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Filosofia e HistÃria no pensamento de Eric WeilJudikael Castelo Branco 19 October 2017 (has links)
nÃo hà / A filosofia de Eric Weil apresenta uma estrutura sistemÃtica cuja interpretaÃÃo dos componentes nÃo à facilmente concebÃvel. O tÃtulo âFilosofia e histÃria no pensamento de Eric Weilâ propÃe uma leitura abrangente do sistema weiliano visando sua compreensÃo atravÃs de um elemento que atravessa toda a sua obra: a histÃria. Nossa hipÃtese fundamental à a de que se encontra subjacente, em Weil, uma forma original de pensar a histÃria, que, mesmo sem constituir uma âfilosofia particularâ, à uma princÃpio hermenÃutico para a interpretaÃÃo do seu pensamento. A nosso ver, o tema ainda nÃo encontrou o aprofundamento merecido entre os que se dispuseram a pensar a filosofia weiliana tanto pela forma como normalmente se pÃe a questÃo da relaÃÃo entre a filosofia e a histÃria ou como um tema tangente na obra ou como uma marca do seu âhegelianismoâ. Mostramos que a questÃo da histÃria à tomada numa perspectiva filosÃfica original por se distanciar tanto da âinspiraÃÃoâ hegeliana como do pensamento heideggeriano; e fundamental, porque o pensamento de Weil nÃo pode ser compreendido sem referÃncia à reflexÃo sobre a histÃria e sobre o homem que por ela se interessa. Nossa tese se desenvolve a partir da tarefa que demanda tanto a apresentaÃÃo dos problemas inerentes ao projeto de uma filosofia da histÃria, como a determinaÃÃo do fio condutor que aponta para a sua unidade interna e para a sua articulaÃÃo com o restante do sistema. Portanto, a cada novo passo retoma-se a hipÃtese de que a reflexÃo sobre a histÃria serve de chave hermenÃutica legÃtima da obra weiliana. Uma primeira exigÃncia tem carÃter histÃrico-expositivo: elencar os textos que abordam as questÃes prÃprias do pensamento sobre a histÃria. Deve-se tambÃm ler sistematicamente o conjunto dos textos e da sua relaÃÃo com o sistema da filosofia articulado na LÃgica da filosofia, assumindo a ideia de sistema como pedra de toque da validade de qualquer interpretaÃÃo. NÃo se trata, portanto, de recortar o corpus weiliano em vista da indicaÃÃo dos lugares em que a questÃo aparece, mas de reconstruir a unidade entre as diferentes partes da sua obra. Nossa investigaÃÃo toma a obra de Weil concentrando-nos sobre a histÃria na sua dimensÃo lÃgico-filosÃfica sem prescindir daquela histÃrico-polÃtica. Trata-se, entÃo, de uma perspectiva lÃgico-argumentativa que tenta compreender uma filosofia que se pretende dialÃtica e crÃtica. Para tanto, dividimos o trabalho em quatro capÃtulos. O primeiro aborda a metafilosofia no pensamento weiliano a partir da sua inspiraÃÃo kantiana. Nossa hipÃtese fundamental à o retorno à afirmaÃÃo do kantismo de Weil, kantismo retomado por um filÃsofo que leu e compreendeu Hegel. Partimos da definiÃÃo da filosofia como ato humano prÃprio de quem escolheu, livremente, compreender o mundo numa busca de sentido entendida como atividade eminentemente cientÃfica e comunicÃvel, e, acima de tudo, essencialmente histÃrica. O segundo, insere Eric Weil na esteira dos filÃsofos que pensam a histÃria, sempre segundo a inspiraÃÃo kantiana, o que implica associÃ-lo à tradiÃÃo de uma âcrÃtica da razÃo histÃricaâ que parte de Dilthey e se prolonga atà Weber e Aron. O terceiro leva as condiÃÃes dos discursos sobre o sentido da histÃria ao sistema das categorias discursivas. Dito de outro modo, seguimos a sucessÃo categorial da LÃgica da filosofia. De um lado, discernimos os motivos que impedem um discurso histÃrico da Verdade ao Eu, e de outro, acompanhamos o desenvolvimento dos discursos fundantes de uma compreensÃo da histÃria da categoria Deus atà a Sabedoria. O Ãltimo constitui uma segunda parte do trabalho e retoma a tarefa anunciada como a recuperaÃÃo da funÃÃo social do filÃsofo, a partir da leitura weiliana da RevoluÃÃo francesa.
