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Determinação de manganês em amostras de cimento e clínquer por voltametria de redissolução catódica empregando eletrodos de ouro / Manganese determination in cement and clinker samples by cathodic stripping voltammetry using gold electrodesJoca, Jhonny Frank Sousa 22 June 2011 (has links)
Este trabalho apresenta o desenvolvimento e a aplicação de um método alternativo para determinação de manganês em amostras de cimento e clínquer por voltametria de redissolução catódica por onda quadrada empregando eletrodos de ouro. Após estudos exploratórios acerca do comportamento eletroquímico do manganês no eletrólito suporte H3BO3 0,20 mol L-1 / KCl 0,10 mol L-1 com pH 6,5 e a otimização dos parâmetros operacionais para a voltametria de onda quadrada, foram obtidos excelentes resultados na determinação de manganês nas amostras analisadas. Destacam-se a ótima linearidade, verificada em duas faixas distintas de concentração, e os baixos limites de detecção e quantificação obtidos (3,1 x 10-8 mol L-1 e 9,8 x 10-8 mol L-1, respectivamente), além da concordância entre os resultados obtidos pela técnica eletroanalítica quando comparados aos resultados fornecidos pela espectrometria de absorção atômica de chama (FAAS). Para o tratamento das amostras foi avaliada a eficiência da extração ácida assistida por ultrassom. Foram avaliados ácidos minerais individualmente (HCl, H2SO4 e HClO4 em diferentes concentrações), em mistura ou ainda associados a H2O2. Os melhores resultados foram obtidos utilizando uma solução de HCl 3 mol L-1, que extraiu quantitativamente o manganês nas amostras analisadas. Os resultados obtidos foram concordantes com a metodologia padrão utilizada para a abertura da amostra e posterior análise por espectrometria de absorção atômica de chama, que emprega o aquecimento em chapa e a mesma solução extratora. / This work describes the development and application of a new alternative method for determination of manganese in cement and clinker samples by square wave cathodic stripping voltammetry using gold electrodes. After exploratory studies on the electrochemical behavior of manganese in H3BO3 0.20 mol L-1 / KCl 0.10 mol L-1 supporting electrolyte at pH 6.5 and the optimization of operating parameters for the square wave voltammetry, excellent results were obtained for determination of manganese in the samples analyzed. Most notable are the excellent linearity, verified in two distinct concentration bands and the low limits of detection and quantification obtained (3,1 x 10-8 mol L-1 e 9,8 x 10-8 mol L-1, respectively), in addiction to the concordance between the obtained results by the electroanalytical technique when compared to the provided by the flame atomic absorption spectrometry. For samples treatment were tested the efficiency of the ultrasound-assisted extraction. Were evaluated individually mineral acids (HCl, H2SO4 and HClO4 at different concentrations) in a mixture or associated with H2O2. the best results were obtained using a 3 mol L-1 HCl solution, which extracted manganese quantitatively from the analysed samples, in comparison to the standard method for extraction, targeting a later atomic absorption flame spectrometry analysis, which uses the plate heating and the same extracting solution. The obtained results for the analysed samples agrees with the cement and clinker samples of the used literature
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Processo oxidativo avançado com ozônio de efluentes contaminados por manganês e outros metais pesados originados na drenagem ácida em mina de urânio / Advanced oxidative process with ozone of effluents contaminated by manganese and other heavy metals originated in the acid drainage in uranium mineSilva, Mirna Marienne Suzin e 23 August 2016 (has links)
Durante a exploração de uma mina, vários impactos são causados no meio ambiente, entre eles a geração da drenagem ácida de minas (DAM), que consiste da exposição de minerais sulfetados ao ar, água e microorganismos do tipo ferroxidantes, apresentando reações de oxidação e formação de ácido sulfúrico solubilizando metais ali presentes contaminando o solo e as águas. O objetivo deste trabalho de pesquisa foi estudar uma solução tecnológica fazendo uso da oxidação avançada com ozônio de metais pesados presentes em efluentes contaminados, em mina de urânio, com especial foco na remoção do manganês. A mina de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil INB, em Caldas, Minas Gerais, local de aplicação deste estudo, enfrenta o problema da DAM e tem como principais contaminantes de suas águas superficiais os elementos, alumínio (Al), manganês (Mn), zinco (Zn), ferro (Fe), sulfatos (SO4+2), fluoretos (F-), metais de terras raras, alem do urânio (U) e do tório (Th). Os testes com ozônio realizados em laboratório com os efluentes da INB e in situ, mostraram uma grande eficiência para remoção do ferro, manganês e cério em até 99%. A concentração total de manganês ficou abaixo dos limites estabelecidos pela resolução 430 e 357 do CONAMA. Elementos como neodímio (Nd), lantânio (La) e zinco (Zn) pouco se oxidam com O3. O Al se mantém praticamente inalterado, enquanto que o tório e o urânio decaem, mas com o passar do tempo de ozonização voltam a se concentrar, porém com um valor inferior ao inicial. O precipitado obtido após a ozonização consiste de até 85% de oxido de manganês. A fim de descartar, após a ozonização, o efluente líquido para o ambiente é necessário uma correção do pH, de modo a atender os parâmetros da legislação CONAMA, sendo utilizado 50 a 86% menos reagente (CaOH2), do que as quantidades utilizadas no processo adotado pela INB. / During a mine exploration the environment can be affected by different ways being one of them the mine acid drainage(DAM), that is formed by the exposition of sulpheted minerals to the atmospheric air, water and iron-oxidation microorganisms. This exposition results in oxidation reactions and formation of sulphuric acid that dissolves all kind of metals present at the mineral that will result in the contamination of the ground and waters. The object of this research work is to test a technological solution of the mine acid drainage problem applying ozone advanced oxidation of the heavy metals present at the mine drainage of a uranium mine with special focus in the manganese removal. This study is applied to the material from the uranium mine of the Brazilian Nuclear Industry INB, at Caldas- MG. The INB Industry has serious DAM contamination being the main contaminants of the superficial waters the elements, aluminium (Al), manganese (Mn), zinc (Zn), iron (Fe), sulfates(SO4+2), fluorides(F-), rare earth metals besides uranium (U) and thorium (Th). The Caldas unity is being used as research and testing field for the treatment of areas with environment degradation formed by the mining activity. The ozone testing showed a high efficiency for the removal of iron(Fe), manganese(Mn) and cerium (Ce) up to 99%. The manganese total concentration was reduced to values bellow the ones determined by CONAMA resolution. Elements as neodymium (Nd), zinc (Zn) and lanthamium (La) are also oxidated in presence of ozone but with lower efficiency. The aluminium remained unaffected by the ozone while Thorium and Uranium show an initial decay but at the end present only a concentration slight lower than the initial. The solid material formed after the ozone treatment consists mainly of manganese oxide (85%). In order to dispose, after the ozonization, the liquid efluente to the environment is necessary a pH correction in order to be within the CONAMA legislation, being used less reagent (CaOH2), 50 to 86% less, than the amounts used in the process adopted by INB.
