitas em área florestal. No total, foram analisados 2785 espécimes de briófitas,
identificadas em 246 espécies. 31 espécies de briófitas foram citadas pela primeira vez para o
Parque Estadual do Ibitipoca, sendo 22 espécies de hepáticas e nove espécies de musgos. Três
dessas espécies são endêmicas para o Brasil. Aproximadamente 75% das espécies avaliadas
foram coletadas em associação, nas diferentes fitofisionomias do Parque; o elevado número
de briófitas moderadamente e muito associáveis em florestas úmidas, aliado a análises de
modelos nulos de co-ocorrência de espécies sugeriram que não há competição por umidade
entre as associações de briófitas do Parque Estadual do Ibitipoca. Foi observada diferença
entre a estrutura de comunidades de briófitas da borda e do interior da Floresta Latifoliada
Nebular Perenifólia Tropical Superomontana do Parque. A comparação entre o método de
coleta do caminhamento e de parcelas, para a Floresta Nebular indicou diferenças nos
resultados entre os métodos. Foi necessário menor esforço de coleta de briófitas para o
método de parcelas do que para o método do caminhamento. Entretanto, a relação entre o
número de espécies de briófitas identificadas e o número de espécimes coletados foi maior
quando se utilizou o método do caminhamento, se comparado ao método de parcelas. / Bryophytes are terrestrial and cryptogamic plants. They are represented by three
monophyletic units: liverworts, hornworts and mosses. They are cosmopolitan, however, due
to dependence on water for reproduction and vegetative growth, they are more common in
moist areas, such as tropical forests. They are very representative at Brazilian Atlantic Forest
Domain, in Brazil. Parque Estadual do Ibitipoca is situated at Atlantic Forest Domain, at
Minas Gerais state. It encompasses different forest, grassland, shrub and savanna
phytophysiognomies. The aim of this work was to study bryophyte’s ecology at Parque
Estadual do Ibitipoca. The plants were collected following two collecting methods: free
walking and plots. We evaluated characteristics from bryophytes associations in different
phytophysiognomies at Parque, to check if there is competition between studied plants; we
analyzed mosses communities structures from the edge to interior of the phytophysiogomy:
Floresta Latifoliada Nebular Perenifólia Tropical Superomontana, to evaluate if there is
difference between these mosses’ communities; and we compared the results obtained
between the two collecting methods, to determine which is the best method to study
bryophytes at forest areas. We analyzed 2785 bryophytes specimens, identified into 246
species. 31 bryophytes species were cited for the first time to Parque Estadual do Ibtipoca, 22
are liverworts species and nine are mosses species. Three species are endemic from Brazil.
Almost 75% of the species analyzed were collected in association, at different
phytophysiognomies from the Parque; the high number of bryophytes moderately associable
and very associable found at humid areas, allied to null models of species co-occurrence
patterns suggested that bryophytes from Parque Estadual do Ibitipoca are not competing by
humidity. We observed differences between bryophyte’s communities structure at edge and
interior from Floresta Latifoliada Nebular Perenifólia Tropical Superomontana. Comparisons
between free walking and plots methods showed different results between these methods. It
was necessary less collection effort to plots method than free walking method. However, the
relation between number of bryophyte’s species identified and number of specimens collected
were larger when we utilized free walking method, if comparing with plots method.