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Filosofia e história no pensamento de Eric Weil / Philosophy and history in the thought of Eric WeilBranco, Judikael Castelo January 2017 (has links)
BRANCO, Judikael Castelo. Filosofia e história no pensamento de Eric Weil. 2017. 279f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Pós-Graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by sebastiao barroso (jrwizard2209@hotmail.com) on 2017-11-07T13:18:12Z
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Previous issue date: 2017 / A filosofia de Eric Weil apresenta uma estrutura sistemática cuja interpretação dos componentes não é facilmente concebível. O título “Filosofia e história no pensamento de Eric Weil” propõe uma leitura abrangente do sistema weiliano visando sua compreensão através de um elemento que atravessa toda a sua obra: a história. Nossa hipótese fundamental é a de que se encontra subjacente, em Weil, uma forma original de pensar a história, que, mesmo sem constituir uma “filosofia particular”, é uma princípio hermenêutico para a interpretação do seu pensamento. A nosso ver, o tema ainda não encontrou o aprofundamento merecido entre os que se dispuseram a pensar a filosofia weiliana tanto pela forma como normalmente se põe a questão da relação entre a filosofia e a história ou como um tema tangente na obra ou como uma marca do seu “hegelianismo”. Mostramos que a questão da história é tomada numa perspectiva filosófica original por se distanciar tanto da “inspiração” hegeliana como do pensamento heideggeriano; e fundamental, porque o pensamento de Weil não pode ser compreendido sem referência à reflexão sobre a história e sobre o homem que por ela se interessa. Nossa tese se desenvolve a partir da tarefa que demanda tanto a apresentação dos problemas inerentes ao projeto de uma filosofia da história, como a determinação do fio condutor que aponta para a sua unidade interna e para a sua articulação com o restante do sistema. Portanto, a cada novo passo retoma-se a hipótese de que a reflexão sobre a história serve de chave hermenêutica legítima da obra weiliana. Uma primeira exigência tem caráter histórico-expositivo: elencar os textos que abordam as questões próprias do pensamento sobre a história. Deve-se também ler sistematicamente o conjunto dos textos e da sua relação com o sistema da filosofia articulado na Lógica da filosofia, assumindo a ideia de sistema como pedra de toque da validade de qualquer interpretação. Não se trata, portanto, de recortar o corpus weiliano em vista da indicação dos lugares em que a questão aparece, mas de reconstruir a unidade entre as diferentes partes da sua obra. Nossa investigação toma a obra de Weil concentrando-nos sobre a história na sua dimensão lógico-filosófica sem prescindir daquela histórico-política. Trata-se, então, de uma perspectiva lógico-argumentativa que tenta compreender uma filosofia que se pretende dialética e crítica. Para tanto, dividimos o trabalho em quatro capítulos. O primeiro aborda a metafilosofia no pensamento weiliano a partir da sua inspiração kantiana. Nossa hipótese fundamental é o retorno à afirmação do kantismo de Weil, kantismo retomado por um filósofo que leu e compreendeu Hegel. Partimos da definição da filosofia como ato humano próprio de quem escolheu, livremente, compreender o mundo numa busca de sentido entendida como atividade eminentemente científica e comunicável, e, acima de tudo, essencialmente histórica. O segundo, insere Eric Weil na esteira dos filósofos que pensam a história, sempre segundo a inspiração kantiana, o que implica associá-lo à tradição de uma “crítica da razão histórica” que parte de Dilthey e se prolonga até Weber e Aron. O terceiro leva as condições dos discursos sobre o sentido da história ao sistema das categorias discursivas. Dito de outro modo, seguimos a sucessão categorial da Lógica da filosofia. De um lado, discernimos os motivos que impedem um discurso histórico da Verdade ao Eu, e de outro, acompanhamos o desenvolvimento dos discursos fundantes de uma compreensão da história da categoria Deus até a Sabedoria. O último constitui uma segunda parte do trabalho e retoma a tarefa anunciada como a recuperação da função social do filósofo, a partir da leitura weiliana da Revolução francesa / La philosophie d’Eric Weil présente une structure systématique dont l’interprétation des composants n’est pas facilement concevable. Le titre “Philosophie et histoire dans la pensée d'Eric Weil” propose une lecture complète du système weilian visant à sa compréhension à travers un élément qui traverse tout son travail : l’histoire. Notre hypothèse est que Weil présente une manière originale de penser à l’histoire qui, sans constituer une “philosophie particulière”, peut être un principe herméneutique pour l’interprétation de sa pensée. Nous voulons montrer que la question de l’histoire représente une position originale en s’éloignant de l’inspiration hegelienne et de la pensée heideggerienne; et fondamental, parce que la pensée de Weil ne peut être comprise sans référence à la réflexion sur l’histoire et à l’homme qui pose des questions sur l’histoire. Notre thèse se développe à partir de la tâche qui exige à la fois la présentation des problèmes inhérents à la conception d’une