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Avaliação da toxicidade de metais no metabolismo de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) / Toxicity evaluation of metals in the metabolism of Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) vitellogenic femalesVieira, Vanessa Aparecida Rocha Oliveira 25 October 2012 (has links)
O impacto dos metais na fisiologia de peixes tem sido considerado preocupante, pois são contaminantes críticos nos ecossistemas aquáticos devido ao seu alto potencial de entrar no organismo, acumular-se e ser transferido na cadeia trófica e muitos estudos têm demonstrado os efeitos sobre várias funções em animais, quando expostos a estes metais. O rio Paraíba do Sul vem apresentando concentrações de alumínio (Al) e manganês (Mn) acima dos valores permitidos pela legislação Brasileira e, além disso, fatores abióticos tais como a acidez da água, podem contribuir para alteração do potencial de toxicidade, podendo acarretar em danos à biota aquática. As respostas desencadeadas pelos animais a estas mudanças ambientais podem levá-los a um estado de estresse, que é altamente energético devido à realocação de substratos inicialmente destinados às atividades de elevada demanda energética, como crescimento e reprodução, em direção às atividades que requerem intensificação para restaurar a homeostase. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos metais Al e Mn em pH ácido, isoladamente e em combinação, durante 96 horas (teste agudo) nas brânquias e nos substratos metabólicos de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus e, adicionalmente após um período de 96 horas em água limpa, verificar a habilidade dos animais em se recuperar na ausência destes metais. Os animais foram divididos em 5 grupos experimentais: CTR em pH neutro; pH ácido; Al; Mn; e Mn+Al. Os dados mostram que quando expostos a estes metais isoladamente, a atividade enzimática da bomba Na+/K+ ATPase e a quantidade de células de cloreto foram diminuídas, no entanto quando combinados, estes efeitos não foram observados. O Al isolado e em associação com o Mn promoveu peroxidação de fosfolipídios de membrana. Além disso nos animais expostos aos dois metais juntos, houve um aumento de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e saturados (STA) acompanhado pela diminuição dos ácidos graxos polinsaturados (PUFA) o que pode ter evitado alterações na atividade de bomba e na quantidade de células de cloreto na combinação destes metais. Considerando-se os substratos metabólicos, a exposição ao Al diminuiu a concentração de proteínas nos ovários e no plasma, glicogênio muscular, além de alterar as porcentagens de MUFA e PUFA no fígado, e PUFA nos ovários. O Al também promoveu lipoperoxidação hepática, e no período de recuperação houve diminuição da concentração de lipídios em vários tecidos analisados. A exposição ao Mn promoveu diminuição das concentrações de proteínas totais em todos os tecidos analisados, seja no período de exposição agudo ou de recuperação, não havendo a recuperação deste substrato no fígado e nos ovários; o Mn promoveu lipoperoxidação nos fosfolipídios das membranas do fígado e, em associação com o Al, pareceu interferir na dinâmica dos PUFA das membranas dos ovários. Várias interações foram observadas entre o Al e Mn, demonstrando casos de antagonismo, potenciação e até mesmo de sinergismo entre estes metais, dependendo do parâmetro fisiológico analisado, evidenciando que a exposição de fêmeas vitelogênicas a estes metais pode ser prejudicial ao processo reprodutivo principalmente devido à ação observada, inclusive nos ovários / The impact of metals in fish physiology has been considered worrying due to their high potential of entering in the organism, to accumulate and be transferred through the food chain and many studies have shown the effects on several functions in animals, when exposed to these metals. The Paraíba do Sul river showed aluminum (Al) and manganese (Mn) concentrations above the values allowed by the Brazilian law and moreover abiotic factors, such as acidic water, can contribute to changing the toxicity potential and can result in damage to aquatic biota. The answers triggered by the animals to these environmental changes can lead to a stress state which has a high energetic cost due to the substrate reallocation, initially designated to activities with high energetic demand, as growth and reproduction, to activities that need to be intensified, to reestablish the homeostasis. The main goals of this study were to evaluate the effects of the metals Al and Mn in acidic pH, alone and in combination, during 96 hours (acute test) in the gills and in metabolic substrates in Astyanax bimaculatus vitelogenic females and, additionally, verify the ability of the animals to recover in the absence of the metals after the 96 hours in clear water. The animals were divided in 5 groups : CTR in neutral pH; acidic pH; Al; Mn; and Mn+Al. The results showed that when the animals were exposed to the isolate metals, there was a decrease in the Na+/K+ ATPase pump activity and in the amount of chloride cells, however when combined, these effects were not observed. Al, isolated or in association with Mn, promoted phospholipids peroxidation in gill membranes. Furthermore, in the animals exposed to both metals together, there were an increase in monounsaturated fatty acids (MUFA) and saturated fatty acids (STA) and decrease in polyunsaturated fatty acids (PUFA) which may have avoided alterations in pump activity and in the amount of chloride cells. In the metabolic substrates, Al exposition decreased plasma and ovaries protein concentration, muscle glycogen, and altered the percentage of MUFA and PUFA in the liver, and PUFA in the ovaries. Al also promoted liver lipoperoxidation, and in the recovery period lipid content decreased in most tissues analyzed. Mn exposition promoted a decrease in total protein content in all tissue analyzed, both in the acute and recovery periods, and there was no recovery of this substrate in liver and ovaries; Mn promoted lipoperoxidation in liver phospolipids and, in association with Al, interfered in the PUFA dynamic in ovaries membranes. Many interactions were observed between Al and Mn, evidencing antagonism, potentiation and also synergism, depending on the physiologic parameter analyzed, showing that the exposition of vitellogenic females to these metals can be harmful to reproductive process due to the observed actions, including in ovaries
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Análise da atividade de algumas enzimas antioxidantes em plantas de soja (Glycine max L. Merr.) sob níveis de manganês, em função da micorriza arbuscular. / Activity analiysis of some antioxidant enzymes in soybean plants (Glycine max L. Merr.) under levels of manganese, in function of arbuscular mycorrhizae.Magalhães, Giuliana Castro 26 August 2002 (has links)