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Briófitas urbanas de Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil) / Urban bryophytes of Juiz de Fora, MG (Brazil)Machado, Priscila de Souza 31 March 2011 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-05-25T15:55:27Z
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Previous issue date: 2011-03-31 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / As briófitas são plantas criptogâmicas, caracterizam-se por uma estrutura simples, devido à ausência de sistema vascular e lignina, possuem pequeno porte e apresentam um ciclo de vida único entre as plantas terrestres, com dominância do gametófito - que é haplóide, clorofilado folhoso ou taloso - e, esporófito - diplóide, é efêmero e dependente do gametófito. O estudo de briófitas urbanas é importante para gerar conhecimento sobre distribuição geográfica, espécies tolerantes à ocupação humana, utilização de briófitas como bioindicadoras da qualidade do ar e criação da cultura de preservação da
biodiversidade urbana. No Brasil, ainda há poucos trabalhos. Assim, este estudo teve por objetivos levantar a brioflora do município de Juiz de Fora (MG), relacionar as espécies encontradas com os substratos em que as mesmas ocorrem, comparar os resultados obtidos com outros estudos desenvolvidos sobre briófitas urbanas do Brasil e, incrementar o conhecimento da brioflora do estado de Minas Gerais. Foram realizadas coletas em três pontos selecionados no município (Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Parque Halfeld e Parque Municipal da Lajinha), considerando-se fragmentos florestais e áreas com interferência antrópica. As briófitas foram coletadas de forma aleatória, manualmente ou com auxílio de uma espátula, acondicionadas em sacos de papel,
e levadas ao Laboratório de Briófitas da UFJF para secagem à temperatura ambiente e posterior identificação. Para a identificação, foram empregadas a literatura especializada e a comparação com exsicatas previamente identificadas por especialistas. Foram analisados 773 espécimes de briófitas em um total de 128 espécies, 83 gêneros, 45 famílias e 19 ordens, assim distribuídas: antóceros (sete espécimes, em três espécies, três gêneros, duas famílias e uma ordem); hepáticas (238 espécimes, em 44 espécies, 26 gêneros, 16 famílias e sete ordens) e musgos (528 espécimes, em 81 espécies, 54 gêneros, 27 famílias e 11 ordens). As famílias mais representativas foram Lejeuneaceae e Frullaniaceae para as hepáticas, Bryaceae e Pottiaceae para os musgos. Foram encontrados 27 novos registros de espécies para o estado de Minas Gerais. Analisando-se os substratos em que as plantas
foram encontradas, tronco vivo foi o mais frequente, seguido de solo, tronco morto, rocha, artificial e folha. No Parque Halfeld, foram coletados 64 espécimes identificados em 16 espécies; no Campus da UFJF, foram 336 espécimes, perfazendo um total de 85 espécies e, no Parque Municipal da Lajinha, foram coletados 373 espécimes, consistindo em 81 espécies. / The bryophytes are cryptogamic plants having a simple structure due to the absence of vascular system and lignin, they commonly present a small size and a single life cycle among the terrestrial plants, with the dominance of the gametophytic generation, which is haploid, thallose or foliose with clorophyll; the sporophytic generation is ephemeral, diploid and dependent on the gametophyte. The study of urban bryophyte is important to analyse: the geographical distribution; species that are tolerant to human occupation; the use of bryophytes as bioindicators of air quality and to create a culture of urban biodiversity preservation. In Brazil, there are few studies. Thus this study aimed to identify and describe
the bryophytes that exist in Juiz de Fora (MG), besides of analyzing the relationship among species and the substrate they are found, comparing these results to other data about Brazilian urban bryophytes and increasing the knowledge of bryophytes in Minas Gerais state. The bryophytes were collected between September of 2009 and August of 2010 in three places of the city (Juiz de Fora Federal University campus-UFJF;Halfeld Park and Municipal Lajinha Park), considering forestal fragments and areas having human interference. They were randomly and manually withdrawn or with the aid of a spatula, placed in paper bags and taken to the Laboratory of Bryophytes (UFJF) to be dried out on
environment temperature and identified using specialized literature. We analyzed 773 specimens of bryophytes in a total of 128 species, 80 genera, 45 families and 19 orders, distributed in three groups: hornworts (seven specimens in three species, three genera, two families and one order), liverworts (238 specimens in 44 species, 25 genera, 16 families and seven orders) and mosses (528 specimens in 81 species, 54 genera, 27 families and 11 orders). The most representative families of liverworts were
Lejeuneaceae and Frullaniaceae and for mosses were Bryaceae and Pottiaceae. We found 27 new registers of bryophytes species for the state of Minas Gerais. Concerning to the substrates where the plants were found, living trunk was the most representative, followed by soil, dead trunk, rock, artificial substrate and leaf. In Halfeld Park, we collected 64 specimens in 16 species; in UFJF Campus, 336 specimens were identified in 85 species and in Lajinha Park, 373 specimens were identified in 81 species.
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