philosophie de l’histoire et la détermination du fil qui pointe vers son unité interne et son articulation avec le reste du système. Par conséquent, à chaque nouvelle étape, l’hypothèse est prise : la réflexion sur l’histoire sert de clé herméneutique légitime à approcher le travail weilien. Une première exigence a un caractère historique-exposant : énumérer les textes qui abordent les questions de la réflexion sur l’histoire. Il faut également lire systématiquement l’ensemble des textes et leur relation avec le système de philosophie articulé dans la Logique de la philosophie, en supposant que l’idée du système est la pierre angulaire de la validité de toute interprétation. Il ne s’agit donc pas de découper le corpus weilien en vue de l’indication des lieux où apparaît la question, mais de reconstruire l’unité entre les différentes parties de son travail. Notre enquête prend le travail de Weil en se concentrant sur l’histoire dans sa dimension logique-philosophique sans dispenser de la perspective histoire-politique. C’est donc une approche logique-argumentative qui tente de comprendre une philosophie qui est à la fois dialectique et critique. Nous avons divisé le travail en quatre chapitres. Le premier abordait la métaphilosophie dans la pensée weilienne à partir de son inspiration kantienne. Notre hypothèse fondamentale est le retour à l’affirmation du kantisme de Weil. Nous commençons par la définition de la philosophie en tant qu’acte humain de celui qui a librement choisi de comprendre le monde, une activité éminemment scientifique et transmissible et essentiellement historique. Le deuxième insère Eric Weil parmis les philosophes qui pensent l’histoire, plus précisément, il rélie Weil à la tradition d’une “critique de la raison historique” qui s’étend de Dilthey à Weber et à Aron. Le troisième prend les conditions des discours sur le sens de l’histoire dans le système des catégories discursives. Autrement dit, nous suivons la succession catégorielle de la Logique de la philosophie. Ce dernier constitue une deuxième partie du travail et reprend la tâche annoncée comme la récupération de la fonction sociale du philosophe, de la lecture weilienne de la Révolution française.
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[pt] O EPISTEMICÍDIO DO ESPAÇO NA MODERNIDADE E A RECONSTRUÇÃO EPISTEMOLÓGICA DESSE CONCEITO A PARTIR DA METAFILOSOFIA / [en] THE EPISTEMICIDE OS SPACE IN MODERNITY AND THE EPISTEMOLOGICAL RECONSTRUCTION OF THIS CONCEPT FROM METAPHILOSOPHYGUSTAVO GODINHO BENEDITO 08 May 2020 (has links)
[pt] Esta tese parte da ideia de que a percepção de desenvolvimento, a colonização do mundo da vida e a instrumentalização dos sujeitos na modernidade estão associadas às formas de perceber a espacialidade pelas filosofias, pelas ciências (neo)positivistas e por toda uma variedade de correntes de pensamento constituídas na modernidade. Acredita-se, aqui, que todas essas concepções de espaço praticam um epistemicídio do espaço, pois, ao ignorar intencionalmente a práxis no espaço social, interferem diretamente na gênese da concepção de espaço como ausente de contradições. Nesse sentido, busca-se a análise da genealogia de uma epistemologia política em Geografia a partir da incorporação da metafilosofia, através da teoria da alienação, no pensamento geográfico. A teoria da alienação exerce um papel central na reconstrução da noção de espaço no processo de renovação epistemológica em Geografia, desencadeado a partir da geografia crítica de viés marxista – uma vez que instaura um movimento de ruptura ontológica e epistemológica no pensamento geográfico – e esse movimento, balizado na atualização da filosofia da práxis (metafilosofia), apresenta repercussões prático-teóricas para além da Geografia, uma vez que nos permite deslocar o olhar do objeto de estudo dessa disciplina para o entendimento das espacialidades da reprodução das relações sociais de produção. / [en] This thesis starts from the idea that the perception of development, the colonization of the world of life and the instrumentalization of the subjects in modernity are associated with ways of perceive spatiality by philosophies, the (neo) positivist sciences and for a whole variety currents of thought constituted in modernity. It is believed here that all these conceptions of space practice an epistemicide of space, because, by intentionally ignoring praxis in the social space, directly interfere in the genesis of the conception of space as absent of contradictions. In this sense, is sought the analysis of the genealogy of a political epistemology in Geography from the incorporation of metaphilosophy, through the theory of alienation, in geographical thinking. The theory of alienation plays a role in reconstruction of the notion of space in the process of epistemological renew in geography, triggered from the critical geography of Marxist bias – once it establishes an ontological and epistemological rupture movement in geographical thinking - and this movement marked in updating philosophy of praxis (mataphilosophy) has repercussions practical-theoretical beyond geography since it allows us to shift the look at the object of study of this discipline for the understanding of spatialities of the reproduction of social relations of production.