Os solos brasileiros são predominantemente ácidos, ocorrência comum nas regiões tropicais. Esta condição, aliada a outros fatores abióticos e bióticos, pode resultar em toxicidade de manganês (Mn) às plantas, o que limita o seu desenvolvimento. A utilização de práticas agrícolas convencionais propicia o aumento da toxidez de Mn, à medida que reduz o teor de matéria orgânica. Para atenuar este problema, algumas práticas como a calagem e o melhoramento genético são amplamente utilizados. Entretanto, a utilização de alternativas de manejo da cultura através do uso da simbiose micorrízica, para induzir maior resistência das plantas a altos níveis de Mn, parece bastante promissora. Para investigar possíveis mecanismos de indução da resistência e interações de nutrientes no controle da toxicidade de Mn em soja, foram avaliados o crescimento, a absorção e a acumulação de Mn, Fe, P e Ca e a atividade de catalase, peroxidase, superóxido dismutase e oxidase de AIA, nas folhas e raízes das plantas micorrizadas e não micorrizadas, além do nível de colonização de raízes pelo fungo micorrízico arbuscular (FMA). A planta teste foi a soja (Glycine max L. Merr. CV. IAC 8-2). O experimento foi executado em casa de vegetação, em vasos preenchidos com 4 Kg de solo classificado como Neossolo Quartzarênico típico, previamente autoclavado para eliminar fungos micorrízicos arbusculares. O delineamento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial, 4x5: dois isolados de FMA, Glomus etunicatum e Glomus macrocarpum, cada qual com 30 mg kg -1 de P adicionado ao substrato e dois controles não inoculados, sendo um com 30 mg kg -1 e outro com 50 mg kg -1 de P, 5 níveis de Mn (0, 5, 10, 20, 40 mg kg -1 ). Foram realizadas duas épocas distintas de colheita, aos 45 e 90 dias. As atividades enzimáticas foram avaliadas pelo método PAGE não-denaturante através de análise visual. Os resultados demonstram que níveis de Mn entre 10 e 40 mg kg -1 no substrato podem induzir respostas de toxidez de Mn em plantas de soja, acompanhadas de redução de crescimento e alterações no padrão de absorção de vários nutrientes vegetais. O aumento da dose de P e a presença da micorriza são fatores de atenuação da toxidez de Mn em soja, visto que plantas micorrizadas contêm menor concentração de Mn em seus tecidos e, de uma maneira geral, menor atividade enzimática de peroxidase (PO) e oxidase do ácido-indolacético (AIA) do que as plantas controles. Aumentos no nível de Mn do substrato podem causar um aumento da atividade de PO e de oxidase de AIA nas plantas, sendo que as plantas mais estressadas quase sempre apresentam maior atividade dessas enzimas. Apesar da superóxido dismutase (SOD) ser também enzima antioxidativa, apresenta um padrão eletroforético diferenciado da PO, sendo que na raiz sua maior atividade está correlacionada com a presença do FMA. / Brazilian soils are predominantly acid, which is considered a common incident in tropical regions. Soil acidity in combination with biotic and non-biotic factors can result manganese toxicity in plants, limiting their development. The use of conventional agricultural practices promotes an increase in Mn toxicity, as it reduces the soil content of organic matter. This problem can be minimized by the use of some tilling practicies like liming and breeding, which are widely used. However, crop management alternatives through the use of mycorrhizae to induce greater Mn tolerance in plants under high levels of Mn seem to be promising. In this work, plant growth, the absorption, distibution of Mn, Fe, P, Ca and activity of catalase, peroxidase, superoxide dismutase and indolacetic acid oxidase were evaluated in leaves and roots of plants inoculated with mycorrhizal fungi and non-inoculated ones, to invetigate a possible resistance induction mechanism and nutrient interactions in control of toxic levels of Mn. A greenhouse experiment was conducted with soybean plant (Glycine max L. Merr. CV. IAC 8-2) in a completely randomized factorial design 4x5: inoculation of two different arbuscular mycorrhizal fungi (AMF): Glomus etunicatum and Glomus macrocarpum, which received 30 mg kg -1 of P, and two non-inoculated controls, one that received 30 mg kg -1 and the other with 50 mg kg -1 of P; 5 levels of Mn (0, 5, 10, 20, 40 mg kg -1 ). There were two harvest periods, 45 and 90 days. The enzymatic activities were evaluated in non-denaturing polyacrilamyde gel eletrophoresis (PAGE). Manganese levels between 10 and 40 mg kg -1 in the substrate can induce Mn toxicity in soybean plants, that results in a growth reduction and in alterations in the nuttrient absorption alterations of the plants. The increase of P and the presence of mycorrhizae result in the alleviation of Mn toxicity in soybean plants. Micorrhizal plants present lower Mn concentration and generally less enzymatic activity of indolacetic acid oxidase and peroxidase than control plants. Although both, peroxidase and superoxide dismutase are antioxidant enzymes, they present differentiated electrophoretic standards. Most of the time peroxidase and indolacetic acid oxidase activities increase due to increasing Mn levels. Superoxide dismutase activity, however, is higher in the shoots of micorrhizal plants when compared to control plants.
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Estudo da precipitação oxidativa do manganês presente na drenagem ácida da mina / Study of oxidative preciptation of manganese present in acid mine drainageRegeane Martins de Freitas 20 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Na drenagem ácida de mina a contaminação pelo manganês é notável e se caracteriza
como um dos principais problemas ambientais vivenciados pela indústria mineradora.
Este elemento tem sido frequentemente encontrado em concentrações muito acima do
limite permitido para o lançamento que, de acordo Resolução CONAMA No. 430, é de
1,0 mg/L. Neste contexto, a precipitação oxidativa com KMnO4, quando empregada
para recuperação e remoção do manganês, se destaca como um processo promissor.
Neste trabalho, a primeira etapa constou de um planejamento estatístico onde foi
possível a avaliação da influência de parâmetros de processo e a modelagem empírica
da precipitação oxidativa do Mn II em amostras preparadas em laboratório. Foram
avaliados quatro parâmetros: a dose de KMnO4, o pH, o tempo de reação e a
concentração da solução de KMnO4. Apenas a dose de KMnO4, o pH e a interação entre
estes dois fatores apresentaram influência significativa sobre o processo de precipitação
oxidativa do manganês. Na etapa de otimização, a análise do aspecto das superfícies de
resposta, descritas por modelos matemáticos empíricos, permitiu avaliar as combinações
entre o pH e a dose de KMnO4 que contribuem para uma maior eficiência do processo.
Os melhores resultados foram obtidos para doses de KMnO4 de 1,63 mg KMnO4/mg
Mn II em pH 3,0 e 1,54 mg KMnO4/mg Mn II em pH 5,0. As remoções de manganês
observadas nestas condições foram 99,84% e 99,90% respectivamente, para uma
concentração inicial de 100 mg/L.
Posteriormente, o estudo cinético do processo utilizando soluções de Mn II preparadas
em laboratório, mostrou que a precipitação do manganês com KMnO4 apresenta a
vantagem de ser rápida. A concentração de Mn II decresceu exponencialmente
atingindo limites inferiores a 1,0 mg/L em menos de 10 minutos de reação. A cinética
da reação foi favorecida com a elevação do pH. Os precipitados formados apresentaram
baixa cristalinidade com pequenas diferenças morfológicas em função do pH do meio,
sendo a fase mineralógica encontrada a birnessita (MnO2), de acordo com
espectroscopia RAMAN. Estas observações experimentais estão de acordo com os resultados da modelagem realizada com o programa PHREEQC, na qual a presença do
óxido de manganês MnO2 foi confirmada nas fases birnessita, pirolusita e nsutita.
Na etapa final, amostras de drenagem ácida oriundas de uma antiga mina de urânio
desativada foram caracterizadas quimicamente e submetidas ao tratamento com KMnO4
em escala laboratorial. A caracterização das amostras mostrou que os parâmetros que
estão fora da especificação segundo a legislação são o manganês, o fluoreto e também o
pH. Além disso, as concentrações de cálcio, alumínio e sulfato são relativamente
elevadas. O ensaios de precipitação oxidativa foram conduzidos em valores de pH 3,0,
5,0 e 7,0. Em pH 7,0 o processo mostrou-se mais eficiente, não apenas em relação a
remoção de Mn II, que alcançou níveis de aproximadamente 99 %, mas também em
termos da velocidade de reação, sendo o equilíbrio atingido em 10 min de reação.
Verificou-se uma remoção mais significativa dos outros componentes como ferro,
alumínio e urânio na etapa de ajuste do pH para 7,0 com NaOH. Os precipitados
formados na etapa de oxidação não apresentaram cristalinidade, contudo foram
identificadas as fases birnessita (MnO2), hausmanita (Mn3O4) e manganita (MnOOH),
de acordo com espectroscopia RAMAN. Além do manganês, foram detectados nos
precipitados: alumínio, cálcio, zinco, urânio, terras raras, oxigênio e flúor. A simulação
com o PHREEQC permitiu a identificação das fases termodinamicamente possíveis em
cada etapa do processo. Na etapa de ajuste de pH foram formadas, principalmente, fases
contendo ferro, urânio, alumínio e o manganês. A etapa de adição do agente oxidante
foi caracterizada por remoções de manganês nas fases birnessita (MnO2), bixbyita
(Mn2O3), hausmanita (Mn3O4), manganita (MnOOH), nsutita (MnO2), pirolusita
(MnO2) e cálcio na forma de fluorita (CaF2) / The manganese contamination present in acid mine drainage is outstanding as one of the
main environmental issues experienced by the mining sector. This element has been
frequently found in concentrations much higher than the allowed limit for discharge
which is 1.0 mg/L according to Brazilian legislation, CONAMA No. 430. In this
context, the oxidative precipitation by KMnO4, when employed to recover and remove
manganese is a promising process.
In this work, throughout a statistical design it was possible to assess the influence of
process parameters as well as the empirical modeling of oxidative precipitation of Mn II
in laboratory prepared samples. The experiments consisted of evaluating four
parameters: the KMnO4 dose, pH, reaction time and concentration of KMnO4 solution.
Only the dose of KMnO4, the pH and the interaction between these two factors have
shown significant influence. In the optimization stage, by observing the aspect of the
response surfaces, described by empirical mathematical models, it was possible to find
out the combinations between pH and KMnO4 dose that could increase the process
efficiency. The best results were obtained throughout trials conduct at pH 3.0 with
KMnO4 ratio of 1.63 mg KMnO4/mg Mn II and at pH 5.0 with ratio of 1.54 mg
KMnO4/mg Mn II. The manganese removals under these conditions were 99.84% and
99.90%, respectively.
Subsequently, the kinetics study was carried out by using solutions of Mn II prepared in
the laboratory. The results have shown that the precipitation of manganese by KMnO4
has the advantage of being fast. The concentration of Mn II decreases exponentially
reaching the lower limit of 1.0 mg/L around 10 minutes of reaction. Additionally, the
kinetics of the reaction is favored with increasing pH. The produced precipitates have
low crystallinity and show slight morphologic differences according to the pH assessed.
The main mineral phase identified by RAMAN spectroscopy was birnessite (MnO2).
These experimental observations match with the modeling results performed withPHREEQC, in which the presence of manganese oxide MnO2 was identified as
birnessite, pyrolusite and nsutita.
In the final step, samples of acid mine drainage originated from one former and inactive
uranium mine were chemically characterized and underwent with KMnO4 in bench
scale. The samples characterization showed that manganese, fluoride and the pH are
beyond limits set by legislation. Furthermore, the calcium, aluminum and sulphate are
present in relatively high concentrations. The oxidative precipitation trials were carried
out at pH 3.0, 5.0 and 7.0. At pH 7.0 the process was more efficient for the removal of
Mn II, which accomplished levels of approximately 99%, and also in terms of reaction
rate, the equilibrium was achieved within 10 min of reaction. Under the same condition
i.e., at pH 7.0, there was an increase in the removal of other components such as iron,
aluminum and uranium. The precipitates formed were not crystalline; nevertheless it
was possible to identified the phases birnessite (MnO2), and possibly hausmanita
(Mn3O4) and manganite (MnOOH) by RAMAN spectroscopy. Besides manganese, the
species aluminum, calcium, zinc, uranium, rare earths, oxygen and fluorine were also
detected in the precipitated. The simulation with PHREEQC enabled the identification
of thermodynamically possible phases at each stage of the process. In the step of pH
adjustment, essentially, phases containing iron, uranium, manganese and aluminum are
formed. The adding of KMnO4 is characterized by manganese and calcium removal as
birnessite (MnO2), bixbyite (Mn2O3), hausmaninte (Mn3O4), manganite (MnOOH),
nsutite (MnO2), pyrolusite (MnO2) and fluorite (CaF2).