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A latinização do vocabulário grego do ser no de Hebdomadibus de Boécio / The latinization of the Greek vocabulary of being in Boethius de HebdomadibusSilva, Adriano Martinho Correia da 01 June 2015 (has links)
Nesta investigação tenho por fim estudar a translatio da lexicografia conceitual que parte do verbo grego ser (einai) chegando ao verbo latino ser (esse) à luz do de Hebdomadibus de Boécio. Neste percurso me deparo com a embriologia da doutrina dos transcendentais, na qual ser, bem e um são convertíveis ou coextensivos, como também me deparo com uma metafísica do bem, herdada pela Escolástica, pela qual tento especular Boécio em seu exercício filosófico, que consiste em tentar esclarecer o modo pelo qual as substâncias são boas nisto que são, contudo não são bens substanciais. / The aim of this study is the translatio of the conceptual lexicography following the Greek verb be (einai) through the Latin verb be (esse) in light of Boethius de Hebdomadibus. Throughout this journey I find myself facing the embriology of the doctrine of transcendentals, in which being, goodness and one are convertible or co-extensive, and I also face a metaphysics of goodness, inherited by the Scholastics, through which I then try to speculate Boethius in his philosophical endeavour, consisting in trying to clarify how substances are good in that they are, though they are not substantial goods.
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Philosophie et histoire dans la pensée d'Eric Weil / Filosofia e historia no pensamento de Eric WeilCastelo Branco, Judikael 11 October 2017 (has links)
La philosophie d’Eric Weil présente une structure systématique dont l’interprétation des composants n’est pas facilement concevable. Le titre “Philosophie et histoire dans la pensée d'Eric Weil” propose une lecture complète du système weilian visant à sa compréhension à travers un élément qui traverse tout son travail : l’histoire. Notre hypothèse est que Weil présente une manière originale de penser à l’histoire qui, sans constituer une “philosophie particulière”, peut être un principe herméneutique pour l’interprétation de sa pensée. Nous voulons montrer que la question de l’histoire représente une position originale en s’éloignant de l’inspiration hegelienne et de la pensée heideggerienne; et fondamental, parce que la pensée de Weil ne peut être comprise sans référence à la réflexion sur l’histoire et à l’homme qui pose des questions sur l’histoire. Notre thèse se développe à partir de la tâche qui exige à la fois la présentation des problèmes inhérents à la conception d’une philosophie de l’histoire et la détermination du fil qui pointe vers son unité interne et son articulation avec le reste du système. Par conséquent, à chaque nouvelle étape, l’hypothèse est prise : la réflexion sur l’histoire sert de clé herméneutique légitime à approcher le travail weilien. Une première exigence a un caractère historique-exposant : énumérer les textes qui abordent les questions de la réflexion sur l’histoire. Il faut également lire systématiquement l’ensemble des textes et leur relation avec le système de philosophie articulé dans la Logique de la philosophie, en supposant que l’idée du système est la pierre angulaire de la validité de toute interprétation. Il ne s’agit donc pas de découper le corpus weilien en vue de l’indication des lieux où apparaît la question, mais de reconstruire l’unité entre les différentes parties de son travail. Notre enquête prend le travail de Weil en se concentrant sur l’histoire dans sa dimension logique-philosophique sans dispenser de la perspective histoire-politique. C’est donc une approche logique-argumentative qui tente de comprendre une philosophie qui est à la fois dialectique et critique. Nous avons divisé le travail en quatre chapitres. Le premier abordait la métaphilosophie dans la pensée weilienne à partir de son inspiration kantienne. Notre hypothèse fondamentale est le retour à l’affirmation du kantisme de Weil. Nous commençons par la définition de la philosophie en tant qu’acte humain de celui qui a librement choisi de comprendre le monde, une activité éminemment scientifique et transmissible et essentiellement historique. Le deuxième insère Eric Weil parmis les philosophes qui pensent l’histoire, plus précisément, il rélie Weil à la tradition d’une “critique de la raison historique” qui s’étend de Dilthey à Weber et à Aron. Le troisième prend les conditions des discours sur le sens de l’histoire dans le système des catégories discursives. Autrement dit, nous suivons la succession