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Influência do butirato de sódio, da cicloheximida e do cloreto de manganês na produtividade, glicosilação e propriedades biológicas da tireotrofina humana derivada de CHO / Influence of sodium butyrate, cycloheximide and manganese chloride on productivity, glycosylation and biological properties of human thyrotropin CHO-derivedRenata Damiani 29 January 2014 (has links)
A influência do butirato de sódio (NaBu), do cloreto de manganês (MnCl2), combinados ou isolados, e da cicloheximida (CHX) na síntese de tireotrofina humana recombinante (r-hTSH) derivada de células CHO foi investigada pela primeira vez. Com exceção da CHX, que gerou uma redução de 1,5 vezes na produtividade volumétrica, todos os reagentes geraram um aumento (1,4 vezes para o MnCl2 e 3 vezes para o NaBu e NaBu+MnCl2) na produtividade volumétrica. Também foi observada uma diminuição no número de células viáveis com a utilização de todos os reagentes. A adição destes reagentes ao meio de cultura de células CHO produtoras de hTSH gerou também alterações na glicosilação do r-hTSH. As alterações geradas pela presença de CHX foram todas negativas, resultando em uma diminuição de 5,5% no conteúdo de ácido siálico, 10% na ocupação dos sítios de glicosilação, além de uma diminuição no conteúdo de todos os monossacarídeos neutros. Os demais reagentes, por outro lado, resultaram em alterações positivas. A presença de NaBu no meio de cultura acarretou um aumento de 12% no conteúdo de ácido siálico e de 3% na ocupação dos sítios de glicosilação. Com relação às estruturas de carboidratos presentes no hTSH, foi observado um aumento de 14% nas estruturas bi-antenárias, aumento no conteúdo de manose e fucose e uma diminuição no conteúdo de galactose e N-acetilglucosamina. A presença de MnCl2 no meio de cultura resultou em um aumento de 1,7% no conteúdo de ácido siálico e de 1,3% na ocupação dos sítios de glicosilação. Houve ainda um aumento no conteúdo de manose e N-acetilglucosamina e uma diminuição no conteúdo de fucose e galactose. Um aumento de 7% na freqüência de estruturas bi-antenárias foi também observado quando MnCl2 foi utilizado. O uso simultâneo de NaBu e MnCl2 proporcionou um aumento de 14% no conteúdo de ácido siálico e de 3% na ocupação dos sítios de glicosilação, bem como um aumento no conteúdo de todos os monossacarídeos neutros. Não houve, entretanto, alterações na freqüência das estruturas de carboidratos. Apesar de todas as alterações causadas pelos diferentes reagentes, não foram observadas diferenças na atividade biológica ou no comportamento farmacocinético das diferentes preparações de hTSH estudadas. Este estudo é extremamente relevante, tanto do ponto de vista do desenvolvimento de novos biofármacos, quanto do ponto de vista do controle de qualidade das glicoproteínas hormonais já utilizadas na clínica médica. / The influence of sodium butyrate (NaBu), manganese chloride (MnCl2), combined or isolated, and cycloheximide (CHX) on the synthesis of human thyrotropin CHO-derived (r-hTSH) was investigated for the first time. Exception made for CHX, which caused 1.5-fold reduction on volumetric productivity, all other reagents caused an increase in the volumetric productivity of 1.4-fold with MnCl2 and 3-fold with NaBu and NaBu+MnCl2. The number of viable cells decreased in presence of all these reagents. They also caused alterations in the glycosylation of r-hTSH. When CHX was utilized, a decrease in the content of sialic acid (5.5%), in the site occupancy (10%) and in the content of neutral monosaccharides was observed. In contrast, the addition of NaBu to culture medium caused an increase of about 12% in the sialic acid content and of 3% in the site occupancy. Concerning to carbohydrate structures, an increase of 14% of bi-antennary structures was achieved. In addition, an increased content of mannose and fucose and a decrease in the content of galactose and N-acetyl glucosamine was also observed. When MnCl2 was utilized, an increase of 1.7% in the sialic acid content and of 1.3% in site occupancy occurred. An increased content of mannose and N-acetyl glucosamine was also observed, while the content of fucose and galactose decreased. Concerning to carbohydrate structures, an increase of 7% on bi-antennary structures was achieved. When NaBu and MnCl2 were utilized simultaneously, we observed an increase of about 14% in the sialic acid content, of 3% in the site occupancy, as well as an increase in the content of all neutral monosaccharides. The frequency of carbohydrates structures, however, was not altered. Despite all the changes caused by these different reagents, in vivo biological activity and pharmacokinetic behavior were found not significant different in all the hTSH preparations studied in the present work.
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Estudo de vidros metafosfatos do sistema KPO3 Al(PO3)3 e sua aplicação em dosimetria termoluminescente / Study of meta-phosphate glasses of the KPO3 Al(PO3)3 system and its application in TLDsSantos, Cristiane Nascimento 21 July 2003 (has links)
Vidros com composição de aluminofosfato vêm sendo estudados por apresentarem elevada durabilidade química. O objetivo do presente trabalho foi estudar as propriedades térmicas e estruturais do sistema vítreo xKPO3 - (100-x)Al(PO3)3, para x = 10, 30 e 50 (% em mol), a fim de determinarmos uma composição que apresentasse uma boa resposta termoluminescente (TL) quando dopada com íons de manganês. As matrizes vítreas não dopadas apresentaram uma boa estabilidade vítrea frente a devitrificação. As fases cristalizadas no sistema foram determinadas por difração de raios X e espectroscopia micro-Raman como KAIP2O7 e AI(PO3)3. A composição KAI(PO3)4 (x = 50 %) apresentou elevada durabilidade química e o menor ponto de fusão, o que facilitou o processo de preparação. Essa composição foi então utilizada para as dopagens com íons de manganês. A composição com 1,0 % em mol de MnO2 apresentou a melhor resposta TL. As propriedades dosimétricas estudadas mostraram que o vidro possui uma resposta linear para raios X no intervalo de dose de 2 mGy a 80 Gy, podendo então ser utilizado em dosimetria clínica e pessoal / Aluminophosphate glasses have been studied because of their good chemical resistance. The main purpose of this work was to investigate the structural and thermal properties of glasses in the system xKPO3 - (100-x)AI(PO3)3, with x = 10, 30 e 50 (mol %). The goal was to determine a composition which provided a good thermoluminescence response (TL) when doped with manganese ions. The undoped vitreous matrixes showed a good thermal stability against devitrification. The crystalline phases were identified by X ray diffraction and micro-Raman spectroscopy as KAIP2O7 and Al(PO3)3. The composition KAI(PO3)4 (x = 50 %) showed high chemical resistance and lower melting point. This composition was used for doping with manganese ions. The composition of 1,0 mol % of MnO2 showed the best TL response. The dosimetric properties showed that this glass has a linear response for X-rays in the dose interval of 2 mGy to 80 Gy, and it is a promising material for application as a TLD dosimeter
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O perfil metabolômico de aminoácidos como biomarcador de consumo alimentar, estado nutricional e alterações metabólicas / The metabolomic profile of amino acids as biomarkers of food consumption, nutritional state and metabolic alterationsSilva, Alexsandro Macedo 11 December 2018 (has links)
Introdução - A metabolômica permite determinar padrões de variação dos metabólitos entre indivíduos doentes e não doentes, com ou sem ingestão de um determinado alimento ou dieta. Compreender a relação entre metabólitos e doenças metabólicas pode ajudar a combater obesidade e doenças crônicas. Objetivo - Investigar a associação entre o perfil metabolômico de aminoácidos, a ingestão dietética e o estado nutricional em adultos participantes do Inquérito de Saúde no município de São Paulo, Brasil. Métodos - Foram avaliados dados de 168 indivíduos. A análise metabolômica para identificação de 21 aminoácidos foi realizada nas amostras de plasma, utilizando kit AbsoluteIDQTMp180 da Biocrates Life Science AG (Innsbruck, Austria). O consumo alimentar foi estimado por meio da aplicação do questionário de frequência alimentar. Os grupos de aminoácidos e de alimentos foram submetidos à análise fatorial por componente principal. A variável Metabolicamente Saudável foi construída considerando-se as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica. A regressão linear múltipla foi aplicada para avaliar as associações, tendo como variáveis de ajustes: etnia, idade, renda familiar, sexo, dieta, atividade física. A comparação entre grupos foi feita por MANOVA e a confirmação da diferença significativa pelo teste de Bonferroni. Resultados - A porcentagem de indivíduos com obesidade foi de 24%, sendo que a média de IMC correspondeu a 26 kg/m2. A população estudada apresentou média de idade de 50 anos, sendo a maioria de etnia branca (56%) e do sexo masculino (52%), com pouca adesão à atividade física (21%). Os parâmetros bioquímicos estavam, em média, abaixo das concentrações estabelecidas como normais, exceto a insulina, cuja média foi de 20,8 ?UI/mL. Todavia, ao estratificar pelo estado nutricional e metabolicamente saudável, os parâmetros bioquímicos se mostraram diferentes, tais como a glicemia, triglicerídeos e colesterol total. A ingestão dietética foi igual entre os grupos estudados. O perfil de aminoácido revelou potencial de diferenciar os estados nutricional e metabólico, destacando os aminoácidos de cadeia ramificada (Leu, Ile, Val). Foram identificados dois padrões de aminoácidos relacionados a beta oxidação e aos aminoácidos glicogênicos. O primeiro teve relação positiva para os indivíduos com obesidade e metabolicamente não saudável. O segundo, apresentou relação inversa para ambos os estados. O consumo de manganês pela população foi de 2,5 mg/dia, sendo infusão de mate a principal fonte (28mg Mn/porção). Os indivíduos obesos ingeriram menor quantidade de manganês, que apresentou relação inversa ao estado nutricional e ao padrão de aminoácidos relacionado ao metabolismo não saudável. Identificaram-se três padrões alimentares: perfil saudável, tradicional e moderno. A associação com o estado nutricional e metabolicamente saudável foi positiva para o padrão saudável. Conclusão - Os aminoácidos de cadeia ramificada se revelaram biomarcadores para identificar o estado nutricional e metabólico de indivíduos adultos. Os indivíduos que tiveram baixo consumo de manganês apresentaram maior adesão ao perfil metabolômico de aminoácidos relacionados com beta oxidação. / Introduction - The metabolomics allows to determine patterns of variation of the metabolites between people with or without illness, considering or not the food consumption. Understanding the relationship between metabolites and metabolic disorders, it is possible to deal with obesity and chronic diseases. Objective - To investigate the association between the metabolic profile of amino acids and dietary intake and nutritional status in adults from the household survey conducted in the city of São Paulo, Brazil. Method - The 21 amino acids were identified by metabolomic analysis, using Absolute IDQTMp 180 kit from Biocrates Life Science AG (Innsbruck, Austria). Food intake was estimated using the food frequency questionnaire. The amino acid and food groups were submitted to factorial analysis by main component. The Metabolically Healthy variable was constructed considering the Guidelines of the Brazilian Society of Cardiology for the diagnosis and treatment of the metabolic syndrome. Multiple linear regression was applied to evaluate the associations, adjusted by the variables: ethnicity, age, family income, sex, diet, physical activity. The comparison between groups was made by MANOVA, and the confirmation of the significant difference, by the Bonferroni test. Results - The percentage of people with obesity was 24%, although the mean BMI corresponded to 26 kg/m2. The population studied presented a mean age of 50 years, most of them white (56%) and male (52%), with little adherence to physical activity (21%). The biochemical parameters were, on average, below the established normal concentrations, except for insulin (20,8 ?UI/mL). However, when stratified by nutritional status and metabolically healthy, the biochemical parameters were statistically different. The dietary intake was the same among the groups studied. The amino acid profile revealed potential to differentiate the nutritional and metabolic states, highlighting the branched chain amino acids. Two amino acid patterns related to beta-oxidation and glycogenic amino acids had been identified. The former had a positive relationship for obese and metabolically unhealthy people. The second presented an inverse relation for both states. The manganese consumption by the population was 2.5 mg / day, and the mate infusion was the main source (28mg Mn/serving). Obese subjects consumed less manganese, which had an inverse relationship to nutritional status and to the amino acid pattern related to unhealthy metabolism. Three dietary patterns were identified: healthy, traditional and modern profiles. The association with nutritional and metabolically healthy status was positive for the healthy pattern. Conclusion - The branched-chain amino acids had been revealed to be biomarkers to identify the nutritional and metabolic status of adult individuals. The individuals that had low manganese consumption showed greater adhesion to the metabolic profile of amino acids related to beta-oxidation, and could be used as biomarker for the ingestion of this micronutrient.