catégorielle de la Logique de la philosophie. Ce dernier constitue une deuxième partie du travail et reprend la tâche annoncée comme la récupération de la fonction sociale du philosophe, de la lecture weilienne de la Révolution française. / The philosophy of Eric Weil presents a systematic structure whose interpretation of the components is not easily conceivable. The title “Philosophy and history in the thinking of Eric Weil” proposes a comprehensive reading of the Weilian system aiming at its comprehension through an element that crosses all his work: history. Our fundamental hypothesis is that Weil is the original way of thinking about history, which, even without being a “particular philosophy”, is a hermeneutical principle for the interpretation of its thought. In our view, the theme has not yet found the deserved deepening among those who have been willing to think about Weilian philosophy both by the way the question of the relationship between philosophy and history is usually raised or as a tangent theme in the work or as a brand of his “Hegelianism”. We show that the question of history is taken from an original philosophical perspective by distancing itself from both Hegelian “inspiration” and Heideggerian thought; and fundamental, because Weil’s thinking can not be understood without reference to the reflection on history and the man who is interested in it. Our thesis develops from the task that demands both the presentation of the problems inherent to the design of a philosophy of history, and the determination of the thread that points to its internal unity and to its articulation with the rest of the system. Therefore, with each new step the hypothesis is taken that the reflection on the history serves as legitimate hermeneutic key of the work weiliana. A first requirement has a historical-expository character: to list texts that deal with the questions of thought about history. One should also systematically read the set of texts and their relation to the philosophy system articulated in the Logique de la philosophie, assuming the idea of system as the touchstone of the validity of any interpretation. It is not, therefore, a question of cutting the Weilian corpus in view of the indication of the places where the question appears, but of rebuilding unity between the different parts of his work. Our investigation takes Weil’s work by concentrating on history in its logical-philosophical dimension without dispensing with that historical-political. It is, then, a logical-argumentative perspective that tries to understand a philosophy that is intended dialectic and critical. To do so, we divided the work into four chapters. The first deals with metaphilosophy in Weilian thought from its Kantian inspiration. Our fundamental hypothesis is the return to the affirmation of Weil’s kantism, Kantianism taken up by a philosopher who read and understood Hegel. We start from the definition of philosophy as a human act of one who freely chose to understand the world in a quest for meaning understood as an eminently scientific and communicable activity and, above all, essentially historical. The second is Eric Weil in the wake of philosophers who think of history, always according to Kantian inspiration, which implies associating it with the tradition of a “critique of historical reason” that starts from Dilthey and extends to Weber and Aron. The third takes the conditions of discourses on the meaning of history to the system of discursive categories. Put another way, we follow the categorial succession of the Logique de la philosophie. On the one hand, we discern the motives that hinder a historical discourse from the Truth to the Self, and on the other, we follow the development of the foundational discourses of an understanding of the history of the category of God to Wisdom. The latter constitutes a second part of the work and takes up the task announced as the recovery of the social function of the philosopher, from the Weilian reading of the French Revolution. / A filosofia de Eric Weil apresenta uma estrutura sistemática cuja interpretação dos componentes não é facilmente concebível. O título “Filosofia e história no pensamento de Eric Weil” propõe uma leitura abrangente do sistema weiliano visando sua compreensão através de um elemento que atravessa toda a sua obra: a história. Nossa hipótese fundamental é a de que se encontra subjacente, em Weil, uma forma original de pensar a história, que, mesmo sem constituir uma “filosofia particular”, é uma princípio hermenêutico para a interpretação do seu pensamento. A nosso ver, o tema