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Interações entre micorriza arbuscular, rizobactérias, fósforo e silicio na manifestação da toxidez de manganês em soja. / Interactions among arbuscular mycorrhiza, rhizobacteria, phosphorus and silicon on manganese toxicity display in soybean.Nogueira, Marco Antonio 23 January 2002 (has links)
A atenuação da toxidez de Mn é relativamente freqüente em plantas micorrizadas. Nesse trabalho, testaram-se três hipóteses para avaliar os efeitos da micorrização sobre a manifestação da toxidez de Mn: 1) A micorrização altera a comunidade microbiana oxidante e redutora de Mn no solo, o que reflete na sua disponibilidade; 2) A micorrização propicia maior absorção de Si pela planta, o qual atenua a toxidez de Mn; 3) O maior desenvolvimento das plantas micorrizadas atenua a toxidez de Mn pelo efeito diluição. Conduziram-se cinco experimentos, empregando-se a cultivar de soja IAC-8 e, como substrato, solos classificados como NEOSSOLO QUARTZARÊNICO típico ou NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico, autoclavados para eliminar a comunidade microbiana nativa. Num experimento preliminar foi selecionada a espécie de fungo micorrízico arbuscular (FMA) G. etunicatum, eficiente em promover o crescimento da soja nos dois solos, com efeitos mais evidentes entre 9 e 12 semanas. Nesse experimento, a espécie G. macrocarpum no substrato argiloso agravou os sintomas de toxidez de Mn e foi utilizada nos experimentos posteriores para se investigar esse comportamento. No segundo experimento, G. etunicatum atenuou a toxidez de Mn em plantas que receberam doses crescentes de Mn no substrato, simultaneamente com a diminuição da deposição de calose (b-1,3-glucana) nas folhas mais novas. Houve aumento dos teores de Si nas raízes das plantas micorrizadas. No terceiro experimento, a micorrização, sem ou com o restabelecimento da comunidade microbiana nativa, aumentou o crescimento das plantas e diminuiu a toxidez de Mn, mais intensamente nos tratamentos com o restabelecimento da comunidade microbiana. Isso coincidiu com menores concentrações de Mn nas raízes e parte aérea e menor disponibilidade no substrato; comportamento semelhante foi observado para Fe na parte aérea. Bactérias redutoras e oxidantes de Mn foram isoladas e identificadas por meio de seqüenciamento da região 16S do rDNA. Dentre as redutoras, a maioria pertenceu ao gênero Streptomyces e uma ao gênero Variovorax. As oxidantes agruparam-se em três clusters dos gêneros Arthrobacter, Variovorax e Ralstonia. No quarto experimento, plantas de soja micorrizadas foram comparadas com plantas não micorrizadas que receberam dose extra de P, com a finalidade de obter plantas micorrizadas e não micorrizadas com biomassas semelhantes, eliminando-se o efeito diluição. As plantas micorrizadas apresentaram maior atenuação da toxidez de Mn em relação àquelas que receberam dose extra de P, mesmo com biomassas semelhantes. Nesse caso, as plantas micorrizadas apresentaram menores concentrações de Mn na parte aérea e raízes. No último experimento, novamente as plantas micorrizadas apresentaram atenuação da toxidez de Mn e diminuição da sua concentração na parte aérea quando cultivadas no substrato argiloso com alta disponibilidade natural de Mn. A colonização radicular pelos FMA correlacionou-se negativamente com os teores de Mn na parte aérea e raízes. O número de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias oxidantes de Mn correlacionou-se negativamente com a disponibilidade de Fe e Mn no substrato, já o número UFC de bactérias redutoras de Mn correlacionou-se positivamente. Essas observações indicam que as disponibilidades do Fe e Mn nesse substrato estão sob influência da atividade biológica. / The attenuation of Mn toxicity is relatively frequent in mycorrhizal plants. In this work, three hypotheses were tested to evaluate the effects of mycorrhiza on the manifestation of Mn toxicity: 1) Mycorrhiza alters the Mn oxidizing and reducing microbial community in the soil, modifying its availability; 2) Mycorrhiza propitiates larger absorption of Si by the plant, which lessens the Mn toxicity; 3) The growth increase of mycorrhizal plants results in lower Mn toxicity due to the dilution effect. Five experiments were carried out, in which the soybean cultivar IAC-8 was used as test plant. As substratum we used soils classified as Typic Rhodudalf or Typic Quartzipsamment, autoclaved to eliminate the native microbial community. In a preliminary experiment the arbuscular mycorrhizal fungus (AMF) G. etunicatum was selected as effective in plant growth promotion in the two soils, with greater effects between 9 and 12 weeks after sowing. In this experiment, the species G. macrocarpum increased the Mn toxicity symptoms in the clay soil. Therefore this AMF was used in the subsequent experiments to investigate the causes of this behavior. In the second experiment G. etunicatum lessened the Mn toxicity in plants cultivated in substratum that received increasing doses of Mn, that also showed a decrease of callose (b-1,3-glucan) deposition in the youngest leaves. There was also an increase of Si concentrations in the roots of the mycorrhizal plants. In the third experiment, mycorrhiza, in combination or not with the reestablishment of the native microbial community, increased plant growth and reduced Mn toxicity more intensively in the treatments in which the microbial community was reestablished. That coincided with smaller concentrations of Mn in the roots and shoots of the plants and lower availability in the substratum; a similar behavior was observed for Fe in the shoots. Manganese reducing and oxidizing bacteria were isolated and identified by sequencing the 16S rDNA. Among the Mn reducers, most belonged to the genus Streptomyces and one to the genus Variovorax. The oxidizers were grouped in three clusters of the genera Arthrobacter, Variovorax and Ralstonia. In the fourth experiment, mycorrhizal soybean plants were compared with non-mycorrhizal ones that received an extra dose of P, with the purpose of obtaining mycorrhizal and non- mycorrhizal plants with a similar biomass, eliminating the dilution effect. Mycorrhizal plants presented greater Mn toxicity attenuation in relation to those that received extra P, even with similar biomasses. In that case, the mycorrhizal plants presented smaller Mn concentrations in the shoots and roots. In the last experiment, mycorrhizal plants once more presented attenuation of Mn toxicity and decrease of Mn concentration in the shoots when cultivated in the clay substratum with high Mn availability. Mycorrhizal root colonization correlated negatively root and shoot Mn concentrations. The number of colony forming units (CFU) of Mn oxidizing bacteria correlated negatively with the availability of Fe and Mn in the substratum, while the number of CFU of Mn reducing bacteria correlated positively. Those observations indicate that the availability of Fe and Mn in that substratum is under influence of biological activity.