ainda não encontrou o aprofundamento merecido entre os que se dispuseram a pensar a filosofia weiliana tanto pela forma como normalmente se põe a questão da relação entre a filosofia e a história ou como um tema tangente na obra ou como uma marca do seu “hegelianismo”. Mostramos que a questão da história é tomada numa perspectiva filosófica original por se distanciar tanto da “inspiração” hegeliana como do pensamento heideggeriano; e fundamental, porque o pensamento de Weil não pode ser compreendido sem referência à reflexão sobre a história e sobre o homem que por ela se interessa. Nossa tese se desenvolve a partir da tarefa que demanda tanto a apresentação dos problemas inerentes ao projeto de uma filosofia da história, como a determinação do fio condutor que aponta para a sua unidade interna e para a sua articulação com o restante do sistema. Portanto, a cada novo passo retoma-se a hipótese de que a reflexão sobre a história serve de chave hermenêutica legítima da obra weiliana. Uma primeira exigência tem caráter histórico-expositivo: elencar os textos que abordam as questões próprias do pensamento sobre a história. Deve-se também ler sistematicamente o conjunto dos textos e da sua relação com o sistema da filosofia articulado na Lógica da filosofia, assumindo a ideia de sistema como pedra de toque da validade de qualquer interpretação. Não se trata, portanto, de recortar o corpus weiliano em vista da indicação dos lugares em que a questão aparece, mas de reconstruir a unidade entre as diferentes partes da sua obra. Nossa investigação toma a obra de Weil concentrando-nos sobre a história na sua dimensão lógico-filosófica sem prescindir daquela histórico-política. Trata-se, então, de uma perspectiva lógico-argumentativa que tenta compreender uma filosofia que se pretende dialética e crítica. Para tanto, dividimos o trabalho em quatro capítulos. O primeiro aborda a metafilosofia no pensamento weiliano a partir da sua inspiração kantiana. Nossa hipótese fundamental é o retorno à afirmação do kantismo de Weil, kantismo retomado por um filósofo que leu e compreendeu Hegel. Partimos da definição da filosofia como ato humano próprio de quem escolheu, livremente, compreender o mundo numa busca de sentido entendida como atividade eminentemente científica e comunicável, e, acima de tudo, essencialmente histórica. O segundo, insere Eric Weil na esteira dos filósofos que pensam a história, sempre segundo a inspiração kantiana, o que implica associá-lo à tradição de uma “crítica da razão histórica” que parte de Dilthey e se prolonga até Weber e Aron. O terceiro leva as condições dos discursos sobre o sentido da história ao sistema das categorias discursivas. Dito de outro modo, seguimos a sucessão categorial da Lógica da filosofia. De um lado, discernimos os motivos que impedem um discurso histórico da Verdade ao Eu, e de outro, acompanhamos o desenvolvimento dos discursos fundantes de uma compreensão da história da categoria Deus até a Sabedoria. O último constitui uma segunda parte do trabalho e retoma a tarefa anunciada como a recuperação da função social do filósofo, a partir da leitura weiliana da Revolução francesa.
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A latinização do vocabulário grego do ser no de Hebdomadibus de Boécio / The latinization of the Greek vocabulary of being in Boethius de HebdomadibusAdriano Martinho Correia da Silva 01 June 2015 (has links)
Nesta investigação tenho por fim estudar a translatio da lexicografia conceitual que parte do verbo grego ser (einai) chegando ao verbo latino ser (esse) à luz do de Hebdomadibus de Boécio. Neste percurso me deparo com a embriologia da doutrina dos transcendentais, na qual ser, bem e um são convertíveis ou coextensivos, como também me deparo com uma metafísica do bem, herdada pela Escolástica, pela qual tento especular Boécio em seu exercício filosófico, que consiste em tentar esclarecer o modo pelo qual as substâncias são boas nisto que são, contudo não são bens substanciais. / The aim of this study is the translatio of the conceptual lexicography following the Greek verb be (einai) through the Latin verb be (esse) in light of Boethius de Hebdomadibus. Throughout this journey I find myself facing the embriology of the doctrine of transcendentals, in which being, goodness and one are convertible or co-extensive, and I also face a metaphysics of goodness, inherited by the Scholastics, through which I then try to speculate Boethius in his philosophical endeavour, consisting in trying to clarify how substances are good in that they are, though they are not substantial goods.