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Prospecção, purificação e propriedades funcionais de uma glucoamilase de Aspergillus japonicus: aplicação do extrato enzimático em reciclagem de papel / Prospecção, purificação e propriedades funcionais de uma glucoamilase de Aspergillus japonicus: aplicação do extrato enzimático em reciclagem de papelPasin, Thiago Machado 07 July 2015 (has links)
O gênero Aspergillus tem se destacado na produção de enzimas de aplicação industrial, destacando-se dentre estas, as amilases, capazes de hidrolisar as ligações -glicosídicas do amido. As amilases são usadas nos processos industriais para a produção de etanol, glicose e xarope de frutose, além da indústria têxtil, de papéis e detergentes. Neste contexto, este trabalho visou a prospecção de fungos filamentosos para a produção de amilase e a padronização das condições de cultura do Aspergillus japonicus. A otimização das condições de reação da amilase produzida pelo fungo, a purificação, caracterização e teste de diferentes concentrações de íons na atividade enzima pura, a determinação do conteúdo de carboidratos, das constantes cinéticas e análise dos aminoácidos que compõem a glucoamilase purificada e a aplicação da amilase bruta produzida pelo fungo A. japonicus no processo de branqueamento do papel reciclado. Os resultados do screening de fungos filamentosos bons produtores de enzimas amilolíticas evidenciaram dois fungos com alta produção de amilase, os quais foram identificados como Aspergillus parasiticus e Aspergillus japonicus. Os estudos prosseguiram com o A. japonicus como fungo selecionado. Este fungo mostrou melhor produção enzimática no meio de cultura KHANNA e máxima produção amilolítica após 4 dias de crescimento em condições estáticas obtendo uma atividade de 44.65 (± 0.49) U/mL. O pH ideal do meio de cultivo foi de 5,5 e a temperatura ótima de 25°C. As melhores fontes de carbono para a produção enzimática foram o amido de batata e a maltose, respectivamente, e o melhor resíduo de alimento foi a casca e bagaço de laranja. Após a caracterização das condições de cultivo do fungo, vieram as caracterizações dos parâmetros físico-químicos da amilase. A temperatura e pH ótimo de ensaio enzimático foram padronizados sendo, respectivamente, 50C e 5,5. A amilase manteve a sua atividade em torno de 90% de 30º a 50ºC após uma hora de incubação, aproximadamente 95% de sua atividade nos pH de 4,0 a 6,0 e 50% nos pH de 6,5 à 9,0 após uma hora de incubação. Os produtos da hidrólise da amilase mostraram a formação apenas de glicose, na cromatografia de placa delgada de silica, podendo-se supor que esta enzima trata-se de uma glucoamilase, o que foi comprovado por experimentos subsequentes. A enzima bruta foi submetida a eluição em DEAE-cellulose e uma glucoamilase com massa molecular de 72 kDa foi purificada conforme determinado por SDS-PAGE. A temperatura ótima desta glucoamilase purificada foi de 65°C e o pH foi de 5.0. A enzima também demonstrou alta estabilidade a diferentes temperaturas e pH, assim como, uma grande quantidade de produtos gerados quando usada a amilopectina como substrato de reação. A glucoamilase mostrou uma alta ativação na presença de 10 mM de MnCl2, KCl, Pb(C2H3O2)2.3H2O, and 2-mercaptoetanol e um valor de Km de 0,59 mg/mL, Vmáx de 308,01 U/mg e Kcat de 369,58 (s-1). A quantidade de carboidratos que compõem a estrutura da enzima bruta e purificada foram quantificados sendo de 15% e 5,5%, respectivamente. A enzima pura teve seus aminoácidos identificados por análise comparativa com outros gêneros e espécies de fungos produtores de glucoamilase, a enzima também apresentou identidade com o domínio de ligação ao amido existente no fungo Neosartorya fischeri NRRL 181. Quando a glucoamilase bruta foi aplicada no processo de biobranqueamento do papel reciclado impresso por tinta ao jato, a enzima apresentou uma média de 23,34% de aumento da alvura relativa quando comparada ao controle, já na polpa de papel de revista a enzima levou a uma média de 23,89% de aumento na alvura relativa. Os resultados apresentados abrem a possibilidade da utilização destas enzimas no biobranqueamento de polpa de celulose, para a produção e reciclagem de papel pelas indústrias. / The genus Aspergillus has been highlighted in the production of enzymes for industrial application, standing out among these, amylases, capable of hydrolyzing the ?-glycosidic linkages of starch. Amylases are used in industrial processes for the production of ethanol, glucose and fructose syrup, in addition to textiles, detergents and paper. In this context, this work aimed the prospecting of filamentous fungi to produce amylase and the standardization of Aspergillus japonicus culture conditions. The optimization of reaction conditions for amylase produced by the fungus, purification, characterization and testing different concentrations of ions in pure enzyme activity, determining the carbohydrate content, the kinetic constants, analysis of the amino acids that comprise the purified glucoamylase and the application of crude amylase in the bleaching process of the recycled paper. The results of the screening of filamentous fungi that produced good levels of amylolytic enzymes showed two fungi with high production of amylase, which were identified as Aspergillus parasiticus and Aspergillus japonicus. The studies continued with A. japonicus as selected fungus. This strain showed the best enzyme production in the culture medium Khanna and maximum amilolytic production after 4 days of growth under static conditions obtaining an activity of 44.65 (± 0:49) U/ml. The optimum pH of the medium was 5.5 and the optimum temperature of 25°C. The best carbon sources for the enzyme production were potato starch and maltose, respectively, and the best food residue was orange peel and bagasse. After the characterization of fungal culture conditions, came the characterization of physical and chemical parameters of amylase. The temperature and optimum pH of enzyme assay were standardized being, respectively, 5.5 and 50°C. Amylase retained its activity around 90% at 30 to 50°C after one hour of incubation, approximately 95% of its activity in the pH range of 4.0 to 6.0 and 50% in pH range of 6.5 to 9.0 after an hour of incubation. Amylase hydrolysis products showed only the formation of glucose, in thin layer chromatography on silica, and it can be assumed that it is a glucoamylase, which was confirmed by subsequent experiments. The crude enzyme was subjected to elution through DEAE-cellulose and a glucoamylase showing a molecular weight of 72 kDa as determined by SDS-PAGE was purified. The optimum temperature of this purified glucoamylase was 65°C and the pH was 5.0. The enzyme also showed high stability at different temperatures and pH, as well as a large amount of products generated when used as a reaction substrate the amylopectin. Glucoamylase showed a high activation in the presence of 10 mM de MnCl2, KCl, Pb(C2H3O2)2.3H2O, and 2-mercaptoethanol and a Km value of 0.59 mg/mL, Vmax of 308.01 U/mg and Kcat of 369.58 (s-1). The amount of carbohydrates that compose the structure of crude and purified enzyme were measured at 15% and 5.5%, respectively. The pure enzyme had its amino acids identified by comparison with other genera and species of fungi producers of glucoamylase, the enzyme also showed identity with the existing starch binding domain in Neosartorya fischeri NRRL 181 fungus. When the crude glucoamylase was applied in biobleaching process of the recycled paper printed by the ink jet, the enzyme showed an average of 23.34% increase in relative brightness as compared to control, in the journal paper pulp has led to the enzyme an average of 23.89% increase in the relative brightness. The results presented here open the possibility of using these enzymes in pulp biobleaching pulp for the production and recycling of paper by industry.
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