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Racionalidade filos?fica, racionalidade cient?fica e os limites da tradi??o anal?tica: uma contribui??o ? teoria das tradi??es de pesquisa racional de Alasdair MacIntyreBatista Neto, Alberto Leopoldo 27 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A teoria das tradi??es de pesquisa racional de Alasdair MacIntyre elabora uma
perspectiva metafilos?fica em que ? poss?vel avaliar os m?ritos relativos de
enquadramentos rivais da racionalidade, de uma maneira que se assemelha a algumas
abordagens can?nicas na filosofia da ci?ncia, evadindo-se, por?m, tanto aos problemas
relativos ? compreens?o do progresso te?rico, quanto ?s restri??es pr?prias das posi??es
relativista e perspectivista, de modo a permitir, por um lado, uma percep??o dos
condicionamentos que operam sobre uma investiga??o e, por outro, assumir uma
postura filosoficamente realista, amparada numa concep??o da verdade como adequa??o
da mente ? realidade. Aproxima-se da tradi??o aristot?lico-tomista e, em sua vers?o
madura, encontra nessa tradi??o seu modelo e dela se considera continuadora.
Compromete-se com uma concep??o de racionalidade especificamente adaptada,
argumenta-se, para a pr?tica filos?fica, sendo importante tra?ar uma distin??o, ignorada
por MacIntyre, entre uma racionalidade filos?fica e uma racionalidade cient?fica, esta
dedicada ? constru??o de modelos explorat?rios adequados ? predi??o e controle de
fen?menos e aquela ocupada com o julgamento sobre a natureza e a estrutura da
realidade como tal. Considerando a origem hist?rica dessa divis?o de caminhos e
abordando a maneira como alguns fil?sofos de orienta??o aristot?lico-tomista trataram a
rela??o entre ci?ncia natural e filosofia da natureza, estabelece-se a primazia de uma
perspectiva filos?fica que n?o assuma simplesmente o modelo da racionalidade
cient?fica para uma mais completa fundamenta??o de uma teoria da pesquisa racional
em moldes macintyreanos. Essa complementa??o da teoria das tradi??es de pesquisa
racional de MacIntyre permite, por sua vez, elaborar uma cr?tica ? filosofia anal?tica que
encontra na admiss?o da racionalidade cient?fica como modelo para a racionalidade
filos?fica o elemento capaz de atribuir ao movimento a identidade unit?ria de uma
tradi??o. Tal identidade deve ser entendida antes como pressuposto operacional que
como ades?o a teses ou par?metros metodol?gicos bem definidos, e ilumina as cr?ticas
esparsas de MacIntyre ?quela tradi??o, apontando para a exist?ncia, nela, de uma forma
de emotivismo filos?fico generalizado. / Alasdair MacIntyre?s theory of the traditions of rational enquiry elaborates a
metaphilosophical perspective from which one may evaluate the relative merits of rival
frameworks of rationality in a way that resembles some canonical approaches in the
philosophy of science, but in such a way as to avoid as much as possible the problems
relating to the understanding of theoretic progress as the restrictions proper to relativist
and perspectivist positions, so that it allows, on the one hand, a clear sight of the
conditionings which operate on an investigation and, on the other, to assume a strictly
realist posture anchored in a conception of truth as adequation of mind to reality. It
approximates to the Aristotelian-Thomist tradition and, in its mature version, finds in
this tradition its own model and takes itself to be its heir. It is committed to a conception
of rationality specifically adapted, it is argued, to philosophical practice, being an
important task to draw a distinction, ignored by MacIntyre, between a philosophical and
a scientific rationality, the latter dedicated to the building of exploratory models
adequate to the prediction and control of phenomena and the former occupied in judging
of the nature and structure of reality as such. By considering the historical origin of this
parting of ways and approaching the manner in which some philosophers of an
Aristotelian-Thomistic orientation dealt with the relation between natural science and
the philosophy of nature, the primacy is established of a philosophical perspective that
does not simply take scientific rationality as its model, in order to furnish a fuller
grounding to a theory of rational enquiry in MacIntyrean moulds. This complementation
of MacIntyre?s theory of the traditions of rational enquiry, in its turn, allows for an
elaboration of a criticism of analytic philosophy which finds in the adoption of scientific
rationality as a model to philosophical rationality the element apt to confer the
movement the unitary identity of a tradition. Such an identity should not be understood
as adhesion to determinate theses or methodological patterns but rather as an operational
presupposition, and it sheds light on MacIntyre?s sparse criticisms of that tradition,
pointing toward the existence, in it, of a kind of generalized philosophical emotivism.
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